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Resumo Ortopedia Veterinária
Resumo Ortopedia Veterinária
RESUMO 1
Como constituintes deste sistema estão os músculos, juntamente com sua inervação,
tendões e ligamentos, ossos e a associação entre essas estruturas, caracterizadas pelas
ar ticulações, limitadas por cápsula ar ticular e banhadas por líquido sinovial (sinóvia).
Fraturas;
Doenças do desenvolvimento;
Processos inflamatórios;
Contusões;
Miopatias;
Doenças congênitas;
Neoplasias;
Doenças sistêmicas;
Luxações;
Doenças degenerativas;
Sistemática do Exame
História clínica e queixa principal;
Exame geral;
Identificação do paciente;
Inspeção visual;
Avaliação da marcha;
Exame ortopédico – provocar os sinais;
Infecciosas
Osteoartrite e osteoperiostite por leishmaniose;
Artrite por borreliose;
Nutricionais
Migratória Hiperparatireoidismo nutricional secundário;
Osteodistrofia hipertrófica;
Imunológicas
Pan-osteíteeosinofílica;
EXAME ORTOPÉDICO DO
MEMBRO ANTERIOR
Esta é a etapa objetiva do exame, na qual a palpação sistemática do paciente deve
ser realizada. Cada examinador pode criar sua própria sequência de exame tendo
como regra a comparação constante entre os lados direito e esquerdo e palpá-los
como um todo, iniciando pelas extremidades, até a parte superior do membro. O
paciente em estação facilita a comparação dos membros quanto a atrofias e
hipertrofias musculares.
O exame deve ser iniciado pela extremidade do membro, as unhas devem ser
avaliadas quanto a possíveis quebras e até soltura completa, sobretudo naqueles
pacientes que tem costume de caminhar em áreas livres. Já os coxins e face palmar
podem ser acometidos por lacerações e a presença de corpos estranhos perfurantes.
As falanges e as articulações falangeanas devem ser testadas e os tendões flexores e
extensores precisam estar contraindo e relaxando adequadamente. Os ossos da região
do carpo eventualmente sofrem com luxações e fraturas, portanto, quando submetidos
a caminhada e a uma leve manipulação, demonstram o não apoio do membro e dor.
A B C
D E F
(A) Palpação e avaliação de todas as unhas e falanges distais;
(B) Avaliação da região palmar interdigital;
(C) Realiza-se movimentos de flexão das falanges distais;
(D) Realiza-se movimentos de extensão das falanges distais;
(E) Realiza-se a flexão completa da articulação do carpo em até 45 graus,
normalmente quando há a presença de doença articular degenerativa, temos uma
diminuição deste arco de movimento;
(F) Extensão do carpo e dedos em até 180-190 graus;
EXAME ORTOPÉDICO DO
MEMBRO ANTERIOR
A displasia do cotovelo é caracterizada pela má-formação dos componentes
articulares, seja por incongruência ou por fragmentações ósseas. Dentre as lesões mais
comuns estão a fragmentação do processo coronóide medial da ulna, que pode ser
palpado pela face medial da articulação (1,5 cm disto / cranial ao epicôndilo medial).
Nesses casos, ao realizarmos a hiperextensão do cotovelo, a dor é aparente.
A B
(A) Paciente sendo submetido ao exame do cotovelo esquerdo para doença da
fragmentação do processo coronóide medial da ulna. O examinador vai ter como
ponto de referência o epicôndilo medial do úmero e vai seguir disto-cranial 1,5 cm.
Este é o ponto exato da possível lesão e dor;
A B
A ruptura do Ligamento Cruzado Cranial tem como teste principal o “teste de gaveta”.
Com o animal em decúbito lateral, o examinador deve colocar uma de suas mãos
abraçando a extremidade distal do fêmur, com o dedo indicador sobre a patela e o
dedo polegar caudalmente ao fêmur, em cima da fabela lateral. Com a outra mão, o
dedo indicador deve ser posicionado na crista tibial e o dedo polegar na fíbula.
Para realizar o movimento, a mão que está segurando o fêmur deve permanecer
parada e o que move-se em sentido cranial é a mão que segura a tíbia. Quando este
movimento acontece, significa que o ligamento cruzado cranial não está conseguindo
conter o movimento de anteroposição da tíbia com relação aos côndilos femorais, ou
seja, “gaveta positivo”;
A B
O teste de compressão tibial torna-se muito eficaz para o diagnóstico, uma vez que
simula exatamente o movimento que o paciente faz para caminhar. Quando o
ligamento cruzado cranial está rompido, o paciente não consegue colocar o peso na
passada. Isso acontece pelas forças biomecânicas deste movimento. Ao flexionar os
tarsos, a força aplicada no tendão de Aquiles e consequentemente no músculo
gastrocnêmio que se inserem nas fabelas, caudalmente aos côndilos femorais, faz com
que a tíbia seja deslocada cranialmente.
Assim, o examinador deve segurar com uma das mãos a extremidade distal do fêmur,
posicionando o dedo indicador na crista tibial e com a outra mão fazer compressão nos
dedos, direcionando-os no sentido da patela.
EXAME ORTOPÉDICO DO
MEMBRO POSTERIOR
A B
(A) Ilustração demonstra o correto posicionamento das mãos durante o exame de
teste de compressão tibial e as setas mostram os movimentos que devem ser
conseguidos durante o exame;
Articulação Coxofemoral
A articulação coxofemoral (quadril) pode ser um potencial causador da claudicação
em animais, seja quando jovens ocasionado por uma necrose asséptica da cabeça do
fêmur ou por displasia em sua fase inicial, ou em animais adultos, com à presença de
artrose.
O examinador deve sobrepor a articulação com uma das mãos para sentir algum grau
de mobilidade ou até crepitações anormais. Pacientes que já possuem grau de
displasia moderado a avançado apresentam atrofia muscular, principalmente dos
músculos anteriores (quadríceps) e posteriores da coxa (semimembranoso e
semitendinoso) em virtude do não uso do membro.
EXAME ORTOPÉDICO DO
MEMBRO POSTERIOR
É muito comum o paciente sentir dor quando o membro é hiperextendido
caudalmente, isso ocorre pela contratura do músculo quadríceps. Quando a doença
articular está instalada proporcionando proliferações ósseas (osteófitos) em acetábulo e
cabeça femoral, é comum o examinador sentir crepitação no exame e observar que a
região do quadril está larga, ou seja, as subluxações do fêmur aumentam o diâmetro
desta região do animal.
A B
C D
(A) Paciente canino submetido a palpação de toda extensão do grupamento
muscular do quadríceps;
(B) Durante o exame do quadril, o examinador posiciona uma das mãos no fêmur
distal e a outra mão identifica o trocânter maior do fêmur. Este posicionamento
garante um bom movimento de rotação da articulação e permite sentir algum tipo
de alteração;
(C) Imagem do posicionamento de hiperextensão do membro pélvico posterior
esquerdo a fim de avaliar dor;
(D) Imagem do mesmo membro retornando para posição inicial e sendo
direcionado cranialmente para uma flexão;
Teste de Ortolani
O teste de Ortolani é um exame ortopédico que visa avaliar a presença de luxação da
articulação coxofemoral em cães.
A B
(A) Ilustração demonstrando o posicionamento do membro posterior de um cão
com luxação coxofemoral esquerda. Note que o membro está pendular e com
aspecto de solto;
CÉLULAS OSTEOPROGENITORAS
Células de origem mesenquimal com poder de diferenciar-se em células formadoras
de tecido ósseo (osteoblastos);
Células persistem na vida pós natal e são encontradas em todas as superfícies dos
ossos;
Durante a fase de crescimento e reparação de lesões ósseas elas são mais ativas
originando novos osteoblastos para o tecido ósseo.
ENDÓSTEO
O endósteo é geralmente constituído por uma camada de células osteogênicas
achatadas revestindo as cavidades do osso esponjoso, o canal medular, os canais
de Harvers e os de Volkmann.
ESTRUTURA DO TECIDO ÓSSEO E
REVISÃO ANATÔMICA
PERIÓSTEO
As principais funções são a nutrição do tecido ósseo;
Fornecimento de novos osteoblastos, para o crescimento e a recuperação do osso.
ESTRUTURA DO TECIDO ÓSSEO E
REVISÃO ANATÔMICA
PERIÓSTEO
As principais funções são a nutrição do tecido ósseo;
Fornecimento de novos osteoblastos, para o crescimento e a recuperação do osso.
ESTRUTURA DO TECIDO ÓSSEO E
REVISÃO ANATÔMICA
TIPOS DE TECIDO ÓSSEO
Histologicamente, possuem as mesmas células e os mesmos constituintes da matriz
sendo divididos em dois tipos de tecido ósseo:
IMATURO OU PRIMÁRIO
Fibras colágenas de distribuição irregular sem orientação definida;
Na reparação de fraturas;
Temporário, substituído pelo secundário;
Pouco mineralizado;
Mais osteócitos que o secundário;
MADURO OU SECUNDÁRIO
Fibras se organizam em lamelas, paralelas ao redor de um vaso – Canais de Harvers.
CANAIS DE HAVERS
Canais de Havers são uma série de tubos estreitos dentro dos ossos por onde passam
vasos sanguíneos e células nervosas. São formados por lamelas concêntricas de fibras
colágenas.
CANAIS DE VOLKMANN
São perpendiculares aos canais de Havers;
Também possuem pequenas artérias em todo o osso;
Não apresentam lamelas concêntricas;
Permitem a comunicação dos canais de Havers com a cavidade medular e com as
superfícies externa e interna do osso;
ESTRUTURA DO TECIDO ÓSSEO E
REVISÃO ANATÔMICA
COMO SE FORMA OSSO? (Histogênese)
Há dois processos básicos de formação de tecido ósseo:
Ossificação endocondral;
Ossificação intramembranosa;
CONCEITO DE FRATURA
É a perda da solução de continuidade do tecido ósseo, podendo ser total ou parcial,
resultando na perda funcional e um dos apêndices esqueléticos;
Quanto maior a energia gerada, maior o número da secção e também dos fragmentos
ósseos desprendidos;
COMPRESSÃO
Geralmente causada por quedas;
Fraturas do tipo cominutivas;
TRAÇÃO
Muito comum em equinos ou animais de alta performance onde o músculo supera a
resistência óssea;
CIZALHAMENTO
A força de cizalhamento envolve um tipo de tensão gerada por forças aplicadas em
sentidos iguais ou opostos, em direções semelhantes, mas com intensidades diferentes, e
geram fraturas transversas;
TORÇÃO
Em casos onde há forças de rotação, podem ocorrer fraturas do tipo espiral;
FRATURAS: CLASSIFICAÇÃO, DIAGNÓSTICO,
TIPOS E TRATAMENTO
FLEXÃO
As forças de dobramento atuam realizando a flexão do osso. No lado de tensão, a
força de dobramento tende a criar uma fratura transversa, e dependendo da
intensidade, cria pequenas fraturas oblíquas no lado onde há compressão;
CLASSIFICAÇÃO DA FRATURA EM
RELAÇÃO AS LINHAS
FRATURA TRANSVERSA
FRATURAS: CLASSIFICAÇÃO, DIAGNÓSTICO,
TIPOS E TRATAMENTO
FRATURA TRANSVERSA
Fratura transversal = a linha de fratura pega perpendicular ao eixo longo do osso. Temos
que ter uma força atuando em flexão.
FRATURA ESPIRAL
Fratura espiralada = a linha de fratura dá volta em toda circunferência do osso;
FRATURAS: CLASSIFICAÇÃO, DIAGNÓSTICO,
TIPOS E TRATAMENTO
FRATURA OBLÍQUA
Fratura oblíqua = a linha de fratura pega obliquamente no eixo longo do osso;
FRATURA COMINUTIVA
Fratura cominutiva = há grande impacto e alta dissipação de energia sobre o tecido
ósseo, levando a vários pequenos fragmentos;
Estabilização biológica;
TRATAMENTO DE FRATURAS
REDUÇÃO DA FRATURA
Reposicionar os fragmentos ósseos na sua posição original;
Alinhamento e estabilidade;
Mínima manipulação;
PRINCÍPIOS DA IMOBILIZAÇÃO
Bloquear uma articulação proximal e uma distal ao foco da fratura;
Proteção de saliências ósseas para evitar complicações cutâneas – úlceras de
decúbito ou pressão;
Adequada pressão externa evitando síndrome compartimental e garroteamento;
Posição anatômica funcional das articulações;
Tempo de imobilização adequado para diminuir incidência de rigidez articular;
TIPOS DE IMOBILIZAÇÃO
Provisória
Bandagens;
Talas;
Esparadrapagens;
Apoio (Tipóia);
Definitiva
Gesso circular;
Órtese;
TRATAMENTO DE FRATURAS
TRATAMENTO CIRÚRGICO DE FRATURAS
TIPOS DE IMOBILIZAÇÃO
FASE INFLAMATÓRIA
A primeira fase da cicatrização ocorre logo após o episódio da fratura, ou seja, o
hematoma, Formado 6 horas após o trauma;
FASE REPARAÇÃO
O hematoma é substituído por tecido de granulação;
Formação de um tecido conjuntivo em 3 semanas;
FASE DE REMODELAMENTO
Mineralização da fibrocartilagem;
Osso formado em 4 meses;
Remodelamento ósseo;
OSTEOSSÍNTESE
Intervenção cirúrgica que tem por finalidade reunir mecanicamente os fragmentos
ósseos de uma fratura por intermédio de implantes e promover a consolidação óssea;
IMPLANTE
A função é imobilizar a fratura até a consolidação , promovendo estabilidade e
anatomia do membro;
O implante (a cirurgia) não leva a consolidação mais rápida, mas promove retorno a
função precoce;
TRATAMENTO CIRÚRGICO DE FRATURAS
TIPOS DE IMPLANTES
Haste intramedular bloqueada;
Fixador externo;
Fixador externo Ilizarov;
Placas metálicas (ponte, compressão, especiais);
Placas de titânio;
Banda de tensão;
DEFINIÇÕES (RESUMO)
DISPLASIA COXOFEMORAL
A displasia coxofemoral em cães e gatos se caracteriza pela má formação da
articulação coxofemoral. Localizada no quadril, essa articulação é composta pelo
encaixe da cabeça do fêmur na superfície articular, chamada de acetábulo. O
encaixe perfeito é o responsável pela promoção da estabilidade e da saúde dessa
articulação.
LUXAÇÃO DE PATELA
A luxação de patela em cães é um deslocamento do sulco troclear. Esse deslocamento
pode ser medial ou lateral e ainda ter diferentes origens como: congênita, de
desenvolvimento ou traumática.
DISPLASIA DE COTOVELO
Este problema ortopédico é uma anormalidade óssea da articulação entre os ossos do
cotovelo (úmero, rádio e ulna), que costuma provocar dificuldades de locomoção e
dor no membro afetado.
São elas:
Osteocondrite dissecante;
Fragmentação do processo coronóide;
Má união do processo ancóneo;
Incongruência articular.
EXERCÍCIOS
recomendados;
7. Explique detalhadamente sobre luxação patelar, seus graus, sinais clínicos e tratamentos;
Classifique as fraturas:
1-)
2-)
EXERCÍCIOS
Classifique as fraturas:
3-)
Classifique as fraturas:
4-)
EXERCÍCIOS
Classifique as fraturas:
5-)
6-)