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SALAS DE RECURSOS MULTIFUNCIONAIS E O AEE

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Sumário

NOSSA HISTÓRIA ........................................................................................... 2

Sala de Recursos Multifuncionais e o Atendimento Educacional


Especializado........................................................................................................... 3
Organização das salas de recursos: ............................................................. 6
Atribuições do Professor da Sala de Recursos Multifuncionais: ................... 8
Ajudas Técnicas e Tecnologias Assistivas na sala de recursos: ................... 9
Sugestões de materiais e recursos pedagógicos que podem ser utilizados
para o trabalho na Sala de Recursos Multifuncionais ou até na sala de aula regular.
............................................................................................................................... 11
São exemplos de atividades educacionais especiais: ................................. 12
Tratando-se especificamente de cada tipo de deficiência compete ao
professor: ............................................................................................................... 12
Como trabalhar com a turma toda, sugestões de atividades: ..................... 15
Sugestão de filmes que abordam deficiência mental .................................. 20
Esquema corporal: reconhecimento, nomeação , localização de partes do
corpo; descolamento no espaço,... ........................................................................ 21
REFERÊNCIAS: .......................................................................................... 23

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NOSSA HISTÓRIA

A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários,


em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-
Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo
serviços educacionais em nível superior.

A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua.
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de
publicação ou outras normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma


confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.

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Sala de Recursos Multifuncionais e o Atendimento
Educacional Especializado
Estudos relatam que a característica essencial da deficiência mental é um
funcionamento intelectual significativamente inferior à “média”, acompanhado de
limitações significativas no funcionamento adaptativo em pelo menos duas das
seguintes áreas de habilidades: comunicação, segurança, auto-cuidado, trabalho, vida
doméstica, lazer, autosuficiência, saúde, uso de recursos comunitários, habilidades
sociais/interpessoais e habilidades acadêmicas.

Funcionamento intelectual - tem como base o QI - coeficiente de inteligência,


antigamente usado.

Funcionamento adaptativo - refere-se ao modo como os indivíduos enfrentam


efetivamente as exigências comuns da vida e o grau em que satisfazem os critérios
de independência pessoal esperados de alguém de seu grupo etário, bagagem sócio-
cultural e contexto comunitário específicos.

O conceito de deficiência mental e inteligência acima citado é questionado por


diversos autores. Um dos mais renomados consultores na área Romeu Sassaki diz
que inteligência não se “mede”. Em Cuba, o Centro de Diagnóstico e Orientação, do
Ministério da Educação, detecta a deficiência mental, com base no quociente de
inteligência (QI), resultante de testes que foram padronizados em outros contextos.
Este modelo, tradicional, se configura danoso, em que, no melhor dos casos, o QI
reflete apenas 20% dos fatores determinantes do sucesso, supondo-se que os 80%
restantes dependem de fatores do entorno. Daí, as dúvidas: Poderão as pessoas com

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deficiência mental desenvolver sua (única) inteligência? Desenvolvendo-se a (única)
inteligência nas pessoas com deficiência mental, poderemos proporcionar
oportunidades para estimular seu desenvolvimento e crescimento pessoal?

A orientação crítica ao conceito tradicional de inteligência segundo Romeu


Sassaki está centrada nos seguintes pontos: A inteligência foi normalmente concebida
dentro de uma visão uniforme e reducionista, como um constructo unitário ou fator
geral, a concepção dominante foi que a inteligência poderia ser medida de uma forma
pura, com a ajuda de um instrumento padrão, o estudo da inteligência foi realizado de
uma forma descontextualizada e abstrata, com independência dos desafios, das
oportunidades concretas e dos fatores situacionais e culturais, pretendeu-se que a
inteligência fosse uma propriedade estritamente individual, alojada somente na
pessoa, e não no entorno e nas interações com outras pessoas, com os bens ou com
a acumulação de conhecimentos.
No entanto devemos trabalhar com as diversas inteligências, para que nossos
alunos sejam valorizados nas suas potencialidades, hoje a inteligência é um dos
temas mais estudados nas mais variadas áreas, tais como: Neurologia, Ciências
Cognitivas, Psicologia, Educação e Informática. O neurólogo Gardner, autor da Teoria
das Inteligências Múltiplas, define a inteligência como o conjunto de habilidades que
permitem resolver problemas e especifica os vários tipos de habilidades ou
inteligências: inteligência verbal-lingüística, inteligência lógico-matemática,
inteligência corporal-cinestésica, inteligência musical, inteligência visual-espacial,
inteligência naturalista, inteligência intrapessoal e inteligência interpessoal.

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Segundo os estudos de Vygotsky, o desenvolvimento das crianças que
possuem deficiência mental dá-se em essência da mesma forma que o
desenvolvimento de crianças que não possuem essa especificidade. Neste sentido
segundo as práticas educacionais inclusivas e parafraseando Mantoan, devemos
trabalhar com a turma toda partindo da certeza de que as crianças sempre sabem
alguma coisa, de que todo educando pode aprender, mas no tempo e do jeito que lhe
são próprios.

Vygotsky

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É fundamental que o professor nutra uma elevada expectativa em relação à
capacidade dos alunos de progredir e não desista nunca de buscar meios que possam
ajudá-los a vencer os obstáculos escolares.

De acordo com Beyer (2005) “é importante frisar que ele não fazia distinção,
quanto ao desenvolvimento ontogenético, entre crianças com e sem necessidades
especiais”(103). Propôs na verdade que compreendamos as linhas gerais do
desenvolvimento dos sujeitos que não possuem deficiências para que possamos
identificar quais as peculiaridades do desenvolvimento dos sujeitos com deficiências,
sendo capaz, a partir desse conhecimento, de organizar uma ação pedagógica
significativa à esses alunos.

Organização das salas de recursos:


Nas salas de recursos, os alunos podem ser atendidos individualmente ou em
pequenos grupos, sendo que o número de alunos por professor no atendimento
educacional especializado deve ser definido, levando-se em conta,
fundamentalmente, o tipo de necessidade educacional que os alunos apresentam.

Os princípios para organização das salas de recursos multifuncionais partem


da concepção de que a escolarização de todos os alunos, com ou sem necessidades
educacionais especiais, realiza-se em classes comuns do Ensino Regular, quando se
reconhece que cada criança aprende e se desenvolve de maneira diferente e que o
atendimento educacional especializado complementar e suplementar à escolarização
pode ser desenvolvido em outro espaço escolar. Freqüentando o ensino regular e o
atendimento especializado, o aluno com necessidades educacionais especiais tem
assegurado seus direitos, sendo de responsabilidade da família, da Escola, do
Sistema e da sociedade.

A sala de recursos multifuncionais é um espaço organizado com materiais


didáticos, pedagógicos, equipamentos e profissionais com formação para o
atendimento às necessidades educacionais especiais projetadas para oferecer
suporte necessário aos alunos, favorecendo seu acesso ao conhecimento. No
atendimento, é fundamental que o professor considere as diferentes áreas do
conhecimento, os aspectos relacionados ao estágio de desenvolvimento cognitivo dos
alunos, o nível de escolaridade, os recursos específicos para sua aprendizagem e as
atividades de complementação e suplementação curricular.

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Incluem-se, nesses grupos, alunos que enfrentam limitações no processo de
aprendizagem devido a condições, distúrbios, disfunções ou deficiências. Esses
alunos que, muitas vezes, não têm encontrado respostas às suas necessidades
educacionais especiais no sistema de ensino, poderão ser beneficiados com os
recursos de acessibilidade por meio de ajudas técnicas e de tecnologias assistivas,
utilização de linguagens e códigos aplicáveis e pela abordagem pedagógica que
possibilite seu acesso ao currículo. Alunos que apresentam, ao longo de sua
aprendizagem, alguma necessidade educacional especial, temporária ou permanente,
compreendida, segundo as Diretrizes Nacionais para a educação Especial na
Educação Básica, em três grupos:

 Alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no


processo de desenvolvimento que dificultam o acompanhamento das
atividades curriculares: aquelas não vinculadas a uma causa orgânica
específica ou aquelas relacionadas a condições, disfunções, limitações ou
deficiências;
 Alunos com dificuldades de comunicação e sinalização diferenciadas dos
demais alunos;

 Alunos que evidenciem altas habilidades/superdotação e que apresentem uma


grande facilidade ou interesse em relação a algum tema ou grande criatividade
ou talento específico.
Esse atendimento deverá ser paralelo ao horário das classes comuns e pode
atender alunos com deficiência, altas habilidades/superdotação, ou outras
necessidades educacionais especiais.
O atendimento educacional especializado constitui parte diversificada do
currículo dos alunos com necessidades educacionais especiais, organizado
institucionalmente para apoiar, complementar e suplementar os serviços educacionais

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comuns. Dentre as atividades curriculares específicas desenvolvidas no atendimento
educacional especializado em salas de recursos se destacam: o ensino de Libras, o
sistema Braille e o soroban, a comunicação alternativa, o enriquecimento curricular,
dentre outros.

Esse atendimento não pode ser confundido com reforço escolar ou mera repetição
dos conteúdos programáticos desenvolvidos na sala de aula, mas devem constituir
um conjunto de procedimentos específicos mediadores do processo de apropriação e
produção de conhecimentos.

Ter uma sala de recursos multifuncionais responde aos objetivos de uma


prática educacional inclusiva que organiza serviços para atendimento educacional
especializado disponibilizando aos educadores novas ferramentas pedagógicas para
a participação efetiva dos alunos, melhorando o aprendizado em classe regular.

Atribuições do Professor da Sala de Recursos


Multifuncionais:
O professor da Sala de Recursos Multifuncionais deve atuar, como docente,
nas atividades de complementação ou suplementação curricular específica que
constituem o atendimento educacional especializado; atuar de forma colaborativa com
o professor da classe comum para a definição de estratégias pedagógicas que
favoreçam o acesso do aluno com necessidades educacionais especiais ao currículo
e a sua interação no grupo; promover as condições de inclusão desses alunos em
todas as atividades da escola; orientar as famílias para o seu envolvimento e a sua

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participação no processo educacional; informar a comunidade escolar a cerca da
legislação e normas educacionais vigentes que asseguram a inclusão educacional;
participar do processo de identificação e tomada de decisões acerca do atendimento
às necessidades especiais dos alunos; preparar material específico para o uso dos
alunos na sala de recursos; orientar a elaboração de material didático-pedagógico que
possam ser utilizados pelos alunos nas classes comuns do ensino regular; indicar e
orientar o uso de equipamentos e materiais específicos e de outros recursos
existentes na família e na comunidade e articular, com gestores e professores, para
que o projeto pedagógico da instituição de ensino se organize coletivamente numa
perspectiva de educação inclusiva.

Também, na Sala de Recursos Multifuncionais, devem estar à disposição dos


alunos um arsenal de recursos e serviços que contribuem para proporcionar ou
ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e, conseqüentemente
promover vida independente e inclusão, que são chamadas de Tecnologias
Assistivas.

Ajudas Técnicas e Tecnologias Assistivas na sala de recursos:


Para possibilitar ou facilitar o acesso à comunicação e a informação as pessoas
deficientes foram criadas Tecnologias Assistivas que são qualquer produto,
instrumento, estratégia, serviço e prática, utilizado por pessoas com deficiência e
pessoas idosas, especialmente produzido ou geralmente disponível para prevenir,
compensar, aliviar ou neutralizar uma deficiência, incapacidade ou desvantagem e
melhorar a autonomia à pessoa com deficiência.

São Tecnologias Assistivas desde artefatos simples, como uma colher


adaptada até sofisticados programas especiais de computador que visam à
acessibilidade.

Ás vezes a adaptação de recursos é feita de maneira natural, de acordo com a


necessidade e, principalmente porque alguém se preocupou em buscar soluções
rápidas que possibilitassem a inclusão. Como uma classe que teve suas pernas
serradas para diminuir de altura e ficar ao alcance de uma criança cadeirante ou um
mapa contornado com cola colorida para que um aluno deficiente visual pudesse
sentir. Estes recursos artesanais, pesquisados e desenvolvidos pelos próprios

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professores ou pais, podem fazer a diferença entre poder ou não estudar junto com
seus colegas.

As Tecnologias da Informação e da Comunicação vem se tornando, cada vez


mais, instrumentos de inclusão, uma vez que viabilizam a interação do sujeito com o
mundo.

As Ajudas Técnicas e Tecnologias Assistivas que serão utilizadas têm que


partir de um estudo minucioso das necessidades e potencialidades de cada um. Pois
têm a finalidade de atender o que é específico dos alunos com necessidades
educacionais especiais, buscando recursos e estratégias que favoreçam seu processo
de aprendizagem, habilitando-os funcionalmente na realização de tarefas escolares.

O objetivo das tecnologias assistivas são proporcionar à pessoa com


deficiência maior independência, qualidade de vida e inclusão social, através da
ampliação de sua comunicação, mobilidade, controle de seu ambiente, habilidades de
seu aprendizado, trabalho e integração com a família, amigos e sociedade. Seria a
tecnologia destinada a dar suporte a pessoas com deficiência física, visual, auditiva,
mental ou múltipla. Esses suportes, então, podem ser uma cadeira de rodas de todos
os tipos, uma prótese, uma órtese, uma série infindável de adaptações, aparelhos e
equipamentos nas mais diversas áreas de necessidade pessoal (comunicação,
alimentação, mobilidade, transporte, educação, lazer, esporte, trabalho e outras).

Apesar do atendimento especializado ser um passo importante para garantir o


atendimento às necessidades educacionais especiais dos alunos e as tecnologias
assistivas serem ferramentas que contribuem para a acessibilidade da informação e
da comunicação, não há nada tão decisivo no processo de inclusão do que o ser
humano.

Sua efetivação requer a eliminação de preconceitos exigindo uma mudança de


atitude e atenção especial à diversidade humana.

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Sugestões de materiais e recursos pedagógicos que podem ser
utilizados para o trabalho na Sala de Recursos Multifuncionais ou até
na sala de aula regular.
Há uma grande variedade de materiais e recursos pedagógicos que podem ser
utilizados para o trabalho na Sala de Recursos Multifuncionais ou até na sala de aula
regular, entre eles destacam-se:

 Os jogos pedagógicos que valorizam os aspectos lúdicos,


 A criatividade e o desenvolvimento de estratégias de lógica e
pensamento;
 Os jogos adaptados, como aqueles confeccionados com simbologia
gráfica, utilizada nas pranchas de comunicação correspondentes à
atividade proposta pelo professor;
 Livros didáticos e paradidáticos impressos em letra ampliada, em Braille,
digitais em Libras, livros de histórias virtuais, livros falados;
 Recursos específicos como reglete, punção, soroban, guia de
assinatura, material para desenho adaptado, lupa manual, calculadora
sonora, caderno de pauta ampliada, mobiliário adaptados e muitos
outros.

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São exemplos de atividades educacionais especiais:
 Língua Brasileira de Sinais – Libras, Tradução e interpretação de Libras, ensino
de Língua Portuguesa para surdos;
 Sistema Braille; orientação e mobilidade, Soroban, escrita cursiva;
Estimulação/intervenção precoce (favorecer o desenvolvimento cognitivo,
sensóriomotor, de linguagem e sócio-afetivo de crianças da faixa etária que vai
do nascimento aos três anos de idade);
 Interpretação de Libras digital, tadoma e outras alternativas de comunicação;
 Literatura em formato digital e material didático que respeite os preceitos do
desenho universal;
 Tecnologias Assistivas e Ajudas Técnicas;
 Atividades cognitivas que desenvolvam as funções menta
superiores; Enriquecimento e aprofundamento curricular de
vida autônoma e social.

Tratando-se especificamente de cada tipo de deficiência


compete ao professor:
Alunos com surdez:

Promover o aprendizado da Língua Brasileira de Sinais-Libras e o aprendizado


da Língua Portuguesa, como segunda língua, de forma dialógica, instrumental e como
área do conhecimento, por meio do uso de tecnologias de informação, materiais
bilíngües, convivência entre alunos; complementar os estudos referentes aos
conhecimentos construídos nas classes comuns do ensino regular, considerando os
aspectos lingüísticos que envolve a educação.

Alunos com deficiência mental:

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Realizar atividades que estimulem o desenvolvimento dos processos mentais:
atenção, percepção, memória, raciocínio, imaginação, criatividade, linguagem, entre
outros; fortalecer a autonomia dos alunos para decidir, opinar, escolher e tomar
iniciativas, a partir de suas necessidades e motivações; propiciar a interação dos
alunos em ambientes sociais, valorizando as diferenças e a não discriminação.

Alunos com deficiência visual:

Promover e apoiar a alfabetização e o aprendizado pelo Sistema Braille;


realizar a transcrição de materiais, braille/tinta, tinta/braille; produzir gravação sonora
de textos; realizar a adaptação de gráficos, mapas, tabelas e outros materiais didáticos
para uso de alunos cegos; promover a utilização de recursos ópticos (lupas manuais
e eletrônicas) e não ópticos (cadernos de pauta ampliada, iluminação, lápis e canetas
adequadas); adaptar material em caracteres ampliados para uso de alunos com baixa
visão; desenvolver técnicas e vivências de orientação e mobilidade e atividades de
vida diária para autonomia e independência; desenvolver o ensino e o uso do soroban;
promover adequações necessárias para o uso de tecnologias de informação e
comunicação.

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Alunos com deficiência física:

Orientar o manejo de materiais adaptados de comunicação alternativa (quando


for o caso); vivência de mobilidade e acesso a todos os espaços da escola; atividades
de vida diária que envolvam a rotina escolar; adaptação ao uso de próteses de
membros superiores ou inferiores; promover o aprendizado da informática acessível,
identificando o melhor recurso de tecnologia assistiva; orientar o professor quanto ao
uso de metodologia da educação física adaptada.

Alunos com dificuldades de comunicação expressiva:

Garantir o suprimento de material específico de Comunicação Aumentativa e


Alternativa (pranchas, cartões de comunicação, vocalizadores e outros) que atendam
à necessidade comunicativa do aluno no espaço escolar; adaptar material pedagógico
(jogos e livros de histórias) com simbologia gráfica e construir pranchas de
comunicação temáticas, para cada atividade; habilitar os alunos para o uso de
softwares específicos de Comunicação Aumentativa e Alternativa, utilizando o
computador como ferramenta de voz, a fim de lhes proporcionar expressão

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comunicativa; realizar atividades para desenvolver os processos mentais: atenção,
percepção, memória, raciocínio, imaginação, criatividade, linguagem, entre outros.

Alunos com altas habilidades/superdotação :

Garantir o suprimento de materiais específicos para o desenvolvimento das


habilidades e talentos; promover ou apoiar a realização das adequações,
complementações ou suplementações curriculares, por meio de técnicas e
procedimentos de enriquecimento, compactação ou aceleração curricular.

O cronograma com os horários para o atendimento aos alunos nas salas de


recursos deve ser elaborado pela escola. Alunos surdos, por exemplo, podem
demandar atendimento diário nas salas de recursos, uma vez que estão em processo
de aprendizagem de dois instrumentos lingüísticos: Libras e Português.

Como trabalhar com a turma toda, sugestões de atividades:


Construir um portifólio , pasta com toda a produção do aluno para que possa ser
apreciado por ele, pela família, escola e comunidade escolar observando os
avanços alcançados no decorrer do ano;

Para documentar a inteligência lingüística planejamos colocar no


portifólio:

 Observações que antecedem à redação de um texto


 Rascunhos preliminares de projetos de redação
 Melhores amostras de redação
 Descrições escritas de investigações

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 Fitas de áudio de debates, discussões, processos, de
resolução de problemas Relatórios finais
 Interpretações teatrais
 Listas de verificação das habilidades de leitura
 Fitas de áudio com leitura ou narração de histórias
 Amostras de quebra-cabeças resolvidos

Para documentar a inteligência lógico-matemática

 Listas de verificação de habilidades matemáticas


 Melhores amostras de trabalhos de matemática
 Anotações de cálculos/processos de solução de problemas
 Relatos finais de experimentos no laboratório de ciências
 Fotos de projetos da feira de ciências
 Documentação de projetos da feira de ciências (prêmios, fotos)
 Materiais de avaliação piagetianos
 Amostras de quebra-cabeças lógicos resolvidos
 Amostras de programas de computador criados ou aprendidos

Para documentar a inteligência espacial

 Fotos de projetos
 Modelos tridimensionais
 Diagramas, gráficos de fluxo, esboços e/ou mapas mentais do pensamento
 Amostras ou fotos de colagens, desenhos, pinturas
 Vídeos de projetos
 Mostras de quebra-cabeças visuoespaciais resolvidos
 Para documentar a inteligência corporal-cinestésica
 Vídeos de projetos e demonstrações
 Amostras de projetos realizados
 Vídeos ou outros registros da "atuação" de processos de pensamento Fotos de
projetos práticos
 Para documentar a inteligência musical
 Fitas de áudio com execuções, composições e colagens musicais
 Amostras de partituras escritas (executadas ou compostas)

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 Letras de raps, músicas ou rimas escritas pelo aluno
 Discografias compiladas pelo aluno
 Para documentar a inteligência interpessoal
 Cartas enviadas e recebidas (por exemplo, escrever para obter informações de
alguém)
 Relates de grupo
 Feedback por escrito de colegas, professores e especialistas
 Relates de conversas professor-aluno (resumidos/transcritos)
 Relatos de conversas pais-professor-aluno
 Relatos de grupo de colegas
 Fotos, vídeos ou relatórios de projetos de aprendizagem cooperativa
 Documentação de projetos de serviços comunitários (certificados, foto).

Para documentar a inteligência intrapessoal

 Anotações do diário
 Ensaios, listas de verificação, desenhos e atividades de auto-
avaliação
 Amostras de outros exercícios de auto-reflexão
 Questionários
 Entrevistas transcritas sobre metas e pianos
 Inventários de interesse
 Amostras de passatempos ou atividades ao a livre
 Gráficos de progresso mantidos pelo aluno

Observações de auto-reflexão sobre o próprio trabalho

Para documentar a inteligência naturalista

 Anotações de pesquisas de campo em estudos da natureza


 Registros de participação em clubes ecológicos
 Fotos cuidando de animais ou plantas
 Vídeos de demonstração de um projeto naturalista
 Registro de esforços voluntários em atividades ecológicas
 Redações sobre amor pela natureza ou animais de estimação

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o Fotos de coleções de elementos da natureza (por ex., folhas,
insetos).

Demais atividades:

 Construção de livro sobre sua história pessoal em etapas com a participação


da família, incentivando a pesquisa, entrevista, interação, a fala, trabalhando a
autoestima, reconstruindo sua história e construindo sua identidade;
 Uso do computador como ferramenta educativa para a construção do
conhecimento através de atividades desafiadoras em softwares devidamente
selecionadas conforme o objetivo proposto;
 Jogos pedagógicos já construídos e que poderão ser construídos com o aluno
com material diverso, inclusive sucata que ele mesmo trás de casa e outros
recursos disponíveis na comunidade, como ponto de partida para estabelecer
relações com o conhecimento;
 Passeio estudo em diferentes lugares e espaços coletivos da cidade (
zoológico, museu, biblioteca, praças, meios de comunicação; rádio; tv; jornal,
patrimônio da cidade, eventos e outros no sentido da construção da identidade,
autonomia, o exercício da cidadania. Através destas atividades será possível
trabalhar várias áreas do conhecimento( o movimento, música, artes,
linguagem oral e escrita, natureza, sociedade , matemática) partindo da sua
experiência pessoal e das impressões que ficaram da atividade.
 Organizar atividades que envolvam a oralidade incentivando a freqüência á
biblioteca, interpretação oral, desenhos a partir da história, descrição de
gravuras, complementação de histórias, contação de histórias, relatos, música,
vídeo, debate, bate papo. Dar oportunidade à expressão pessoal para expor
seus conhecimentos, encorajando-o para assumir suas vontades e desejos
expressando seus sentimentos.
 Participação em situações de leitura de diferentes gêneros feita pelos adultos,
como conto, poemas, parlendas, trava-línguas etc.
 Organizar atividades que envolvam histórias, teatros, brincadeiras, jogos e
canções que digam respeito às tradições culturais de sua comunidade e outros
grupos, que envolvam o canto e o movimento, simultaneamente, possibilitando
a percepção rítmica, os movimentos do corpo e o contato físico,

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 Confecção de instrumentos musicais a partir de sucatas para exploração e
identificação de elementos da música, expressar sensações, sentimentos,
improvisações, composições e interpretações musicais.
 Produzir trabalhos de arte, utilizando a linguagem do desenho, pintura,
modelagem colagem e construção para que possa se expressar, interessar-se
pelas próprias produções, pelas de outras crianças e pelas diversas obras
artísticas ampliando seu conhecimento do mundo e da cultura.

Oferecer diferentes tipos de materiais (pedaços de madeiras, tecidos, cordas,


embalagens)propor alguns problemas para a criança resolver como por
exemplo: construir uma ponte de modo que ela não caia, montar uma cabana,
construir um barco ou outros relacionado com o interesse do aluno e objetivo
proposto.

Manter plantas e pequenos animais na sala para atividade de registro,


observação, comparação, relações ampliando os conhecimentos acerca dos
seres vivos.

Construção de um terrário com a ajuda dos alunos,

Organizar jogos e brincadeiras de outras épocas e de hoje para


conhecer as regras observar o que mudou, saber do que eram feitas e jogar.

Jogos e atividades motoras para abordar a maior diversidade possível de


possibilidades como correr, saltar, arremessar, receber, equilibrar objetos,
equilibrar-se desequilibrar-se, pendura-se, arrastar, rolar, escalar, quicar,
bolas, bater e rebater, com diversas partes do corpo e com objetos nas mais
diferentes situações.

Organizar brincadeiras e atividades físicas para explorar diferentes


qualidades e dinâmicas do movimento como força, velocidade, resistência e
flexibilidade, conhecendo gradativamente os limites e as potencialidades do
seu corpo.

Elaborar projetos para articulação de diversas áreas como : projetos sobre os


animais, números, coleções, cores, plantas, jogos e brincadeiras, músicas,
alimentos e vários outros projetos que surgirem conforme o interesse e a
realidade dos alunos.

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Construir uma tabela matemática onde apareçam os números usados no
cotidiano do aluno (data de nascimento, altura, peso, telefone, nº da casa, do
sapato, da roupa) para trabalhar com situações numéricas.

Uso do calendário diariamente para noções de dia, semana, mês , ano,organizar


rotina, marcar compromisso importante do grupo.

Organizar situações problemas que envolvam a matemática através do


cotidiano estruturados e com vários graus de dificuldades conforme
necessidade do aluno e partindo do que ele sabe dando subsídios para
superação.

Sugestão de filmes que abordam deficiência mental


 O oitavo dia (síndrome de Down)
 Meu nome é Rádio
 Sempre amigos
 Uma lição de amor
 Explorar histórias que abordem as diferenças
 Lúcia já vou indo- O gambá que não sabia sorrir
 Meu amigo Down em casa
 Diversidade
 Um amigo diferente?
 Meu amigo Down na rua
 O alce
 Shrek
 Procurando Nemo
 Como nasce a alegria

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Esquema corporal: reconhecimento, nomeação , localização de
partes do corpo; descolamento no espaço,...
Lateralidade: dominância lateral, definição lateral

 Noções de espaço
 Seriação (do maior para menor e vice-versa), classificação (por cores, por
formas, por categorias) , proporcionalidade (maior, menor, igual), seqüenciação
(histórias em quadrinhos) quantificação (mais, menos, igual)....
 Noções de tempo
 Localização no tempo (calendário, dias da semana, meses do ano, relógio,...)
Brincadeiras como: dizer nome de animais, flores, cores sem repetir.
 Mostrar: uma série de figuras, retirá-las e pedir para nomeá-las
 Jogo da cobra (ludo)
 Ditado desenho
 Adquirir comportamentos adequados para trabalhar em grupo
 Modelar com argila, massa plástica
 Compor painéis com os temas em estudo, recortar (com dedos, com tesoura)
e colar
 Fazer dobraduras
 Jogos pedagógicos
 Explorar a representação simbólica através de: desenho, modelagem, recorte
e colagem, dramatização
 Partir do concreto sem permanecer nele
 Desenvolver auto-cuidados (saber dar informações pessoais, cuidados com
asseio pessoal, vestuário, alimentação, locomoção, segurança pessoal
 Educação sexual
 Ouvir e reproduzir histórias
 Envolver-se em pesquisas
 Produzir ritmos com instrumentos de percussão para orientar a marcha, a
dança, os movimentos do corpo
 Escrever receitas simples (usar símbolos para medidas de colher, xícara
e rótulos correspondentes aos ingredientes (farinha, açúcar, chocolate,...)
Enfiar contas em um cordão, obedecendo a uma seqüência de cores

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 Montar quebra-cabeças
 Montar um álbum de desenhos sobre excursão feita
 Ordenar quadrinhos de uma história de acordo com a seqüência lógica (gibis)
 Observar o efeito de cozimento sobre diversos alimentos
 Organizar programas de TV, discutindo temas abordados em aula
 Construir regras de convivência com o grupo
 Construir com sucatas, máscaras, fantoches, cartazes, cenários
 Visitar espaços da comunidade
 Ler e escrever textos de acordo com a hipótese construída para a escrita (pré-
silábica, silábica, silábica-alfabética ou alfabética).
 Freqüentar bibliotecas, escolher livros
 Realizar tarefas em computador
 Ler e comentar notícias de jornais
 Ouvir poesias
 Escrever poesias, músicas
 Assistir filmes e comentá-los
 Vivenciar exercícios de expressão corporal
 Utilizar o espaço de diferentes formas, para perceber os limites de seu próprio
corpo, conscientizando-se do próprio espaço e o dos outros
 Dançar com o grupo compondo coreografias espontâneas ou ensaiadas
 Participar das atividades da classe, respeitando as peculiaridades do educando
com deficiência mental
 Proporcionar ao aluno o conhecimento do seu corpo, levando-o a usa-lo como
instrumento de expressão consciente na busca de sua independência e na
satisfação de suas necessidades;
 Fortalecer a autonomia dos alunos para decidir, opinar, escolher e tomar
iniciativas, a partir de suas necessidades e motivações;

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REFERÊNCIAS:
ALVES, Denise de Oliveira. Sala de Recursos Multifuncionais: espaços para
atendimento educacional especializado. Ministério da Educação, Secretaria de
Educação Especial.

Brasília, 2006.

CARVALHO, Rosita Edler. Educação inclusiva: com os pingos nos “is”. Porto
Alegre: Mediação, 2004.

FILHO, Teófilo Alves Galvão; DAMASCENO, Lucian Lopes. Tecnologias


Assistivas para autonomia do aluno com necessidades educacionais especiais.
Inclusão: Revista da Educação Especial, Brasília, v.1, p. 25-32, ago/2006.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. BRASIL. Diferentes Diferenças: Educação de


qualidade para todos. São Paulo: Editora Publisher Brasil, 2006.

PERRENOUD, Philippe. Pedagogia Diferenciada: Das intenções à ação. Porto


Alegre. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.

SASSAKI, Romeu Kazumi. Inclusão: Construindo uma sociedade para todos.


Rio de Janeiro: WVA, 1997.

SIAULYS, Mara O. de Campos. Brincar para todos. Ministério da Educação,


Secretaria de Educação Especial. Brasília.

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