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BIBLIOTECA PIONEIRA DE CIENCIAS SOCIAIS socroLoara Consetho Diretor: Prot, Rov Coen Prot, Ocristo Last Prot Lame Pravin Contelho Orientador: Piola: Newor de Alscar — Visente Une &e Almide Iaste d.Avile — lo, Barboss — Tosary “Ant Baton — Pas Belgsinan — Cindido Prosépio Feri de. Camargo — Wien Hllers. Maria Percica de Carvalho — O¥ando Tessita un Cova asi Crt Misio Wagner Via 8 Cunha — A. Delrenzo Floren ‘Ferander — Pito. Fee — Marie Mevesrin Foracchi-— Frick Goldman — Aupsto Gua Neto — Juste Brandfo Lope — thio Loreto — 3. V. Frstas Marcondes — Maris Ol. Monteiro — Essie de Moree Fg — Aldemar Morera — Edmonds ‘A Cova Pinlo — Marin aura Peeen de Quelon — oto Diss Re Imalbo — Alterto Goerrico Ramos — loxé Arthur Rie — Asit Sino Sinan Werack Sodré-— Henrique Stadiesk — Ostaldo E. Xidieh SERIE FUNDAMENTOS DA SOCIOLOGIA MODERNA TALCOTT PARSONS Univnidade Ge Harvard SOCIEDADES Perspectivas Evolutivas ¢ Comparativa Dooere Monn Ler ini 2-012, 950 LIVRARIA PIONEIRA EDITORA so pauno Tita @ PUCR Capiruto IT (© CONCEITO DE SOCIEDADE: (0S COMPONENTES E SUAS INTER-RELAGOES ade € am tipo especial de ‘com win dos pnipais we gues io 0 on jndviduo estes Como, js dissemas, a, sociedade sistema novia, Tewtamon osteo ‘ibaisemas do sistema de ado humana; ‘ismo comportamental, 2 personalid cultural. © Esquema Concetaal Geral de Asio gto consiste em esturase processos através dos quis JAsRtvenos fecman intengdessgnfeavas , com maior ae raul as execu em stages coneretas, A palara Sree fupbe @ nivel smb ou cultoal de fepesen- TelreninConsideradas et conju, 25 Ite «0 do sistema. “ae oi Ee Noman” seg cs ais ear on pe 46 ‘A.asio human 6 ultra” na medida em qu os sentidos as intengoes relerenes 8 atos sfo formados através de Sstemas smbdlicor (onde #2 iacivem os cédigoe através. dos Guais Ges atuam em padres) que quse sempre se centralzam no aspecto univera das seledadeh burma, ito G30 suspen Nm sentido, t8da apo € a agfodeinivdaos. No ensao, © organi eo sistema cual incluem elementos essenine ue no podem ser peiqisados no nivel individ, ara 9 orgasimo, a referénia extra fundamental no 42 anatomia do organiamo considerado, mas 0 tipo especie. * CCenamente Ese po ABO se concetizay mas atan atraves, de x gendicas de orgaiomon indvidis tion, 0 ie nfs combinagdes dos materi gentoo, coasts thos da especie, ¢ os estos de eferentes condigGes ambient [No eatanta, por mals importantes que postam ser af variagdos individuals‘ determlnagio. da agho coscreta, so ov padres omvos de grandes grupos humanos — and as incl deren: Stagdoeate dns for que consituem o sbsirsto orpnico snacgo da acho Nao stiacorreto dizer que s constiuisio genética de um ‘xguniimo € movieada por inivénia ambiental Av conti 2 Constiiqao genic range uma “orentagio™ gsr gus a0 Jnterase com fires amblenais Curate a vida do organi, fe desenvolve em entrtacasanatimias eopesieasy ean {olagicos e padronizasGes comportamentais. Ov fatres amok nisi podem ser analsados em das catesors: princi, os esponiives pelos elementos lochecedtarioe’ do" orgonio {seo:sepunds, os responsaves pelos elementos aprendids. de Sstemas comportamentagy que. constr a. categoria quo vere Yoel Eentots un oeganso ceramente porn Ser apse de aprender em ambiencs meats. desproti de Sve orgasizmos comportamentas, a teonia de agao se ine: essa fundamentalmente pela aprenciaagem ta qual” outos organisms da mesma especie constiem v aspecta mals Spore fante do ambient gel (On pdebes carat simbiicamente orgenzades, como totes os" outros componcater de senar vos, cer apaceceram através da evolu. No entant, © nivel gisico imano de seu gesenvolvinento € am fendmeno singular do Romane && Sopacdnds pare spender c urera'liaguagem de- pene, cunntementr Go. constiugao.geneica apelin do Romem, ‘come 0. demonsta o-aeaud. das tentaivas para mint © utes espéiesSobretado. primate pasaros Slum"). Mas apenas esa copie Berl € genteamente daca, « nao'os seme simbdisor eapeticos qe 80 SPlenldon”vsados ¢°desevolidos por grupos humanos eto "Alon diso,apesar da grande capacidade dos organismos Inumanos pate a aprenizgem e, na Talila, para a ciaglo de elementos cultura nenium individuo pode car umn sera Suse "Os primes pasroes dor astnas clas madam Speman ‘enn pofodo de mune gesgoes a0 sempre compa iMados por peips reltvamente andes, munca sfo especies Us'am bu ge poucos inddbon, Por so, sho sempre apron ido pelo individ, gue. pode fazer apenas contbuiget Sie (ou dence). para sia maga. Por oy 08 frdroes cltrag mais ferale Glo aon sisemas de so" dn PAGE Gruul mts ctve, to semehante uo apresentado tor nates gencicos G0 tipo espeiizo,e centaladon a0 ements aprentios do agi msm como os genes cenalizam elementos heres. © DDenzo dos limites impestos, de lado pelo tip espesfico genetenne Se outa pela auronzast0 Ga culos exe por. Eenade pant cetinadorinivigust propos esenvolerm, lncipenizacment, "axemes compocametaisauturaday Con unos €eneteamente humane, © como sin spend Sn eos no coment amy eeterminado stems eur, BE taoma comporameatal aprendido. (que desominae sua Posonsidaas) Teng cm, soms com ota. personalised, ear uapestoy goals por exempi, 2 Saguegem que hata sete Dor hao em comporamert er uma meas nude da curate ede sun Fadroe epecioy de Tele Por tore esenclconsiderato stems de personalidede Sits bHoredatvel ao orenimo ob 2 cultura =o que é 18 Wid no € pane da “estrwura” do orzaisme, no sentido {hua nem um aapecto do sistema cultura Contém um seme ‘naticementeindependentes® NY Eaybora intinamentsinerigado com a8 personalidad dos inaividaos que iteragem e comes padéet do sem calturl, © proceso Us interno soil constal um quarto siema que Snatieamente indopendente-do sister pesoal ¢ do cular, tem como do ofganiimo.* East indepennciatorna-se mas evdente om relagdo as exigcis de iteragdo que alge xa Teg Si por oye ee Paci para coaftoe desorzanizagso. Ese ¢ 0 problema ts {et denominado o problema da ondem aa socedate,propesto oma lien pt Tomas Hobs.” Osta de mote consti ¢ satema soil, subsiem de agio Gut € 0 Pinch intertsse déste livro. 7 — ssa, clasifeao de quato subssomas muito gas de ast Ramana organ pion, 0a el 0 sistema cultural — uma aplcago de un eaqucma gel Sue pe ser usado em todo 0 campo da slo, © gus enpreparel faraaaalaa on tistemas soca: ote exqeema asa gusfucr ‘itema de ago auaves das guato category segues. 1) 4 dus so vee mateapo dos pudbs mit elevador gue cone foam ou "govern stoma; 2) s integagao. ingens Jo Sszema; 3) soa orentapso para a sealzsao de objevos om teligio ao seu ambiente; 4) sua adaptagio mais gencralzada 15 condsSes anplan do ambiente — por etempl, © smbients fico, ato de ago. tNo interior dos Hess Get ato sil ei a ey any unichdes de 8580 (ndidaor himenos uy nis prcctoment, Desoaalidadcs comprometidss em. paps); os ‘atemas, de Deronalidad, em tno da realzaglo Ge objetivo; o brea Eomportmentl em tOmno da adapigio (wr tbela 1 sera Ad ieee ine teen 9 a © Concsito de Sistema Social Como o sistema social € consttuide pela interagdo de Individuos bumanos, cada membro alor (que tem objetives, dias, attades, ete.) ¢ objeto de oxientagao,ranto para si mesmo ‘como para outios ates. ‘Portanto, o sistema de interagio é um ‘aspecto analtco que pode ser abstraido dos. prosessostoais de agio de seus partcipantes. Ao mesmo tempo, ésses “indivi= fduos® io também organisms, personslidades & partcipantes de sistemas cultura ‘Dada essa interpenetracdo, cada um dos outros tes sistemas de aco (Cultura, Personalidade, Organismo Comportsmental) feontiui uma parte do ambiente — ou, podemos dizer, wn ambiente — de um sistema socal. Além destes sistemas esto ‘of amblentes da aplo, colocades acima e abaixo. da hierarquia feral de fares que eoatrolam a apo no mundo da vida. Essas Felagbes io speesentadas na tabsla 1 ‘Absixo da agio na hierarguia,esté o ambiente fsico-orst- ica, que incui as espécies subumanas de ozgaaismos eos ‘Componentes “nio-comportamentais” dos organismos humanos Esse 6 uma feontira muito importante da aglo porque, como sires humanos 26 conhecemor © mundo fiioo strves do oes hismo. Nossas mentes nfo tém experiencia deta de um objeto {isco extern, a nfo sex que 0 persebamos através de processos fisicos e que 0 cérebeo “processe” a informarso a respeito.. No fentanto, em seu sentido psicolbgicamente conhecido, os objetos fiseas 880 aspactos da aso. "Em pfinspio, observagdes semelhantes aplfcam-se a0_am- biente aclma da apo — a “relidade sltima" que, em dima instineia, prosiramos enfrentar com © que Weber denominou 108 “problemas de sentido" — por exemplo, 0 mal ¢ o sotrimento, 88 limitagbes temporais da vide humana, e assim por disate Nesta ea, as “iias", como objetos culturis, sho em certo sentido “representagdes simbblicas (por exemple, concepyies ‘de deuses, ftens, o sobrenatueal) das realdadesitimay ans ‘aio. constiouem tls reaidades. ‘Um prinaipio fundamental a respsito da organizasio dos sistemas vor € que suas estruturas sio diferensadas quanto @ Virias exigéneias que Ihes sho impostas por seus ambientes. ‘Assia, as fungbes biolégieas de eespizasto, nutrigfo-eliminagio, a Jecomosio processamento de informacSo comstituem bases de sistemas orginicos difereneindos, cada um dos quais € especia- Jizado quanto 2s exjpfacias de certasrelagbes entre o organismo mmbients. jUsaremos éste principio para orgaizat nossa ‘de sstemnis socal, CConsideraremos os sistemas sociis em suas selagies com seus ambientes mais ‘importantes. Sostentarel que as diferen- Sages funcionals entre os trés subrstemas de 268, além do social — o sistema coltural, o sistema de persoralidade © 0 frganismo ‘ccmporiamental ea articulagto de dois. alles com 08 dois ambientes do sistema global de aeio constituem {sferéneine muito importantes para. analisar as diferengas entre (sistemas sociais. Vale dzet, minha andliso se dosenvolveré 8 partir de relagdes fondamentais entre sistema e ambiente da tabela 1. Nos stemos funcionais de nosso esquema, 0 sistema social é 0 subsistema tntegrativo da aga0”em sera, “Os outtos tes Subsistemas de agao constituem ambientes principals com relacio| Portanto, na andlise de sociedades ou de outos sistemas fovais, 0 prinefpio acima pode ter aplicado. Veremos gue tes os subsistemas primérios de sociedade (bela 2, coluna ut) ‘so fancionalmenteespecalizadas em tOra0 de suas inter-relagbes om ot tres prinipais amblentes de umn sstsma socal (tabela 2, olin 1), eada om dos quais esd mais elacionado com desies ambientes, Cadu um déstes tee tubssiemas societies pode também ser considerado um ambiente distinto do subsistema, ue € 0 nicleo interrador da sociedade (tabela 2, coluna st). Empregaremos essa dupla apicagio do esquema funcional duc zante exporisio de nossa: modslo to6rioo geral, bem como, ra andlise de sociedades especticas, no corpo do liv. © © Coneeito de Sociedade ‘Ao definir uma sociedade, podemos usar um eritrio que femonta, pela menos, @ Anatole, Una soci 8 {ke Sstemee soci em qualguce universy Je ssiemas Nica, © ‘gue atiage 0 mais elevado nivel de autosuticiénca, como um Sistema, com Telaglo aos seus ambienes. 2 ssa defingfo referese a um stems separado, do. qual ‘0s uttos subsistemas de, agG0, igualmente separsdos, sho. os senbientesfondammentais. Esta i contrasiandamente om nossa norio de senso comum do que a sociedade ¢ con posta de indisfduos humanos concretos, Portant, os organismos fas personalidades de membros da sociedade seriam inteos 4 socledade, e nio parte de seu ambiente. Aqui nio podsmos Giscutir os mértos Gessas duas interpretagdes. No entanto, © leitor deve conhecer #interpretagio usada neste listo (Com essa compreensio, o eritério de auto-sufciéncia pode ser alvidido em cinco subotiterios, cada ‘um dos quais Tiga 208 cinco ambiente. dos sistemas cals — Realidade Uisma, Sistemas Culturais, Sistemas do Porsonalidade, Organismos Com: pportamentais © Ambiente Fisico-Orginico. "A auto-suficiéncla fe uma soeiedade € uma fungio da combinagdo equlibrada de Seus contedles sébee suas rclagbes com Estes cinco ambiente, © de seu proprio estado de intepragdo interna, Fizemos referencia a uma hierarguia de conte que orga- size as inter-elagdas dos sistemas analtcamente distitos. Tso fnclui o aspecto eibefndico de contrle, através dos quais 0s Sistemas com muita informasto, mas pouca encrga, regulam futros sistemas com muita energia, mas pouca informagao (abela 1, coluna v).* Assim, uma seqineia programada de operagdes| mecfnicas' (por exemplo, numa méquiaa de lavar ‘roupa) pode ser coatsclada por um inteeuptor de eeonomsetrager {que usa muito pouca energa, comparada 4 utilzada na ops!a580 as partes méveis da miquina ov no aguecimento. de agus. uiro exemplo € 0 do gene e seu contrOle da sintse de protein © de outros aspectos do metabolism celular O sistema cultural esrutura prétcas reltivas 2 realidade sikima, atraves de crientagdes slgncatves com relagso a0 Sm biente'e a0 sistema do apio, o munde fisieo, organismos, perso naldades e sistemas socials, No sentido eibernéica, € © que estd mais elevado no sistema de agio, vindo a seguir respect ‘vamente, o sistema social, a personaldade e 0 organismo, O ambiente fisico € fundamental no sentido condiciondl, disinto 4o sentido organizacional. Na medida em quo os fares fisicos Benger Ci" Ashe Bok “a eS The aes Eaton Ko” yc eit" tas Oh 2 soso coneoivels pelos sistemas ciberntcamente mais elo- “dos, prediamos alaplionos a. Gist, oa. vida. aman Ussaparesri, A dopendéncin humans de oxiginio, alimest, temperaras tolerves © asim por diane apresents exemplas bem conkecios disso, Daa a aoa smpla perspec evalua, nos principal inteise quanto aon subsists néo-ociis de agao ee ssfenrs to stem calteral” Com se dernvolvem em longor periodos sob condgses muito vardveis, surgem formas de orgnizacdo foci que tem capaciades adapintias cada ver mals ample, Em sis. carctrsicas ampls, tendem a tornacse cada, Yer tncnoe suites & muange aon co cates Lnitada,parisulanes condicionais, que atuam através de cireustinias tis spo: Siies ou fercnas indiiguaie ergiieas ou de personldade Nas sociedades mais adiamadss, ampltuge de pesonaldedss Individuals pode ae aumente, eaguanto a saturn & 08 peo: ‘sion da sociedad oe foram monos dependents de iiosin: ‘sis individeas. Por so, procsamos fosakaae as extevtras ioermrizamente mais elevadae — stoma cultural eee os Smbients Ga socledads —— a fim Jo examioar a8- principals ones de mudanga emt larga’ cca ae A Comunidade Societiia f Seas Ambiente © _ncteo de uma sosiedade, como um sistema, & a ordem normativa padronizade através da qual a vida de ume populago 2 osgeniza coletivamente, Como wia ordem, éle coatem ‘bem como normas e segras diferenciadas e particulai- zadas; todos exigem referencias cuturis a fim de sefem sigafi- fativos e lgfines. Como sma colavidade, dle apresenta uma feoncepete padrosizada de partispagio que distingue entre os Individuos que pertencem, e os que nfo pertencem a ela. Os problenas que incluem a “jarsdigio" do sistema normativo podem tornar impossvel uma exata coinidéncia entre o status de “colozado sob” as obsigacbes nosmativas e o status de part clpaate, pois imposiezo de vm sistema normative parece estar fntrinseesmente ligada x0 conttle (por exempl, através da 29, vo ese 8 ees eae 2 cee Mea esa 8 Y 23 “fungio de poliia") de sangSes exercdas por pessoas residentes ‘num teria, e-contee las." A nao set que tas problemas Se fornem critics, a coetvidads socetria pode api efetiv mente como uma unidade, quando isso € exigida, e 0 mesmo fovorte com vras de suas subcoltividades, Denominaremos essa entidade da sociedade, em seu aspecto coletiv, a comunidade socitirs, Como tal, € consitulda por lm siseina normativo d= ordem © por stars, diteits e obrigi- Ges referees & partielpagio ¢ que podem vasiar para diferentes Subgrupos a comunidade. Para sobreviver © detenvolverse, a ‘comunidade Sosa! precisa manter, como a base de sus identidade Socetria, antegrade de uma orentag2o calturtl comum, de modo geral (embora nio necessiriamente de maneira unforme fou uadnime) compartilhada por seus partcipantes. ste pron hema refere-se 2 sua ligagdo com o sistema cultural superorde- ado. |No entanto, precisa sitssaer sistemsticamente de eXi ‘Encias condicioaais referents & integragao dos organismos dos Pattcipantes (e, suas relapses com o ambiente isco), € 3s Petsonalidades. Todos tsses fatGres s40 complexamente intr "pendeates, eabora cada um saja um foco para a erstalizagao uisvbm tipo distin de mecanismo social © Sistema Cultural ‘como Ambiente pars a Sociedade * A exigGncin funcional contra das intersolagSes entre uma sosiedade e um sistema cultural €& letimagao da ordem norina tiva da sociedad’ Os sistemas de leitimagio definem as rates para os direitos dos membros ¢ para as proibides qus os ata tem, vAcima de tudo, mas aio exclusivamente, 0 uso de poder Bute conceito de leghimagso allo supse 9 ‘num sentido moderno. No entant, supde que Ede certo modo “eorreto” que as coisas sejam feitas de acdrdo com a ordem insttuconalizds, A fungio de lepitimagio. & lndependsate das fungdes operativas de um sistema social. Ne~ huma ofdem normative ¢ rempre auto-legimadore no sentido «4 de que a mancra aprovads ov proibide d> vida soja apenas teria ou errada, © nip adie quetGes. Nem & sempre adequae ‘ements legitimada por accessdades posta em nie intesoes ds hierarguia do contdle — por cxempla, que a1 cols prew ttsem ser fcltas de uma forma espectica porque a esabiidade ‘ou a sobrevivencia da sistema estes em peo. ‘No enanto, 6 muito vaiével, de ama soiedade para outs, 4 exten da independéncia coltralmente fondamentada ene 4s bases de legiimagdo e mecanismoe operatives especticor de ‘eden inferior (por exemple, orgaaizagao buroeritieae mezeados scondmicos) De modo gel, Um aumento dessa Independencia E uma tendéncia fundamental do. proceso evolutve, 0 que inci “dferencagso entre extrutras ¢-procesos cultura © soeietros. No eotanto, qualquer que sei sun potgio. nest linia de descavaivment, sm sstoma de legionaga tempe se lign a uma base em relagoes ordenadas com = toalldade Ukims, ¢ dosta depende uanto so sentido, Vale dizer, 400 Tunamento & sempre, em cero sentido, ralisiown. Em dos dadse muito primitives, aa realidade existe powsn difersnsiagto ene as esteataras geris de uma sosiodade © soa organinagao jst. Em sosiedades malt adiantas, a interelagio. de ‘Snema soca ecules, nos conterton de Teptimagio ra nvolve esruturas mute especalizadas © complex padres eats. de alor_apreseninm.a lignsio_ mais inst extre os-ssamasSocals-e-gulras. na letiasao da frdcin sormativa ds sosiedage. O'moco de lestimagio, Dot Sua veg cal fundamentado cm orietagies hglostn NO ne toot, 8 medida que ov sisters cultural te Tormam mis dias Fonciadonouteasesirotirae cits skgliron poring Indopondsnts cada ‘vez moe, sobretado as aes, que tem relagbes espeiis com a utonomis db. pstsonlidadss, e 0 Conhecinento empleo, que em aivel mais sdiantado se" toraa Be [A Personaidade ‘como Ambiente para a Socledade A relagdo. de uma socledade com 0 sistema de personall- dade ditere radizalmente de sua telago com 0 sistema eultral, ta hierargula elbernética, a personalidade (como o organi ‘mo comportamental eo ambiente fisico-orginico) esti abateo do 2s sistema social, A gociedade como um sistema, ¢ cada uma de suas unidades consituintes, esto sueitas a condigdes coercitivas que sio. também oportunidades a serem utlizadas — em cada um disses tes contexts. O comportamento, de que os ‘Sstemas socials abrangem um aspecto ahallico, € sempre, sob ‘outro sapecto, 0 comportamento de orgnnismos humangs vives. Cada um déises organismes tem, em detcrmiaado moment, uma certa localizagao no espago fsico que s6 pode ser mudada através d= movimento fisiso. or isso, € sempre perigoso negl- fgeaciar 0 aspecto ecolgico’ das relagSes ete os indviduos © Stas agges, Considerapoes semelhantes apicamse a. processos ‘egeicns © ao foncionamento ® desenvolvimento da personal- dade, pois ambos estio sempre presentes como fatdres de ago concteia, As exigéncias ligadas a personalidades, organisms Comportamentals ¢ ambiente fisico-ornico, explicam ayultas das Simenses complenar e transversais da organizngao real © 20 funcionamento dos sistemas socal, que exigem anise euidadosa © que constantemente apresentam diiculdades pare os cientistas pal problema funcional referente a relapfo entre 0 Pe o sistema de personaldade inclu aprendizagem, egenvolvimento e manvtengao, durante t6da a vida, de motvaeto adequada para pattilpar de padtdes do 2—30 ‘ocialmnte Valo Fizados e controlados. Reciprocamente, uma sociedade precisa, faves de tas padebes de ago, satisfabee ou recompensar ade quadamente 0s sexs membros, para que poss, continuamente, epender de suas sealizagées para o seu funcionamento como lum sistema. Essa flapio constitu a “socialiaagio”, o complexo slobal de processos através do qual as pessoas se tornam mem- bros da comunidade societiia e mantem essa poco, Como a personalidade € a organizpdo aprendida do indi- viduo que se comporta, @ processo de socializagdo & sempre decisive para sua formapfo © seu funcionamente. A socalza- fo adequada exige que a aprendizagem socal ¢ cultoal soja fnensamente motivada através do comprometimento dos mect- rismos de prazer do organism, Por isso, depende de tlagses faximas e telativamente estiveis entre criangas pequenas © adul- 15, evjos motivos e cujas relages erdicas tondem a ser tam- bém profundamente comprometdos. Esse conjunto de exigén- cia, que passamos & entender muito mais completamente depois de Freud, € um aspecto essencial do funcionamento de sistas 26 de parentscos em thdst as socedades humanas. O parenesco Sempre incoi uma ordenasi0 das reingbes erdces de sduos, de" scu stats com selagdo. A pose paternidade, do stout da nota guracdo © do proceso de soisizagio.” ‘fase & um Universal evlitivo encontrado em tar st sociedades, embora wiem soormements suet formas © celagoer com ostice Con plevos ctrturs ‘Un sistema de paroteso exige algunas dispoigds este ‘eis para a ide dea o que faci fates opanicos © pic 1bzise bem como soieis, Por iso € una 2oma de intepeneta: ao ent os sitemas comportamenti, soci de prsonsiase 29 ambiente fio. Aina referencia incl» lesttucion 2agio de residéncla quanto localiza 'e constuieto da oni slau denominanon le "Os membres do a fo 42 praoas que vvem Jani como una uniade, Compacitam tint localiadio ebm com tigen faicae —~ por exem lo, uma eabana on uma casa — ou em acomadagdes tempo. Hila — um "acampmento”- Na-maiora dae sociedad, € esse ambiente fico © soval que as pessoas —normalmente dosmem, peeparam e comem a Maier part de sol aliment, f realizam pelo menos a avidace seksl mais formalmente Sprovads. A unidade do lar talvez sj, com tOdas as suas tiagbes, & unidsde primordial de solavedade nos sistemas Embora sua formas variom muito, om t6dss as sociedades status de alt inci soposiao de certs respontabilidade fntOnoma.O indvidvo realian servis om certo contexto. do ‘Sreaninagéo coletva, ‘Como in. preilo. de longo, proceso volvo, mas soiedades modernas esses atividades se foram insttucionlizadas, fundamentalmente, em tirno do papel aeupa- Gional numa coletvidade de fungio especifica, ou numa orzi- SinagSo Burocitica. De quslguer forma, a relagio funconsl Frimaria, este indvidvosadsiton suas tociedade, referees ontrbuibesfeitas pelos adultos, avavés da veazacto de ser ‘gos, © siifagdes ov recompensas que delet obtém. Er toviedades sficientemente diferencias, 9 capacidade para 0 fervigo formate um recurso varivel de cocedade, mobizivel aver do mercado, Quando so atnge ese ext, podemos 2 rrr falar de servigos como um resultado do processo econdmico, isponivel para “consumo” em ligagdes néo-econdmicas. Para a maioria das pessoas, na majoria das sociedades, os lugares de residéneia e de trabalho ndo sto diferenciados. Quan- do essa diezenciagZo ocorte (sobretudo em comunidades urbs- ras ediantadas), essas duas locallzagdes consltuem o eixo de lcalizagio da parte mais rotineira da vida do individve, Além isso, o5 dois fugaresprecisam ser mbtamente acesafeis, uma exigéneia funcional com que se forma, geralmente, a principal testrutura ecolgica das cidades modernas Vins otras relapdes foncionals entre personalldades seus ambigates presisam ser tratados em outros contexts rela= tos ao sistema social A manuteagdo eof compromisson de valor de um individuo ligam-se, fondamentalmente, a0 sistema cultural, sobretodo na medida em que éste se interzlaciona com 4 sociedade através da religito. A manutengto de aivals ade ‘quados de motivacto inch, prinipalmente, a6 estratiras socisis eferentes 2 socializagbo, sabretudo © parentesco, Embora & said fisca seja uma outa queso, ating, de manera com- plexa, as iceas importantes, mas vagas, do saide mental edo fesejo que o doente tem de recuperar sua saide, Pareco que rnewhuma sociedad deita de ter mecanismos de manuteagio de motivacda, que stuam através do algum tipo de processos terapéuticos. Em muitas sociedades, tai processos $20. pre- ominantemente religoaos 0% migicos, mas nas sociedndcs rmodernas vém emrergindo como cigacia aplicada, No entanto, fem nenfum caso estdo em tda a sociedad, radicalmente sepa rados do parentesco — ao contririo, « terapia geralmente si plementa © parentesco, que 0 apoio central para a seguranca de personaidades Emota isso possa parecer surpreendente, @ relagio entre personalidade e sistema social — socialmente estruturada atra- ‘és do que deaomizamos servigo — apretente a unidade bisiea para © aspecto police das sociedades,* As estrutras polteas procuram organizar a ado coletiva para a realzaglo de obje- ‘vos solotiament sianifatos, set com base em tia 8 focledade, sea em ses mals Hades, deinidas terror of fcionamente, jO" desenvolvimento polit adiantado exge Gitteniagho ds! entre popu cx Somat de dat tes” pei nh Tesponsublidade para agdo coltva-coordeaada eB 4s states do" hderaga e autonidade, segunda tetetese aves de compettnla, basa om conhocimento, bablidade & cof senelhante,e tbl maior influence dlteragbes Seles, a0 mals eompetete, A iierencaga pais, dean Sisemm,'a parr et matcie da combnidade tower cll @ Tnnitucionlaglo, nescs dot contexts, Jo vats de orden Iias clvade, Reqlenemeoe em combines mut complex Aelita stam com a liderang felipe, 4breudo © frat do dierenclglo ente ideranga et contexts poles fn contests seligoeos, pode também apretentar compstiades jean, © impersttvo Ge legtimagto, nio apenas as ongem Sova, mat tube Sa satrdase pote em parse ines um contexto fundamental de tas euldades. Mis ato na rargun cbernica exe ova base de difuttnde Como f01 tnesfonseo, a mansengao Go em dem noomativaexge que ej implesientada Ue varias formas; presiso haver-mua ‘obediéncia— embora tequentemente Inompleta Ar expectaties comportanensi extabelecdat pecs "aldees e peas normas, A condigho mals fundamental Pina tl obeifnea € 4 ineioaago, pos ssis sembeos, Je faldrt e ormas de uns soctedad, pols ch socializagio ets rubjacente& ate consensual de uma comuniade szietra, De co lado, a sdaliaglo aos fundamentos co consenso 6 Te forgada em vision ponton por iatereses enrelagados, sobetdo conbmicot © polfeos. No entanto, neslisma socidade pode Imantr eabildade dante de efeentesexigacase tesOer, 2 bio ser que. at conscagies de intertssc de seus membros f loniamencm &m soled, lds © ob ‘Além do consento do entlaamcnto de interes, sind existe qucesidade de algim mecanismo. de mpaigao, Essa necesslade, por sun yea; Igoe B nevesdade de ma inter. Drcaglo ofl das obrigagGes normativas insttuslonalizadss Por iio iOdas as sociedades tem algim tipo de procestos “opis auaves dies & poste decid sem wilzaglo a Vos 2 tensa, o que & certo etado,¢ os grupos cosiderados erados poder set coapidos a aio ublzar suas intepreagoes, Intrsses Ex‘sentinentos para prsjcicet oe outros, or causa das izacdes terior, jt indicadas, de rsidéa- cin, taba, avidacs religions, orpenizacio pola © vérios Suis fares, a manutenedo de uma ardem nornstiva nto pode Ser sopra de contrle de sividades em eas terorisis. A Tingle do govémno deve. incur resporsabidage quanto 3 prestvagio Un infegridade trol Ga ordem normative 3 Eocedade, Esse imperativo tem ‘me referenca ters © outa nti, A primeita referose’.condigoes para a imposigio fe normas gis e.4facitacto de realzagio de fungoes esen- iat plas virnswnidades da sociedade. A. segunda referee 4 prevebefo. da ineiferencia.permurbadora de sSo-membros da Eomunidade, Em vrnude dat exigencies orgsicas e de oval Sardo que ji dicutimos, a8 dua feferécias tm uma coisa em Gomumt a prevengdo dia Se aio perurbadora € 0 uso de {brea Tien. O ts de fea apresenta mutes formas, sobre {odo d do defese com telagdo a fest extemo € privacto do Iiberéade (prisio) mo seu interior. O come ou neutalza fo do uso orgnizado de fOrea € uma necesidade funsionl da Sranstengto de uma comonidade societea. Fim sociedades mas Uifcrncinds, ito sempre Hncui eeno grau de meonopalizgio, pelo governo, de fora socialmentsonsanizads Asim, uma exgéncn fundamental da soledade com el so iy petsonulidades de set membros € a metvagio de su0 Rardeiposio, onde se snclui a obeiiencia 36 custncas de sin Erdem’ normativa, Essa engincin pode ser dividida ein tes ies, Em princiro, esti 0 sompromisso muito” generalizago fos padres cenrais de valbces que se ligam diretamente 2s Griesagbes rliioss. Em segundo, 0 "substrato” de persona- {dade que, docorrente da sosializas80 incl, s© liga 40 com pleso exotce eA sgnficagao motvaconal de parentesso e ot Tras relagdes inimas. Em teresico, 0 nivel mals dietamente ligado a servigos © aividades insrumenais que variam de acirdo com stages e objstvosespectcos. Eses és nvels de Devsonalidade corespondem, groseiamente, a superego, i€ & ego 6a clssifiagao de Freud 30 Secundlviameate, a liggSo da pertonilidade com o org nismo e 8 gogo do ofgansmo com 0 nda fica sam em da conteroe siguifeatves que notsmos qu. 0. primero tefereseaoh proceso eranics geerlizades que condsonamn © fanclonamentoadequado” da. persoaldade, sobretudo com feligdo aos complexos de-parentesco, resincia c sade. O fegindo é a flags entre coer por frgafiseae 0 problema da manstengio da integridade Ge uma ordem normtsa sos: ‘ar aves de Um tetrio vad, © Organismo ¢ a Situsdo Fisica como’ Ambiente para a Sociedade ‘A comsideragto da relagéo do sistema social com sus base corginiea e, atraves dest, como mundo fisico, precisa comerae com as exiginciasfisioas da vida organics, Agu, os problemas primordiaisreferem-se A provisso de alimento © abrigo, mas Frultos outros fators so “ambum problemlicos em todas as sociedades conbecidas. ‘Ramificandovse de Intrumeatos e hal Iidades relatvamente simples de povos primitvos pars os siste— ‘mas mito complenos de moderdade, 8 teesologia € 4 capaci Gade socialmente orzanizada para, ativamante © np intertsse de Slguen desejo co nevessidade do) homiem, controlar e.altrar fobjetos do ambiente Misi. Em casos excomos, a orgaizagio Social pode exigit apenas’ o ensing de habiidades. a artesiox Indlvidtals, que produzem sérinhos. No entanto, mesmo em tas 0805, © @ teonologia € importante, o artesto difiimente per ‘aneée totalmente isolado de outros pratcantes de seu ofc, além do mestre que o ensinou. Além disso, se 0 seu trabalho 6 especializado, precita ter algumas relagBes onpanizadss_ com consimidores de’ seu produto’ «, mullo provement, como fontes de seus mateias © equipamento. Na verdade, nfo pode her offcio toralmente dvorciada da orgsnizagdo social Os processos tecnoligicos evidentemente servem para satis- fazer desejos ¢ necessdades do homem, Dependem do sistema coltral para suas tenieas™” — a contibuigdo de uma pessoa para tradigdo. t6nien total de sua sociodade. 6 sempre. um Jncremento e no um “sistema inteizamente nbvo". Além disso, a ese sentido, a5 tarfastcaolpias fo sempre realizadas nom papel sosilmentsdsfindo, Os prodstos slo, muta fregient- Inonte, embora nem Sempre, 0 fesllado de processes cova. Imenteoreroaades, aig. trabalho de um lndivicuo. “Assi, Sigma’ fangoes executives ou coordenadoras pecs set rea. lizsdas mima grande dversidade de rlagdes soca com consi rnidoresfornecedoss, tabalbadores, pesgusadores ¢ ssin por dint Portnt, a teonologia é a referécia fundamenalmente fica do complexo. que ili 4 economia como eu sistema foci bisa de seferasia A economia € aspect do sea focitinio gus facions, nia apenas para ordenarsocalmente 9: ocersos esaolgices; mas, 0 que Mais inpotante para Sjstelos ao tistia social € conrolon, no ineese den ides toils, Ineividuas ou colevas!" Or complexos ist Sona do. propriedde, contato, hem como Teslameniao a termes de cmprego ska nportantes elementcr Intgradore. [Nas socedages primtvas e-aesicas, os aipectos mais est smente esonbmicos do. complexo esto imersos em ceutras {tues em gue predominam © paretesco, a tlio oot int fisres polit. No eatato, sob eerie cicunstincias, dsen- Tolvemse os mereadcs jntamente son o einlro como meio ee tom Portanto, a orgsnizasto tesnolbgies deve ser vista como uma esiutura froateirisa once a soesedade, como um sist, £0 ambiente fico-orsinico. "No lado societsrio da font, 2 economia € a esera focal, aprsera liggdo com a co” fnunldade socetria. Agel, come fem sido sito acenaa plas teagoss do scordt cconomia, cent) 2 fungo do Eisibuigdo. Os securcs pressam ser dstelbuigos para 8 sats fagio da grande variede de nevesdades extents tm gui fuer socisade, © ae oportunidades para a saifagao de nests dedce preiam ser dtibuias ene feenss categoria da populaio, Na medida em que slo socslmente organizada, 8 Eonsidsragbe tecnologia também se aplisrs 4 vulizaslo’ de servos. Na medida em que os srvigos Ge individuos Se torn tum recur teamente métel e fuel, abrangem una cite fora econbmica, como sb verfica pela sua lgagfo com bens {sion na fxm do exonomista "bens © servos". No ent, 2 uma vez inculdos (através do emprégo) nuina organizacio latuante, tornamese paticipantes do que ¢, em térmos analtices, 6 funcionamento politico — procestoe de organizagio orientacos para a realzagio de objetives especficos da sociedade ou de ‘uma subcoletividede signifiativa Tais consideragdes supsem que a tecnologia inclui um complexo de reeréncias tevitorais, parlelas a residéncia. Na reafidade, € bem tarde na evolugio social que se diferencia do complexo de residéncia. Seu principal incerésse 2 loclizacio sla “indistria”. Na medida em gue o pessoal desempenta papels supacionais diferenciados ou de. ecvigo, precisa. trabalhar fonde seus servigos so necessities, smbora essa, loca precise ser_coordenada com fatres do resincia, No entunt, 8 localizasao precisa também dependcr de acesso a materials ¢ equipamento, bem como da distbuiglo ve produgio. A indds- ‘ia, to sentido rest, representa 9 caso em que wit consi- AGeracées econdinicas ifm primszin. No entanto, es problemas Ge localiaacdo di administago ou de pessoal tligoss especas lizado podem ser analiszados em térmes un puso semelhantes ‘A Comunidade Socetéia © a Auto-Sufiléncia Aguas peiosdades de conte slo ineents 3s atieua- ses coves subsistemassoeeros uc igm a sctedade sox Seas ambintese pga eomonidae soci, Esta Sepende de um sera sperioe de onetagto ene que & ancy de ‘uo, font prima de tepitmagto port on haratv Figo, esa omnia relrénci maven de orden mals exevada paca os subsstemas poles e economicos que se Iga, de manera mas srt, som 4 personalise eos ambienes Gr cofiscos, repetvamente "Ne strep, a provide da ondem ‘normatia soca € scentuala mas agudamente "4 fansdo de impodeSo™ e na ecestade pra que apres do Sociedade tenham algum ‘conde final ne sag ataves Ja free fisiea — no porque 2 forea fsica saja 0 contolador elbernco, mas pordue precisa ser coateolada & fim d que atuem 5 conttées de ordem mais elevada, "Na esfora econd- mics, 0 paralelo & que os processos sconémicos na sociedade {por exemplo, de distribuielo) precisam see insttucionalmente ontrolados. ‘Ambos os casos indicam também a importancis funcional de coviréle normaiivo dos oegaaismos © do ambiente fisea. Quando usados como sang, a fOrya © outros ftSres fisco-orginicos conteibuem muito mais para seguranga. de processos coletivos do que como simples “exigencas. con- Gcionais™. De forme somelhante, a prordade de consideragoes conGmicas diante de toonologieas —gusstdee quanto a0 ue eve scr produsido (e para quem) tém prevedéncia sSbre ques. toes a retpelta de como as colts devem ser produridas — ¢ ‘umn exigéneia bisiea para tomar 2 tecnologia realmente sti ‘Agora podemos resumie as ramificagbes do critério de aviosslicinsin que wlamos para definit 0 conceito de una Sociedade, ‘Uma sociedade precisa consult Uma comunddade peieliria que teaha um nivel adequado de integragie. ov 3 Gariedade ¢ um status caracterisico de participagio, Isso no impede relagbes de contrle ov simbiose com elementos de populacdo apenas parcialmente integrada na comunidade soci ficia — por exemplo, os judcus na Diispora ~~ mas é preciso hnver unt misien de membros mais completamente integtados, ssa comunidade precisa ser a “portadoma” de um sistema cultralsuficientemente generalizado © iategrado a fim de Tes timar a ordem normativa. Essa leptimacto exige um sistema de simbolismo constitutivo que fondamenta a idontdade ¢ 2 soli= Gatiedade da comunidade, bem como crengas, rituals © outros omponantescultrais que corporifcam éste simbolismo. Geral- rrente 05 sistemas culturis sto mals smplos do que qual- fuer sociedade considerada e sve orgaaizacko de comunidade, fembera em reas que contesham muitas sociedades, sistemas calturais distintos passem de uma para outre. Portanto, neste contexto, a auto-sfiiéncia de uma soriedade inclu 0 fat0 de insttucionalizar uma amplitude suficente de componentes cul tursis, de forma a atender, de maneia felativamentesaisfatria, coil a EN Ss ta a cal Slade sett wae ME, SN TASES aes peal ieee 4 suas cxigacias societirian, Evidetement, as rela eee fociedades que tém 0 mssno sistema culurl ou sistemas cue tora mato ligadosapresentan problemas expels, algae dos ‘ais sero dscutidos mais tard. © elemento de orgaizagio eolstivaimpbe outros entélas de auossticinei. Esta, de forma alguna, exige Ue todos ot compromises de papel, de todos os membss, Seam realizados ro intrioe a sttedade. No entano, uma, hoiedads precisa Speesntar Um repertco. de opotonidades de pape, sulinte pata gue os individuoe sistagam suas exigenias pesonis fan- {mentais em todos oF exon do cielo vi, sem presiar str "sociedad © pasa qe 8 propria sciedadeatonda Oe sas gins. Uma oedent mondtien celbatina nfo atende a ese Sri, pois no pode, sem viol suas notmss fundamenti, ‘Mostramos que a execugso de uma ordem normativa numa populasdo coletvamente organizade acarreta 0 controle de uma rca toritoria. ase & um iimporativg mito fundamental quan: {oA integridade de insiticoes governamentais Alem disso, € uma das razdes bisicas pelas quais nenfuma coletividade fon- cfonalmente especfica — por exempio, uma igreja ou uma firma comercial — pode ser denominada sociedad. Portanto, com relaguo t seus membros, como individ, a auto-silen- a societaia cxige —talvez Isso teja 0 mais fandameatal — onteble adequado de compromissos motivacionas. Com exoe- bes que slo intiasecamente limlativas (por exemplo, 0 ests belecimento de novas coldaias), isso exige que os membros ssjam reerutades por nascimento'e socializacdo incial e funda- rmentalmente através de um sistema de pasenterco, por mals {que possa ser complementado por edueasio formal e outros mecahismos. © complexo de recrutamento pode ser conside- ado como vm mecanismo de conteble social das esteuturas de personalidade dos partcipanes. Finalmente, autosuficitncia supe contrle adequado do complexo econdmico-eenolégico, de modo que o ambiente {isco possa ser utlizado, de forma iatencional e equlbrada, como uma base de recursos, Esse contle esth entrlagado com 0 contre politica de terririo © com o contre dos mem- bros com relasdo a0 compleno resdéacia-parentesco. Neshum disses suberitfrios de suto-sufciéncia € predomi- inante,encoto quanto as suas relagdes generalizadas nas hierar- 35 ‘quias ciernéticas © condiconais. A deficiéacia severa em quale quer désses critros, ou qualquer de suas combinayoes, pode Ser sufciente para” destcuie ima sosiedade ow para iar instablidade erdnica ou sigidez que’ impegam sev posterior desenvolvimento. Por isso, ése esquema seré. muito Uti) para explicar iniserupoSes no prosssso do evolugso soca, ‘Os Componentes Estraturnis de Sociedades ‘A expos anterior sObre as relagBes entre uma sociedade ¢ seu ambiente empregou uma classficagio relaivamente sist inlica de composentes estuturais. E importante expiitar Este fesquema porque esti suposto em grande pare de andlise ‘este vo ‘Nossa defnigdo inicial de comunidade socictiriafocalizou 8 intertelasio de’ dois fares — iso &, uma ordem normativa € uma popalagio coletivamente organizada. Para a maiosin dos fobjtivos gerais de anilie das sacedades, nfo precisamos am pliar nossa classiicagio. de componentes além de uma nica Aistinedo em cada um 8sses fatores. Distinguiromes entre da fator que ‘Zo fundamentalmente interos Comunidade sociotsia © a6 que, fundamentalment, a ligam 208 Sistemas ambient No aspecto normative, podemos distinguir entre normas © valires, Os valdres — 10 tentido de padrao™ — rio. vstos como o elemento primério de ligagao entre o sistema cultural 0 sovial, No entanto, as normas s20 fundamentalmente secias. ‘Tem signiieagio reguladora para relagbes © processos socials, mas nao. corporificam “principios” aplisivels alem ea organ ~agio socil, oa, freqilentemente, sequer alm de determinado sistema social. Em sociedades mais adintadas, 0 foc9 estu- tural das mormss ¢ 0 stems lel. No aspecto da populasio organizads, a coletvidade & categoria de estrutura intrasocial, © 0 papel é 2 categoria de estrutura de limite. A’ relacio signficativa do limite rofere- A personalidads do membro individual do. sistema social de teferéncia. © limite com © complexo orginico‘isca 6 do uma 36 fordem que aio erige concetuapdo distinta neste context, bora produtos de personalidade e do sistema cultura conviram, soja nos processes de socalzaslo, seja na operagdo de habili= dades, bem como de vérin outras maneias. Essas quatro categorias estrturais — valres, normas, coleivigades, papéis — podem ser ligndss eo nosso esquema funcional geval Os valdces adguirem priridade no funcio- samento de manuteneto de padres de um sistema social, AS formas slo, fundamentalments, integrasvas; regulam a grande ‘arledade de processes que conirfbusm para a exscudo de pr sicas padronizadas de valor. O fupciommento fundamental da coletividade refere-se & reaizagio efetiva de objtivos, em nome 0 sistema ‘social. Quando "os individuos reaizam fungoes Societdriamente importantes, faztm-no como membros da col tividade,” "Finalmente, a fongi0 bisica Jo. papel no. ska focal, @ adnptativa. Isso € muito claro para a categoria de servos — pois a capacidade de apresentar realiangdes Valo 2zades de papel 6 0 mais fundamental recurso de adaptacio re neralizada de qualquer sociedade, embora deva ser eoordenau om recursos Culturals,orplnicose isicos (Queiquer unidade estrutural concreta de um sistema social € sempre uma combinagio dos quatzo componentes esis tlassifeagso fnclot components, © mio ipos.Froqicntemente falames de um papel eu coletividade como se f0sse uma ents concreta, mas sso, falando rigorosament, eliptico, Nae existe Soletividade sem papéie de membros e, sice-Vers, no existe papel que nfo Seja parte de uma coletvidade. (Nem existe um Papel ou uma coletividade que aio. sejam “regulados” jw ARotmas ¢ curucteriados por um compromisso com padres de valor. Com objtivas analiicos podemos, por exemplo, abrir fs componentes de valor de uina esruivta e daserev-ios enna objetascuiurats, mas, quando sio empregados,tenicamente ‘somo eategorlas de errutuea sccal, sempre te referem a conn pponentes de sistemas sociais que também ineluem os outs tes pos de compromissos, Aposar disso, a8 quatro categrias de components sa reso caso, independentemente variveis, Por exemplo, w fale ‘de comheces o padeio de valor de uina colstividade ni peri ca dedusic a ses composgfo de papel. Os casos em que of cane {eds de dois ou mais tipas de eomponcats varia justameat, de forma que 0 coneudo de um pode set deta dreamente As outro, slo especais © limitedar,« ado caso geri. "Astin, 0s mesos padrOes do valces geralmente frmam partes etriturais do una grande vacedade de diferentes Uni Ander oa sbsitemae de uma sociedae, e lo freqlentemente ncontados em mitosnivels do bierarguig ertrtacan. Alm dino, a8 mesmar notnias sip feqlentementeeatecis para 0 ‘ociomamento de dierentes pos ds unidades operatives. Asin, on deco lenis de peoprsdae acarzetam elementos nematvos Somuns, sea quando. 0 propristrio de tis distos ema fain un gropo telisose of um fiema comercial. Evident iment at norms se diferencia por stunglo tune, ms a8 bes de sua dferensagao muncn suo as mesmas dat de oleic ides © paps Potato, dente eefoslnite, parece que ‘futguer'clevidadecolocada em sera nuagao, Ma realizar Ssterminada fang, sera repulada por cera nota, quaiguer fue sjam at suas outrar caracteriaicas. Finalmente, essa Yesiagio Independene € tambem carastersica de paps. Por txemplo, os paps de executivo ou de geen, bem como cetor por de PoBei profsionss, Bo comune & muitos pos Se Ssieividads, e nao apenas wm © mesmo principio biico de variaglo independent aptic se As elagGes entre 0 stoma soil ¢seuh Sistamas ambit E a poston to papel, ¢ nfo.o idividan concrete total que & {9 mo de une coletvidags, mesmo de comunidad socitria Por eremplo, eo f00 mento de ceras coletvidader interna: Glonais que no slo. pasts da comunidade sosilisia ‘norte Smericana, O- carter lual os. papis ascumidos por uma ieronalidade € um fundazento bico da teriasociebaea, © {sre ser lembrado continuaments A medida que @ socedade fe eseavoie pluratsmo de papéts stoma mas, e no me205, importante, mas carieterza-qhalguer sociedade. 38 39 Taneta 1 Subsistemas de AGO 7 @ it v v ‘sinemae Goris into de “de-dgie' Cberian age Sitoma Soir “Realidage oformagto ita" “Flere (Contes) ia] tl icra Hirao Manuencto de Iaeaneto |] Saeas — CARES. ares oo ne” "Contole (Quasi | Adugagio | eéhmpatamentt| orsinico (Coadigdes) ‘A Tea 1 apelin cme sea scl 0 Suite SATS ian cans oss a anos Gsm anesenta seas Tsong er Ream fio ea eevoeo. A Colona 0 gen seal. uter de ce to ar ge mega ttn ee utes ids sitamas ination, Som ambient inet Git" in insmod sana sca, A"Coln art ‘pect nt mc em sue lo dsiagas sol et’ eo abe [een re tae Cm oman ‘inecs dor aotemas. sofas or" sinboin (to €, sorponea ‘aignos) "us tena. elu anes Goan vinden dost Shee na qua ox tare cee itn ee ate R ‘che voted cna inde thegu de eondyoo eae ey ui esr wl suntv a sate cnn a, e ceca fu ‘Sum aceanss aso sums A Ceca vlad pn Gu sein’ «erage te eae, ng sea abe ee de bas dm relaivameete tals ener Tapes 2 ‘A Comunidade Socetiria ¢ Seus Ambientes Y u mm Ww v Funes Armbentes —Ambieter Funder no ike inrwttchis Rarmdockls Sotona rel at Committe Ee Coma a ac Maosengto Silene i esl Maonengso | ce | etic alin Ategncto | Cama] sie | SSI Incwasto Reaizngto _ SoBe [aS] eae “ ore Adepasto [Homa] greane a Adar A iba, 2 same, emetic, open dense no thes eat Ste inne Be el Cogs ‘Eos nar ma Seno comin etry "h Clin ‘Stirs gut tgs egos primi aie Sem ne fongis on lw chee ge cori" Com rite’ h Cob Pest set a otc ci Sans tien ‘gue scan * Se!‘ titnn neonate te i id, a a Sh nl ae Tete comtiunts da comunidad socieitta gue Stoneman 8 suse oe ee ed ERS NS Roost tan on or slcaened patos 2 GP le la cn te passe eon SORGS Tapia non eae Cote Speco” Ss O9E, Boueah aeieo bhbts oa ial ne aa Sob orem eit, “Pouinee clay esa Si Sa hace Sp diame eercn o Sens dt Sas, Se Biscia Sehtoe 5 agra toes at

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