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Pratica Processual Civil como Novo CPC Edgar Valles ALMEDINA ‘opezonpy Sayje, Jeap3 oemipa ad - £102 Jd‘) OAON 0 wo9 [IAIN Jenssagoig es1}e1g OBST 12 ‘E10 “PEIDOWTY HID ponssIoOUg BORPL Stor wopetny mgr sg 2p sepals op ptm, osSpo 6000 SmpeNmY ‘ong PLT RHON wIEG ‘ouNEPIG 2 ouirDejON “eoHy sim 0p 2190 o oen ooo oo ooo oe ooo 8 ooo eet ‘e107 9p oxsoBy ap oT ‘ansueg advo upntygrrs-soressBpe a2 o ered sepia segSmqiat02 9p ‘ouue osoapei zene o‘oxegen are soq]>u ps1 9 anb 2p s1=T8N0D aporfinse 2p oppuoms o wnde os oy ‘cna op soopid so ered epapiayas yum nowo, 238 anb 2 ‘aunouia.o op steinsiq soxerueD #0 sopor wo ozuemmeopgnd epeines eae ae aude Heago rsep om om (080107) 0, ‘uORFASED sresHEPTeR) SHIA} aq set “enmooid smb “joo ge seBotaw onb op seopn» sotond Sper souresa spu supe ezammied 10g, “eago ¥p oxbipe natiqo wu soghemye oparoypen| ‘e2cagud eso at cage cece i 10d seproyplead wonby syprnminy bx sogSeropisueo sepeurazep ab Zapamns on je wszpad Tu Pnszoord pba au sepampanay sepbezys sep ress 9p os ses oben pone it => tas 0 9 spuptiog v xezeymbe spruusad os uouoy 2 eupPoApnf topeid e seuady_ ‘moagp"sqoansanad yp oxbeinqye ex sopezof9 08 2 pep op assed “epPUTY 9p sepmeurag HURL > seHEK PUTTY ‘OpUFT Puy CLIgIHOSS 2p seBoos sequpa sep foxpoorou oxdungeoa# s9pts oxo mg oun op o7til tun opezpavouoo oyun or oppo nso onb ered obsos9 2 oxntsou} oad ‘eu fvsideioe 9p eionpo equa yofside now o aasamueat =p zexzp cesod ON, vad 0200 oF osSeadepe v quoqpes poms 2p ‘olmap op opberaye sty» ep otsooid op mores) sued epunSor gon onb ou axommepadto “oaou aun 9p ex 28 anb soap x aussie om anb oxsust eeporyoud om for ‘ergo walop epepr opsjsoneoptused onbo “eaojdp anon o ages orrapaa« aed stoapruadeparonSesszou00 3 9p sue onsoiy op spur ouayd mie “to205) “a scabs 20d ope arb eps 13¥')a2 enw op a08ta m9 epeua 20H jf eoD wo reUOoUe mnRasuOD ‘TaNRD wer yDI03 WINL3S ¥ VLON MS naar SaQa1cE savivaavoaa. a9 OAON 0 WOD TIAID TYNssHDOMA VOILYAA ‘3p oF ws opeFoupe um no opp Berx0 opeBoupe un oul sougoruos to ops sonse pean de eBojcatosp op oppupdazoo conugrne um eaesaz ‘qensseo0sd-ooqasp1 eamogodueo ens ep assos opeBindso 28 ‘omg 299 ‘ARTY -sougassintasezjo0 ‘soa.ap uni epro op epiadsa ep 208 samen orerpod anb seer oaae op eae -ade> 9p sopmyjoo ‘toonpad equotazsourixa soureruca ap opeyqufad ois} pny, -eutod woq ¥ ao] 0 onb eed ‘ondansus "came o nb» opens ope onary wa} en op aa cmsando wo opnsjodep gas onecordooprBoap o wooed a ps oras ord 0 9 o15j ‘opeBaape 0 ‘onbojue owes ‘eauqsayas ap owed omton way Ago 05539 -oxd op exej§ nb eaBspioge ea ‘oj oprep ‘pre ot] ssp opepyBO ¥ “esodtar #ofoyopep ‘suaa ne ‘oppoezede assoan yf ozarl us0 26 47] souecap so.go mb sayy, caadures tase -amtod om sppantogo ab wo pean p ager maquT p 9-0193097 B9pUO we opSeuLI0} roqaoos tga anb sorspyBeIs9 Sop ‘sopuemLio} sop ‘sassaty op fanadasad wu zanoiose ap oped tog au anb oyesap 0 aazxso ‘osSmp commer esos op ed ny 8 sous mn soupy sou ypenen ofa opens anbexouear rar p pao ymnsteooudeonid vp rum o wpioge ol 2 olaysaud PRATICA PROCEESUAL CIVIL COMONOVO CRC Depois deo termos ldo, com a facilidade e o prazer que s6 encontramos not romances da nossa predilecsto,fcamos com a agradivel sensi de ver istersat- 2ada em exe deforma os conselhos que tanta vezes ouvimos dos nostos patconcs,¢ {que sempre 20s nossosestagtérostransmicimos, eos comportamentos profissionas que multas vezes presenclamos nos nostos colegas mais velhos incorporamios na nossa pritice da advocaca , sobretudo com o notto exemplo, nos esfrgamos por veicular quem damosformacho O Livro vera ectrururado em és partes ‘A prmetra parte € muito mals riea do que a epigrafe (elementos da agio decla- rativa) pode fazer exer, «rofere-se ao advogado exo cliente com enorme azuidade, ‘Apenassalientarei determinadas nota, certs regras comportameatais e alguns conselhos de ordem pragmitica:o cliente deve ser atendido no esriixio; nfo fazer esperaeoclente; no ter press; aconselhar com cegurangs nem que aja necestiio chamaro clente uma segunda vez; omar nota do que o cliente diz; 0 pagamento, como se fai 60 advogade que recebet; €0 uncionicio? ‘Tudo isto vem tratado deforma muito simples, muito pritica Depois, a tentativa de resolucto amigével, que o advogado sempre deve fazer antes de desenvolver avidade judicial. Dizo tor que oadvogsdo deve aconselbar toda a composito juss e equitasva.B mals: hi todo ointeresse em que 0 acordo evista a natureza de titulo executive. Recorda-me o que eu proprio eallentava nas sessdes de formagio, Reparem: é avisado fazer asim! E, continua o autor: mesmo que o advogado tenba procuragéo com podexes cespecais,¢ preferivel sero cliente a asinar 0 acordo ex judicial Tso € de um enorme Interesse pitico. ‘Também nett capitulo uma referénca sobre hoaoririos, que é de todo 0 inte- resseler. ‘Ua outro ponto, de enorme importincia, 60 da organizagio, [Nés, advogads, somos avessos 4 organizacto. A orgnizacio do dia do trabalho, dda agenda, dos papés, é fundamental Subecrovointeramente esta necessidade ‘Ainda neste capitulo, uma nota sobre a capackdade do advogado em dizer NAO! iter nfo aos patrocinios que no sio justos¢ aqueles para os qualso dvogado nfo se sinta competerte ou com tempo. Eu concordo com isto. E cada ver mals importante saber dizer nfol ‘A seguic na estrurua desta parce primeirs, vem um capitulo sobre ae partes @ seus mandatirios. ‘As pessoas pensam que « outorge da procuragio é ins mera formalidede, mas ¢indispensivel, como refere 0 autor, explicar an cliente o que é a procuragio ¢ 0s poderes que sio concedidos. Paardcto ‘Fado isto vem muito bem travado neste capi, O mesmo se pasta sobre 2 sendncia & procuragio; os procedimentos priticos a edoptar quando se quebra a relagio de contianga que tem de existi entre o cliente eo advogado. ‘Depots, vim of atos das partes, sempre na perspetiva do adrogado. A matéria do prazoestd muito bem deserts. Os advogudas nfo podem invocar a acumulagio Ge servigo para deizarcumper os prazos. Os exemplos de contagem dos prazos to sito préticose esto muito bem apresentados 'A matézia do justo impedimento, 0 prizo supletvo, a confianga do ptocesso, tudo iso vem tratado de forma pedagdgica ‘No capftulo VI apsrecera muito bem esquematizadas as fases do provesso, com ‘uma andlise correra dos principis, das fses processuais, da importincia da ligagio entre elas, que tanta falta faa quem est iniia sprofissio, ‘Entramos depois na segunda parte do limo, sobre a marcha do procesto Realgo duss ou tes stuagBes que me agradaram imenso. ‘Uma relativmente tpetigioiniial e, particularmente,&selegto dos fActos que ever coostar da causa de ped. ‘Seo autor nfo slogerfactos,oteibunal nfo val & procuradelesenio se subsital 40 autor, Seleccionar os factos que realmente constiruem a causa de pedi. Veri- ‘car os melos de prova. Transportar para o aticulado, significa articular os fatos de acordo com 4 extratégh processual E rigorosamente assim. Dizo autor e eu subscrevo:o mandatirio deve evitartranspor para os articulados as emogies o subjesvismos dts parts ¢arcicular facts endo emogGes des partes ouconceltos normativos. ‘Quantas vezes nos esquecemos desta norma edo velho brocado latino:“Da mihi accu, dabo tii jus"! ‘Os sestantes articulados, contestagio,réplica e articulado superventente vém smuto bern tratados. ‘Avendo-me agora a0 saneamento ou condensecto, Este capitulo es mutto bem tratado no livro. A fmportincia da audiéncta preliminar, quando é levada @ feito cometamente, ¢ mals uma vee na ptica do advogado que para af deve levar ‘um projeto de selegio da mavéria de facto relevante assente ea provar.O advogado taf deve deizar as situagSes ao improriso. A preparacio da endiéncia preliminer ‘um dos trabalhos mais espinhosos, que deve ser feito cuidadosameate. A reali- ‘agHo, por sua vez, em conjunto com o advogado das parte contrria eo julz, multas vezes ado 6 ci, 'No que toca 40s meios de prova, capitulo IX, chamo # atengio para a clareza, qualidade das consideragées do autor sobre a provatestemunbl, ‘Tudo isto vem culminar com a audiéncia de julgamento SUCSCCLLLECELELELLEL ELLE LECELELLELEELLELUULUELELECLELCLLLLELOLEL ‘RATICA PROCESSUAL CIVIL COMO NOVO ERE Permito-me aguirealgar 0 que dizamas frequentemente aos advogados ents sitios ands proprios. A primeire regra¢ que 0 improviso& dote de alguns. Temos ADVOGADO ————> ADvOGADO ‘lo salaguardando neste cso unto exenatidade, permite que omaniatoforense seja exercido por qualquer um dos advogados associados” (Ac. RP, de 2.121988: \ Ns ve BMJ, 382-525). a Procurago ‘Substabelectmento | PRATICA PROGESSUAL GIVIL COMO WoWO CRE A procuragio é outorgads « um advogado, Mas o que acontece se estiver marcado um julgamento inadifvel para ama~ ahi e nio puder comparecer? Terd de solicitar.a um colega que o substieua, ‘Esse colega irk. ao tribunal com uma substabelecimento do primeiro advogado = doe.2, anesn, O substabelecimento um documento pelo qual o advogado transfere para ‘outro os poderes forenses ‘beu do clicnte eplme era diferente; tomava-se necessétio que 4 procuragio ao primeiro advogado mencionasse expressamente “incluindo os Poderes para substabelecer’, para que esse advogado pudesse soliciar a colabo- ‘aso de um colega ¢ outorgar o substabelecimento. Apesar de o atual Cédigo Civil estar em vigor desde 1 de Janeizo de 1967, ainda persiste o babito de colocar, em muitas procuragées, a formula redun- dante “incluindo 0s de substabelecer”, No caso de substabelecimento com reserva, os honoririos do advogado a _quet € outorgado o substabelecimento sio pagos pelo primetro advogado, ara. ‘vés da provisio que recebeu, pois a relacto fol estabelecida diretamente entre 0s profssionals. CoM Seo substabelecimento for efetudo com reserva (esta mengio figura no pré~ prio documeate},o primeiro advogado manttm-se no processo, pois guaidou (eservou) para siuma parte dos poderes.O “novo” Uinitou-se aintervir de forma avulsa no processo. Porém, a secretaria passard a notificar 0 novo advogado (substabelecido), a info ser que seja solicitado expressamente que as notficagBes continuem a ser ‘fetundas para o primetro mandatéro. “A partir do momento em que ocore 0 ssubstabelecimento num outro advogado ~ ¢ tendo em conta que este io res. ‘singlu, por qualquer forma ou com vista a pritica de determinado ato, os pode= res forenses que, pela ora xeclamante, foram conferidos i entto sua mandeticia ~, a8 notificagées que, nos autos, houvessem de ter por aro aquelareclamante, teriam de ser feltas na pessoa do advogado substabelecido” (acérdo do Tribu nal Constitucional de 21/6/2000). manparAnios Quando o substabelecimento mencionar 0 woedbulo *sem reserva" o advogado Inicial afasta-se completamente do proce sixando de ter quaisquer pode- ‘es. Osubstabelecimento sem reserva implica a exclusdo do anterior mandatério. © mendatirio, é de bom tom 0 jrogado sugerir ao cliente que obtenka 0 concurso de novo mandatério, rs ts atte Ste healt» oan dx ner mtn ‘ante, sem que fque evidenciado no processo que ocorreu nature entre a part= 0 seumandstirio, “bem come ratica 9 proceed na ag cos teninos corer bo Julzo Ctrl, pros. nt. Odes. 4, anezo, constitui um requerimento de Jungio da procurscéo, Se, porventura,« procuragdo tiver sido outorgeda antes da data da interven ‘eo processual, entendese que nto ¢ necessiia a ratfcacto; “a nfo apresenta~ (0 jut profere decisbes no processo. or despacho ou por sentenga. ‘A sentenca pée termo a0 proceso e, por isto, se autonomiza em relaghe 60 despacko- (O tibunal nfo é um brgio fechado ¢ isoledo do mundo. ado local, em outra comarca. Se o processo corer em Fao, operto nto se val deslocar a Braganga, onde se localiza oimével ert enada carta preci pare | otibunal onde se sus otn6ve | AS cares rogatéris fo muito utlzadas para inguinigfo de txsemunkas | residentes no ertrangeto, que no se porsam deslocar Portugal Atestemauahs reside em Cabo Verde eo autor pretende «sua ingulifo sobre deerminado | facto. Pede ao tribunal que essa inquirigio seje efetuada por carta rogatéria. O afbunal portugues solcea aos tribunals de Cabo Verde ralizagso da di stadia, Se bower possbildade de reliaagfo de teleconferéncia, a inguiito | ser efecuada por ess forma, PRATICA PROCESSUAL-CIVIL COMO NOVO CPC cla de tramitar o processo, Garante-se a “alcatoriedade no resultado ¢ igualdade na distribuigio do ser- igo” (art 204%, n*1), ‘As causas que por lel ou despacho devam consideras-se dependentes de outrassdo apensadas aguclas de que dependerem (art. 2068, n?2).Por exemplo, ‘0 processo de incumprimento de responsabilidades parentais corze por apenso 29 process onde se ten vercdo «regula ds resposablldades puren- ‘Coma distrtbuicfo,¢atrbuido um nimero de processo préprio, endo colo~ ‘cada uma caps com esse niimero, o nome das partes ¢ a ldentificaco do man- daritio do autor, 3. ANOTIFICAGAD AVULSA Um proprictério celebrou um contrato de arrendamento, O ingutlino detxou de pagar a renda hé 4 meses, razio pela qual o seakorio pretende pdr termo a0 contrat. ‘Nos termos do art. 1083°, n* 3, do Cédigo Civil, é inexigivel ao senhorio “a ‘manutengio do arrendamenso em caso de mora igual ou superior a dois no ‘pegamento da renda, encargos ou despesas” sendo a resoluglo pelo senhorio ‘operada por comunicacio & parte onde fandamencadamiente se invoque a obri- sgaqio incumprids" (art 1084, n?2, do Cédigo Civil). Por sua ve2, 0 art. 98, #7, da Lei n* 6/2006, de 27 de Fevereiro, etatui que “a ‘coenunicacto pelo senhorio destinada 3 cessaqfo do contato por resohucSo, nos ter~ sos dont 1 do art. 1084 do Cédigo Civil ¢eferuada mediante notiicago aval, ou ‘mediante contacto pessoal de advogado, solicitador ou agente de execusio, sendo feita na pessoa do notificando, com entrega do duplicado da comunicagio cépia dos documentos que » xcompanhem, devendo o notificado assinaro origina!” or essa razdo, vamos utilizar a notificagio avulsa (na gira, designamos noti- ficagdo judicial avulsa, mn cago avulsa) para resol temos uma notificagio que consti trulo executive, permitindo instausar a cxecugio para entrega do Tocado no Balcto Nacional de Arendamento, ‘A vitima de um acidente de viagto pretende propor acfo de indemnizacio, mas 0 seu mandatirio ainda necessita de elementos. O direto ests em vias de preseriso. Mas uma vez, temos a notificagéo avulsa. No primeiro caso, pars efedivar a resolugdo, no segundo para fazer interromper a prescrigho (art 323°, n 1, do digo Crit). Consiste a notificacio avulsa mum requerimento dirigido a0 jut, em pede 20 tribunal para proceder 20 ato de entregar a comunicasio (art, 256%). A notifcacio € entregue na secretaria por requerimento, ¢ em dupticado, havendo despacho prévio do juiz, De notar que 0 novo CPC sujeita 2 notificagto avulsa a distibuigéo (art. 212H), 0 que nfo sucedia anceriormente. As notifcagbes sto habitualmente fitas pot agente de execuslo, deslgnado para efeito pelo requerente ou pela secretaria ou por funciondrio da secretate. (Os advogados evita faz8-las, embora ale o permite. agente de execucio procede & entrega 40 notificando do duplicado e da cépia dos documentos que o acompanham, lavrando-se certo do ato, ‘Nao admite oposigéo, pois nfo ¢ uma agio judicial. Consiste, como o préprio nome indics, nurma notficagfo efetuada por via do tribunal, mas solene e for- tal do que a carta registada com eviso de recesio. onsutuncampo fr parastmereng de xdmgedo em sempre de damente utilizade, Por exemplo, o cliente emprestou 4 outa pesés, sem que esta, documentos comprovativos. Em vez de se propor logo a agfo judicial, poder urizat-se a notiicagio avulsa, em que tirlo 6 advertido solenemente de que deverd proceder & restituigio do valor mutuado. Mesmo que a quantia. mntrato de arrendamento, Eim vez da sentenga, “ Fe eee UTE ETE SEE EEE EESSSESESSESSESSSSHRSSEESSESCEEEESE a, 0 silencio do devedor, que no reagiu 4 esta interpelagto ‘alo deixari de ser interpretado para ajudar a formar a convicgio do txi- Dbunal (ao caso de propositura da apo) de que ocorrew efetvamente um mituo.. | ‘No doe. 12, anexo, reproduz-se uma notificagio avulsa, para resolugto do | contrato de arrendamento, f Capitulo V | Formas de Processo 1, PROCESSO CIVIL E PROCESO PENAL Frusttadas as hipéteses de acordo, o cliente di-nos instrugtes para “ir true sal” ou “avangar com o proceso” Tratarse de uma decisio que deve ser tomada de forma consctenta pelo cliente, previamente esclarecido sobre as vantagens e dervantagens Inareatee Avia judicial, wt | ‘Occliente pretende a realizacio da justia. Mas as vias proceeruals thn de sat,” | prevlamente definidas. | ‘Se um de nés pretender ir do Porto para Faro, nfo se dirige para « primate vit de comunicagio que Ihe surge pela frente. Arrisca-se a nfo sulr do Porto @ petder-se pela Foz, Tem de, previamente, escolhera via, ocamiaho, oinertsto, Verifica-se algo de semelhante com a escolhs do procesto. (O cliente conta-nos que fo! agredido por outra pessoa, que lhe cxusou leaBes fisicas, Num caso como este de iicito penal e ilicito civel,veremos de configurar ‘uma primeira opeio, entre 0 procedimento criminal, com apresentaglo de queira, oua agio civel. Essa opgio implica a avallagdo de um conjunto de fatores. ( processo crime tem a vintagem de a fase de investigecin, correspondente so inquérto, recother elementos de prova, com a realizagio de atosediligéncias pela autoridade policial, O pedido indemnizatério é formulado no decurso do ‘préprto processo, em obediér cia ao principio da adesto ou da suficitncia penal Ascustas so menores. Mas também tem algumss desvantagens. Como esté em causa 8 aplicagSo de uma pena criminal, prevalece o principio da presungio de inacénela do a ego na base de uma prova mais ‘No procesto civil, vigorao principio dispositive, consagrado no arts, cxjo nl, impée &s partes o dnus de “alegar os factos essenclals que constituem 2 causa de pedi”, As partes tbm de apresentar a0 tribunal tas factos bem como cos meios de provs com que baselam as sas pretenses. O lesado poders, face as lrcunstincias enunciadas, optar pelo processo chil “Tudo depende da siouagfo concrets da avaliagio de um conjunto de fatores. EXEMPLOS CO cliente entrege-nosum cheque sem provisio, emtido pelo deveder, pretendend © nosso cliente o ressarcimento do prejuizo,correspondente 20 valor d Diz-nos que o sacador do cheque ni tem quaisquer bens, Pat ‘ correr a0 processo civil, bens paciente, ‘0 advogado da vitima tentou reconstitur 0s factas, de forma a apurar res- ponsabilidades, tendo deparado com um muro desiléacio. Ninguém sabianeda,, | na sala de operagbes. Como nio tinhe fo Sus pene hipéteses, apresentou uma petigSo deficiente, em que imputou ao cirurgio a responsabilidade. Nao conseguit fzzer a prova. Se tivesse optado pela apresentacto de queira criminal, possfvelmente cbter-se-iam elementos de facto relevantes. nquanto o processo civel 6 suscetivel de desisténcia e transagao (acordo), rocesso criminal pode contribuir para agravar as relagSes entre os interesssdos. No processo civil, pede-se a0 tribunal a tutela do direito, que satiafage ume pretensio. No processo crime, que castigue. ‘Imporza ter muito euidado com as prescrigGes do diretto, “ tcorru um incéndio na sala de operages, que oiginou quelmaduras graves | eee scree i i" { { ! } PORMAS DE PROGESSO temos agora um segundo trabalho a ¢fetuar: ago declare: “A potegouridica através do abunas implica odireito de obter, em prazorao- sre, uma decsdo judicial que aprece, com forga de caso jolgado, a pretensio regu Jarmente deduztda em Juzo, bea com a possbldade de a fazer exceuta” (art. 2). [Esta €« grande distingZo entre o processo declarative ¢ o executivo, a dife- renga entre 0 doclarar c 0 executar. ‘No procesto declarativo, o autor aprescnta uma peticio, em que expoe «5 suas razdes de facto e de diteito e pede ao tribunal que profira uma sentenca & seu favor. ‘No proceso executivo, fot proferida uma sentenga ou existe um doctimento ‘aque a lel atribui a natureza de titulo suficiente para 2 existéncia do direito ¢-pedese a intervengto do tribunal para dar cumprimento efetivo ao que fot declarado, Se 0 cliente tem jé a seu favor um titulo executivo, see a sentenga, novo CPC reduziu drasticamente a exequibilidade dos documentos particula- tes, sujeftando-0s 20 crivo da injungio. “Asparce contrirlareconhecew a divida, nume letra que aceitou, A letra, titulo de crédito, constitul titulo executivo, No requerimento executivo, importa ale- _gat, no espaco correspondente, os factos constitutivos da relagdo subjacente, ou sj, da relagdo que deu origem ao aceite da letra. ‘Nio € necessirfo pedir ao tribunal que declare o dircito, através de uma sentenga, pois 03 documentos sio sifcientes. ‘Seo portador de riulo executivo propuser ma agto declarativa, obterd sen tenga condenatéria, mas terd de pagar as custas do processo declarstivo, pr ter ‘wsado desnevessariamente este processo (art. S35t, n*2, alc) 3. PROCE! comuM © processo comum é a regra,o processo utilizado em geral (ert. S46"), ‘0 processo especial é a excecte. Aplica-se @ todos os casos exprestemente designados na lei (at 2 do artigo citado). Perente uma determinada sieagfo que jusifica a propositure de uma acio declarativa, varsos verficar se a agio que pretendemos propor vem regulamen- tada como processo especial, no CPC ou em outros diplomas co CeO REESE EEE OTE EU ET ES SEES ESE ESS EEE ES ESE EES ES A Lei 2? 61/2008, de 31 de Oucubro, aprovou o now regime juridic div6rcio, introducindo profundas alteragdes. viropop ue concent oi im soaendinents dom Process0s especias:justificagto de auséncia, interdigses e inabilitacSes, prestagéo de ceusio, consignagio em depésito, divisto de coisa comum, execugio espectal por alimentos, liquidagio ‘de heranga vaga em beneficio do Estado, prestagio de contas. ‘Se houver processo especial, no cabegalho ds perio escrevemos “vem pro- or agto expecial de”, ne ‘Hat as gb expeciis que nfo estéoregulamentadas no CPC destacase pel ‘requtncla com que éutlizads, a agio especial para cumprimento de obrigagées pecunliris, emergentes de contrato (designada abreviadamente por AECOP), | revista n0 Dec.-Let n? 269/98, de 1 de Setembro (que aprovou o regime das { {njungbes,insticuindo também a agfo declarativa especial). EXEMPLOS O esado num acidente de viagio pretend oressarcimento dosdanos,emacéoa | ‘Um empresa vendeu produtos a outra,no valor de € § 000, que nfo foram, ages. (Qual forma de processo? Aglo especial, pare cumprimento de obrigagées ‘Quando iniciet a profissdo, er fequente ot advogados assumirer 0 patrocinio pectniérias emexgentes de contrato (Dec-Lei n* 269/98, de I de Setembro), de falsosdivézcios lig caso néo opte pelo procedimento de injuncto. | {Um dos requisitos para 0 mituo consentimento consisia om estarem os (O CPC regulamenta minuciosamente a tramitaglo do processo comunn. 4. HANS. PRO PECIAL DE DIVORCIO SEM 0 0 OUTRO CON, ‘mente na reconciliegio, pelo que os advogedos avisavam os clientes de espe- cial predilegdo do magistrado. Um deles, tendo feito um curso de eristandade © Enire os processos especials, quire realeeo processo de divércio. aa ae SS aE PRATICA PROCESSUAL CIVIL COM O NOVO GPC colocedo um crucifixo no gabinete, vangloriava-se de ser um pacificador de lanes desavindos, para desgosto dos advogados qve vam os honoririos sofrerredugo Inesperads, ter injungto; quando prevé que possa haver oposigSo, é preferivel optar gfe especial 6¢0 va sder esse valor), sido deferida acuradoria provisérs ou defintia; ecessria autrteago. 8) Gonfnoagto de sos paces plo repretentante legal do incape sent | ida nfo exceder o valor de € 15.000) cupela ago | -Autocizao para a alleaagio ou oneragto de bens do ausente, quando tena | FORMAS DE PROCESSO © pedido ¢ apresentado junto do representante do Ministéri Publice, com -Lein® 272/2001, de 13 de Ouabro, foi alterada pelo Dec-Lei nt 324/ /2007, de 28 de Setembro, pela Let n® 61/2008, de 31 de Outubro, e pelo Des “Lei n? 122/201, de 26 de Agosto. 7. PROCESO DE INVENTARIO A Lein* 23/2013, de S de Margo estabeleceu o regime jutidico do prodesso de {nventésio. A portaria n° 278/2013, de 26 de Agosto, regulamentou.o processe- mento dos atos¢ termos do inventério. ‘Com entrads em vigor «1 de Setembro de 2013, o inventério passa ser da competéncia dos notérios, incumbidos da sua tramitagio. Com esta medida, que io entusiasmou particularmente 0s notérios, os visiilidade, neste tipo de processos. sua vida profissional. O meu “calhou-me” na década de 80, sendo o inventariado um préspero agricultor da regito de Alenquer, proprie- trio de numerosos prédios risticos ¢ urbanos. No final do processo, a minha lente, viiva do inventariado e cabega-de-cnsal, pretendeu pagar os honorétios ‘coma entrege dc uma propriedade. Como o nosso estatuto exige que os honoritios sejam saldados em dinhetro, fopodia aceitar, pelo que a cliente teve de vendet a propriedade para entregar a quaatia que correspondia. “bom inventério”, sentindo-se prejudicads pot nio ter podido entregar o imével. Criosamente, anos mais tarde, patrocinei umi cliente, arquiteto de pro- fissfo, que tinha partictpado nos trabslhos de especialidade para obtencio de alvard de loteamento, Como contrapartida da sua prestagfo, tinha sido acordada 4 entrega de dois lots no futuro loteamento, 0 que nto se concretizou, Preten- dia o cliente (¢ consegulu) a execucio especifca do contrato-promessa, onde cestara convencionada a obrigacio de transmissio dos dois lotes. o PRATICA FROCESSUAL CIVIL COM 0 NOVO CRE Se, em vez de um arquiteto, tvesse sido um advogado a formular 0 pedido, terla sido considerado um pedido contritio &let.. 8. JULGADOS DE PAZ Os “puristas” nfo gostam muito, mas esti iraplementados e funcionam, Os Jul= ‘gados de Paz j& cobrem vastas dreas do terrtério nacional e constisuem meios alkernativos de resolugio de litigios. ,Foram insttuidos pela Lei n* 78/2001, de 13 de Julho (Lei de organizagio, compettncia ¢ funcionamento dos Julgados de Paz), que atribuiu competéncia para a resolucio, entre outras, de questées cujo valor nto exceda a algada do tribunal de i¥instincia: 4) Agbes destinadse a efeirar 0 cumpzimento de obrigngSes, com excegio das Se ean or ben rena prin de ques teak lo redo direttose deveres de condéminos, sempre ques respetiva do sobre a obrgstoriedade de compromisso arbitel vvarandas ¢ obras semethantes,estiicidio, plantacio de érvores e arbustor, paredé cemuros divisérios; ©) Ages possessdras,usucapito e acess; ‘f)Agdes quereepeitem ao uso eadministriglo da compropriedade, ds superdcie, do usuato, de uso habitagioe ao dieito real de habitaca periddics; B10 3 dim repro 4 anentamente wb, exe er Peet A) Ages que respeitem &responsablidade civil contrarual e extracontratual; £9) Agoes que respeitem «incumprimento contretual,excato contrato de trebalho arrendamento rural, ‘A Agdes que respeitem garantia real das obrigagbet (art. 9, n# 1, do diploma). E priilegiada « medio, com servgos priprioseestimula-s a justa com> de 13de Julho, aumentando signticativamente as competéncias as) idosde paz, a0 arbule-hes a postblidade de fulgar casos cujo valor econémico possa tingle € 150000 (em ver dos € $000 delet entero). CBRE REESE SIAR ae a dd hdd dd dddedededtdndtatd dail ‘Tombéon foram atsbuides compettncias nas soguintcs matérias: 1) Age que se destinem aefesivaro cimprimento de obrigagtes, com excegto das suc tenhem ‘cumpriment de obrgarSopeeuniriaedigam respelta um fanrat dendest;(.) Apter de reivindiapto, poseséras, nsucapit, acssto © divsao de cotsa evo (oo) “Houve ainda alteragées significativas em matérie de custas, quando os pro- cessoetransitem pars a It inscinela.

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