Você está na página 1de 28

LEITE

Marcela Medeiros Piccoli Ruiz da Costa - marcelapiccolimp@hotmail.com - CPF: 095.762.677-06


Apresentação
● Faculdade de medicina na
UNIFESO Teresópolis-RJ

● Pós graduação de adequação


nutricional e homeostase corporal
e doenças relacionadas à idade

● Gastro funcional e genômica

● Nutrologia

● Criadora da plataforma
Healthy de mudança
de hábitos

Marcela Medeiros Piccoli Ruiz da Costa - marcelapiccolimp@hotmail.com - CPF: 095.762.677-06


ESTUDOS PROSPECTIVOS DE LONGO PRAZO

CONCLUSÃO - A INGESTÃO DE LEITE


DE VACA E A SUPLEMENTAÇÃO COM
CÁLCIO NÃO MOSTRAM NENHUM
BENEFÍCIO NA PREVENÇÃO DE
FRATURAS ÓSSEAS

OWUSU.W; WILLET,W.C. et al. J.Nutr. 1997:127:1782-7.


FRESKANICH,D.; WILLET.W.C. et al. Am J Public Health.1997 Jun;87(6):992-7.
FRESKANICH.D.; WILLET,W.C. et al. Am J Clin Nutr.2003 Feb;77(2):504-11.

Marcela Medeiros Piccoli Ruiz da Costa - marcelapiccolimp@hotmail.com - CPF: 095.762.677-06


SINAIS E SINTOMAS CAUSADOS PELO LEITE
NA PRIMEIRA INFÂNCIA
● ECZEMA,
● VÔMITO,
● CÓLICA,
● DIARRÉIA,
● IRRITABILIDADE,
● BRONQUITE,
● ASMA,
● CONSTIPAÇÃO,
● AVERSÃO AO LEITE,
● APATIA,
● URTICÁRIA, ETC...

GERARD, JW. Cow's milk and Breast milk. Food Alergy and Intolerance,
2nd Edition, Saunders, 2002, pgs 435-444.

Marcela Medeiros Piccoli Ruiz da Costa - marcelapiccolimp@hotmail.com - CPF: 095.762.677-06


SERES HUMANOS
ABSORVEM
SOMENTE 32% DO
CÁLCIO CONTIDO
NO LEITE
DE VACA!!!
Marcela Medeiros Piccoli Ruiz da Costa - marcelapiccolimp@hotmail.com - CPF: 095.762.677-06
SINAIS E SINTOMAS CAUSADOS PELO LEITE

● Adebamowo CA. Spiegelman D. Danby FW, et al


High school dietary dairy intake and teenage acne J
Am Acad Dermatol, 52(2):207-14, 2005
● Adebamowo CA. Spiegelman D. Berkey CS, et al.
Milk consumption and acne in adolescent girls
Dermatol Online J, 12(4):1, 2006.
● Adebamowo CA. Spiegelman D. Berkey CS, et al.
● Milk consumption and acne in teenaged boys J Am
Acad Dermatol. 2008 May:58(5):787-03

Marcela Medeiros Piccoli Ruiz da Costa - marcelapiccolimp@hotmail.com - CPF: 095.762.677-06


SINAIS & SINTOMAS CAUSADOS PELO LEITE
NA ADOLESCÊNCIA E IDADE ADULTA

● RINITE ALÉRGICA,
● BRONQUITE RECORRENTE,
● ASMA,
● SÍNDROME DO CÓLON IRRITÁVEL,
● URTICÁRIA, ENXAQUECA,
● ENURESE NOTURNA,
● ADHA, ETC...

GERARD,JW. Cow's milk and Breast milk. Food Alergy and Intolerance,
2nd Edition, Saunders, 2002, pgs 435-444.

Marcela Medeiros Piccoli Ruiz da Costa - marcelapiccolimp@hotmail.com - CPF: 095.762.677-06


LEITE A1

A1 beta-caseína - BETA- CASOMORFINA 7


(BCM7) - Fragmento de proteína (The
devil in the milk)

● DOENÇA CARDÍACA
● DIABETES TIPO 1
● ESQUIZOFRENIA
● AUTISMO
● CÂNCER

Marcela Medeiros Piccoli Ruiz da Costa - marcelapiccolimp@hotmail.com - CPF: 095.762.677-06


BETA
CASOMORFINA
7

Marcela Medeiros Piccoli Ruiz da Costa - marcelapiccolimp@hotmail.com - CPF: 095.762.677-06


ALERGIA IGE MEDIADA
(PROTEÍNAS)
MISTA

NÃO IGE
MEDIADA
REAÇÃO INTOLERÂNCIA
ADVERSA AO (LACTOSE)
LEITE DE VACA

SENSIBILIDADE
AO BCM7

Marcela Medeiros Piccoli Ruiz da Costa - marcelapiccolimp@hotmail.com - CPF: 095.762.677-06


APLV – ALERGIA À PROTEÍNA DO LEITE DE VACA
O leite de vaca é composto de proteínas (principalmente caseína e proteínas do
soro), gorduras (saturadas, monoinsaturadas e ácidos graxos poli-insaturados),
carboidratos (principalmente lactose e oligossacarídeos), água e micronutrientes.

As proteínas fazem parte de 2 grupos principais: 80% são caseínas


e 20% são proteínas do soro (por ex: afa-lactoalbumina e beta-lactoglobulina).

A alergia à proteína do leite de vaca (APLV) é o tipo de


alergia alimentar mais comum nas crianças até 3 anos de
idade e é caracterizada pela reação do sistema imunológico
(de defesa) às proteínas do leite.

Marcela Medeiros Piccoli Ruiz da Costa - marcelapiccolimp@hotmail.com - CPF: 095.762.677-06


APLV – ALERGIA À PROTEÍNA DO LEITE DE VACA
Em que idade se manifesta a alergia?
❑ A APLV geralmente manifesta-se no bebê. Os sintomas surgem logo nos
primeiros meses de vida, dias após a introdução de leite de vaca na dieta.
❑ Ou mesmo durante o aleitamento materno, por passagem de proteínas dos
laticínios ingeridos pela mãe.
❑ Como o organismo das crianças é imaturo, o contato com a proteína do leite
pode causar a alergia. Mas ela também pode ser provocada por uma
predisposição genética.
❑ Habitualmente a APLV é transitória e resolve-se espontaneamente nos
primeiros anos de vida. Aos 5 anos de idade, até 75% dos alérgicos ao leite já
superaram a sua alergia.
❑ Não estão descritos casos de alergia ao leite que se iniciou na vida adulta.
Tipicamente nessa fase o que ocorre é a intolerância à lactose ou as situações
de alergia infantil que se manteve ativa.
❑ A prevalência de alergia à proteína do leite (APLV) gira em torno de 2,5% em
crianças e 0,3% em adultos, segundo estudos realizados na América do Norte.

Marcela Medeiros Piccoli Ruiz da Costa - marcelapiccolimp@hotmail.com - CPF: 095.762.677-06


Sintomas da Alergia Coceira no
redor da boca

Vermelhidão e Inchaço nos


coceira na pele olhos e lábios

Vômitos em Tosse, chiado ou


forma de jato falta de ar

Fezes com sangue


ou prisão de
ventre

Marcela Medeiros Piccoli Ruiz da Costa - marcelapiccolimp@hotmail.com - CPF: 095.762.677-06


Principais sinais e sintomas relacionados com a APLV de acordo com o mecanismo subjacente e o sistema envolvido

IgE-mediados IgE-mediados

Sistema Síndrome de alergia oral Dor abdominal Refluxo gastro-esofágico Diarreia


Diarreia Sangue e/ou muco nas fezes
gastrointestinal
Disfagia Dor abdominal, cólicas infantis
Náuseas Aversão/recusa alimentar Obstipação
Vômitos Eritema perianal, fissuras anais
Má evolução estaturo-ponderal
Anemia ferropénica

Pele Prurido Prurido


Eritema Eritema
Urticária (não relacionada com infecções, Dermatite atópica
fármacos, outras causas)
Angioedema lábios, face, periorbital)

Sistema respiratório Prurido nasal, esternutos, rinorréia,


congestão nasal, edema laríngeo, estridor
Vias aéreas
superiores

Sistema respiratório Tosse crônica, sibilância, dificuldade Tosse crônica, sibilância, dificuldade
respiratória (não relacionadas com respiratória (não relacionadas com
Vias aéreas
infecções) infecções)
inferiores

Outros Anafilaxia, outras reações sistémicas FPIES (food protein-induced enterocolitis


syndrome)- sintomas shock-like com
vómitos, diarreia e acidose metabólica

Marcela Medeiros Piccoli Ruiz da Costa - marcelapiccolimp@hotmail.com - CPF: 095.762.677-06


APLV – ALERGIA À PROTEÍNA DO LEITE DE VACA

❑ Havendo suspeita de alergia IgE-mediada, o teste cutâneo e as


análises de sangue são fundamentais para confirmar e estimar o risco e
gravidade, bem como a probabilidade de resolução espontânea.
❑ Nas formas não mediadas por IgE, como há um intervalo grande entre
a exposição ao alimento e o início dos sintomas, é necessário um maior
grau de suspeita clínica e a realização do teste de provocação oral. Este
exame é feito com exclusão do leite da dieta e posterior reintrodução.
❑ Para que a provocação oral se considere positiva é necessário que haja
melhoria clínica com a exclusão do leite de vaca (incluindo da
alimentação da mãe se estiver com amamentação materna) e o regresso
dos sintomas com a reintrodução do mesmo. O tempo de exclusão varia
de duas a quatro semanas dependendo da forma clínica, e as melhorias
são esperadas ao fim de 48-72 horas.
❑ O leite sem lactose não é uma opção em doentes alérgicos. Os leites
de outros mamíferos também não. A maioria das crianças com alergia ao
leite de vaca (mais de 90%) vai reagir com leite de outros animais,
sobretudo com leite de cabra ou ovelha.

Marcela Medeiros Piccoli Ruiz da Costa - marcelapiccolimp@hotmail.com - CPF: 095.762.677-06


INTOLERÂNCIA À LACTOSE

O que é? Causa
É a incapacidade parcial A ausência ou deficiência da
ou total de digerir a lactose, açúcar enzima lactase, produzida no
do leite. intestino delgado para decompor e
absorver o açúcar é a causa da
intolerância.

Há três tipos de intolerância a


lactose:
A digestão se torna difícil e a 1) LEVE
lactose chega inalterada ao 2) MODERADO
intestino grosso, onde é fermentada 3) GRAVE
por bactérias que fabricam gases e
ácido lático.

Quem tem?
Sintomas
70% dos
● Náusea • Inchaço brasileiros adultos.
● Cólica • Irritação intestinal
● Gases • Diarreia

Marcela Medeiros Piccoli Ruiz da Costa - marcelapiccolimp@hotmail.com - CPF: 095.762.677-06


INTOLERÂNCIA À LACTOSE
Pessoas com intolerância à lactose
possuem deficiência parcial ou total
na produção dessa enzima; logo, o
intestino não consegue absorver a
lactose adequadamente. Esse
açúcar então é fermentado por
bactérias e acaba resultando na
liberação de gases.

Os gases fazem o intestino grosso


se distender, provocando azia,
desconforto e cólica abdominal,
diarreia e, às vezes, náuseas,

Marcela Medeiros Piccoli Ruiz da Costa - marcelapiccolimp@hotmail.com - CPF: 095.762.677-06


INTOLERÂNCIA À LACTOSE
Ocorrem 3 tipos de intolerância à lactose:

1 DEFICIÊNCIA
CONGÊNITA
Relacionada a alterações
no gene que codifica a
enzima lactase,
resultando na ausência
de enzima funcional no
organismo. Esta é uma
2 DEFICIÊNCIA
SECUNDÁRIA
DE LACTOSE
Ocorre devido a lesões
na mucosa do intestino.
É usualmente, uma
condição temporária,
consequente a dano à
3
HIPOLACTASIA
PRIMÁRIA
Está relacionada a uma
diminuição da atividade
da enzima lactase após
os primeiros anos de
vida. A queda de
atividade da lactase é
condição extremamente mucosa intestinal, tendo gradual e associada à
grave que pode levar como causas frequentes: interação com outros
recém-nascidos ao óbito enterites infecciosas, genes e hábitos
se não diagnosticada giardíase, doença alimentares. Portanto, é
rapidamente. celíaca, doenças difícil estimar a idade em
induzidas por drogas ou que a atividade se
radiação. dentre outras. tornará insuficiente e os
sintomas da intolerância
à lactose irão surgir.

Marcela Medeiros Piccoli Ruiz da Costa - marcelapiccolimp@hotmail.com - CPF: 095.762.677-06


INTOLERÂNCIA À LACTOSE

A probabilidade da má-absorção de lactose gerar quadro


de intolerância depende de múltiplos fatores, como:
❑ Quantidade de lactose ingerida;
❑ Velocidade de trânsito intestinal;
❑ Produção de lactase;
❑ História de doenças do trato gastrointestinal
(ex: doença de Crohn, síndrome do intestino irritável);
❑ História de cirurgias no trato gastrointestinal;
❑ Transtornos de ansiedade;
❑ Composição da microbiota intestinal.

Marcela Medeiros Piccoli Ruiz da Costa - marcelapiccolimp@hotmail.com - CPF: 095.762.677-06


INTOLERÂNCIA À LACTOSE

Quando a lactose não é digerida, ela atinge o intestino grosso intacta e é


fermentada pelas bactérias, produzindo ácidos graxos de cadeia curta e
gases (CO2 e H2). Em situações normais, esse mecanismo é interessante
para o organismo, porque permite a utilização de moléculas que, de
outra forma, seriam desperdiçadas nas fezes.
Entretanto, quando a quantidade de lactose que atinge o intestino
grosso e muito grande, a fermentação bacteriana e acentuada, com
grande produção de ácidos graxos de cadeia curta, ácido lático e gases.
Esses compostos são os grandes causadores dos sintomas clínicos,
sendo os mais comuns: flatulência, dor e distensões abdominais.
O ácido lático produzido com a lactose não digerida aumenta a
osmolaridade no lúmen intestinal, sequestrando líquido e causando
diarreia.

Marcela Medeiros Piccoli Ruiz da Costa - marcelapiccolimp@hotmail.com - CPF: 095.762.677-06


INTOLERÂNCIA À LACTOSE
Diagnóstico

Marcela Medeiros Piccoli Ruiz da Costa - marcelapiccolimp@hotmail.com - CPF: 095.762.677-06


SENSIBILIDADE AO BCM-7
BETA
CASEÍNA A1

CASEÍNA BETA CASEÍNA


(80%) (30%)

BETA
PROTEÍNAS DO
CASEÍNA A2
LEITE DE VACA

PROTEÍNAS DO
SORO DO LEITE
(20%)

Marcela Medeiros Piccoli Ruiz da Costa - marcelapiccolimp@hotmail.com - CPF: 095.762.677-06


SENSIBILIDADE AO BCM-7

Marcela Medeiros Piccoli Ruiz da Costa - marcelapiccolimp@hotmail.com - CPF: 095.762.677-06


SENSIBILIDADE AO BCM-7

BETA BETA
CASEÍNA A1 CASOMORFINA 7

BETA
CASEÍNA

BETA BETA
CASEÍNA A2 CASOMORFINA 9

Opióides são substâncias químicas com atividade semelhante à de


morfinas que têm atividade tanto no sistema nervoso central
como em órgãos periféricos. O trato gastrointestinal representa o
local em que os receptores opióides são expressos em mais altos
níveis, inferior apenas ao expresso no sistema nervoso.

Marcela Medeiros Piccoli Ruiz da Costa - marcelapiccolimp@hotmail.com - CPF: 095.762.677-06


SENSIBILIDADE AO BCM-7
Muitas pessoas acreditam ter intolerância à lactose, pois se sentem mal, com digestão difícil e
produção de gases após a ingestão de leite. Entretanto, segundo o National Institutes of Health,
nos EUA, a grande maioria da população não tem qualquer problema com a digestão da lactose
nem possui alergia a proteína do leite. Esses sintomas são, provavelmente, causados pelo
BCM-7, oriunda da digestão da β-caseína A1.

CONSEQUÊNCIAS:
POSSÍVEIS EFEITOS DO BCM-7 A
NÍVEL GASTROINTESTINAL: ❑ Aumento da suscetibilidade para
fermentação da lactose e outros
❑Diminuição da motilidade intestinal componentes da dieta, tal como
e secreção gástrica FODMAPS.
❑Aumento da secreção de muco. ❑ Devido a sua característica
Embora o muco forneça uma barreira inflamatória o BCM-7 pode afetar a
protetora entre o epitélio e o lúmen, a produção e a atividade da lactase e
produção excessiva tem o potencial de possivelmente aumentar a ocorrência
prejudicar a função gastrintestinal e de hipolactasia e promover os
interferir na população de bactérias. consequentes sintomas da má
absorção da lactose em indivíduos
❑Aumento da resposta inflamatória. susceptíveis.
❑ A inflamação intestinal
possivelmente promove alterações na
microbiota intestinal, podendo afetar a
metabolização da lactose.

Marcela Medeiros Piccoli Ruiz da Costa - marcelapiccolimp@hotmail.com - CPF: 095.762.677-06


FIM

Marcela Medeiros Piccoli Ruiz da Costa - marcelapiccolimp@hotmail.com - CPF: 095.762.677-06


Muito obrigada!

@drabianccacabral

Marcela Medeiros Piccoli Ruiz da Costa - marcelapiccolimp@hotmail.com - CPF: 095.762.677-06


Marcela Medeiros Piccoli Ruiz da Costa - marcelapiccolimp@hotmail.com - CPF: 095.762.677-06

Você também pode gostar