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Histórico, definição e objeto da Psicologia

Wilhelm Wundt É considerado por muitos como o Pai da Psicologia,


por ser o fundador do primeiro laboratório de Psicologia, colaborando
efetivamente para transformar esse saber em ciência, nomeada na
época de ciência da mente. Estima-se que no final do século XIX, a
Psicologia científica ganhava espaço e notoriedade, distinguindo-se da
Filosofia.

William James Concebia a Psicologia como uma ciência natural, que


estuda, descreve e examina os processos mentais em relação com o
ambiente interno (atividades cerebrais) e externo (físico) e suas
respostas corporais. Para James, a Psicologia deve apoiar o sujeito na
solução de conflitos, fornecendo-lhe recursos para agir da melhor forma
possível. Essa concepção é ainda muito atual no exercício da profissão.

Ernst Heinrich Weber Médico alemão era professor de fisiologia e


anatomia da Universidade de Leipzig. Ficou conhecido como o pai da
psicofísica e foi um dos primeiros estudiosos a fazer uma aproximação
ao estudo da resposta do ser humano a um estímulo físico de uma
maneira quantitativa, matemática. Trabalhou com Gustav Theodor
Fechner (1801–1887).

Gustav Theodor Fechner Filósofo alemão, que mais tarde elaborou


uma interpretação teórica elaborada sobre as descobertas de Weber.
Era professor da mesma Universidade onde lecionava Weber e
reconhecido como excelente físico e matemático. Descreveu a lei de
Weber-Fechner que pode ser enunciada como: "a resposta a qualquer
estímulo é proporcional ao logaritmo da intensidade do estímulo". Esta
lei aplica-se aos 5 sentidos, mas as suas implicações são melhor
entendidas quando se refere aos estímulos provocados pela luz e pelo
som.

A QUESTÃO DO GRUPO E A FORMAÇÃO DA IDENTIDADE

A Psicologia nos mostra que o homem é um sujeito de relação, ou seja,


necessita da interação para existir. Isso quer dizer que viver em grupo
é condição de sobrevivência para a nossa espécie.

A Psicologia surgiu no século XIX, buscando compreender a


personalidade individual, em paralelo surgia a Sociologia, preocupada
em estudar as instituições políticas e os fenômenos coletivos dos
grandes grupos. A evolução da Psicologia e da Sociologia voltou-se
para o estudo dos grupos.

Psicologia = estudo de problemas de comportamento em pequenos


grupos
Sociologia = estudo dos grandes grupos e suas culturas

Kurt Lewin afirmava que somente através do estudo de pequenos


grupos poderíamos compreender o macro grupo, investigando as
dinâmicas dos pequenos grupos, o papel da liderança, afetos e reações
e, ainda, o processo de tomada de decisão. Com isso, abriu novos
caminhos para a Psicologia Social tornando-a autônoma da Psicologia e
da Sociologia.
Psicologia Social = O campo que se propõe a investigar os conflitos
sociais do seu tempo, do ponto de vista sociocultural, político e
econômico, buscando propostas inovadoras de intervenção para
aumentar a qualidade de vida dos indivíduos. O seu foco deve ser a
busca de uma convivência social ética e harmônica.

PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL

A Psicologia Organizacional também tem um cunho social, porém seu


foco é o estudo das relações e interações do sujeito no trabalho. Este
campo da Psicologia está sensível à problemas organizacionais que
levam, por exemplo, ao adoecimento do sujeito no trabalho.

Iniciativas para melhoria da condição do emprego


 Programas de qualidade de vida;
 Segurança no trabalho;
 Avaliação psicológica;
 Promoção da saúde do trabalhador.

Ginástica Laboral, que é uma modalidade de ginástica aplicada ao


ambiente organizacional. Seu objetivo, entre outras coisas, é a busca
pela qualidade de vida, a diminuição de estresse e a promoção do bem-
estar.
Funções da Psicologia Organizacional:

Avalia os perfis comportamentais dos indivíduos nos Processos


Seletivos de candidatos para os cargos disponíveis na organização.

Define programas de desenvolvimento das pessoas nas suas funções.

Psicólogo organizacional = profissionais mais preparados para


compreender as complexidades do ser humano. responsável por
identificar os profissionais adequados para assumirem os diferentes
cargos, criar práticas de desenvolvimento de pessoas, apoiar o
colaborador frente às situações adversas e alimentar ações que
propiciem a qualidade de vida.

O psicólogo em Recursos Humanos pode facilitar os diversos processos


de recursos humanos, com o seu vasto conhecimento sobre a natureza
humana. Muitos problemas podem ser evitados pelo diagnóstico e
atuação do psicólogo na empresa.

A Gestão de RH pela ótica da Psicologia


Uma das atribuições de recursos humanos, sob a ótica da Psicologia, é:
definir práticas e alternativas que colaborem para que a motivação seja
sustentada

O conceito de personalidade
Personalidade é o conjunto de pensamentos, motivos, emoções,
interesses, atitudes e capacidades de uma pessoa que a diferem das
outras pessoas

A personalidade e o trabalho Compreender a personalidade de alguém


propicia, do ponto de vista de recursos humanos, prever como uma pessoa vai
agir e reagir frente às situações no trabalho. Com isso, é de fundamental
importância que os profissionais atuantes na área estejam preparados para
identificar o perfil dos colaboradores.

ferramentas para a avaliação de perfil profissional nas organizações

Os elementos e os fatores determinantes da


personalidade
A influência da personalidade nas relações de
trabalho

O caso de dupla personalidade, ou múltipla personalidade, que


chamamos de transtorno dissociativo de identidade, se configura como
um transtorno mental que deve ser tratado pela psiquiatria e pela
psicologia. Nesse caso, o sujeito que sofre com esse transtorno
demonstra características de personalidades distintas, percebendo o
meio e interagindo de maneiras diferentes.

Conceito de personalidade = Compreendemos que personalidade pode


ser definida como o conjunto de pensamentos, motivos, emoções,
interesses, atitudes e capacidades de uma pessoa que a diferem das
outras pessoas. Somente é possível avaliar se um determinado
profissional está adequado a assumir uma função se conseguirmos
conhecer seu perfil.

Personalidade x relação de trabalho = Dependendo de nossas


características, de nosso perfil, podemos ter mais ou menos problemas
profissionais. Cabe à área de recursos humanos se utilizar de
ferramentas e práticas de avaliação de perfil e performance
comportamental para minimizar o impacto que os problemas de
relacionamento ocasionam nas organizações ou problemas de perfil
equivocado para a função ou liderança.

Perspectivas biológicas, perspectivas behavioristas e da aprendizagem

As teorias biológicas de personalidade buscam compreender o


comportamento humano por meio dos estudos sobre o cérebro
(anatomia), a neuroquímica e a genética. Seu objetivo é demonstrar a
importância da anatomia, das funções neuroquímicas e dos fatores
hereditários na formação da personalidade e nas respostas
comportamentais. No que diz respeito à anatomia cerebral, estudos
mais recentes demonstraram que a personalidade pode estar associada
à estrutura cerebral.

O estudo baseou-se na leitura de ressonâncias magnéticas de mais de


cem adultos e na avaliação do tipo de personalidade segundo o modelo
conhecido como os “cinco grandes”. por Sindya N. Bhanoo, em sete de
julho de 2010, nos mostra um estudo que associa estrutura cerebral e
personalidade.
São eles:
 Extroversão;
 Afabilidade;
 Estado de consciência;
 Tendência à neurose;
 Fraqueza/intelecto.
Com a pesquisa, neurocientistas perceberam que os extrovertidos
tendem a possuir um córtex orbitofrontal maior que a média.

Os neuróticos, no entanto, tendem a ter um menor córtex pré-frontal que


a média.

Nosso cérebro tem como unidade básica em sua estrutura células


chamadas de neurônios.
Os neurônios são responsáveis pela transmissão de informações
por meio de impulsos nervosos (fenômenos eletroquímicos) para o
corpo e do corpo para as células nervosas.
Os neurônios liberam substâncias químicas chamadas de
neurotransmissores.
Os neurotransmissores exercem a função de transmissores de
informações entre os neurônios.
Podemos citar como neurotransmissores a adrenalina, a noradrenalina,
a dopamina, a serotonina, a acetilcolina e o ácido gama-aminobutírico.
É fato a influência hereditária na formação de nossa personalidade.
Herdamos características de toda a nossa cadeia genética. Nosso
temperamento, por exemplo, é geneticamente determinado, e muitos
estudiosos afirmam que desde o nascimento é possível identificar o
temperamento do bebê.

No entanto, a genética não é determinante, mas sim, uma


predisposição. Sabemos que o meio onde o sujeito está inserido
influenciará na formação de sua personalidade e nas suas respostas
comportamentais.

O Behaviorismo objetiva descrever o comportamento humano. Esta


escola trabalha com o conceito de estímulo e resposta.
Para o Behaviorismo, o sujeito aprende a partir dos estímulos externos
oferecidos pelo ambiente, que podem ser positivos ou negativos. Esses
estímulos influenciarão as respostas emitidas.
Behaviorismo: O homem é fruto do meio.

Skinner afirmou que: Uma pessoa não age sobre o mundo, o mundo
age sobre ela.

A Psicologia Organizacional é uma Psicologia do Comportamento. Na


empresa, trabalhamos com o que é observável, mensurável.

A Perspectiva da Aprendizagem

O condicionamento operante segue o seguinte modelo:


 Um primeiro estímulo aumenta a probabilidade de ocorrência de
uma resposta.
 O condicionamento ocorre se, após a resposta, segue-se um
estímulo reforçador, que pode ser:
 um reforço (positivo ou negativo) que "estimule" o comportamento
(aumente sua probabilidade de ocorrência);
 uma punição (positiva ou negativa) que iniba o comportamento em
situações semelhantes posteriores.

Perspectivas cognitivas e sociocognitivas, perspectivas do


traço e da habilidade

A abordagem cognitiva (ou cognitivista) da personalidade objetiva


compreender a natureza do conhecimento. Essa preocupação, no
entanto, não é oriunda da ciência cognitiva. A filosofia nos seus
primórdios já investigava e questionava o processo de aprendizado.
Diferentemente da abordagem comportamental, focada em investigar o
comportamento observável, a abordagem cognitiva objetiva investigar
os processos mentais (constructos teóricos).

Considera-se que aprender implica adquirir novos conhecimentos.


Quando o seu modo de pensar é alterado pelo novo conhecimento,
segundo os cognitivistas, alterações comportamentais podem ocorrer.
Mudanças cognitivas geram mudanças comportamentais.

Teoria dos traços e das habilidades de personalidade


Raymond Cattell (1905-1998), psicólogo inglês, estabeleceu um método
experimental e quantitativo para o estudo da personalidade. Em suas
investigações, classificou os sujeitos em dezesseis agrupamentos de traços de
personalidade. Esse agrupamento foi nomeado de Modelo 16-PF (Dezesseis
Fatores de Personalidade).
Nessa perspectiva, a personalidade seria composta por traços e habilidades que
determinam uma constância nos comportamentos.
Cattel objetivou construir uma teoria que permitisse prever os comportamentos
possíveis das pessoas frente às diversas situações.
O indivíduo é representado por cada um desses fatores, com mais ou menos
intensidade, determinando uma expressão de sua personalidade e uma constância
nas respostas comportamentais.
Esse modelo é adotado como referência para pesquisas científicas de diagnóstico
de diversos grupos de diferentes contextos sociais, tais como: educação, saúde,
organização etc. Esse estudo também é utilizado para desenvolvimento de perfis
de lideranças nas organizações.

Perspectiva humanista e existencial, perspectiva interacionalista


pessoa-situação

A Psicologia Humanista surgiu na década de 60 objetivando contrapor-se aos


conceitos do behaviorismo e da psicanálise (teoria que estudaremos adiante).
Os nomes que se destacam na representação desta teoria são Abraham Maslow e
Carl Rogers.

A relação entre perfil profissional (personalidade) e as condições de


trabalho oferecidas (modelos de gestão, estrutura organizacional e
políticas da empresa) podem resultar em: Satisfação e
adaptação,quando positiva; Sofrimentos, baixa produtividade,
doenças ocupacionais, quando negativa

cada um de nós tem um motivador principal que influencia o nosso


comportamento na organização. Aquele fator que nos instiga à ação,
que nos leva a buscar alcançar nossos objetivos, que nos faz persistir e
não desistir.
A falta desse motivador em nossas vidas frente às diversas situações
leva a um desânimo, a desistências e até a adoecimentos. Quando
estamos desmotivados, certamente nosso desempenho fica
comprometido.

O Humanismo se opõe ao Behaviorismo por desconsiderar que a


personalidade seria moldada pelo meio. Para Rogers, o indivíduo
aprende no sentido contrário do que prega o behaviorismo: do indivíduo
para o meio.
O sujeito é livre para escolher, e a concepção é de que a existência
precede a essência, sendo o homem um eterno vir a ser.

A perspectiva interacionalista da personalidade evidencia a importância


do reconhecimento da interação de fatores distintos no desenvolvimento
do indivíduo, na formação da personalidade do sujeito.
Podemos citar como exemplos de perspectivas interacionalistas a
interação da perspectiva biológica (hereditária) com a perspectiva
ambiental (behaviorista) e, ainda, a abordagem cognitivo-afetiva.
A abordagem interacionalista acredita que o reducionismo deve ser
evitado, devendo ser adotada uma abordagem mais abrangente nos
estudos da personalidade em Psicologia.
Perspectiva psicanalítica, perspectivas neoanalíticas

a Psicanálise concebe o sujeito como sendo o sujeito do inconsciente.


Em outras palavras, para a Psicanálise, o sujeito é o sujeito do inconsciente.
Para Freud, o homem não é seu próprio dono. O inconsciente age independente da
razão, e o sujeito não o controla. O sujeito é governado pelos desejos do
inconsciente.

Freud distinguiu desejo e necessidade, concebendo o desejo como uma


representação psicológica (pulsão) e a necessidade como uma
deficiência fisiológica. Porém, na psique, a necessidade acaba por ser
concebida como um desejo, impulsionando um comportamento. o
sujeito também é estimulado externamente, porém, em sua teoria,
afirmou que as pulsões são mais determinantes na dinâmica da
personalidade.

O maior representante das teorias neoanalíticas é Carl Jung. É


considerado um dos maiores pensadores da humanidade. Jung
distinguiu o inconsciente em entidades diferentes – o inconsciente
pessoal e o inconsciente coletivo (arquétipos) – e dedicou-se a analisar
os processos profundos da personalidade.
Para ele, a personalidade é composta pelos seguintes sistemas: o ego,
o inconsciente pessoal, o inconsciente coletivo, a persona, a anima
e o animus e a sombra.
Jung integrou a esses sistemas para a composição da personalidade as
atitudes de introversão (direção para o mundo subjetivo) e
extroversão (direção para o mundo objetivo, para o exterior), além das
funções psicológicas fundamentais: pensamento, sentimento,
sensação e intuição.
Para Jung, a personalidade está em constante desenvolvimento,
passando de um estágio para outro: da infância para a juventude,
para a meia idade e para a idade avançada, sendo a evolução
individual (sujeito) e coletiva (humanidade).

Conceito e Tipos de Transtornos de Personalidade

Não esperamos, com isso, que o profissional de recursos humanossinta-se


habilitado a tratar os possíveis funcionários acometidos por transtornos
psicológicos com a nossa aula. Mesmo sendo um psicólogo, o profissional de RH
jamais deverá assumir em ambiente corporativo a funcão de um psicólogo clínico.

Depressão = Quando a depressão é o que resta e a pessoa não consegue reagir,


significa que ela não encontrou recursos internos suficientes, o que caracteriza um
distúrbio emocional.

Medo= O medo que paralisa, impossibilita que a pessoa reaja às diversas situações
também é outro bom exemplo do aspecto emoção.
TDAH= Um exemplo comum para ilustramos este aspecto é o transtorno conhecido
como TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade). Agitação,
inquietude, dificuldade ou incapacidade de concentração são característicos do
TDAH.

Psicose = termo difundido no vocabulário popular, é um transtorno mental de alta


gravidade que corresponde ao aspecto pensamento da capacidade humana. se
caracteriza pela incapacidade do sujeito de distringuir entre realidade e fantasia.

Análise e encaminhamento de soluções para os problemas de


desempenho nas organizações

No ambiente corporativo não deve haver nenhuma iniciativa de tratamento


psicoterápico para doenças mentais.
A empresa deve dar o apoio, fazer o encaminhamento e acompanhar até que esta
pessoa tenha suas necessidades atendidas.

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