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é. igo 1. Introdugio; 2. Uma comparagio entre estudos-de-caso; 3. Algunas conclusdes 4.Nota metodolbgica; ‘5. Implicapoes de politicas publias O impacto das mudangas tecnolégicas nas qualificagées de m4o-de-obra e no emprego: o caso da industria téxtil* 1, INTRODUGAO Este projeto! vsou os equintes objetivos: 8) examinar o impacto extrcido pela mudanca tecnoié- ca sobre o emprego ¢ as qualificagbes requeridas dos trabalhadores de produgio nas indGstias textes no Bra- sil; 1b). desenvolver dois estudos de caso dentro de duasfir- tas, escolhidas de modo a se permiticem generalzagBes maiores a partir dsseestudo. ) estudar 0 problema das qualifcagSes nfo somente fem termos das necessidades de produgio, mas também te relaglo A alteragdo nos processos de recrutamento & ‘teinamento das firmas. O trabalho centrou-se, besicamente, no estudo das indastias da fiagfo ¢ teelagem de algodo nos estados de So Paulo e do Rio de Janeiro, examinando a intro- ugdo de vas mudangas téenias neste subsetor 08 fila- {6rioe opemend e os teares sem langadeira. Andlsou: 1. a importénela. do fator trabalho no processo de selegfo teenoldgica tanto a nivel do processo decisério para a incorporagio dat mudanga técnica cemo das priticas reais, dentro da indistri, relacionadas com o aproveita- mento do conhecimento da mlo-de-obra direta, princ- palmente nos setorés de manutengfo; 2. s transforma es geradas na utllzagfo do fator trabalho, a parti da introdugio de equipamentos téxteis modemos. Neste onto, fez-e a comparagfo entre as vantagens e desvan- tagens da utiizagS0 do equipamento ¢ seu funciona: ‘mento real, segundo a literatura tecnoldgice. Deuse prio- ridade a0 entendimento das politicas de treinamento € temprego ditetos na fabrica e seus efeitos indiretos no trabalho; 3. as mudangas mais gerais da utilizagdo do fator trabalho no setor, a partir da difusio de taisequi- pamentos modemos. Rev. Adm. Emp, Rio de Janeiro, 22¢ Para a realizagfo dos estudos do caso A ¢ B, foram selecionadas duas empresas de porte grande, de capital nacional e com longa tradigfo na indSstria téxtl. Suas atividades tiveram inicio no eomego do séeulo. Estas em- presas sfo, no entanto,suficientemente heterogéneas, 0 ‘que nos permite comparagGes entre estigiostecnoligicos diferentes em fiaedo e tecelagem. Por outro lado inte- gram em sua produgfo estigios tecnol6gicos dos mais so- fisticadot, a que Se chegou em flagdo tecelagem, inter- nacionalmente. Realizou-se um teresiro estudo de caso de menor abrangéncia (estudo de caso C) em uma indstria homo- ginea tecnologicamente, analisando-e af alguns dos pro- blemas mencionados nos objetivo gerais. Este estudo de ‘caso mals espectfico, tinha como objetivo servir de mo- delo para comparaeo com os de indOstrias mais antgas, fem dois niveis: a) no que diz respeito 3 influéncia da heterogeneidade tecnol6gica da firma na politica de ui zaglo da mfo-de-obra;b) nos diferentes graus de moder- nizago dos equipamentos téxteis intrafima. Esta em- ‘ress havia incomporado um maior nimero de teares sem Tangadeira e encontravase no processo de incorporaggo dos filatrios open-end. Simultaneamente, contratava um “pacote” de treinamento de uma consultora intenacio- nal. Para analisar 0 efeito das mudangas tecnol6gicass0- tre « composigfo do emprego foram desagregadas a ca- tegorias ocupacionais, bascamente, em trabalhadores de produgfo e trabalhadores de manuteneto. Por sus Vez, at categories de trbalhadores de produgfo foram subdividi- das em tr8stipos, de acordo com 0 tipo de tarefa de semperhadas: tarefascentrais, tarefas complementares © tarelas pesiftricas. Tarefas centris sfo aqueas ligadas diretamente ao desempenho da miquina — desenvolvidas pelos operadores de méquinas,ex.:tecelio, magaroque!- qo ete. Tareas complementares so aquelas que sre cionam indiretamente com as fungbes desenvolvidas com ‘a méquina, ou com processos de transformagdo da maté- ria-prima diretamente igados As tarefas centrais, Sto ta- refas bastante especiaizadas, ex. urdideira, passadeira tte. As tarefas periféricas so constitufdas por fungBes relativas 4 manutengio das condigbes de trabalho, ex.: limpeza, Iubrificagfo ete. De modo geral, sfo classifi cadas-nas empresss como sendo desempenhadas por “a- xciares de produgio” Cada tipo de taefa, para seu desenvolvimento, re- quer uma série de componentes de conhecimento, por parte do trabalhador, que constitu a base da sua qualif- fapd0 real? Os componentes de conhecimento analis- dos foram: locomogio simples, locomopio carregada, manipulagto simples, manipulagao coordenada e disri- rminagdo.® No processo de modernizagto tecnoldgica, ou seja, entre as sogOes mais antigase as mais modernas das {abricat em estudo, 0 tipo de conhecimento predominan- temente requerido dos trabalhadores apresentavariages. © nimero de atividades diferentes desenvolvidas, por exemplo, pelos operadores de méquina diminui, mas também se utiliza menos locomogo carregada e manipu- lagfo coordenada do que nas tarefasrequeridas peas mé- out dex. 1982 8.45, quinas antigas. Esse consttuiria o principal mecanismo da desqualificacto de alguns segmentos da forca de tra- ‘balho na indéstria, no decorrer da sua modernizagto. Essas transfomnagbes descritas poderlo, 04 nfo, levar a ‘uma mudanga nas préticas de emprego, ex.: reenuta- ‘mento, treinamento ou promogio, a nivel de fabrica, ‘como hi de ser observado na comparaco que apresenta- remos em continuago. 2. UMA COMPARACAO ENTRE ESTUDOS-DE-CASO ‘As duas firmas estudadas tinham em comum o fato de serem, ambas, grandes firms nacionais, com longa tradi- ‘fo no setor. Embora ainda tecnologicamente heterogé- ‘eas, haviam incorporado 0 novo equipamento durante ‘0 anos 70. Ambas localizavamese também na regido Su- deste do Brasil, onde, no inicio do século, dewse pansio da indistria téxtl. Diferenciavam-se em suas pré- prias hist6rias dentro do setor. Enquanto a firma A Vinha, durante 0s anos 70, perdendo suas posigbes ante- riores na indGstria téxtil,a firma B se expandia e,atual- ‘mente, é uma firma préspers. Mas, embora ambas fun- cionassem com bom sucesso com a tecnologia antiga,* a firma B também alcangou sucesso com 0 novo equips- mento, enquanto a firma A vinha tendo altos niveis de ineficiéneia. Tentaremos detalhar como as condigOes e a dindmica de trabalho permitiram, a ambas, eficiéncia em fiagio e tecelagem com as tecnologias antigas. Em ambos 0s casos, as firmas haviam incorporado a nova tecnologia para substituir equipamento antigo. Como 0 novo equipamento fora adquirido com incenti- vos governamentais para modemizagio, equipamento antigo devia ter sido sucateado.* Agora, as condigbes de compra de ambas as firmas tinham sido bastante dferen- tes. E isto parece demonstrar ter havido certa discrimina- ‘fo na aplicagto daquels incentivos. Com a mudanca de equipamento, ambas as firmas buscavam novos submer- cados, como também a redugdo dos custos. Essa procura de novos submercados é uma conseqiéncia dos incenti- vos para a politica de exportacto de produtos téxteis, posta em vigor pelo Governo. Mas também — como jé se ‘mencionou ~ funciona como uma safda para a contracéo do mercado local. Essa contraggo, entretanto, ainda afeta as duas firmas de maneiras diferentes, dependendo do grau e do tipo de diversficagio de produtos e de sua estratégia de mercado. A modemizagio fora destinada & expansio de produgao. 0 terceito casosde-estudo parcial — a firma C— foi extremamente til para nossas comparagdes. Desenvol- veusse em uma firma jé modernizada e tecnologicamente hhomogénes, que ocupeva, até recentemente, a primeira posigdo dentro do setor. E, também, uma grande firma nacional com longa tradigG0 no setor. AS razBes que leva- ram essa empresa & modernizagdo foram basicamente as ‘mesmas das outras firmas. As mudancas na composiglo ‘de emprego, embora seguindo um padrdo semelhante a0 das outras dus firmas, foram muito mais intensas. Mudencastecnoligleas ‘As estratégias de expansio adotadas pelas firmas A B, em relagio a nova tecnologia, foram diferentes, As principais razées desta diferenga foram a seguintes: va- riagdes na extensfo de usos do novo equipamento, no rau de diversificagio de produtos que cada tecnologia emite, como também no grau de habilidade empresa- tial empregada na administragdo geral das diferentes fir ‘mas. No cat0.A, a tecnologia permite a producio de uma linha de produtos mais restrta. Foi introduzida no Brasil mais recentemente. E também uma tecnologia mais nova ‘no mundo em geral. A empresa foi, subseqientemente, administrada por diretorias diferentes ¢ sua politica pas- sou por diversas alteracbes. E, atualmente, uma empresa piiblica. Instabilidade nos ctitérios de organizacio ¢ in- coeréncias nos métodos empresariis prejudicaram o fun- cionamento geral desta empresa, No caso B, os produtos da firma atingem diferentes segmentos do mercado con- sumidor. Sua estratégia de mercado mantém um suti equilforio entre os produtos para aquelessegmentos ¢ 0s produtos para o mercado extemno. Outrossim, a nova tecnologia facilita a diversficagfo de produtos. Embora, atualmente, a empresa demonstre certa inconsisténcia entre estratégias administrativas ela teve, desde sua fun- dagZo, uma adminjstragio coerente e empreendedora. Exerceu, sempre com sucesto, um controle paternalista direto sobre sua forga de trabalho. A firma C apresentava quase todas as vantagens da firma B. Contava, também, com outras duas vantagens: uma bem-sucedida racionali zaglo na tecnologia de organizagfo, como também me- Thor acesto a capital de giro. Os tipos de problemas enfrentados por ambas a fir. mas, A eB, em relagfo a0 equipamento modemo, s40 semelhantes, embora diferentes em intensidade. Estio re- lacionados, principalmente, com a entrega de matéria- prima, pegas de reposigdo e infra-strutura inadequada, por exemplo, prédios velhos,leiaute inadequado da nova tecnologia. Com relagfo a este ditimo aspecto, nenhum sistema de incentivos para modernizagdo fora previsto pelo Governo. No caso da firma C, uma parte considerd- vel de seus investimentos foi destinada a reformas de construgio, antes da incomporacio de equipamento mo- derno. Por exemplo, na ocasifo deste estudo, uma seco totalmente nova estava sendo construfda para abrigar um ‘novo lote de filat6rios contfnuos importados. Entremen- tes, 08 empresirios relataram que as vantagens da aquis\- ‘fo de teares sem langadeiras foram mais visveis depois ie 0 leiaute das sogbes foi consideravelmente modifi- cado. Uma outra caracterfstica de ambas as firmas A e B 6 a subutilizago da capacidade local existente para adap- tagdes téenicas. Embora essa capacidade tenha sido utili- zada durante a fase de montagem, durante o acompanha- ‘mento da tecnologia ela foi apenas usada, sem uma polf- tica de incentivos explfcta. Foi este 0 caso dos operirios de manutenglo da firma A ¢ do encarregado da tecela- sem da firma B. Isto, certamente, prejudica seu desenvol- vimento. Aos respectivos falta estimulo para procurarem serar adaptagbes através das solugdes dos problemas dis- rios. Este problema havia sido detectado na firma Ce a administragdo desenvolveu uma politica mais explicita 29 de colaboragdo e recompensa para os técnicos, mas nfo para os operirios de manutengto.* ‘Uma redugdo nos custos de mfo-de-obra e a simplifi- ‘eagd0 na organizagto de trabalho foram alcangadas atra- vvé da modernizagio, embor, as vezes, em grau menor 40 previsto pelos fomecedores das méquinas ou pela lite- ratura técnica. No estudo do caso A, as condig6es de desempenho, em relagdo a manutencko dos niveis de qualidade do produto, nfo permitiam a eliminagio da fase de enrolamento, enquanto, no estudo do caso B, 0 fenrolamento de bobinas nfo podia ser dispensado devido 40 tipo de teares adquiridos. Entretanto, isto nfo dimi- ‘nuju muito as vantagens da redugdo de custos de mio-de- obra provenientes da modemizagdo, devido 20 baixo nivel salarial na inddstria téxtil brasileira. CondigBes de trabalho ~ como também o contexto geral de submutr- 640 etc. — nio permitem aos empresirios destinar 20s operdrios @ mesma carga de maquina prevista tecnica- mente. Isto ficou muito claro na firma C onde os niveis reais de produtividade, devido as condigdes de producto « trabalho especificos, foram menores do que os niveis tebricos previstos pelos estudos de uma firma estrangeira e consultoria. Quais foram as mudances ocorrdas na composigl0 de emprego em processos de produgdo com niveis tecno- logicos diferentes, isto é, nas antigas © novas segbes? A Primeira observagio a ser feita, partindo de ambos os estudos de caso, e também da firma C, € que as mudan- {85 nos métodos administrativos, isto é, na racionaliza- Ho, que as trésfirmas efetuaram, esto apenas indirets ‘mente correlacionadas as mudangas téenicas introduzi- das, como serd explicado adiante. ‘As categorias mais afetadas pela redugZo do empre- 0 acham-se, em ambos os casos, entre operéris de pro- dugdo, principalmente operadores de miquinas, ¢ entre (08 operirios auniliaes, aqueles que sio complementares. ‘Também desapareceram totalmente, nas sepSes moder nas de fiaglo e tecelagem, os empregos para contr mestres. Os operérios de manutengao, embora em néime- 10 reduzido, tém um peso maior do que os operdris de produgo no total de empregos, nas novas segbes. Hé reducfo nos custos de miode-obra por unidade de pro- duto, nas novas see6es, embora isso nfo traga wm signifi ‘ativo aumento de salirio aos operérios de producto ou 408 operirios de manutengdo, Ao invés, existe uma uni- formizagio do nivel salarial entre 0s operadores de mé- quinas, devido as mudangas na forma dos céiculos sala- tiais. Os operdrios auxiliaes permanecem com os mesmos Salérios enquanto 0s operdrios de manutenco si0 mais ‘bem recompensados, porém ainda abaixo dos nives sala- sais atingidos pelos mesmos grupos especializados nas se- 8es antigas, se considerarmos também sua maior respon- sabilidade, Esta estratégia significa uma redugdo nos slé- rios, em relagdo aos aumentos de produgdo. O tempo médio de treinamento, nas segdes novas, diminuin pouco, embora tenha havido algumas importantes me dangas de treinamento nas diferentes categorias. (0 novo padrio de administragao & muito claro em nosso terceiro estudo de caso. Na sua seglo moderna — 30 tecelagem sem langadeiras ~ nos planos para a nova segl0 open-end, os saléris ou permanecem os mesmot (8 entio aumentam ou diminuem um pouco, como por exemplo entre 08 operiios de manutengfo.O tempo de treinamento diminui, a forga de trabalho nfo se toma necestariamente mais estivel, hé maior investimento em ‘reinamento e pouca promogdo de operiios. Um outro aspecto da nova estratégia € que, embora métodos ami ristrativos racionalizados tejam aplicados nas novas se- 98es, essa aplicacto ¢ muito gradual. Envolve coniitos ¢ contradigBes com as politics de controle direto mais antigas, em fabrics tanto heterogénea como homogenea- ‘mente moderizades. Estas observagbes reformulam a hi- pOtese sobre a formagdo de mercados de tribalhosinter- ‘nos. As politica salariais das empresas, a estabilidade da forga de trabalho, como também os métodos de treina- mento adotados, nfo dependem diretamente da moder- nizagdo. A regulamentagto estatal (via legislagfo taba Ihista) de uso de forga de trabalho, e politica de reina- mento de mio-de-obra tém influéncia direta sobre a es- tratégia empresaial. Nas segoes mais antigas das empresas estudadas, ‘stabldade procurada pela administragho da forga de trabalho na empresa depende particularmente das carac- teristicas do mercado de trabalho local. Entretanto, para amas 28 se6es, antiga © nova existe uma clara segmen- tagdo na oferta ¢ demanda de miode-obra entre os ope- trios de produefo e os de manutengHo. Nas segbes anti- sB, a forma de acesto a emprego, entre 0s operirios de produgdo, depende de critris totalmente diferentes da- ueles utiizados no caso dos operirios de manutengio, Para cada categoria, os crtérios de recrutamento, 0 tipo 4e treinamento formal necesstio, assim como a8 apt- &esnio-cogitivas procutadas ¢ reforgadas pelos cursos 4o Senai, sto diferentes. Entretanto, as caracteristicas da oferta de mio-de-obra mais imediata, dentro do mercado local, tornam esses eritérios um pouco flexives. Entre ‘operirios de produsdo, 0 que se tora claro em ambos 0s estudos de caso sobre fiags0 e tecelagem, em relagfo is segbes antigas, & que: I. experiéncia anterior na indistria ‘textl € necessria para a maioria dos cargos, exceto entre operirios perifércos; 2.0 treinamento formal éreduzido 4s exigéncias estabelecidas pela lei Sraileira: curso pri- ‘iri. Ito € plenamente observado em ambas as empre- sas; 3. as formas de acesso dos candidatos 20 emprego variavam entre indieagdesfeitas por patente, avisos co- locados & porta das fabrics indiagBes para promogbes feitas por encartegados; 4.8 aptiddes. ndo-cognitivas procuradas dizem respeito & aceitacdo da autoridade,re- Sisténcia fsica e psicol6gica a0 calor e ao barulho, ini tiva para resolugdo de problemas. Em nenhum caso 0 curso do Senai para operadores de maquinas(teceldes @ fiandeiros) foi mencionado como facilitador-do acesso 20 emprego. Por vezes, foi dito que treinamento, rece- bido através do Sensi em “escolas” dentro da producao, preparava melhor os operirios. Foi mencionado, muitas veves, que €comum a carreira do operéro téxtil comecar quando este ¢ ainda menor, dentro do curso de aprendiz do Senai € que isto era um bom requisito para a selegZo Revista de Adminimapto de Empresas de operérios a cargos vagos. No caso de opertrios de rmanttengdo das se90es antigas, 0s critérios de selegfo, ‘comuns a ambas as fébricas, eram: 1. recrutamento den- ‘ro da forga de trabalho mais velha da fabrica e retreina- mento através do Senai; ou entio 2. recrutamento através de indicapio do Senai, entre candidatos que eti- vessem fazendo os cursos de aprendiz. (Algumas vezes, consultaram-se, também, outras firmas locais.) 3.Ne- ‘nhum dos mecinicos entrevistados havia iniiado seu tr batho na inddstria, através do curso de aprendiz. 4. “Ini- ciativa”” & uma aptidio cognitiva muito requisitada den- tro desta categori ‘As caracteristicas acima citadas indicam as princi- pais priticas de recrutamento adotadas para operérios adultos. Menores, entretanto, sfo sempre recrutados, pi meiramente, para cargos na produgdo. O sistema de 1 crutamento de menores & estabelecido pelo Governo, através das préticas do Senaie reforgados por li.” Meno- res e mulheres sfo encontrados somente dentro da cate- ‘gpria de operirios de produgdo discriminados totalmente dos cargos na manutencio. [Nas seqdes novas, embora a segmentagto bisica en- tre produgdo e manutengSo permanega inalterada, 0s eri- térios e formas de recrutamento para ambos 08 tipos de categorias mudam. Geraimente, ndo se espera dos operé- rios de produglo qualquer experiéncia téxtil anterior. AS empresas estudadas, mesmo aquelastecnologicamente he- terogéneas, efetuam um investimento um tanto maior em treinamento dentro da fabrica. Os operdrios sfo emprega- dos com um salirio-base inicial mais alto. Mas haverd a tendéncia de continuarem em um nivel salarial semelhan- te, quersejam concedidos incentivos de produgio ou nfo. Este aspecto é mais evidente na Fabrica tecnologicamente hhomogénea (firma C). L4, para cada secdo moderna, hhouve uma politica explicita de renovacto de mifo-de- cobra. Um treinamento de seis meses fo estabelecido em escolas da fibrica e no proprio trabalho, para 0s novos operirios. Foram fixados niveis de produtividade a se- rem atingidos conjuntamente por todos os operirios de cada subsegto, isto ¢, os aumentos por produtividade, recebidos por operdrios auxiliares, dependiam daqueles aleangados pelos operadores de mAquinas. Menores e mo- as também comegaram a Ser treinados no novo equipa- mento, através deste sistema. Entrementes, para operd- ris de manutengo nas novas sees, embora para a sele- Go fosse exigido, regra geral, 0 diploma do Senai, se- fuiam-se longos perfodos de treinamento na fabrica, ou pelo sistema de monitor ou através de cursos na prépria fbtica, a fim de desenvolver suas habilidades especttficas fm relagdo a méquina, Aparentemente, esses operérios percebiam um salirio mais ato em comparagto aqueles fanteriofmente categorizados como de manuten¢lo, ras segBes antipas. Mas: 0 slério era mais baixo, ou equiva- lente, quando comparado com aquele de grupos com nivel’ de especializagfo semelhante nas secbes antiga Grande énfase foi dada aos cursos dentro da propria fé- ‘rica, como sendo a forma ideal de treinamento. E evidente como, para operirios de produgfo, no caso da teenologia antiga, as caracteristcas da oferta do Mudengastecnolbgicas ‘mercado de trabalho local influenciaram os métodos ad- rministrativos de recrutaménto ¢ promogio. No caso A, constituindo-se 0 mercado de trabalho local de operirios téxteis, 0 recrutamento para vagas, no easo de operado- res de méquinas, como também de operérios comple- rmentares, era feito fora da mfo-de-obra da empresa. No cato B, sem nenhuma tradigfo local de operdrios texteis dentro’ do mercado de trabalho local, a administragao criou mercados internos para o recrutamento de opera: dores de méquinas e buscou uma maior establidade da forga de trabalho para tarefas-chave, complementares ou cantrais. Contudo, para operdrios de manutengdo, a cre denciais do curso de mecinica geral do Senai, mais a experincia dentro da fabrica, eram suficientes para a selecio. ‘Com respeito a segmentagdo por sexo, é importante lembrar que, tradicionalmente, a tecelagem & considers- a como tarefa masculina e a fiagHo como tarefa femini- na, Historicamente, isto deu forma a0 mereado de traba- Iho, Ainda hoje afeta 0 tipo de oferta de mio-de-obra disponivel e tem influéncia sobre as polticas de reeruta- mento adotadas em relagdo 4s novas tecnologia. Para fiagio, as novas tecnologias facilitam o emprego de ho- mens. Para tecelagem, a$ novas tecnologia faciitam a selegio de mulheres. Tradicionalmente,o mercado de tra batho, em geral, se especializara em uma diviso sexual do trabalho, onde se oferecia maior faclidade de treina- mento para mulheres, como fiandeiras, e para homens, como teceldes.* Isto baseava-se em atributos socias rela tivos as habilidades “naturais” especificas de homens ¢ mulheres, como também no processo geral de sociliza: io diferenciada daqueles dois tipos de trabalho. As mu- Iheres eram consideradas habeis no manejo de fics e os homens desenvolvendo tarefas exizindo forca e rapidez Na realidade, isto correspondia a uma divisfo tradicional, por esterestipos de earacteristcas “naturals” masculinas femininas, que permeava a Sociedade. Entretanto, isto serou a existéncia de uma oferta de mio-de-obra de gera- Bes de mulheres com uma habiidade adquirida para a farefa de fiandeira, o mesmo acontecendo com 0s ho- mens em relagfo& tecelagem. Este tipo de-mio-de-obra é aquele comumente encontrado nas segdes mais antigas das firmas estudadas, Entretanto, esta diviso jé nfo 6 to definida. “Mudangas na sociedade em gera alteram esta dicoto- sia, J4 existe fiandeiros experientes, asim como tece- lus experientes, embora 0 nimero maior seja de teceis. Entrementes, nas segBes novas, nfo se exige experigncia anterior entre operadores de méquinas. Isto faz com que a procura de mlodeobra ndo fique tio condicioneda pela oferta de mio-de-obra subdividida naquelas tradicio- naiscategoras. Daf a tendéncla, nessas segbes, de se pre- ferir, a longo prazo, a mfo«de-obra feminina, mats barata ‘ menos organizada. Entretanto, as miquinas sho testa es, primeiramente, com mfo-de-obra masculina, ito é, tendo homens como operadores. O ponto central do pro- lema, agora, é determinar qual 0 tipo de mio-de-obra mais eficiente com salrios baixos. A resposta geraimente €: de mulheres e menores.0s menoress30, na maioria das 3 vezes, apenas aprendizes, sendo, portanto, empregados como auxiliares de operadores de maquina. Entretanto, para a maioria das tarefes complementares, mais relevan- ‘es nas segbes mais antigas, recrutamse, de modo geral, ‘mulheres. O principio bésico para este tipo de selegao & semelhante: salrios menores para tarefas que exigem al- ta qualificagio. Nos esiudos de caso A e B, tanto nas segbes antigas como nas novas de fiagdo ¢ tecelagem, 2 mAo-de-obra ‘masculina jé predominava, O anteriormente descrito, sf0 tendéncias hist6ricas que ainda agem sobre as mudangas atuais no padrlo de mfo-de-obra feminina no setor, 20 longo do desenvolvimento do progresso técnico. Obser- vous que no caso A, mudangas tEenicas levaram a uma redugio maior na mio-de-obra feminina do que na mas- culina, em relaggo a composigfo inicial da forga de tra- balho. Esta redugfo alcangou o nivel mais alto entre ‘operérios auxliares em tarefas periféricas e complemen- tares,-A expansfo com a tecnologia antiga teria mantido uum némero maior de empregos pare mulheres. Entre- mentes, no estudo de caso B, vimos tendéncias opostas em funcionamento: uma redugao relativamente maior de empregos masculinos, um aumento na participegdo de mulheres nos empregos periféricos e de operadores de miquinas, e mais mulheres sendo incorporadas com a aquisigao de equipamento novo do que expandindo com © antigo. Pode ser argumentado que o desemprego femi- nino ocasionado pelo sistema modemo de fiagio esté sendo compensado pelo emprego de mulheres no sistema de tecelagem moderno, Mas isto, considerando-se a5 ten- déncias histéricas da mfo-de-obra feminina nestas duss segBes, nos conduziria ao seguinte argumento: que a tec- nologia possibilita a incorporacdo, tanto de mulheres ‘como de homens, em ambas as segGes com saldrios mais baixos do que antes. Os cargos tomam-se mais “indife- . rentes” & tradicional divislo de trabalho por sexo, desde que exijam dos operdrios menos aptiddes jé adquiridts, no caso de operadores de méquinas, ¢ devido a redugfo ‘ow inexisténcia de tarefas complementares. O reonita- ‘mento tomase menos dependente da tradicional seg- ‘mentagéo do mercado de trabalho de operdrios téxteis em tecelagem para homens e flagdo para mulheres. Estas ‘tendéncias fazem parte das mudangas dentro da socieda- de em relagdo a sua visio do trabalho ferinino, assim como & prioridade dada & disciptna e baixa remuneragdo para desempenhar cargos para os quais anteriormente era dada maior importincia 20 conhecimento ¢ @ iniciativa individual. A tecnologia modema age como uma possivel condiggo, embora nfo suficiente, para esta mudanga. Fa- cilita a integraglo de mao-de-obra desqualificada: operé trios mais jovens e mulheres sem prévia experiéncia textil. Mas, mudangas na composigdo do mercado de trabalho, assim como na ideologia do que constitui uma tarefa feminina ou masculina, so também necessérias para que este tipo de transagfo venha a Se completare a fuincio- nat. Em ambos os estudos de caso percebemos uma sutil dscriminagdo salaral, em relagdo 4 mdode-obra femi- nina, entre operrios de produgdo. Geralmente clssifica- 2 vam as tarefas desempenhadas por mulheres como des- quilificadas. Isto era evidente no caso de trocadoras de Viajantes, passadoras, amarradoras de nés, tying-n hands, ‘operadoras de espuladeiras, encarregadas (mestrinhas) ‘monitoras, No estudo de caso C, havia sido formulad: uma politica explicita em relago a mfo-” a estimativa de redugo de empregos em tecela- ‘gem seria de aproximadamente 25 mil operdrios. Entre- tanto, algumas empresas ndo fazem substituigdes de tea- 3 res mecdnicos por teares sem langadeira, mas de teares sautométicos com Tangadeira por teares sem langadeira. Do nosso estudodecaso C, deduzimos que a substitui- fo entre os tipos sem langadeiras ¢ o automético com langadeira poderia ser estimada na base de 17 do primel- 10 tipo para 30 do segundo. Outrossim, 17 teares com langadeira, do tipo projétil,teriam destocado também a seco de espuladeiras, isto é, aproximadamente mais 12 operdrios em trés turnos.!* Aproximadamente 28 mil operérios estariam desempregados através deste tipo de modemizaglo, se todos 08 teares fossem considerados, ‘como teares do tipo projétil. Se todos os teares fossem considerados como sendo do tipo pinzas, 14 mil opers- ros teriam perdido seus empregos. Entre estas trés for amas de célculos, isto 6, teares de pinzas sem lancadetra substituindo teares mecdnicos, teares de pinzzs substi- ‘tuindo autométicas'¢ teares de projétilsubstituindo au- tomiticos,'* poderse-a estimar uma média de 19 mil ‘empregos perdidos em tecelagem. Através das estimativas calcula-se em 28 mil o nfme= 0 de desempregados em flacio ¢ tecelagem com este tipo de processo de modernizacto. Destes, estima-se — com base nas priticas empretarais de substituigo de o-de-obra — que quase a metade sfo empregos femini- nos. Quase dois tergos da redugso do emprego corres- pondem a categoria de operadores de méquinas. O outro tergo € composto metade por empregos para operdrios ‘complementares e o restante por empregos para encarre- s1d0s e operdtios de manutengao."® ‘A modernizagio do equipamento téxtil facilitou a substituigo entre tipos de mio-de-obra, variando em s7au e nfvel de aptidfo como também em seu custo mé- io como fator de produglo. Entretanto, embora a tec: nologia atue como condigdo necesséria para permitir a substituigfo, por exemplo, de um operador de méquina experiente, com uma longa hist6ria dentro da indéstria ‘téxtil, por um opersrio mais jovem, sem experitncia, nfo €1uma condigéo suficiente. E necessério haver um exces- 30 de miode-obra, como também um reservatério ade- quado de mio-de-obra no mercado de trabalho imediato, uma regolamentagéo legal que permita pagar baixos salé- fios e favorega a rotatividade de miode-bra, e um Sin- dicato sem forga, para negociar, para que este tipo de substtuigio possa ocorrer. Os esquemas de treinamento ‘para a indstria 1xtil parecem estar se transferindo, gra- dualmente, das escolas do Senai para as fébricas. Estas estfo exigindo maior controle sobre o treinamento em si. Na firma C parece existir uma total independéncia dos cursos do Senai. Até operitios de manutenglo sfo retrei- nados a nivel de fabrica antes de serem encarregados do novo equipamento. Dos nostos estudos-de-caso podemos chegar a algu- ‘mas conclusdes sobre as res da discordéncia detectada entre 0 treinamento do Senai ¢ as necessidades das em- presas, nem todas elas de cardter metamente econd- ‘mico.’7 Em ambos os nossos estudos-de-caso, a habili dade dos operadores de méquinas [(tecelbes(s) ¢ fiandei- +ox(as)] em relagdo 20 novo equipamento, baseavase no uso dos mesos componentes de conhecimento do velho PANE TTR APE ELIMI. equipamento, para desempenhar menor némero de ope ragBes. Com a modemnizaglo, a tendéncia foi um aumen- to no desenvolvimento de aptiddes bascado na simples manipulagho. As caracteristicas espectficas da fabrica, entretanto, irfo condicionar, basicamente, quais desses componentes de conhecimento sfo mais necessérios para a forga de trabalho nas novas segdes. Estes irfo variar de acordo com © tipo e modelo especfficos das novas mé- ‘qpuinas adquiridas com a propria organizagio de produ- fo. Por exemplo, a qualidade das matéria-primes neces- Sirias para os novos processos de produto exigiré dos tecel6es maior ou menor habilidade e atengZo nas emen- das dos fios. Os nfves de produtividade a serem alcanga- dos em.uma parte do processo de produfo, e para com pensar ineficiéncias em outras partes, sert0 especificos por méquina e por fébrica. Oleiaute do equipamento ¢ a locelizaglo das segbes da fébrica exigirdo que algumes habilidades dos transportadores sejam mais desenvolvidas do que outras. A um certo nivel de modernizacio, a produgfo em si exige menos aptiddes cognitivas dos ope- ririos, isto 6, menor mimero de operagdes ¢ menos componentes de conhecimentos para desempenhélas. Entretanto, hd mais pressfo sobre a forga de trabalho para adaptarse a0s ritmos de trabalho, cargas de traba- Tho, intensidade de trabalho em geral, com caracterts- ticas peculiares em cada fabrica. O treinamento tem de ser ministrado dentro da produgfo, para produzit uma umniformizagdo dos conhecimentos ¢ a aceitagdo pelos operirios dessas novas condig6es de trabalho; aquelas aptiddes nfoognitivas deverto ser reforgadas. Entre operérios de manutengio, um outro aspecto tem papel importante em relagfo ao funcionamento do novo equi pamento, E necessério tomar seus conhecimentos espect- ficos em relago 4 miquina e isto consegue-se melhor com treinamento a nfvel de fébrica. Sua participagio na primeira fas, isto é, na montagem do novo equipamento pode incentivéslos ‘no desenvolvimento de adaptagdes ‘téenicas no futuro. Estas exigem altos investimentos das ‘empresas, devido as dificuldades na importacio de pecas e reposigfo e aos altos custos dos reparos em geral. ara acompanhar de alguma maneira estas mudancas estruturais na produto, o Senai — como dissemos —esté ‘esenvolvendo o sistema de treinamento modular, que serd uma vantagem para 0s operérios, por vérias razbes: 4) representa uma pressfo a mais sobre o tempo de oper rio; b) cria a “aparéncia” de uma carreira isto é, de uma possibilidade de alcangar qualquer grav de treinamento Sob a responssbilidade esforco individual dos operéios; ©) justifica, através da aparéncia de treinamento, uma reducgo de mobilidade que & gerada dentro da propria ‘roducdo; d) tomaria mais demorado ainda, para 0 ope- trio, obter reconhecimento legal como pertencendo a ‘Uma certa “categoria” na profissfo textil, a qual Ihe ga- ante 0 nivel de saldrio fixado durante negociagtes cole- tivas. ‘A categoria de operirios txteis vem enfrentando indimeros problemas duratte suas negociagbes saariis, em parte devido a nova tecnologia. Operériosjovens po- dem trabelhar como operadores de méquinas em um tear Revista de Administrpto de Empresas ‘ou filatro sem que estejam registrados, em suas carte- ras de trabalho, como tecelSesGs) ou fandeirox(s). Em- ‘bora se encontre este tipo de situagdo entre 0s operdios das sep6es antigas, nas novas isto € facilitado pelo grau de substituigfo que se pode encontrar com outras subea- tegorias de operdros a nivel de fébrica. Neste sentido, a metodologia usada em nosso estudo parece muito apro- prada para forecer uma explicaggo sobre a natureza esse tipo de problema. 4, NOTAMETODOLOGICA Duas razbes fundamentais nos levaram a adotar uma me- todologia de estudo-de-caso para avaiar a relacdo entre as mudangas técnicas e 0 padtfo de emprego e qualifica- fo. A primeira foi a natureza complexa e intangivel do “objeto de estudo” em si, isto é, aptiddes adquiridas e incorporadas, fequisitos convencionas e reais de qualifi- cago, aspectos cognitivos e nfo-cognitivos dentro do es- quema de treinamento etc. A segunda foi a possibilidade de procurar novas contribuig6es para o debate sobre ‘esses assuntos, a partir de um dngulo bem diferente, ‘Em andlses amostrais do setor, em levantamentos setoriais ou em estudos de caso — bascados somente em questiondrios de entrevstas fechados, ou seja, na maior parte da literatura existente sobre 0 assunto — hi pouca descrigGo dispontvel sobre a vida didra da fabrica. Geral- mente, devido as dimensdes das amostras estudadas, a informagfo é coletada em termos gerais, ou entfo nfo discrimina entre as partcularidades do cardter dos em- ‘regos e dos informantes de acordo com 0 tipo de em- press, Por exemplo, é comum dessa natureza englobar, ‘numa mesma categoria, entrevistas com qualquer tipo de pessoal supervisor. Embora as pesquisas conduridas desta forma geraimente foregam uma boa base ou colocago, tanto sobre a indGstria em estudo pomo em relacéo as caracterfsticas mais gerais da forga de trabalho ou do mercado de trabalho na sociedade, elas néo permitem ume avaliaefo tio completa do tipo de mudangas e da indica destestipos de assuntos. Tentamos aplicar uma metodologia diferente para essa avaliagdo, Este estudo nfo deve ser tomado como tum mero estudo de duas empresas no setor. Na verdade, cexistiam trés diferentes unidades de andlise nesta avaia. 40: 1.8 firmas; 2. uma subamostra de operériostéxteis; 3.08 cursos de treinamento do Senai. Em cada unidade foram usadas técnicas diferentes, para a coleta de infor- magbes, consideradas as mais adequadas para melhor compreender os diferentes aspectos do mesmo “objeto” de estudo. Por exemplo, para as firmas: as entrevistas foram conduzidas com diferentes niveis hierdrquicos dentro e fora das empresas; foi usada observacdo direta dentro da produgfo, reuniu-se material estatistico dos arquivos das empresas ¢ informagSes secundérias. Para a segunda unidade, foram levantadas histérias ocupacio- nais curtas, Para a terceira, foram conduzidas entrevistas abertas, material secundério foi coletado e houve partici- pagdo direta nos cursos. Cada informante foi considera- Mudengasteenoltgices do como infarmante do setor em geal to € enquanto, ele estiver dentro do setor, ele deverd ter algum tipo de visto global do setor. Em todos oF questonsios foram Fetas perguntas a este respeito. so servi para obter um sgau maior de representatvidade na informagdo obtida através de uma metodologia de estado de caso. Outro Sstema foi lear em consderato 1 posigfo do infor mante como um agente dentro do stor. Enquanto © agente forum ator, dentro do setor, seu método, sia Posi no seforinfltenciardo sua percepgfo do t6pico {0b estudo, como também seu interese em relagSoa ele. Isto rceben muita atengfo durante a coletae ands da informagao.'® ‘As entrevstas nfo foram analisadas somente em ter- smos de nimeros ¢ tipos de respostas dadas a cada ques- to. Procuramos levar em conta quem era 0 informante, {sto 6, suas caracterfsticas como um agente dentro do setor. Em outras palavras, 0 condicionamento de sua vi- so e de suas respostas, pela posicSo que ocupava dentro 4o setortéxtil, também foi considerado como uma fonte de informagio sobre 0 t6pico em estudo. A pesquisa de ago facilita ext tipo de consideragao. ‘A informagdo gerallevantada sobre 0 contexto bra- sileico foi central para situar 0 papel desempenhado por ‘estes atores. Alguns dos aspectos mais amplos sfo Sbvios: por exemplo, que um operirio quer manter seu emprego, ‘ou ter alguma forma de insergdo no mercado de traba- tho, que The permita sobreviver. Portanto, sua visio do setor ¢ de sua propria situacdo — nivel de aptidto, vanta- gens dos esquemas de treinamento ete. — estaré permea- da por essa necessdade. Outro exemplo seria como pesar infarmagbes prestadas por um Ifder sinical t&xtil, © em que aspectos compari-ias com aquela informacio que basicamente vem de operirios nfosindicalizados. Neste sentido, 6 muito importante considerammos a situagSo geral do sindicalismo no Brasil, para avaiarmos quais 0s tipos de interesses que serfo mais defendidos por cada tipo de informante. Estas considerapdes, embora muito simples, sf0, por vezes, negligenciadas pelos pesquisado- res e sutilmente distorcem algumas de suas conclusoes. Por exemplo, muitos tomam como neutra a definigfo administrativa das aptidbes dos operéris, ou entSo estu- dam a geracfo de adaptapBes de um ponto de vista mais formal, através de como 0 procesto ¢ computado nos arquivos,da empresa. A nosso ver, isto tende a limitar a riqueza dos processos em andamento dentro da fbi ‘As empresas se revelam como insttuigbes onde contra Bes sociais mais amplas se entremeiam. O tipo de curso adotado tentou também contribuir para o debate sobre a dicotomia entre andlises a nfvel micro e macro. Obtinha- se isto principalmente situando os informantes no con- texto mais amplo, como também procurando desenvol- ver um conhecimento maior no setor, slém das firmas cstudadas. ‘A pesquisa restringese a explicar as mudangas na ‘inémica de trabalho a partir da introdugdo de modern zapfo de equipamento a nfveistecnol6gicos mais sofist- ados. Entretanto, dois dos nossos estudos de caso so 3 baseados em empresas de grande porte, tecnologica- mente heterogéneas. Portanto, o estudo tem a vantagem de apresentar informacfo, sobre a situagdo de emprego € sequisitos de qualificagto em empresas que no tiveram modemizagfo alguma, por analogia com 0 que ocorre nas segBes antigas de nossos estudos de caso. A gama de conclusBes a que chegamos mostra apenas a tendéncia dentro. des indistrias mais modernas e competitivas do setor. Mas essas indsstrias estabelecem o ritmo de todo o stor. issemos que o Setor é ainda heterogéneo quanto 20 tamanfio das empresas. As pequenas empresas nfo foram ‘analisadas de maneira alguma em nosso estuda. O curso adotado permitiu seguir, s6 muito secundariamente, a insergo dos opersrios téxteis uma vez. desempregados das grandes indGstrias. Mas este item poderia ser estu- dado; futuramente, tomandose uma amostra maior de historias ocupacionais entre os operdris textes regisra- dos ¢ 08 nfo-tegistrados, que se encontrassem desempre- sados na ocasifo da pesquisa. Existem também muitas desvantagens no tipo de metodologia adotada. 0 estudo foi pensado, primeira mente, como uma anilise diacrOnica das mudanges nas aptidses e na situago do emprego 20 longo do tempo, baseandose pringipalmente em uma reconstrugdo hist6- rica através da meméria dos informantes, como também cm longas séries de informagbes estatisticas das empre- sas, Entretanto, esta técnica $6 foi aplicada a alguns as- pectos: a reconstrugfo da fase de montagem do-equipa- mento e as mudangas nos métodos administrativos com relagio a0 emprego de mulheres © menores, Mas nfo pode ser usada como ponto principal para obter todas as informagGes devido a: a) dificuldades no acesso 0s ar- uivos de empregados antigos nas empresas; b)lacunas nas informagBes dos operérios dentro das firmas, devido 4 alta rotatividade da mfo-de-obra. Esta € a razio princi- pal de terse adotado uma apreciagio sincronica, Outros problemas, encontrados no decurso da pes- quis, se relacionavam 20 acesso as empresas por longos perfodos de pesquisa, como também a intensidade geral do trabalho de campo. E dificil, mas nfo impossivel, dobter-se acesso as empresas para perfodos de observagio dentro da produslo. E necessério devotar muito tempo e esforgo para se encontrar meios de inspirar confianca entre 08 empresérios e, muitgs vezes, ter algum conheci ‘mento de teoria organizacional para entender a8 contra- igbes internas entre gerentes intermedidros, a fim de ‘obter acesso a informag6es. Sempre que posstvel, 0s pe- rfodos de descanso na fabrica slo os melhores momentos para entrevistas com os operdrios, Para completar algu- mas informagies necesséris, vale a pena completar as centrevistas fora da fébrice. Certos principios de pesquisa de ago mostraramse instrumentos steis para superar alguns desses obsticulos na anilise, como também na for- -lagio, de politicas piblicas. Sempre que possive, in- formagoes sobre o setor, assim como resultados parciais da pesquisa, eram dados aos informantes, mantendo, na- turalmente sigilo sobre as suas fontes. Muitas vezes estas {nformagbes eram pedidas esporitaneamente. Esta tée- 6 nica mostrouse itil de trés modos: a) para conferir nos- sos préprios resultados; b) para motivar um processo de discussio ¢ deduzir posstveis implicagbes de politica; ‘) para avaliar a potencial participagSo ¢ aceitagdo de diferentes atores na implementacdo de diferentes polf- ticas. Algumas das anotagbes,feitas durante a observagdo dos cursos do Senai, também foram expostas 20s moi tores e discutias separadamente com 0s operdrios. Este ‘procedimento também mostrou 20s informantes como poderiam beneficiarse fazendo uso imediato de alguns dos resultados da pesquisa. A nosso ver, o contraste de ‘certas partes da informacdo, com aqueles envolvidos, em diferentes niveis do setor, torna-se um instrumento itil ‘ara formulagdo e implementacdo de politica. 5. IMPLICAGOES DE POLITICAS POBLICAS Os resultados do estudo podem contribuir para 2 for mulagfo de polttcas pabicas, pincipalmente a ntvel es pectfico de setor. Sua principal contibuiglo& a possbli- dade de focalzarrecomendagdes politica, relacionando entre si trés eas diferentes politica de tecnologia, pot- tica de emprego e politica de treinamento, Neste sen- tido, daremos énfase is vantagens de olharmos as trés Areas de uma forma integra, com reso 20 setortéx- tilsob estudo, “Tornase claro, a partir desta pesquisa, como a mo- dernizagio de equipamento foi fciitada pelo pacote de incentivos governamentais concedidos a indistra, Entre- tanto, este pacote nfo previu, de maneira sstemética, quaisquerinstrumentos de incentivo para 0 aumento das instalagdes das firmas ou para a adaptagso das mesmas a0 novo equipamento. Créditos eapecias de construcfo, para acompanhar estas politicas de modernizagl, pare- cem ser desejveis no ser. Outrossim, muites ineficiéncias nas fébricas ocor- riam devido a atrasos na entrega de pegas de reposicdo para 0 equipamento modern ed inexsténcia e alterna- tives domsticas para a ta importagéo. Os instrumentos da poitica de modernizagdo industrial imitavam o esto- que de pegas de reposgfo que os fornecedores de méqui- tas podiam manter, de uma s6 ver, no pats. Una ver tomada a decisfo politica de moderniar,hé a necesida- de de levar em conta, 20 mesmo tempo, estes outros problemas. Da nossa avaiagfo do setor,trés alterativas nos parecem vives, neste sentido: um depOsito de pe Gas de reposigdo podera ser fundado administrado con juntamente por repretentanes dos empresiiose do Go verno; 2. também a concessdo de incentivos para o esta- belecimento de firmas para a fabricagdo local dessus pe- ¢as de reposigio nos parece uma medida desejvel, embo- ta mais diffcil de ser implementada, devido a demanda, ainda insuficiente, do setor;'? 3.no caso da fabricagio local de tears sem langadeira, que 36 recentemente esté tendo incentivada, © Governo poderia ser muito mais explicit, apoiando uma estratégia de mercado adequada para 0s fabricantes lcais, através de um sistema de cré Gitos e incentivos financeiros para as frmas comprado- Revista de Adminisirapto de Empresas ras. Essa terceira altemativa parece-nos, sem diivida, ser ‘© desenvolvimento de uma polities coerente no sentido” de promover adaptagbes téenicas locas para o n0vo equi- pamento. Dos nossos estudos de caso, verificamos que este & um processo em andament6 nas empresas, mas é ‘subestimado em seu potencial. O incentivo para adapta- ‘gBes técniéas no equipamento moderno, concedido pelo Governo as empresas como parte da estratégia de moder- nizagio, é uma medida vidvele desejvel para 0 desenvol- vimento da capacidade técnica local. Poderia resolver parcialmente 0s problemas dos atrasos com as pecas ‘como também melhorar 0 desempenho do equipamento. O incentivo poderia ser, por exemplo, uma redugZo do imposto sobre produto industrializado (IPI). Entretanto, ‘em nossa opinigio, para produzir um resultado satisfat6- rio, estes ganhos deveriam reverter em incentivos salarais por adaptarto, tanto para os mecinicos como para os ‘téenicos no setor. Embora caiba aos empresérios a deci ‘880 sobre tais ajustes salariais, o Governo poderia moti- var as empresas neste sentido, através dos programas de treinamento do Sena. Entretanto, nossa pesquisa mostra que o equipamen- to mais antigo, muitas vezes refornado dentro das mes- mas fbricas, € usado eficientemente para competir em ‘irios submercados doméstico. Neste sentido, a cldusula de “sueateamento”, contida nos instrumentos da pol tica de modernizago,?° parece inadequada tanto do ponto de vista da produgf0 quanto do emprego, em um pafs em desenvolvimento. As méquinas mais antigas po- deriam formar um excelente mercado interno de equipa- ‘mento de segunda mfo, que podera ser controlado pelo Governo, por exemplo, através do Sindicato (empresarial) de Fiacdo ¢ Tecelagem. Incentivos de erédito para a com- pra de equipamento de segunda mao poderiam ser facil tados pelo Governo para firmas de pequeno ¢ médio porte. A inexisténcia de fundos para a substituigbo de equipamento ainda mais antigo do que aque estudado é ‘uma queixa comum entre estas firmas. Entretanto, 0 Go- verno destina um orgamento considerdvel & promogio de firmas menores, através de instituigbes como a Cebrae, ‘qué mantém programas especiais de treinamento em ge- renciamento. Dissemos que, geralmente, as polfticas de emprego, treinamento e tecnologia sio tratadas separadamente, € por diferentes insituigdes governamentais. Contudo, so- mente se os instrumentos de politica para a compra de equipamento, ¢ expansfo da producto com equipamento mais antigo, forem coerentes, em si, e estudados luz do quadro da situagdo de emprego e das polticas de treina mento, é que se poderé esperar uma melhoria nas dificul- dades tanto das firmas como da mfo-de-obra. O esquema de modetnizagdo, obviamente, foi estruturado sem levar ‘em conta estes outtos aspectos. Parece possvel estabele- cer algum tipo de equilibrio do emprego dentro do setor fe 08 efeitos da estratégia de modemizacto forem coni- pensadospor incentivo & produgfo mesmo com 0 equipa- Tento mais antigo. Pot exemplo, durante a nossa pes quite, nfo foram encontradas muitas indicagBes de que a Mudenges tecnoltgicas reduefo do,emprego, em algumas firmas, estava sendo ‘compensada pela expansfo da capacidade de produgdo de outras firmas. O planejamento e a implementagSo de ‘um mercado de equipamento de segunda mio, com faci- lidades de compra para as empresas médias, permitindo ‘competir em certaslinhas de produtos, poderiam ajudar ‘muito no sentido de absorver a redugto do emprego das empresas modernizadas. Na presente situagfo, parece ‘que muitos dos desempregados entram para o “setor téx- {il informal”. As vezes, eles estabelecem alguma forma 4e subcontrato com as firmas maiores.** Do nosso pro- prio estudo, pudemos apenas detectar que, na maioria as vezes, cles se tornaram mBo-de-obra assalariada na- ‘quelas outras firmas maiores. Mas, obviamente, 0 setor ‘éxtil informal — principalmente em algumas regides do Sudeste — tem um limite para a absorgdo de mio-de-obra assalariada, Ainda mais, todo aquele setor esté sujeito @ ‘uma grande instabilidade ¢ nfo pode ser considerado como uma solugio real para os niveis de desemprego gerados pela modemizagS0. Também, para algumas cate gorias de operirios de producto, vindos das grandes in- Qualifcagfo real: grau de aivdade intelectual nectsria para desenvolvimento de uma determinada tarfa ou cargo. Nes ‘etinigdo,consideraremos nfo sb ograu de conhecimento abeta- to requerdo, mas também a habildade obtia pela expriéncis ‘0 trabalho, ou sj, areflexdo sobre a pritice. » sas categoras foram obtias do estodo de H. Schmidtz ~ ‘Technological change snd labour utilization ~, desenvolvido com Jjuntamente com CETIQT /Senal (no publica, 1980). + Embom isto, naturalmente, varias de acordo com a produsso ‘pn e 2 ompanaacio de tribalbo. Neste pooto, a firma 2 foi Tuite bem-stoedida, até que ponto este regulsmento foi obserndo & duvidoso, ‘porquanto muitasfimas apenas desativaram o velho equipamen- foenfoo venderam, mas também nfo 0 sucatearam, + Uma percentage fisa do salisio foi concedida, como incenti- vo, téenleos que desenvolvessem adaptagbes técnicas. Entretan to, muitas destasiniciativasoriginavam-se entre operdrios de ma- ‘mtengfo, os quais nada reeebiam. 7 A legisagfo extabelece que as fmas devem emprogar uma et- 1 percentage de menores. * Ver, por exempta, formapto profsionel da muhertrabatha- dra no Brasil. Rio de Janeiro, Convinio Minkstrio 40 Traba- tho/Sera/Senae, 1978, mimenge. 70 amgumento sobre os fatores que determinam este tipo de inimica de emprogo feminino fol elaborado a parti de un maior conhecimsnio dos padrSes de emprego feminine dentro setor. Fol trado da anise de entrevista com operdros téx- ‘tis, como também do reestudo dos sguintes artigos sobre © ‘uatalho feminine: Soffot, Heleeth. Do artexnato 20 indus. Dal exploracdo da muther.Sfo Palo, 1980. Pere 1, V.M.C.Duple subordinapto da mulher: andise de depotmen- (os de operdras textes. Trabalho apresentado iTV Reunito Na- GGonal da Associpfo de PSsGraduapto de Estudos Socias, out 1960; Abreu; A.B. S. & Cappelin, PA forcade trabalho femin- no em dreaturbanas na Amurice Latina. Rio de Janeito, Lope), 1978; Humphrey, 1. Women's employment x the moder me: nufacuring sector in Brazil (O emprego de mulheres m0 moderne ‘ctor manufatureko > Brasl). Trabalho apresentado em uma ‘conferénca sobre crises, Novas Tecaologias ¢ Process de Traba- Iho. Cidade do México, Unam, jun, 1981; Madeira, F. & Singer, P. Emmutura do emprego ¢ trabalho femining “ao Beas, 1820-1970, So Paulo, Cafernos Cebrp, 13,1978, 1 £ frequente encontrarse ainda, no setor,vestgios ders mé- todos de treinamento, comuns nos ance 30. 1 Ver Ssteme modular: metodologla do ensino. Sensi, Dp. Nac, 1980, mimeoge. 1 ata observago provém das histérias cupacionals desenvol- das onde opedrios texteisparecem encontrar a cada da, maior ‘Aficuldade pare continuar dentro do stor til convencional. 19 Hg menor tedugfo de miodeobm com ot teres do tipo pinza, ainda usando bobinas, do que com o8 do tipo proj. 14 Aga estimamos a eliminagio de uma outra méquina de enro- Jamento de espulas eo trnuporte de bobinas para 0 teat. 1 ates sfo of métodos mais comuns de substitucto de equips ‘mento de tecelgem, dentro do setor bras. ‘is conciusSes a que chegamos nfo devem ser tomadas como tuna devcrigfo do soto t€xil em geral, mat sim de sous sgmen- » {os mais modernos. Deve sor lembrado que este é um setor que, fo Bras, ainda permite indmeras pequenas unilades de produ: (Go om alguns submereados. A este respeto, ver Schmidt, H. Accumulation and employment in amaltscale manufacturing: fase studler from Braz. Tese de doutoramento, Universidade de Sussex. "7 Referimo-nos agui 20 que foi mencionado com respeito sos fanhos de producio que os empresas podem obter do treinamen- {fo quando of openitios if estfo produzindo, Referimo-n0s tam- ‘bm ds redagBes de impostos concedidos as empresas que efetua- vam scu préprio treinamento. Ver, por exemplo, Briones, Gulleemo. Le Formulactin de problemas de inestgaciin social. Columbia, Ed. Guadalupe, 1578; ¢ Merodologta dele imvestiacion evabuativg. Univ. Podag. Nac. 1978. 1 atamos prevendo aqui, de maneira mais ssteméticn, a even tual expansfo de pequenas oficinas para a producto desta pecs, ome €-0 caso da industri de autopesas. Entetanto, ito 6 poder ocorrer com uma maior dfuszo das novas tecnologias Sentro do setor. 2+ Referimo-nos, antriormente a este apecto (“sucateamento compensatério") como uma dss condigges estabelecidas pelo undo de Reorgarizagio e Modernizacio Industral para se obter faciidades governamentals para a aquisigfo de equipamento. A lntengio ers aumentar 0 nfvel de modernizagfo de equipamento ros diferentes stores, Entretanto, uma avaliagf estrutural deste Stor mostra que tal hip6tese parece long: da raldade. + para uma excelente anilise da dindmica deste tipo de empre- fer Schmistz, Accumulation and employment... op. cit. + Pundo de garantia do tempo de sergo (FGTS), criado er 1967, nfo funciona realmente como um fundo de desemprego. Outioasim, 0 sstema no gatante aos opetirios um saliio de dlsemprogo até que ees esta novamente incorporados ma in- ‘sti. 2 A iatin central incomporada neste sistema a de que 0 opexi- ‘io pode comegat, por exemple, com os médulos de treinamento pra tocelo e depos prowegult seu proprio teinamento até al- Eingar um nivel em que posse acompanhat os médulos pars tmecinico téxtl; ov sea, ela é baszada na ida de "uma carrei- Id explicames que'© desenvolvimento do treinumento, « ‘argo do proprio opartio, 6 para sr feito em seu prprio tempo lime e por sua prépriainicativa. 24 ETIQT¢ esa do Sei pr uenumeno de tei 1 teisequimicos. BIBLIOGRAFIA ‘Acero, L. “Workers” skills in Latin America: an ap- proach towards selfseliant development. Development ‘and Change, v. 1, 1980 (Sage Publications). 40 Barthes, R.O sistema da moda. Lisboa, Signos, 1970. Bell, D. The coming of the post-industrial society. Lon- don, Heinemann, 1974, Bhalla, A. S. 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Il Sobre 0 cimbio téenico (tear sem langadeira ou fi- latorio open-end) 1. procedéncia e marca, percentual de produgdo, tipos de produto (sempre foram utilizados para esse tipo de produto); 2. obtengdo da informagao sobre essa maquinaria; 3. decisfo de adotar ow no a maquinaria mencionada, consultas, expectativas de lucto, fator mais importante nna decisfo de adotélos, peso da existéncia ou nio-exis- téncia de mo-deobra adequada (qualificago ~ salério tc.) sobre a decisio: 4, razdo da adequagio do equipamento (T/S/L ou F/ ‘open-end 5. vantagens ¢ desvantagens do equipamento; 6. planos futuros em relagdo a esse equipamento, novas importag6es, novas aquisigbes, equipamentos substitu- tivo: 7. forma de aquisig8o e resultados econdmicos: 8 assisténcia técnica necessitada pela maquinaria nova (externalinterna do pais). III — Composigao do emprego 1. efeitos sobre a utilizaydo da mdo-de-obra: mudangas fem sexo ¢ idade, recomposigto de tarefas, anulagfo de algumas tarefas; . variagdo dos salérios, forma de pagamento: descrigdo de novas tarefas; ‘mudangas na qualificagdo: 5. indice de rotatividade. IV = Recrutamento e promosio de mfo-de-obra 1, priticas de recrutamento 20 nivel operirio: possiveis smudangas, escassez. de mfo-de-obra para algumas taefas, requisitos de entrada para pessoal de produgdo; 2. priticas de promogio: nivel de promogo para sub- grupos, por exemplo, operadores de méquina 3. esquemas de treinamento fora e dentro da fabrica. V ~ Setor téxtil em geral 1. evolugao recente (diagnostico) ¢ perspectivas: 2. a situapfo da empresa na evolugdo recente, principais ‘mercados intemos ¢ extemos (percentual da produgéo para cada um deles), dificuldades de penetragdo, canais de comercializago; 3. planos de expansio, modemizagdes futuras. Material quantitativo necesstado — dois anos antes da incorporagio do cimbio-téenico: dois anos depois; tual 1. faturamento; 2. produgdo por kg de fio ou m de tecido: 3. nimero de empregados na produsl0 e por tarefa pes- soa total ocupado; 4, indices de produtividade; 5. rotatvidade por cargo na produgSo (demissdes ou no); 6, folha de slérios do pessoal da produgto; “ 7, folhetos (se houver) das priticas de recnutamento, ‘reinamento e produeio; 8, folhetos de descricto de cargos e/ou tarefas; 9. folhetos de avaliagdo de desempenho. 2. Questionirio para discutir com trabalhadores eas Lugar de nascimento: ———__ a 1. Que é que 0 senhor faz em seu trabalho? 2. Quais sfo as partes principais de seu trabalho’ 3. Que coisas 0 senhor tem que fazer para tomar conta dda sua maquina (tear/filatério)?) —__—___ 4. Alguém ajuda a0 senhor? Que é que o seu ajudante fu? '. Quais so 0s problemas que aparecem quando esté fazendo (0 tecidofo fio)? 6. Quais deles tem que ver com trabalho anterior a0 seu? 17. Depois de seu trabalho para onde vai (o tecido/o fio)? Que é que eles fazem 1é? 8. Quem conserta as méquinas quando quebram? 9. Como & controlado seu trabalho? De que jeito?__ Anterior 1. 0 senhor antes trabalhava com outro (tear/filatorio) ‘na empresa, nio é? 2. Era diferente 0 trabalho naquele (teat/flatorioy? Quais eram as diferengas?, 3. Em qual o senhor gosta mais de trabalhar? Por qué? 4, No outro (tear/filat6rio) alguém ajudava ao senhor? Revistade Administropto de Empresas 5. Como era controlado seu trabalho quando o senhor trabalhava naquela miquina? 6. Seu tempo de trabalho efou seu ritmo de trabalho au- rmentou com a méquina nova? ) Substituipao 1. 0 senhor acha mais dificil o trabalho nesta maquina que na anterior? 2. Fica mais fécil com a mquina nova sua substituiga0? Por quem o substituiriam? Poderia ser um trabalhador mais jovem ov uma mulher? 3, Eles colocam muitas mulheres nestas maquinas?—__ Anterior 1. Para trabalhar na méquina anterior, o senhor fez curso (ou aprendeu pela experiénci 2. Para mudar de maquina o senhior precisou fazer cur- 3. Como aprendeu seu novo trabalho? Em quanto tem- po? V— Reenitamento 1. Foi dificil entrar na empresa? —________ 2. Que pediram para o senhor ao entrar na empresa? 4, Quanto tempo o trabalhador jovem ou a mulher ne: cessitaria de se treinat para poder realizar a sua tarefa? MM ~ Salério 1. Quanto 0 senhor ganha?@__—__ 2. Como se calcula seu salério? —______ 3. £ menor ou maior que para a mesma categoria em outras empresas texteis daqui? 4, Ao mudar de méquina melhorou seu salério? IV ~ Treinamento Atual 1. Como ¢ que o senhor aprendeu a trabalhar nessa mi- quina? (Fer curso, pela mesma experiéncia et.) 2. Quem deu 0 curso para 0 senhor? Quanto tempo du: rou? Que ensinavam nele? Como ensinavam nele? 3. Quanto tempo de experiéncia o senhor acha necessé+ fio para desempenhar seu trabalho? 4, Para que outras tarefas na produsdo o senhor preci sera ip oc aa se itr iene 5. © senhor acha que esti usando todo o seu conhec ‘mento no desempenho de suas tarefas? 6. Pela mudanga de méquina o senhor usa mais ou me: 1nos do seu conhecimento? Em que tarefas?__ 3. Qual foi o seu emprego anterior, antes de entrar nesta empresa? Que tipo de firma era? Por que saiu? 4. Onde nasceu? Por que veio para ca? V1 — Promogio 1. Como se avalia seu desempenho, a tarefa que 0 senhor faa? 2. Foi promovido de cargo na empresa alguma vez? ‘Quem decidiu? Quando foi essa promogio?. —___ 3. Foi necessério fazer algum curso para ela? 4, Methorou seu salério com a promogfo a uma outra tarefa? VII — Relagdes de trabalho 1. Se dé bem com o seu supervisor? 2. Quais so as fungbes dele? 3. Ao mudar de maquina mudou a sua transaco com 0 supervisor? E com 0s outros trabalhadores. mudou? — 4. Se 0 senhor tem alguma queixa no trabalho a quem se dirige?, 5. Osenhoré sindicalizado? Hé muito tempo? (6. fol andi aizad0) 7. Na sua opinio, quais deveriam ser as fungoes do Sin- dicato? Si Mudancestecnolbgicas 4s

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