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MONOGRAFIA CONCLUIDA - Teresa Mauricio
MONOGRAFIA CONCLUIDA - Teresa Mauricio
MONOGRAFIA
Zango, Novembro/2022
1
Instituto Superior Politécnico Internacional de Angola
Criado pelo Decreto Presidencial nº 162/12 de Julho
Departamento de Ciências Sociais e Humana
MONOGRAFIA
Zango, Novembro/2022
2
Epígrafe
Não desista dos seus sonhos, por mais que as pessoas ao seu redor não te apoiem. Fé,
foco e determinação.
Por: Teresa António Maurício
I
Dedicatória
Aos meus filhos que sempre estiveram comigo, incentivaram-me a continuar, que
desistir nunca seria opção.
Dioclécia Gil Maurício do nascimento João, Altino Valério Maurício Martins, Suzany
Valério Maurício Martins, Belma Maurício Gambôa.
II
Agradecimentos
A Deus pelo dom da vida.
A minha família biológica, Francisco Maurício, Raposo Maurício, Fortunato Maurício,
Suzana Armando, tio ozébio.
Aos meus genros, Walter, Moreno Bartolomeu, Paulo João, Haile Sebastião. E sem
esquecer o meu esposo Fialho Sebastião Gambôa.
A minha família acadêmica: Albertina Lino, Maria Cristina, Teresa da Cruz, Amélia
Vunda, Olímpia, tio Antônio.
A família profissional: Arlete Xavier, Albertina Lino, Baltazar, Domingos, joão
Cariombo, tio Quintas.
Com especial atenção ao meu tutor – Professor Doutor Manuel Bunga, o qual agradeço
imensamente por todo apoio moral, força e não desistir nem duvidar de mim;
III
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO INTERNACIONAL DE ANGOLA
Criado pelo decreto presidencial nº 168/12 de Julho
DECLARAÇÃO DO AUTOR
Declaro que este trabalho escrito foi levado a cabo de acordo com os regulamentos do
Instituto Superior Politécnico de Angola (ISIA) e, em particular, das Normas
Orientadoras de Preparação de Elaboração do Trabalho de Fim de Curso. O trabalho é
original, excepto onde indicado por regência especial no texto.
Mais informo que a norma seguida para a elaboração do trabalho é a Norma APA
Assinatura:________________________________________
Data:____/____/_____
IV
Abreviaturas
DE---------------------------------------Desenvolvimento Escolar
DT---------------------------------------Director de Turma
DF---------------------------------------Distrito Federal
INEPE----------------------------------Instituto Nacional de Estudo e Pesquisa Educacional
MEC-----------------------------------Ministério da Educação e Cultura
PE---------------------------------------Projecto Educativo
ZDP-----------------------------------Zona do Desenvolvimento Proximal
V
RESUMO
Evidenciou-se após a realização de toda revisão bibliográfica citada e a implementação
do projecto, o quanto é importante e benéfica à relação Família/Escola no processo
educativo da criança. Tanto a família quanto a escola são referenciais que embasam o
bom desempenho escolar, portanto, quanto melhor for o relacionamento entre estas duas
instituições mais positivo será esse desempenho. Todavia, a participação da família na
educação formal dos filhos precisa ser constante e consciente, pois vida familiar e vida
escolar se complementam. Com base nos depoimentos de pais e professores
acreditamos que o desempenho escolar das crianças melhorará a partir do bom
relacionamento entre família e escola.
VI
Summary
It was evidenced after the accomplishment of all the bibliographic review cited and the
implementation of the project, how important and beneficial it is to the Family/School
relationship in the educational process of the child. Both the family and the school are
references that support good school performance, Therefore, the better the relationship
between these two institutions, the more positive this performance will be. However, the
participation of the family in the formal education of the children needs to be constant
and conscious, because family life and school life complement each other. Based on the
testimonies of parents and teachers, we believe that children's school performance will
improve from the good relationship between family and school.
The family, in line with the school and vice versa, are fundamental parts for the full
development of the child and consequently are essential pillars in school performance.
The meetings allow families to understand the need to encourage their children to take
school more seriously. We also think that they do not have to wait to be called to attend
school and that encouraging their children to do their homework is favoring their good
school performance. Likewise, the family/school interaction is necessary for both to
know their reality and collectively build a relationship of mutual dialogue, seeking ways
to achieve this partnership, despite the difficulties and diversities that involve them. The
dialogue promotes a greater rapprochement and can be the beginning of a great change
in the relationship between the Family and the School. One of the proposals listed here
is the historical reflection of the functions and attributions of the family and the way in
which the school – pedagogical team, teachers, etc. – has been weaving such discussion
and proposition of practices that overcome the relationship and constitute the school-
family bond. Observing the quantitative results and the objectives recommended and,
for what constitutes our hypotheses, we can say that they were confirmed, according to
which the involvement of the family in the teaching process has a greater impact on the
quality of learning of the students. In conclusion, the collaborative actions between the
family and school communities deserve effective attention and intentionality to face the
conflicting reality that occurs in their spaces and in their social constitution.
VII
Índice Geral
Epígrafe .......................................................................................................................................... I
Dedicatória ....................................................................................................................................II
Agradecimentos........................................................................................................................... III
Abreviaturas ................................................................................................................................. V
RESUMO ................................................................................................................................... VI
Summary .................................................................................................................................... VII
Índice de tabelas ........................................................................................................................... X
Índice de gráficos ........................................................................................................................ XI
Índice de quadros ....................................................................................................................... XII
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 1
PROBLEMÁTICA ........................................................................................................................ 3
PERGUNTA DE PARTIDA ......................................................................................................... 3
OBJECTIVOS ............................................................................................................................... 3
HIPÓTESES:................................................................................................................................. 4
JUSTIFICATIVAS ....................................................................................................................... 4
DELIMITAÇÃO DO ESTUDO.................................................................................................... 5
CAP. I – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................................................. 6
1.1 - Definição de Termos e Conceitos ............................................................................... 6
1.2 - Relação família-escola ...................................................................................................... 8
1.2.1 - A família .................................................................................................................. 12
1.2.2 - A escola.................................................................................................................... 12
1.3 - A função da família......................................................................................................... 14
1.4 - A família e o desempenho escolar .................................................................................. 15
1.5 - O processo ensino-aprendizagem ................................................................................... 16
1.6 - A importância da relação família/escola ......................................................................... 19
1.7 - Director de turma ............................................................................................................ 22
1.7.1 - O envolvimento da família na escola ....................................................................... 23
1.7.2 - Os pais e a educação dos filhos ................................................................................ 26
1.7.3 - O papel dos pais no estudo....................................................................................... 29
1.7.4 - Caminhos para estudar a relação família-escola ...................................................... 32
1.7.5 - A visão dos pais ....................................................................................................... 34
1.7.6 - A visão dos alunos ................................................................................................... 35
CAP. II – OPÇÕES METODOLÓGICAS DO ESTUDO ..................................................... 37
VIII
2.1 - Tipo de pesquisa ............................................................................................................. 37
2.2 - Método de abordagem..................................................................................................... 37
2.3 - Técnicas de recolha de dados .......................................................................................... 37
2.4 - População ........................................................................................................................ 38
2.5 – Amostra .......................................................................................................................... 38
2.6 - Variáveis ......................................................................................................................... 38
2.7 - Caracterização de estudo................................................................................................. 38
CAP. III - APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS ...................................... 39
CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................... 44
RECOMENDAÇÕES ................................................................................................................. 45
SUGESTÕES .............................................................................................................................. 46
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................... 47
IX
Índice de tabelas
Tabela 1 - Grau de concordância dos pais e encarregados de educação sobre A relação escola-
família e vice-versa é importante no processo de ensino aprendizagem......................................39
Tabela 4 - Grau de concordância da Direcção da escola sobre o diálogo promove uma maior
aproximação no relacionamento entre a Família e a Escola.........................................................42
X
Índice de gráficos
Gráfico 5 - Grau de concordância dos pais e encarregados de educação sobre A relação escola-
família e vice-versa é importante no processo de ensino aprendizagem......................................40
Gráfico 8 - Grau de concordância da Direcção da escola sobre o diálogo promove uma maior
aproximação no relacionamento entre a Família e a Escola.........................................................43
XI
Índice de quadros
Quadro nº1 - Síntese da metodologia de investigação................................................................38
XII
INTRODUÇÃO
A temática apresentada neste trabalho é resultado de reflexões teóricas e práticas no
âmbito escolar referentes às relações entre a escola e família. Isto porque é cada vez
mais comum os docentes solicitarem a presença da família para cooperar com a
educação e nas atividades propostas pela escola e, em contrapartida, a forma pela qual
os responsáveis participam da vida escolar, muitas vezes, não está a contento da
solicitação docente, o que leva, com certa freqüência, a uma situação conflituosa. Por
outro lado, está a família, às vezes distante, mas que deposita na escola sonhos e anseios
para a educação dos filhos.
A intervenção dos pais na educação dos filhos é indiscutivelmente essencial. Dar apoio
e cuidados adequados ao filho é uma responsabilidade bastante exigente. Muitas vezes,
1
os pais estão preocupados/envolvidos com os outros problemas (profissionais, pessoais,
económicos, financeiros) que se esquecem de dar atenção aos seus filhos, o que leva
muitas vezes a um afastamento entre pais e filhos, e é precisamente isso que não se
quer. Consideramos fundamental nos dias de hoje, e com a constante evolução da
sociedade que as escolas devam acima de tudo ser promotoras de políticas/estratégias
que promovam uma maior aproximação dos pais à escola.
Este estudo com o título “A Relação entre a Escola e a Família – as suas implicações no
processo de ensino-aprendizagem”, insere-se numa temática muito falada, mas ainda
com grandes discrepâncias e lacunas por resolver. É fundamental que os pais se
integrem na vida escolar ativa dos seus educandos, de forma a conseguirem dar todo o
apoio que eles necessitam no seu crescimento escolar. A escola é um local onde os pais
confiam a educação dos seus filhos e encontram nela um tipo de apoio para as suas
vidas, sendo mesmo um elemento indispensável para os pais e encarregados de
educação.
Começamos por uma apresentação geral da introdução, com foco do tema em estudo e
no que assenta a sua escolha, bem como nas metas que se pretendem atingir como a
problemática, os objectivos, as hipóteses a justificativa e a delimitação do estudo.
2
Por fim, o capítulo III encerra o estudo com a apresentação dos dados estatísticos
aferidos e com a comparação das variantes, com a qual se confirmam as hipóteses. Em
suma, procura-se abordar aqui alguns dos conceitos básicos envolventes na temática da
relação escola família e suas implicações no processo de ensino e aprendizagem para
isso, não só todos os processos intrínsecos à temática, como também o relevo que as
pessoas têm na construção da identidade.
PROBLEMÁTICA
Nos dias de hoje, a problemática do envolvimento parental é umas das mais importantes
temáticas neste momento, visto que o desenvolvimento das crianças na escola é
extremamente importante, porque se as crianças forem bem acompanhadas no seu
processo escolar em parceria com os pais, estas crianças serão com certeza uns cidadãos
com uma perspectiva de vida e também escolar muito melhor, sendo profissionalmente
exemplares.
PERGUNTA DE PARTIDA
Qual a importância da relação entre escola e família e suas implicações no
processo de ensino aprendizagem?
OBJECTIVOS
Geral:
Específicos:
3
Analisar as práticas de envolvimento parental que têm maior impacto na
qualidade de aprendizagem dos alunos;
Apreender o tipo de comunicação existente entre a escola e a família, assim
como as actividades que nela se desenrolam.
HIPÓTESES:
H1-A relação escola-família e vice-versa é importante no processo de ensino
aprendizagem;
JUSTIFICATIVAS
Partindo destas questões anteriores, elaborámos um trabalho, com o intuito de conseguir
clarificar algumas questões pertinentes que têm surgido na comunidade educativa,
sendo de extrema importância clarificá-las.
Todo o ambiente familiar, a relação com a escola e a intermitência entre ambas são
aspetos fundamentais para a problemática da participação dos pais na escola,
pretendendo acima de tudo conseguir compreender e conhecer toda esta envolvência, de
modo a que os maiores beneficiários sejam os alunos, conseguindo chegar a todas as
metas e finalidades traçadas no início do ano.
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DELIMITAÇÃO DO ESTUDO
Segundo Vergara (2005, p.30) “Delimitação do estudo refere-se à moldura que o autor
coloca em seu estudo. É o momento em que se explicitam para o leitor o que fica dentro
e o que fica fora do estudo”. De acordo com Marconi e Lacatos (2019, p. 239) “O
processo de delimitação do tema só é dado por concluído quando se faz a sua limitação
geográfica e espacial, com vistas na realização da pesquisa”.
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CAP. I – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1.1 - Definição de Termos e Conceitos
De acordo com CARVALHO, (2000:p.37), para a escola, os pais se envolvem e
participam na educação de seus filhos quando comparece ás reuniões de pais e mestres,
se comunicam com a escola, acompanham os deveres de casa e estão sempre atentos
quanto ás notas, e tal envolvimento pode ser espontâneo ou incentivado pela escola.
Diante das circunstâncias atuais, provocadas pela desorganização dos laços mútuos de
afetividade entre os casais, sejam as incongruências das relações sexuais, sejam os
rompimentos amorosos, ou mesmos as impossibilidades da vida cotidiana provocadas
por variadas formas de exclusão social, como o desemprego, a miséria ou a fome, faz
com que as pessoas busquem, no desespero, a condição de viabilizar suas vidas como
resgate da dignidade humana. Entretanto, com o rompimento do núcleo familiar,
surgem outros arranjos. Da negação da existência da família se refaz o conceito de
família: a não-família. Ou seja, da sobrevivência, diante das difíceis condições
socioeconômicas, nasce um novo fenômeno social. (CAMPOS, 2007, p.49)
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arranjos e rearranjos familiares. Por essa razão, a família apresenta um padrão de
organização que não é estático, sendo que os vínculos familiares são compostos por
uma junção de fatores: psicológicos, sociais, políticos e econômicos.
Autores como Prado 1985 apud Silva, (2004:p.68) discutem que as formas familiares
evoluíram ao longo da história de acordo com o momento e os valores culturais vigentes
na sociedade. Martins (s/d) ressalta que a família contemporânea ampliou seus padrões
de constituição. Hoje, os arranjos familiares são bem mais abrangentes. A dinâmica das
relações segue padrões mais livres, nos aspectos civis, religiosos e nas relações de
gênero. Não há um modelo cristalizado de família, o que pode denotar um entendimento
distante do dito normal, dando uma conotação de “crise ou desestrutura”.
Diante das instabilidades e transformações nas diversas instituições sociais, dentre elas
a família, amplia-se o debate para a compreensão das causas de tais mudanças. Um local
onde tal discussão ganha proporções cada vez mais amplas é a escola, sendo que uma
das temáticas que mais chama a atenção é justamente a relação com a família. Este
debate é permeado, corriqueiramente, não pelo vínculo entre estas instituições sociais,
mas, fundamentalmente, pela relação conflituosa entre elas. Exemplos não faltam, de
acordo com Nagel (s/d, p.03):
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A multiplicação de atitudes socialmente inusitadas, inconvenientes, nos níveis dos
conflitos domésticos, insucessos na vida e violência urbana, leva a jornais, revistas,
documentários e filmes a colocarem na berlinda apenas a família e a escola.
Absolvidas outras instituições ou outras figuras da sociedade com seus papéis
definidos, como médicos, psicólogos, advogados, entre outras, apenas pais e
professores começam a se sentirem impelidos (mas sem força) a educar sob novos
parâmetros. Paralela a essa conscientização, vai aumentando a procura por psicólogos
(independentemente de sua maior ou menor compreensão sobre cultura & educação)
com o objetivo de diminuir os conflitos presentes no dia-a-dia. É o momento que
cresce o poder editorial de uma Tânia Zagury, de um Içami Tiba. É a hora em que o
processo educativo pode ser pensado de uma forma mais crítica sob uma perspectiva
corretiva, embora pleno de contradições.
Para Silva (2004:p.31) ressalta que para além destas manifestações aparentes, é preciso
olhar esta dinâmica com mais cuidado para não culpabilizar a família pelo que não fez e
a escola pelo que poderia fazer. É preciso contextualizar tal situação para além das
aparências e propiciar condições para criar vínculo entre família e escola.
Conforme Barroco (2004:p.60), quando os pais pedem socorro à escola para dar um
“jeito” em seus filhos, não se trata apenas de problemas nas relações interpessoais. As
diretrizes para enfrentamento dessa situação precisam ser tomadas com cuidado e com
respaldo teórico. Pesquisar e compreender as relações interpessoais e o comportamento
dos indivíduos é impossível, sem levar em consideração a sua história atrelada às
condições históricas concretas.
De acordo com Campos (2007:p.49), o fato da sala de aula existir como lugar de
aprendizagem, não significa que a tarefa da educação escolar deva se limitar a “quatro
paredes”, mas sim interagir com o mundo, numa visão holística.
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grandes grupos, denominados enfoque sociológico e enfoque psicológico Oliveira,
(2002:p.74).
Para Oliveira (2002), há uma intenção que passa muitas vezes despercebida nessa
tentativa de aproximação e colaboração, que é a de promover uma educação para as
famílias tidas como "desestruturadas". O ambiente escolar exerce um poder de
orientação sobre os pais para que estes possam educar melhor os filhos e estes, por sua
vez, possam frequentar a escola.
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esse discurso para dentro da sala de aula e passam, em um processo naturalizado por
todos, a avaliar e analisar o comportamento dos alunos.
A partir destas colocações, vê-se que a relação família-escola está permeada por um
movimento de culpabilização e não de responsabilização compartilhada, além de estar
marcada pela existência de uma forte atenção da escola dirigida à instrumentalização
dos pais para a ação educacional, por se acreditar que a participação da família é
condição necessária para o sucesso escolar Oliveira, (2002:p. 24).
Relação escola-família: estudos recentes mostram que em vários países, nas últimas
décadas, que se os pais se envolverem na educação dos filhos, eles por ora, obtêm
melhor aproveitamento escolar. De muitas variáveis que se estudaram, o envolvimento
dos pais no processo educativo foi a que obteve maior impacto, estado este impacto
presente em todos os grupos sociais e culturais Marques, (2001:p.59).
Perrenoud (citado por Pereira, 2008, p.39), refere que a educação precisa de mudar e
que as mudanças podem ser negociadas entre os diferentes agentes educativos, cabendo
à escola o papel de as tornar mais visíveis e reais, ficando as famílias mais interessadas,
próximas e conscientes da sua importância. Hoje em dia existe cada vez mais a
necessidade de a escola estar em perfeita sintonia com a família. A escola é uma
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instituição que complementa a família e juntas tornam-se lugares agradáveis para a
convivência de todos.
De acordo com Perrenoud & Montandon (citado por Diogo, 1998, p.47), “as famílias 15
preocupam-se, também cada vez mais com o desabrochar e a felicidade dos seus filhos,
esperando que a escola os discipline sem os anular e os instrua sem os privar da sua
infância”. Consequentemente, a Escola é, com frequência, atentamente vigiada pelos
pais que lhe confiam os seus filhos com uma mistura de confiança e de desconfiança.
Para estes autores que referem que o diálogo com a Escola não se instaura numa base de
igualdade e que, individualmente, os pais não se relacionam numa base de igualdade,
facto que se acentua ainda mais quando em presença dos lugares mais elevados na
hierarquia escolar.
A escola não deve ser só um lugar de aprendizagem, mas também um campo de ação no
qual haverá continuidade da vida afetiva que deverá existir a 100% em casa. É na escola
que se deve conscientizar a respeito dos problemas do planeta: destruição do meio
ambiente, desvalorização de grupos menos favorecidos economicamente, etc. Na escola
deve-se falar sobre amizade, sobre a importância do grupo social, sobre questões
afetivas e respeito ao próximo.
A necessidade de se construir uma relação entre escola e família, deve ser para planear,
estabelecer compromissos e acordos mínimos para que o educando/filho tenha uma
educação com qualidade tanto em casa quanto na escola. De acordo com Pereira (2008,
p.29), “a Relação entre a Escola e a Família tem vindo a ser alvo de todo um conjunto
de atenções: através de notícias nos meios de comunicação, de discursos de políticos, da
divulgação de projetos de investigação e de nova legislação”.
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Ainda na perspectiva do mesmo autor acima referido:
O desenvolvimento da criança deve ser compreendido de forma holística e a compreensão
das diferenças individuais no desenvolvimento saudável e patológico implica a consideração
das transações que ocorrem ao longo do tempo entre indivíduo e contextos sociais e
ecológicos. Segundo esta autora o contexto é constituído por diferentes níveis, uns mais
próximos e outros mais distantes, que sofrem influências múltiplas entre si (p.27).
1.2.1 - A família
A Família é vista como a base da sociedade, porém diante das mudanças econômicas,
políticas e, sobretudo sociais, vê-se a instituição familiar estruturada de forma
totalmente diferente de anos atrás. O antigo padrão familiar, antes constituído de pai,
mãe e filhos e outros membros, cujo comando centrava-se no patriarca e/ou matriarca,
deixa de existir e em seu lugar surgem novas composições familiares. Ou seja, famílias
constituídas sob as mais variadas formas, desde as mais simples, formadas apenas por
pais e filhos, outras formadas por casais oriundos de outros relacionamentos, até
famílias composta por homossexuais e famílias apenas composta por avós e netos, o que
não significa que estas novas formações não possam ser consideradas famílias
constituídas de forma diferente, mas famílias.
Além disso, os atropelos da vida moderna que acarretam a falta de tempo dos pais para
uma boa convivência com os filhos, a velocidade com que essas transformações têm
ocorrido, além do grande número de separações e divórcios, dificultam para as famílias
oferecer o que costumamos chamar de “educação de berço”. Essas mudanças e o
aumento da expectativa de vida, a diminuição do índice de mortalidade, o aumento de
mulheres ingressando no mundo do trabalho, além do aumento das separações e
divórcios, anteriormente citados, foram algumas das heranças deixadas pelo século XX.
1.2.2 - A escola
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mencionados no decorrer deste estudo, tem repercutido na estrutura da família e
consequentemente da escola.
Portanto, faz-se necessário também voltar nossa atenção para a escola que, apesar das
mudanças, continua exercendo a função de transmitir conhecimentos científicos.
Entretanto, a escola tem encontrado dificuldades em assimilar as mudanças sociais e
familiares e incorporar as novas tarefas que a ela têm sido delegadas, embora isso não
seja um processo recente. No entanto, a escola precisa ser pensada como um caminho
entre a família e a sociedade, pois tanto a família quanto a sociedade voltam seus
olhares exigentes sobre ela. A escola é para a sociedade uma extensão da família,
porque é através dela que a sociedade consegue influência para desenvolver e formar
cidadãos críticos e conscientes.
É importante que a escola busque estreitar suas relações com a família em nome do
bem estar do aluno. Ficou claro durante a implementação do projeto que, para maior
fluência desses objetivos, a escola necessita da participação efetiva da família. Por outro
lado, a família também se sente mais segura quando é orientada mais de perto pelos
profissionais da escola. A exemplo disso, disse-nos um pai: saber que os professores
têm essa preocupação com minha filha, me deixa mais tranquilo e me estimula a estar
mais presente na vida dela, tanto em casa como na escola.
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Como afirma TORRES, (2008. p. 29). Uma das funções sociais da escola é preparar o
cidadão para o exercício da cidadania vivendo como profissional e cidadão o que quer
dizer que a escola tem como função social democratizar conhecimentos e formar
cidadãos participativos e actuantes.
Sabe-se que, quando algo não vai bem ao ambiente familiar, o escolar será também de
certa forma afetado. Desta forma, percebe-se que a grande maioria das dificuldades
apresentadas pelas crianças é proveniente de problemas familiares. Isso ficou claro,
quando das conversas com os pais e seus filhos no decorrer de nosso trabalho. “Por falta
de um contato mais próximo e afetuoso, surgem as condutas caóticas e desordenadas,
que se reflete em casa e quase sempre, também na escola em termos de indisciplina e de
baixo rendimento escolar”. MALDONADO, (1997, p. 11).
Percebe-se desta forma que a família possui papel decisivo na educação formal e
informal, pois, além de refletir os problemas da sociedade, absorve valores 15 éticos e
humanitários e aprofunda os laços de solidariedade. Portanto, é indispensável à
participação da família na vida escolar dos filhos, pois crianças que percebem que seus
pais e/ou responsáveis estão acompanhando de perto tudo o que está acontecendo, que
estão verificando o rendimento escolar – perguntando como foram as aulas,
questionando as tarefas etc. – tendem a se sentir mais segura e, em consequência dessas
atitudes por parte da família, apresentam melhor desempenho nas atividades escolares.
Sendo assim, é indispensável que a família esteja em harmonia com a instituição, uma
vez que a relação harmoniosa só pode enriquecer e facilitar o desempenho educacional
das crianças.
14
Essa erosão do apoio familiar não se expressa só na falta de tempo para ajudar as
crianças nos trabalhos escolares ou para acompanhar sua trajetória escolar. Num sentido
mais geral e mais profundo, produziu-se uma nova dissolução entre família, pela qual as
crianças chegam à escola com um núcleo básico de desenvolvimento da personalidade
caracterizado seja pela debilidade dos quadros de referência, seja por quadros de
referência que diferem dos que a escola supõe e para os quais se preparou. (TEDESCO,
2002, p. 36).
Diante da colocação acima, entende-se que a família deve, portanto, se esforçar para
estar mais presente em todos os momentos da vida de seus filhos, inclusive da vida
escolar. No entanto, esta presença implica envolvimento, comprometimento e
colaboração. O papel dos pais, portanto, é dar continuidade ao trabalho da escola,
criando condições para que seus filhos tenham sucesso tanto na sala de aula como na
vida.
E como nos diz PRADO (1981:p.60) a família não é um simples fenômeno natural, mas
pelo contrário, é uma instituição social que varia no tempo e apresenta formas e
finalidades diferentes dependendo do grupo social em que esteja. Ao analisarmos a
história brasileira, pode-se perceber que as famílias se constituíram através das
15
circunstâncias econômicas, culturais e políticas. E, hoje as circunstâncias são outras e,
claro as famílias são outras, em função dessas novas circunstâncias, já abordadas neste
trabalho. Porém, a importância da família no desempenho escolar das crianças continua
sendo imprescindível, como pudemos verificar quando da implementação de nosso
projecto.
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adaptação. O processo de adaptação se constitui por dois outros processos: assimilação
e acomodação.
Desse modo, o ambiente escolar e familiar no qual o aluno está inserido pode vir a
acarretar um mau desempenho escolar seja por falta de estímulos, incentivo ou
condições de ensino. Portanto, quando se fala em desempenho escolar, o ambiente
familiar não deve ser relegado a segundo plano, mesmo quando se trata da educação
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formal, função considerada especificamente da escola, pois como se sabe o aprendizado
tem início muito antes da vida escolar e sabe-se também que ao chegar à escola, a
criança já traz consigo uma considerável gama de conhecimentos, embora diferenciados
em função do meio no qual vive.
Foi o que se observou nesta 5ª série. Quando a família passou a frequentar a escola e
relacionar-se melhor com seus filhos e com os professores, estes mostraram uma
melhora sensível em seus rendimentos.
Delors observa: Os meios de vida, de estudos, por onde circulam os aprendizes são tão
importantes quanto às atividades educacionais que abrigam. Sua influência deve-se ao
fato de que eles são desigualmente motivadores, diferentemente estimulantes e mais ou
menos propícios a aprendizagens significativas. A cultura da instituição, da família e da
sociedade é igualmente um fator de ensino. DELORS, (2005, p. 196)
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entender e utilizar linguagens, descartando o fato de que inteligência é resultado daquilo
que já foi aprendido anteriormente.
Tanto a família quanto a escola desejam a mesma coisa: preparar as crianças para o
mundo; no entanto, a família tem suas particularidades que a diferenciam da escola, e
suas necessidades que a aproximam dessa mesma instituição. A escola tem sua
metodologia e filosofia para educar uma criança, no entanto ela necessita da família
para concretizar o seu projeto educativo. (PAROLIM, 2003, p. 99)
Em vista disso, é que destacamos a necessidade de uma parceria entre Família e Escola,
visto que, apesar de cada uma apresentar valores e objetivos próprios no que se refere à
educação de uma criança, necessita uma da outra e, quanto maior for à diferença maior
será a necessidade de relacionar-se. Essas diferenças e necessidades ficaram evidentes
durante as entrevistas e reuniões realizadas com as famílias para a realização deste
trabalho. Porém, é importante ressaltar que nem a escola e nem a família precisam
modificar a forma de se organizarem, basta que estejam abertos à troca de experiências
mediante uma parceria significativa.
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A escola não funciona isoladamente, faz-se necessário que cada um dentro da sua
função, trabalhe buscando atingir uma construção coletiva, contribuindo assim, para a
melhoria do desempenho escolar das crianças. Reiterando a importância dessa parceria
através do Projeto Relação Família/Escola e o Desempenho Escolar, alguns professores
assim se manifestaram: 19 “Estamos vivendo a Era do conhecimento – o ouro do século
XXl.
Para tal, cada vez mais vêm sendo propostas as mais variadas gamas de cursos de
aperfeiçoamento e capacitação para lidarmos com as “não muito comuns” situações
ocorridas na escola. Dentre elas, uma cham a bastante nossa atenção: assumimos um
papel, que embora camuflado, reflete aquele que deveria ser atribuído aos pais – o
professor que ora era transmissor de conhecimento, assume papel de “educar” traçando
e exigindo hábitos que deveriam ser adquiridos no “berço”.
Entendemos que a família nos nossos dias é constituída de forma diferente. Enquanto,
antigamente os pais trabalhavam fora e as mães se dedicavam à educação dos filhos e o
cuidado do lar, hoje, ambos trabalham fora e os filhos ficam delegados a outros
familiares e na maioria dos casos a mercê de seus prazeres, o que garante aos mesmos
um aprendizado espontâneo, natural, porém, sem direcionamento, nas diversas situações
que se expõe no cotidiano.
Não é de hoje que estamos discutindo propostas para que tal assunto proporcione
melhor desenvolvimento do aluno, haja vista, a necessidade premente de assumirmos
nossos papéis nas questões envolvendo aluno/filho. Recebemos o projeto Relação
Família/Escola e o Desempenho Escolar com muita expectativa dada a sua importância
para o sucesso de nosso trabalho.
Iniciar esta atividade na 5ª série fará que aos poucos, os interessados sejam integrados e,
ao longo de quatro anos, a realidade mudada. Ficamos satisfeitos ao perceber o interesse
dos pais na primeira reunião com a escola: trocaram informações, socializaram
problemas que jamais imaginaríamos que as crianças tinham, se este encontro não
tivesse acontecido.
20
eles não são mais pessoas desinteressadas, alheias ao que ocorre com seus filhos na
escola. Não há nada que apague a importância desse primeiro passo.
“Os frutos deste projeto, idealizado e monitorado por nossa coordenadora já estão sendo
colhidos e saboreados, pois na dimensão quanto ao interesse, e o comprometimento em
relação à mudança são estabelecidos”. (M.B.S. - Professora de Português). O Projeto
Relação Família/Escola e o Desempenho escolar, desenvolvido pela pedagoga Maria
Ester, veio resgatar o fortalecimento de um vínculo há tempos esquecido pela sociedade.
Para mim, que participei de alguns momentos relativos a esse projeto, me senti
privilegiada. Nada é mais gratificante do que ver essa relação acontecendo de perto:
família e escola juntas, tentando reacender uma chama, que eu diria, não totalmente
apagada, mas precisando de um pouco mais de lenha para tornar-se uma grande
fogueira, onde todos as sua volta consigam contagiar um ao outro com o seu calor.
(A.A.R. - Professora de Ensino Religioso)
Desde que iniciei minha carreira como professora do Ensino Básico, na disciplina de
História puder ir percebendo que as crianças cujos pais iam com frequência à escola
acabavam por desenvolverem alguns comportamentos mais adequados ao espaço
escolar. Nos últimos anos está ficando cada vez mais raro esta participação, o que
obrigou a escola assumir um papel que até então cabia aos pais. Mas participar de uma
proposta que visa trazer os pais para acompanhar a vida escolar de seus filhos acabou
por criar uma cumplicidade entre nós professores e os responsáveis por nossos alunos.
Pois, ao tentarmos a resolução de um problema ou compartilhar uma vitória de nossas
21
crianças acabamos por presenciar momentos da vida escolar deste aluno, a compreendê-
lo de forma direta e mais completa, e isso em muito auxiliou no trabalho de forma geral.
22
ignorado. A direção de turma ocupa um lugar vital na comunidade escolar, tendo como
principal preocupação o desenvolvimento pessoal de cada aluno e a sua plena
socialização.
Através de leituras de algumas legislações posso inferir que além da sua posição
essencial na estrutura intermédia de gestão da escola, o DT deverá desempenhar funções
de natureza pedagógica sendo elas:
Nas palavras de Diogo (1998, p.32), “as relações da criança com a escola são racionais,
transitórias e impessoais, enquanto que as relações do DT com a criança podem ser
personalizadas e emocionais”. Ou seja, “as práticas de direção de turma podem
contribuir para que a escola deixe de ser gradualmente uma agência de promoção de um
desenvolvimento desigual, isto é do desenvolvimento do subdesenvolvimento das
crianças mais desfavorecidas.
Brandão (citado por Pereira, (2008, p. 71) “define envolvimento como um leque de
interações entre a Escola e a Família desde a simples participação dos encarregados de
educação em reuniões mais ou menos formais, até à execução de tarefas específicas na
escola, em colaboração com os professores”. O primeiro contexto ambiental que o
indivíduo conhece e com o qual interage é a sua família. A organização familiar é feita
tendo em conta um conjunto de valores sociais e culturais, transmitidos por gerações
anteriores que influenciam as relações interpessoais e as competências individuais. As
necessidades do aluno não podem ser encaradas só em função das aprendizagens
académicas, mas numa perspectiva globalizante, onde aluno, escola e família se
adaptam mútua e progressivamente.
23
Ainda nas palavras de Marques (2001, p. 14) a aproximação dos professores aos pais e o
envolvimento destes no apoio educativo aos filhos pode contrariar aquela nefasta
tendência, libertando o professor de exigências irrealistas e fazendo com que os pais
voltem a assumir as suas funções tradicionais de primeiros educadores das crianças e
adolescentes.
Todos esses benefícios são indiscutíveis, mas continuam a ser muito mais difícil
envolver no processo educativo os pais que estão mais afastados da cultura escolar. As
razões são conhecidas: falta de tempo, baixas expectativas educacionais, afastamento
cultural e pobreza. Os professores não podem, sozinhos, ultrapassar esses obstáculos ao
envolvimento parental, mas podem dar uma ajuda mudando de atitude, acreditando nos
benefícios, pressionando as autoridades escolares para criarem espaços para receber os
pais/encarregados de educação e pedindo a colaboração de outros técnicos de educação.
Apesar de tudo, as práticas de envolvimento mais conscientes e mais benéficas
continuam a ser as práticas de comunicação e essas passam, quase sempre pelo
professor Marques, (2001, p. 16).
24
desempenho escolar. O diálogo entre a família e a escola, tende a colaborar para um
equilíbrio no desempenho escolar.
O envolvimento dos pais com a escola deve favorecer a reflexão de diferentes aspetos
pedagógicos e psicológicos dos seus filhos, com vista a melhorar, de modo efetivo, o
seu desempenho escolar. A importância da participação ativa da família com a escola
tem sido alvo de diversos estudos, tendo em conta fatores como o comportamento dos
alunos em sala de aula e os problemas de adaptação.
Quando isso acontece, estão criadas as condições para que o aluno rejeite a cultura
escolar, podendo esta assumir várias formas: indisciplina, violência, abandono escolar e
passividade.
Todavia os sinais dessa rejeição devem ser interpretados pelo professor, cabendo-lhe
traçar um plano de ação que inclua a comunicação com os pais Marques, (2001, p. 22).
Todo este envolvimento entre a escola e as famílias, traz benefícios aos próprios
professores, isto porque os professores vêm o seu trabalho e esforço apreciado pelos
pais e encarregados de educação.Em suma e de acordo com Marques (2001; p, 13):
Pais e família – estes termos apresentam neste estudo uma grande proximidade. O
termo, Pais, no plural, refere-se aos adultos que têm responsabilidade legal sobre a
criança, e o termo, Família, refere-se ao grupo de adultos e crianças no qual a criança se
insere e a que está ligada por laços de parentesco ou adoção;
25
Envolvimento dos pais – esta designação cobre todas as formas de atividade dos pais na
educação dos seus filhos – em casa, na comunidade ou na escola. Por vezes, é usada a
expressão participação dos pais exclusivamente para referir aquelas atividades dos pais
que supõem algum poder ou influência em campos como os do planeamento, gestão e
tomada de decisões nas escolas.
26
sistemas, tem sofrido transformações, as quais refletem mudanças mais gerais da
sociedade. Dessa maneira surgem novos arranjos, diferentes da família nuclear
anteriormente dominante, constituída pelo casal e filhos. Qualquer que seja a sua
estrutura, a família mantém-se como o meio relacional básico para as relações da
criança com o mundo.
Os pais devem envolver-se na educação dos filhos também na escola. Foi-se o tempo
em que os pais abandonavam filhos na escola dizendo que a partir daí a escola era
responsável pela educação deles. A educação dos filhos é uma preocupação dos pais e
educadores.
A influência que os filhos sofrem junto aos meios de comunicação, junto aos amigos e
junto a escola leva-nos a concluir que este processo educativo é um componente
importante na formação de cada filho. Os pais têm uma ferramenta que, se for bem
direcionada, poderá resultar em dividendos para todos-filhos, escola, amigos e pais.
Não nos restam dúvidas de que os pais são os primeiros educadores da criança e que, ao
longo de toda a sua escolaridade, continuam a ser os principais responsáveis pela sua
educação e bem-estar.
É neste aspeto que nos parece que o papel mais importante dos pais é o que é realizado
em casa, durante o desenvolvimento da criança e que o papel mais importante da escola
27
é o pedagógico (inerentemente relacional e técnico) estabelecendo estratégias
operacionais e eficazes para fazer face ao projeto pedagógico da criança, que é esse o
objetivo da frequência do aluno na escola.
Neste sentido, “parece-nos, também, que a melhor colaboração entre a família e a escola
é precisamente o veicular à criança confiança acerca da escolarização e ocorrências
escolares, suportando e apoiando os anseios da criança e guardando para local próprio
reações relativas à própria escola” Pereira, (2008, p. 60).
Para além de ser necessário que a escola tome a iniciativa de fomentar o envolvimento
de todas as famílias, também é necessário, então, utilizar outras estratégias de
aproximação entre a escola e a família.
Para Seeley (1989, citado por Pereira (2008, p.75), “o interesse renovado pela família,
pelo bairro, pela comunidade e por outras estruturas de mediação é significativo, em
28
primeiro lugar, por refletir a crescente consciencialização da importância dos grupos de
dimensão humana”.
Quando a família não consegue cumprir estas obrigações básicas, a escola deverá
acionar os mecanismos de ação social e juntamente com estes ajudar a família a
construir os seus próprios recursos. Ou seja, e de acordo com Pereira (2008:p.77):
O papel dos pais no estudo dos filhos é fundamental, senão o mais importante, porque o
acompanhamento sistemático, metódico e constante permite que as crianças e jovens
tenham uma organização e desempenho muito mais coerentes e lógicos, pois o apoio
parental é fulcral para o “crescimento” académico, a criança sente-se “protegida” e
acompanhada. Frequentemente os pais pensam que não podem ajudar os filhos, porque
têm menos estudos do que eles. É uma ideia errada.
29
Os pais têm um papel muito importante no apoio ao processo educativo, realizado em
casa. Este conceito significa não só o envolvimento direto dos pais no ensino da leitura
e da escrita, mas também na fixação de rotinas de estudo. Hábitos de trabalho, atitudes
favoráveis à aprendizagem e criação de um ambiente favorável ao estudo e a
curiosidade intelectual.
As razões que justificam o envolvimento dos pais no apoio ao processo educativo, são
que em primeiro lugar nota-se uma melhoria nos resultados escolares sempre que os
pais apoiam os filhos em casa. Em segundo lugar, os pais passam a compreender e a
valorizar melhor os professores; os pais e os professores aprendem a apoiar-se
mutuamente na tarefa comum que é a educação dos alunos; por último e em quarto
lugar, os pais aprendem a comunicar melhor com os filhos e a valorizar, ainda mais, o
seu esforço e todo o seu trabalho Marques, (2001, p.104).
A grande maioria dos pais deseja envolver-se no apoio ao processo educativo, realizado
em casa. Contudo, há muitos pais que não sabe, o que devem fazer, e ainda a falta de
tempo é um grande entrave. O problema da falta de tempo dos pais para estarem com os
filhos é tal como nos refere Marques (2001, p.105) um sintoma de uma doença
civilizacional que ameaça o bem-estar e o direito à felicidade.
a) Os pais são encorajados a dedicarem meia hora por dia a falarem com os filhos
acerca dos estudos e a ajudá-los a realizar tarefas de aprendizagem;
b) Os pais são informados, periodicamente dos progressos dos filhos; os
professores distribuem trabalhos de casa interativos que exigem algum
envolvimento dos pais;
c) Os professores distribuem folhas informativas sobre como é que os pais podem
ajudar os filhos casa.
Uma das tarefas mais importantes que os pais podem realizar para ajudarem os filhos é
criarem condições ambientais favoráveis à aprendizagem, comprando livros, lendo
histórias, visitando bibliotecas e museus.
30
A aquisição ou a modificação de hábitos e rotinas não é fácil para adultos nem para
crianças. Se o gosto pelo estudo não existe e se a família, ainda por cima, não o
valorizar, será difícil que ele se transforme num hábito “bom”.
Quando este apoio aparece relacionado com um melhor rendimento escolar, ele é
operacionalizado através de (a) conversas entre pais e filhos, (b) existência de
materiais de aprendizagem em casa, (c) participação dos pais nas Reuniões de Pais,
(d) conversas sobre a escola, (e) participação dos filhos em atividades educativas fora
da escola.
Com tudo isto, é possível concluir que existem enormes vantagens no envolvimento dos
pais no apoio educativo realizado em casa. Essas vantagens são evidentes tanto para os
alunos como par os próprios pais. Os alunos ficam motivados para dedicarem mais
31
tempo ao estudo e os pais ficam a compreender e a apreciar melhor todo o trabalho dos
professores ao mesmo tempo que melhoram a sua função educativa. Assim, e
continuando na mesma linha de pensamento de Marques (2001, p.108), “os pais podem
ter um papel determinante na fixação de expetativas realistas e de normas de conduta
corretas, no desenvolvimento da curiosidade intelectual e no aumento do gosto pela
aprendizagem.
A comunicação entre escola e família passa pela intermediação da criança, sendo esta
comunicação aparentemente de mão única, por haver pouco espaço institucional para a
manifestação das famílias. A ação das famílias é limitada e determinada de acordo com
os interesses da escola. Assim,"num primeiro momento, defende-se uma participação
ampla dos pais na escola, mas o que se verifica é uma participação que tem a ver com o
fato de conhecer o trabalho da escola" Oliveira, (2002, p.105).
As famílias não são vistas pelos professores como parceiras que têm objetivos comuns,
apesar de estas se mostrarem conscientes do importante papel da escolarização na vida
dos filhos, e de estarem dispostas a contribuir com a escola Reali & Tancredi,
(2002:p.14).
32
Na compreensão dos professores, o apoio dos pais no processo de ensino"se limita a
reforçar aquilo que o professor realiza e pede às crianças, ao invés de sugerir que os pais
poderiam se envolver mais com questões escolares de maneira mais participativa e
recíproca" Bhering, (2003, p.499).
Pesquisa com professores e diretores também apontou que o principal aspecto positivo
ou vantagem da aproximação da família com a escola é o envolvimento dos pais na
educação dos filhos. Este envolvimento diz respeito "a atitudes de co-responsabilidade e
interesse dos pais com o processo de ensino-aprendizagem incluindo a participação ou
colaboração em atividades, em eventos ou solicitações propostas pela escola"
Hernández, (1995, p. 59).
Entretanto, envolver a família na educação escolar pode representar uma ameaça para
alguns professores, por se sentirem destituídos de sua competência e de seu papel de
ensinar, apesar de que "a presença e participação dos pais na escola não pode e não deve
siginificar uma desresponsabilização dos professores para com a aprendizagem dos
alunos e do governo com o financiamento da educação" (Tancredi & Reali, 2001, p.4).
Outro membro da comunidade escolar que também está envolvido nas relações entre
família e escola é o psicólogo escolar; portanto, ainda dentro da visão da escola sobre
esta relação, tem-se as concepções dos psicólogos escolares. Nesta perspectiva, pesquisa
realizada junto a psicólogas escolares na região de Campinas (SP) (Leal, 1998) apontou
que a escola é que determina os tipos e a frequência das oportunidades de participação
dos pais. A responsabilidade pelo sucesso ou pelo fracasso da relação foi atribuída,
pelas psicólogas, a ambos os sistemas envolvidos, enquanto em relação à qualidade da
relação família-escola, tenderam a responsabilizar mais a família que a escola pela
insuficiência e obstáculos encontrados.
33
(Leal, 1998, p.96). Assim, a atuação dessas psicólogas restringe-se principalmente à
orientação aos pais, levando à reflexão de que o psicólogo parece não estar investindo
em inovações para possibilitar ou melhorar esta relação.
Na visão das famílias as interações estabelecidas com a escola ocorrem nos horários de
saída, nas reuniões de pais convocadas pela escola ou em datas comemorativas, o que
ilustra um relacionamento superficial e limitado a situações "formais", como as reuniões
bimestrais e as comemorações, ambas organizadas pela escola (Reali & Tancredi,
2002).
Ainda quanto à opinião dos pais, o Ministério da Educação (MEC), por meio do
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP),
realizou um estudo de âmbito nacional sobre a relação família, escola e educação
34
(Brasil, 2005). No âmbito nacional, as reuniões de pais e professores são os eventos que
mais mobilizam os responsáveis, sendo que um chamado imprevisto para o
comparecimento à escola desperta fortes apreensões na família, pois surge, de imediato,
a ideia de que a convocação está relacionada a problemas disciplinares de alguma
gravidade, ou de baixo rendimento ou, ainda, de alguma deficiência, tratando-se,
sempre, de um fato já ocorrido e que será apenas comunicado aos pais.
35
socioculturais, em que se nota um decréscimo na participação, especialmente para os
alunos de 5ª e 8ª séries Polonia, (2005:p.155).
Entre as ações apontadas pelos alunos que poderiam ser desencadeadas pelos pais e pela
escola para melhorar as condições da escola, destacam-se aquelas em que eles se
posicionam como possíveis mediadores da relação família-escola, ou seja, aquelas ações
que podem ser realizadas pelos próprios alunos, como estimular a participação dos pais
e intermediar a comunicação entre a escola e os pais. Polonia (2005) constata, ainda,
que os alunos da 8ª série se sentem mais responsáveis pela intermediação (entregar
bilhetes, avisos e informes), enquanto os alunos da 1ª série se sentem mais responsáveis
pelo estímulo à participação (contar mais sobre as atividades desenvolvidas na escola,
solicitar a participação dos pais etc.).
Este último dado sinaliza para o importante papel que os próprios alunos podem assumir
diante das relações entre suas famílias e a escola, pois, geralmente, ao investigar os
processos de comunicação entre a família e a escola, suas influências, intersecções e
interações, as pesquisas focalizam especialmente o papel dos adultos nesta interrelação.
36
CAP. II – OPÇÕES METODOLÓGICAS DO ESTUDO
Em termos metodológicos, este trabalho enquadra-se dentro da tipologia de estudo de
caso onde, a partir da descrição /interpretação de um caso particular, procuramos atingir
todos os objectivos traçados.
De acordo com Lessard (1990:p.72) o estudo de caso caracteriza-se pelo facto de reunir
informações tão numerosas e pormenorizadas quanto possível, com vista a abranger a
totalidade da situação. Neste caso, o nosso estudo recai sobre a relação entre escola e
família, sua implicações no processo de aprendizagem.
37
2.4 - População
População é um conjunto de pessoas, itens ou eventos sobre os quais se quer fazer
inferências, e uma amostra é um subconjunto de pessoas, itens ou eventos de
uma população maior que se analisa para fazer inferências” (LAKATOS & MARCONI,
1991, p. 38).
Neste trabalho, temos uma população constituída por 45 trabalhadores, desde o pessoal
da direcção, professores alunos.
2.5 – Amostra
Deste número 45 que constituí a nossa população foi selecionada de forma aleatória a
nossa amostra de 20 indivíduos que poderam responder os nossos questionários.
2.6 - Variáveis
De acordo com Trujillo cit. Por Marconi e Lakatos (2013), uma variável é um valor que
pode ser dado por uma quantidade, qualidade, característica, magnitude, traço que pode
variar em cada caso individual. Neste contexto, estabelecemos as seguintes variáveis
38
CAP. III - APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS
O nosso estudo começou com a devida análise Bibliográfica e documental, revendo a
literatura sobre a relação escola e família, suas implicações no processo de ensino
aprendizagem
Relativamente ao capítulo II, referiu-se que o trabalho de coleta de dados teve início
com um questionário dirigido aos 20 famílias incluindo os profissionais da escola. Em
seguida, apresenta-se os resultados do Estudo: Para tal, seleccionou-se seis questões;
Utilizou-se a escala de Likert, com cinco itens de sequência (de 1 à 5). Sendo: 1 –
Discordo totalmente; 2 – Discordo; 3 – Indeciso; 4 – Concordo e 5 – Concordo
totalmente, a fim de medir o grau de concordância sobre a relação entre escola e família,
suas implicações no processo de aprendizagem.
Primeira questão:
Tabela 9 - Grau de concordância dos pais e encarregados de educação sobre A relação escola-
família e vice-versa é importante no processo de ensino aprendizagem.
Nº Questão Categoria
1 2 3 4 5
Fe % Fe % Fe % Fe % Fe %
Concorda que a relação escola-
Q1 1
família e vice-versa é importante
no processo de ensino 2 10 3 15 1 5 6 30 8 40
aprendizagem?
39
Gráfico 1 - Opinião dos pais e encarregados de educação sobre a relação escola-família e vice-versa
é importante no processo de ensino aprendizagem.
Discordo
Concordo totalmente
30% 10%
Dscordo
15%
Isento
8%
Concordo
totalmente
40%
De acordo aos dados da tabela e do gráfico acima, dos 20 inquiridos 10% discorda
totalmente; 15% discorda; 8% isento; 30% concorda totalmente e 40% concorda a
relação escola-família e vice-versa é importante no processo de ensino aprendizagem.
Segunda questão:
Tabela 10- Grau de concordância dos pais e encarregados de educação sobre O envolvimento da
família no processo de ensino tem maior impacto na qualidade de aprendizagem dos alunos.
Nº Questão Categoria
1 2 3 4 5
Concorda que o Fe % Fe % Fe % Fe % Fe %
envolvimento da família no
Q2 processo de ensino tem
maior impacto na qualidade
de aprendizagem dos 3 15 1 5 2 10 5 25 9 45
alunos?
Gráfico 2 - Opiniões dos funcionários sobre dos assistentes farmacêuticos sobre o envolvimento da
família no processo de ensino tem maior impacto na qualidade de aprendizagem do aluno.
40
De acordo os resultados da tabela nº2 e do gráfico nº2 a cima mostram, que os os pais
inquiridos concordam.
Vendo as percentagens das duas escala5, vai para os graus concordantes (com 25% e
45%, respectivamente), o que deixa claro o envolvimento da família no processo de
ensino tem maior impacto na qualidade de aprendizagem dos alunos.
Terceira questão:
Categoria
Nº Questão
1 2 3 4 5
Fe % Fe % Fe % Fe % Fe %
Concorda que a relação entre
Q3 escola e família, tem
implicações no processo de
ensino aprendizagem? 3 15 1 5 --- --- 10 50 6 30
Gráfico 3-Grau de concordância dos assistentes sobre a relação entre escola e família, tem
implicações no processo de ensino aprendizagem.
Isento
Discordo
0%
15%
Discordo
totalmente Concordo
5% Concordo totalmente
50% 30%
Conforme a tabela 3 e o seu gráfico nº 3, dos 20 inqueridos sobre a relação entre escola
e família, 15% discorda totalmente, 5% discorda, 30% concorda e igualmente 50%
concorda totalmente. A maioria está de acordo que a relação entre escola e família, tem
implicações no processo de ensino aprendizagem.
41
Quarta questão:
Tabela 12-Grau de concordância da Direcção da escola sobre o diálogo promove uma maior
aproximação no relacionamento entre a Família e a Escola.
Categoria
Nº Questão
1 2 3 4 5
Fe % Fe % Fe % Fe % Fe %
Concorda que o diálogo
Q4 promove uma maior
aproximação no
relacionamento entre a Família 1 5 2 10 1 5 9 45 7 35
e a Escola?
Gráfico 4 - Opiniões da Direcção da escola sobre o diálogo promove uma maior aproximação no
relacionamento entre a Família e a Escola.
Discordo
totalmente; Isento;
5% 5%
Concordo
Discordo; 10% totalmente;
45%
Concordo;
35%
No que tange as percentagens da tabela nº4 e do gráfico acima - com alto grau de
concordância 45% concorda totalmente, 35% concorda pelo que o diálogo promove
uma maior aproximação no relacionamento entre a Família e a Escola.
42
Quinta questão
Categoria
Nº Questão
1 2 3 4 5
Fe % Fe % Fe % Fe % Fe %
Concorda que a participação
Q5 da família na educação formal
dos filhos é obrigatório? 10 50 6 30 1 5 2 10 1 5
Gráfico 5 - Opiniões da Direcção da escola sobre a participação da família na educação formal dos
filhos é constante e obrigatório.
[NOME DA [NOME DA
CATEGORIA]; CATEGORIA];
5% [NOME DA 5%
[NOME DA CATEGORIA];
CATEGORIA]; 30%
10% [NOME DA
CATEGORIA];
50%
43
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A interação entre família e escola deve ser levado em consideração o papel que cada
uma exerce na educação de crianças e jovens. A escola pode organizar acções para
facilitar essa interação como: no acto da matrícula apresentar a escola e os funcionários
aos pais; realizar entrevistas com os pais e os alunos; proporcionar a participação dos
pais no projecto político pedagógico da escola; organizar reuniões em horários
adequados para os pais que trabalham; informar a comunidade sobre notícias
relevantes da escola e prestação de contas; reconhecer publicamente pais, alunos e
membros da equipe escolar; disponibilizar espaço para eventos, organizar palestras
para a comunidade.
Podemos inferir a partir dos estudos e dos dados coletados que quando a escola oferece
oportunidades de contatos com os pais ela possibilita o comprometimento por parte das
famílias, o que resulta em parceria.
Conclui-se que, nos estudos analisados, foram obtidos resultado diferentes quanto a
relação escola e família, suas implicações no processo de ensino aprendizagem.
Como todo o trabalho científico, este também não é um trabalho acabado, pelo que,
admite-se críticas construtivas para o seu melhoramento e, por outro, pensamos que fica
aqui um campo aberto para as posteriores pesquisas afins ao tema.
44
Constrangimentos na realização do trabalho
Os principais obstáculos encontrados ao longo da realização deste trabalho, são os
seguintes:
RECOMENDAÇÕES
As conclusões chegadas permitem – nos apresentar algumas recomendações que
consideramos importante para aumentar essa participação.
Segundo Silva (1997:p.18), “não deixa margem para dúvida que um maior
envolvimento dos pais na vida escolar dos filhos, contribui para um maior sucesso
escolar destes “. Assim sendo, a participação dos pais na escola é de extrema
importância, uma vez que, tem um reflexo positivo nos resultados dos alunos. E se caso
houver maior encorajamento por parte dos professores ou da escola, no seio das
famílias, estas mostram mais interesse, dão mais valor e tem uma atitude positiva face
ao ambiente escolar e à escolarização dos seus filhos.
A escola deve proporcionar aos pais um espaço de convívio, mostrando-lhes que ali é
um espaço aberto para todos, no qual os professores, os alunos, a direcção da escola e os
órgãos de gestão em particular se juntem para concretizar os seus projectos educativos e
trabalhar em parceria para alcançar a uma meta (sucesso para todos).
45
Com base nesses pressupostos, apresentamos algumas propostas e possíveis sugestões:
SUGESTÕES
A escola deverá desenvolver actividades mais atraentes, assim como convívios entre
pais e professores, despertando interesse por parte dos pais e lembrando que estes são
parceiros importantes no processo de ensino/ aprendizagem:
46
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ACKERMAM, H. Diagnóstico e tratamento das Relações Familiares. Porto Alegre.
Artes Médica, 1980.
47
MARCHESI, ÁLVARO; Gil H. Carlos. Fracasso Escolar - uma perspectiva
multicultural. Porto Alegre:
PARO V. H. Qualidade do ensino: a contribuição dos pais. São Paulo: Xamã, 2007.
PIAGET, Jean. Para onde vai à educação? Rio de Janeiro: José Olímpio, 2007.
PRADO, Danda. O que é família. São Paulo: Brasiliense, 1981. REIS, Risolene Pereira.
In. Mundo Jovem, nº. 373. Fev. 2007, p.6.
ROUSSEAU, J. J. Emílio ou da Educação. São Paulo: Cortez, 1994. SILVA, T.M.T. da.
Mamãe a professora quer falar com você. Eu não fiz nada. In. Evangelista, F.; Gomes,
P. de T. (orgs). Educação para o pensar. Campinas: Alínea, 2003.
ARQUES, Ramiro, (2001), Educar com pais 1° edição, Lisboa: Editorial presença.
48
Almedina. Fontão, M. (1997). Intervenção educativa ecológica num caso de risco
ambiental. In trabalho final para a Curso de Estudos Superiores Especializados em
Educação Especial. Braga:
Barbosa, Á. (2006). Relação de respeito. Boletim IBDFAM, n.º 38, ano 6, p. 7, Maio-
jun.
BEROTTI, João Natal. Filhos são reflexo do modo de vida dos pais. In: Gazeta do
Povo, p. 16, Curitiba, 08 de março de 2009. KLEIN, Lígia. Fundamentos para uma
proposta pedagogia para o município de Campo Largo. Texto xerocopiado e distribuído
aos professores de Campo Largo-Pr. s/d.
49
SILVA, Graziela Lucchesi Rosa; PAIVA, Carmem Lízia Nagel. Crise Social: Crise
Familiar. In: I Congresso Internacional de Educação e Desenvolvimento Humano, 2004,
2007.
PIAGET, J. Para onde vai a educação. 15 ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1972/2000.
Plano, 2001
50
APÊNDICE
ANEXO
Instituto Superior Politécnico Internacional de Angola
Criado pelo Decreto Presidencial nº 162/12 de Julho
Departamento de Ciências Sociais e Humana
ROTEIRO DE QUESTIONÁRIO
Com este questionário pretendemos saber a relação escola e família, suas implicações
no processo de ensino aprendizagem responda a todas as questões de forma clara, pós
estarás a contribuir para a melhoria dos serviços que o hospital presta a comunidade.
Categorias
Nº Questões
1 2 3 4 5
Concorda que a relação escola-família e vice-versa é importante no
1
processo de ensino aprendizagem?
Concorda que o envolvimento da família no processo de ensino tem maior
impacto na qualidade de aprendizagem dos alunos?
2
Concorda que a relação entre escola e família, tem implicações no
3 processo de ensino aprendizagem?