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1309 ~ Estrusuras de Concreto Il Dimensionamento de Vigas de Concreto Armado ao Esforgo Cortante a2 | | | p= 40KNIm 50m 500m 109 vi (Ky 100 f20m seo transversal Fig, 25 — Esquema estitico e carregamento da viga (DUMET & PINHEIRO - 2000). So conhecidos: concreto C-20; ago CA-S0 A a =4om d=h-d’=50-4=46cm Vi, =100,0 KN = Vey = 7p Vi =1,4.100,0=140,0 kN, Para fins de comparagao os cdlculos serdo feitos segundo os modelos de célculo I e Il, com 0 Angulo @ de 30° para o modelo II. Os cdleulos sero feitos conforme as equagdes deduzidas nos itens 11.1, 11.2 € 14- equagdes da norma NBR 6118 e equagSes simplificadoras. 15.1 Equagées de Norma 15.1.1 Modelo de Caleulo I © modelo de caleulo I supde a treliga classica de Mérsch, ou seja, admite apenas o Angulo 0 de 45°. 4) Verificagaio da Compressao na Biela Para ndo ocorrer o esmagamento do concreto que compde a biela comprimida deve-se ter: Vsa S Vee A equagio que define Vag é (eq. 18): 1309 ~ Estrusuras de Concreto Il Dimensionamento de Vigas de Concreto Armado ao Esforgo Cortante 3 Ln 250. Vpa2 = 0,27 (- Ve b,d, com fy em MPa J Substituindo os valores numéricos na eq. 18: \ Yano =0.27(1-22 2012 46-1959 kN 250) 1,4 Vsa = 140,0 KN < Vrw = 195,9 KN, A verificagdo demonstra que no ocorrerd o esmagamento das bielas de compressio. b) Cileulo da Armadura Transversal Para efeito de comparagio com a armadura calculada, primeiramente sera determinada a armadura minima (eq. 39) para estribo a 90° e ago CA-50: 206, sv nin = A ‘yw Aresisténcia do conereto a tragao direta é: fom =0,3 Yf,,? = 0,3 20? =2,21MPa A 1221,06 em’/m Para calcular a armadura deve-se determinar as parcelas do esforgo cortante que serio absorvidas pelas diagonais comprimidas (V.) e pela armadura (Vy), de tal modo que (eq. 14): Vga = Ve + Voy Na flexio simples, a parcela V. ¢ determinada pela eq. 21: V, = Vey = 0.6 fags by 1309 ~ Estrusuras de Concreto Il Dimensionamento de Vigas de Concreto Armado ao Esforgo Cortante 44 Fescint O47 foam _ 0,7. 04 com fa? , com fa, em MPa Ye Ye ed 0.7.03 20° = 1,11 MPa 14 Lu V, = Vyp = 0.6 2— 12.46 =36,6 KN = Veo 10 Portanto, da eq. 14: Vow = Vsa— Ve = 140,0- 36,6 = 103,4 KN A armadura, de acordo com a eq. 28 é: Ayw90 Vow Asw90 __ 1034 > <= = 0.0573 em?/em s 392d s 392.46 Asw9o = 5,73 em’/m > 1,06 cm’/m (portanto, deve-se dispor a armadura calculada, 5,73 em’/m) 15.1.2 Modelo de ulo TT © modelo de célculo II supée a possibilidade de se adotarem diferentes valores para 0 Angulo 0 de inclinagdo das diagonais comprimidas, no intervalo de 30° a 45°. Para utilizar esse método, adotou-se nesta demonstrago 0 valor de 30° para a inclinagio (0) das diagonais de concrete. 4) Verificacao da Compressdo na Biela Para no ocorrer o esmagamento do concreto que compée a biela comprimida deve-se ter (eq. 13): Vsa S$ Veo A equagao que define Vaa2 é (eq. 30): 1309 ~ Fstruturas de Concreto Il Dimensionamento de Vigas de Concreto Armado ao Esforco Cortante 45 , ,) Vpa2 =0,54{ 1-42), by d sen? 0(cotg.a.tcotg 0), com fy em MPa 250) Aplicando numericamente a eq. 30: / Veas = 0.54 | Ben 46. sen? 30 (cot g 90+ cot g 30)=169,6 kN (250) 1,4 Vsa= 140,0 KN < Vpaa = 169,6 KN A verificagdo demonstra que nio ocorreré o esmagamento das bielas de compressiio em ambos os apoios. Das relagdes 32 temese que Vei #0. b) Caileulo da Armadura Transversal Para calcular a armadura deve-se determinar as parcelas do esforgo cortante que serio absorvidas pelas diagonais comprimidas (V.) e pela armadura (Vw), de tal modo que (eq. 14): Veg = Ve + Ve Na flexdo simples, a parcela V- é igual a V<1. Devem também serem calculados (eq. 21): Veo =0,6 fay by d ¢ = Fetkint — 47 farm _ 047.04 com fy, =e = a V Ye e Ye f°, com fy em MPa fers a o 20? =1,11 MPa Lu Veg = 0,6 “ 10 12.46 =36,6 KN Vsa,a = 140,0 > Vio = 36,6 KN 1309 ~ Bstruturas de Concreto I! Dimensionamento de Vigas de Concreto Armado ao Esforco Cortante 46 © esquema grafico mostrado na fig, 26 apresenta a relagio inversa entre a resisténcia Ver ea solicitagdo de célculo Vss, explicitando que, quanto maior 0 grau de solicitagio 4 forga cortante, menor serd a contribui¢do da biela comprimida na composigao resistente do elemento de viga a esta forga 266 oO Vet 36,6 Veo T > Va 1 wo ——~ | | | 29,7 ! \ |<»! 1 Vaw-Vsu | | | | | 170 366 Fig. 26 - Interpolagao para obtengdo do valor de V1 em funcdo de Vsa Conforme a eq. 33, resulta: 6,6 169.7 =140,0 Vea2 — Veo * 169,7-36,6 8,2kN ‘A parcela do esforgo cortante a ser resistida pela armadura transversal é: 40,0-8,2=131,8kN V, ~ 0,9 d Fyyg (cotg a + cotg 6) sen a A armadura transversal é: 47 1309 ~ Estrusuras de Concreto Il Dimensionamento de Vigas de Concreto Armada ao Esforgo Cortante Avy. ae 3 1318 0,0423 em?/cm s 0,9.46 Tyg ote 90 +cotg 30)sen 90 Awwoo = 4,23 em’/m > 1,06 cm*/m (portanto, deve-se dispor armadura calculada, 4,23 cm*/m) 15.2 Equagdes Simplificadas A fim de exemplificagio so aplicadas as equagdes definidas no item 14 15.2.1 Modelo de Caleulo I 4) Verificagdo das Bielas de Compressio Da Tabela 1, para 0 conereto C-20, determina-se a forga cortante dltima ou maxima: Vpa2 = 0,35 by d=0,35.12.46=193,2 KN KN > nao ocorrerd esmagamento das diagonais de conereto. Vea =140,0< Vea b) Céileulo da Armadura Transversal Da Tabela 1, para o concreto C-20, a equagdo para determinar a forga cortante correspondente & armadura minima é: min = 0,101 by, d=0,101.12.46=55,8 kN Vsq = 140,0 > Vsimin =55,8KN—> portanto, deve-se calcular a armadura transversal p/ Va Da equacdo para Ayy na Tabela | (concreto C-20): 140.0 = 017.12 > Ay =5,72em%/m Ay =255%3_017b, =2,55 1309 ~ Estrusuras de Concreto Il Dimensionamento de Vigas de Concreto Armado ao Esforgo Cortante 48 £, a titulo de comparagao, da eq. 39, a armadura minima é ao Avgemin = 20 03N20" 19 1,06 em?im 10.50 Como Ayy = 5,72 > Agwnin = 1,06 cm’/m, deve-se dispor a armadura calculada. Observe a semelhanga nos valores das armaduras caleuladas segundo os dois processos de célculo (norma e simplificado). 15.2.2 Modelo de Caleulo II Para utilizar esse método, adotou-se nesta demonstragao o valor de 30° para a inclinago (0) das diagonais de conereto. a) Verificacao das Bielas de Compressdo Da Tabela 2, para conereto C-20, a forga cortante tiltima ou maxima é Vaaz =0,71b,, d sen 8.cos 8 =0,71.12. 46..sen30.cos30=169,7 KN Veq = 140,0 < Vagz =169,7 KN > nao ocorrera esmagamento das diagonais de concreto, ileulo da Armadura Transversal Antes de se calcular a armadura deve-se verificar se ndo vai resultar a armadura minima, Para isso deve-se determinar a forga cortante minima (Vsamin). Da Tabela 1, tem-se: Vsemin = 0,035 by dcotg 0+ Va, A parcela V¢i foi definida pela eq. 33 Var =Vsa V, eo Va =Veo ra Da eq. 21 tem-se Veo : 1309 ~ Bstruturas de Concreto I! Dimensionamento de Vigas de Concreto Armado ao Esforco Cortante 49 ino Voq = 0,6 fing by d= 0,6 [\° ae je 46 =36,6 KN Vz =140,0 > Vp =36,6 KN © esquema grafico mostrado na fig. 27 apresenta a relagio inversa entre a resisténcia Ver © a solicitagdo de célculo Vss, explicitando que, quanto maior 0 grau de solicitagio 4 forga cortante, menor sera a contribuigdo da biela comprimida na composigio resistente do elemento de viga a esta forga 366 ° Va 366 Veo 7 1 7 ] T Va | { ———+| ' | ' I ' | 297 ' ee ' | Vara - Vse ! 1 1 1 1 I \ I 169,7 140,0 36,6 Fig. 27 - Interpolagéo para obtengéo do valor de Vi em funcao de Vsq.. Conforme a eq, 33, resulta: Vas2 ~ Vos. _ 36 6.169.7-140,0 Va=V 364 169,7-36,6 = Veo vy 8&,2KN a2 Veo Verifica-se que, para estribo vertical (a = 90°), Ver independe do modelo adotado, ou seja, se modelo de calculo I ou II. Assim, das expresses da Tabela 2: Veasnin = 0,035 by dcotg 0+ Vix ,035 12.46 cotg 30° +8,2=41,7 kN 1309 ~ Estrusuras de Concreto Il Dimensionamento de Vigas de Concreta Armado ao Esforgo Cortante 50 Veq = 140,0 > Vea nip =41,7 KN portanto, deve-se calcular a armadura transversal para Vsa- Aw 255 Wsa=Va) 7 5 (140.0-8.2) 4,22. cm*/m dcotg 0 46 cotg 30° Na Tabela 3 sio apresentados os resultados obtidos para outros valores adotados para @. A fig. 28 mostra o detalhamento da armadura transversal na viga, Tabela 3 — Resultados de Ay, obtidos segundo os dois modelos de célculo da NBR 6118/2003 e segundo a NBR 6118/78, NORMA © | Aw (emtimy) | Aswinin © _[£a. Norma | Ea. Simplit. |_(em*/m) NBR 6118/78 45 6.20 - 1,68 [NBR 6118/2003 - ModeloT | 45 5.73 5,72 1,06 -Modeloll | 45 7,07 - 1,06 40 5,95 - 1,06 30 423 422 1,06 Observa-se na Tabela 3 que 0 modelo de calcul I da NBR 6118/2003, resulta armadura menor que a calculada segundo a NBR 6118/78, para o mesmo angulo 0 de 45°. 15.3 Detalhamento da Armadura Transversal Para efeito de detalhamento, na fig. 28 os estribos verticais sio mostrados conforme definidos pelo modelo de ealculo II, com Angulo @ de 30°. a) Didmetro do estribo: segundo aeq. 40: Smm — gr <120/10< 12 mm b) Espagamento maximo: segundo a eq. 42: 0,67 Vra2 = 0,67 . 169,6 = 113,6 KN Vs 0,3d=0,3.46=13,8cem => — Portanto,s < 13,8cm 40,0>113,6KN => $$ 0,3d<20cm 1309 ~ Estrusuras de Concreto Il Dimensionamento de Vigas de Concreto Armado ao Esforgo Cortante SI ©) Espagamento transversal entre os ramos do estribo: segundo a eq. 43: 0,20 Vra2 = 0,20 . 169,6 = 33,9 kN Vsi= 140,0>33,9KN => $ 0,6 d $35 em 0,6d=06.46=27,6em => — Portanto, s<27,6em 4) Escotha do diémetro e espagamento dos estribos Para a armadura calculada segundo o modelo de caleulo TI, de 4,23 cm’/m nos apoios, 10 vertical composto por dois ramos e diémetro de 5 mm (1 5 mm = 0,20 considerando es cm’), tem-se: A 0,40 = 0,0423 em’/em > s = 0,0423 > 95m Para a armadura minima de 1,06 cm”/m, considerando o mesmo estribo, tem-se: = 249 oo106 = s=37,7om s Nit9 08 Nero N19 09 Por + we] 1 1 - 200m 500m - ' N1-48.05 C= 120m 10 Vsamin = 4.7 ~ Ys min Vex (KN) 1 = : 10 1 Fig. 28 - Detathamento dos estribos ao longo da viga. 1309 ~ Estrusuras de Concreto Il Dimensionamento de Vigas de Concreto Armado ao Esforgo Cortante 52 16. Exemplo Numérico 2 Calcular © detalhar a armadura transversal composta por estribos verticais para os esforgos cortantes méximos da viga esquematizada na fig. 29. Sd conhecidos: C-25, CA-50, Yeo Yeo 14, y= 1,15, d= 80 em, E viga transversal 8 cr : 1 1 L 4m i 3m J _ 25cm 25cm 25cm | 150 KN 29 KN/m c A B Fig. 29 — Esquema estitico e esforcos cortantes na viga. Como os esforgos cortantes na viga sdo diferentes nos apoios A ¢ B, serdo dimensionadas duas armaduras transversais diferentes, uma para cada apoio. Os esforgos cortantes de célculo sio: Apoio A > Vsaa=Vaa= ye. Via = 14. 165,8 = 232,1 KN ApoioB = => Vsap=Van=7r- Vi = 1,4. 187,2 = 262,1 KN Para comparagao de resultados, a viga terd a armadura transversal caleulada segundo os modelos de célculo I ¢ II, com o angulo 0 de inclinagdo das bielas comprimidas assumido com os valores de 30° © 45°, Todos os célculos serdo feitos segundo a formulagdo tedrica derivada da NBR 6118/2003 e também segundo as formulas simplificadas definidas no item 14. 16.1 Modelo de Célculo T © modelo de céleulo I supde a treliga classica de Mérsch, ou seja, admite apenas o Angulo 0 de 45°. 1309 ~ Estrusuras de Concreto Il Dimensionamento de Vigas de Concreto Armado ao Esforgo Cortante 53 16.1.1 Equagdes de Norma 4) Verificagéio da Compressio na Biela Para ndo ocorrer o esmagamento do concreto que compée a biela comprimida deve-se ter: Vou S Vee A equagio que define Vass é (eq. 18): (,_f. Veag = 9,27 | 1=: \ Ji by d, com fyem MPa 250 Vaso =027{ 1-25) 2425 80 =867,9kN 250) 1,4 Apoio A > Vsa,a = 232,1 KN < Vara = 867,9 KN ApoioB = => —Vsap=262,1 KN< Vrex A verificagdo implica que nao ocorreré o esmagamento das bielas de compressio em ambos os apoios. ) Céleulo da Armadura Transversal ‘A armadura minima (eq. 39) para estribo a 90° e ago CA-50 é: 20fem p,(em"/m) ‘vk A sain = fer =0,3 Vf.” =0,3V25? =2,56MPa _20.0,256 Aswnin 50 25 =2,56 cm*/m Para calcular a armadura deve-se determinar as parcelas do esforgo cortante que serio absorvidas pelas diagonais comprimidas (V.) e pela armadura (Vw), de tal modo que (eq. 14): 1309-—Estmnuvas de Concreto I~ Dimensionamento de Vigas de Conereto Armado ao Esforco Cortante 4 Vor “Vet Vou Na flexdo simples, a parcela V< é determinada pela eq. 21: V. = Vey =0,6 fs By d fine 0,7 fay _ 057.0, Ye Ye Ve com fay = =f? com fem MPa £,, = 07-03 yor id = =1,28 MPa V, = Vey = 0.6 us 25.80 =153,9 kN Vow = Vsa-Ve ApoioA => Vyy,n = 2321 - 153,9 = 78,2 KN ApoioB = = —-Vuysn = 262, — 153,9 = 108,2 KN A armadura, de acordo com a eq. 28 é: Aws0 Vow s 39,24 A Apoio A: Arwso __78.2__, 0,0249 cm?/em s 39,2.80 Asu.s0 = 2,49 em?/m < 2,56 cm’/m (portanto, dispor a armadura minima) Aswso __108,2 = 0,0345 cm*/em s 392.80 Apoio B: Agu.90 = 3,45 cm’/m > 2,56 cm?/m (portanto, dispor a armadura calculada) 1309-—Esimiuras de Concreto I~ Dimensionamento de Vigas de Concreto Armado ao Esforco Cortante 55 16.1.2 Equagées Simplificadas 4) Verificagéio da Compressio na Biela Conforme a equacao contida na Tabela 1, para 0 concreto de resisténcia caracteristica 20 MPa, tem-se a forga cortante maxima: Vpaz = 0,43 b,, d= 0,43..25.80=860,0 kN ApoioA = Va, = 232,1 KN < Vpaz = 860,0 KN ApoioB => V4 =262,1 KN < Veer A verificagdo implica que nao ocorrerd o esmagamento das bielas de compressio em ambos os apoios. b) Céleulo da Armadura Transversal Primeiro deve-se verificar se a forga cortante solicitante levara ou ndo a armadura minima, Da Tabela 1 Vsemin = 0117 by, d= 0,117. 25.80 = 234,0 kN Apoio A > Voa,4 = 232.1 KN < Vsamin = 234.0 KN (portanto, dispor armadura minima conforme definida no item anterior) Para efeito de compara bela 1 a armadura calculada resulta: Agy.og = 255+ —0,20 by, = 2,55 a 0,20, 25 = 2,40 em*/m < Aswan 56 em”/m Apoio B => Vsap = 262,1 KN > Vsanin = 234,0 KN (portanto, calcular a armadura transversal) 262,1 2,555 0,20.25 Sem’/m > Avwmin = 2,56 em’ /m 1309 ~ Estrusuras de Concreto Il Dimensionamento de Vigas de Concreto Armado ao Esforgo Cortante 56 Verifica-se que as armaduras calculadas para 0 apoio B segundo as equagdes de norma ¢ equagGes simplificadas resultaram praticamente idénticas, 16.2 Modelo de Céleulo I © modelo de célculo II supde a possibilidade de se adotar diferentes valores para o Angulo @ de inclinagdo das diagonais comprimidas, no intervalo de 30° a 45°. A titulo de comparagao a viga serd calculada com os angulos de 30° e 45°, segundo as formulagdes da norma ¢ as equagGes simplificadas. 16.2.1 Equagdes de Norma 16.2.1.1 Angulo 0 de 30° 4) Verificagiio da Compressdo na Biela Para no ocorrer 0 esmagamento do concreto que compée a biela comprimida deve-se ter (cq. 13): VsaS Vraz A.cquago que define Vaan ¢ (eq. 30): ( \ Vea2 = 0,54 (1-335) f.q by d sen? @(cotg a +cotg®) , com fy em MPa / Vaar = 0,54[ 3) 25 95. 80.sen? 30 (cotg 90+ cotg 30)=751,6KN (25 ApoioA => Vsua = 232,1 KN < Vara = 751,6 KN = Va 40 ApoioB = => Vsun = 262, KN < Vera = Va 40 A verificagao implica que nao ocorreré 0 esmagamento das bielas de compressio em ambos os apoios. 1309 ~ Estrusuras de Concreto Il Dimensionamento de Vigas de Concreto Armado ao Esforgo Cortante 37 b) Caileulo da Armadura Transversal Para calcular a armadura deve-se determinar as parcelas do esforgo cortante que serio absorvidos pelas diagonais comprimidas (V,) ¢ pela armadura (Vy), de tal modo que (eq. 14): Na flexdo simples, a parcela V. € igual a V1. Devem também serem calculados (eq. 21) Veo = 0,6 fans by 0,7.0,3 3, 25? =1,28 MPa fw 6 228 95. 80=1539 kN Veo Apoio A > ApoioB = => Vsan = 262,1 > Veo com fem MPa Vsa.a = 2321 > Veo = 153,9 KN © esquema grifico mostrado na fig, 30 apresenta a relagio inversa entre a resisténeia Vei ea solicitagdo de cilculo Vss, explicitando que, quanto maior 0 grau de solicitago 4 forga cortante, menor serd a contribuigdo da biela comprimida na composigdo resistente do elemento de viga a esta forga Conforme a eq. 33, resulta: Vea ApioA > Vy = Vag 8 Vaz , V, Apoio B > Va = Veo 2 751,6~232,1 153.9 133,8KN, 53,9 25n6= 2621 3; 126,0kN 751,6-153, 1309 ~ Bstruturas de Concreto Il Dimensionamento de Vigas de Concreto Armado ao Esforco Cortante 58 153,9 0 Ver 153.9 Veo 1 7 Ve | 5! i ' 1 I 1 ' ' | Veu-Ver | ' i Vrw-Vsr | { <5) ! 751.6 (A) 232.1 153,9 Vs (8) 26211 597,7 tT Fig. 30 - Interpolacdo para obtencéo do valor de V.i em fungao de Vsq A parcela do esforgo cortante a ser resistida pela armadura transversal ¢: ApoioA = Vy =Voan-V, iq =232,1-133.8 =98,3KN Apoio B => Vian = Voun ~ Ven = 262,1-126,0 = 136,1kN A eq. 36 foi definida para o calculo da armadura transversal: Aswa Vow s 0,9 d fyyq (cotg a + cotg 0) sen o A armadura transversal no apoio A é: $83 =0,0181em’/em 0,9.80 > (ote 90 + cotg 30)sen 90 Agw.90 = 1,81 em’/m < 2,56 em’/m (portanto, dispor armadura minima) ‘A armadura transversal no apoio B &: 1309 ~ Estrusuras de Concreto Il Dimensionamento de Vigas de Concreto Armado ao Esforgo Cortante 59 Ayw9o _ 136,1 s 0,0251 mem 09 80. (cot g 90 + cotg 30)sen 90 Asus0 = 2,51 em?/m < 2,56 em*/m (portanto, dispor armadura minima) 16.2.1.2 Angulo 6 de 45° 4) Verificagiio da Compressdo na Biela Para nao ocorrer esmagamento do concreto que compée a biela comprimida deve-se ter: Vsa $ Vee A equagio que define Vea & (fa). 2 Vpa2 = 0,54 1-55 Jf by d sen O(cotga+cotg 0), com fy em MPa \ J 25 (, 25 Vea? = 0,54| 1-—— wa -054(1-25) 25.80. sen? 45 (cotg 90+ cot g 45)=867,9kN 14 Apoio A > Vsa,a = 232,1 KN < Vez = 867,9 KN > Ve #0 Apoio B => Vsap = 262,1 KN < Veer => Va #0 ‘A verificagdo implica que no ocorrerd 0 esmagamento das bielas de compressio em ambos os apoios. b) Caleulo da Armadura Transversal Para calcular a armadura deve-se determinar as parcelas do esforgo cortante que serio absorvidos pelas diagonais comprimidas (V.) e pela armadura (Vyy), de tal modo que: Vsa = Ve + Vow 1309 ~ Bstruturas de Concreto I! Dimensionamento de Vigas de Concreto Armado ao Esforco Cortante 60 Na flexo simples, a parcela V; ¢ igual a V.1. Devem também ser calculados: Veo = 0,6 fayy by com fay f° com fy em MPa vg 003 5? =1,28 MPa 14 Vey = 0,6 128 95 g0=153,9 KN 10” ApoioA => Vsaq = 232,1 > Veo = 153,9 KN ApoioB = = ~—-Vsaa=262,1 > Veo © esquema grafico mostrado na fig. 31 apresenta a relagio inversa entre a resis éncia Ver € a solicitagdo de céleulo Vsu, explicitando que, quanto maior o grau de solicitagao a forga cortante, menor seré a contribui da bicla comprimida na composigio resistente do elemento de viga a esta forga. 1539 0 Ver 13,9 Veo + + + I I 1 Ve 1 el { 1 <——> 1 we | | 1 Vea Vse | ! ke ______ ! ' | | 867.9 (ay232.4 153.9 Vse (3) 26211 7140 i Fig. 31 - Interpolagdo para obtengao do valor de V. em fungo de Vsa 1309 ~ Estrusuras de Conereto Il Dimensionamento de Vigas de Concreto Armada ao Esforgo Cortante 61 Conforme a eq. 33, resulta 6. 67,5 232,1 53,9 ApoioA => 1539 - 137,0KN 53,9 867,9-262,1 867,9-153,9 ApoioB = => 30,6 KN A parcela do esforgo cortante a ser resistida pela armadura transversal é: ApoioA =>, Voa.a — Vea = 2321-1370 = 95,1 KN ApoioB = Vyy.3 = Vsq,9— Ven = 262,1-130,6 = 131, 5KN Acq. 36 foi definida para o célculo da armadura transversal: A \, S$ 09d fgg (cote a +cotg 0) sen a A armadura transversal no apoio A é: 551 = 0,0304em7/em 0,9.80 a (cotg 90+cotg 45)sen 90 Agx.90 ~ 3,04 cm?/m > 2,56 cm?/m (portanto, dispor a armadura calculada) A armadura transversal no apoio B & Aww 90 1315 s 09 80.20 (cotg 90+ cotg 45)sen 90 = 0,0420.em?/em Asy90 = 4,20 em?/m > 2,56 em?/m (portanto, dispor a armadura calculada) 1309 ~ Estrauras de Concreto I= Dimensionamento de Vigas de Concreto Armado ao Ksforco Cortante 2 16.2.2 Equagées Simplificadas 16.2.2.1 Angulo 0 de 30° 4) Verificag&o da Compresséo na Biela Conforme a equago contida na Tabela 2, para o concreto de resisténcia caracteristica 20 MPa (C-20), tem-se a forga cortante mixima: Vyq2 = 0,87 by, d sen cos = 0,87.25.80.sen30, cos 30=751,7 kN Apoio A => Vsa,a = 232,1 KN < Vaz = 751,7 KN ApoioB = => Vsan = 262,1 KN< Veen ‘A verificagdo implica que ndo ocorrera o esmagamento das bielas de compre: ambos os apoios. +b) Caileulo da Armadura Transversal Primeiro deve-se verificar se 0 cortante levaré a armadura minima ou no. Da Tabela 2: Veaynin = 0,040b,, dcotg 0+ Vy, A parcela Ver da forga cortante é avaliada pela eq. 33: Veo (Vasa =Vsa) Veaa ~ Ve < oy Os valores de Veo = 153,9 KN, Vroz = 751,7 KN, Vsua = 232,1 KN © Vsup = 262,1 KN so conhecidos Substituindo os valores na eq. 33 de Ve: fica’ _153,9 (751,6~232,1) ia =133,8kN i 7516-1539 1309 ~ Estrusuras de Concreto Il Dimensionamento de Vigas de Concreto Armado ao Esforgo Cortante 63 153,9 (751,6-262,1) =126,0kN 751,6-153,9 ia = Vssemin = 0,040.25 .80.cotg 30+ Vi. Apoio A > Vsa = 232,1 KN < Vsamina = 272,4 KN (portanto, dispor a armadura minima) Apoio B => Vsu = 262,1 KN < Vsa.ninn = 264,6 KN (portanto, dispor a armadura minima) Conforme a Tabela 2, a equagao para calculo da armadura é: A, = 2,55 (se=Va) d.cotg 0 No apoio A: Aga =2,55 (2321-1338) <9) cmt “ 80. cotg 30 No apoio B: A, 2,55 (262,1-1269) 2,50em*/m. owe 80.cotg 30 Verifica-se que as armaduras calculadas segundo as duas formulagdes. resultaram praticamente idénticas. 16.2.2.2 Angulo 0 de 45° a) Verificagao da Compressdo na Biela Conforme a equagio contida na Tabela 2, para o concreto de resisténcia caracteristica 20 MPa, tem-se a forga cortante maxima; Vau2 = 0,87 b, d sen0 cos 0 = 0,87. 25.80. sen45. cos 45 = 868,0 KN Apoio A => —-Vsa,a = 232,1 KN < Vpu2 = 868,0 KN ApoioB = => Visa = 262,1 KN Vsa,min = 217,0 KN. (portanto, calcular a armadura transversal) ApoioB: —— Vsq,nin =80,0+130,6 = 210,6 KN => Vs =262,1 KN > Vsuynin = 210,6 KN (portanto, calcular a armadura transversal) Ws -Va) d.cotg0 Conforme a Tabela 2, a equagio para céleulo da armadura é: A, = 2,55 1309 ~ Fstruturas de Concreto Il Dimensionamento de Vigas de Concreto Armado ao Esforco Cortante 65 No apoio A: 0) 55 2821 197.9) 3,03 om2/m > Aswmin = 2,56 em?/m. 80..cotg 45 No apoio B: (262,1-130,6) 80.cotg 45 Agua = 255 = 4,19 cm? /m > Aswmin = 2,56 cmn?/m Verifica-se que as armaduras calculadas segundo os dois processos de calculo resultaram praticamente idénticas. A Tabela 4 resume os resultados encontrados nos caleulos. Tabela 4— Resultados obtidos conforme os dois modelos de céileulo da NBR 6118/2003. Modelo de 8 Processo de Avy (em’/m) Caleulo ° Caleulo ‘Apoio A | Apoio B Modelo I 45 [Norma 2,49 Simplificado 2.40 Modelo II 30 [Norma 1,81 2,51 Simplificado 1,81 2,50 45 Norma 3,04 4,20 Simplificado 3,03 419 16.3 Detalhamento da Armadura Transversal Dentre as varias possibilidades de valores para a armadura transversal, optou-se pelo modelo de calculo I, O detalhamento encontra-se mostrado na fig. 32. a) Didmetro do estribo: segundo a eq. 40: Smm — <250/10<25 mm b) Espagamento maximo: segundo a eq. 42: 0,67 Vera = 0,67 . 868,0 = 581,5 KN Vsa,4 = 232,1 < 581,5 kN > s<0,6d<30cm 0,6 d= 0,6 . 80=48 cm > Portanto, s < 30 cm Vsap=262,1<581,5KN => s<0,6d<30cm Portanto, $< 30 em 1309 ~ Bstruturas de Concreto I! Dimensionamento de Vigas de Concreto Armado ao Esforco Cortante 66, ©) Espagamento transversal entre os ramos do estribo: segundo a eq. 43: 0,20 Vaaa = 0,20 . 868,0 = 173,6 KN Vsua>173,6KN © Vsin>173,6KN => 9 $0,6d 35 em 0,6d=0,6.80=48cem => _Portanto, s $35 em 4) Escolha do diémetro e espagamento dos estribos Para as armaduras calculadas segundo o modelo de célculo I, de 2,49 cm*/m no apoio A e de 3,45 cm*/m no apoio B. considerando estribo vertical composto por dois ramos e diametro de 5 mm (1 5 mm = 0,20 cm’), tem-se para 0 apoio A: Agu = 2,49 em?/m < Agw nin = 2,56 em?/m => 5,6cm =0,0256em/em< > Para 0 apoio B: 16cm 20m 75cm 25em 000m 4 Fig. 32 - Detalhamento dos estribos ao longo do vao livre da viga.

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