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LICAD DA

ESCOLA
ADULTOS·PROFESSOR

SABATINA COM COMENTÁRIOS DE


ELLEN G. WHITE

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UII !
Eu estudo minha lição
#NaContramão
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Participe do Quiz da Liç ão da Escola Sabatina .
Aponte a cã mera do seu ce lular para o QR Code .
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ANO BÍBLICO
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MARÇO 19 D 1 Reis 20, 21 12 D 2 Crônicas 8, 9 4 O Jó8-10

20 D 1 Reis 22; 2 Reis 1 13 D 2Crônicas 10-13 O Jóll -14

••
30 O 1 Samuel 24-27 21 D 2 Reis 2, 3 14 D 2Crônicas 14-16 O Jó15-17
31 D 1 Samuel 28-31 22 D 2 Reis 4, 5 15 D 2 Crônicas 17-20 D Jó18, 19
23 D 2 Reis 6-8 16 D 2Crônicas 21-23 D Jó20,21
ABRIL 24 D 2 Reis 9-11 17 D 2 Crônicas 24, 25 9 D Jó22-24

••
25 D 2 Reis 12-14 18 D 2 Crônicas 26-28 10 D Jó 25-28
1' 0 2 Samuel 1-4 26 D 2 Reis 15-17 19 D 2 Crônicas 29-31 11 D Jó 29-31
2 o 2 Samuel 5-7 27 D 2Reis18, 19 20 D 2 Crônicas 32, 33 12 D Jó 32-34
3 o 2 Samuel 8-10 28 D 2 Reis 20, 21 21 D 2Crônicas 34-36 13 D Jó 35-37
4 O 2 Samuel 11, 12 29 D 2 Reis 22, 23 22 D Esdras 1-3 14 D Jó38-42
o
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5 2 Samuel 13, 14 30 D 2 Reis 24, 25 23 D Esdras 4-6 15 D Salmos 1-9
6 o 2Samuel 15-17 MAIO 24 D Esdras 7-10 16 D Salmos 10-17
7 D 2 Samuel 18, 19 25 D Neemias 1-4 17 D Salmos 18-22
8 D 2 Samuel 20, 21 1' O 1Crônicas 1-3 26 D Neemias 5-8 18 D Salmos 23-30

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9 D 2 Samuel 22-24 2 O 1 Crônicas 4-6 27 D Neemias 9-11 19 D Salmos 31-35
10 D 1 Reis 1, 2 3 o 1Crônicas 7-9 28 D Neemias 12, 13 20 D Salmos 36-39
11 D 1 Reis 3, 4 4 O 1 Crônicas 10-12 29 D Ester 1-4 21 D Salmos 40-45
30 D Ester 5-7
12 D 1 Reis 5, 6 o lCrônicas 13-16 31 D Ester 8-10
22 D Salmos 46-50
13 D 1 Reis 7, 8 o 1Crônicas 17-20 23 D Salmos51-55
14
15
16
17
D 1 Reis 9, 10
D 1 Reis 11 , 12
D 1 Reis 13, 14
D 1 Reis 15, 16
D 1 Crônicas 21 -24
D 1 Crônicas 25-27
9 D 1 Crônicas 28, 29
10 D 2 Crônicas 1-4
JUNHO
1' O Jól ,2
2 O Jó3-5
24 D
25 D
26 D
27 D
Salmos 56-61
Salmos 62-67
Salmos 68-71
Salmos 72-77
•••
••
18 D 1 Reis 17-19 11 D 2 Crônicas 5-7 3 O Jó6, 7 28 D Salmos 78-80

MEU COMPROMISSO
PELA GRAÇA DE DEUS
••
••
.i;
D Estudarei a Bíblia e a Lição da Escola Sabatina todos os dias.
..,~
D Participarei ativamente da minha Unidade de Ação e do Pequeno Grupo. <
m
D Compartilharei estudos bíblicos. e
!:;

••
ASSINATURA


••LICÃD DA ABR I MAi I JUN 12024

•• ESCOLA SABATINA ADULlOS ·PROFESSOR


Publicação trimestral - no 516 - ISSN 1414-364X

•• O grande
•• conflito
••
A Lição da Escola Sabatina dos Adultos é pre- ÍNDICE

••
parada pelo Departamento da Escola Sabatina 1. A guerra por trás de todas as guerras ................... 7
e Ministério Pessoal da Associação Geral dos
Adventistas do Sétimo Dia . 2. A questão central: amor ou egoísmo? ................ 18
20% das ofertas de cada sábado são dedicados 3. A luz brilha na escuridão ......................... 29

••
aos projetos missionários ao redor do mundo, in-
cluindo os projetos especiais da Escola Sabatina. 4. Em defesa da verdade .... . ............... 40
A Casa Publicadora Brasileira é a editora oficial- 5. Fé contra todas as dificuldades 51
mente autorizada a traduzir, publicar e distribuir,

••
6. As duas testemunhas 62
com exclusividade, em língua portuguesa, a Lição
da Escola Sabatina, para todas as faixas etárias, 7. Motiva dos pela esperança .. 73
sendo proibida a sua edição, alteração, modificação,
adaptação, tradução, reprodução ou publicação, 8. Luz do santuário ... 84

•• @
de forma total ou parcial, por qualquer pessoa ou
entidade, sem a prévia e expressa autorização por
escrito de seus legítimosproprietáriosetitulares.
9. O fun damento do governo de Deus .
10. Espiritualismo exposto ..................... 106
95

•• .... Todos os direitos reservados. Proibida a reprodu-


ção total ou parcial, por quaisquer meios, sejam
impressos, eletrônicos, fotográficos ou sonoros,
entre outros, sem prévia autorização por escrito
11. Conflito iminente
12. Eventos finais
13. Ot ri unfo do amor de Deus .................................... 139
. 117
..... 128

••
da editora.

Autor: Mark Finley Visite nosso site para obter Copyright © da edição internacional:
Autor do Auxiliar do Professor: Gheorghe comentário adiciona! sobre General Conference of Seventh-day Adventists,
Razmerita (Professor no Instituto Internacional esta lição: www.cpb.com.br Silver Spring, EUA.

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Adventista de Estudos Avançados, nas Filipinas) E-mail: licaoes@cpb.com.br
Tradutores: Fernanda Caroline de Andrade Souza Twitter:@LEScpb Direitos internacionais reservados.
e Camilla Rodrigues Seixas Guimar~es
Editor: André Oliveira Santos Exemplar Avulso: R$16,SO Direitos de traduçJo e publicaçJo
Revisoras: Rosemara Santos, Esther Fernandes Assinatura Anual: R$ S3,30 em Jlngua portugueg reservados J
e Adriana Teixeira

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Exemplar Avulso Espiral: R$19,SO

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Editor de Arte: Thiago Lobo Casa Publicadora Brasileira
Proieto Gráfico e Capa: Assinatura Anual Espiral: R$ 68,30 <li P" Rodovia SP 127 - km 106
André Rodrigues e Eduardo Olszewski
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Programação Visual: Eduardo Olszewski Lição+ Coment. EGW - Avulso: RS 29,90 18170-970 - Tatui, SP
Ilustração de Cc1pa: Thiago Lobo Lição+ Coment. EGW - Ass. Anual. RS 99,30 Tel.: (15) 3105-8800
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A LiçJo da Escola Sabatina
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da Propriedade Industrial.
Diretor-Geral. Edson Erthal de Medeiros
Diretor Financeiro: Uilson Garcia
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Domingo, das 8h30 as 14h. Gerente Comercial: Filipe Corrêa de Uma
E-mail: sac@cpb.com.br

Esta lição pertence a: ___________________ __


Igreja: _____________ Fone: _______ _ _ _ __
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ESCOLA SABATINA VIVA
••
E scola Sabatina Viva é a estrutura efetiva para
o pastoreio e a mobilização dos membros
para o cumprimento da missão local e mundial ••
••
da igreja. Considera suas Unidades de Ação/
Pequenos Grupos como "mini-igrejas" e, ao mesmo
tempo, os professores como "pastores e líderes
missionários" desse pequeno rebanho.
Para alcançar a excelência na Escola Sabatina Viva, todos os mem-
bros da igreja precisam participar ativamente das Unidades de Ação e ••
dos Pequenos Grupos. É por meio dessa integração que nos uniremos no
estudo da Bíblia, na oração e no companheirismo para cumprir a missão
local e mundial.
••
Utilizamos o aplicativo 7me e o sistema de secretariaACMS para geren-
ciar e avaliar os indicadores da excelência na Escola Sabatina Viva: ••
SEMANALMENTE
■ Estudo diário da lição;
■ Unidade de Ação (alunos participando dos Pequenos Grupos);
••
■ Estudos bíblicos.

TRIMESTRALMENTE
••
■ Classe de professores (presencial ou virtual);
■ Visitação e pastoreio; ••
■ Ações solidárias;
■ Batismos;
■ Ofertas missionárias para as missões mundiais. ••
Todas as Unidades de Ação/Pequenos Grupos que alcançarem o padrão
de excelência receberão o "Reconhecimento de Excelência", de acordo com ••
o contexto de cada União e Associação.
Ellen G. White escreveu: ''A Escola Sabatina deve ser um dos maiores
instrumentos, e o mais eficaz, em levar pessoas a Cristo" (Conselhos Sobre
••
a Escola Sabatina, p. 10). Por essa razão, o objetivo não é apenas alcançar
a excelência. Nosso maior alvo é conquistar pessoas para a vida eterna e
preparar um povo para o encontro com Jesus.
••
Departamento de Escola Sabatina
Divisão Sul-Americana da IASD
••
O grande conflito
••
•• Introdução

•• A história do grande conflito


•• entre Cristo e Satanás

•• S e lhe perguntassem: "Que tema central percorre toda a Bíblia?", como


você responderia? Jesus? O plano da salvação? A cruz? Sim para os três,
é claro! Mas esses três temas importantes se desdobram tendo como base

•• um cenário ainda mais abrangente: "o grande conflito". Esse tema permeia
a Bíblia, de Gênesis a Apocalipse .
O grande conflito começou no Céu com a rebelião de Lúcifer contra

•• Deus. No centro desse conflito cósmico está o amor de Deus. Ele é total-
mente amoroso? Ele tem em vista o melhor para Suas criaturas? Ou Ele é
um ditador autoritário que deseja apenas o que é de Seu interesse?

•• As lições deste trimestre traçam a história do mundo a partir do ponto


de vista divino, como a profecia a revela, desde a época de Cristo através

••
dos séculos até os nossos dias e além. A natureza divina é o amor e, por-
tanto, todos os atos divinos são amorosos, embora isso nem sempre seja
evidente para os seres humanos finitos ou mesmo para os anjos. Mas o

••
amor de Deus é progressivamente revelado à medida que o grande con-
flito se desenrola. Vemos sua altura e profundidade mais claramente por
meio da cruz. No Calvário, o amor de Deus foi demonstrado diante de todo

•• o Universo, quando Cristo deu a vida para redimir a humanidade e asse-


gurou a derrota de Satanás .
Contudo, a batalha segue feroz. Satanás tentou destruir Jesus na cruz

•• e, ao longo dos séculos, o vemos tentando destruir o povo de Deus. Embora


Satanás tenha perseguido cruelmente a igreja de Cristo e massacrado
milhões, o Senhor sempre esteve presente com Seu povo e nunca o deixará.

•• Neste trimestre, a lição resumirá os principais acontecimentos do


grande conflito, começando pela rebelião no Céu. Examinaremos as ques-
tões centrais do conflito entre Cristo e Satanás. Veremos a coragem inven-

•• cível dos valdenses, apesar da feroz perseguição, e a determinação dos


reformadores de seguirem a verdade bíblica mesmo em face da tortura,
das correntes, da fogueira e do martírio .

•• Ao comentar sobre a fé desses gigantes espirituais, Ellen G. White decla-


rou: "A Bíblia era sua autoridade, e por seus ensinos provavam todas as

••
doutrinas e reivindicações. A fé em Deus e em Sua Palavra sustentava
aqueles homens santos, ao renderem eles a vida na fogueira" (O Grande
Conflito [CPB, 2021], p. 212) .

• Abr • Mai • Jun 2024 1 s 1


A Reforma acendeu uma tocha de verdade que ainda queima inten-
samente. A fé fundamental dos reformadores nas Escrituras e sua firme ••
convicção na salvação pela graça mediante a fé abriram o caminho para
a ascensão do movimento do advento, defendido por Guilherme Miller e
por uma multidão ao redor do mundo. ••
A Igreja Adventista do Sétimo Dia foi levantada por Deus para edifi-
car sobre o alicerce estabelecido pelos reformadores, a fim de restaurar
as verdades bíblicas perdidas de vista ao longo dos séculos. Central para a ••
sua missão é proclamar ao mundo as três mensagens angélicas de Apoca-
lipse 14:6-12, a última advertência de Deus para o planeta antes da volta
de Jesus Cristo, quando o mal será destruído e o mundo será restaurado.
••
Essa proclamação desperta a ira de Satanás, retratado como um dragão
pelo apóstolo João: "O dragão ficou irado com a mulher e foi travar guerra
com o restante da descendência dela, ou seja, os que guardam os manda-
••
mentos de Deus e têm o testemunho de Jesus" (Ap 12:17). Também estu-
daremos os eventos finais do grande conflito, incluindo o triunfo do amor ••
••
de Deus sobre todos os principados e potestades do inferno. Esses even-
tos inauguram a criação dos novos Céus e da nova Terra.
Embora a base das lições deste trimestre seja a Bíblia, usaremos o livro

••
O Grande Conflito, de Ellen G. White, como esboço temático ao estudar-
mos esse tema extraordinário. Os capítulos utilizados em cada lição estão
indicados para facilitar o uso como livro complementar para estudo mais
aprofundado e compartilhamento, a fim de que possamos conhecer mais
plenamente "o amor de Cristo, que excede todo entendimento" (Ef 3:19) .
••
Natural de Connecticut, EUA, Mark Finley, evangelista internacional-
mente conhecido, foi vice-presidente da Associação Geral da Igreja Adven-
tista do Sétimo Dia (2005 a 2010). Depois de sua jubilação, foi chamado a ••
servir como assistente do presidente da Associação Geral. O pastor Finley
e sua esposa, Ernestine, têm três filhos e cinco netos .
••
Notas do editor:
1. As perguntas de seg unda a quinta, com alternati vas de múlt ipla escolha, são elaboradas pa ra dinamizar e fa cili-
ta r o estud o. A lição de sexta traz respost as para essas questões. As respostas não exc luem a possibil idade de in-
••
terpretações diferentes em pontos pa ra os quais não há uma cla ra defini ção bíblica nem uma posição da Igreja.
2. A versão bíblica adotada nesta Lição é a Nova Almeida Atualizada . Out ras versões ut ilizadas são iden-
t ifica das como seg ue: NTLH - Nova Tra dução na Linguagem de Hoje; NVI - Nova Versão Internacional;
ARC - Alm eida Revista e Corrig ida no Brasil; ARA - Almei da Revist a e Atualizada. ••
••
••
161 O gra nde confl it o

•• A guerra por trás
Lição

•• de todas as guerras 1
••
••
••
VERSO PARA MEMORIZAR: "Então
estourou a guerra no Céu. Miguel e os Seus
anjos lutaram contra o dragão. Também o
dragão e os seus anjos lutaram, mas não

••
conseguiram sair vitoriosos e não havia
mais lugar para eles no Céu" (Ap 12: 7, 8).

•• Leituras da semana: Ap 12:7-9;


Ez 28:12-15; Is 14:12-14; Gn 3:15;

•• Jo 17:24 -26

•• Sábado, 30 de março RPSP: EzS

•• S e Deus é tão bom, por que o mundo é tão mau? Por que coisas ruins
acontecem com pessoas boas? Na lição desta semana, examinaremos

••
o longo conflito entre o bem e o mal. Partindo da rebelião de Lúcifer no
Céu, estudaremos sobre a origem do mal e a longanimidade de Deus ao li-
dar com o problema do pecado .

••
O amor de Deus é incrível. Sua natureza é amor (lJo 4:7, 8). Todas as
Suas ações são de amor (Jr 31:3). O amor não pode ser forçado, coagido
ou imposto como lei. Ellen G. White afirmou: "Só o amor desperta amor"

•• (O Desejado de Todas as Nações [CPB, 2021), p. 11). Negar o poder da escolha


é destruir a capacidade de amar; e destruir a capacidade de amar é erradi-
car a possibilidade de ser feliz . Deus ganha nossa lealdade por meio de Seu

•• amor. Ele lida com o grande conflito entre o bem e o mal de tal forma que
o pecado nunca mais surgirá no Universo. O propósito divino é demons-
trar diante do Universo que o Senhor sempre agiu visando o bem de Suas

•• criaturas. Olhar o mundo pelas lentes do amor divino, à luz do grande


conflito entre o bem e o mal, nos assegura de que o certo triunfará sobre
o errado, e isso para sempre .

•• *Esta lição está baseada nos capítulos 29 e 30 do livro O Grande Conflito .

Abr • Mai • jun 2024 171


Domingo, 31 de março
••
li ••
RPSP: Ez6

Guerra no Céu
1. Leia Apocalipse 12:7-9. O que essa passagem revela sobre a liberdade
existente no Céu e a origem do mal? Quando Lúcifer se rebelou, de que ••
••
maneira Deus poderia ter reagido?

O Apocalipse descreve um conflito cósmico entre o bem e o mal. Sata-


nás e seus anjos guerrearam contra Cristo e, por fim, foram expul- ••
sos do Céu. Parece extremamente estranho que uma guerra tenha surgido
num lugar tão perfeito. Por que isso aconteceu? Um Deus amoroso criou
um anjo demoníaco que iniciou uma guerra? Havia algum defeito fatal nes- ••
se anjo que o levou a se rebelar? A Bíblia explica a origem do mal.

2. Compare Ezequiel 28:12-15 com Isaías 14:12-14. O que passou na mente ••


desse ser angélico chamado Lúcifer que o levou à rebelião?

••
Deus não criou um diabo. Ele criou um ser de brilho deslumbrante cha-
mado Lúcifer. Esse ser angélico foi criado perfeito. Fazia parte de sua per-
••
feição a liberdade de escolha - um princípio fundamental do governo de
Deus, que opera pelo amor, não pela coerção. O pecado originou-se com ••
••
Lúcifer no próprio Céu. Não há explicação lógica da razão pela qual esse
anjo perfeito permitiu que o orgulho e o ciúme criassem raízes em seu
coração e se desenvolvessem em rebelião contra seu Criador.

••
Lúcifer, um ser criado, desejou a adoração que pertencia apenas ao
Criador. Ele tentou usurpar o trono de Deus questionando a autoridade
Dele. Sua rebelião resultou numa guerra declarada no Céu.
Embora Deus tenha sido paciente com Lúcifer, não podia permitir que
ele arruinasse o Céu com sua rebelião. "Os concílios celestiais insistiram
com Lúcifer. O Filho de Deus lhe apresentava a grandeza, a bondade e a jus- ••
tiça do Criador, bem como a natureza sagrada e imutável de Sua lei. Deus
mesmo havia estabelecido a ordem do Céu, e, afastando-se dela, Lúcifer
desonraria seu Criador, trazendo sobre si a ruína. No entanto, a adver-
••
tência feita com amor e misericórdia infinitos apenas despertou o espí-
rito de resistência" (Ellen G. White, O Grande Conflito [CPB 2021], p. 414).
••
Que lições você pode tirar sobre o caráter de Deus ao lidar com o mal?
IBI O grande confl ito
••
Segunda, 12 de abril RPSPcE,7 1

Lúcifer engana, Cristo prevalece

O orgulho de Satanás amadureceu e se tornou uma rebelião declarada.


Ele acusou Deus de ser injusto e desleal. Contaminou os anjos com
suas dúvidas e acusações.

3. O que Apocalipse 12:4 revela sobre a habilidade de Sat anás para enga-
nar? Quantos dos anjos caíram em suas mentiras sobre Deus?

••
Quando a guerra surgiu no Céu, os anjos tiveram de decidir: seguiriam
a Jesus ou a Lúcifer? Qual foi a natureza dessa guerra? Foi uma guerra
física, de ideias ou as duas coisas? Não sabemos os detalhes, mas o con-

•• flito foi físico o suficiente para que Satanás e seus anjos fossem "expul-
sos", e não houvesse "mais lugar para eles no Céu" (Ap 12:8, 9). Essa guerra,
obviamente, incluiu algum tipo de elemento físico .

•• Uma coisa podemos afirmar sobre a guerra no Céu: todo anjo teve de
decidir a favor ou contra Cristo. A quem seguiriam? De quem seria a voz
que ouviriam? Os anjos leais escolheram ser obedientes aos mandamen-

•• tos amorosos de Cristo, ao passo que um terço dos anjos ouviu a voz de
Lúcifer, desobedeceu a Deus e perdeu o Céu. Também nós, neste tempo crí-
tico da h istória, somos chamados a decidir a favor ou contra Cristo. Deve-

•• mos declarar de que lado estamos: de Cristo ou de Satanás .

4 . Leia Gênesis 2:15-17; Êxodo 32:26; Josué 24:15; 1 Reis 18:20 , 21 e Apoca-

•• lipse 22:17. Que princípio fundamental do grande conflito esses versos


nos ensinam?

••
••
Quando Deus criou a humanidade, Ele incorporou profundamente em
nosso cérebro a capacidade de raciocinar e escolher. A essência da huma-
nidade é a capacidade de fazer escolhas morais. Não somos robôs. Fomos

•• criados à imagem de Deus, diferentes dos animais quanto à capacidade de


escolher e seguir princípios espirituais eternos. Desde a rebelião de Lúcifer
no Céu, e desde a queda do ser humano, Deus chama Seu povo a respon-

•• der ao Seu amor e ser obediente à Sua lei, escolhendo servi-Lo .

Que lições aprendemos da batalha no Céu que se aplicam à nossa batalha contra o

• mal? Se Satanás enganou seres perfeitos, será que pode nos enganar?
Abr • Mai • Jun 2024 191
Terça, 2 de abril RPSP: Ez8
••
li O planeta Terra se envolve
••
D eus criou a Terra perfeita. Lemos na Bíblia que Ele "viu tudo o que ha-
via feito, e eis que era muito bom" (Gn 1:31). Não havia mancha de
pecado ou mal em lugar nenhum. Mas Ele deu a Adão e Eva a mesma liber- ••
••
dade de escolha que havia dado a Lúcifer. Ele não queria robôs na Terra,
assim como não queria robôs no Céu.
O Senhor plantou uma árvore no jardim e a chamou de árvore do conhe-

••
cimento do bem e do mal. Ele fez questão de falar com Adão e Eva sobre
isso, pois queria ter certeza de que soubessem que tinham uma escolha.
Satanás foi à árvore e, visto que Eva se demorava ali, ele lhe disse:

••
"'É certo que vocês não morrerão. Porque Deus sabe que, no dia em que dele
comerem, os olhos de vocês se abrirão e, como Deus, vocês serão conhece-
dores do bem e do mal"' (Gn 3:4, 5). Em outras palavras, "Se você comer
desta árvore, entrará em uma nova esfera de existência, sentirá emoção,
terá uma sensação que nunca teve antes. Eva, Deus está privando você de
algo. Aqui, pegue o fruto proibido e coma-o." ••
Quando Eva, e mais tarde Adão, fizeram sua escolha, abriram uma
porta que Deus queria manter fechada para sempre. Era a porta para o
pecado, para o sofrimento, a aflição, a doença e a morte. ••
5. Leia Gênesis 3:1-3; Romanos 3:23; 5:12. O que esses textos têm em co-
mum? Descreva os principais resultados do pecado que afligem toda a
••
humanidade.
••
••
Em essência, o pecado é rebelião contra Deus. Ele nos separa do Criador. ••
Uma vez que Deus é a fonte da vida, separar-se Dele leva à morte. Tam-
bém leva à preocupação, ansiedade, doença e enfermidade. O sofrimento
em nosso mundo é, basicamente, resultado de viver em um planeta devas- ••
tado pelo pecado. Isso certamente não significa que toda vez que sofre-
mos ou ficamos doentes é porque pecamos, e sim que cada um de nós é
afetado por viver em um planeta assolado pelo pecado. ••
Leia Gênesis 3:15; Levítico 5:5, 6; João 1:29. Que promessa Deus fez a Adão e Eva no jar-
dim depois que pecaram e que lhes deu esperança, apesar da culpa e do desespero? ••

O que Ele fez no Éden que apontava para a solução futura do problema do pecado?
110 I O grande conflito
•• Quarta, 3 de abril RPSPcE,9 1 1

•• O amor encontra um caminho

Q uando Adão e Eva pecaram, Deus lhes disse que deveriam deixar seu

•• lar. Dali em diante, eles viveriam com aflição e sofrimento. Teriam de


sofrer e finalmente morrer sem esperança? A morte seria o fim de tudo?
Foi então que Deus lhes deu a promessa registrada em Gênesis 3:15.

•• Olhando diretamente para Satanás, a serpente, Ele disse: "Porei inimizade


entre você e a mulher, entre a sua descendência e o Descendente dela. Este
lhe ferirá a cabeça, e você Lhe ferirá o calcanhar". Talvez, naquele momento,

•• eles não tenham entendido por completo o que essa promessa significava,
mas sabiam que podiam ter esperança. De alguma forma, através da des-
cendência da mulher, a redenção deles viria .

•• O Descendente da mulher é Jesus Cristo (Gl 3:16). Na cruz, Satanás


feriu Seu calcanhar, mas Jesus naquele dia esmagou a cabeça da serpente,

••
garantindo que a porta do sofrimento e da morte que Adão e Eva abriram
um dia será fechada .

•• 6. Leia Hebreus 2:9; Gálatas 3:13; 2 Coríntios 5:21. O que esses versos nos
dizem sobre a imensidão do sacrifício de Cristo na cruz?

• Você já se perguntou se Deus o ama? Olhe para a cruz, para a coroa de


espinhos, para os pregos em Suas mãos e pés. Em cada gota do sangue que
Jesus derramou no Calvário, Deus diz: Eu amo você. Quero estar no Céu com
você. Você pecou, vendeu-se para o inimigo e é indigno da vida eterna, mas Eu
paguei o resgate para salvá-lo. Você não precisa se perguntar se é amado.
Basta olhar para a cruz.
Na Bíblia lemos de um Jesus que veio a este mundo, passou por aflição,
decepção e dor como todos os seres humanos. Está revelado um Cristo que
enfrentou as mesmas tentações que enfrentamos - que triunfou sobre os
principados e potestades do inferno, em Sua vida e em Sua morte na cruz
- tudo em favor de cada um de nós.
Pense nisto: Jesus, Aquele que criou o cosmos (Jo 1:3), desceu do Céu
e não apenas veio ao mundo caído, mas sofreu nele de um modo que nin-
guém jamais sofrerá (Is 53:1-5). Ele fez isso porque nos amou. Que motivo
poderoso para se ter esperança!

Como Cristo respondeu às acusações de Satanás na cruz? À luz do grande conflito


entre o bem e o mal, o que Sua morte realizou?
Abr • Mai • Jun 2024 111 1
••
li O
Quinta, 4 de abril RPSP:Ez10

Nosso Sumo Sacerdote


que Jesus fez por nós na cruz O habilita também a interceder por nós
••
no Céu. Nosso Senhor ressuscitado é nosso grande Sumo Sacerdote,
que provê tudo o que precisamos para ser salvos e viver no reino de Deus
para sempre.
••
7. Leia Hebreus 4:15, 16; 7:25. Como esses versos nos dão segurança em um
mundo de tentação, sofrimento, doença e morte?
••
••
Lemos que Ele "foi tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas
sem pecado" (Hb 4:15). E acrescenta: "Portanto, aproximemo-nos do trono ••
••
da graça com confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos
graça para ajuda em momento oportuno" (Hb 4:16).
Jesus nos apresenta diante do Universo revestidos de Sua justiça, sal-
vos por Sua morte e redimidos por meio de Seu sangue. Tudo o que deve-
ríamos ter sido, Ele foi. Em Cristo não há condenação pelos pecados do
nosso passado. Em Cristo, nossa culpa não existe, e por Sua poderosa inter- ••
cessão, o domínio do pecado em nossa vida é quebrado. As correntes que
nos prendiam são soltas e somos libertos.
••
8 . Leia João 17:24-26. Qual é o anseio de Cristo no grande conflito?
••
"Ao ser consumado o grande sacrifício, Cristo ascendeu aos Céus,
recusando a adoração dos anjos antes que apresentasse o pedido: 'A Minha
vontade é que onde Eu estou, estejam também Comigo os que Me deste'
••
(Jo 17:24). Então, com amor e poder inexprimíveis, veio a resposta, do
trono do Pai: 'E todos os anjos de Deus O adorem' (Hb 1:6). Mancha alguma
repousava sobre Jesus. Terminara a Sua humilhação, completara-se o Seu
••
sacrifício, fora-Lhe dado um nome que é acima de todo nome" (Ellen G.
White, O Grande Conflito [CPB, 2021], p . 419). Acima de tudo, Jesus quer ••
que estejamos com Ele no Céu. O Seu desejo, a razão de Sua morte e inter-
cessão, é nos salvar. Você tem uma necessidade? Diga a Jesus. Onde há
tristeza, Ele consola; onde há medo, Ele traz paz; onde há culpa, Ele per- ••
doa; onde há fraqueza, Ele traz força.
••

Por que Cristo Se sacrificou por nós? O que nos torna tão valiosos para Ele?
l 12 1 O grande conflito
•• a
•• Sexta, 5 de abril

Estudo adicional
RPSP, E,11

•• 11
Banindo Satanás do Céu, Deus declarou Sua justiça e manteve a honra
de Seu trono. No entanto, quando o ser humano pecou, cedendo aos

•• enganos desse espírito apóstata, Deus ofereceu uma prova de Seu amor,
entregando o Filho unigênito para morrer pela raça decaída. Na expiação,
o caráter de Deus é revelado. O poderoso argumento da cruz demonstra

•• a todo o Universo que o governo de Deus não foi, de forma alguma, res-
ponsável pela conduta pecaminosa que Lúcifer adotou" (Ellen G. White,
O Grande Conflito [CPB, 2021], p. 418, 419).

•• "A cruz do Calvário, ao mesmo tempo que declara que a lei é imutá-
vel, proclama ao Universo que 'o salário do pecado é a morte' (Rm 6:23) .
No grito agonizante do Salvador - 'Está consumado!' (Jo 19:30) -, soou

•• a sentença de morte de Satanás. Decidiu-se então o grande conflito que


durante tanto tempo estivera em andamento, e confirmou-se a erradica-

•••
ção do mal. O Filho de Deus transpôs os umbrais do túmulo, 'para que, por
Sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo"'
(Hb 2:14; O Grande Conflito, p. 421) .

Perguntas para consideração

•• 1. Se Deus sabia que Lúcifer pecaria, por que lhe deu o poder de escolha?
Quando surgiu o mal, por que Deus não o aniquilou? Qual reação o Uni-
verso santo teria se Deus eliminasse Lúcifer de imediato? O conceito do

•• interesse universal no plano da salvação (lPe 1:12; Ap 5:13; 16:7) é im-


portante para entender o grande conflito?

••
2. Que razões houve para a morte de Cristo? Foi para revelar o caráter
de Deus? Foi para pagar o preço do resgate pelo pecado? Nesse caso, a
quem o resgate foi pago? Compartilhe seus pensamentos e justifique-os

•• pela Bíblia .
3. O que significa a expressão "o grande conflito"? Discuta os vários aspec-
tos do grande conflito e como a lição desta semana se aplica à sua vida .

•• 4. Que textos bíblicos falam sobre o grande conflito? (Jó l; 2; Ef 6:12) .


5. Em que aspecto a compreensão dos adventistas sobre o grande conflito
é singular em comparação com as demais denominações cristãs? O que

•• os diferencia?
Respostas e atividades da semana: 1. Os seres celest es também t êm poder de escolha. Lúci f er escolheu se re-
belar. Deus poderia t er destruído Lúcifer de imediat o. 2. Ele desejou a adoração que pertencia apenas ao Criador.

••
3. Sata nás é muito habilidoso em engana r e persuadir. A terça parte dos anjos decidira m segui- lo. 4 . A liberdade de
escolha. 5. Todos somos pecadores. O pecado t ro uxe morte, preocu pação, ansiedade e doença. 6 . Jesus nos amou
a ponto de deixar o Céu e vir padecer em nosso lugar. 7. Temos um Sumo Sacerdot e que interce de por nós. 8. Que
estejamos com Ele no Céu .

• Abr • Mai • )un 2024 113 1


AUXILIAR DO PROFESSOR - LIÇÃO 1
••
li A guerra por trás de todas as guerras ••
TEXTO-CHAVE : Apocalipse 12:7, 8 ••
#NaContram
FOCO DO ESTUDO: Ap 12:7-9 ; CL 1:16; Ez 28 :12-15; Is 14:12-14; Jo 17:24; Gn 3:15
••
ESBOÇO

Introdução: A lição desta semana aborda a questão do conflito cósmico ou o grande


#NaContramão
conflito entre Cristo e Satanás. Começaremos o estudo investigando tanto a origem do
••
mal quanto a solução de Deus para a queda da humanidade no pecado.
Vários aspectos do conflito cósmico merecem nossa reflexão. Para começar, o grande
conflito não é perpétuo, pois se originou no Céu quando Lúcifer, um ser criado, liderou um ••
grupo de anjos rebeldes que desafiaram a Deus, o eterno Criador e Rei de todos os seres.
Sendo assim , se o mal e o diabo tiveram um começo, certamente terão um fim . ••
••
Em segundo lugar, o conflito cósmico mostra a drástica incompatibilidade entre o
bem e o mal. Nenhuma das partes pode coexistir ou tolerar a outra : cada grupo anseia
pela extinção do outro. Quando o mal surgiu, ele desafiou a própria ideia do direito de

••
Deus existir e governar, mesmo diante da Sua natureza eterna .
Além disso, o grande conflito elimina qualquer forma de dualismo filosófico ou reli -
gioso em que tanto o bem quanto o mal são coeternos , coiguais e necessários. A cosmovi-
são bíblica claramente exclui a necessidade do mal, uma vez que não precisamos dele para
conhecermos e apreciarmos o que é bom . Não necessitamos do mal para reforçar o bem .
Por fim , o fato de que o mal e o grande conflito se originaram no Céu desperta na mente ••
dos agentes mora is livres e racionais a noção de que o conflito é principalmente de natu-
reza espiritual e deve, portanto, ter uma solução de ordem espiritual. Embora o Senhor
não tenha contribuído para o surgimento do mal (na verdade, foi o mal que se levantou
••
contra Ele), o pecado não pode ser extinto sem Deus. Por sua natureza, o mal danifica os
seres e o Universo de forma fatal. Portanto, somente Deus e Seu poder sobrenatural e
criativo podem exterminá-lo completamente e remover suas consequências catastróficas.
••
É por essa razão que o plano divino da salvação não consiste simplesmente em iden-
tificar, reconhecer, envergonhar ou punir os criadores do mal. Tais medidas não são efi- ••
••
cientes, muito menos suficientes, para acabar com a maldade do Universo. Em vez disso,
o Senhor resolve o dilema do pecado ao assumir suas consequências sobre Si, em Cristo.
Por Seu poder criativo, Deus Se envolve ativamente na destruição do perverso e na puri-

••
ficação e restauração do Universo.
Temas da lição: O estudo desta semana destaca três temas principais:
1. O mal e o conflito cósmico se originaram em um Céu perfeito. Eles se espalharam
pela Terra e criaram ra ízes no coração e na mente de agentes morais livres, que foram cria-
dos à imagem de Deus.

1141 O grande conflito


••
••
••
2. A consequência final do mal e do pecado é a rebelião contra Deus e Seu reino.

••
3. O único caminho para a salvação, e para o fim do conflito cósmico, é a cruz e a media-
ção de Cristo e Seu poder criador e restaurador.

COMENTÁRIO
1
•• A doutrina adventista do grande conflito
Os adventistas do sétimo dia possuem uma visão singular sobre a origem do pecado e
sua solução. Ao contrário de outros cristãos, eles não têm uma crença específica que se

•• dedica à doutrina do pecado. Em vez disso, eles incorporam sua compreensão do pecado den-
tro do contexto da doutrina do "grande conflito". John M. Fowler aponta corretamente
que "nenhuma doutrina do pecado pode ser completa sem uma compreensão do tema

•• do grande conflito entre Cristo e Satanás, entre o bem e o mal. A soberania e o caráter
de Deus jazem em seu centro. Quando Lúcifer provocou a revolta no Céu contra Deus

••
(Ap 12 :7-9) e quando a revolta atingiu seu clímax, Deus não teve alternativa a não ser
expulsar do Céu a hoste angélica caída" ("Pecado", em Tratado de Teologia Adventista do
Sétimo Dia [CPB, 2012), p. 271) .

••
Enquanto outros cristãos também acreditam na queda de Lúcifer e de Adão e, até certo
ponto, no conflito cósmico entre Deus e Satanás, os adventistas expressaram esses con-
ceitos na forma de uma doutrina única, encapsulada na Crença Fundamental 8, intitulada
·o grande conflito":
•• "Toda a humanidade está agora envolvida no grande conflito entre Cristo e Sata-
nás quanto ao caráter de Deus, Sua lei , e Sua soberania sobre o Universo. Esse conflito

•• originou -se no Céu quando um ser criado, dotado de liberdade de escolha , por exalta-
ção própria , tornou-se Satanás, o adversário de Deus, e conduziu à rebelião uma parte
dos anjos . Ele introduziu o espírito de rebelião neste mundo, ao induzir Adão e Eva ao

•• pecado. Esse pecado humano resultou na deformação da imagem de Deus na humani-


dade, no transtorno do mundo criado e em sua consequente devastação por ocasião do
dilúvio global, conforme retratado no relato histórico de Gênesis 1 a 11. Observado por

•• toda a criação, este mundo tornou-se o palco do conflito universal, dentro do qual será
finalmente vindicado o Deus de amor. Para ajudar Seu povo neste conflito, Cristo envia o
Espírito Santo e os anjos leais para os guiar, proteger e amparar no caminho da salvação"

•• (Associação Ministerial da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia [org.), Nisto
Cremos: As 28 Crenças Fundamentais da Igreja Adventista do Sétimo Dia [CPB, 2018]. p. 124) .

••
O ensinamento bíblicó sobre a queda da humanidade no pecado também está presente
na Crença Fundamental 7, intitulada "Natureza do homem":
·o homem e a mulher foram formados à imagem de Deus com individualidade, poder

••
e liberdade de pensar e agir. Conquanto tenham sido criados como seres livres, cada um é
uma unidade indivisível de corpo, mente e espírito, e dependente de Deus quanto à vida,
respiração e tudo o mais. Quando nossos primeiros pais desobedeceram a Deus, negaram

•• sua dependência Dele e caíram de sua elevada posição. A imagem de Deus neles foi des-
figurada, e tornaram-se sujeitos à morte. Seus descendentes partilham dessa natureza

Abr • Mai • Jun 2024 l 15 I


••
a
caída e de suas consequências. Nascem com fraquezas e tendências para o mal. Mas Deus,
em Cristo, reconciliou consigo o mundo e por meio de Seu Espírito restaura nos mortais
penitentes a imagem de seu Criador. Criados para a glória de Deus, são chamados para
amá-Lo e amar uns aos outros, e para cuidar de seu ambiente" (Nisto Cremos: As 28 Crenças
Fundamentais da Igreja Adventista do Sétimo dia, p. 99).
••
Dois aspectos adicionais da doutrina adventista do grande conflito merecem nossa
atenção: (1) a origem do tema do grande conflito e (2) a sua historicidade. ••
••
Primeiramente, o tema do grande conflito surge das Escrituras e está no próprio funda-
mento da interpretação bíblica e do desenvolvimento doutrinário adventista . No comen -
tário sobre a interpretação bíblica, Ellen G. White diz:

••
"A Bíblia se autoexplica . Textos devem ser comparados com textos. O estudante deve
aprender a ver a Palavra como um todo, e também a relação entre suas partes. Deve obter
conhecimento de seu grandioso tema central, do propósito original de Deus em relação
a este mundo, da origem do grande conflito e da obra da redenção. Deve compreender a
natureza das duas forças que disputam pela supremacia , e aprender a identificar sua
atuação através dos relatos da História e da profecia , até à grande consumação. Deve ••
enxergar como esse conflito alcança todos os aspectos da experiência humana; como, em
cada ato de sua vida, ele [o estudante) revela uma ou outra daquelas duas forças antagô-
nicas; e como, quer queira quer não, ele está agora mesmo decidindo de que lado do con -
••
flito estará" (Educação [CPB, 2021), p. 135).
Como resultado dessa abordagem bíblica à interpretação, o tema do grande conflito
se entrelaça em todas as outras doutrinas bíblicas da teologia adventista . A integração
••
do tema começa com a doutrina de Deus, com a própria essência de Sua natureza como
sendo livre, amorosa , misericordiosa, reta , justa e fiel. Ao longo das Escrituras , o tema do
grande conflito continua entrelaçado com as seguintes doutrinas:
••
(a) O ensino da criação como uma expressão do amor, da liberdade e do poder de Deus.
(b) A origem da natureza humana, a sua condição atual e o destino final. ••
••
(c) A queda da humanidade de sua retidão original e a comunhão com Deus.
(d) As ações de Deus em favor da salvação, conforme manifestam-se na encarnação,
no ministério, na morte, na ressurreição , na ascensão e no ministério mediador de Cristo

••
no santuário celestial, bem como em Sua segunda vinda.
(e) O plano redentor da justificação e santificação e a promessa da glória futura para
a raça humana .
(f) O ato de Deus ao constituir Seu povo ao longo de todos os períodos da história
humana, que culminou no chamado de um remanescente no fim dos tempos dentre as igre-
jas protestantes a fim de proclamar Seu convite final de misericórdia para a humanidade.
••
(g) Os juízos pré-advento, milenar e executivo de Deus, que resultarão no término do
mal e na restauração de todas as coisas.
Em segundo lugar, o grande conflito é de natureza históriça . Como o cristianismo tradi -
••
cional integrou pressuposições e conceitos filosóficos gregos tais como a natureza imate-
rial, atemporal e ilimitada do Céu, muitos cristãos interpretam as referências bíblicas sobre
••

o conflito cósmico e a queda dos humanos no pecado como alegorias ou mitos teológicos .

l 16 I O grande conflito
•• No entanto, a interpretação histórico-gramatical adventista da Bíblia apresenta Deus como

••
pessoal e historicamente envolvido na história da queda da humanidade no pecado e na
história da salvação, Deus, Lúcifer, os anjos (tanto os rebeldes quanto os justos), Adão e
Eva , e a queda são todos personagens e eventos históricos reais . Jesus Se referiu a Sata nás
como uma pessoa literal e histórica, alguém que Ele conhecia desde antes do início da
1
•• história da Terra e que foi o originador do mal e do pecado. Certa vez, Jesus explicou aos
fariseus que eles não eram filhos de Abraão (Jo 8:39, 40) nem filhos de Deus (Jo 8:41, 42),

••
mas pertenciam ao pai deles, ·o diabo", que "foi homicida desde o princípio e não se ape-
gou à verdade, pois não há verdade nele. Quando mente, fala a sua própria língua , pois é
mentiroso e pai da mentira" (Jo 8:44, NVI) .
João, o revelador, também descreve tanto o diabo quanto o conflito cósmico que ele ins-

•• t igou como históricos. Seguindo o exemplo de Jesus, o apóstolo representa o diabo como
·a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo" (Ap 12: 7-9),

••
aquele que é o originador da guerra , do mal e do engano, tanto no Céu quanto na Terra .
O contexto imediato de Apocalipse 12 :7-9 sugere que o apóstolo João considerava como
realidades históricas o diabo e o conflito cósmico, tão históricas como o próprio Deus

••
(Ap 12 :5, 6, 10, 17), o nascimento e a ascensão de Jesus (Ap 12:5), a existência da igreja
e as perseguições contra ela (Ap 12:1, 6, 11, 13-15), e tão histórica como a cruz de Jesus,
por cujo sangue somos salvos (Ap 12 :11). Embora não saibamos á data exata do conflito

•• celestial, acreditamos que ele tenha ocorrido "antes da criação de Adão e Eva" e foi tão
histórico quanto a queda da humanidade, sendo instigado pelo próprio Satanás (Tratado
de Tealogia Adventista do Sétimo Dia, p. 274) .

•• APLICAÇÃO PARA A VIDA

•• 1. O que as pessoas de sua cultura pensam sobre a aparente existência do conflito


entre o bem e o mal? Como eles compreendem a origem do mal? Eles acreditam que o

•,.•
mal nunca vai acabar? Talvez eles pensem que o mal permanecerá ou até mesmo que ele
seja necessário para manter algum tipo de equilíbrio no Universo e na história . Como você
pode compartilhar com eles a perspectiva bíblica sobre o mal?
2. De que maneira as várias teorias sobre a origem do conflito entre o bem e o mal
afetam a compreensão sobre moralidade e resp onsabilidade humanas? Observemos, por

•• exemplo, a teoria da evolução. Como ela afeta nossa compreensão sobre a origem do mal
e, consequentemente, sobre a moralidade humana? Que outras teorias sobre a origem do
mal, além da evolução, você consegue pensar que prevalecem em sua cultura?

•• 3. Pense em maneiras que descrevam e expliquem a doutrina adventista da origem do mal,


do grande conflito e da esperança bíblica. Como você pode compartilhar essas verdades com

.••
,
amigos, vizinhos e colegas de outras denominações cristãs ou de outras religiões , filosofias
ou cosmovisões? Que elementos você incluiria no esboço de sua descrição do grande conflito?

• Abr• Mai • Jun 2024


Lição
A questão central:
••
2 amor ou egoísmo? ••
••
VERSO PARA MEMORIZAR: "Não tema,
••
porque Eu estou com você; não fique com
medo, porque Eu sou o seu Deus.
Eu lhe dou forças; sim, Eu o ajudo; sim,
••
Eu o seguro com a mão direita da
Minha justiça" (Is 41:10).
••
Leituras da semana: Lc 19:41-44;
Mt 23:37, 38; Hb 11:35-38; Ap 2:10; ••
At 2:44-47; )o 13:35

••
Sábado, 6 de abril RPSP: Ez 12 ••
magine que você é um pastor cuidando de suas cabras nas encostas do
1Monte das Oliveiras com vista para Jerusalém. Você ouve as palavras de ••
Jesus e fica surpreso com o que Ele diz. Enquanto o sol poente brilha no
templo dourado e se reflete nas magníficas paredes de mármore, Jesus
afirma: "Em verdade lhes digo que não ficará aqui pedra sobre pedra que ••
não seja derrubada" (Mt 24:2). Os discípulos ficam confusos. O que Jesus
queria dizer com essas palavras? Como elas se relacionam com o fim do
mundo sobre o qual os discípulos de Jesus perguntaram? ••
Você ouve enquanto Jesus mistura de forma magistral os eventos que
levariam à destruição de Jerusalém com os que ocorreriam antes de Seu
retorno. Na destruição de Jerusalém, observamos um prenúncio da estraté- ••
gia de Satanás para enganar e destruir o povo de Deus no fim dos tempos .
Estudaremos a dupla estratégia satânica para destruir o povo de Deus .
O que o diabo não consegue fazer pela perseguição, ele espera alcançar
••
através da concessão. Deus nunca é pego de surpresa, e nos momentos
mais difíceis Ele preserva Seu povo.
*Esta lição está baseada nos capítulos 1 e 2 do livro O Grande Conflito .
••
118 1 O grande conflito
••
•• Domingo, 7 de abril

••
RPSP: Ez 13

Um Salvador de coração quebrantado

•• O lhando para Jerusalém, Jesus ficou com o coração quebrantado .


João escreveu: "Veio para o que era Seu, e os Seus não O receberam"

••
(Jo 1:11). Jesus fez tudo o que pôde para salvar Seu povo da destruição
iminente de Sua amada cidade .
O amor de Jesus por Seu povo é infinito. Ele repetidamente apelou

•• para que se arrependesse e aceitasse Seu gracioso convite de misericórdia .

1. Qual foi a atitude de Jesus para com Seu povo e a resposta deste à Sua

•• graça? O que isso revela sobre Deus? Lc 19:41 -44; Mt 23:37, 38; Jo 5:40

••• É difícil entender a destruição de Jerusalém à luz do amor de Deus .


Milhares de pessoas morreram quando o general Tito liderou seu exército
contra a cidade. Jerusalém foi devastada. Homens, mulheres e crianças

•• foram mortos. Onde estava Deus enquanto Seu povo sofria? A resposta é
clara. Seu coração estava partido. Durante séculos Ele estendeu a mão ao
povo. Devido à rebelião, perderam a proteção do Senhor. Deus nem sem-

•• pre intervém para limitar os resultados das escolhas de Seu povo. Ele per-
mite que as consequências naturais da rebelião se desenvolvam. Deus não
causou a matança de crianças inocentes. A morte dos inocentes foi um

•• ato de Satanás, não de Deus .


Satanás se deleita na guerra, pois ela desperta os piores sentimentos
humanos. Ao longo do tempo, tem sido seu propósito enganar e destruir

•• e, depois, culpar a Deus .

••
2. Leia Mateus 24:15-20. Que instrução Jesus deu ao Seu povo para salvá-lo
da vindoura destruição de Jerusalém?

•• A maioria dos cristãos que vivia em Jerusalém em 70 d.C. era de ori-

•• gem judaica. Deus desejava preservar as pessoas. Por isso, Ele deu a instru-
ção de que, quando os exércitos romanos se aproximassem, eles deveriam
fugir da cidade .


••
Reflita sobre a seguinte afirmação: não julgamos o caráter de Deus pelos eventos que
vemos ao redor; em vez disso, filtramos os eventos através do prisma de Seu caráter
amoroso, revelado na Bíblia. Por que esse é um bom conselho?
Abr • Mai • Jun 2024 119 I
Segunda, 8 de abril RPSP: Ez14
••
Cristãos providencialmente preservados ••
a
A graça e a providência de Deus são reveladas nos eventos que levaram
à destruição de Jerusalém. Céstio Galo e os exércitos romanos cerca-
ram a cidade. Em um movimento inesperado, quando seu ataque parecia
iminente, eles se retiraram. Os exércitos judeus os perseguiram e obtive-
ram uma grande vitória.
••
••
••
Com a fuga dos romanos, os cristãos em Jerusalém fugiram para Pela,
na Pereia, além do Jordão. "O sinal prometido fora dado aos cristãos que
aguardavam, e agora todos tiveram oportunidade para obedecer ao aviso
do Salvador. Os acontecimentos foram encaminhados de tal maneira que
nem judeus nem romanos impediriam a fuga dos cristãos" (Ellen G. White,
O Grande Conflito [CPB, 2021), p. 23). ••
3. O que a Bíblia diz sobre o cuidado de Deus? SI 46:1; Is 41:10
••
••
Deus é soberano sobre os eventos na Terra para o cumprimento de Seus
propósitos . Embora às vezes Ele altere Seus planos com base em nossas ••
••
escolhas, Seu plano final se cumprirá. Os fiéis enfrentarão dificuldades
e até a morte pela causa de Cristo. Porém, nos momentos mais difíceis,
Deus sustentará e preservará Sua igreja.

4 . Até que ponto vai a batalha contra o mal? Deus permite que alguns so-
fram e até morram como mártires pela causa de Cristo. Esse fato contra- ••
diz a ideia da proteção de Deus? Hb 11:35-38; Ap 2:10

••
••
"Os esforços de Satanás para destruir a igreja de Cristo pela violência
foram em vão. O grande conflito em que os discípulos de Jesus rendiam
a vida não cessava quando esses fiéis líderes tombavam em seus postos. ••
Com a derrota, venciam. Os obreiros de Deus eram mortos, mas Sua obra ia
avante com firmeza" (Ellen G. White, O Grande Conflito [CPB, 2021), p. 32) . ••
Os escritores bíblicos certamente conheciam a dor e o sofrimento, mas escreveram
sobre o amor de Deus. Como podemos experimentar o amor de Deus por nós?
120 1 O grande conflito
• •
••
•• Terça, 9 de abril

Fiéis em meio à perseguição


RPSP: Ez 15

•• A pesar da perseguição, a igreja cristã cresceu rapidamente. Fiéis pro-


clamaram a Palavra com poder; vidas foram transformadas e deze- 2

••
nas de m ilhares se converteram .

5. Quais foram os desafios que a igreja do NT enfrentou e como ocorreu


seu crescimento? At 2:41; 4:4, 31; 5:42 e 8:1-8


••
•• Os discípulos enfrentaram ameaças (At 4:17), prisão (At 5:17, 18), per-
seguição (At 8:1) e morte (At 7:59; 12:2); contudo, corajosamente pro-
clamaram o Cristo ressuscitado, e as igrejas se multiplicaram na Judeia,

•• Galileia e Samaria (At 9:31).


O inferno foi abalado. As amarras satânicas foram desfeitas. A supers-

•• t ição desmoronou-se diante do poder de Cristo ressuscitado. O evange-


lho triunfou diante de probabilidades desanimadoras. Os discípulos já
não se acovardavam no cenáculo. O medo foi embora como uma sombra

•• que se desvanecia .
Um vislumbre do Senhor ressuscitado mudou a vida dos discípulos. Jesus
lhes deu razão para viver. O Senhor não só lhes deu a Grande Comissão

•• (Me 16:15), mas também a grande promessa: "Vocês receberão poder, ao des-
cer sobre vocês o Espírito Santo, e serão Minhas testemunhas tanto em Jeru-
salém como em toda a Judeia e Samaria e até os confins da Terra" (At 1:8).

,.•• O evangelho alcançou os cantos remotos da Terra (Cl 1:23). Embora o


último discípulo, João, tivesse morrido no fim do primeiro século, outros
pegaram a tocha da verdade. Plínio, o Moço, governador da Bitínia, na
costa norte da atual Turquia, escreveu ao imperador Trajano por volta de

•• 110 d.C. Sua declaração é significativa porque foi feita quase 80 anos após
a cruz. Plínio falou dos julgamentos que conduzia para encontrar e executar
cristãos: "Muitas pessoas de todas as idades e classes e de ambos os sexos

•• estão sendo colocados em perigo pela acusação, e isso vai continuar. O con-
tágio dessa superstição [cristianismo] se espalhou não apenas nas cidades,
mas também nas aldeias e distritos rurais" (Henry Bettenson, Documents

•• of the Christian Church [Nova York: Oxford University Press, 2011] , p. 4) .

• O que a igreja do fim dos tempos pode aprender com a igreja primitiva?
Abr • Mai • )un 2024 121 1
Quarta, 10 de abril RPSP: Ez16
••
Cuidando da comunidade
••
n
A igreja cristã primitiva cresceu não apenas porque seus membros
pregavam o evangelho, mas porque viviam o evangelho. Os crentes
seguiam o modelo do ministério de Cristo, que "percorria toda a Galileia, ••
••
ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do Reino e curando todo
tipo de doenças e enfermidades entre o povo" (Mt 4:23). Jesus Se importa-
va profundamente com as pessoas, e a igreja do NT também se importava .

••
Foi esse amor altruísta, o compromisso de satisfazer as necessidades hu-
manas e a pregação das boas-novas do evangelho no poder do Espírito
Santo, que causou tanto impacto no mundo nos primeiros séculos.

6 . Que princípios aprendemos sobre cristianismo autêntico em diferentes


situações relatadas em Atos? At 2:44-47; 3:6 -9; 6:1-7 ••
••
A igreja de Cristo era Seu corpo na Terra, e ela também, nesses pri-
••
meiros séculos, expressou o amor sacrifical e a preocupação de Jesus pela
humanidade ferida e quebrantada. Esses crentes eram exemplos vivos da
compaixão do Senhor.
••
No grande conflito que assola o Universo, o diabo quer desfigurar a
imagem de Deus na humanidade. O propósito do evangelho é restaurar
a imagem de Deus no ser humano. Essa restauração inclui cura física, men-
•• •
tal, emocional e espiritual.
Em João 10:10, Jesus revelou o Seu plano para nós. "O ladrão vem
somente para roubar, matar e destruir; Eu vim para que tenham vida e a
tenham em abundância." Ele anseia que sejamos fisicamente saudáveis,
••
mentalmente ativos, emocionalmente estáveis e espiritualmente íntegros .
Isso é especialmente verdadeiro à luz de Seu retorno prometido. Este
mundo enfrenta uma crise. As predições de Jesus anteveem condições
••
catastróficas antes de Seu retorno (Mt 24; Lc 21). Quando Cristo nos toca
com Sua graça curadora, ansiamos tocar os outros com o toque curador ••
••
de Cristo. Jesus nos envia como embaixadores Dele para tocar com o Seu
amor um mundo quebrantado. O cristianismo do NT caracterizava-se
pelo amor de uns pelos outros e por suas comunidades.

O que devemos fazer para provar que as acusações de Satanás contra Deus são falsas?
f 22 1 O grande conflito
••
••
• ••
Quinta, 11 de abril RPSP: Ez 17

Um legado de amor
f1
••
7. À luz do desafio de Satanás contra o governo de Deus, o que João revela?
O que ele diz sobre a essência do cristianismo? Jo 13:35; 1Jo 4:21

••
•• O amor era a norma das comunidades cristãs nos primeiros séculos. Ter-
tuliano afirmou: "São principalmente os feitos de um amor tão no-

•• bre que levam muitos a colocar uma marca sobre nós. Vejam, dizem, como
amam uns aos outros" (Ver Tertullian 's Apology 39, traduzido por S. Thelwall .
Disponível em: <bit.ly/3zv7QsP >).

•• Uma das maiores revelações do amor de Deus aconteceu quando duas


pandemias, a Peste Antonina (cerca de 160 d.C.) e a Peste de Cipriano
(260 d.C.) devastaram o mundo. Os cristãos ministraram aos doentes.

•• Essas pragas mataram dezenas de milhares e deixaram aldeias e cidades


inteiras com poucos habitantes. O ministério altruísta dos cristãos cau-
sou enorme impacto. Milhões de pessoas no Império Romano se tornaram

•• crentes durante essas pandemias. O cuidado dos doentes e moribundos


provocaram admiração por esses crentes e pelo Cristo que representavam .
O livro The Rise of Christianity, de Rodney Stark, é uma narrativa his-

•• tórica moderna que retrata esses eventos sob uma luz nova e melhorada.
Nela, o autor descreve como, durante a segunda pandemia, toda a comuni-

••
dade cristã, que ainda era judaico-cristã em sua maioria, tornou-se prati-
camente um exército de enfermeiros, que proviam as necessidades básicas
para a sobrevivência da comunidade sofredora. "No auge da segunda pan-

•• demia, por volta de 260 d .C., em uma carta de Páscoa, Dionísio escreveu
um longo tributo aos heroicos esforços de enfermagem dos cristãos locais,
muitos dos quais perderam a vida enquanto cuidavam dos outros.

•• "A maioria de nossos irmãos cristãos mostrou amor e lealdade ilimita-


dos. Sem se importar com o perigo, se encarregaram dos enfermos, aten-
dendo a todas as suas necessidades e ministrando-lhes em Cristo. Com

•• eles partiram desta vida serenos e felizes, pois foram infectados por outros
com a doença, atraindo sobre si a enfermidade de seu próximo e aceitando
alegremente suas dores" (Rodney Stark, The Rise of Christianity [Princeton,

•• NJ: Princeton University Press, 1996], p. 82) .

• Como aprender a morrer para o eu, para que manifestemos um espírito altruísta?
Abr • Mai • Jun 2024 l 23 I
••
Sexta, 12 de abril

Estudo adicional
RPSP: Ez18

••
os ••
a
11
esforços de Satanás para destruir a igreja de Cristo pela violên-
cia foram em vão. [.. .] Com a derrota, venciam. Os obreiros de Deus
eram mortos, mas Sua obra ia avante com firmeza. O evangelho continua-
va a se espalhar, e o número de seus conversos, a aumentar. Penetrou em
regiões que eram inacessíveis, mesmo aos exércitos romanos. Discutin- ••
do com os governadores pagãos que estavam impulsionando a persegui-
ção, um cristão afirmou: '[Vocês podem] nos matar, torturar e condenar.
[...] Sua injustiça é prova de que somos inocentes. [... ] De nada vale [... ] a
••
crueldade de vocês.' Isso era apenas um convite mais forte para conduzir
outros à mesma convicção. 'Quanto mais somos ceifados por vocês, tanto
mais crescemos em número; o sangue dos cristãos é semente"' (Ellen G.
••
White, O Grande Conflito [CPB, 2021], p. 32).
"A misteriosa providência que permite aos justos sofrerem persegui- ••
••
ção das mãos dos ímpios tem sido causa de grandes dúvidas a muitos que
são fracos na fé. Alguns decidem até deixar de confiar em Deus por Ele
permitir a prosperidade dos homens mais desprezíveis, enquanto que os

••
melhores e mais puros são afligidos e atormentados pelo cruel poderdes-
ses opressores. Pergunta-se como pode Aquele que é justo e misericordioso,
e que tem poder infinito, tolerar tal injustiça e opressão. Essa é uma ques-
tão que não nos cabe responder. Deus deu suficientes evidências de Seu
amor, e não devemos duvidar de Sua bondade por não compreendermos
a atuação de Sua providência" (O Grande Conflito, p. 36). ••
Perguntas para consideração
1. Qual é o propósito da perseguição? Por que Deus permite que Seu povo ••
sofra? Em sofrimentos que não têm explicação, por que a experiência
pessoal do amor de Deus é tâo importante para manter a fé?
2. "Onde está Deus quando estou sofrendo? Se Ele me ama, por que es- ••
tou passando por esse momento difícil?" Que resposta você daria a es-
sas perguntas?
3. Como sua igreja pode se tornar uma comunidade solidária para impac-
••
tar o mundo?
Respostas e atividades da semana: 1. Jesus lamentava a situação de Seu povo, que rejeitou o convite de miseri- ••
••
córdi a. 2. Jesus lhes inst rui u a f ug ire m para os montes. 3. Ele é nosso refú gio e socorro em meio aos problemas. El e
est á sempre conosco. 4 . O diabo nos fará passa r por t ribulações, como f ez com muitos no passado. Porém, se fo r-
mos fi eis, Deus nos dará a coroa da vida. Nest e mundo, sofreremos t ribulações e at é a morte por causa de Crist o,
mas nosso galardão é certo e nossa vit ória é ga rantida . 5. A igreja do NT enfrentou ameaças, perseg uiçã o, prisão e
morte; porém, com o poder do Espírito Santo, venceram as t ribulações e procl amaram o evang elho com poder e ou-
sadia. Assim, as igrejas se mu ltiplicaram . 6 . Os primeiros crist ãos tin ham t udo em comum; eles demonstrava m amor

••
e com paixão para com os que sofria m em sua comunida de. Eles seg uia m o exemplo de Cri st o. 7. A essência do cri s-
tianismo é o amor. Quem ama a Deus demonstra amor ao próximo. Sat anás desafi ou o govern o de Deus alegando
que era um governo injusto e egoísta. Os seguidores de Cristo devem demonstrar amor assim como o Senhor de-
monstrou em Sua vida , ministério e morte.

124 1 O grande conflito


•• AUXILIAR DO PROFESSOR - LIÇÃO 2

•• A questão central: amor ou egoísmo?

•• TEXTO-CHAVE: Isaías 41:10


fl
•• FOCO DO ESTUDO: Lc 19:41,42 ; Mt 23:37, 38; Mt 24:9,21,22; Hb 11 :35-38; Is 41 :l0;Ap 2:10;
At 2:44-47; Jo 13:35

•• ESBOÇO
Introdução: Nesta semana, destacamos como o grande conflito se desenrola na vida e

•• na história do povo de Deus, especialmente na convergência entre Judá , o povo de Deus na


última parte do Antigo Testamento, com a igreja, que é o povo de Deus no Novo Testamento .
Temas da lição: A lição desta semana destaca dois temas principais :

•• 1. Como resultado de sua rejeição a Cristo, Judá perdeu seu status de nação favorecida ,
como povo especial de Deus, e sofreu com a destruição de Jerusalém .

••
2. Deus estabeleceu o remanescente de Israel, incorporou tanto judeus quanto gen-
tios, e os salvou das catástrofes que se abateram sobre Jerusalém em 70 d.C. Ele guiou
Sua igreja na missão de proclamar o evangelho de Jesus Cristo .

•• COMENTÁRIO

••
Alguns fatos sobre Jerusalém
Os seguintes detalhes históricos esboçam, pelo menos em parte, a queda de Jerusalém :
1. Jerusalém foi destruída durante a Grande Revolta Judaica (66 -73 d.e.), e sua aniqui-

•,.• lação começou perto do fim do reinado de Nero (54 -68 d.e.). A guerra estourou quando
Géssio Floro, o recém-nomeado procurador romano para a Judeia, tirou uma grande quan-
tia de dinheiro do tesouro do templo em Jerusalém .
2. Os dois principais genera is romanos enviados para reprimir a revolta foram Vespa-

••
siano e seu filho , Tito. Ambos mais tarde se tornaram imperadores .
3. O cerco de Jerusalém iniciou de forma mais efetiva no ano 70 d.C. Durante o cerco, a
maioria dos defensores da cidade se dividiu em facções , as quais lutaram entre si, unindo-se

••
apenas para repelir os ataques iminentes dos romanos .
4. Três muros protegiam Jerusalém. Os dois primeiros caíram nos ataques romanos em
abril de 70 d.C. , e o terceiro foi invadido vários meses depois, em 30 de agosto. O templo

•• foi queimado no mesmo dia .


5. De acordo com o historiador judeu, Josefa, mais de um milhão de pessoas morre-
ram durante o cerco de Jerusalém e cerca de cem mil foram levadas cativas. Jerusalém e

•• o templo foram destruídos. O espólio que os romanos levaram de Jerusalém financ iou a
construção do Coliseu, um dos monumentos mais visitados de Roma .

• Abr • Mai • Jun 2024 12s1


6. Privado de Jerusalém e do templo, o judaísmo sofreu profundas mudanças. O centro da
••
religião judaica não mais estava no templo, nos sacrifícios e nos sacerdotes, mas na lei. Os sadu -
ceus, a classe sacerdotal, perderam a maior parte de seu poder, e o judaísmo se tornou rabínico . ••
1 A queda de Jerusalém
Não é por aca so que Ellen G. White inicia O Grande Conflito com o capítulo intitulado ••
••
"A destruição de Jerusalém e o destino do mundo". Ela compreendeu que esse evento trá-
gico da nação judaica era fundamental para o grande conflito e para a identidade e a mis-
são da igreja . Como assim? Para responder a essa pergunta , precisamos primeiro entender
o motivo da queda de Jerusalém.
Do ponto de vista da história secular, Jerusalém e o segundo templo foram destruídos
porque os judeus se rebelaram contra a superpotência da época, o Império Romano e, por- ••
tanto, foram impiedosamente esmagados por seu poder, tanto em um ato de vingança quanto
como forma de impedimento para outros rebeldes em potencial. Nos séculos que se passaram
desde a queda da cidade, os judeus crentes interpretaram a destruição de Jerusalém como ••
uma med ida disciplinar que Deus permitiu. Alguns estudiosos do judaísmo afirmam que os
judeus pecaram ao transgredir a lei de Deus, tornando -se imorais; outros acreditam que
eles eram muito rebeldes e desunidos, uma vez que nunca aprenderam a lição da unidade.
••
Seja qual for o caso, Deus preservou um remanescente para levar adiante Seus propósitos .
No entanto, a Bíblia oferece uma explicação diferente para a destruição do templo. Sim ,
rebelião , iniquidade, corrupção moral e social, conflitos e divisões internas certamente
••
foram os principais fatore s que levaram à queda de Jerusalém e à destruição do templo.
Mas a situação que causou aquela tragédia é mais profunda do que apenas os fatores iso- ••
••
lados . A fim de compreendermos as causas da destruição do templo, é necessário enfati -
zar alguns pontos cruciais presentes tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. Juntas,
essas considerações nos levam à principal razão para o colapso do templo: a rejeição de

••
Cristo e da aliança de Deus por parte da liderança de Israel.

O templo original
Primeiramente, em 586 a.e., os babilônios destruíram o templo original de Israel, que Salomão
havia construído, cerca de 20 anos após Nabucodonosor conquistar Judá (Dn 1:1, 2). A destruição
aconteceu mais de cem anos depois que os israelitas do norte, que haviam caído em apostasia, ••
foram vencidos pelos assírios. O norte de Israel deixou de existir como nação porque rejeitou a
aliança de Deus e seguiu outros deuses (1Rs 12:26-33; 2Rs 17:7-23).Judá, à semelhança de Israel,
também teve reis perversos e elites corruptas propensas à idolatria. No entanto, ao contrário do ••
norte de lsrael,Judá não adotou uma política nacional permanente de substituir a religião de Deus
pelo paganismo. Por isso, o Senhor permitiu a destruição do templo de Judá e de sua capital em
586 a.e., além do exílio temporário de seu povo, como uma estratégia de renovação nacional.
••
O segundo templo
••
••
Um segundo ponto é que os romanos destruíram o segundo templo no ano 70 d.C. ,
cerca de 35 anos depois que Jesus predisse trê s eventos : (1) Deus tiraria o reino de Judá

126 1 O grande confl ito


••
••
e o daria a uma outra nação (Mt 21:43); (2) a casa de Judá (o templo) ficaria "deserta "
(Mt 23 :3 8); e (3) o templo seria completamente destruído (Mt 24:1, 2). Qual foi a razão
para esse tríplice julgamento? A liderança de Judá não apenas falhou na produção de

•• frutos para o reino de Deus (Mt 21 :43), mas, assim como o norte de Israel no passado,
conscientemente recusou-se a permanecer sob a jurisdição e proteção das asas de Deus
(Mt 23:37). Em 31 d.C., os líderes da nação judaica tomaram uma decisão oficial, cons-
fl
•• ciente e deliberada : eles rejeitaram a aliança do Senhor, a Sua salvação e o Seu Messias
(Mt 26:1-3, 14-16, 57-68; 27:15-25; Jo 19:1-15). Como consequência, Deus permitiu ades -
truição do templo terrestre .

•• A graça de Deus
Em terceiro lugar, antes de permitir que Israel e Judá sofressem a penalidade por que-

•• brarem Sua aliança, Deus concedeu-lhes toda a graça necessária para redenção e restau-
ração. Desde a época de Moisés até a destruição do segundo templo, em 70 d.C., por um

••
período de mais de 1.500 anos, Judá experimentou o amor incessante de Deus. Mesmo
após a decisão dos líderes judeus de rejeitar a Deus, seguida pelo pronunciamento de
condenação de Jesus contra eles, o Senhor ainda lhes concedeu mais de 35 anos antes

••
de executar tal veredito. Durante o tempo de graça, cristãos como Pedro (At 2-4), Estêvão
(At 7) e Paulo (Rm 9- 11) imploraram a eles para que aceitassem Jesus como o Messias e
participassem da nova aliança de Deus. Infelizmente, em lugar de atender aos chamados,

••
os líderes selaram sua decisão de rejeitar Cristo com uma dura perseguição aos cristãos,
o que culminou no assassinato de Estêvão em 34 d.C. No entanto, mesmo após rejeitar
Judá como Sua nação representante, Deus continuou a chamar judeus de maneira indivi-

•• dual pa ra entrarem em Sua nova aliança e serem salvos em Seu reino .


A queda de Jerusalém, portanto, ilustra o trato de Deus com os pecadores no grande
conflito. Essa perspectiva ajuda a responder parcialmente nossa pergunta inicial sobre o

•• motivo de Ellen White ter sentido que essa tragédia era tão fundamental para o tema do
grande conflito, para a identidade e missão da igreja . Além disso, a profetisa entendeu que
a queda de Jerusalém nos ajudaria a compreender o paradoxo do juízo, isto é, como a mise-

•••
ricórdia divina pode ser estendida aos pecadores enquanto, ao mesmo tempo, satisfaz as
exi gências da justiça divina . Por um lado, Deus é repleto de amor, compaixão e paciên ci a.
Ele implora aos pecadores que retornem ao Seu reino . Deus não quer que os pecadore s mor-
ram a segunda morte (Ez 33:11). Por outro lado, o Senhor é justo e reto. Sendo santo, Ele

•• não tolera o mal em Sua presença . No entanto, Ele respeitará a decisão final dos indivíduos .

O plano da salvação

•• O quarto ponto que devemos observar é que apesar dos contratempos que a trai -
ção à aliança causaram, Deus prosseguiu com Seu plano de salvação e Suas ações a fim
de resolver o grande conflito. Ele prometeu que Jesus, que era o Descendente de Eva

•• (Gn 3:15), de Abraão (Gn 12 :2, 3, 7; Gl 3:16, 29) e de Davi (2Sm 7:12-15; Me 12:35 -37), tra -
ria salvação à humanidade, libertando-a do domínio do diabo, e restauraria o reino Dele
na Terra . Ao mesmo tempo, o Senhor prometeu que Jesus, o verdadeiro Cordeiro de Deus

• Abr • Mai • Jun 2024 1211


••
••
e Aquele que cumpriria os tipos do santuário terrestre (Jo 1:29 ; 2:19-22), viria para redimir
a humanidade da culpa e do poder do pecado. Mesmo quando Seu próprio povo falhou ,
nosso Senhor trabalhou incansavelmente para trazê-lo de volta e resgatar a humanidade

••
do pecado. Abraão, Moisés e Judá são exemplos de pessoas resgatadas e redimidas . Afi-

1 nal, nada pode impedir Deus de cumprir Suas promessas e de implementar Seus planos .

Tipos e antitipos
O último ponto traz o santuário terrestre e o sistema sacrifical como apenas antitipos
do sacrifício e do ministério vindouro de Jesus. Quando o primeiro templo foi destruído e ••
Judá lamentou sua glória passada, Deus lhes disse que a verdadeira glória ainda estava
por vir e que ela não dependia de materiais e arquitetura, mas Daquele para quem o san-
tuário apontava (Ed 3:12 ; Ag 2:9; Mt 23:16-22). Por essa razão , quando o segundo tem-
••
plo foi destruído, em 70 d.C., os cristãos não perderam a esperança . Pelo contrário, eles
entenderam que o santuário terrestre cumpriu sua missão de apontar para Jesus, para Seu
sacrifício e ministério de salvação no verdadeiro santuário que está nos Céus. O símbolo
••
encontrou a realidade, assim como o tipo encontrou seu Antitipo. Após a encarnação, o
ministério, a morte, a ressurreição e a ascensão de Jesus, o grande conflito agora se con-
centra no santuário celestial. A Epístola aos Hebreus explora amplamente o significado
••
dessas mudanças. Portanto, Mateus 24 com a destruição do segundo templo, bem como
a Epístola aos Hebreus com seu foco no santuário celestial são extremamente importan- ••
••
tes para a compreensão do grande conflito e para toda a teologia adventista de um modo
geral. Foi exatamente essa complexa compreensão da destruição do templo que inspi-
rou os cristãos apostólicos e pós-apostólicos nos primeiros séculos, bem como os escri-

••
tos de Ellen White no século 19, com uma compreensão da identidade e missão da igreja .
Quando os cristãos apostólicos sobreviveram à destruição do templo, eles redireciona-
ram o foco do templo para o santuário celestial. Eles tinham plena consciência de que
eram o povo do Senhor, o novo Israel, chamado por Ele para proclamar as novas da salva-
ção a toda a humanidade que estava sob o poder do diabo. Eles ajudaram pessoas com os
meios de que dispunham, compartilhando o amor que sentiam . Direcionaram a atenção ••
para o fim do grande conflito, do sofrimento e da morte, quando Cristo retornar à Terra a
fim de derrotar para sempre o diabo.
••
APLICAÇÃO PARA A VIDA
1. Qual é a visão da sua cultura sobre amor e retidão? Ainda existe esperança de que
••
a sociedade seja caracterizada pelo amor e retidão? Como você poderia explicar que o
amor e a retidão dependem da presença de Jesus? Ou que esses valores não podem existir
••
••
separados da revelação de Jesus, como vista em Seu sacrifício? Como você argumentaria
que o amor e a retidão requerem a intervenção do Espírito Santo para serem incorpora-
dos pelos seres humanos?

••
2. Você compreende o significado das palavras de Jesus sobre "o evangelho do reino"?
Como você pode vivê-lo? Como você e sua igreja podem compartilhar esse evangelho?

12a 1 O grande conflito


• A luz brilha
Lição

••
na escuridão 3
•• VERSO PARA MEMORIZAR: "jesus
respondeu: - Ainda por um pouco a luz está

•• com vocês. Andem enquanto vocês têm


a luz, para que não sejam surpreendidos
pelas t revas. E quem anda nas trevas não

••
sabe para onde vai" ()o 12:35).

•• Leituras da semana: Jo 8:44; Pv 23:23;


At 20:27-32; 2Ts 2:7-12; SI 119:105, 116,
130, 133, 160; Pv 16:25; 2Co 4:3-6

••
•• Sábado, 13 de abril RPSP: Ez 19

•• N o Apocalipse, o diabo é retratado como um dragão e como uma serpen-


te (Ap 12:9). Ele é um dragão porque deseja destruir o povo de Deus,

••
e uma serpente porque usa todas as suas mentiras para enganá-lo. Nos
anos após a morte de Cristo, milhares de pessoas foram torturadas, jogadas
a leões e queimadas na fogueira pelo Império Romano por se recusarem a

•• adorar as "divindades" do império. Diante do castigo cruel, muitos per-


maneceram fiéis, o evangelho continuou a se espalhar e a igreja cresceu.
Como resultado, Satanás mudou sua estratégia. Muitos pagãos foram bati-

•• zados, mas sem instrução completa na verdade bíblica. O erro inundou a igreja
à medida que os líderes misturavam as verdades das Escrituras com os costu-
mes populares. O 42 e o 52 séculos foram uma época de concessões, quando

•• prelados da igreja misturaram práticas pagãs com ensinamentos cristãos .


No entanto, nos momentos mais difíceis, Deus esteve com Seu povo .
Eles encontraram Jesus, "o caminho, a verdade e a vida" e, pelo poder do

•• Espírito Santo, ficaram firmes diante da pressão esmagadora para renun-


ciar às suas convicções. Eles foram leais à vontade de Deus e defenderam
com bravura a verdade de Sua Palavra .

•• *Esta lição está baseada no capítulo 3 do livro O Grande Conflito .

Abr • Mai • Jun 2024 129 1


Domingo, 14 de abril RPSP: Ez20
••
Concessões: a estratégia sutil de Satanás ••
1. Qual é a diferença entre o caráter de Jesus e o de Satanás? )o 14:6; 8:44
••
1 O que Jesus diz é verdade porque Ele é o Autor da verdade, a qual pro- ••
••
cede de um Deus sábio, amoroso e onisciente, que é o fundamento
da realidade e da verdade.
Por outro lado, Satanás é mentiroso e pai da mentira. Ele usa enga-
nos, desinformação e distorções da verdade para desviar o povo de Deus .
Ele enganou Eva no Éden mudando a verdade, criando dúvidas e negando
abertamente o que Deus havia dito. A declaração de Satanás, "é certo que ••
vocês não morrerão", foi uma contradição das palavras de Deus. Ao longo
dos séculos, Satanás tem usado a mesma estratégia. Ele mina a confiança
na Palavra de Deus, contradiz a vontade divina revelada, altera as Escri- ••
turas e, às vezes, cita a Bíblia de forma errônea quando lhe é conveniente .

2. Leia Provérbios 23:23; João 17:17; 8:32. Que semelhança vemos nesses
••
textos sobre a verdade das Escrituras? Qual é a mensagem central?
••
"Satanás bem sabia que as Sagradas Escrituras habilitariam os homens
••
a discernir seus enganos e resistir ao seu poder. Foi pela Palavra que o
Salvador do mundo resistiu aos ataques dele. Diante de cada investida, ••
••
Cristo apresentou o escudo da verdade eterna, dizendo: 'Está escrito.' [...]
Para Satanás manter seu domínio sobre os homens e estabelecer a autori-
dade humana, deveria conservá-los em ignorância com respeito às Escri-
turas. A Bíblia exaltaria a Deus e colocaria o ser humano finito em sua
verdadeira posição; portanto, suas sagradas verdades deveriam ser ocul-
tadas e suprimidas. Essa lógica foi adotada pela igreja de Roma. Durante ••
séculos, a circulação das Escrituras foi proibida. [... ] Sacerdotes e prela-
dos sem escrúpulos interpretavam seus ensinos de modo que favorecesse
suas pretensões. Assim, o chefe da igreja veio a ser quase universalmente ••
reconhecido como o vigário de Deus na Terra" (Ellen G. White, O Grande
Conflito [CPB, 2021] , p. 39, 40).
••
De que maneira Satanás tenta distorcer ou interpretar mal a Palavra de Deus hoje?
l 30 1 O grande conflito
••
•• Segunda, 15 de abril RPSP: Ez21

•• Lobos vorazes

•• 3. Leia Atos 20:27-32. Que advertências específicas o apóstolo Paulo deu


aos líderes da igreja de Éfeso a respeito da apostasia vindoura?

• •• - - - -•
•• O propósito do conselho de Paulo era preparar a igreja para o que esta-
va por vir. Nessas passagens, ele descreve sua grande preocupação:
Ele disse: "Depois da minha partida, aparecerão no meio de vocês lobos

••
vorazes, que não pouparão o rebanho" (At 20:29). Em outras palavras, os
crentes enfrentariam perseguição feroz de dentro da igreja .

••
Paulo declarou: "Até mesmo entre vocês se levantarão homens falando
coisas pervertidas para arrastar os discípulos atrás de si" (At 20:30). Here-
sias entrariam na igreja. Falsas doutrinas substituiriam-verdades divinas .

•• Práticas pagãs prevaleceriam. No 4 2 e 52 séculos, concessões foram intro-


duzidas furtivamente na igreja cristã, sendo o avanço da missão a justi-
ficativa mais provável. Mas o terrível resultado foi um afastamento das

•• verdades da Palavra de Deus .

4 . Leia 2 Tessalonicenses 2:7-12. Como o apóstolo Paulo descreveu a apos-

•• tasia vindoura? A que características eles deviam estar atentos?

••
,.• Paulo disse: "O mistério da iniquidade já opera". É significativo que,
mesmo nos dias do apóstolo, houve um afastamento gradual da verdade
a respeito da obediência à lei de Deus . Esse afastamento aumentaria nos
séculos posteriores .

•• Em oposição ao segundo mandamento, ídolos foram introduzidos no


culto cristão. Por milênios, os ídolos estiveram na vanguarda das religiões

••
pagãs. Para tornar o cristianismo aceitável aos pagãos, divindades pagãs
foram chamadas de santos. O domingo, dia de adoração ao deus sol, foi
adotado como o dia de adoração cristã em honra da ressurreição. Esse falso

•• dia, não sancionado na Bíblia, prevalece ainda hoje .


Que tipo de concessões vemos na igreja atual? Temos misturado verdades com erros?
Abr • Mai • Jun 2024 l 31 I
Terça, 16 de abril RPSP: Ez 22
••
Protegidos pela Palavra ••
5. O que nos protege contra os enganos de Satanás? )o 17:15-17; At 20 :32
••
1A ••
••
Bíblia é a revelação infalível da vontade de Deus. Ela apresenta o pla-
no do Céu para a salvação da humanidade. Uma vez que "toda a Es-
critura é inspirada por Deus", ela é "útil para o ensino, para a repreensão,
para a correção, para a educação na justiça" (2Tm 3:16). "Toda a Escritura"
é inspirada por Deus; não algumas partes ou algumas partes mais do que
outras. Toda a Bíblia deve ser aceita como a Palavra de Deus. Caso contrá- ••
rio, a porta estará escancarada para o engano.
A Bíblia revela o amor de Deus à luz do grande conflito, expõe as ilu-
sões satânicas e revela seus enganos. O diabo odeia a Palavra de Deus e ••
tem feito todo o possível ao longo dos séculos para destruir sua influência .
Afinal, o que saberíamos sobre o plano da salvação sem a Bíblia? Quanto
entenderíamos sobre o nascimento, a vida, os ensinos e o ministério de
••
Jesus? Sem as Escrituras, como entenderíamos a profundidade do sacri-
fício de Cristo, a glória de Sua ressurreição, o poder de Sua intercessão e
a majestade de Seu retorno?
••
Essas verdades cruciais são reveladas, ensinadas e enfatizadas na Bíblia .
Somente ela deve ser o padrão supremo e definitivo para a compreensão
da verdade.
••
Portanto, devemos lutar contra toda tentativa de minar sua autoridade
ou inspiração; inclusive daqueles que professam amor à Bíblia, mas lan- ••
••
çam dúvidas sobre ela de forma sutil. Tragicamente, por meio dos avan-
ços do pensamento moderno, teólogos e cristãos se concentram tanto no
lado humano das Escrituras que a Bíblia se torna a palavra do homem em
vez de a Palavra de Deus. Alguns argumentam que a Bíblia são os escri-
tos de reis, pastores, pescadores, sacerdotes, poetas e outros que compar-
tilharam suas concepções acerca de Deus, da natureza e da realidade da ••
melhor forma que, em sua época e lugar, as compreendiam.
Se isso fosse verdade, por que ainda nos importaríamos com o que
essas pessoas pensavam, ou por que suas crenças seriam a nossa espe- ••
rança de eternidade?
••
Leia o Salmo 119:105, 116, 130, 133 e 160. Que revelações o salmista nos deu a respeito
do significado da Palavra de Deus no plano da salvação?
l 32 I O grande conf lito ••
•• Quarta, 17 de abril

••
RPSP: Ez 23

Raciocínio humano separado das Escrituras

•• O Espírito Santo opera através da nossa mente. Ele nos convida a ex-
plorar os mistérios do Universo. No entanto, a clareza e agilidade do

•• raciocínio humano é incapaz, por si só, de descobrir as verdades das Escri-


turas. A verdade não é uma questão de opinião humana, mas uma ques-
tão de revelação divina .

•• 6 . Qual é a estratégia satânica do engano? Pv 16:25; Jz 21:25; Is 53:6

••
•• Um dos enganos mais eficazes do diabo é nos levar a crer que o raciocínio
humano, sem a ajuda do Espírito Santo e sem a base da Palavra de Deus,

•• é suficiente para entender a vontade divina. Pode haver um caminho que


pareça certo para nós, ou mesmo para culturas inteiras, mas pode ser total-
mente errado aos olhos de Deus .

•• Alguns anos atrás, minha esposa e eu decidimos fazer uma trilha na


floresta perto do hotel em que estávamos. Tenho facilidade com direções

••
e, depois de caminhar por cerca de uma hora, estava bem confiante de que
era capaz de encontrar o caminho de volta com pouca dificuldade, mas
logo descobri que estávamos perdidos. O sol estava se pondo e eu temi o

•• pior. Felizmente, encontramos outros caminhantes que conheciam o cami-


nho. Estávamos pelo menos oito quilômetros fora do percurso, mas pró-
ximos de uma estrada principal. Como o carro deles estava estacionado

•• nas proximidades, eles nos ofereceram uma carona para o hotel. Desco-
brir alguém que conhecia o caminho e que podia nos levar de volta fez
toda a diferença para nós.

•• Deus não nos deixou sozinhos em nossa jornada da Terra para o Céu .
O Espírito Santo nos indica as Sagradas Escrituras que nos conduzem para
casa. Verdade e erro, certo e errado, bem e mal só podem ser corretamente

·•• entendidos à luz da Palavra de Deus. Aquilo que contradiz Deus e Sua Pala-
vra é erro, e o erro é sempre perigoso; o que está em harmonia com Deus
é a verdade e a bondade. Como é importante que façamos da Palavra de

•• Deus nosso árbitro final da verdade e da moralidade .

Por que a mente humana, sem a ajuda do Espírito Santo, é incapaz de descobrir a ver-

•• dade? A razão nos ajuda a entender a revelação? Daniel 2 fala da história do mundo
desde Babilônia até o fim . Como essa profecia atrai o raciocínio humano?
Abr • Mai • Jun 20 24 133 1
Quinta, 18 de abril
••
••
RPSP: Ez24

Batalha pela mente


7. De acordo com Paulo, quem cegou o entendimento dos incrédulos?
Como o entendimento pode ser aberto? Quem está por trás da obra das ••
••
trevas? Quem lidera a obra da luz? 2Co 4:3-6

11- - - - ••
A palavra grega para "entendimento" nessa passagem é noema . Significa
literalmente percepção ou capacidades mentais. O Comentário Bíblico
Adventista do Sétimo Dia esclarece: "A batalha entre Cristo e Satanás é pela
mente do ser humano (Rm 7:23, 25; 12:2; 2Co 3:14; 11:3; Fp 2:5; 4:7, 8). ••
A principal obra de Satanás é cegar ou obscurecer a mente das pessoas .
Ele as afasta do estudo da Palavra de Deus, ao transtornar os poderes da
mente por meio dos excessos físicos e mentais. Ocupa a mente com coisas
••
da vida e apela ao orgulho e à exaltação pessoal" (v. 6, p. 940).
Os perdidos não eram incapazes de conhecer a verdade. O problema foi
que eles não se interessaram em conhecer. Muitos tiveram oportunida-
••
des de conhecer a verdade, mas escolheram não crer, e Satanás cegou seus
olhos. O reino de Satanás é de trevas. "O evangelho é o único meio pelo ••
••
qual os métodos e enganos diabólicos podem ser expostos, e pelos quais
as pessoas conseguem enxergar o caminho das trevas para a luz" (Comen-
tário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 6, p. 941). A essência da mensagem

••
do NT é a vida, morte e ressurreição de Jesus. Ele está no coração do evan-
gelho e é o centro das Escrituras. Toda a Escritura testifica Dele (Jo 5:39) .

8. Leia João 1:4, 5, 9, 14. Como esses versos descrevem Jesus?

••
••
Nos primeiros séculos, os crentes do NT estiveram comprometidos
com Cristo como Aquele que foi luz nas trevas. Eles foram redimidos por
Sua graça, transformados por Seu poder e motivados por Seu amor. Nem
••
a morte quebrou a lealdade deles a Cristo. Eles reconheciam os enganos
do diabo através da luz do evangelho. Cristo sempre teve pessoas que, por
Sua graça, defenderam a verdade. Nesse tempo, a luz do amor, da graça e
••
da verdade de Cristo brilhou através das trevas.

1341 O grande conflito


••
•• Sexta, 19 de abril RPSP: Ez 25

•• "o Estudo adicional


mesmo espírito de ódio e oposição à verdade tem inspirado os inimi-

•• gos de Deus em todos os tempos, e a mesma vigilância e fidelidade


têm sido exigidas de Seus servos. As palavras de Cristo aos primeiros dis-
cípulos se aplicam aos Seus seguidores que viveriam no fim dos tempos:

••
'O que, porém, vos digo, digo a todos: Vigiai!"' (Me 13:37; Ellen G. White,
O Grande Conflito [CPB, 2021], p. 44) .
Em muitos lugares, especialmente onde as pessoas têm livre acesso à
1
••
Bíblia, Satanás emprega outros meios para enfraquecer sua influência. Uma
maneira eficaz de fazer isso tem sido os estudos de cientistas ou teólogos

••
que assumem posições que, se aceitas, minariam a confiança na Palavra
de Deus. Por exemplo, embora o livro de Daniel tenha sido escrito mais de
500 anos antes de Cristo, alguns o datam em meados do 22 século a.C. Eles

••
argumentam que o livro deve ter sido escrito nessa época, caso contrá-
rio, ó profeta estaria dizendo com precisão o futuro, e isso estaria além da
capacidade do profeta. Portanto, argumentam que Daniel não foi escrito

••
quando diz que foi, mas séculos depois. Infelizmente, essa mentira sobre
a Bíblia é uma das muitas que a erudição moderna procura impor. E, mais
infelizmente ainda, muitos aceitam esse erro porque, afinal, os estudio-

•• sos da Bíblia o ensinam. Não é de admirar que Paulo advertiu: "Exami-


nem todas as coisas, retenham o que é bom" (lTs 5:21) .

••
Perguntas para consideração
1. Satanás usa métodos sutis hoje para diminuir a autoridade das Escri-
turas?

•• 2. Quais são as nossas salvaguardas contra a interpretação errônea da Pa-


lavra de Deus?
3. No conflito entre o bem e o mal, Satanás difama o caráter de Deus e

•• •
apresenta-O como tirano. Como o maligno faz isso? Como Deus respon-
de a essas mentiras?
4 . Pedro afirmou: "Nenhuma profecia da Escritura provém de interpreta-
ção pessoal" (2Pe 1:20). Será que distorcemos as Escrituras para alcan-

•• çar nossos objetivos? Por que isso pode ser mais fácil de se fazer do que
imaginamos? Como evitar isso?

••
Respostas e atividades da semana: 1. Jesus é a verdade. Satanás é o pai da mentira . 2. Os textos destacam a im-
portância da verdade. Devemos buscar sempre a verdade. 3. Ele avisou que heresias e fa lsas doutrinas entrariam
na igreja. 4. Como o mistério da iniquidade. O iníquo seg undo a açâo de Satanás, com todo poder, sinais e prodígios
da mentira e com todo engano. S. A verdade da Palavra de Deus ed ifi ca e sa ntifica. Ela nos protege dos enganos sa-
tânicos. 6. Satanás busca enganar pessoas que decidem fazer o que é certo aos seus próprios olhos, sem tomar co-

••
nhecimento da verdade e da vontade de Deus. 7. Satanás cega as pessoas quando as impede de estudar a Palavra
de Deus. Ele ocupa a mente delas com outras coisas e as afasta da verdade; o evangelho abre o nosso entendimento .
8 . Ele é a vida, a luz que resplandece nas trevas, o Verbo que Se fez carne. Ele é a luz da humanidade .

Abr • Mai • Jun 2024 1351


AUXILIAR DO PROFESSOR - LIÇÃO 3
A luz brilha na escuridão
••
••
TEXTO-CHAVE : João 12:35

••
a
FOCO DO ESTUDO: Ap 12:7-9; Jo 8:44; Pv 23 :23; Pv 4:18; Jo 12:35 ; Sl 119:30; At 20:27-32 ;
2Ts 2:7-12 ; Jo 8:32

ESBOÇO ••
Introdução: Nesta semana , observamos o envolvimento da igreja apostólica e pós-
apostólica no grande conflito entre Deus e Satanás.
••
••
A igreja enfrentou a mesma tentação de Adão e Eva : duvidar da Palavra de Jesus e dese-
jar um acordo entre os Seus mandamentos e as doutrinas de Satanás.
A lição desta semana enfatiza que o grande conflito é composto por dois lados diferen-

••
tes e irreconciliáveis, que se distinguem devido á identidade de Deus e do diabo. Enquanto
Deus é o eterno Criador, o Rei amoroso e justo do Universo, o diabo e o mal tiveram um
começo e, consequentemente, terão um fim.

••
O lado maligno busca um meio-termo com a verdade, uma vez que essa concessão repre-
senta sua única possibilidade de sobrevivência. Esforça-se para garantir sua continuidade
a qualquer preço, almejando assim aniquilar o que é bom ou divino. É exatamente por essa
razão que o diabo tem persistentemente buscado seduzir a igreja a adotar uma postura
de concessão. Infelizmente, a igreja cedeu , assim como os primeiros pais da humanidade .
Temas da lição: A lição desta semana destaca quatro temas principais: ••
1. Quando a Bíblia descreve o grande conflito, emprega expressões completamente
contrastantes, como luz e trevas, para enfatizar que Deus e Seu povo não podem, de
maneira alguma, comprometer princípios da verdade para favorecer o erro e a falsidade.
••
2. Desde os primeiros momentos do ministério de Jesus e na obra subsequente que
Seus apóstolos realizaram , o diabo pressionou a igreja, buscando levá-la ao erro ou , no
mínimo, a fazer concessões em relação a pontos da verdade de Deus.
••
3. Comprometer a verdade equivale a trair a Deus e destruir a essência da verdade. Em
última análise, esse tipo de tolerância equivale a tomar o partido de Satanás.
••
••
4. A ún ica maneira pela qual a igreja pode sair vitoriosa no grande conflito é permane-
cendo fiel à revelação divina em Jesus Cristo e à Palavra Sagrada de Deus.

COMENTÁRIO

Concessões ••
Em diversos contextos socia is, como o âmbito familiar e o político, a noção de fazer con-
cessões é tida como aceitável e, em muitas circunstâncias, até mesmo desejável. Em geral,
a palavra "transigência" ou "acordo" diz respeito a alcançar um entendimento, estabelecer, ••
136 1 O grande conflito

•• por meio de uma concessão mútua , um ponto intermediário entre as posições de duas ou ·

•• mais partes. A chave para tal acordo está na "concessão": cada lado deve ceder para que
ambos, ou todos, possam continuar a coexistir ou viver juntos. Em alguns casos, cada lado

••
entra em acordo porque nenhum tem força para convencer, superar ou controlar o outro
lado pela força . Já em outros casos, as partes se ajustam simplesmente porque querem
vi ver juntas em paz como vizinhas ou na família , em amor ou respeito mútuo .

••
No contexto da última perspectiva, o acordo certamente tem uma conotação positiva ,
pois aparece como solução para o conflito e uma oportunidade de coexistência pacífica.
No entanto, mu itas vezes, as concessões são vistas como um fenômeno negativo, que
3
•• implica a perda de um valor, princípio, verdade ou qualidade essencial. Comprometer o
si stema imunológico, os tratamentos médicos, a identidade nacional, a educação, a mora-
lidade, a reputação, as colheitas ou a posição militar é indesejável e inaceitável, uma vez

•• que representa ameaça ao nosso próprio modo de vida e existência .


E quanto a Deus? Seria possível que Ele entrasse em acordo com os anjos rebeldes ou
os humanos caídos, a fim de evitar o conflito no Céu e permitir que todos coexistam paci-

•• ficamente? Será que Ele poderia, ao menos, tolerar Seu opositor? Caso o lado adversá -
rio almejasse independência ou autonomia , Deus poderia outorgar tal pedido? Ou talvez
pudesse simplesmente conceder aos rebeldes uma região em algum canto do Universo,

•• onde pudessem viver isoladamente, em vez de serem erradicados?


A resposta é complexa . Diversos pontos podem nos ajudar a esclarecê-la .

•• Deus não faz concessões


Em primeiro lugar, há uma diferença qualitativa entre as nossas negociações diárias e

••
a transigência que Lúcifer desejava alcançar. Deus nos criou com toda a liberdade neces-
sária para nos expressarmos ou interagirmos e negociarmos com os outros , em amor e
reti dão. No entanto, certas limitações físicas e morais existem e não podem ser negocia-

••
das, pois os limites constituem o próprio fundamento de nossa existência . Esse funda-
mento é composto pelas verdades de que Deus é nosso Criador, Provedor, Legislador e Rei.
Essa base revela como devemos viver a fim de encontrar a felicidade . Deus é a Fonte da

•• vida . Simplesmente não podemos existir sem Ele. Lúcifer queria mudar justamente esse
fundamento . Ele desafiou o caráter, o status e a autoridade do Criador e afirmou que os
humanos são deuses (Gn 3:4), pois existem em si mesmos e são capazes de criar seus pró-

•• pri os sign ificados e padrões para a vida e a felicidade .


Um segundo aspecto, intimamente relacionado com o ponto anterior, é a natureza do
pecado. O pecado não se limita apenas a manter uma opinião divergente, ele é a rebelião

•• consciente e deliberada contra a afirmação de Deus de que Ele é o único Criador, Prove-
dor, Legislador e Rei. O pecado não tolera a existência de um Deus assim, e seu impulso
fundamental jaz em derrubá-Lo de Seu trono e instalar o próprio eu como rei. O diabo,

•• porém , propõe um acordo. Ele estaria disposto a renunciar sua escolha de rejeitar com-
pletamente a existência de Deus, contanto que ele, Lúcifer, fosse também reconhecido
como uma divindade. O Criador, por outro lado, não concede espaço para qualquer forma

•• de acordo ou negociação com o pecado. O que Ele poderia ceder de Sua parte? Dizer que

Abr • Mai • Jun 2024 137 1


não é o Criador? Ou que não é o Provedor? Ou ainda que Ele não é a Fonte de vida e o
••
padrão de felicidade e moralidade?
Em terceiro lugar, e intimamente relacionado com os dois pontos anteriores, a situação ••
••
descrita antes não trata apenas da verdade e honra, mas representa o derradeiro dilema de
vida ou morte. Imaginemos por um momento que somos Adão e Eva . Estamos em um cená-
rio no qual Satanás e Deus nos explicam suas posições antes da queda no pecado. Satanás

••
declara que Deus mente para nós, que possuímos autonomia , somos deuses e imortais.

1 Além disso, ele alega que podemos rejeitar as reivindicações de Deus e não enfrentare-
mos a morte (Gn 3:4), pois temos uma vida intrínseca e original dentro de nós. Além disso,
Satanás acusa Deus de usar Sua afirmação de ser a fonte e o padrão da vida para contro-
lar todos nós; para Satanás, essa reivindicação divina é vista como ditatorial. É por isso
que ele nos instiga a nos liberarmos das supostas "mentiras" de Deus, incentivando-nos a ••
vivenciar uma nova consciência e autonomia, nas quais descobrimos e desfrutamos nosso
potencial divino. No entanto, não seriam essas apenas alegações e conjecturas? Não nos
colocamos em perigo de morte ou aniquilação ao nos separarmos de Deus? Será que vale
••
a pena arriscar apenas para testar uma teoria empiricamente? Certamente, Lúcifer acre-
ditou que valia a pena correr o risco.
Por outro lado, Deus nos assegura de que Ele é o único Criador e Provedor, e como tal,
••
nossa existência depende Dele. Ele nos diz que se não depositarmos nossa fé Nele, se O
rejeitarmos juntamente com Suas afirmações, então nos desligaremos Dele, a Fonte de
vida, e morreremos, ou seja, cessaremos de existir. Considerando que não fomos nós que
••
nos geramos nem somos eternos, devemos crer Nele. Além disso, Deus aponta que nossa
trajetória passada e atual evidenciam Suas afirmações: ou seja, à medida que confiamos ••
••
Nele e compartilhamos nossa vida com Ele, encontraremos a felicidade. O Universo tem
operado sem falhas e nenhuma vida se perdeu. Deus ainda nos explica que Ele não pode
fazer acordos, não apenas por estar correto em Sua conduta , mas também porque, caso Ele
abdique de Seu trono, tanto nós quanto o cosmos inteiro seríamos aniquilados, uma vez
que Ele é o único Mantenedor da vida. É por esse motivo que Deus nos convida a deposi-
tar fé Nele a fim de viver em contínua felicidade ao Seu lado. ••
Caso você testemunhasse tal debate, em quem você acreditaria?
Um quarto ponto é que, infelizmente para a humanidade, nossos pais primitivos aceitaram
a especulação de Lúcifer. Valeu a pena correr o risco? Não. A escolha de nossos primeiros ••
pais culminou em uma tragédia não apenas para eles, mas também para toda a linhagem
humana . Além disso, tal conclusão não é mera especulação, mas baseia-se em evidências
históricas e empíricas. Em vez de experimentar um estado divino e a imortalidade após
••
desobedecer às leis de Deus, a humanidade se sentiu vazia , nua, cheia de vergonha , com
o coração e os laços afetivos despedaçados (Gn 3:7, 8). Ademais, a raça humana passou a
enfrentar o sofrimento e a morte. Contudo, Lúcifer não interrompeu suas conjecturas con-
••
trárias ao governo divino; ele propôs mais concessões, alegando que, uma vez que Adão e
Eva não faleceram imediatamente após desobedecerem a Deus, sua falsa teoria estivesse
••
••
correta . Agora ele afirmava que somos imortais porque possuímos uma alma eterna que,
após a morte, vai para uma esfera espiritual e etérea. Infelizmente, a grande maioria das

1381 O grande conflito


•• pessoas caiu na armadilha de acreditar nessa falsidade. Além disso, Lúcifer passou a ins-

•• tigar a humanidade a aceitar a realidade do pecado e da morte como um novo padrão .


Nas diversas religiões não bíblicas que se estabeleceram ao longo da história humana,

••
Satanás propôs uma redefinição e reinterpretou o sofrimento e a morte para evitar que
tenham uma presença difundida , pois constantemente minam suas alegações enganosas.
Uma quinta razão é que Deus permaneceu fiel á Sua essência. Ele explicou que, ape-

•• sar de Adão e Eva terem rejeitado a orientação, não perderam a vida imediatamente, não
porque Satanás estivesse certo ao afirmar que somos imortais, ou porque Deus tenha
feito concessões. Pelo contrário, a vida de Adão e Eva continuou após a queda por causa

1
•• do amor eterno de Deus pela humanidade e do Seu plano da salvação, que entrou em
ação quando os seres humanos caíram em pecado. De acordo com esse plano, Deus não
comprometeu Seus princípios, mas ofereceu uma nova oportunidade de escolher ser sal-

•• vos, viver e permanecer ao Seu lado. No entanto, essa chance renovada e a salvação não
foram frutos de transigência . É importante não confundir concessões com a paciência , o
amor e a graça de Deus. Em vez disso, a salvação e a nova oportunidade de vida surgem

•• por meio do sacrifício feito por Deus. Precisamente porque o Criador não fez um acordo,
nem poderia fazer, Ele ofereceu um sacrifício. Contudo, esse sacrifício não envolveu nossa
própria aniquilação, mas a oferta da vida de Seu Filho. Se o acordo fosse possível, não

•• haveria necessidade de Cristo ter dado Sua vida em nosso lugar. No entanto, porque Ele
não transigiu com o pecado, optou por enviar Seu Filho para morrer em nosso lugar a fim
de preservar Sua verdade, demonstrar Seu amor e justiça , e nos libertar da culpa e do

•• poder do pecado. Além disso, Ele não cedeu , pois entendia as consequências do acordo:
sofrimento, miséria e morte para toda a humanidade e o Universo .

••
Movidos pelas mesmas razões , os verdadeiros seguidores de Deus não fazem acor-
dos. É fato que o cristianismo tradicional fez concessões em relação à revelação da ver-
dade divina nas Escrituras. No entanto, Deus trabalhou para restabelecer Sua verdade,

••
a fim de salvar o maior número possível de pessoas. Por essa razão, Sua igreja remanes -
cente fiel colabora alegremente para ajudar a disseminar a verdade, irradiando Sua luz .

•,.• APLICAÇÃO PARA A VIDA


1. Quais critérios sua cultura utiliza para determinar o que é a verdade? Quais fontes
são consideradas verídicas?

••
2. Como transmitir a perspectiva adventista das Escrituras como a principal fonte da
verdade? Esse entendimento sobre a Bíblia ajuda a desenvolver a cosmovisão correta e
o caminho para a salvação?

•• 3. Você tem feito concessões em relação à verdade? Quais medidas você pode adotar
para corrigir essa situação?

••
• Abr • Mai • /un 2024 139 1
Lição
Em defesa da verdade
••
4 ••
••
VERSO PARA MEMORIZAR: "E assim como
••
Moisés levantou a serpente no deserto,
assim também é necessário que o Filho do
Homem seja levantado, para que todo o que ••
Nele crê tenha a vida eterna" (lo 3:14, 15).

••
Leituras da semana: Dn 7:23-25;
Ap 12:6, 14; Jd 3, 4; Ap 2:10; At 5:28-32;
SI 19:7-11; 1Jo 5:11-13 ••
i) ',.
••
Sábado, 20 de abril RPSP: Ez26 ••
A atual cidade turca de Izmir foi a cidade bíblica de Esmirna (Ap 2). Essa
cidade de 100 mil habitantes floresceu no final do 12 e 22 séculos. Era ••
••
próspera e leal a Roma.
Uma vez por ano, os cidadãos de Esmirna deviam queimar incenso aos
deuses romanos. No 22 século, Esmirna tinha uma comunidade cristã,
e muitos não obedeciam à ordem. Policarpo, líder da igreja, foi martiri-
zado na praça de Esmirna, queimado na fogueira por se recusar a trair seu
Senhor queimando incenso aos deuses. Quando lhe pediram que repu- ••
diasse a Cristo, ele disse: "Eu O servi por 86 anos, e Ele não me fez nada
de errado. Como posso falar mal do meu Rei que me salvou?"
Muitos enfrentaram o martírio em vez de desistir da fé em Cristo. ••
O sacrifício deles reaviva nossa coragem. O seu compromisso renova a
nossa devoção. Nesta semana, estudaremos princípios bíblicos que moti-
varam os valdenses e os reformadores como Hus e Jerônimo a permanecer
••
fiéis diante da ameaça de morte pelo mesmo poder que matou Policarpo:
Roma papal.
*Esta lição se baseia nos capítulos 4 a 6 do livro O Grande Conflito.
••
140 1 O grande conflito
••
••
••
Domingo, 21 de abril RPSP: Ez 27

Perseguidos, mas triunfantes

•• 1. Leia Daniel 7:23-25; Apocalipse 12:6, 14. A que períodos de tempo profé-
ticos essas passagens se referem?

••
•• S empre que o povo permanece fiel a Deus, Satanás se enfurece. A per-
seguição vem em seguida. Daniel descreveu um tempo em que a igreja
medieval faria guerra contra o povo de Deus e o oprimiria (Dn 7:21, 25).
li
•• João descreveu esse mesmo período como um tempo em que a igreja seria
forçada a fugir para o deserto, onde seria "sustentada durante um tempo,
tempos e metade de um tempo" (Ap 12:14). "A mulher [a igreja], porém,

•• fugiu para o deserto, onde Deus lhe havia preparado um lugar" (Ap 12:6) .
Os fiéis foram sustentados no deserto. A Palavra os fortaleceu e susten-
tou, à medida que o conflito se alastrava nesse longo e sombrio período

•• de dominação papal.
Os fiéis encontraram um "lugar preparado" para eles. Durante os tem-
pos de sua maior provação, encontraram refúgio no amor e cuidado de

•• Deus (ver Sl 46).


Os 1.260 dias e o tempo, tempos e a metade de um tempo (Ap 12:6, 14)

••
se referem ao mesmo período (3,5 tempos ou anos x 360 dias/ano= 1.260
dias). A profecia bíblica é frequentemente escrita em símbolos. Nas por-
ções proféticas de Daniel e Apocalipse, um dia profético equivale a um ano

••
literal (Nm 14:34; Ez 4:6) .
O princípio dia-ano não repousa apenas nesses dois textos, mas em
amplo fundamento. William Shea, estudioso do AT, apresenta 23 linhas de

•• evidência no AT para esse princípio. Os intérpretes têm usado esse prin-


cípio ao longo dos séculos .
Os visigodos, vândalos e ostrogodos eram tribos que acreditavam nas

•• doutrinas de forma diferente do ensino de Roma. Os 1.260 dias começa-


ram quando a última dessas tribos bárbaras, os ostrogodos, foram expul-
sos de Roma em 538 d.C. O período de escuridão espiritual continuou

•• até 1798 d.C. , quando o general de Napoleão, Berthier, removeu o papa


de Roma. Muitos foram martirizados nesse período porque obedeceram
à Bíblia. Mesmo na morte, triunfaram. Em Cristo eram livres da culpa e

•• do domínio do pecado, e vencedores "por causa do sangue do Cordeiro".


A vitória de Cristo na cruz era deles. A morte deles é um descanso até o
retorno de Cristo .

•• Como o cumprimento das profecias bíblicas fortalece sua fé?


Abr • Mai • Jun 2024 141 1
••
••
Segunda, 22 de abril RPSP: Ez28

A luz vence a escuridão


2. Leia Judas 3, 4. Que advertência há nessa passagem e como ela se aplica
à igreja cristã em todos os tempos? ••
••
O livro de Judas foi escrito antes de 65 d.C. para cristãos "amados em
Deus Pai e guardados em Jesus Cristo" (Jd 1:1). Esses fiéis foram ins-
tados a "lutar pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos. Pois
••
certos indivíduos [...] se infiltraram no meio [deles] sem serem notados .
[Eram] pessoas ímpias, que transformam em libertinagem a graça do nos-
so Deus" (Jd 1:3, 4). Essa admoestação foi ainda mais significativa para os
••
crentes na Idade Média depois que práticas pagãs inundaram a igreja e tra-
dições humanas comprometeram a Palavra de Deus. Por muitos séculos,
pessoas como os valdenses permaneceram como campeões da verdade.
••
Eles acreditavam que Cristo era seu único Mediador e a Bíblia sua única
fonte de autoridade. "Em cada época houve testemunhas de Deus - pes-
soas que guardavam no seu íntimo a fé em Cristo como único mediador
••
entre Deus e o homem, que mantinham as Escrituras Sagradas como a
única regra de vida e santificavam o verdadeiro sábado" (Ellen G. White, ••
O Grande Conflito [CPB, 2021] , p. 52).

3. Que promessa Deus faz aos fiéis em face da própria morte? Ap 2:10 ••
••
As palavras de Apocalipse 2:10 foram escritas para a igreja em Esmirna .
Um dos deuses padroeiros da cidade era Dionísio, o deus da festa e da ferti-
lidade. Quando os sacerdotes de Dionísio morriam, colocava-se uma coroa ••
na cabeça deles em seu cortejo fúnebre . João compara essa coroa terrena
colocada por ocasião da morte com a coroa da vida, que será colocada na
cabeça dos vitoriosos sobre as forças do mal.
••
A coroa da vida inspirou os fiéis a suportar a morte por amor a Cristo .
Ela motiva os crentes nas aflições e inspirou os valdenses na dor e na
perseguição. Eles sabiam que veriam Jesus um dia e viveriam com Ele
••
para sempre. A coroa da vida apela a nós: sofremos, mas uma recompensa
nos espera se fixarmos os olhos em Jesus. ••
O que encoraja você nas dificuldades? Que promessas reivindica nesses momentos?
l 42 I O grande confl ito
••
••
••
Terça, 23 de abril RPSP: Ez29

Coragem para permanecer em pé

•• 4 . Compare Atos 5:28-32; Efésios 6:10-12; Apocalipse 3:11. Que princípio


básico se encontra nesses textos?

••
•• U ma das características dos valdenses e dos reformadores era a lealda-
de absoluta a Deus, a obediência à autoridade das Escrituras e o com-
promisso com a supremacia de Cristo, não com o papado. A mente deles
4
•• estava cheia de histórias de fé e coragem .
Eles podiam dizer: "É mais importante obedecer a Deus do que aos
homens" (At 5:29). Eles compreenderam que devemos ser "fortalecidos

•• no Senhor e na força do Seu poder" (Ef 6:10). Levaram a sério o conselho


de Jesus: "Conserve o que você tem, para que ninguém tome a sua coroa"
(Ap 3:11). Em vez de se submeterem às tradições romanas, esses fiéis tive-

•• ram a coragem de defender as verdades da Palavra de Deus.


Os valdenses foram um dos primeiros grupos a obter a Bíblia em sua lín-

••
gua. Jean Leger, um valdense que fazia cópias da Bíblia à mão, escreveu um
comovente relato, que inclui desenhos, sobre essa atividade deles. Os val-
denses copiavam secretamente as Escrituras em suas comunidades mon-

••
tanhosas no norte da Itália e no sul da França. Jovens eram instruídos por
seus pais a memorizar grandes porções das Escrituras. Equipes de copistas
da Bíblia trabalhavam juntas. Muitos desses jovens viajavam na Europa

•• como mercadores compartilhando a verdade. Alguns se matriculavam em


universidades e, à medida que a oportunidade surgia, compartilhavam par-
tes das Escrituras com os colegas. Guiados pelo Espírito Santo, quando

•• sentiam receptividade de alguém sincero, distribuíam partes da Bíblia .


Muitos pagaram por sua fidelidade com a própria vida. Embora os valden-
ses não entendessem todos os ensinamentos bíblicos, eles preservaram

•• a verdade da Palavra de Deus por séculos, compartilhando-a com outros .


"A vereda dos justos é como a luz do alvorecer, que vai brilhando mais
e mais até ser dia claro" (Pv 4:18). Salomão comparou o caminho pelo

•• qual Deus conduz Seus filhos a um sol que se eleva. Se Deus simplesmente
acionasse um interruptor cósmico e o sol brilhasse instantaneamente com
todo seu resplendor, nos cegaria. Depois que a escuridão engoliu o mundo

•• por séculos, Deus levantou homens e mulheres, comprometidos com a Sua


Palavra, que continuaram a buscar mais luz .

•• Como podemos, refletindo a luz de Cristo, resplandecer em nossa comunidade?


Abr • Mai • Jun 2024 1431
••
••
Quarta, 24 de abril RPSP: Ez30

A estrela da manhã da Reforma


5. Que atitudes de Davi e Jeremias em relação à Palavra de Deus foram a
pedra angular da Reforma? SI 19:7-11; 119:140, 162; )r 15:16 ••
••
U ••
n
ma das verdades realçadas pela Reforma foi a alegria trazida pelo es-
tudo das Escrituras, o que não era um exercício penoso, legalista nem
rígido, mas um deleite.
Ao estudarem as Escrituras, foram transformados. "O caráter de
Wycliffe é um testemunho do poder educador e transformador das Sagra-
das Escrituras. Foram elas que fizeram ele ser o que foi . O esforço para
••
aprender as grandes verdades da revelação comunica frescor e vigor a todas
as capacidades. Expande a mente, aguça a percepção e amadurece o dis-
cernimento. O estudo da Bíblia enobrece todo pensamento, sentimento
e aspiração como nenhum outro estudo consegue fazer. Dá estabilidade •• •
de propósitos, paciência, coragem e fortaleza; aperfeiçoa o caráter e san-
tifica a alma. O estudo fervoroso e reverente das Escrituras - colocando
a mente do estudante em contato direto com a mente infinita - daria ao
••
mundo pessoas de intelecto mais forte e mais ativo, e de princípios mais
nobres do que os que já existiram como resultado do mais hábil ensino
que a filosofia humana proporciona" (Ellen G. White, O Grande Conflito
••
[CPB, 2021], p. 78, 79).

6 . Que conselho Paulo deu a Timóteo a respeito da Palavra? 2Tm 2:1-3


••
••
Os reformadores desejavam compartilhar a verdade que alegrava seu ••
coração. John Wycliffe passou a vida traduzindo a Bíblia para o inglês por
duas razões: A Palavra o transformou, e o amor de Cristo o motivou a com-
partilhar o que aprendeu. ••
Antes de Wycliffe, havia muito pouco da Bíblia em inglês. O reforma-
dor morreu antes que Roma chegasse até ele, mas o papado desenterrou
seus restos mortais, queimou-os e jogou suas cinzas no rio Swift. Mas, ••
assim como essas cinzas foram espalhadas pela água, a Bíblia, a água da
vida, se espalhou por toda parte como resultado de sua obra. Dessa forma ,
Deus o usou - "a estrela da manhã da Reforma".
••
144 1 O grande conflito

••
•• Quinta, 25 de abril

Animados pela esperança


RPSP: Ez 31

•• 7. Leia Hebreus 2:14, 15. Como os crentes da Idade Média experimentaram


a realidade do grande conflito?

••
•• O que encorajava os fiéis valdenses durante as perseguições? O que deu
a Hus e Jerônimo, Tyndale e Latimer coragem para enfrentar as cha-
mas e a espada? Fé nas promessas de Deus. Eles creram na promessa: "Por-
4
•• que Eu vivo, vocês também viverão" (Jo 14:19). Consideravam a força de
Cristo suficiente para as maiores provações da vida. Encontravam alegria
até mesmo na comunhão com Cristo em Seus sofrimentos. E sua fidelida-

•• de foi um poderoso testemunho para o mundo .


Eles olharam além do presente. Sabiam, pela ressurreição de Cristo,

••
que a morte era um inimigo derrotado. Para eles, o domínio da morte
fora quebrado. Eles se apegaram às promessas da Palavra de Deus e foram
vitoriosos .

•• 8 . Leia João 5:24; 11:25, 26 e 1 João 5:11-13. Que garantias essas promessas
lhe dão? Como elas nos ajudam nas provações?

••
•• Hus não vacilou diante da prisão, da injustiça e da morte. Ele defi-

•• nhou na prisão por meses. As condições frias e úmidas acarretaram uma


febre que quase acabou com sua vida. No entanto, ''A graça de Deus o sus-
teve. [...] 'Escrevo esta carta na prisão e com as mãos algemadas', dizia a

•• um amigo, 'esperando a sentença de morte amanhã. [...] Quando, com o


auxílio de Jesus Cristo, de novo nos encontrarmos na deliciosa paz da vida
futura, você saberá como Deus Se mostrou misericordioso para comigo"'

•• (Ellen G. White, O Grande Conflito [CPB, 2021), p. 90) .


A admoestação de Paulo é muito relevante: "Guardemos firme a confis-

••
são da esperança, sem vacilar, pois Quem fez a promessa é fiel " (Hb 10:23) .
Assim como as promessas de Deus sustentaram Seu povo em eras passa-
das, elas nos sustentam agora .

•• O que significa perder tudo por Cristo? O que se perde? (Me 8:36). O que aprendemos
com os valdenses e reformadores que pode nos sustentar no conflito final?
Abr • Mai • )un 2024 145 1
••
••
Sexta, 26 de abril RPSP: Ez 32

Estudo adicional
"E les não receberam toda a luz que devia ser dada ao mundo. Por meio
desses servos, Deus estava guiando o povo para fora das trevas do ••
catolicismo; porém, havia muitos e grandes obstáculos a serem supera-
dos por eles, e Ele os guiou, passo a passo, conforme podiam suportar.
Não estavam preparados para receber toda a luz de uma vez [...]. Como ••
o impactante brilho do Sol do meio-dia sobre os que durante muito tem-
po permaneceram no escuro, causaria rejeição. Portanto, Deus a revelou
••
ra aos dirigentes pouco a pouco, à medida que podia ser recebida pelo povo.
[...] Outros fiéis obreiros deveriam surgir para guiar o povo ainda mais
longe no caminho da Reforma" (Ellen G. White, O Grande Conflito [CPB,
2021), p. 86, 87).
••
"Em outra carta, a um padre que havia se tornado discípulo do evange-
lho, Hus falou com profunda humildade de seus próprios erros, acusando-se
de 'ter sentido prazer em usar vestimentas suntuosas e ter gastado horas
••
em ocupações fúteis'. Acrescentou então estes comoventes conselhos:
'Que a glória de Deus e a salvação das pessoas ocupem sua mente, e não ••
••
a posse de benefícios e bens . Cuidado para não adornar sua casa mais do
que sua alma; e, acima de tudo, dê atenção ao edifício espiritual. Seja pie-
doso e humilde para com os pobres, e não consuma seus bens em festas"'
(O Grande Conflito, p. 88, 89).

Perguntas para consideração ••


1. O que é "luz progressiva"? Por que Deus revela a verdade gradualmen-
te? Como esses princípios se aplicam à igreja de Deus hoje?
2. As novas descobertas da verdade se relacionam com verdades anterio- ••
res que o povo de Deus compreendeu? Por que a nova luz nunca deve
contradizer a antiga luz?
3. A cultura promove valores, ideias e códigos morais que entram em con-
••
flito com o que a Bíblia ensina. Como lidamos com esses desafios? Po-
demos ser bons cidadãos e, ao mesmo tempo, não sucumbir a valores
distorcidos que a cultura proclama?
••
4. Como a carta de Hus impacta seu pensamento? O que o impressiona
nessa carta? ••
••
Respostas e atividades da semana: 1. Ao s 1.260 dias (1 .260 anos proféticos), que começa ram em 538 d.C. e con -
ti nuaram até 1798 d.C. 2 . A advertência de que os fiéis deveria m defender a verdade da Palavra de Deus, visto que
práticas pagãs inundaram a igreja. 3. "Eu lhe darei a coroa da vida". 4 . Perseverança na obediência à Palavra de Deus.
5. Eles se deleitavam na Palavra de Deus e amava m Sua lei. 6 . Que ele a transmitisse a pessoas f iéis e idôneas para
qu e a transmitissem a outros. 7. Enfrenta ram a perseguição e a morte por causa de sua fidelidade a Deus. Demons-

••
traram confiança nas promessas Dele. 8 . A morte é um inimigo derrotado. Se cremos em Cristo e somos fiéis , pas-
saremos da morte para a vi da eterna .

146 1 O grande conflito


•• AUXILIAR DO PROFESSOR - LIÇÃO 4

•• Em defesa da verdade

•• TEXTO-CHAVE: João 3:14, 15

•• FOCO DO ESTUDO:Jo 14:6; Jd 3,4; Ap 2:10; llo 1:7; Jo 3:14, 15 ; Hb 11:6; At 4:12 ; Mt 10:18-20;
Ap 1:9

•• ESBOÇO

••
Introdução: Os fiéis cristãos primitivos e da Idade Média se destacaram não somente
por sua devoção pessoal a Deus e às Suas Escrituras , mas também pela atitude pública ao
proclamarem os fundamentos do reino de Deus e da salvação. Nesta semana , continuare-
mos a observar a postura firme da igreja ao lado de Deus no contexto do grande conflito,
li
•• tanto ao longo dos períodos da Idade Média quanto durante o movimento da Reforma .
Durante esse tempo, os primeiros reformadores e líderes eclesiásticos inspiraram-se no

••
exemplo de Cristo e dos apóstolos, bem como nos mártires , como Policarpo .
A era da reforma não abrange um período comum de perseguição; ao contrário, abarca
um período profético de 1.260 anos, estendendo-se de 538 a 1798 d.C. Como ocorre nos

••
demais períodos proféticos de perseguição, essa época também ressalta que o tempo da
adversidade é limitado e que Deus detém o controle.
Nesse tempo, muitos seguidores do cristianismo, como os valdenses, Wycliffe e Hus,

••
não apenas enfrentaram perseguições nas mãos dos opositores de Deus, mas também
assumiram uma postura ofensiva contra as influências das trevas espirituais. A missão
dos verdadeiros cristãos e o segredo de seu poder consistiam em descobrir, amar e pro-

•• clamar a Palavra de Deus, independentemente das consequências .


O trabalho dos reformadores culminou em uma dupla realização, tanto para a huma-
nidade como para Deus . A primeira realização deles foi compreender que o amor divino,

•• manifestado em Suas Escrituras, transforma a vida de Seu povo e lhes dá esperança no


reino de Deus. A segunda realização deles consistiu em proclamar a verdade das Escri-
turas ao mundo, defendendo a identidade e a natureza de Deus , ambas distorcidas pelas

•• influências malignas na grande guerra cósmica . As sombras espirituais cedem perante a


proclamação da Palavra que ilumina o mundo com esperança e amor.
Temas da lição: A lição desta semana enfatiza três temas principais:

•• 1. A perseguição que a Igreja medieval promoveu contra os cristãos que professavam


sua fé na Bíblia ocorreu durante um período profético limitado no tempo, com a supervi-

••
são final de Deus, conforme previsto nas Escrituras .
2. Os valdenses, Wycliffe e Hus ilustram o que significa estar do lado de Deus, testemu -
nhando e proclamando a Palavra Dele nos momentos mais sombrios do conflito cósmico .

••
3. A Palavra de Deus é nossa maior fonte de esperança e poder, permitindo-nos viver
e permanecer ao lado Dele .

Abr • Mai • )un 2024 147 1


••
COMENTÁRIO

A raiz da perseguição ••
De maneira geral, os historiadores da igreja costumavam categorizar as razões por trás
da perseguição aos primeiros cristãos conforme as seguintes classes :
• Econômica (a profissão de fé de um crente impactava, e muitas vezes restringia , suas ••
transações com estabelecimentos comerciais locais e regionais ; At 19:23 -27).
• Social (os cristãos se recusavam a participar de atividades imorais).
• Política (os cristãos eram feitos de bodes expiatórios, a fim de que se resolvessem ••
problemas políticos).

••
1
• Religiosa (crenças, práticas e crescimento cristãos eram vistos como uma ameaça
existencial ás religiões dominantes).
A origem fundamental de todas essas perseguições residia em Satanás. Qual era o pro-
pósito por trás de seu ataque aos cristãos na batalha contínua contra Cristo? Afinal, não
foi ele quem, em primeiro lugar, acusou Deus de controle, opressão e restrição da liber-
••
dade? Por que Satanás agora se tornaria a principal fonte de perseguição e opressão?
Podemos considerar duas hipóteses plausíveis. Primeiramente, Lúcifer baseou sua ••
••
revolta e visão de uma nova ordem mundial em falsidades, loucas conjecturas e acusa-
ções falsas e prejudiciais contra Deus, Sua natureza , posição e domínio (Jo 8:44). Como
mestre da mentira, Satanás não apenas distorceu a realidade para os outros, mas tam-

••
bém se viu influenciado pelas próprias falsidades que espalhou e pelo ato de mentir em
si. O engano distorce os alicerces da própria personalidade. Rapidamente, a mentira se
torna uma força dominante, tentando se impor como verdade, indo de encontro às orien-
tações da razão e da consciência .
Ainda que a mentira seja uma criação da mente humana , ela exerce controle sobre as
ações e condutas das pessoas. Por conseguinte, a mentira resulta em distorções significati- ••
vas na percepção externa da realidade. A deformação da realidade ocorre porque a mentira
não possui uma base natural de sobrevivência ; não se alinha com a verdade objetiva e, por
isso, busca moldar a realidade de acordo com seus próprios princípios. Em outra perspec-
••
tiva, um confronto com a verdade simplesmente desqualificaria a mentira . Como resul-
tado, esta necessitaria de constante esforço para existir. Qualquer tentativa de examinar
a verdade é uma ameaça existencial à mentira, e, portanto, aquele que a aceita suprimirá
••
qualquer tentativa de busca pela verdade. Por isso, a própria natureza maligna de Lúcifer,
deturpada por suas próprias mentiras, estava agora agindo para reprimir qualquer tenta-
tiva do povo de Deus de receber, descobrir, viver e proclamar a verdade.
••
Um segundo ponto é que não há liberdade sem Deus. O próprio Deus é livre. Ele nos
criou à Sua imagem : livres e, portanto, morais e amorosos. Deus não apenas nos dotou ••
••
de liberdade; como nosso Provedor, Ele constitui o padrão e o alicerce dessa liberdade,
que, a propósito, não pode ser plenamente alcançada à parte de Deus ou em oposição
a Ele. Qualquer tentativa de estabelecer total autonomia sem Deus, como Lúcifer que-

••
ria, significaria privá-Lo de Seu status de Criador e Provedor. Além disso, tal empreendi -
mento implicaria despojá-Lo de Sua posição. Portanto, visando a atingir uma autonomia

148 1 O grande conflito


•• total, Lúcifer concebeu sua rebelião contra Deus. Entretanto, logo percebeu que, para

•• manter sua autonomia , seria necessário repr imir de forma constante a própria existên -
cia de Deus, que, por definição, era o Criador e Provedor. Mas não seria apenas isso, pois

••
Lúcifer teria que reprimir qualquer inclinação, tanto dentro de si quanto nos outros, de
se voltarem a Deus e aos princípios de Seu reino. Por essa razão, o maligno seria compe -
lido a eliminar qualquer referência à presença de Deus. Portanto, uma vez que o povo de

•• Deus dá testemunho da existência Dele e O adora como seu Criador e Provedor, Satanás
não poderia permitir que a existência do povo de Deus continuasse sem ser perturbada .
Fazer isso implicaria admitir o colapso de suas teorias, ou seja, que não existe verdadeira

•• liberdade sem Deus e Seu governo .

••
Valdenses, franciscanos e as Escrituras
No começo do segundo milênio depois de Cristo, a Igreja Católica Romana havia se
transformado em um gigante, estabelecendo-se de forma centralizada e hierárquica na
Europa. Porém , era uma instituição corrupta. Os membros da Igreja não conseguiram igno-
1
•• rar tal degeneração, pois sentiram a urgência de investigar as origens da corrupção ecle -
siástica e de propor soluções. Desse processo surgiram ordens religiosas e mendicantes .
No início do século 13, Francisco de Assis (1181-1226), oriundo de uma família abastada

•• e familiarizado com os prazeres terrenos, passou por uma experiência mística de conver-
são, após a qual renunciou a todas as propriedades que possuía e declarou sua intenção de
imitar a simplicidade de Cristo tanto quanto possível. Francisco fundou a ordem dos fran-

•• ciscanos, que defendia a virtude da pobreza. Os franciscanos eram conhecidos por suas
pregações de rua. Em 1209, Francisco buscou o reconhecimento formal de sua ordem pelo

••
papa Inocêncio Ili , que esteve no poder de 1198 a 1216. Depois de uma hesitação inicial,
o papa atendeu ao pedido de Francisco em 1210. O líder religioso também fundou uma ordem
feminina , a Ordem de Santa Clara, bem como a Ordem Terceira , que era composta por leigos .

•• Poucas décadas antes, no término do século 12, Pedro Valdo (falecido em 1205), um
próspero empreendedor do sudeste da França , também passou por uma conversão, aban -
donou suas posses materiais e promulgou a ideia de pobreza voluntária . Além disso, ele

•• estabeleceu uma ordem que se destinava aos desfavorecidos e fez um apelo ao papado
em busca de aprovação. Apesar de o papa Alexandre Ili , que liderou de 1159 a 1181, ini-
cialmente ter aceitado o compromisso de pobreza de Valdo, seu sucessor, o papa Lúcio 111 ,

•• que ocupou a Sé papal de 1181 a 1185, condenou Valdo e seu movimento, os valdenses,
como hereges, e proibiu -lhes a prática da pregação. O cenário agravou -se ainda ma is nos
séculos seguintes, quando a Igreja Católica Romana desencadeou intensas persegui ções

•• contra os valdenses, quase resultando em sua extinção .


Vamos agora examinar as similaridades entre esses dois movimentos. Os fundadores de

••
ambos os movimentos, Francisco de Assis e Pedro Valdo, vivenciaram experiências de con-
versão parecidas. Ambos os homens estabeleceram suas ordens com princípios espirituais
similares: a ênfase na pobreza e a prática de pregações nas ruas . Ambos nutriam a aspira-

••
ção de reformar a igreja e buscaram a aprovação papal para suas ordens. No entanto, elas
tiveram relações radicalmente diferentes com o papado e, consequentemente, destinos

Abr • Mai • )un 2024 1491


e finais distintos. A solicitação de aprovação papal por parte dos franciscanos foi inicial-
••
mente recebida com certa hesitação, porém, mais tarde, foi atendida. Por outro lado, o voto
de pobreza de Valdo, que inicialmente obteve a aprovação do papado, posteriormente foi ••
••
revogado. Os franciscanos se transformaram em uma das ordens católicas romanas de maior
influência (o atual papa, embora jesuíta, escolheu honrar Francisco de Assis adotando seu
nome). Em contraste, os valdenses foram alvo de uma das mais cruéis perseguições da história .

••
A pergunta fundamental sobre o motivo é mais relevante nessa análise. O que efetiva -
mente distinguiu esses dois movimentos ou ordens? A resposta reside em sua fidelidade
definitiva . Os franciscanos , muito possivelmente aprendendo com a trajetória de Valdo,
asseguraram a aprovação papal ao oferecer uma lealdade inabalável à autoridade papal.
Em outras palavras, os franciscanos reconheceram o papado como a máxima autoridade
••
ra espiritual e temporal na Terra e se comprometeram a apoiar de maneira incondicional sua
orientação em questões de doutrina e prática.
Os valdenses, por outro lado, acreditavam que a autoridade suprema para a vida e ensi-
namentos emanava das Sagradas Escrituras de Deus. Por consequência, eles elegeram as
••
Escrituras como o ponto central de seus estudos, pregações e existência . Como resultado,
os valdenses prontamente identificaram e rejeitaram um número crescente de equívo -
cos e concessões presentes na Igreja Católica Romana , como: (1) a veneração dos santos ;
••
(2) a maioria dos sete sacramentos católicos ; (3) o conceito da transubstanciação; (4) a
confissão auricular de pecados a sacerdotes humanos ; (5) a prática do batismo infantil;
(6) a venda de indulgências; (7) a doutrina do purgatório; (8) as orações pelos mortos.
••
Em vez disso, os valdenses proclamaram que Deus é o único Criador e Salvador. Eles
também proclamaram que Cristo é o único Mediador, doador da graça e perdoador dos ••
••
pe cados. Ensina ram também que o ato de adoração não se limitava ao ambiente físico das
igrejas católicas romanas , mas poderia ser prestado a Deus em qualquer local.
Os valdenses não receberam , em vida , a recompensa por sua fidelidade . Mas suas
ideias e coragem ao defenderem a Palavra de Deus contra as concessões e as falsida -
des do diabo logo inspiraram as estrelas da manhã da Reforma, John Wycliffe e John Hus,
bem como o restante do movimento da Reforma do século 16 em diante. Ainda que a
••
sociedade humana não os tenha enaltecido, esses reformadores receberão o reconheci-
mento de Cristo em Seu glorioso retorno. Os valdenses e os demais reformadores segui -
ram a exortação de Paulo: "Pregue a palavra, esteja preparado a tempo e fora de tempo"
••
(2 Tm 4:2, NVI). Eles disseminaram , em sua trajetória, Bíblias completas ou fragmentos do
livro sagrado e dei xaram os resultados com o Espírito Santo.
••
APLICAÇÃO PARA A VIDA
1. De que forma você poderia contribuir para difundir a Palavra de Deus de maneira
••
impactante entre as pessoas que o cercam?
2. Elabore um plano com três pontos para ajudá-lo a fortalecer sua fidelidade a Deus ••
••
durante períodos de perseguição. Compartilhe o plano com a classe da Escola Sabatina .

1so 1 O grande conflito


•• Fé contra todas
Lição

•• as dificuldades 5
••
••
•• VERSO PARA MEMORIZAR: "Guardo a Tua
palavra no meu coração para não
pecar contra Ti" (SI 119:11).

•• Leituras da semana: SI 119:162;

•• Jo 16:13-15; 2Pe 1:20, 21; Ef 2:8, 9;


Rm 3:23, 24; 6:15-18

••
•• Sábado, 27 de abril RPSP: Ez 33

•• O s reformadores protestantes tinham algo de que as pessoas do século


21 precisam desesperadamente - um propósito para a vida. No li-

•• vro The Empty Self, o renomado psicólogo americano Philip Cushman fala
de pessoas que levam vidas sem propósito. Suas crenças são superficiais.
Poucas coisas de real significado são importantes para elas, e não têm

•• nada pelo que valha a pena morrer. Por isso, não têm nada pelo que vale
a pena viver.
Mas os homens, as mulheres e as crianças da Reforma Protestante eram

•• diferentes. Eles tinham um propósito duradouro pelo qual valia a pena


viver. Aquilo em que acreditavam importava e não estavam dispostos a com-
prometer a sua integridade. Negar crenças era negar a própria identidade.

•• Nesta semana, com exemplos da Reforma, veremos como os ensinos bíbli-


cos transformadores dão base para o verdadeiro significado da vida. Com-
preender essas verdades nos preparará para a crise final no conflito entre

•• o bem e o mal. Fomos chamados a continuar a batalha dos reformadores .


Podemos descobrir o Deus grande o suficiente para todos os desafios, Aquele
que dá sentido e propósito à vida como nada no mundo jamais poderia dar.

•• *Esta lição se baseia nos capítulos 7 a 11 do livro O Grande Conflito .

Abr • Mai • Jun 2024 1s11


Domingo, 28 de abril RPSP: Ez34
••
A Palavra de Deus somente
1. Qual foi a atitude de Davi em relação às Escrituras? Como isso impactou
••
os reformadores e a nós? SI 119:103, 104, 147, 162
••
A Bíblia foi a base da fé dos reformadores e a essência de seus ensi-
nos. Eles entendiam que lidavam com a inspirada "Palavra de Deus, a
••
qual vive e é permanente" (lPe i:23). Amavam cada palavra. Quando liam
suas páginas e acreditavam em suas promessas, a fé deles era fortalecida .
"O mesmo se dá quanto a todas as promessas da Palavra de Deus. Por meio
••
1 delas, Ele está falando a nós, individualmente; falando tão diretamente
como se pudéssemos ouvir Sua voz. É por intermédio dessas promessas ••
que Cristo nos comunica Sua graça e poder. Elas são folhas daquela árvo-
re que é 'para a cura dos povos' (Ap 22:2). Recebidas, assimiladas, elas se-
rão a fortaleza do caráter, a inspiração e o sustentáculo da vida. Nenhuma ••
outra coisa pode possuir tal poder restaurador. Nada além delas pode co-
municar o ânimo e a fé que dão energia vital a todo o ser" (Ellen G. White,
A Ciência do Bom Viver [CPB, 2021], p. 65).
••
As Escrituras fazem resplandecer alegria sobre a tristeza, esperança
sobre o desânimo, luz sobre as trevas. Elas dão direção na confusão, cer-
teza na perplexidade, força na fraqueza e sabedoria na ignorância. Quando
••
meditamos na Palavra de Deus e, pela fé, confiamos em suas promessas,
o poder divino vivificante energiza todo o nosso ser nos aspectos físico,
mental, emocional e espiritual.
••
Os reformadores encheram a mente com as Escrituras. Viveram pela
Palavra, e muitos morreram por causa dela. Não eram cristãos casuais,
complacentes e descuidados. Sabiam que, sem o poder da Palavra, não
••
resistiriam ao mal.
A paixão de Wycliffe era traduzir a Bíblia para o inglês a fim de que as ••
••
pessoas pudessem lê-la e entendê-la. Visto que isso era ilegal, ele foi jul-
gado, condenado como herege e sentenciado à morte. Em seu julgamento,
Wycliffe fez um apelo. "'Com quem vocês pensam que estão lutando?', disse
ao concluir. 'Com um idoso à beira da sepultura? Não! Com a Verdade - Ver-
dade que é mais forte do que vocês e os vencerá"' (Ellen G. White, O Grande
Conflito [CPB, 2021], p. 76). As últimas palavras de Wycliffe se cumpri- ••
ram quando a luz da verdade divina dissipou as trevas da Idade Média.
••

De que maneira as Escrituras o consolam na provação?
1s2 1 O grande conflito
••
••
Segunda, 29 de abril RPSP: Ez 35

Transmitindo a Palavra de Deus

•• 2. Ao proclamar a verdade, que confiança Paulo tinha apesar dos desafios


que enfrentava? 2Co 4:1-6; 2:14

••
•• O apóstolo Paulo enfrentou enormes dificuldades em sua obra de di-
fundir o evangelho; no entanto, ele confiava que a Palavra de Deus

•• triunfaria, "porque", como disse, "nada podemos contra a verdade, senão


a favor da verdade" (2Co 13:8).
Os reformadores enfrentaram dificuldades semelhantes; porém, pela
S
•• fé, foram fiéis à Palavra. Um exemplo de coragem diante de probabilida-
des esmagadoras é William Tyndale. O maior desejo de Tyndale era dar

••
à Inglaterra uma tradução precisa e legível da Bíblia. Ele decidiu tradu-
zir a Bíblia das línguas originais e corrigir alguns erros na tradução de
Wycliffe de cerca de 140 anos antes. Tyndale também foi preso e julgado .

••
Muitas de suas traduções da Bíblia, que foram impressas em Worms, Ale-
manha, foram apreendidas e queimadas publicamente. Seu julgamento
ocorreu na Bélgica em 1536 d.C. Ele foi condenado sob a acusação de here-

•• sia e sentenciado à fogueira. Seus carrascos o estrangularam enquanto o


amarravam à estaca e depois queimaram seu corpo. Suas últimas palavras
foram ditas com fervor: "Senhor, abra os olhos do rei da Inglaterra". Deus

•• milagrosamente respondeu à oração de Tyndale .


Quatro anos após sua morte, quatro traduções inglesas da Bíblia foram
publicadas. Em 1611, a versão King James da Bíblia foi impressa. Os 54

•• estudiosos que realizaram o trabalho se basearam grandemente na tra-


dução de Tyndale para o inglês. Uma estimativa sugere que o AT da Bíblia
King James de 1611 seja 76% da tradução de Tyndale, e o NT seja 83%.

•• Em 2011, a versão King James da Bíblia comemorou seu 400 2 aniversá-


rio, ultrapassando a marca de um bilhão de Bíblias impressas. Traduzida
para muitos idiomas, impactou dezenas de milhões de pessoas ao redor

•• do mundo. O sacrifício de William Tyndale valeu a pena .


Apesar das dificuldades e dos desafios, Tyndale e seus companheiros

••
confiavam que Deus estava no controle. A vida de Tyndale fez a diferença
para a eternidade .

••
Leia Daniel 12:3 e Apocalipse 14:13. Como esses textos se aplicam à vida de Tynda/e?
Eles nos encorajam a respeito da oportunidade que temos de influenciar outros para
a eternidade?
Abr • Mai • Jun 2024 1531
Terça, 30 de abril RPSP: Ez36
••
Iluminados pelo Espírito

U m dia, enquanto estudava na biblioteca da Universidade, Martinho ••


Lutero teve um momento decisivo, quando descobriu uma cópia da
Bíblia em latim. Ele não sabia que um livro como esse existia e leu capítu-
lo após capítulo, ficando surpreso com a clareza e o poder das Escrituras.
••
Ao debruçar-se sobre suas páginas, o Espírito Santo iluminou sua men-
te à medida que verdades obscurecidas pela tradição pareciam saltar das ••
••
páginas da Bíblia. Ao descrever sua primeira experiência com a Bíblia, es-
creveu: "Oh, que Deus dê esse livro para mim!"

3. Que princípios podemos tirar dos seguintes textos a respeito de como


devemos interpretar a Bíblia? Jo 14:25, 26; 16:13-15; 2Pe 1:20, 21
••
••
Nesses versos, temos a certeza de que o mesmo Espírito Santo que ins- ••
pirou os escritores bíblicos nos guia enquanto lemos as Escrituras. Ele é o
intérprete da verdade. Infelizmente, muitos minimizam o elemento sobre-
natural da Bíblia e exageram no elemento humano. Uma vez que Satanás
••
não pode mais manter a Bíblia longe de nós, ele usa a segunda melhor
estratégia: despojá-la de seu caráter sobrenatural, torná-la meramente ••
••
uma boa literatura ou, pior ainda, uma ferramenta opressora da religião
para controlar as massas.
Os reformadores viram claramente que o Espírito Santo - não os sacer-

••
dotes, prelados e papas - era o intérprete infalível das Escrituras. Em um
interessante diálogo, Maria, rainha da Escócia, disse a John Knox, refor-
mador escocês: "'Você interpreta as Escrituras de uma maneira, e eles [os
professores católicos romanos] as interpretam de outra; em quem deverei
acreditar e quem deverá ser juiz nesse assunto?' 'Creia em Deus, que cla-
ramente fala em Sua Palavra', respondeu o reformador; 'e, além do que a ••
Palavra lhe ensina, não creia nem em um nem em outro. A Palavra de Deus
é clara por si mesma; e se aparecer qualquer dificuldade em algum lugar, o
Espírito Santo, que nunca é contrário a Si mesmo, em outros lugares expli- ••
cará a questão de maneira mais clara, de modo que não poderá ficar dúvida
a não ser para os que obstinadamente permanecem na ignorância"' (Ellen
G. White, O Grande Conflito [CPB, 2021), p. 213, 214).
••
154 1 O grande conflito

••
•• Quarta, 12 de maio

Somente Cristo, somente a graça


RPSP: Ez 37

•• 4 . Como funciona o plano da salvação? Ef 2:8, 9; Rm 3:23, 24; 6:23; 5:8-10

••
•• D eus oferece a salvação como um dom. O Espírito Santo nos leva a acei-
tar pela fé o que Cristo ofereceu por meio de Sua morte na cruz do
Calvário. Jesus, o divino Filho de Deus, ofereceu Sua vida perfeita para

•• expiar nossos pecados .


A justiça divina exige obediência. A vida perfeita de Cristo está no lugar
de nossa imperfeição. A lei que quebramos nos condena à morte eterna.
S
•• Por nossas escolhas pecaminosas, "ficamos aquém" do ideal de Deus. Sozi-
nhos, não podemos atender às exigências de Deus. Merecemos a morte .
Mas há boas notícias: "O salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito

•• de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus" (Rm 6:23). É um dom imerecido;


se fosse pelas obras, nós a conquistaríamos. Se há uma verdade no evan-

••
gelho, é que não obtemos a salvação por nossas obras .
Martinho Lutero e os reformadores protestantes descobriram Cristo, e
Ele somente, como fonte de salvação. Foi então que Lutero começou apre-

•• gar a mensagem da graça salvadora de Cristo. Multidões se reuniram para


ouvir suas mensagens sinceras e transformadoras. Suas palavras eram
como um copo de água fria no deserto estéril da vida das pessoas. O povo

•• tinha sido algemado pelas tradições da igreja medieval e escravizado com


rituais antigos que não ofereciam vida espiritual. As mensagens bíblicas
de Lutero tocaram o coração, e vidas foram transformadas.

•• Ao ler o NT, Lutero comoveu-se com a bondade divina. Ficou surpreso


com o desejo de Deus de salvar toda a humanidade. A visão popular ensi-
nada pelos líderes da igreja era que a salvação era uma combinação de obra

•• humana com obra divina. Lutero descobriu que a morte de Cristo na cruz
era suficiente para todos .
"Cristo foi tratado como nós merecíamos, para que pudéssemos rece-

•• ber o tratamento a que Ele tinha direito. Foi condenado pelos nossos peca-
dos, nos quais não tinha participação, para que fôssemos justificados por

••
Sua justiça, na qual não tínhamos parte. Sofreu a morte que era nossa,
para que recebêssemos a vida que era Dele" (Ellen G. White, O Desejado de
Todas as Nações [CPB, 2021], p. 14) .

•• Se a salvação é a obra de Deus, que papel as boas obras desempenham na vida cristã?
Como afirmar a importância das boas obras sem torná-las o fundamento da esperança?
Abr • Mai • Jun 2024 1ss1
••
Quinta, 2 de maio

Obediência: o fruto da fé
RPSP: Ez38

••
5. Leia Romanos 3:27-31; 6:15-18; 8:1, 2. O que esses versos nos ensinam so-
bre a salvação somente por meio da justiça de Cristo? ••
••
U m novo vento soprava na igreja cristã nos dias de Lutero. Dezenas de
milhares de pessoas foram ensinadas a desviar o olhar de seu eu pe-
caminoso e olhar para Jesus. Olhando para si mesmas e para o que eram,
••
essas pessoas viam apenas razões para desencorajamento. Que crente não
••
a
sente isso? Por isso, precisamos olhar para Jesus.
A graça nos transforma. John Wesley participou de uma reunião dos
morávios, em Londres, e ficou maravilhado ao ouvir a introdução de Lutero
à leitura de Romanos. Ali, entendeu o evangelho. Ele se sentiu estranha-
mente atraído pelo Cristo que havia dado a vida por ele. Exclamou: "Senti
••
que confiava em Cristo, em Cristo somente para a salvação; e me foi dada
a certeza de que Ele havia tirado meus pecados, até os meus, e me salvado ••
••
da lei do pecado e da morte" (John Whitehead, The Life of the Rev. John
Wesley, M.A. [Londres: Stephen Couchman, 1793), p. 331).

6 . Leia 1 Pedro 2:2; 2 Pedro 3:18; Colossenses 1:10; Efésios 4 :18-24. Que
verdades vitais essas passagens revelam sobre a vida cristã?
••
Os reformadores estudaram a Palavra sistematicamente para desco-
brir mais verdades. Não contentes com o estado das coisas, nem com uma ••
experiência religiosa rígida com pouco ou nenhum crescimento, ansiavam
conhecer mais a Cristo. Na Idade Média, muitos fiéis à Bíblia pagaram
um preço alto por seu compromisso. Foram torturados, presos, exilados
••
e executados. Suas propriedades foram confiscadas, suas casas queima-
das, suas terras devastadas e suas famílias perseguidas. Quando foram
expulsos de suas casas, buscavam uma cidade "da qual Deus é o arquiteto e
••
construtor" (Hb 11:10). Quando foram torturados, abençoaram seus algo-
zes e, quando definharam em masmorras escuras e úmidas, reivindica-
ram as promessas de Deus de um futuro mais brilhante. Embora o corpo
••
estivesse preso, eram livres em Cristo, livres nas verdades de Sua Palavra,
livres na esperança de Seu breve retorno. ••
Quando você olha para si mesmo, que esperança de salvação você tem?
l 56 I O grande conflito
••
••Sexta, 3 de maio RPSP: Ez 39

•• "o
Estudo adicional
s fiéis servos de Deus não estavam lutando sozinhos. Enquanto 'prin-

•• cipados', 'potestades' e 'forças espirituais do mal, nas regiões celes-


tes' (Ef 6:12) se aliavam contra eles, o Senhor não Se esquecia de Seu povo .
Se seus olhos pudessem ser abertos, teriam visto uma prova da presença

••
e do auxílio divinos, como foi concedida ao profeta no passado. Quando
o servo de Eliseu mostrou ao seu senhor o exército hostil que os cercava,

••
excluindo toda possibilidade de escape, o profeta orou: 'Senhor, peço-Te
que lhe abras os olhos para que veja' (2Rs 6:17). E ele viu que a montanha
estava cheia de carros e cavalos de fogo; o exército do Céu estava pron-
S
••
to para proteger o homem de Deus. Da mesma forma, os anjos guarda-
ramos obreiros na causa da Reforma" (Ellen G. White, O Grande Conflito
[CPB, 2021], p. 176) .

•• "Quando poderosos adversários estavam se unindo para destruir a fé


reformada, e milhares de espadas pareciam prestes a se desembainhar con-
tra ela, Lutero escreveu: 'Satanás está exercendo sua fúria; ímpios pon-

•• tífices estão conspirando, e nós somos ameaçados de guerra. Exortem o


povo a contender valorosamente perante o trono do Senhor, pela fé e ora-

•••
ção, de modo que nossos inimigos, vencidos pelo Espírito de Deus, possam
ser constrangidos à paz. Nossa necessidade fundamental e nosso principal
trabalho é a oração. Que o povo saiba que, neste momento, está exposto à
lâmina da espada e à ira de Satanás; e que o povo ore'" (O Grande Conflito,
p. 176) .

•• A justificação pela fé, a verdade que Lutero redescobriu, é o fundamento


do evangelho, sobre o qual repousa a esperança de salvação. Seu hino, "Cas-
telo Forte", ressalta o evangelho (Hinário Adventista do Sétimo Dia, n 2 73) .

•• Perguntas para consideração


1. Como explicar o equilíbrio entre graça e lei, fé e boas obras?

•• 2. O que é legalismo? Por que é fácil cair no legalismo? Ele é prejudicial à


fé cristã?
3. Qual é o perigo de não entender corretamente o conceito de "salvação

•• pela graça"?
4. O que alguns querem dizer quando usam o termo "graça barata"?

••
Respostas e atividades da s e mana: 1. Davi se deleitava na Palavra de Deus e se apegava a ela . Os reformadores
tiveram grande prazer nas descobertas que fizeram; devemos obter sempre o conhecimento da Palavra. 2. Ele sa-
bia que a verdade venceria. 3. Devemos interpretar com o auxílio do Espírito Santo. Ele nos instrui e nos guia a toda
a verdade. 4. A salvação é pela graça mediante a fé. S. A justiça de Cristo nos justifica e nos dá poder para obedecer.
6. A vida cristã é de conhecimento e crescimento .

•• Abr • Mai • Jun 2024 1571


AUXILIAR DO PROFESSOR - LIÇÃO 5
••
Fé contra todas as dificuldades ••
TEXTO-CHAVE : Salmo 119:11
••
FOCO DO ESTUDO: Sl 119:162; 2Pe 1:20, 21 ; Jo 16:13, 14; Ef 2:8, 9; Rm 3:23-31; Rm 5:8-10;
Rm 6:22 , 23 ••
ESBOÇO

Introdução: O estudo desta semana destaca três princípios centrais que caracterizam
••
o grande conflito:
1) O caráter de Deus é amor e justiça.
2) O único caminho para a salvação reside em Seu amor e justiça .
••
3) Os primeiros dois princípios derivam de uma única fonte : a revelação de Deus que
Jesus Cristo e as Sagradas Escrituras manifestam .
Durante a era medieval, esses três princípios pareciam estar eternamente envoltos
••
nas trevas do maligno, destinados a não serem defendidos ou proclamados novamente.
Contudo, Deus convocou vários defensores notáveis, os reformadores , a se levantarem no ••
••
meio do campo de batalha e a hastearem novamente o estandarte da verdade divina . Esses
guerreiros eram poucos, porém a escassez nas fileiras dos reformadores foi destinada a
mostrar que o movimento não era humano, mas divino, tanto em suas origens quanto em
suas operações. Conquistamos a vitória somente quando testemunhamos o que a Palavra
de Deus proclama e os feitos que o poder da graça divina pode fazer e, com efeito, realiza,
por nós e em nós. Por tais razões , os reformadores perceberam que sua missão consistia ••
em proclamar os cinco pilares, ou solas (somente) : Sola Scriptura (Somente a Escritura),
Sola Gratia (Somente a Graça), Sola Fide (Somente a Fé), Solus ou Solo Christus (Somente
Cristo) e Soli Deo Gloria (Glória Somente a Deus). ••
Temas da lição: A lição desta semana explora dois temas principais :
1. Estar ao lado de Deus no grande conflito envolve expressar fé inabalável nas Escri-
turas como a única revelação do caráter e do amor Dele por nós.
••
2. Estar do lado de Deus no grande conflito também significa manifestar fé inabalável
na graça divina como a única fonte e meio de salvação.
••
COME NTÁ RIO
••
••
Sola Scriptura, Sola Gratia, Sola Fide
Por que o princípio protestante do Sola Scriptura é tão significativo para o grande con -
flito? De que maneira ele está interligado com a sa lvação e com os outros princípios pro-

••
testantes, especialmente Sola Gratia e Sola Fide? (Observação: De acordo com Efésios 2:8,
essa abordagem considera Sola Gratia e Sola Fide como um princípio único).

1581 O grande co nflito


•• Deus Se manifesta a nós é através da natureza, da história , da natureza humana e da
nossa consciência . Esse tipo de revelação divina é denominado revelação geral. No entanto,

•• a revelação geral não é específica , uma vez que não é apresentada de forma proposicional,
ou seja, não é comunicada diretamente por meio de palavras. Além disso, o pecado resul-
tou em mudanças substanciais na natureza, na história , na natureza humana , na morali -

•• dade, no pensamento humano e na nossa percepção da realidade , o que traz desafios à


nossa compreensão e assimilação da revelação geral.
Por essas razões, Deus Se manifesta principalmente por meio da revelação especial,

•• e esta implica que Ele Se revela de maneira pessoal e proposicional. Após a queda , Deus
não abandonou a humanidade, embora o pecado tenha alterado gravemente Seu relacio -

••
namento com a raça humana .
Por milênios, Deus trabalhou por meio de patriarcas e profetas a fim de combater a desin-
formação do diabo e para alcançar um objetivo ainda mais importante, chamar a humani-

••
dade a entendê-Lo corretamente, confiar Nele e aceitar Seu plano de salvação. No entanto,

••
Deus não Se limitou a essa forma de revelação intermediária . O Filho de Deus, a Segunda
Pessoa da Trindade, encarnou como ser humano para que o Senhor pudesse estar conosco
pessoalmente (Jo 1:1-3, 14) e assim demonstrar pessoalmente Seu amor por nós. Para nos
salvar, Deus tomou sobre Si a culpa do nosso pecado, tornando -Se pecado por nós para
que pudéssemos nos tornar a justiça de Deus Nele (2Co 5:21). Jesus Cristo, o Deus encar-
1
•• nado, representou o ápice da revelação especial e pessoal de Deus para a humanidade, e
até mesmo para todo o Universo (Hb 1:1-3). Por meio de Jesus , Deus revelou plenamente
Seu caráter de amor e justiça, e Seu poder criativo e salvífico. Após a ascensão de Cristo,

•• Deus continuou Sua revelação profética por meio da presença e atividade do Espírito Santo .
Por meio do processo de inspiração, Deus trabalhou com os profetas e apóstolos, e
por meio deles (Ef 2:20), para registrar Sua revelação , a fim de que pudesse ser publicada

•• e disseminada globalmente (2Tm 3:16; Mt 28 :20). Esse registro da revelação divina está
nas Escrituras Sagradas, focadas na revelação de Deus em Cristo (Jo 5:39, 40 ; Lc 24:27) .

••
Assim sendo, as Escrituras desempenham papel fundamental na revelação especial de
Deus, ostentando plenamente o selo de autoridade divina como a própria Palavra de Deus.
Através delas, o Pai deseja que todos compreendam Sua verdadeira essência e conheçam

•• Suas ações passadas, presentes e futuras para a salvação da humanidade .

Ataques

•• Satanás empregou várias estratégias para minar a revelação especial de Deus. Uma
delas foi fazer com que a humanidade duvidasse do que Ele revelou em Sua Palavra .
Mas depois que a Bíblia se provou verdadeira , repetidas vezes o diabo redirecionou seu

•• foco para sua estratégia principal: tornar as Escrituras dependentes da interpretação e


tradição humanas . Nos tempos do Novo Testamento, muitos tiveram dificuldade em acei-
tar Jesus, não devido à falta de clareza das Escrituras, mas porque desejavam interpretar

•• a Palavra de Deus por meio de suas próprias tradições (Me 7:1-13). Assim , o diabo atingiu
seus três objetivos : negligenciar "os mandamentos de Deus", "pôr de lado os mandamen-
tos de Deus" e anular "a Palavra de Deus· (Me 7:1-13, NVI) .

• Abr • Mai • Jun 2024 159 1


Inicialmente, como no caso dos judeus, a tradição pode até ter sido bem-intencionada. Mas,
••
se não for cuidadosamente regulada pelos princípios bíblicos, a tradição finalmente dá origem
à própria essência do pecado: a remoção da autoridade divina; uma tentativa de controlá-Lo; ••

e o estabelecimento da autoridade humana sobre Deus, Seu reino e Sua revelação. Quando
colocamos a tradição acima da Bíblia, destruímos o propósito e o significado da revelação
especial de Deus, que é mostrar Seu verdadeiro caráter, propósitos e planos e apresentar o
caminho da redenção. Em vez do amor de Deus e da salvação pela graça, as pessoas são ensi-
••
••
nadas a seguir as instruções dos lideres religiosos e um caminho penoso de salvação (Mt 23:4) .
Assim como Cristo fez, os primeiros cristãos repudiaram a tradição e reinterpretaram
as Escrituras de acordo com seu sentido pretendido (Jo 5:39, 40; Lc 24:25-27; At 2:14-32) .

••
Mais tarde, porém, os cristãos seguiram o exemplo do judaísmo e desenvolveram sua pró-
pria interpretação das Escrituras influenciada pelas várias pressuposições culturais, polí-
ticas ou filosóficas . Na época de Lutero, a Bíblia e sua interpretação estavam firmemente

a
nas mãos do magistério da Igreja. De acordo com a autoridade deles, a Bíblia era divina
e sagrada demais para ser interpretada por pessoas "comuns". Assim como os escribas
faziam nos dias de Jesus, os bispos, sacerdotes e estudiosos católicos romanos, sob o pre-
texto de preservar a identidade e a unidade da Igreja, afirmavam que nem todos podiam
ler e entender a Bíblia . A supressão das Escrituras do conhecimento do povo resultou em
uma carência de compreensão autêntica sobre Deus e uma escassez de espiritualidade,
••
••
com resultados terríveis. Consequentemente, a ausência da verdade bíblica deu margem à
proliferação descontrolada do pecado; em resultado disso, a Igreja almejou assumir auto-
ridade e controle sobre Deus, Seu reino e o processo de salvação. Devido a essa trajetória, ••
a Igreja, à semelhança dos antigos líderes judaicos, estabeleceu uma nova abordagem de
salvação com base nas obras. De acordo com esse ensinamento, as pessoas são salvas
pela Igreja e por meio dela, fazendo o que ela lhes diz para fazer. Conforme essa doutrina,
••
a salvação das pessoas é mediada e operada pela Igreja , seguindo suas instruções. Como
consequência, o ensinamento eclesiástico foi convertido em práticas rituais hierárquicas
e sacramentais, enquanto a doutrina da salvação foi distorcida para incluir a adesão a
••
penitências e indulgências. Essa abordagem privou Deus dos próprios meios que Ele havia
estabelecido para Se comunicar diretamente com todas as pessoas, ou seja, as Escrituras .
Ao estabelecer o princípio do Solo Scriptura, os reformadores protestantes se levanta-
••
ram contra essa estratégia demoníaca que operava dentro da Igreja. Eles estabeleceram
que a Bíblia era a única forma de revelação especial que Deus deu à Igreja naquela época ••
••
e que as pessoas precisavam ter permissão para ouvir a Deus diretamente por meio da
Bíblia. A base do princípio do Sola Scriptura não implica que os reformadores protestantes
tenham excluído outras formas de conhecimento, como a razão, as artes ou a experiên-
cia . O que os reformadores queriam dizer com o Sola Scriptura é que a Bíblia é a revelação
oficial de Deus que molda nossa visão de mundo, dizendo-nos quem Ele é, o que Ele fez,
quem somos e o que aconteceu conosco na queda. Além disso, as Escrituras revelam como ••
o Pai nos salva e o que Ele espera de nós. Assim, a autoridade da Escritura está acima da
autoridade da Igreja e acima de qualquer outra autoridade humana ou forma de conheci-
mento. A Palavra de Deus criou a Igreja e não o contrário.
••
!GO i O grande conflito

• O princípio do Solo Scriptura está direta e inseparavelmente relacionado ao estabeleci -

•• mento de outro princípio,? Sola Gratia/ Sola Fide. Quando Martinho Lutero leu a Bíblia sem
o filtro da tradição, descobriu nela o verdadeiro caráter de Deus e Seu verdadeiro cami-

••
nho de salvação. Nas Escrituras, os protestantes descobriram a mensagem central que
Deus quis comunicar à humanidade em meio ao grande conflito: nosso Senhor é um Deus
de amor e justiça e não um tirano. Mesmo quando nos rebelamos contra Ele, o Senhor Se

••
sacrifica em nosso lugar. Nosso Pai nos presenteou com Sua justiça, permitindo nossa res-
tauração em Seu reino quando acolhemos esse presente com fé .

•• O ataque liberal
Os protestantes liberais não restringiam o acesso das pessoas à leitura individual das
Escrituras. Em vez disso, esses pensadores liberais reinterpretaram a própria definição e

•• a natureza da Bíblia . Para eles, o livro sagrado não era mais a revelação divina especial,
mas meramente um produto de uma mente, cultura e moralidade humanas em evolução .

••
Assim, a Bíblia não era a Palavra de Deus para a humanidade, mas meras palavras huma-
nas, imaginações ou especulações sobre Deus, que brotavam do ambiente natural ou his-
tórico das pessoas. Por esse motivo, conforme a perspectiva do protestantismo liberal,
uma leitura direta, natural, literal e devota das Escrituras como a Palavra de Deus era um
li
•• ato equivocado. Em vez disso, devemos ler a Palavra de Deus da mesma forma
mesmos métodos que usaríamos para ler literatura, história , cultura ou filosofia .
e com os

Consequentemente, em vez do tradicional método histórico-gramatical protestante de ler

•• a Bíblia , os adeptos da teologia protestante liberal impuseram sobre as Escrituras o método


histórico-crítico de interpretação bíblica . O princípio protestante do Sola Scriptura entrou em

••
colapso porque, nessa linha de pensamento, a Palavra de Deus não mais era a única fonte
autorizada da revelação especial de Deus. Em vez disso, a Bíblia se tornou apenas um dos
muitos documentos históri cos ou significativos que a humanidade já produziu. Outro pro-

•• blema foi que o princípio do Sola Gratia/ Sola Fide também entrou em colapso porque tanto
a Escritura quanto o caminho da salvação se tornaram produtos da habilidade humana
do esforço moral e religioso. Além do mais, ao contrário da Bíblia (At 4:12), Cristo é mera-
e

•• mente um dos muitos meios de salvação. Tragicamente, essa visão das Escrituras e esse
método de interpretação bíblica tornaram -se dominantes em todas as denominações cristãs .
Como igreja remanescente de Deus no fim dos tempos, mais uma vez os adventistas

•• do sétimo dia foram encarregados por Ele da missão de proclamar os princípios bíblicos
fundamentais do Sola Scriptura e Sola Gratia/ Sola Fide .

•• APLICAÇÃO PARA A VIDA


1. Os "cinco solas" têm relevância em sua própria vida?

•• 2. Defender a Bíblia em sua região é difícil? Isso faz parte do grande conflito?

•• Abr • Mai • Jun 2024 l 61 I


Lição
As duas testemunhas ••
6 ••
••
VERSO PARA MEMORIZAR: "A erva seca e
as flores caem, mas a palavra do nosso Deus ••
i
permanece para sempre" (Is 40:8).

••
4
1
Leituras da semana: Ap 11:3-6; Zc 4:14;
Ap 12:5, 6, 14, 15; Dn 7:25; Is 54:17;
SI 119:89; Ap 11:15-18
••
A
;~v\
1

••
Sábado, 4 de maio RPSP: Ez40 ••
A o longo dos séculos, a Bíblia foi dissecada, posta em dúvida e descar-
tada. Foi acorrentada em mosteiros, queimada em praças e rasgada. ••
Os crentes foram ridicularizados, presos e martirizados. No entanto, a
Palavra de Deus prevaleceu.
A igreja medieval perseguiu fiéis. Contudo, a Bíblia iluminou as trevas.
••
Quando William Tyndale foi julgado por sua fé, lhe perguntaram quem
o havia ajudado a espalhar a Bíblia. Ele respondeu: "o bispo de Durham".
Os juízes ficaram chocados.
••
Tyndale explicou que o bispo havia comprado um lote de exemplares

de sua tradução da Bíblia e o queimou publicamente. O bispo não sabia
que estava ajudando a causa da verdade, pois havia comprado as Bíblias
a um preço alto. Com a compra, Tyndale imprimiu muito mais Bíblias do ••
que aquelas que foram queimadas.
Nesta semana, estudaremos um dos ataques mais cruéis às Escrituras
e à fé cristã. Na Revolução Francesa, o sangue fluiu nas ruas da França. ••
A guilhotina foi montada na praça de Paris, e milhares foram mortos .
O ateísmo se tornou a religião do Estado. No entanto, o testemunho da
Palavra de Deus não pôde ser silenciado.
••
1621
*Esta lição se baseia nos capítulos 12 a 17 do livro O Grande Conflito .

O grande conflito
••
•• Domingo, 5 de maio RPSP: Ez 41

•• Duas testemunhas

•• 1. Quais são as cinco características das duas testemunhas? Ap 11:3-6

•• E m Zacarias 4, o profeta viu duas oliveiras, uma à direita e outra à

•• esquerda do candelabro de ouro - a mesma imagem que encontramos


em Apocalipse 11. Zacarias é informado de que representam "os dois un-
gidos, que estão a serviço do SENHOR de toda a Terra" (Zc 4:14). As oli-

•• veiras alimentam o azeite no candelabro para que ele continue a dar luz .
O salmista escreveu: "Lâmpada para os meus pés é a Tua palavra; ela é luz

••
para os meus caminhos" (Sl 119:105). O azeite representa o Espírito Santo
(Zc 4:2, 6). A visão de João em Apocalipse 11 descreve a Palavra de Deus
sendo proclamada no poder do Espírito Santo para iluminar o mundo.
Essas duas testemunhas podem profetizar e impedir que a chuva caia
1
•• pelo tempo que previrem. Podem transformar água em sangue e ferir a
Terra com pragas. Pela Palavra de Deus, Elias disse que nenhuma chuva cai-
ria sobre Israel e, em resposta à sua oração, não houve chuva por três anos

•• e meio (Tg 5:17). Então ele orou e a chuva voltou, enquanto os falsos profe-
tas de Baal falharam em acabar com a seca (lRs 17; 18). Moisés, pela Pala-

••
vra de Deus, anunciou dez pragas sobre os egípcios, incluindo transformar
água em sangue, pois o Faraó se recusou a deixar o povo de Deus ir (Êx 7).
Aqueles que tentaram prejudicar as Escrituras serão consumidos pelo

••
fogo que sai da boca das duas testemunhas. "Visto que eles proferiram tais
palavras, eis que transformarei em fogo as Minhas palavras na sua boca
e farei deste povo a lenha; e o fogo os consumirá" (Jr 5:14). A Palavra de

•• Deus pronuncia juízo sobre todos os que a rejeitam .


Em João 5:39, Jesus declarou que as Escrituras do AT testificavam
(davam testemunho) Dele. Ele também disse que o evangelho seria pro-

•• clamado "para testemunho" ao mundo inteiro (Mt 24:14). A base desse


testemunho é o AT juntamente com o NT. A palavra traduzida como
"testemunho" nesses dois versos vem da mesma raiz (martys) da palavra

•• traduzida como "testemunhas" em Apocalipse 11:3 .


Quem são essas duas testemunhas? Tendo em vista esses pontos bíbli-
cos e as características dadas em Apocalipse 11, concluímos que as duas

•• testemunhas devem ser as Escrituras do AT e do NT, que comunicam a


luz e a verdade de Deus ao mundo .

•• Alguns minimizam o AT como irrelevante. Qual é o erro dessa atitude?


Abr • Mai • Jun 2024 163 1
Segunda, 6 de maio RPSP: Ez42
••
Períodos de tempo proféticos
2. Compare Apocalipse 11:3; 12:5, 6, 14, 15 com Daniel 7:25. Que semelhanças ••
há nesses períodos proféticos?

••
A s duas testemunhas profetizaram "durante mil duzentos e sessenta
••
dias, vestidas de pano de saco" (Ap 11:3). Esse é o mesmo período dos
quarenta e dois meses durante os quais os "gentios" (que se opõem à ver-
dade) pisariam a cidade santa (Ap 11:2). Os inimigos de Deus pisam a di-
••
vina verdade por 1.260 dias (42 x 30 = 1.260, cada dia simboliza um ano),
e as duas testemunhas profetizam contra eles nesse período. ••
••
Como vimos na lição 4, o chifre pequeno, que surgiria no fim do Impé-
rio Romano, perseguiria os fiéis "por um tempo, tempos [literalmente,
'dois tempos'] e metade de um tempo" (Dn 7:25). Um "tempo" é um ano
(360 dias). Então, três tempos e meio equivalem a 1.260 dias.
Apocalipse 12:6 fala dos 1.260 dias de perseguição do povo de Deus.
Apocalipse 12:14 fala de um tempo, tempos e metade de um tempo. Apo- ••
calipse 13:5 fala dos 42 meses, que são mencionados em Apocalipse 11:2,
3 junto com os 1.260 dias. Todas essas profecias descrevem diferentes
aspectos do mesmo período de tempo. ••
Quando a autoridade das Escrituras é negligenciada, autoridades huma-
nas tomam seu lugar. Isso muitas vezes leva à perseguição dos que defen-
dem a Bíblia, o que ocorreu no tempo de domínio papal (538-1798 d.C.),
••
quando a igreja medieval mergulhou em profunda escuridão espiritual.
Os decretos humanos substituíram os mandamentos divinos. As tradi-
ções ofuscaram a simplicidade do evangelho. A igreja romana se uniu ao
••
poder secular para estender sua autoridade sobre a Europa.
Durante esses 1.260 anos proféticos, a Palavra de Deus - Suas duas tes- ••
••
temunhas - foi revestida de pano de saco. Suas verdades estavam escon-
didas sob uma vasta pilha de tradições e rituais. Essas duas testemunhas
ainda profetizavam; a Bíblia ainda falava. Havia aqueles que a apreciavam

••
e viviam de acordo com seus preceitos. Mas, em comparação com as mas-
sas na Europa, eram poucos. Os valdenses, João Hus, Jerônimo, Martinho
Lutero, Ulrico Zuínglio, João Calvino, João e Carlos Wesley e muitos outros
reformadores foram fiéis à Palavra de Deus como a entendiam.

••

Que ensinos defendidos pelos cristãos são baseados na tradição e não na Bíblia?
1641 O grande conflito
•• Terça, 7 de maio RPSP: Ez43

•• As duas testemunhas são mortas

•• 3. O que aconteceria com as duas testemunhas (AT e NT)? Ap 11:7-9

•• E m 538 d.C., Roma pagã havia ruído. Justiniano entregou a autorida-


de civil, política e religiosa ao papa Vigília. Começava o período de do-

•• mínio da igreja medieval, que continuou até 1798 d.C. O general francês
Berthier, sob o comando de Napoleão, marchou para Roma em 10 de fe-
vereiro de 1798. O papa Pio VI foi preso e levado para a França, onde mor-

•• reu. Essa data marca o fim dos 1.260 anos da autoridade papal.
Mais de 500 anos antes de Cristo, Daniel previu com precisão os even-
tos que ocorreriam mais de 2.300 anos depois . Podemos confiar nas pro-

•• fecias bíblicas .
A verdade do evangelho foi mantida viva pelo testemunho da Palavra.
Porém desafios ainda maiores ameaçavam a verdade bíblica. A besta que

•• ascendeu do poço sem fundo (Satanás) declarou guerra contra as Escritu-


ras. Ele iniciou novos ataques à autoridade da Bíblia por meio da Revolu-
ção Francesa, que começou em 1789.
6

•• O governo estabeleceu oficialmente o culto da razão como uma reli-


gião ateísta, destinada a substituir o cristianismo. Um festival da razão

••
foi realizado em todo o país em 10 de novembro de 1793. Igrejas foram
transformadas em templos da razão, e uma mulher foi entronizada como
a deusa da razão. Bíblias foram queimadas nas ruas. Deus foi declarado

•• inexistente, e foi decretado que a morte é um sono sem fim . Satanás atuou
por meio de homens ímpios para matar as duas testemunhas de Deus.
Seus cadáveres "ficarão estirados na praça da grande cidade que, espiri-

•• tualmente, se chama Sodoma e Egito, onde também o seu Senhor foi cru-
cificado" (Ap 11:8) .
O Egito tinha uma cultura de muitos deuses que negava o verdadeiro

•• Deus (Êx 5:2). Sodoma representa a imoralidade. Na Revolução Francesa,


as duas testemunhas de Deus jaziam mortas devido ao ateísmo e à imo-
ralidade desenfreados, enquanto as restrições normais eram afrouxadas

•• na revolução e no derramamento de sangue .


Os corpos das duas testemunhas não seriam sepultados durante "três
dias e meio" (Ap 11:9), ou seja, três anos e meio literais. O ateísmo esteve

•• em seu auge na Revolução Francesa por cerca de três anos e meio. Esse
período se estendeu de 26 de novembro de 1793, quando um decreto de

••
Paris aboliu a religião, a 17 de junho de 1797, data em que o governo fran-
cês removeu suas leis religiosas restritivas .

Abr • Mai • Jun 2024 IGS I


Quarta, 8 de maio RPSP: Ez44
••
As duas testemunhas ressuscitam
4 . Leia Apocalipse 11:11. Que predição foi feita sobre a Palavra de Deus? ••
••
N
•••
o fim da Revolução Francesa, a Palavra de Deus, de forma figurada,
voltaria à vida. Haveria um reavivamento. Grande temor cairia so-
bre os que vissem a Palavra divina mais uma vez se tornar o poder vivo
para a salvação. No fim do século 18, Deus levantou homens e mulheres
comprometidos em levar o evangelho até os confins da Terra. Pessoas es-
palharam a mensagem da Bíblia rapidamente, como William Carey, que
viajou para a Índia e traduziu a Bíblia para dezenas de dialetos indianos . ••
Impulsionados pelo poder da Bíblia, missionários foram enviados ao re-
dor do mundo.
Não foi por acaso que esses esforços missionários surgiram após a Revo- ••
lução Francesa. A Palavra de Deus é viva e, embora parecesse "morta", vivia
no coração dos crentes e ressuscitaria para a vida plena, como previram
as profecias do Apocalipse. "Certa vez, o incrédulo Voltaire declarou com
••
arrogância: 'Estou cansado de ouvir dizer que 12 homens estabeleceram a
religião cristã. Eu provarei que basta um homem para destruí-la.' Gera-
ções já se passaram desde que ele morreu. Milhões têm aderido à guerra
••
contra a Bíblia. Ela, porém, está tão longe de ser destruída que, onde havia
cem exemplares no tempo de Voltaire, hoje há 10 mil, ou melhor, 100 mil ••
••
exemplares do Livro de Deus. Nas palavras de um antigo reformador em
relação à igreja cristã, 'a Bíblia é uma bigorna que tem gastado muitos mar-
telos"' (Ellen G. White, O Grande Conflito [CPB, 2021], p. 243).

5. O que o salmista disse sobre a Bíblia? SI 119:89; 111:7, 8


••
A Bíblia pode ser atacada ou suprimida, mas nunca será erradicada. ••
Alguns cristãos professos minam sua autoridade, questionando partes
da Bíblia ou enfatizando seus elementos humanos para que ela perca seu
selo divino, e a verdade é boicotada. ••
Que não sejamos seduzidos pelos ataques à Bíblia. Ela ainda está viva,
falando ao coração, dando vida nova aos que querem ouvi-la e seguir seus
ensinamentos.
••
Que profecias falam a você, pessoalmente, e por quê?
166 1 O grande conflito ••
•• Quinta, 9 de maio

••
RPSP: Ez45

Verdade triunfante

•• A pesar dos ataques do inimigo, a obra de Deus na Terra alcançará um


clímax glorioso. O evangelho será pregado a "cada nação, tribo, lín-

••
gua e povo" (Ap 14:6). O grande conflito entre Cristo e Satanás termina-
rá com Cristo derrotando por completo os poderes do inferno. O reino
de Deus triunfará, e o pecado será erradicado para sempre do Universo .

•• Apocalipse 11 começa com a tentativa de Satanás de destruir a fé cristã e


erradicar a crença em Deus por meio da Revolução Francesa, mas o capí-
tulo termina com o triunfo do reino de Deus sobre os principados e pode-

•• res do mal. O texto encoraja todos os que passam por provas de fogo pela
causa de Cristo e Sua verdade .

•• 6 . Leia Apocalipse 11:15-18. Que eventos ocorrem no final dos tempos, ao


soar a sétima trombeta?

•• - - - -1
•• Os reinos do mundo se tornam do nosso Senhor vitorioso. O mal é der-
rotado. Jesus vence, e Satanás perde. A justiça triunfa. A verdade reina .

••
Devemos prestar atenção à seguinte instrução: "Aquilo que é edificado
sobre a autoridade do homem será destruído; mas o que está alicerçado na
rocha da imutável Palavra de Deus permanecerá para sempre" (Ellen G.

••
White, O Grande Conflito [CPB, 2021], p. 243) .

7. O que João viu aberto no Céu? O que mais ele viu nesse espaço celestial?

•• Ap 11:19

•• O templo de Deus no Céu foi aberto. Ao contemplar o lugar santíssimo,


ele viu a arca da aliança. No santuário do AT, que era um modelo do ori-

•• ginal celestial, a glória de Deus era revelada entre as duas figuras angéli-
cas na tampa da arca. Dentro da arca estava a lei. Embora sejamos salvos
somente pela graça mediante a fé, a obediência à lei revela se nossa fé é

•• genuína. A lei é a base ou o padrão do juízo (Tg 2:12). Isso se torna espe-
cialmente importante no fim dos tempos (Ap 12:17; 14:12) .

•• Como o contraste impressionante entre a impiedade da Revolução Francesa e o glo-


rioso clímax retratado em Apocalipse 11 fala a nós no presente?
Abr • Mai • )un 2024 1671
Sexta, 10 de maio RPSP: Ez'46
••
Estudo adicional ••
11
Q uando a Bíblia foi proscrita pela autoridade religiosa e secular; quan-
do seu testemunho foi deturpado, e homens e demônios empenha- ••
••
ram todos os esforços para descobrir como desviar da Palavra a mente do
povo; quando os que ousavam proclamar suas sagradas verdades eram per-
seguidos, traídos, torturados, confinados nas celas das masmorras, mar-
tirizados por sua fé ou obrigados a fugir para a fortaleza das montanhas e
para as grutas e cavernas da Terra - foi então que as fiéis testemunhas pro-
fetizaram vestidas de pano de saco. Contudo, continuaram com seu tes- ••
temunho por todo o período de 1.260 anos. Nos mais obscuros tempos,
houve fiéis que amavam a Palavra de Deus e eram zelosos por Sua honra"
(Ellen G. White, O Grande Conflito [CPB, 2021], p . 227, 228). ••
"Quando a França rejeitou publicamente a Deus e descartou a Bíblia,
os homens ímpios e os espíritos das trevas se alegraram com a realização
do objetivo acalentado por tanto tempo - um reino livre das restrições da ••
lei de Deus. [...] O poder restritivo do Espírito de Deus, que põe limite ao
cruel poder de Satanás, foi removido em grande medida, e foi permitido
que aquele cujo único prazer consiste na miséria humana realizasse sua
••
vontade" (O Grande Conflito, p. 241).
"A menos que a igreja siga o caminho aberto pela Providência, aceitando ••
••
todo raio de luz e cumprindo todo dever que lhe seja revelado, a religião
fatalmente se transformará em formalismo, e a espiritualidade vital desa-
parecerá" (O Grande Conflito, p. 269).

Perguntas para consideração


1. Como os princípios do grande conflito são revelados na Revolução Francesa? ••
2. Ao defender o ateísmo, alguém escreveu: "Somos livres para estabele-
cer nossos objetivos e nos aventurar em qualquer fronteira intelectual
sem se preocupar com placas de 'entrada proibida"'. Essas ideias expli- ••
cam o que ocorreu na Revolução Francesa?
3. O que há de significativo na visão do santuário em relação aos even-
tos finais? ••
Respostas e atividades da semana: 1. Autoridade para profetiza r; vest idas de pano de saco; tem o Espírit o Sa n-
to e luz; de sua boca sai fogo e devora os inimigos; têm autoridade para fec har o céu, t ransform ar água em sang ue
e feri r a Terra com fl agelos. 2. Todas essas prof ecias descrevem diferentes aspectos do mesmo período de t em -
po. 3. As duas test emunhas morreriam; seus cadá veres fi cariam estirados na praça; muitos os contemplaria m; eles ••
••
não seriam sepultados du rantes t rês dias e meio. 4 . Ela voltaria à vida. 5. A Palavra de Deus permanece para sem-
pre. 6. Os reinos deste mundo se t orna m de nosso Senhor. O mal é derrot ado. 7. O sa ntuário de Deus no Céu; a arca
da aliança no santuário.

168 1 O gra nde conflito


••
•• AUXILIAR DO PROFESSOR - LIÇÃO 6

•• As duas testemunhas

•• TEXTO-CHAVE: Isaías 40:8

•• FOCO DO ESTUDO: Ap 11:2-ll; Ap 12 :6, 14, 15 ; Zc 4:14; Sl 119:105;Jo 5:39 ; Dn 7:25 ; Is 40:8;
Sl 119:89 ; Is 54:17

•• ESBOÇO
Introdução: Este estudo se concentra no papel fundamental, na autoridade e no poder

•• da Palavra de Deus no grande conflito. Direcionaremos nossa atenção para a expressão da


Palavra de Deus por meio das duas testemunhas que pregaram vestidas de saco durante

•••
o período profético dos 1.260 anos.
Depois que Jesus subiu ao Céu , o diabo direcionou seus esforços e energia contra a
Palavra de Deus, as Escrituras, e contra o povo de Deus . A missão da igreja era testifi·
car de Jesus Cristo e de Sua Palavra, que é a revelação do caráter e da vontade de Deus.
Em Apocalipse 11, a Palavra de Deus é representada pela expressão "duas testemunhas·,
1

•• relacionada à expressão "os dois ungidos·, do Antigo Testamento (Zc 4:14). Essa metáfora
ilustra como ela possui presença e poder contínuos, uma vez que sua origem é divina e
sua transmissão ocorreu por meio da inspiração do Espírito Santo.

•• O paralelo entre Jesus e a Palavra é óbvio: da mesma forma que Ele ministrou por três
anos e meio sob pressão e perseguição de Seu próprio povo, que deveria tê-lo acolhido, as
Escrituras também ministraram ao mundo por três anos e meio proféticos, ou 1.260 anos

•• históricos. Isso ocorreu sob a pressão daqueles que alegavam ser os guardiões dela . Assim
como Jesus, a Palavra de Deus passou pela morte e ressurreição. A Escritura , a Palavra divina,
experimentou um ciclo de "morte e ressurreição". Jesus foi vencedor. De igual maneira, a Sua

•• Palavra também alcançará a vitória , e Seu povo triunfará por meio Dele e de Sua Palavra.
Temas da lição: A lição desta semana destaca dois temas principais:

••
1. As duas testemunhas de Apocalipse 11 simbolizam as Escrituras Sagradas. Essas
testemunhas ministraram em um tempo de perseguição, durante o período profético de
1.260 anos, entre 538 d.C. e 1798 d.C.

••
2. No fim desse período, as duas testemunhas morreram e ressuscitaram, assim como
Jesus, indicando que Deus terá, por meio de Jesus e em Sua Palavra, a vitória no conflito .

•• COMENTÁRIO

Profetizando em vestes de saco

•• Por que os adventistas sustentam a ideia de que as duas testemunhas, ou as Escrituras


Sagradas, foram suprimidas durante a Idade Média? As pessoas daquela época não conhe·
ciam a Bíblia? As catedrais e igrejas não eram adornadas com temas bíblicos? Os escolásticos

• Abr • Mai • Jun 2024 1691


não ensinavam a seus alunos a Bíblia nas classes universitárias? A resposta pa ra todas
essas perguntas é afirmativa . Mas então, por que insistir que o período de 1.260 anos, ••
entre 538 d.C. e 1798 d.C., foi uma época de perseg uição, em que as duas testemunhas
usavam vestes de saco, um símbolo de crise e humilhação?
Antes de responder à pergunta, vamos complicar um pouco mais a questão. Alguns podem ••
ser rápidos em apontar que a perseguição contra as Escrituras existia antes de 538 d.C. De
fato, os romanos tentaram zombar das Escrituras ou suprimi-las durante as primeiras persegui-
ções contra os cristãos. O imperador pagão Diocleciano (284-305 d.e.) visava especificamente
••
a aniquilação da Bíblia, determinando que os cristãos deveriam renunciar ao livro sagrado e
denunciá-lo. Embora a maioria dos cristãos não tivesse a Bíblia, alguns que tinham manus-
••
••
critos bíblicos os entregavam para serem queimados e profanados publicamente. Outros, no
entanto, morriam em favor de sua fé. Por fim , a Palavra de Deus emergiu honrada e vitoriosa
do ataque violento. Ao término do período profético de 1.260 anos, os revolucionários france-

••
ses, bem como regimes ditatoriais ateístas e comunistas que surgiram posteriormente, também
buscaram a supressão das Escrituras cristãs, seguindo o exemplo do imperador Diocleciano.
Entretanto, ao contrário de Diocleciano, os revolucionár ios franceses conseguiram an i-

••
quilar as Escrituras em seu território por um curto período de tempo (Ap 11:7-9). É verdade
que tanto o imperador quanto os insurgentes da Revolução Francesa buscaram difamar
a Palavra de Deus. Não obstante, os revolucionários franceses adotaram uma abordagem
mais radical, com a intenção de erradicá -la por completo, em vez de permitir que ela
continuasse a profetizar em vestes de saco. Além disso, o período de 1.260 anos em que
as duas testemunhas enfrentaram humilhações vai muito além dos primeiros séculos de ••
perseguição, dos dez anos sob o domínio de Diocleciano ou dos breves anos da Revolu -
ção Francesa . Por essas razões , é necessário buscar em outro momento histórico para
compreender o significado da Palavra de Deus que profetiza vestida com vestes de saco.
••
Assim , para entender quando e como as duas testemunhas ou as Escrituras ministra -
ram vestidas de saco, precisamos enfatizar dois fatos . Primeiro, as duas testemunhas pre-
garam durante um período de 1.260 anos. Como detalha nossa lição, os adventistas do
••
sétimo dia entendem que esse período se estendeu de 538 d.C. a 1798 d.C. e abrangeu
o surgimento, o estabelecimento e o governo da Igreja Católica Romana . Um segundo
••
••
ponto é que as duas testemunhas não foram mortas durante esse período, mas foi durante
esse t empo que usaram vestes de saco.
As alusões a Zacarias (Ap 11 :4; Zc 4:14), Elias (Ap 11 :5, 6) e Moisés (Ap 11:6), em

••
Apocalipse 11, parecem sugerir que o ministério profético das duas testemunhas que usa-
vam vestes de saco ocorreu no conte xto da perseguição ao povo de Deus. Apocalipse 11
não diz que elas foram mortas durante os 1.260 anos, mas diz que elas receberam poder
de Deus para prof etizar em vestes de saco durante esse tempo (Ap 11 :3). Elias usou ves-
tes de saco durante um período de profundas crises espirituais no norte de Israel, quando
aquela nação mudou consciente e deliberadamente a lei de Deus, colocando -se acima da ••
revelação do Senhor e contra ela . Da mesma forma , a questão principal não é se a Igreja
Católica Romana tinha algum conhecimento das Escrituras ou se as usou para fazer teo-
logia durante os 1.260 anos de supremacia e perseguição da igreja de Deus. A questão é:
••
J70J O grande conflito

• Qual foi a atitude da Igreja em relação às Escrituras durante o período de perseguição?
A atitude deles se parecia muito com a do norte de Israel: eles conheciam a revelação
especial de Deus, mas se colocaram deliberadamente acima dela .
O princípio do Sola Scriptura enfatiza que a Bíblia é a revelação completa , autossuficiente
e clara de Deus. Sempre que a revelação divina é um inconveniente, ou um estorvo para

•• um projeto humano, o diabo e seus seguidores introduzem tradições a fim de justificar a


reinterpretação das passagens bíblicas desvantajosas, ou simplesmente introduzem novos
ensinos e práticas grosseiramente contrárias às Escrituras. A tradição da Igreja e o magis-

• tério são retratados como os intérpretes exclusivos da Bíblia e como a única autoridade
com poder para criar e estabelecer dogmas. A Palavra de Deus é diminuída , depreciada e

••
colocada sob o controle da Igreja , embora a Escritura estipule que deve ocorrer o contrário .
A despeito disso, várias citações do Catecismo da Igreja Católica (CIC) são surpreendentes :
De acordo com o CIC, a comunicação que o "Pai fez de Si próprio, pelo seu Verbo, no Espírito

••
Santo", continua "presente e ativa na Igreja": e, portanto, a tradição da Igreja é uma parte inse-
parável da revelação especial de Deus, assim como os profetas e os apóstolos (CIC, p. 79). Por
isso, ·a Igreja, a quem está confiada a transmissão e interpretação da Revelação, "não tira só

••
da Sagrada Escritura a sua certeza a respeito de todas as coisas reveladas. Por isso, ambas

••
devem ser recebidas e veneradas com igual espírito de piedade e reverência " (CIC, p. 82).
É verdade que o CIC estipula que o magistério, sendo o único intérprete da Escritura
(CIC, p. 86, 100), "não está acima da Palavra de Deus, mas sim ao seu serviço" (CIC, p. 86) .
No entanto, ele não se baseia apenas na Escritura, mas também na tradição (CIC, p. 82) .
Visto que a tradição é de igual autoridade com a Escritura e porque a autoridade para inter-
1
•• pretar autenticamente a Palavra de Deus foi confiada unicamente ao Magistério da Igreja,
ao Papa e aos bispos em comunhão com ele (CIC, p. 100), o magistério extrairá materiais
tanto da tradição quanto das Escrituras, sempre que for conveniente.

•• As experiências do norte de Israel e de Judá ilustram que, quando a tradição é equi-


parada à Bíblia , esta não é apenas rebai xada de um status divino para humano, mas tam-
bém, mais tarde, é invalidada (Mt 15:3-6). Isso ocorre por meio de interpretações errôneas

•• que são ajustadas para se adequar a uma perspectiva humana, resultando na anulação
de sua autoridade. Esse processo de extinção da autoridade bíblica foi o que ocorreu na

••
Igreja Católica Romana. À medida que a Igreja enfatizava cada vez mais a tradição e acei-
tava pressuposições filosóficas , seus ensinos e práticas mudaram tão radicalmente que
ela já não era mais compatível com o modelo apostólico .

••
Assim, ao interpretar erroneamente e ensinar diretamente contra as Escrituras, a Igreja
Católica Romana alegou falsamente os seguintes erros :
• Ela possui a capacidade de mudar o sábado do sétimo dia de Deus para o primeiro

••
dia da semana, deliberadamente desrespeitando o quarto mandamento e reduzindo , con -
sequentemente, a posição de Deus como Criador e Soberano .
• Cristo deixou a Igreja a cargo do bispo de Roma e da hierarquia eclesiástica sacramental.

•• • A Igreja é um elemento necessário da salvação que vem de Deus .


• A Igreja e os santos podem mediar em favor das pessoas e oferecer-lhes mérito para
a salvação .

• Abr • Mai • Jun 2024 l 71 I


• Maria, a mãe de Jesus, nasceu com uma natureza sem pecado (imaculada conceição) .
• Maria tem papel especial na salvação, sendo chamada Mediadora (Mediatrix), Advo - ••
gada, Au xiliadora, títulos reservados nas Escrituras apenas para Cristo e o Espírito Santo .
• A salvação é pelas obras, tais como penitências.e indulgências.
• A alma é imortal, o inferno é eterno e o purgatório existe. ••
• Existem sete sacramentos que concedem salvação.
• As crianças devem ser batizadas.
• A própria substância do pão e do vinho são literalmente transformadas no corpo e
••
no sangue de Cristo durante a missa (transubstanciação).
• Os leigos não podem tomar o cálice durante a comunhão.
••
••
• Os próprios sacerdotes são um sacramento e transmitem a salvação.

.-
• Os padres da igreja não devem se casar, pois devem permanecer celibatários.
• Os cristãos podem e, de fato, devem venerar e adorar imagens e estátuas, transgre-
dindo assim flagrantemente o segundo mandamento.
Diante de uma rejeição evidente das Escrituras por parte do autoproclamado povo de
Deus por mais de mil anos, não é de se espantar que Deus retrate a Escritura, ou Suas duas
testemunhas, como envoltas em vestes de saco, ministrando profecias.
Sim, finalmente elas foram mortas em um contexto secular e não religioso (durante a
••
Revolução Francesa). No entanto, a própria Revolução Francesa ateísta foi uma reação
à antiga ilegalidade da Igreja Católica contra o próprio Deus, contra Sua revelação espe-
••
••
cial e contra a humanidade, que precisa desesperadamente de salvação. O grande conflito
é complexo. O diabo visa destruir a revelação de Deus em Sua Palavra escrita. Mas o obje -
t ivo especial de Satanás é suprimir a Palavra de Deus em Sua igreja. Esse alvo satânico não

••
teve sucesso, nem nunca terá. O princípio protestante do Sola Scriptura, as sociedades bíbli-
cas e missionárias, as três mensagens angélicas adventistas e o alto clamor prevalecerão .

APLICAÇÃO PARA A VIDA


1. Imagine que você vivesse no ano 700, cerca de 160 anos após 538 d.C., o in ício do ••
período profético de 1.260 anos. Suponha ainda que, como estudioso da Bíblia , você com -
preendesse que os 1.260 anos de perseguição contra as duas testemunhas apenas haviam
iniciado e, por conseguinte, vários séculos ainda se desdobrariam até o término dessa per-
••
seguição. De que maneira você nutriria sua esperança, sabendo que você e as gerações
seguintes aguardariam ainda por mais de mil anos? Como as suas respostas poderiam
servir de inspiração para sua fé atualmente, à medida que esperamos a volta de Jesus? ••
2. Ainda que a Revolução Francesa tenha influenciado globalmente com sua perspec-
tiva, ideais e ações, esse impacto foi sentido mais diretamente no mundo ocidental. Caso
viva no Ocidente, como você pode continuar a celebrar a ressurreição e o ministério das
••
duas testemunhas? Se você reside em regiões do mundo que não foram diretamente afe-
tadas pela revolução secular ou ateísta na França, de que maneira sua sociedade ou comu- ••
••
nidade local procurou suprimir as duas testemunhas ou forçá-las a profetizar com vestes
de saco? Como você pode contribuir com o ministério das duas testemunhas?

172 1 O grande conflito


•• Motivados
Lição

•• pela esperança 7
••
•• VERSO PARA MEMORIZAR: "Naquele dia,
se dirá: Eis que este é o nosso Deus, em

••
quem esperávamos, e Ele nos salvará;
este é o SENHOR, a quem aguardávamos;
na Sua salvação exultaremos e nos

••
alegraremos" (Is 25:9) .

••
Leituras da semana: 1Ts 4:13-18;
Mt 24:27, 30, 31; 2Pe 1:19-21; Dn 8:14;
9:20 -27; Ed 7:7-13

••
•• A
Sábado, 11 de maio RPSP: Ez47

segunda vinda de Jesus é um dos temas centrais das Escrituras. É um

•• fio de ouro que atravessa as páginas sagradas da Bíblia. Um estudio-


so estimou que há 1.845 referências à segunda vinda de Cristo no AT. Nos
260 capítulos do NT, há mais de 300 referências ao retorno de Cristo. Um

•• em cada 25 versos menciona essa esperança.

,.•
Depois que a Reforma na Europa naufragou e foi dificultada por divi-
sões e conflitos, o protestantismo criou raízes no Novo Mundo, no territó-
rio que se tornaria os Estados Unidos. Muitas pessoas buscaram tomar o
manto da verdade, o que incluía a crença sobre a segunda vinda de Cristo.

•• Entre essas pessoas estava um fazendeiro batista chamado Guilher me


Miller. A partir de seu estudo da Bíblia, ele acreditou que Jesus viria em
breve, em sua geração. Ele começou a pregar essa mensagem, iniciando um

•• movimento que, embora tenha enfrentado um grande desapontamento,


revelou verdades que permanecem relevantes .
Nesta semana, examinaremos por que a segunda vinda de Cristo tem

•• alegrado o coração dos crentes ao longo dos séculos, e como devemos nos
preparar para esse evento .
*Esta lição se baseia nos capítulos 18 a 21 do livro O Grande Confl.ito .

• Abr • Mai • Ju n 2024 173 I


Domingo, 12 de maio RPSP: Ez48
••
A promessa de Seu retorno

O s reformadores protestantes e os peregrinos que partiram da Holan-


••
da para o Novo Mundo almejavam pela volta de Jesus. Eles aguarda-
vam ansiosamente esse alegre evento. John Wycliffe aguardava a vinda
de Cristo como a esperança da igreja. Calvino falou por todos os reforma-
••
dores quando se referiu ao glorioso retorno de Cristo como "o evento mais
feliz de todos". Para os homens e as mulheres fiéis a Deus, a segunda vin- ••
••
da de Cristo era algo a ser recebido com alegria.

1. Por que as seguintes passagens bíblicas deram tanta esperança aos


cristãos ao longo dos séculos? Jo 14:1-3; 1Ts 4:13-18; Tt 2:11-14

••
••
n É fácil entender por que a crença na segunda vinda de Cristo traz tanta ••
esperança e alegria aos cristãos. Ela aponta para o fim do sofrimento e da
morte; inaugura o tempo de paz e vida plena. Prevê o fim de lutas e guer-
ras em um mundo de felicidade e comunhão eterna entre Cristo e os redi- ••
midos de todas as eras.
"Em todas as épocas, a vinda do Senhor tem sido a esperança de Seus ••
••
verdadeiros seguidores. A última promessa do Salvador no Monte das
Oliveiras, de que Ele viria outra vez, iluminou o futuro aos Seus discípu-
los; encheu o coração deles com uma alegria e uma esperança tão gran-

••
des que as tristezas não poderiam apagar nem as provações ofuscar. Em
meio a sofrimento e perseguição, o aparecimento 'do nosso grande Deus e
Salvador Cristo Jesus' foi 'a bendita esperança' (Tt 2:13). Quando os cris-

••
tãos tessalonicenses estavam cheios de pesar ao sepultarem seus queri-
dos, que pensavam que estariam vivos para testemunhar a vinda de Jesus,
Paulo, seu instrutor, apontou-lhes a ressurreição que ocorreria por ocasião
do advento do Salvador. Então os mortos em Cristo ressurgiriam e, jun-
tamente com os vivos, seriam arrebatados para encontrar o Senhor nos
ares" (Ellen G. White, O Grande Conflito [CPB, 2021], p. 258). ••
Por que a segund.a vinda de Jesus é tão importante para a nossa fé? Considerando
que os mortos dormem, por que a volta de Jesus é tão crucial? Sem ela, por que esta- ••

ríamos, como Paulo disse, em uma situação totalmente desesperadora (1Co 15:15-18)?
174 1 O grande conflito
Segunda, 13 de maio RPSP: Dn1

Esperando o tempo

E mbora os reformadores acreditassem no retorno literal, visível, au-


dível e glorioso de Cristo, a compreensão dessa verdade mudou com
o tempo. Pregadores populares do século 19 ensinaram que Cristo viria
para estabelecer Seu reino na Terra e inaugurar mil anos de paz. Isso le-
vou a uma letargia espiritual.
Os discípulos de Cristo também entenderam mal a natureza da vinda
do Messias. Pensavam que Ele viria como um general que quebraria o
jugo romano, não como Aquele que os libertaria da condenação e dos gri-
lhões do pecado.

2. De que modo o Senhor voltará? At 1:9-11; Ap 1:7; Mt 24:27, 30, 31

Quando Cristo veio pela primeira vez como um bebê na manjedoura de


Belém, poucos discerniram Sua vinda. Mas quando Ele vier pela segunda
vez, "todo olho" O verá. Todo ouvido ouvirá a trombeta. Todos contempla-
a
rão Sua glória. Não sejamos enganados. As Escrituras deixam bem claro
os eventos que cercam o Seu retorno.
"Ao povo de Deus, que, por tanto tempo, peregrina em sua jornada
'na região e sombra da morte' (Mt 4:16), é dada uma esperança preciosa e
que inspira alegria na promessa do aparecimento Daquele que é 'a ressur-
reição e a vida' (Jo 11:25), para levar de novo ao lar Seus filhos exilados.
A doutrina do segundo advento é, sem dúvida, a nota tônica das Sagra-
das Escrituras. Desde o dia em que o primeiro casal caminhou entriste-
cido para fora do Éden, os filhos da fé têm esperado a vinda do Prometido
para quebrar o poder do destruidor e levá-los novamente ao paraíso per-
dido" (Ellen G. White, O Grande Conflito [CPB, 2021), p. 256).
Um dos primeiros líderes adventistas, Luther Warren, dizia aos jovens:
"A única maneira de estar pronto para a segunda vinda de Cristo é se pre-
parar e permanecer pronto". A mensagem do breve retorno de Cristo é um
apelo urgente a cada um de nós para examinar o coração e avaliar a vida
espiritual. É um chamado para a vida piedosa. Não pode haver neutrali-
dade na luz da volta de Cristo.

Como a Bíblia nos encoraja sobre maneira pela qual Cristo virá? (1Ts 5:2-5; Hb 9:28)
Abr • Mai • )un 2024 l 75 I
••
••
Terça, 14 de maio RPSP: Dn2

Guilherme Miller e a Bíblia

A ssim como os reformadores, com a ajuda divina, redescobriram a ver-


dade sobre a justificação somente pela fé em Cristo, Guilherme Miller ••
foi o instrumento de Deus ao redescobrir a verdade sobre corno será a vol-
ta de Cristo. Ao estudar as Escrituras, Miller descobriu um Cristo que o
amava mais do que ele poderia imaginar. Com a Bíblia, urna caneta e um ••
caderno, começou a ler Gênesis e continuou na compreensão de cada passa-
gem. Ao comparar verso com verso, ele permitiu que a Bíblia se explicasse .
••
3. Leia Isaías 28:9, 10; Provérbios 8:8, 9; João 16:13; 2 Pedro 1:19-21. Que
princípios de interpretação da Bíblia há nessas passagens?
••
••
••
a
Quando Miller comparou verso com verso, os mistérios da Bíblia foram

••
abertos a ele. Ele procurou a verdade corno alguém que busca um tesouro
escondido, e foi recompensado. O Espírito Santo abriu a Palavra de Deus
ao seu entendimento. Ele examinou as profecias com a mesma diligência
com que estudava as outras passagens bíblicas.

4 . Leia Daniel 1:17; 2:45; 1 Pedro 1:10, 11; Apocalipse 1:1-3. O que essas pas- ••
sagens nos ensinam sobre a compreensão das profecias bíblicas?

••
Os símbolos nos livros proféticos não estão fechados em mistério .
Deus nos deu Sua Palavra para nos preparar para os eventos que em breve
••
ocorrerão. Miller entendeu que a profecia era seu melhor intérprete. Os
símbolos são esclarecidos pela própria Bíblia. As bestas representam reis
ou reinos (Dn 7:17, 23). O vento representa destruição (Jr 49:36). A água
••
representa povos ou nações (Ap 17:15). Uma mulher representa a igreja
(Jr 6:2; Ef 5:22-32). As profecias de Daniel e Apocalipse são dadas em lin-
guagem simbólica, sendo que um dia profético equivale a um ano literal
••
(Nrn 14:34; Ez 4 :6). Quando Miller aplicou esses princípios de interpreta-
ção, ficou surpreso com o que descobriu em relação ao que acreditou ser o ••
••
momento do retorno de Cristo.

Por que uma compreensão correta do simbolismo profético é importante para nossa fé?
l 76 I O grande conflito
••
••
Quarta, 15 de maio RPSP: Dn 3

Os 2.300 dias de Daniel 8:14

•• M iller observou que os eventos preditos se cumpriram: os 400 anos


da permanência dos descendentes de Abraão, os 40 anos de pere-

•• grinação no deserto, os 70 anos de cativeiro e as 70 semanas destinadas


a Israel (Gn 15:13; Nm 14:34; Jr 25:11; Dn 9:24) .

•• 5. Leia Marcos 1:15; Gálatas 4:4; Romanos 5:6. O que esses versos nos dizem
sobre o cronograma de Deus para o primeiro advento?

••
•• Ao estudar as profecias, comparando verso com verso, Miller concluiu
que, se Deus tinha cronogramas na Bíblia, devia haver um cronograma
para a segunda vinda de Cristo .

••
a
6 . Leia Daniel 8:14. Que evento ocorreria no final dos 2.300 dias?

•• Miller aceitava a noção popular de que a "purificação do santuário" era a

•• purificação da Terra pelo fogo. Ele estudou as Escrituras para entender um


evento tão importante. Descobriu a ligação entre Daniel 8 e 9. O anjo foi
instruído: "Explique a visão a esse homem" (Dn 8:16). No fim de Daniel 8, a

•• única parte da visão deste capítulo que não havia sido explicada (Dn 8:27)
era sobre os 2.300 dias. Depois, o anjo retornou a Daniel e disse: "Vim
para dar a você inteligência e discernimento" (Dn 9:22; Dn 9:23, 25-27),

•• em referência à compreensão dos 2.300 dias .


Sabemos disso porque, depois de pedir a Daniel que prestasse "aten-
ção à mensagem e [entendesse] a visão" (Dn 9:23), as primeiras palavras

•• do anjo foram : "Setenta semanas estão determinadas para o seu povo


e para a sua santa cidade" (Dn 9:24). A palavra traduzida como "deter-
minadas" significa literalmente "cortadas". Setenta semanas, 490 anos,

•• deviam ser cortadas. Mas de quê? Da visão dos 2.300 dias, obviamente
- a única parte de Daniel 8 que Daniel não havia entendido, e que o anjo

••
tinha vindo explicar.
Visto que o ponto de partida das 70 semanas foi "desde que foi dada
a ordem para restaurar e para edificar Jerusalém" (Dn 9:25), Miller sabia

••
que, se tivesse essa data, poderia saber o início das 70 semanas e enten-
der a profecia dos 2.300 dias .

Abr • Mai • Jun 20 24


••
••
Quinta, 16 de maio RPSP: Dn4

A linha de tempo profética mais longa


7. Leia Esdras 7:7-13. Quando foi emitido o decreto para permitir que os ca-
tivos de Israel na Pérsia fossem libertos para reconstruir o templo? ••
O decreto de Artaxerxes, de 457 a.C., foi o último de três decretos que ••
permitiram que os judeus retornassem para reconstruir Jerusalém e
restaurar os serviços do templo. Esse terceiro decreto foi o mais completo
e marca o início dos 2.300 dias/anos. ••
8 . Leia Daniel 9:25, 26. Quando começaria todo esse período profético?
Que eventos importantes esses versos predizem?
••
••
Nessa profecia, Daniel predisse que desde a "ordem para restaurar e
••
a
para edificar Jerusalém" até o Messias seriam 69 semanas proféticas, ou
483 dias, ou anos literais. Visto que o decreto foi emitido no outono de
457 a.C., 483 anos se estendem até o outono de 27 d.C. A palavra "Messias"
significa "Ungido". No outono de 27 d.C., Cristo foi batizado e recebeu a ••
unção do Espírito (At 10:38). Depois do batismo, Jesus saiu "pregando o
evangelho". Ele dizia: "O tempo está cumprido, e o Reino de Deus está pró-
ximo; arrependam-se e creiam no evangelho" (Me 1:14, 15). ••
Na primavera de 31 d.C., no meio da última semana profética, três
anos e meio após o Seu batismo, Jesus foi crucificado. O sistema de ofer-
tas que apontava para o Cordeiro de Deus cessou com o sacrifício no Calvá- ••
rio. O tipo havia encontrado o Antítipo e, finalmente, todos os sacrifícios
e ofertas do sistema cerimonial cessaram.
••
9. Leia Daniel 9:27. Como terminaria a profecia das 70 semanas?

••
As 70 semanas, ou 490 anos, destinadas aos judeus, terminaram em
34 d.C. com a rejeição da mensagem do evangelho pelo Sinédrio (At 6:8-
7:60).
••
Subtraindo 490 anos da profecia dos 2.300 anos, restam 1.810 anos,
que nos levam a 1844 d.C. Miller acreditava que o santuário era a Terra ••
••
e presumiu que Cristo purificaria a Terra pelo fogo em 1844 (ver gráfico
na lição de sexta-feira).

178 1 O gra nde co nflito



••
Sexta, 17 de maio RPSP: Dn 5

Estudo adicional

•• O lhe no gráfico a seguir as profecias das 70 semanas e dos 2.300 dias.


As profecias começam em 457 a.C . e predizem os eventos em torno do

•• "Messias, o Príncipe", sobre quem a profecia de 70 semanas se fundamen-


ta. Com essa base sólida, a profecia de 2.300 dias termina no ano de 1844 .

••
-"Setenta semanas estio determinada• ~ - - - • 1.810 ano•at•• purltlcaçiodo u ntuálrlo - - - - •
.... ,..
t
aobrti o teu povo ( ... Dn 9:24-27

•• -
457a.C.
Decr.toN
IIHl~N

2.300anos

•• "Assim como os primeiros discípulos, Miller e seus colaboradores não


compreenderam completamente o significado da mensagem que apresenta-
vam. Erros que por muito tempo estavam estabelecidos na igreja os impe-

•• diam de chegar a uma interpretação correta de um ponto importante da


profecia. Dessa forma, embora proclamassem a mensagem que Deus lhes

••
confiara para transmitir ao mundo, acabaram sofrendo um desaponta-
mento por causa de uma compreensão equivocada do significado dessa
mensagem" (Ellen G. White, O Grande Conflito [CPB, 2021], p. 299, 300) . 1
•• "No entanto, Deus cumpriu Seu misericordioso propósito, permitindo
que a advertência do Juízo fosse feita exatamente do modo como ocorreu.
O grande dia estava próximo e, pela providência divina, o povo foi provado

•• em relação ao tempo definido, para que lhes fosse manifesto o que estava
em seu coração. A mensagem era destinada a provar e purificar a igreja, e
seus membros deveriam ser levados a ver se suas afeições estavam postas

•• neste mundo ou em Cristo e no Céu" (O Grande Conflito, p. 301) .

Perguntas para consideração

•• 1. Que lições aprendemos com a experiência de Guilherme Miller?


2. Entender Daniel 9:24-27 confirma a integridade da Bíblia e a divindade
de Cristo?

•• 3. Que papel a compreensão da profecia desempenha no plano da salvação?


Resp ostas e atividades da semana: 1. Porque fa lam da segunda vinda de Cristo, quando haverá ressurreição, o fi m
do sofri mento e a inauguração do reino de Cristo. 2. Todo olho O verá; será visível e aud ível; verã o a glória de Cristo.

••
3. O Espíri t o Santo nos conduz ao ent endimento. Um pouco aqui, um pouco ali; a pró pria Palavra de Deus é fonte da
interpretação. 4 . Devemos ler e buscar entender o sent ido da Palavra; Deus reve la a verdade e nos ajuda a ent endê-la;
os sím bolos da prof ecia são escl arecidos pela própria Bíblia. 5. Deus t inha um cronog rama de tempo pa ra a primei-
ra vind a. Quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou o seu Filho. Cri sto morreu a seu t empo pelos ímpios .
6 . O sant uário seria pu rifica do. 7. Em 457 a.e. 8 . Quando saísse a ordem para rest aura r e edifica r Jerusalém; Cristo

••
seria morto; a cidade e o sa ntuário seriam destruídos; até o fim haver ia guerra e desolações. 9 . No início da última
semana, Jesus foi batizado; na metade da semana, Ele foi morto e depois ressuscitou; no fim da semana, os líderes
da nação judaica selaram sua rejeição do Messias .

Abr • Mai • Jun 20 24 1791


AUXILIAR DO PROFESSOR - LIÇÃO 7
••
••
Motivados pela esperança

TEXTO-CHAVE: Isaías 25 :9
••
••
FOCO DO ESTUDO: Mt 13:30, 38-41 ; 2Tm 3:13; Mt 24:27, 30, 31; lCo 15:51-53; lTs 4:13-18;
Dn 8:14; Dn 7:9-14; Dn 9:20-27; Rm 13:11

ESBOÇO
Introdução: Um ponto crucial no grande conflito foi a vinda do Messias. Durante o
período profético de 70 semanas, o diabo lutou para destruir a fé de Israel na primeira ••
••
vinda do Messias em cumprimento das promessas, profecias e tipos do Antigo Testamento .
Da mesma forma , no fim do período profético de 2.300 anos, as forças do mal tentaram
obscurecer seu cumprimento no juízo pré-advento que ocorre no santuário celestial e ten-
taram suprimir a proclamação da segunda vinda do Messias.
No fim do período profético de 70 semanas, havia um povo fiel a Deus, como Simeão,
que esperava "a consolação de Israel" (Lc 2:25 , NVI) ou Ana e outros "que esperavam a ••
n
redenção de Jerusalém" (Lc 2:38, NVI). Esses poucos fiéis viram em Jesus o cumprimento
da promessa da primeira vinda do Messias. Da mesma forma , havia, no fim dos 2.300 anos,
pessoas de fé, como Guilherme Miller, cuja mensagem da "verdade presente" direcionava
••
para a esperança do iminente advento do Messias. Guilherme Miller não descobriu essa
mensagem por meio de uma metodologia filosófica , mas por causa de uma leitura literal das
Escrituras. Isso ilustra , mais uma vez, a importância das Escrituras para o grande conflito.
••
Temas da lição: Este estudo focaliza dois grandes temas :
1. Ainda que as profecias bíblicas não apresentem a data e o ano exatos da segunda
vinda de Cristo, as profecias das 70 semanas e dos 2.300 dias, vinculadas tanto à primeira
••
quanto à segunda vinda de Jesus, foram cumpridas com precisão. Esse cumprimento rigo -
roso nos confirma a certeza e a proximidade da segunda vinda de Cristo. ••
••
2. Deus chamou a comunidade adventista com o propósito de anunciar globalmente o
cumprimento da profecia mais extensa da Bíblia . Além disso, Ele os incumbiu de convocar
a humanidade a acolher a esperança da segunda vinda de Jesus, que põe fim de maneira
definitiva ao grande conflito.

••
••
COMENTÁRIO
Encontrando esperança no pré-milenismo
Esperança e otimismo enchiam a atmosfera dos Estados Unidos do século 19, a nação
emergente nascida da notável Revolução Americana . Esse período testemunhou uma
série de transformações e avanços nos âmbitos social, econômico, político e tecnoló -
gico, sinalizando a chegada de uma era nova. O esp írito da época influenciou os cristãos
••
IBOI O grande conf lito

•• evangélicos protestantes do país, deixando uma marca nas crenças e nas próprias insti-

•• tuições religiosas. O resultado foi um cristianismo pós-milenista que possuía um fervor


escatológico esperançoso e otimista .

••
Mas o que é o pós-milenismo? Milenarismo vem da palavra "milênio", que se refere
aos mil anos do reinado de Cristo com os santos, conforme Apocalipse 20:1-6 descreve.
Embora a maioria dos cristãos aceite esse ensino bíblico sobre o milênio, nem todos con-

•• cordam em como relacioná-lo com a segunda vinda de Jesus e o Juízo Final.


Os primeiros teólogos pós-apostólicos - os pais apostólicos - adotaram o pré-milenismo,
a crença de que Cristo retornaria à Terra antes do milênio e executaria o último julgamento.

•• (Os adventistas, é claro, entendem que o milênio será no Céu) . No entanto, logo os pais
da igreja subsequentes, como Orígenes de Alexandria (185-253/254 d.C) e Agostinho de
Hipona (354 -430 d.C), integraram a filosofia grega com a teologia cristã e aplicaram o

• ••
método alegórico à leitura e interpretação da Bíblia. Consequentemente, eles rejeitaram
o pré-milenismo como uma leitura ingênua e superficial do Livro do Apocalipse e propuse-
ram, em vez disso, uma nova teoria do milênio, que mais tarde foi chamada de amilenismo.
De acordo com essa teoria, o milênio deve ser entendido de modo alegórico ou espi-

•• ritual. Como na filosofia grega, que postulou que o tempo não tem relevância particular
para a espiritualidade ou para a esfera etérea da existência, esses pais da igreja concluí-
ram que o milênio se refere ao período da igreja que decorre entre a primeira e a segunda

•• vinda de Jesus. Por isso, esse período de tempo não é passado nem futuro, mas representa
toda a era cristã. Durante esse tempo, Cristo reina espiritualmente com as almas dos san-
tos mortos no Céu , bem como com a igreja na Terra . Essa última é o reino de Deus neste
1
•• planeta . Cristo trabalha para estabelecer Sua igreja até os confins da Terra , diminuindo
assim o poder do diabo. No entanto, antes da segunda vinda de Cristo, Satanás corrom-
perá a igreja , resultando na ascensão do anticristo. Nesse momento Jesus voltará e irá sal-

•• var a igreja do anticristo e executará o juízo final , restabelecendo assim uma nova ordem
de coisas. Essa posição foi adotada pela Igreja Católica Romana, igrejas ortodoxas e por
algumas denominações protestantes, como as igrejas luterana , anglicana e presbiteriana .

•• Pós-milenismo

••
O pós-milenismo surgiu como uma derivação do amilenismo entre as igrejas protes-
tantes do século 19, as quais o adaptaram à sua realidade contemporânea. Semelhante
aos amilenistas, os pós-milenistas acreditavam que Cristo retornaria no fim do milênio .

••
No entanto, ao contrário dos amilenistas, a maioria dos pós-milenistas pensava que o
milênio representava mil anos literais. Esse período não representa toda a era cristã , mas
apenas os últimos mil anos antes do retorno de Cristo. Durante esse tempo, Cristo traba-

•• lhará por meio do Espírito Santo e da igreja para espalhar o evangelho por todo o mundo
a fim de estabelecer Seu reino milenar. À medida que a maior parte da população da Terra
aceitasse o evangelho, o poder e o controle do diabo diminuiriam, e o mundo entraria

•• gradualmente em sua era de ouro, um período de paz, retidão, justiça, amor e prosperi-
dade que serviria como uma amostra da vinda do reino eterno de Deus. Demonstrando
um otimi smo marcante a respeito da essência do ser humano e da sociedade, os adeptos

• Abr • Mai • Jun 2024 I 81 1


do pós-milenismo não anteviram um cenário em que a igreja se tornaria corrompida , ou
em que o anticristo dominasse e oprim isse tanto a igreja quanto o mundo. Conforme sua ••
visão, o milênio seria seguido pela segunda vinda de Cristo, a ressurre ição geral, o Juízo
Final e a instauração do reino divino eterno.
A julgar pelo sucesso do evangelho no mundo durante o século 18, os pós-milenistas
••
do século 19 concluíram que o milênio ainda estava no futuro, e muito embora fosse um
futuro muito próximo, era iminente. Além disso, uma vez que o reino milenar seria inaugu-
••
••
rado por meio da igreja por Cristo, os protestantes empenharam-se e começaram a trabalhar
arduamente com o propósito de concretizar o milênio, aspirando alcançá-lo enquanto ainda
estivessem vivos. Mudança e progresso encheram o ar da América do Norte. Um número

••
crescente de sociedades bíblicas publicou Bíblias e literatura cristã . Missionários foram
enviados ao exterior para preparar o mundo para que aceitassem o evangelho e entrassem
no reino milenar. Paralelamente a esse desenvolvimento, um número crescente de inven-

••
ções tecnológicas contribuiu para o aumento da qualidade de vida na América do Norte e
em todo o mundo. As organizações de temperança dedicavam seus esforços a aprimorar a
saúde das pessoas ao promover a abstenção do consumo de álcool. Observando a ausência de
grandes guerras, os partidos políticos e todos os tipos de movimentos sociais clamaram por
profundas mudanças sociais compatíveis com o estabelecimento do reino milenar de Deus .
No entanto, nem todos se deixaram levar pelo fervor pós-milenista predominante. As con - ••
a
cepções pré-milenistas originais dos apóstolos e dos primeiros líderes da igreja foram revi -
vidas pelos reformadores anabatistas no século 16; posteriormente, essas ideias foram
perpetuadas por alguns evangélicos ingleses no século 18 e, por fim , começaram a ganhar ••
preeminência na Am érica do Norte ao longo da primeira metade do século 19. Nesse
período, os maiores promotores do pré-m ilenismo bíblico foram Guilherme Miller e, após
o Grande Desapontamento, os adventistas do sétimo dia . Assim como os pós-milenistas,
••
os pré-milenistas adventistas acreditavam que o milênio representava mil anos literais,
que ele ainda estava no futuro e começaria em breve.
••
Os adventistas do sétimo dia
Ao contrário dos pós-milenistas, no entanto, os pré-milenistas adventistas do sétimo ••
••
dia entenderam, conforme leram na Bíblia, que as coisas iriam piorar para o povo de Deus
antes do Dia do Senhor (2Pe 3:3-13), que Jesus viria antes do milênio (Ap 19:11-16) para
salvar Sua igreja perseguida, ressuscitar Seus fiéis e levá-los todos com Ele para o Céu

••
(lTs 4:13-18). Lá , o povo de Deus não apenas reinaria com Cristo (Ap 20 :4, 6), como também
participaria com Deus no julgamento dos ímpios (Ap 20:4; lCo 6:2). Durante esse tempo, a
Bíblia descreve que o diabo será "preso por mil anos" (Ap 20:2) na Terra para que ele "não
mais engane as nações" (Ap 20:3, ARA). Essas nações constituem os ímpios que não res-
suscitarão até o fim dos mil anos (Ap 20:2, 3, S). Uma vez terminado o julgamento milenar,
Jesus retorna ao planeta Terra com todos os Seus santos. Ele ressuscita os ímpios (Ap 20:S, ••
7, 13) e executa o ju ízo final (Ap 20:11, 12). O diabo tenta enganar os ímpios uma última
vez para incitá-los a lutar contra Deus e tomar o Seu reino à força (Ap 20:7-9). Esse evento
é o auge do grande conflito, pois Cristo executa o juízo, e os ímpios, o diabo e o mal, bem
••
1a21 O grande conflito

•• como a própria morte, são todos lançados no "Lago de fogo e en xofre" (Ap 20:9, 10, 14,
15, ARA) e são aniquilados para sempre.

•• Miller e os adventistas do sétimo dia não partilhavam do otimismo exibido por seus con -
temporâneos pós-milenistas em relação à essência humana e ao futuro próximo, que se
desenhava radiante e utópico para a humanidade. Contudo, essa posição não derivava do

•• fato de Miller e os adventistas serem por natureza antissociais, pessimistas ou negativos e,


portanto, incapazes de se alegrar com o progresso e a esperança da humanidade. Em vez
disso, Miller e os adventistas do sétimo dia chegaram à compreensão pré-milenista a par-

•• t ir do estudo sólido, literal e histórico-gramatical da Bíblia. Por essa razão, eles rejeitaram
tanto o amilenismo quanto o pós-milenismo. Afinal, essas doutrinas estavam enraizadas não

••
na Bíblia, mas nas pressuposições da filosofia grega antiga ou de estudos socioeconómicos
e políticos contemporâneos. As postulações dos amilenistas ou pós-milenistas não apenas
não existem na Bíblia, mas vão contra os e~sinamentos dela, distorcendo assim o evangelho

••
e gerando fa lsas esperanças. Miller e os adventistas do sétimo dia ansiavam por esperança,
mas queriam que ela fosse construída sobre o sólido fundamento da Palavra de Deus.
Em um curto espaço de algumas décadas, as duas guerras mundiais e a Guerra Fria

•• do século 20 desmantelaram o otimismo pós-milenista que envolvia a visão da natureza


humana e da gradual instauração da humanidade no reino milenar de paz e prosperidade
de Deus. A maioria dos evangélicos retornou ao pré-milenismo. No entanto, é importante

•• notar que esse ressurgimento do pré-milenismo foi transformado e distorcido, dando ori-
gem ao ensinamento antibíblico do dispensacionalismo. Todavia, o simples fato de que
os evangélicos retornaram ao pré-milenismo indica que o amilenismo e o pós-milenismo

•• não são apenas antibíblicos, mas uma exegese inadequada e decepcionante dos eventos
do fim dos tempos. O pré-milenismo bíblico é o único fundamento para a esperança. Ele
ensina que, embora a humanidade não possa salvar a si mesma ou ao mundo, Jesus vol-

•• tará no momento mais difícil da história . Antes do milênio, Ele nos salvará dos ataques
finais do diabo e de seu exército e conduzirá o grande conflito para o fim .

•• APLICAÇÃO PARA A VIDA

••
1. Como a segunda vinda de Jesus Cristo traz esperança ao seu contexto religioso e
cultural? Como você pode explicar aos seus vizinhos que a volta de Jesus é a única espe-
rança da humanidade?

•• 2. Quão relevante é o cumprimento das profecias bíblicas de tempo (como a dos


2.300 anos) em seu contexto religioso e cultural? Pense e proponha maneiras pelas quais
você pode torná-las relevante para as pessoas de sua comunidade .

•• 3. Guilherme Miller desenvolveu um modo específico de ler e entender a Bíblia. Qual é


o seu modelo de leitura e interpretação das Escrituras? Desenvolva e compartilhe com a
classe da Escola Sabatina sua maneira de interpretar e aplicar o significado da Palavra de

•• Deus. Compartilhe como os ensinos bíblicos não apenas impactaram sua vida , mas tam-
bém influenciaram positivamente sua família e sua comunidade .

• Abr • Mai • Jun 2024 1831


Lição
Luz do santuário ••
8 ••
••
VERSO PARA MEMORIZAR: "Ora, o
essencial das coisas que estamos dizendo
é que temos tal Sumo Sacerdote, que Se
assentou à direita do trono da Majestade
••
nos Céus, como Ministro do santuário e do
verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu,
e não o homem" (Hb 8:1, 2).
••
••
••
Leituras da semana: Êx 25:8, 9, 40;
Hb 8:1-6; Lv 16:21, 29-34; 23:26-32;
Hb 9 :23-28; Dn 7:9, 10; Mt 25:1-13;
~ Ap 11:19

••
D
Sábado, 18 de maio RPSP: Dn6

epois do desapontamento de 22 de outubro de 1844, alguns mileritas


••
compreenderam que a profecia dos 2.300 dias não tinha a ver com a
volta de Jesus, como foi entendida, mas com a obra de Cristo no santuá-
rio celestial, descrita no livro de Hebreus.
••
A purificação do santuário no Céu era o cumprimento da purificação
simbólica do santuário terrestre, ensinada em Levítico. Para entender
melhor essa importante verdade, observe o paralelo entre Daniel 7 e 8:
••
Babilônia Média-Pérsia Grécia Roma Juízo no Céu
••
Média-Pérsia Grécia Roma
Purificação do
santuário ••
Esses paralelos ajudam a mostrar a verdadeira natureza da purifica-
ção do santuário, que é o juízo investigativo pré-advento. Na lição desta ••
semana, estudaremos a verdade bíblica vital do ministério de Cristo no
santuário celestial.
*Esta lição se baseia nos capítulos 22 a 24 e 28 do livro O Grande Conflito . ••
1841 O grande conflito

••
Domingo, 19 de maio RPSP: Dn7

O santuário celestial

•• 1. Leia Êxodo 25:8, 9, 40; Hebreus 8:1-6. Quais dois santuários são descri-
tos nesses versos?

••
•• A o se debruçarem sobre as Escrituras depois de outubro de 1844, os pri-
meiros crentes adventistas entenderam que há dois santuários men-

•• cionados na Bíblia - o que Moisés construiu e o original no Céu. O termo


"santuário", como é usado na Bíblia, refere-se, em primeiro lugar, ao ta-
bernáculo construído por Moisés, como modelo ou "tipo" das coisas ce-

•• lestiais; e, em segundo lugar, ao "verdadeiro tabernáculo" no Céu, para


o qual o santuário terrestre apontava. Com a morte de Cristo, o ritual típico
perdeu sua importância. O "verdadeiro tabernáculo" no Céu é o santuário

•• da nova aliança. Visto que a profecia de Daniel 8:14 se cumpre nesta era,
o santuário ao qual ela se refere é o da nova aliança .

••
"Ao terminarem os 2.300 dias, em 1844, já por muitos séculos não
havia santuário na Terra. Por isso, a profecia - 'até duas mil e trezentas
tardes e manhãs; e o santuário será purificado' (Dn 8:14) - aponta inques-

•• tionavelmente para o santuário do Céu" (Ellen G. White, O Grande Conflito


[CPB, 2021], p. 353).
O santuário no deserto era uma maquete ou um modelo do santuário 8
•• celestial. Os serviços no santuário terrestre prenunciavam o plano divino
da salvação. Cada sacrifício oferecido representava a oferta de Jesus na
cruz do Calvário (Jo 1:29). Por meio da morte de Cristo, estamos livres

•• da condenação do pecado. A culpa deixa de existir quando aceitamos o


sacrifício de Jesus em nosso favor e confessamos nossos pecados (lJo 1:9) .
Jesus não é apenas o Cordeiro que morreu por nós; é também o Sacerdote

•• que vive para nós .


Jesus "pode salvar totalmente os que por Ele se aproximam de Deus,
vivendo sempre para interceder por eles" (Hb 7:25). Ele remove a culpa

•• e nos salva do poder do pecado (Rm 8:1-4; 2Co 5:21). O ministério de Jesus
no santuário do Céu é por nós. Como resultado de Sua intercessão, o domí-

••
nio do pecado em nossa vida é quebrado. Não estamos mais escravizados
à natureza pecaminosa. Em Cristo somos livres da condenação e do con-
trole do pecado. Apegados a Cristo, temos a certeza da salvação .

•• O que significa para você saber que Jesus está no Céu ministrando em seu favor? Por
que você precisa de um Mediador? Por que essa ver dade é uma boa notícia?
Abr • Mai • Jun 2024 1ss1
••
••
Segunda, 20 de maio RPSP: Dn 8

No santo dos santos


2. Leia Levítico 16:21, 29-34; 23:26-32; Hebreus 9:23-28. Por que o Dia da
Expiação era tão importante no antigo Israel? ••
••
O s sacerdotes ministravam todos os dias do ano, mas no Dia da Expia-
ção (Yom Kipur), os olhos de todos se voltavam para o santuário. Os ••
capítulos 16 e 23 de Levítico dão instruções para esse dia. Todas as ativi-
dades regulares cessavam, e todos jejuavam. Enquanto o sumo sacerdote
entrava na presença de Deus, no lugar santíssimo, em favor do povo, to- ••
dos faziam exame de consciência e buscavam a Deus em confissão.
Qualquer um que não se humilhasse no Dia da Expiação era eliminado
do povo, isto é, não faria mais parte do povo escolhido (Lv 23:27, 29). No
••
Dia da Expiação, o sumo sacerdote levava o sangue do bode do Senhor
para o santuário e, depois de aspergi-lo no propiciatório, aplicava o san-
gue nos chifres do altar de ouro e do altar de bronze, purificando o santuá-
••
rio. Depois de fazer "expiação pelo santuário", ele colocava as mãos sobre
o bode vivo e confessava os pecados de Israel. Então, o animal era levado ••
••
ao deserto para ser separado do acampamento para sempre (Lv 16:20-22) .
O sangue era transferido para o santuário nos cultos diários, mos-
trando o registro do pecado (Jr 17:1) e o fato de que Deus Se responsabili-
zava pelo destino final dele. No Dia da Expiação, o pecado era transferido
para fora do santuário e colocado sobre o bode Azazel, representando Sata-
nás e revelando sua responsabilidade pelo pecado. ••
Esse bode era levado para o deserto de modo que, no fim do Dia da
Expiação, Deus tinha o santuário e o povo purificados. No santuário celes-
tial, Cristo ministrou por nós no lugar santo e, desde 1844, no fim dos ••
2.300 dias, ministra no santíssimo.
Venceremos no juízo por causa de Jesus, nosso Substituto. Jesus foi
condenado "para que fôssemos justificados por Sua justiça, na qual não
••
tínhamos parte" (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações [CPB, 2021],
p. 14). Como resultado dessa justiça creditada a nós, afligimos nossas
almas, o que é um afastamento do pecado. Isso significa que nos incomo-
••
damos com o mal e que não o justificamos nem nos apegamos a pecados
acariciados, mas que crescemos na graça e vivemos em santidade. ••
O que significa o Dia da Expiação? Ele deve fazer diferença na forma como vivemos?
1 86 I O grande conflito
••
••
••
Terça, 21 de maio RPSP: Dn 9

O juízo chegou

•• 3. Qual é a semelhança entre Daniel 7:9, 10 e Apocalipse 14:6, 7?

•• O juízo é um tema preeminente na Bíblia. "Deus há de trazer a juízo

•• todas as obras, até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer
sejam más" (Ec 12:14). Jesus chamou a atenção de Seus ouvintes para o
juízo futuro, quando "as pessoas darão conta de toda palavra inútil que

•• proferirem" (Mt 12:36). Paulo escreveu: Deus "trará à plena luz as coisas
ocultas das trevas, mas também manifestará os desígnios dos corações"
(lCo 4:5). João ouviu o anjo dizendo: "É chegada a hora em que Ele vai

•• julgar" (Ap 14:7) .

4 . Leia Apocalipse 22:10-12. Quando Jesus voltar, qual será o destino de

•• toda a humanidade? Que declaração foi feita a João?

•• Uma vez que Cristo vem para dar a recompensa final, deve haver um
1
•• juízo antes disso, para mostrar o resultado das escolhas de cada um quando
Ele vier. Quando Cristo retornar, não haverá segunda chance. Todo ser
humano teve informações suficientes para tomar sua decisão definitiva

•• e irrevogável a favor ou contra Cristo .

5. Leia Mateus 25:1-13. Por que Jesus Se relaciona de forma tão diferente

•• com esses dois grupos de crentes?

•• "Quando a obra de investigação se encerrar, depois de examinados e


decididos os casos dos que, em todos os séculos, professaram ser segui-
dores de Cristo, então, e somente então, se encerrará o tempo da graça,

•• fechando-se a porta da misericórdia. 'As que estavam preparadas entra-


ram com Ele para as bodas, e fechou-se a porta' (Mt 25:10, ARC). Essa
breve sentença nos conduz pelo ministério final do Salvador ao tempo em

•• que se completará a grande obra para salvação dos seres humanos" (Ellen
G. White, O Grande Conflito [CPB, 2021], p. 362) .

•• Em Cristo temos o perdão e o poder para vencer o mal. Precisamos temer o juízo?
Abr • Mai • Jun 2024 l 87 I
Quarta, 22 de maio
••
••
RPSP: Dn10

A boa notícia do lugar santíssimo


6. Que segurança e qual convite temos em Hebreus 4:14-16 e 10:19-22?
••
••
P aulo enfatiza que devemos conservar firme a confissão e chegar com
confiança, sem desistir, com fé em nosso Sumo Sacerdote. Nele temos
tudo de que precisamos. Pela fé, entramos no santuário pelo "novo e vivo ••
caminho" que Jesus abriu para nós.
Olhando para o pátio, vemos sangue nos chifres do altar de bronze. No
lugar santo, vemos sangue nos chifres de ouro do altar de incenso. Contem-
••
plamos o sangue aspergido na cortina diante do propiciatório.
O sangue de Jesus prepara o caminho a cada passo. Isso nos dá espe-
rança, pois só podemos nos reencontrar com Deus quando Jesus nos per-
••
doa e apaga nossos pecados. A misericórdia divina é infinita, porém Sua
justiça também. E a justiça não pode aceitar o sacrifício de Cristo como
expiação por nossas transgressões a menos que Jesus garanta que os peca-
••
dos serão perdoados e depois apagados.
••
m ••
7. Leia Apocalipse 11:19. No contexto do grande conflito, por que essa visão
é importante? De que modo ela conecta a lei ao evangelho?

Na glória da presença divina, na sala do trono do Universo, na base ••


do trono de Deus, encontramos a lei de Deus na arca da aliança. No lugar
santíssimo, a justiça e a misericórdia divinas se revelam. Nenhum poder
terreno pode mudar a lei porque, entre outras razões, ela está preservada ••
na arca da aliança no Céu. Hebreus 8:10 diz: "Porque esta é a aliança que
farei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor: Imprimirei
as Minhas leis na mente deles e as inscreverei sobre o seu coração; e Eu
••
serei o seu Deus, e eles serão o Meu povo". Ao entrarmos pela fé no san-
tuário do Céu, encontramos perdão para nossos pecados passados e poder
para viver uma vida obediente por meio de Cristo, que morreu por nós e
••
escreveu a lei em nosso coração. Jesus nos salva "totalmente" (Hb 7:25)
da penalidade e do poder do pecado. ••
Por que a intercessão de Jesus é uma notícia incrivelmente boa? Visto que a lei é o
padrão de justiça, que esperança teríamos sem o evangelho?
1ss 1 O grande conflito
••
••
•• Quinta, 23 de maio RPSP: Dn 11

Jesus, nosso Advogado no juízo

•• 8 . Qual é a diferença entre o ministério do sacerdote no santuário terres-


tre e o ministério de Jesus no santuário celestial? Hb 10:9-14

••
•• D e uma vez por todas, Cristo morreu na cruz como sacrifício perfei-
to pelo pecado. Seu ministério sacerdotal no santuário celestial nos

•• santifica. Uma vez que adentrou o lugar santíssimo, Ele permanece como
nosso Advogado no juízo (lJo 2:1). "Assim também Cristo, tendo-Se ofe-
recido uma vez por todas para tirar os pecados de muitos, aparecerá

•• segunda vez, não para tirar pecados, mas para salvar aqueles que espe-
ram por Ele" (Hb 9:28). Por meio de Seu sacrifício e mediação, Ele resol-
veu o problema do pecado. Ele virá outra vez para aqueles que "amam a

•• Sua vinda" (2Tm 4:8) .

••
9. Leia Hebreus 6:19, 20. Por que Ele nos convida a segui-Lo e o que desco-
brimos à medida que fazemos isso?

•• "A intmessão de C,isto no santuádo celestial, em favo, dom humano, li


•• é tão essencial ao plano da redenção como foi Sua morte sobre a cruz. Com
Sua morte, Ele iniciou essa obra e, após a ressurreição, ascendeu ao Céu para
concluí-la. Pela fé devemos ir além do véu, onde nosso Precursor 'entrou

•• por nós' (Hb 6:20). Ali se reflete a luz da cruz do Calvário. Ali podemos
obter uma compreensão mais clara dos mistérios da redenção. A salva-
ção do ser humano tem custado um preço infinito para o Céu; o sacrifício

•• feito equivale aos mais amplos requisitos da lei de Deus, que foi violada .
Jesus abriu o caminho para o trono do Pai e, por meio de Sua mediação, o
desejo sincero de todos os que a Ele se aproximam pela fé pode ser apre-

•• sentado a Deus" (Ellen G. White, O Grande Conflito [CPB, 2021], p. 409) .


O plano da salvação acaba com o grande conflito e resgata a Terra das
garras de Satanás. Jesus revelou o amor de Deus a um mundo em necessi-

•• dade e a um Universo expectante. Sua morte revelou a maldade do pecado


e ofereceu salvação. Sua intercessão garante os benefícios da expiação aos

••
que estendem a mão para recebê-los .

Qual é a relação entre a morte de Cristo e Sua intercessão? O juízo é necessário?


Abr • Mai • )un 2024 189 1
••
••
Sexta, 24 de maio RPSP: Dn12

Estudo adicional

E llen G. White descreve a atuação de Jesus em nosso favor no juízo e o


nosso papel: "Jesus não justifica os pecados deles, mas apresenta seu ••
arrependimento e fé e, reclamando o perdão para eles, ergue as mãos fe-
ridas perante o Pai e os santos anjos, dizendo: 'Eu os conheço pelo nome.
Gravei-os na palma de Minhas mãos. 'Sacrifícios agradáveis a Deus são o ••
espírito quebrantado; coração compungido e contrito, não desprezarás,
ó Deus' (Sl 51:17). E, ao acusador de Seu povo, declara: 'O Senhor te re-
preende, ó Satanás; sim, o Senhor, que escolheu a Jerusalém, te repreen- ••
de; não é este um tição tirado do fogo?'" (Zc 3:2; Ellen G. White, O Grande
Conflito [CPB, 2021), p. 406).
"O fato de os reconhecidos filhos de Deus serem representados como
••
estando na presença do Senhor com vestes sujas deve levar à humildade
e ao profundo exame do coração todos os que Lhe professam o nome. Os
que estão de fato purificando o caráter mediante a obediência à verdade
••
terão de si mesmos uma opinião muito humilde" (Ellen G. White, Teste-
munhos Para a Igreja [CPB, 2021), v. 5, p. 403).
"Vivemos hoje no grande Dia da Expiação. [... ] Todos aqueles que qui-
••
serem que seu nome seja conservado no Livro da Vida devem, agora, nos
poucos dias que lhes restam do tempo da graça, humilhar-se diante de ••
li ••
Deus, em tristeza pelo pecado e em arrependimento verdadeiro" (O Grande
Conflito, p. 410).

Perguntas para consideração


1. O que sentimos ao pensar que Jesus levanta Suas mãos feridas por nós
diante do Pai? Por que essa é a nossa única esperança no juízo? ••
2. Vivemos no Dia da Expiação, a obra divina para salvar perdidos. Por
que qualquer dia dedicado à obra de salvar pecadores deve ser uma boa
notícia? ••
3. "Cristo pode pleitear de forma eficaz em nosso favor. Ele é capaz de si-
lenciar o acusador com argumentos baseados não em nossos méritos,
mas nos Seus" (Testemunhos Para a Igreja, v. 5, p. 403). Você crê nisso?
••
Res pos tas e atividades da semana:1. O que Moisés const ruiu e o original do Céu. 2. Era um dia de buscar a Oeusem
hu mildade e confissão sincera. Nesse dia o sa ntuário e o povo eram purificados. 3. Ambas as passage ns fa lam do juízo.
4. O juízo; Jesus dará a cada um segundo suas obras. 5. Pelo fato de que cada grupo faz escolhas diferentes .
6 . Temos um Sumo Sacerdote. que intercede por nós; com fé, aproximemo- nos do trono da graça . 7. Porque mos-
••
••
tra a arca da aliança, com as tábuas da lei, no santuário, lu gar de sa lvação pela graça e de juízo com base na lei.
8 . O sacerdote terreno se apresentava, dia após dia, para exercer o serviço sag rado e oferecer muitas vezes os mes-
mos sacrifícios, que não podiam remover pecados, ao passo que Jesus, tendo oferecido, para sempre, um único
sacrifício pelos pecados, nos salvou de uma vez por todas. 9. Jesus, como precursor, entrou por nós no santuá rio ce-
lestial e Se tornou Sumo Sacerdote para sempre.

190 1 O grande conflito


••
•• AUXILIAR DO PROFESSO R - LIÇÃO 8

•• Luz do santuário

•• TEXTO-CHAVE: Hebreus 8:1, 2

•• FOCO DO ESTUDO: Êx 25 :8, 9, 40; Hb 8:1-6; Mt 25 :1-10; Dn 7:9, 10; Hb 8:1-5; Hb 9:23-28;
Ap 11 :19; Hb 10:16; Lv 16:21, 29-34; Lv 23 :26-32

•• ESBOÇO
Introdução: O tema do santuário é de grande destaque no Antigo e no Novo Testamen-

•• tos, e é surpreendente observar como muitos cristãos deixaram de enfatizar a doutrina do


santuário celestial ao longo de quase dois milênios. Os adventistas do sétimo dia percebe-
ram que essa doutrina não era apenas um ensinamento bíblico importante, mas também o

•• princípio central de uma teologia bíblica que se ligava a outras. Esses ensinamentos incluem:
(1) a doutrina de Deus, o Seu caráter, e também a criação, a obra e o governo Dele; (2) a dou-
trina da origem do mal e do grande conflito; (3) a doutrina de Cristo, a Sua primeira vinda

•• à Terra, a Sua encarnação, e também a vida, o ministério, a morte, a ressurreição e a ascen-


são; (4) a doutrina da salvação em Cristo; (5) a doutrina das últimas coisas, a segunda vinda

••
de Cristo, o Juízo Final e a restauração de todas as coisas; (6) a doutrina da igreja, especial-
mente o ensino da igreja remanescente no tempo do fim , antes da segunda vinda de Jesus.
A extensa profecia bíblica dos 2.300 anos, registrada em Daniel 8:14, diz respeito ao

•• 1
santuário celestial e ao grande conflito. Ela nos familiariza com o ataque ao santuário e sua
purificação no dia do julgamento de Deus e na restauração de todas as coisas . No entanto,
os adventistas não a encaram como uma mera abstração desprovida de fundamentos ou

•• realização concreta . Ao contrário, eles reconhecem que ela teve cumprimento histórico
e se iniciou por volta da metade do século 19, em 1844. O cumprimento dessa profecia
exige que todas as pessoas que vivem no tempo da graça aceitem a expiação de Jesus

•• por seus pecados antes do fim de Seu ministério de intercessão no santuário celestial.
O cumprimento da profecia dos 2.300 anos é especialmente importante para os adven-
tistas porque eles entendem que Deus os chamou como Sua igreja remanescente para anun-

•• ciar ao mundo seu cumprimento, o retorno de Jesus e a iminente consumação do grande


conflito. Assim, a mensagem da profecia dos 2.300 dias é a própria essência do · evangelho
eterno" (Ap 14:6, NVI). A boa notícia no contexto das mensagens dos três anjos é o cha-

•• mado final do amor de Deus para a humanidade. Ele ordena aos pecadores na Terra que se
voltem para Ele a fim de serem salvos pelo Seu sangue e mediação no santuário celestial.
Temas da lição: O estudo desta semana destaca dois temas principais:

•• 1. No AT, o santuário terrestre não era apenas uma faceta da cultura israelita ; sua fun-
ção era apontar para o santuário celestial e o ministério de Jesus em favor da humanidade .

••
2. Nessa perspectiva, o santuário celestial assume papel central no evangelho univer-
sal e eterno, sendo essencial para a redenção da humanidade e para a missão da igreja .

Abr • Mai • )un 2024 l 91 I


••
COMENTÁRIO

O selamento da profecia dos 2.300 anos ••


••
A primeira e a segunda vinda de Jesus estão intimamente associadas ao santuário, tanto
o terrestre quanto o celestial. Na ocasião em que Maria e José trouxeram Jesus ao templo
em Jerusalém, Simeão e Ana estavam lá (Lc 2:25 -38). Eles sabiam que o Messias viria ao
templo. Desse modo, Lucas relata que, enquanto esperava o cumprimento da promessa
de Deus sobre a primeira vinda do Messias, Simeão "movid o pelo Espírito, foi ao templo"
para encontrar Jesus (Lc 2:27), e a profetisa Ana "nunca deixava o templo" (Lc 2:37, NVI) . ••
A mais extensa das profecias bíblicas, aquela dos 2.300 anos (Dn 8:14), teve como foco
o santuário celestial (Dn 8:10-12). Essa profecia foi "selada" ou confirmada (Dn 9:24) pela
primeira vinda de Jesus ao santuário terrestre. Após receber a revelação dos 2.300 anos,
••
Daniel "ficou atônito e não havia quem a entendesse" (Dn 8:27, ARA). Deixado sem uma
explicação para essa visão por vários anos, Daniel direcionou sua atenção para as infor-
mações disponíveis: a profecia de Jeremias acerca das "assolações de Jerusalém que eram
••
de setenta anos" (Dn 9:2, ARA; comparar com Jr 25:11, 12).
Daniel elevou suas preces a Deus, buscando Sua intervenção para o cumprimento
da profecia dos 70 anos de Jeremias. Com fervor, ele implorou ao Altíssimo pela reden-
••
ção do Seu povo (Dn 9:3-19) e que Ele fizesse "resplandecer o (Seu) rosto, por amor do
Senhor" (Dn 9:17, ARC). Enchendo o coração de Daniel de alegria, Deus enviou ·o varão ••
••
Gabriel" para instruí-lo (Dn 9:21, 22, AR(). No entanto, o anjo não se concentrou imediata-
mente em responder à oração de Daniel sobre a profecia dos 70 anos de Jeremias. Em vez
disso, Gabriel começou a exortar Daniel a prestar "atenção à mensagem para entender a

••
visão" (Dan. 9:23 , NVI). Obviamente, a visão em questão é a descrita em Daniel 8:14, por-
que Gabriel não fala de 70 semanas literais, mas de 70 semanas proféticas (Dn 9:24), ou
490 anos. Esses anos poderiam ser "determinados" ou deduzidos apenas dos 2.300 anos
da visão de Daniel (Dn 8:14), não dos 70 anos da profecia de Jeremias.
De acordo com esse cálculo, Gabriel também revelou o acontecimento que marcou o
início das 70 semanas proféticas e, consequentemente, dos 2.300 anos. Esse evento foi ••
a "ordem para restaurar e reconstruir Jerusalém" (Dn 9:25, NVI), que ocorreu em 457 a.C.
Portanto, a profecia das 70 semanas é uma parte integrante, ou a primeira fase, da profe-
cia dos 2.300 anos; esses dois períodos compõem uma profecia mais ampla.
••
Aqui Gabriel finalmente responde à pergunta e à oração de Daniel sobre a restauração e recons-
trução de Jerusalém (Dn 9:25), o "monte santo" de Deus (Dn 9:20). No entanto, o anjo imediata-
mente explica que esse cumprimento da profecia dos 70 anos de Jeremias é apenas o começo
••
de uma profecia muito mais extensa. Ou seja, é o início das 70 semanas proféticas e o início de
uma profecia ainda mais longa - os 2.300 anos. Por esse motivo, mantendo o foco nessa profe-
cia maior, Gabriel explicou ainda a Daniel que essas 70 semanas proféticas, ou 490 anos literais,
••
seriam • decretadas" ou • determinadas" para ·o seu povo e sua santa cidade" (Dn 9:24, NVI) para
um propósito especial: o cumprimento da promessa da "vinda do Ungido, o Príncipe" (Dn 9:25). ••
••
O objetivo desses 490 anos era o primeiro advento do Messias. Gabriel esclareceu que
o Messias viria "para acabar com a transgressão, para dar fim ao pecado, para expiar as

192 1 O grande conflito


•• culpas, para trazer justiça eterna , para cumprir a visão e a profecia, e para ungir o santís-

•• simo" (Dn 9:24, NVI). Na septuagésima semana , o Messias faria uma aliança que duraria
uma semana . "No meio da semana Ele [daria] fim ao sacrifício e à oferta" (Dn 9:27, NVI) .

••
O único cumprimento plausível para esses eventos foi o sacrifício de Jesus, o "Ungido, o
Príncipe" (Dn 9:25) e "o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo" (Jo 1:29), que "[pas-
saria] pela morte" (Dn 9:26) .

••
Assim , a profecia das 70 semanas inicia a profecia dos 2.300 anos. A profecia dos 2.300
anos sobre a purificação do santuário foi cumprida em 1844, porque a profecia das 70 sema -
nas (Dn 9:24-27) foi cumprida com exatidão na morte sacrifical do Messias no meio da

•• septuagésima semana , em 31 d.C. Além disso, assim como a profecia das 70 semanas foi
realizada por meio da morte sacrifical do Messias no contexto do santuário terrestre, a
profecia dos 2.300 anos seria concretizada na purificação do santuário celestial também

•• pelo Messias. As duas partes da profecia estão ligadas às duas manifestações do Ungido:
o término do período das 70 semanas diz respeito à primeira vinda de Cristo, enquanto o
encerramento dos 2.300 anos está associado à Sua segunda vinda .

•• A perda da doutrina do santuário


O santuário é um dos temas e ensinamentos mais preeminentes nas Escrituras. A Bíblia

•• descreve dois santuários, um terreno e um celestial. Ambos revelam aspectos fundamen-


tais do caráter de Deus, do grande conflito e da salvação. Assim, ambos servem como local
da revelação de Deus ao Seu povo, Sua habitação entre os fiéis e Seu reinado sobre eles .

•• No santuário, Deus Se encontrou com Israel, e o povo respondeu em adoração. Da mesma


forma, o santuário celestial serve ao reino de Deus em um nível cósmico. Naquele lugar

•• 1
central, Ele estabeleceu Seu trono e Se revelou aos habitantes do Universo, exercendo
Sua soberania sobre eles e suprindo suas necessidades.
Quando, porém , o pecado entrou no Universo, o santuário celestial assumiu uma fun-

•• ção salvífica, com seus ministérios sacrificais e de mediação. Assim , os dois santuários
não estão separados, mas intrinsecamente ligados em uma relação tipológica . Isto é, o
santuário terrestre foi construído expressamente para revelar, apontar e explicar o signi-

•• ficado e o papel do santuário celestial.


Considerando essa compreensão do papel essencial do santuário no contexto do reino de
Deus, torna-se inevitável reconhecer sua marcante presença nas Escrituras . É verdadeira-

•• mente intrigante que os próprios cristãos, dentre todas as pessoas, tenham negligenciado
o estudo e a importância do santuário celestial ao longo de milênios. Como tal falta de
atenção pôde ocorrer é algo que nos deixa perplexos.

•• Os adventistas destacam dois elementos principais que contribuíram para a exclusão


da doutrina do santuário da teologia cristã . Primeiramente, devido ao seu significado vital

••
na questão da salvação, torna-se evidente que o diabo empregaria todos os meios possí-
veis para obscurecer ou até mesmo erradicar o ensinamento bíblico a respeito do santuá-
rio celestial. Dessa forma , as pessoas não seriam informadas a respeito da verdade sobre

••
Deus, o sacrifício de Cristo e a Sua contínua intercessão no santuário celestial em favor
da nossa salvação .

Abr • Mai • Jun 2024 f93 f


O dualismo cósmico
••
Como essa doutrina foi obscurecida no cristian ismo? A resposta a essa pergunta segue
claramente nossa discussão para o segundo fator principal: o conceito de dualismo. Durante ••
••
os primeiros séculos de sua história , o cristianismo assimilou a filosofia grega com seu con-
ceito fundamental de dualismo, segundo o qual, toda a nossa realidade é dividida em duas
esferas : a terrena e a celestial. No entanto, essas duas esferas são radical e essencialmente

••
diferentes. Enquanto a esfera terrena é material, temporal e espacial, o reino celestial é
imaterial, atemporal e espacial. Em outras palavras, na esfera celestial não há existência
física ou relacionamento pessoal. Como não há comunicação ou relacionamento entre as
duas esferas, a única maneira pela qual os seres humanos podem entrar na esfera celestial
seria escapando de qualquer conexão com sua existência terrena , o que equivale a deixar
de existir como seres humanos integrados e de alguma forma sobreviver como almas ou
••
mentes desencarnadas, que não experimentam o tempo e o espaço. Obviamente, essa visão
de mundo só é possível se aceitarmos o conceito de que os humanos têm um corpo físico,
bem como uma alma imortal e completamente autônoma . Quando os primeiros cristãos
••
adotaram essa visão de mundo, era impossível para eles pensar em um santuário literal
no Céu . Era até difícil para eles imaginar o Céu como um espaço literal, quanto mais Jesus
ascendendo em um corpo humano a esse espaço. Por essa razão , quando os primeiros cris-
••
tãos leram nas Escrituras sobre o santuário celestial, eles simplesmente alegorizaram ou
espiritualizaram o conceito e concluíram que o santuário israelita se aplicava à igreja . Falar
sobre um santuário literal em um Céu literal não parecia "digno" de uma teologia "elevada".
••
Os cristãos primitivos e medievais faziam uma conexão entre o sistema sacrifical do
santuário e a morte de Cristo. Mas por causa da influência da filosofia grega , eles não ••
m
conseguiam visualizar corretamente a obra mediadora de Cristo para a humanidade em um
santuário celestial literal. Por isso, a Igreja Católica Romana aplicou o ministério media-
dor de Cristo à Igreja e ao seu sacerdócio. Tragicamente, essa usurpação do ministério
de Cristo no santuário celestial levou a Igreja a minar até mesmo o sacrifício de Jesus .
No entanto, o Senhor trabalhou por meio dos movimentos da Reforma Protestante para
devolver a Seu povo a leitura literal da Bíblia e, por meio do movimento adventista, redes-
••
••
cobrir o ensino do santuário celestial nas profecias das Escrituras e no livro de Hebreus .
Portanto, como adventistas do sétimo dia, nossa responsabilidade é preservar a inte-
gridade da Palavra de Deus e convocar os cristãos e o mundo a direcionar seu foco para o ••
sacrifício de Cristo e Sua intercessão no santuário celestial (Ver Ángel Manuel Rodríguez,
"Santuário", em Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia, p. 428, 429, 452 , 455).
••
APLICAÇÃO PARA A VIDA
1. Qual é a diferença entre o conceito de sacerdócio em sua cultura e na Bíblia? Como
••
explicar às pessoas sobre o sacerdócio de Jesus?
2. Qual é a diferença entre o conceito de juízo em sua cultura e o conceito bíblico de
juízo? Como explicar o conceito bíblico de juízo à sua comunidade?
••
194 1 O grande conflito
••
•• O fundamento do
Lição

•• governo de Deus 9
•• II ., VI
•• VERSO PARA MEMORIZAR: "O dragão ficou
irado com a mulher e foi travar guerra com
w
1Il 1ZIII
••
o restante da descendência dela, ou seja, os
que guardam os mandamentos de Deus e '1
têm o testemunho de Jesus" (Ap 12:17).
IX
•• Leituras da semana: Ap 14:6-12;
Ec 12:13, 14; Pv 28:9; Dn 7:25
X
••
•• Sábado, 25 de maio RPSP: Os1

•• P or meio de intenso estudo da Bíblia, os adventistas compreenderam o


significado da lei no lugar santíssimo do santuário celestial. Exami-

•• nando o coração da lei, também descobriram o significado da observância


do sábado. O quarto mandamento, mais do que qualquer outro, identifica
Deus como Criador, o fundamento da verdadeira adoração - um tema es-

•• pecialmente relevante nos últimos dias da história (Ap 14:6-1 2) .


O objetivo de Satanás desde o início tem sido impedir a adoração a
Deus mediante a subversão da lei divina. Ele sabe que tropeçar "em um só

•• ponto" significa ser "culpado de todos" (Tg 2:10); assim, encoraja as pes-
soas a transgredir a lei. Satanás odeia o sábado porque ele relembra a exis-

••
tência de um Criador e de como Suas criaturas devem adorá-Lo. Mas esse
mandamento também está preservado na lei no lugar santíssimo do san-
tuário celestial. Visto que a lei é o que define o pecado, desde que as pessoas

•• busquem ser fiéis a Deus, Sua lei deve continuar sendo válida, incluindo o
mandamento do sábado.
O objetivo desta lição é mostrar a ligação entre o santuário, a lei de Deus,

•• o sábado e a crise vindoura relacionada com a marca da besta. Também exa-


minaremos a relevância do Dia do Senhor para a geração do fim dos tempos .
*Esta lição se baseia nos capítulos 25 a 27 do livro O Grande Conflito .

• Abr • Mai • Jun 2024 195 1


Domingo, 26 de maio RPSP: Os2
••
O santuário e a lei ••
1. O que está na arca da aliança, no lugar santíssimo do santuário? Ap 11:19;
Êx 25:16; 31:18; Ap 12:17 ••
••
O Dia da Expiação era um dia de juízo. Israel devia participar desse even-
to com arrependimento, exame de consciência e abstenção do traba-
lho (Lv 23:29-31). Somente nesse dia, o sumo sacerdote entrava no lugar ••
santíssimo para fazer expiação pelo pecado. No compartimento mais inte-
rior do santuário, estava a arca da aliança. Nela havia os Dez Mandamen-
tos, escritos em tábuas de pedra. A tampa dourada da arca era chamada ••
de propiciatório, onde se aspergia sangue para purificar o santuário do
pecado. A presença de Deus Se manifestava na Shekinah, a glória divina
sobre o propiciatório. Cada sacrifício oferecido revelava a misericórdia de
••
Deus para com o ser humano pecador, mas o Dia da Expiação mostra que
o pecado é lembrado até o dia do juízo (Hb 10:3). De fato, o pecado seria
completamente removido séculos depois, somente por meio do sangue de
••
Cristo, quando Ele morreu na cruz. É pela fé em Seu sangue que podemos
ser purificados do pecado (lPe 1:18, 19). Na presença de Deus, a miseri-
córdia e a justiça combinam-se harmoniosamente.
••
Ao olhar para o santuário celestial, João viu "o santuário de Deus" e
a "arca da Sua aliança" (Ap 11:19). Ellen G. White escreveu: "Dentro do ••
••
santo dos santos, no santuário celestial, a lei divina está sagradamente
guardada - a lei que foi pronunciada pelo próprio Deus em meio aos tro-
vões do Sinai e escrita por Seu próprio dedo nas tábuas de pedra. A lei de
Deus que se encontra no santuário celestial é o grandioso original, do
qual os preceitos inscritos nas tábuas de pedra, registrados por Moisés
no Pentateuco, eram uma cópia exata. Os que chegaram à compreensão ••
desse ponto importante foram levados a ver o caráter sagrado e imutá-
vel da lei divina" (Ellen G. White, O Grande Conflito [CPB, 2021], p. 365).
À medida que os primeiros crentes adventistas estudavam os ensina-
••
mentos bíblicos sobre o santuário, perceberam o significado da lei de Deus
e do sábado. Eles raciocinaram que, se a lei de Deus tinha sido retratada
na arca da aliança no santuário celestial, certamente não podia ter sido
••
eliminada na cruz.

O movimento de rotação da Terra, que ocorre a 1.609 km por hora, traz a nós o sábado
••
a cada semana, sem exceção. O que isso nos diz sobre a importância da doutrina da
criação? Que outra doutrina tem um lembrete tão poderoso e recorrente?
196 1 O grande conflito
••
•• Segunda, 27 de maio RPSP: Os3

•• A imutabilidade da lei de Deus


2. Leia Mateus 5:17, 18; Salmo 111:7, 8; Eclesiastes 12:13, 14; 1 João 5:3 e Pro-

•• vérbios 28:9. Qual deve ser a relação do cristão para com a lei?

•• O s adventistas seguem os passos dos reformadores que defendiam a


santidade da lei. João Wesley afirmou: "A lei ritual ou cerimonial, en-

•• tregue por Moisés aos filhos de Israel, contendo todas as injunções e or-
denanças relacionadas aos antigos sacrifícios e serviços do templo, nosso
Senhor veio destruir, dissolver e abolir. [...] Mas a lei moral, contida nos

•• Dez Mandamentos, e reforçada pelos profetas, Ele não removeu. Não era o
objetivo de Sua vinda revogar alguma parte dela. Essa é uma lei que nunca

••
poderá ser quebrada; que resiste, como uma testemunha fiel nos céus . [...]
Cada parte dessa lei deve permanecer em vigor, sobre toda a humanidade,
e em todas as épocas; não dependendo de tempo ou lugar; ou quaisquer

••
outras circunstâncias, sujeitas a mudanças; mas da natureza de Deus e da
natureza do homem, e da relação imutável para com um e outro" (John
Wesley, O Sermão do Monte [Vida, 2012], p. 128) .

•• 3. Compare Êxodo 34:5-7 com Romanos 7:11, 12; Salmos 19:7-11; 89:14;
119:142, 172. Qual é a relação entre a lei de Deus e o Seu caráter?

•• - - - -1
•• Visto que a lei é uma transcrição do caráter de Deus, o fundamento

•• de Seu trono e a base moral da humanidade, Satanás a odeia. "Se o san-


tuário terrestre era uma figura ou modelo do celestial, a lei depositada
na arca da Terra era uma transcrição exata da lei que está na arca do Céu,

•• e que a aceitação da verdade sobre o santuário celestial envolvia o reco-


nhecimento dos requisitos da lei de Deus, e da obrigatoriedade do sábado

••
do quarto mandamento. Nisso estava o segredo da intensa hostilidade
manifestada contra a harmoniosa exposição das Escrituras, que revela-
vam o ministério desempenhado por Cristo no santuário celestial" (Ellen

•• G. White, O Grande Conflito [CPB, 2021], p. 366) .

Que razões as pessoas dão para argumentar que não somos mais obrigados a guardar


os Dez Mandamentos? O que você acha que está por trás disso?
Abr • Mai • Jun 2024 197 1
Terça, 28 de maio

O sábado e a lei
RPSP: Os4
••
4 . Qual é a relação entre a criação, o sábado e a lei de Deus? Ap 14:6, 7; 4:11;
••
Gn 2:1-3; Êx 20:8-11

••
••
A criação fala do nosso valor aos olhos de Deus. Não estamos sozinhos
no Universo. O enredo científico comum da origem da vida, reivindi-
••
cado pela mídia e pela cultura popular, apresenta uma visão incompatí-
vel com o relato bíblico 'em todos os sentidos. ••
••
Estamos aqui porque Jesus nos criou. Ele é digno de nossa adoração
não apenas porque nos criou, mas também porque nos redimiu. Criação e
redenção estão no centro de toda a verdadeira adoração. Portanto, o sábado
é vital para entender o plano da salvação. O sábado fala do cuidado de um
Criador e do amor de um Redentor.
No fim da semana da criação, Deus descansou na beleza e majestade ••
do mundo que havia feito. Ele também descansou como um exemplo para
nós. O sábado é uma pausa semanal para louvar Aquele que nos fez. Ao
adorarmos no sábado, abrimos o coração para receber a bênção especial
••
que Ele colocou apenas nesse dia e em nenhum outro dia.
O sábado aponta para o Criador que nos amou demais para nos abando-
nar quando nos afastamos de Seu propósito para nós. É um símbolo eterno
••
do descanso Nele, um sinal especial de lealdade ao Criador (Ez 20:12, 20) .
É um símbolo de descanso, não de obras; da graça, não do legalismo; de
segurança, não de condenação; de dependência de Deus para a salvação,
••
não de nós mesmos. O descanso sabático é o descanso nos braços Daquele
que nos criou, nos redimiu e voltará para nos buscar.
A mensagem de Deus para o mundo no tempo do fim, apresentada em
••
Apocalipse 14, chama as pessoas a descansar em Seu amor e cuidado a cada
sábado. Chama-nos a lembrar-nos Daquele que nos criou e a dar-Lhe gló- ••
••
ria. Guardar o sábado também é um elo entre a perfeição do Éden e a glória
dos novos céus e da nova Terra. Isso nos lembra que um dia os esplendo-
res do Éden serão restaurados.

Os adventistas têm sido acusados de legalismo por causa da guarda do sábado. Sendo
o sábado símbolo de redenção e justificação pela fé, por que as pessoas pensam que
estamos tentando forçar a entrada no Céu em razão da observância do mandamento?
••
1981 O grande conflito

Quarta, 29 de maio RPSP: Os 5

A marca da besta
5. Como a Bíblia revela a ira de Satanás? Por que o diabo está irado com o
povo de Deus no tempo do fim? Ap 12:12, 17; 13:7

•• A pocalipse 12 descreve o conflito cósmico entre Cristo e Satanás ao

•• longo dos séculos. Seu clímax é o ataque final de Satanás ao povo de


Deus. Apocalipse 13 apresenta os dois aliados do dragão, a besta do mar

••
e a besta da terra. Esses dois poderes se juntam a ele para guerrear con-
tra o povo de Deus .

••
6. Leia Apocalipse 13:4, 8, 12, 15; 14:7, 9-11. (Ver também Ap 15:4; 16:2; 19:20;
20:4; 22:9.) Que tema-chave aparece em todos esses versos?

••
•• Observe o contraste: as pessoas adoram o Criador ou adoram outra
coisa. O Criador é digno de adoração (Ap 4:11). A controvérsia entre Cristo

•• e Satanás começou no Céu sobre adoração: "Subirei acima das mais altas
nuvens e serei semelhante ao Altíssimo" (Is 14:14). Satanás queria a
ração que pertencia apenas ao Criador. Ele tem êxito por meio da ativi-
ado-1 •

•• dade da besta do mar (Ap 13:4) .


A besta do mar é a mesma que o chifre pequeno, que tentaria "mudar
os tempos e a lei" e exerceria autoridade por 1.260 "dias" proféticos, isto

•• é, por 1.260 anos (Dn 7:25; Ap 13:5). A única parte dos Dez Mandamen-
tos que trata do tempo é o quarto mandamento. Esse poder tentou mudar

••
o dia de adoração do sábado para o domingo .
Procurar mudar o dia de adoração, o sábado do sétimo dia, que Deus
deu como sinal de Sua autoridade (Êx 31:13; Ez 20:12, 20), é uma tenta-

•• tiva de usurpar a autoridade divina no nível mais básico possível. Nesse


ponto está o foco do conflito final sobre a verdadeira e a falsa adoração .

••
O Apocalipse identifica os fiéis como os "que guardam os mandamentos de Deus"
(Ap 12:17; 14:12). Isso inclui o sábado, não o domingo. Os que recusarem o último con-
vite dos três anjos para adorar a Deus em Seu dia santo (Is 58:13) e que adorarem a
besta em seu falso sábado, domingo, receberão a marca da besta (ver lição 11).

• Abr • Mai • Jun 2024 1991


••
••
Quinta, 30 de maio RPSP: Os6

As três mensagens angélicas

O primeiro anjo disse com voz forte: "Temam a Deus e deem glória a
Ele, pois é chegada a hora em que Ele vai julgar. E adorem Aquele que ••
fez o céu, a Terra, o mar e as fontes das águas" (Ap 14:7). O apelo do Céu
é para que demos nossa suprema lealdade e adoração sincera ao Criador
à luz do juízo iminente. ••
O segundo anjo declarou: "Caiu! Caiu a grande Babilônia que fez com que
todas as nações bebessem o vinho do furor da sua prostituição" (Ap 14:8) .
Babilônia representa um sistema religioso caído que rejeitou a mensagem ••
do primeiro anjo em favor de um falso sistema de adoração. Por isso, Apo-
calipse 14:9-11 adverte contra adorar "a besta e a sua imagem". A escolha
será entre adorar ao Criador ou adorar a besta. Cada pessoa decidirá quem
••
terá sua lealdade - Jesus ou Satanás.

7. Leia Apocalipse 14:12. Quais são as duas características daqueles que se


••
recusam a adorar a besta? Por que ambas são de vital importância?
••
••
No fim dos tempos, Deus terá um povo leal a Ele diante da maior opo-
sição e da perseguição mais feroz da história. Por meio do dom da justiça ••
de Cristo, esse povo será obediente e cheio de graça. Adorar o Criador está
em oposição direta a adorar a besta, e essa adoração é demonstrada por
meio da observância dos mandamentos de Deus. O conflito final sobre a ••
fidelidade a Cristo ou a lealdade ao poder da besta terá como foco a adora-
ção, e no centro desse grande conflito entre o bem e o mal estará o sábado .
Os comprometidos seguidores do Salvador não só terão fé "em" Jesus, ••
mas também terão a fé "de" Jesus, que é uma fé tão profunda, tão con-
fiante, tão comprometida, que todos os demônios do inferno e todas as pro-
vações da Terra não podem abalá-la. Essa fé torna possível confiar quando
••
não se pode ver, crer quando não se pode raciocinar e esperar quando não
se consegue entender. A "fé de Jesus" é um dom que recebemos pela fé .
Vai conduzir-nos na crise que se aproxima. Quando a crise final estourar
••
e enfrentarmos boicote econômico, perseguição, prisão e a própria morte,
a "fé de Jesus" nos levará pelas últimas horas da Terra até que Jesus volte . ••
Como Deus está preparando sua fé hoje para o que virá no futuro?
l 100 1 O grande conflito
••
Sexta, 31 de maio RPSP: Os7

Estudo adicional
11
N a ausência de testemunho bíblico a seu favor, muitos, esquecendo-se
de que o mesmo raciocínio fora empregado contra Cristo e Seus após-
tolos, insistiam com incansável persistência: 'Por que nossos grandes ho-
mens não compreendem essa questão do sábado? Apenas poucos creem

•• como vocês. Não pode ser que vocês estejam certos e que todas as pessoas
cultas no mundo estejam erradas.' Para refutar esses argumentos, basta-
va citar os ensinos das Escrituras e a história de como o Senhor lidou com

•• Seu povo em todos os tempos" (Ellen G. White, O Grande Conflito [CPB,


2021], p. 383) .

••
"Os cristãos das gerações passadas observaram o domingo supondo
que, fazendo isso, estavam guardando o sábado bíblico; e hoje existem
cristãos verdadeiros em todas as igrejas [...] que creem sinceramente que

••
o domingo é o dia de repouso [.. .]. Deus aceita a sinceridade de propósito
e a integridade de tais pessoas. Porém, quando a observância do domingo
for imposta por lei, e o mundo for esclarecido sobre a obrigatoriedade do

•• verdadeiro sábado, quem então transgredir o mandamento de Deus para


obedecer a um preceito que não tem maior autoridade que a de Roma
estará honrando mais o papado do que a Deus. [...] E somente depois que

•• essa situação estiver assim claramente exposta perante o povo, e este for
levado a escolher entre os mandamentos de Deus e os dos homens, é que
aqueles que continuam a transgredir receberão o sinal da besta" (O Grande

•• Conflito, p . 377) .

••
Perguntas para consideração
1. Por que devemos vigiar para que os eventos finais não nos peguem des-
preparados?
2. O juízo e a lei se harmonizam com salvação somente pela graça me-
1
•• diante a fé?
3. Como podemos testemunhar aos que não compreendem o significado

••
do verdadeiro sábado e sinceramente guardam o domingo, o primeiro
dia da semana?
4. Quais são os perigos da união da igreja com o Estado? Sendo cristãos,

•• como deve ser nosso relacionamento com o governo?


Respostas e atividades da semana: 1. A lei dos Dez Mandamentos, escrita em tábuas de pedra. 2 . A lei de Deus é
eterna. O cristão deve temer a Deus e guardar os Seus mandamentos, pois este é o dever de cada pessoa . Se ama-
mos a Deus, guardamos os Seus mandamentos. 3. A lei de Deus é santa, justa e boa, sendo uma transcrição do cará-

••
ter divino e o fundamento de Seu trono. 4. O sábado é um memorial da criação e aponta Deus como nosso Criador.
Por isso, devemos lembrar desse dia para o santificar, conforme o mandamento. 5. Satanás está irado contra a igreja
porque ela é fiel a Deus. Ele está irado porque sabe que lhe resta pouco tempo. 6 . A marca da besta e a fa lsa ado-
ração. 7. A guarda dos mandamentos de Deus e a fé em Jesus. Para nos mantermos firmes e fiéis a Deus, precisa-
mos ter a fé de Jesus .

• Abr • Mai • Jun 2024 1101 1


AUXILIAR DO PROFESSOR - LIÇÃO 9
O fundamento do governo de Deus
••
••
TEXTO-CHAVE: Apocalipse 12:17

FOCO DO ESTUDO: Ec 12 :13, 14; Pv 28 :9; Dn 7:25; Is 51 :7, 8; Ap 13:15-17; Ap 12 :17; Ap 14:6-12
••
ESBOÇO
••
••
Introdução: Os temas bíblicos do grande conflito e do santuário celestial estão intrin-
secamente interligados com a ideia da lei divina e do sábado, que está incluído em Sua
lei. Na verdade, a origem do grande conflito remonta às falsas acusações que Lúcifer

••
levantou contra a natureza de Deus, a Sua lei e os fundamentos de Seu governo. O anjo
rebelde apresentou a ideia de que possuímos autonomia e que somos plenamente capazes
de determinar o propósito da existência conforme nossos próprios critérios, e de moldar
nossos relacionamentos e sociedade de acordo com nossa vontade. Em última instância,
essa proposição profana revela o explícito anseio por afastar Deus de nossa vida, relações
e até mesmo do Universo. Por essa razão, nossa insistência na validade da lei de Deus não ••
se trata de legalismo nem de busca pela salvação por meio de obras, mas, na medida em
que a lei é a expressão do caráter divino, ela está no cerne do próprio grande conflito .
Defender a lei de Deus é defender o caráter Dele e Seu status como Criador e legítimo ••
Rei do Universo, entronizado no santuário celestial. Essa defesa da lei divina denota nossa
compreensão de que somente Deus é a fonte suprema de padrões morais e do propósito da
existência . Abandonar o Senhor e os Seus princípios de vida levará ao caos e à morte eterna.
••
Por esses motivos, os adventistas do sétimo dia proclamam as seguintes verdades bíblicas:

••
m • A imutabilidade da lei de Deus;
• O sábado como sinal da criação e monarquia de Deus ;
• O santuário celestial como a sede do governo de Deus e da salvação no Universo; e
• O movimento adventista como a igreja remanescente, chamada a proclamar o último
convite de Deus à humanidade para retornar ao Seu reino .
••
A peça central da missão da Igreja Adventista do Sétimo Dia são as três mensagens
angélicas de Apocalipse 14. Elas indicam que o grande conflito é uma escolha entre dois ••
••
princípios diametralmente opostos: um proposto pelo diabo, culminando em perdição; e
outro de Deus, que guia em direção à vida.
Temas da lição: O estudo desta semana enfatiza quatro temas principais:
1. A lei de Deus, que inclui o sábado, é eterna e imutável porque representa o ser, o
caráter e o status de Deus como Criador e Rei do Universo, e Seus princípios para a vida
e os relacionamentos. ••
2. O santuário celestial é a sede do governo de Deus e de Sua salvação.
3. O grande conflito começou por causa dos impulsos de Lúcifer de usurpar o status
e a autoridade de Deus.
••
11021 O grande conflito

4. Perto do fim do grande conflito na Terra , Deus chamou e estabeleceu Sua igreja
remanescente. Ele a comis sionou a proclamar Seu chamado final de misericórdia para a
humanidade, convidando-a a aceitá-Lo como seu Criador, Salvador e Senhor, que é a única
Fonte e Caminho para a vida .

COMENTÁRIO
Cristianismo e a Lei de Deus
Muitos cristãos têm sentimentos contraditórios em relação à lei de Deus. Por um lado,
todos concordam que, em vários graus, ela é boa e necessária. Até Martinho Lutero, que
muitos protestantes acham que tinha uma visão negativa da lei , dedicou uma parte signi-
ficativa de seu Catecismo Maior para comentar a importância dela para a vida do cristão.
No prefácio do Catecismo Maior, Lutero confessou que, sempre que possível, recitava os
Dez Mandamentos junto com a Oração do Senhor, o Credo e o Salmo.
Por ou t ro lado, ao longo da história, os cristãos encontraram razões e meios não só
para dim inuir a importância da lei de Deus, mas também para alterá-la . Nos períodos pri-
mit ivo e medieval, os teólogos consideravam relativamente fácil a modificação do sábado.
Por quê? Como no caso do santuário, a integração do dualismo e da visão de mundo da
filosofia grega possibilitou a rejeição do sábado. Se seguirmos a linha de pensamento
da filosofia grega , a qual diz que o domínio celestial é desprovido de espaço, a concepção
de um santuário literal que ocupe espaço no Céu se tornaria paradoxal. Da mesma forma ,
a ascensão de Jesus ao Céu com um corpo humano material, real e ocupante de espaço,
também era inaceitável para a filosofia grega .
Da mesma forma, se a esfera celestial é atemporal, um sábado literal, como tempo
sagrado, era irrelevante para Deus e para a relig ião. No entanto, o sábado é um tema muito
cla ro na Bíblia para ser simplesmente descartado. Por essa razão , muitos cristãos primi-
tivos e med ievais aplicaram à Bíblia o método alegórico-interpretativo, o único que lhes
permitia reconciliar as cosmovisões grega e bíblica . De acordo com esse método, o signifi-
cado mais importante de um ensino bíblico não era o literal, mas um espiritual, transcen-
dente e atemporal. Eles concluíram , portanto, que os cristãos não precisavam celebrar um
sábado literal. Em vez disso, eles poderiam substituí-lo por um significado espiritual, como
um descanso abstrato e eterno em Deus. Portanto, não é surpreendente que, durante os
períodos medievais, os cristãos não tenham atribuído um enfoque especial à lei de Deus.
Os reformadores protestantes mudariam essa tendência ao retornar a uma interpre-
tação gramatical ou literal da Bíblia. É por isso que eles conferiram aos Dez Mandamen-
tos um papel de destaque na experiência cristã, chegando a incluí-los nos catecismos. No
entanto, mesmo nesses documentos, a lei de Deus era vista de maneira parcialmente auto-
ritativa . Por exemplo, apenas alguns parágrafos depois de destacar a importância dos Dez
Mandamentos para a vida do cristão, Lutero faz um comentário sobre o mandamento do
sábado. O Catecismo Ma ior de Lutero conclui que o sábado é uma ordenança do Antigo
Testamento e não diz respe ito aos cristãos, que foram libertos dele por Cristo. Apesar da
reformulação teológica que ele estava promovendo, Lutero não conseguiu se desvincular

Abr • Mai • Ju n 2024 1103 I


••
••
por completo da atração exercida pelos preceitos filosóficos gregos e da maneira de ela-
borar o pensamento cristão tradicional.
Em tempos atuais, o dispensacionalismo encontrou mais uma justificativa ou maneira

••
de reduzir a relevância da lei de Deus para os cristãos. A premissa central dessa linha de
pensamento é que a história da salvação é dividida em diversas dispensações ou perío-
dos temporais. No entanto, essa fragmentação não se trata apenas de uma categorização
ou separação simplista na narrativa da salvação. Em vez disso, em cada uma dessas dis-
pensações, Deus estabelece uma aliança distinta com um determinado grupo de pessoas,
dando-lhes uma revelação única e uma responsabilidade diferente em comparação com ••
aqueles que fizeram aliança com Ele antes. Uma das fases , conhecida como a era da lei ,
engloba o período entre o Sinai e a morte de Jesus, sendo definida pela aliança e pelas leis
reveladas no Monte Sinai. Os dispensacionalistas pensam que a lei foi revelada ou "acres- ••
centada " apenas a Israel e não a outras pessoas antes do Sinai ou depois de Cristo. É por
isso que eles afirmam que a lei de Deus e o sábado não são relevantes para os cristãos .
Todas essas formas de diminuir ou descartar a lei de Deus acabarão levando ao estabe-
••
lecimento da marca da besta, uma substituição da lei divina por leis humanas ou demonía -
cas, mesmo dentro da estrutura do cristianismo. Sendo assim, o sábado será substituído por
um falso sábado. O sinal da besta simboliza exatamente a intenção original e o propósito
••
de Satanás no conflito supremo: repudiar a autoridade de Deus e Sua lei, substituindo-as
pelo domínio e pela lei do diabo. Os adventistas do sétimo dia acreditam que foram ••
••
incumbidos por Deus de proclamar as três mensagens angélicas, que convocam as pes-
soas a retornar ao reino divino, a acolher e sustentar Sua lei , a rejeitar a marca de Satanás
e a autoridade exercida pelos poderes da besta . Além disso, chamam as pessoas a se uni-

••
rem ao remanescente de Deus nos últimos dias, aguardando a iminente volta de Cristo
(Ap 14:6-12). É por isso que os adventistas do sétimo dia incorporaram uma crença fun -
damental inteira sobre a lei de Deus :
"Os grandes princípios da lei de Deus são incorporados nos Dez Mandamentos e exem-
plificados na vida de Cristo. Expressam o amor, a vontade e os propósitos de Deus acerca da
conduta e das relações humanas, e são obrigatórios a todas as pessoas, em todas as épo- ••
cas. Esses preceitos constituem a base do concerto de Deus com Seu povo e a norma do
julgamento de Deus. Por meio da atuação do Espírito Santo, eles apontam para o pecado e
despertam o senso da necessidade de um Salvador. A salvação é inteiramente pela graça ,
••
e não pelas obras, e seu fruto é a obediência aos mandamentos. Essa obediência desen-
volve o caráter cristão e resulta em uma sensação de bem-estar. É evidência de nosso
amor ao Senhor e de nossa solicitude pelos seres humanos. A obediência da fé demons-
••
tra o poder de Cristo para transformar vidas e fortalece , portanto, o testemunho cristão"
(Associação Ministerial da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia (org .), Nisto
Cremos: As 28 Crenças Fundamentais da Igreja Adventista do Sétimo Dia [CPB, 2018) , p. 296) .
••
Essa crença fundamental denominada "A lei de Deus" destaca pelo menos dois aspec-
tos essenciais da lei. Primeiro, que a lei é o reflexo do caráter de Deus e dos princípios de ••
••
Seu reino (ver Sl 89 :14). Como tal, ela está localizada bem no coração do santuário celes-
tial, na arca da aliança no lugar santíssimo (Ap 11 :19). Por isso, a lei de Deus permanece

11041 O grande conflito


•• eterna e válida para todas as pessoas, em todas as circunstâncias. A natureza e o caráter
de Deus são constantes, o que resulta em uma lei imutável. O próprio Jesus Cristo reite-

•• rou que Sua vinda não tinha o propósito de alterar a lei , mas sim de cumpri -la (Mt 5:17-19) .
Ao longo da história, dentro do Seu povo, em nenhum momento, concedeu autoridade a
alg uém para modificar ou reduzir a lei, seja de forma parcial ou completa .

•• Em segundo lugar, a lei de Deus é o reflexo da natureza de amor e justiça Dele, que
se reflete nos princípios de Seu reino. De acordo com Paulo, "o amor é o cumprimento da

••
lei" (Rm 13:10, NVI). É por esse motivo que a lei não pode ser colocada em oposição ao
evangelho ou à salvação. Ela não é, não foi , nem nunca será o inimigo. Nossos inimigos
são o pecado e o diabo. A lei de Deus é "santa ; e o mandamento, santo, e justo, e bom"

••
(Rm 7:12, ARA). A salvação é um dom da graça de Deus. Aceitamos essa bênção e toma -
mos posse dela por meio da fé. No entanto, a salvação é obra do Espírito Santo, que visa
restaurar-nos ao nosso estado original como filhos de Deus, que refletem perfeitamente

•• Seu amor e justiça .

••
APLICAÇÃO PARA A VIDA
1. Se você estiver em um país não cristão, como a religião local entende o conceito de
lei, em geral, e de lei divina , principalmente? Como você explicaria a lei de Deus a seus

•• amigos no contexto de sua cultura local? Se você mora em um país cristão, como os cris-
tãos de seu país se relacionam com a lei de Deus? Como você pode compartilhar com eles
a mensagem adventista da lei?

•• 2. Nos dias atuais, em muitos países cristãos, poderíamos explorar o debate entre o
domingo e o sábado como o dia sagrado atual de Deus. Entretanto, surge a questão: como
abordar essa temática em nações não cristãs? Como você explicaria a seus amigos a ver-

•• dade sobre o sábado e o grande conflito? Além disso, como você também explicaria sobre
a marca da besta em um contexto não cristão?

••
3. Compare a lei cerimonial com a moral. Quais são as semelhanças e diferenças entre
elas? O que cada uma delas revela sobre Deus? De que forma cada uma dessas leis se
relaciona com Jesus Cristo?

••
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•• --
• Abr • Mai • Jun 2024 1105 I
Lição
Espiritualismo ••
10 exposto ••
VERSO PARA MEMORIZAR: "Porque o ••
~ AQU~
JAZ
Senhor mesmo, dada a Sua palavra de
ordem, ouvida a voz do arcanjo e ressoada
a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os ••
••
mortos em Cristo ressuscitarão primeiro;
depois, nós, os vivos, os que ficarmos,
li seremos arrebatados juntamente com
eles, entre nuvens, para o encontro com o

1 '
1 '
Senhor nos ares, e, assim, estaremos para
sempre com o Senhor" (1Ts 4:16, 17).
••
••
\

Leituras da semana: Mt 10:28; Ec 9:5;


Is 8:19, 20; )o 11:11-14, 21-25; 1Ts 4:16, 17;
1, j Ap 16:13, 14; Mt 24:23 -27; 2Ts 2:9-12

••
•••
Sábado, 12 de junho RPSP: Os8

D écadas atrás, surgiram histórias sobre experiências de quase morte,


em que pessoas morreram, foram reanimadas e relataram o que ti-
nham visto e ouvido enquanto estavam "mortas". Milhares dessas histó- ••
rias foram documentadas. Muitos acreditam que esses relatos indicam
que os mortos não estão de fato mortos .
O espiritualismo surgiu com a mentira da serpente: "É certo que vocês ••
••
não morrerão" (Gn 3:4). Ele assumiu várias formas, mas sempre com a
premissa de que a vida continua após a morte. Essa ideia estava na raiz
do falso movimento religioso do século 19 com a alegação das irmãs Fox,
depois admitida como fraudulenta, de que podiam receber respostas às
suas perguntas de espíritos dos mortos .
Nesta semana, veremos que nossa única salvaguarda contra os enganos ••
satânicos dos últimos dias é um relacionamento pessoal com Cristo e uma
base sólida nos ensinos da Bíblia. Isso inclui a doutrina sobre a morte, inde-
pendentemente do que nossos olhos, ouvidos e coração tentem nos dizer.
••
*Esta lição se baseia nos capítulos 31 a 34 do livro O Grande Conflito .
••
11061 O grande conflito

•• Domingo, 2 de junho RPSP: Os9

•• As consequências mortais do espiritualismo

A fábula de que a morte é apenas a entrada para um novo estágio da

•• vida baseia-se no conceito da imortalidade natural da alma. Essa ideia


pagã se infiltrou na igreja desde o início, à medida que esta se afastava dos
fundamentos bíblicos na tentativa de tornar sua fé compreensível para o

•• mundo romano: "A teoria da imortalidade da alma foi uma das falsas dou-
trinas que Roma recebeu do paganismo, incorporando-a à religião da cris-
tandade" (Ellen G. White, O Grande Conflito [CPB, 2021], p. 457) .

•• 1. O que Mateus 10:28 diz sobre a suposta imortalidade da alma?

••
•• O Senhor proibiu Seu povo de se envolver com ocultismo. Israel não
deveria tolerar "encantador, necromante, praticante de magia, ou alguém

•• que [consultasse] os mortos" (Dt 18:11). Tais pessoas deveriam ser apedre-
jadas até a morte (Lv 20:27). A punição parece muito dura, mas foi desig-
nada para proteger Israel da adoração aos falsos deuses.

•• A feitiçaria é demoníaca. Ela seduz as pessoas à falsa adoração e falsi-


fica o relacionamento genuíno com Deus, mas não satisfaz as necessidades
profundas do coração. O espiritismo está no centro do plano de Satanás de

•• levar o mundo cativo. Mas Jesus, por Seu poder, liberta os cativos das cor-
rentes do mal que os prendem .

•• 2. Leia Eclesiastes 9:5; Jó 7:7-9 e Isaías 8:19, 20. O que essas passagens bí-
blicas nos ensinam sobre a morte e a comunicação com os mortos? ~

•• - - - -~

•• A crença de que os mortos vão direto para o Céu na morte, embora

••
antibíblica, como a guarda do domingo, existe por tanto tempo e está tão
firmemente enraizada que é muito difícil abandoná-la. As pessoas usam
alguns textos, tirados do contexto, para tentar justificar a crença. Mas esse

•• falso ensinamento as deixa desprotegidas contra os enganos que Satanás


pode impor-lhes, especialmente na crise final.

• Qual é a maneira mais adequada de explicar o estado dos mortos a outras pessoas?
Abr • Mai • Jun 2024 l 107 I
••
••
Segunda, 3 de junho RPSP: Os10

Morte no Antigo Testamento


3. Leia os Salmos 6:5; 115:17; 1 Reis 2:10; 11:43 e 14:20. O que esses versos
ensinam sobre o estado dos mortos? ••
••
O AT não ensina a imortalidade da alma. Não ensina que, após a morte, os
fiéis voam para o Céu, para a eternidade, ou que, após a morte, os in-
fiéis descem ao inferno, onde queimam eternamente. Ensina que a morte ••
é um sono. A Bíblia usa a expressão "descansou (dormiu) com seus pais"
(lRs 2:10; 14:20) para descrever a morte dos patriarcas, e "sono da morte"
(Sl 13:3; Sl 90:5). Referindo-se à morte, Jó falou de não acordar do sono
••
(Jó 14:12). O salmista escreveu: "Eu, porém, na justiça contemplarei a Tua
face; quando acordar, me satisfarei com a Tua semelhança" (Sl 17:15).
Quando o exército assírio foi derrotado, a morte dos soldados foi cha-
••
mada de "sono profundo" (Sl 76:6). A ideia dos mortos como espíritos
desencarnados pairando para se comunicar com os vivos não é um con-
ceito bíblico, mas puro paganismo.
••
A falha em entender a verdade sobre a morte nos deixa vulneráveis aos
enganos de Satanás. "Muitos terão que encarar espíritos de demônios per- ••
••
sonificando parentes ou amigos queridos e declarando as mais perigosas
heresias. Esses visitantes apelarão para nossos mais profundos sentimen-
tos e realizarão milagres para apoiar suas declarações. Devemos estar pre-
parados para resistir a eles com a verdade bíblica de que os mortos nada
sabem e de que os que aparecem dessa maneira são espíritos de demônios"
(Ellen G. White, O Grande Conflito [CPB, 2021], p. 465,466). ••
4 . Leia Daniel 12:2 e Jó 19:25, 26. Que elementos sobre o estado dos mortos

m são acrescentados por esses versos? ••


------------------------------
A morte é um descanso até a ressurreição. Não há espíritos desencar-
••
nados pairando para se comunicar com os vivos. Embora os pagãos acre-
ditassem no mundo espiritual, os israelitas entendiam a morte como um
sono até a manhã da ressurreição.
••
Embora lamentemos pelos mortos, precisamos nos consolar com o fato de que,
depois que os fiéis fecham os olhos, não importa quanto tempo demore, o que verão ••
assim que acordarem será a segunda vinda de Jesus. Nesse momento, seu primeiro
pensamento será: "Cristo já voltou!"
11081 O grande conflito
••
•• Terça, 4 de junho RPSP: Os 11

•• Morte no Novo Testamento


5. Como a descrição da morte no NT se compara com a do AT? )o 11:11-14,

•• 21-25; 2Tm 1:10; 1Co 15:51 -54; 1Ts 4:15 -17

••
• •• O AT e o NT usam o sono como símbolo da morte. Pelo menos 53 vezes
na Bíblia a palavra "sono" é equiparada à morte. Os escritores bíblicos
concordam que não há existência consciente em uma suposta alma imor-

•• tal que deixaria o corpo após a morte. O NT reforça uma dimensão já su-
gerida no AT: a ressurreição gloriosa no retorno de Cristo .
Os evangelhos enfatizam que a vida eterna está somente em Cristo .

•• Os demônios do inferno não podem roubar dos crentes a certeza da vida


eterna. Cristo venceu a morte na cruz. A sepultura não pode conter suas
vítimas. A ressurreição de Cristo é a garantia de que os fiéis um dia serão

•• ressuscitados em Seu retorno.


Paulo declarou: "Se os mortos não ressuscitam, também Cristo não

••
ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, é vã a fé que vocês têm, e vocês
ainda permanecem nos seus pecados. E ainda mais: os que adormeceram
em Cristo estão perdidos" (lCo 15:16-18). Que sentido haveria nesses ver-

• ••
sos se os mortos já estivessem na bem-aventurança do Céu? Qual seria o
sentido da expressão "estão perdidos" se os mortos já estivessem no Céu?
Na verdade, a argumentação de Paulo é que a ressurreição de Cristo
é o fundamento da nossa ressurreição, e que, sem a ressurreição, "é vã a m
fé que [temos], e [ainda permanecemos nos nossos] pecados", e os mortos

•• permanecem no pó, perdidos.


Esses versos se encaixam perfeitamente com outros textos bíblicos
1

••
sobre a esperança que temos da ressurreição na volta de Jesus, quando rece-
beremos a "herança que não pode ser destruída, que não fica manchada,
que não murcha e que está reservada nos Céus para [nós]" (lPe 1:4). Se, no

•• entanto, os mortos já estão no Céu, por que Pedro falou de uma herança
"reservada nos Céus"? Os fiéis do NT ansiavam a vinda de Cristo e a res-
surreição dos mortos, e essa esperança os inspirou à fidelidade nas pro-

•• vações da vida .

Por que a ressurreição é uma esperança poderosa para os cristãos? E se tivéssemos a

• cruz sem a ressurreição? Teríamos esperança?


Abr • Mai • Jun 2024 1109 1
Quarta, 5 de junho RPSP: Os 12
••
Espiritualismo nos últimos dias: parte 1
6 . Leia Mateus 24:5, 11, 24; 2 Tessalonicenses 2:7-9; Apocalipse 13:13, 14;
••
16:13, 14. Que tipo de enganos enfrentaremos nos últimos dias?

••
O diabo usará "sinais e maravilhas" para enganar multidões antes da
volta de Jesus. Ángel Rodríguez declarou que o poder de persuasão
••
dos demônios "não se encontra no conteúdo de sua mensagem, mas na
força das manifestações sobrenaturais. Eles realizam (poieõ) sinais, ape - ••
••
lando para o lado afetivo dos seres humanos, em vez de suas habilidades
discricionárias e racionais. Esses sinais são realizados por demônios. Isso
mostra que a força unificadora da mensagem dos três demônios [dragão,
besta e falso profeta] é de natureza espiritualista - Deus não é sua fon-
te ou origem. À medida que o conflito cósmico se aproxima de seu fim , o
poder demoníaco entrará na arena da história de um modo jamais visto . ••
O espiritualismo, cujo fundamento é o ensino não bíblico da imortalidade
da alma, quase levará o mundo cativo" (The Closing of the Cosmic Conflict:
Role of the Three Angels' Messages, manuscrito não publicado, p. 6). ••
7. Por que é perigoso confiar nas emoções? Que papéis elas têm em nossa
experiência? De que modo Satanás poderá contornar nosso pensamen- ••
to racional e apelar para nossos sentimentos?
••
"Satanás [.. .] pouco a pouco [... ] tem preparado o caminho para sua
••
obra-prima de engano: o desenvolvimento do espiritismo. Até agora não
conseguiu executar completamente seus planos; mas conseguirá alcan- ••
••
çar seu objetivo no fim dos últimos tempos. [.. .] Com exceção dos que são
guardados pelo poder de Deus e pela fé em Sua Palavra, o mundo todo
será envolvido por esse engano" (Ellen G. White, O Grande Conflito [CPB,
2021], p. 467). Nossa única segurança está em Jesus e em Sua Palavra.
Não é difícil ver como milhões que não entendem o estado dos mor-
tos poderão ser iludidos com a ideia de que os mortos continuam a viver ••
após a morte.

De quais enganos estamos protegidos quando entendemos que os mortos dormem?


•• •
l 1101 O grande conflito
•• Quinta, 6 de junho

••
RPSP: Os 13

Espiritualismo nos últimos dias: parte 2

•• N ossa esperança de salvação está em Cristo. Suas mãos manchadas de


sangue nos convidam a aceitar o sacrifício oferecido a um custo in-


finito. Em breve Cristo voltará para reivindicar os Seus. A segunda vinda
de Cristo é a "bendita esperança" (Tt 2:13).

•• O objetivo de Satanás é destruir essa esperança. Ele realizará maravi-


lhas e qualquer coisa que leve as pessoas para longe da verdade e da sal-
vação em Cristo.

•• "Aqui está a perseverança dos santos, os que guardam os mandamen-


tos de Deus e a fé em Jesus" (Ap 14:12). Na luta final, Satanás tentará
impedir que as pessoas guardem os "mandamentos de Deus" ou tenham

•• "a fé em Jesus". Precisamos ter cuidado com qualquer ensinamento que,


mesmo acompanhado de sinais e milagres, nos afaste de alguma dessas

••
duas características do remanescente .

8 . O que a Bíblia nos diz sobre o poder enganador e a maneira de operar de

•• Satanás? Mt 24:23-27; 2Co 11:13, 14; 2Ts 2:9-12

•• Nos últimos momentos da história, Satanás promulgará seu engano

•• final: "Terríveis cenas de caráter sobrenatural logo se manifestarão nos


céus como indício do poder dos demônios que realizarão milagres. Os espí-

rei- 1
ritos diabólicos irão aos reis da Terra e ao mundo inteiro para mantê-los

•• no engano e forçá-los a se unir a Satanás em sua última luta contra o


governo do Céu. [...] Surgirão pessoas dizendo ser o próprio Cristo e

••
vindicando o título e a adoração que pertencem ao Redentor do mundo.
Farão milagres extraordinários de cura, afirmando terem recebido do Céu 1
revelações que contradizem o testemunho das Escrituras .

••
"Como ato culminante no grande drama do engano, o próprio Satanás
personificará a Cristo. Há muito tempo, a igreja diz considerar o advento
do Salvador como a concretização de suas esperanças. [...] Em várias partes

•• da Terra, Satanás se manifestará entre as pessoas como um ser majestoso


[...] semelhante à descrição do Filho de Deus dada por João no Apoca-
lipse" (Ap 1:13-15; Ellen G. White, O Grande Conflito [CPB, 2021], p. 518,

•• grifo nosso) .


Entender a verdade sobre a volta de Cristo e o estado dos mortos nos livra do engano?
Abr • Mai • )un 2024 [ 111 [
Sexta, 7 de junho
••
••
RP~P: Os 14

Estudo adicional

O livro de Lee Strobel, The Case fo r Heaven [Em defesa do Céu] , traz apre-
missa de que, na morte, os mortos permanecem vivos em algum t ipo ••
••
de existência consciente, tendo como parte da "prova" as "experiências de
quase morte". Um exemplo: "Outra menina, que teve uma 'experiência
de quase morte' durante uma cirurgia cardíaca, disse que encontrou seu
irmão na vida após a morte - o que a surpreendeu, pois ela não tinha ir-
mão. Quando voltou à consciência e contou a seu pai, ele revelou a ela
pela primeira vez que ela, de fato, tinha um irmão, mas ele havia morri- ••
do antes de ela nascer" (Lee Strobel, The Case for Heaven [Grand Rapids,
MI: Zondervan Books, 2021], p. 69). Strobel luta, no entanto, para h ar-
monizar a ideia de vida após a morte com o ensino bíblico de que somen-
••
te quando Cristo voltar os fiéis receberão sua recompensa.
"Muitos terão que encarar espíritos de demônios personificando paren-
tes ou amigos queridos e declarando as mais perigosas heresias. Esses ••
•••
visitantes apelarão para nossos mais profundos sentimentos e realizarão
milagres para apoiar suas declarações. Devemos estar preparados para
resistir a eles com a verdade bíblica de que os mortos nada sabem e de que
os que aparecem dessa maneira são espíritos de demônios. [...]
"Todos aqueles cuja fé não estiver firmemente estabelecida na Palavra
de Deus serão enganados e vencidos. Satanás age com "todo engano de
injustiça" (2Ts 2:10) para obter domínio sobre os filhos dos homens; e seus
enganos aumentarão continuamente. [...]. Os que buscam sinceramente o •• •
conhecimento da verdade e se esforçam para purificar o coração pela obe-
diência, fazendo o que está ao seu alcance para se prepararem para o con-
flito, encontrarão refúgio seguro no Deus da verdade" (Ellen G. White, ••
O Grande Conflito [CPB, 2021] , p. 465, 466).

Perguntas para consideração ••


1. Que influências espiritualistas Satanás usa? Que papel têm a m ídia?
2. Como você compartilharia sua fé com alguém que perdeu um ente que-
rido e acredita que essa pessoa foi para o Céu? O que é apropriado dizer? ••
Respostas e atividades da semana: 1. Deus pode destruir a alma. Portant o, a alma é mort al. 2 . A morte é como um
sono t otalm ente inconsciente; não devemos buscar comu nicação com os mortos. 3. Os mortos dormem, descan-
sa m. 4 . Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão. 5. O AT e o NT usam o sono como sím bolo da morte .
6 . O diabo fará "sinais e maravilhas" para enga nar multidões. 7. Comente com a classe. 8 . Sat anás se disfarça de anjo
••
••
de luz. Ele fa z sinais e prodígios da mentira, com todo enga no de injustiça.

1112 1 O gra nde conflito


••
•• AUXILIAR DO PROFESSOR - LIÇÃO 10


Espiritualismo exposto

•• TEXTO-CHAVE: 1 Tessalonicenses 4:16, 17

•• FOCO DO ESTUDO: Mt 10:28 ; Ec 9:5; Is 8:19, 20; Jo 11:21 -25 ; 1Ts 4:16, 17; Mt 24:23-27 ;
Ap 16:13, 14; 2Ts 2:9-12

•• ESBOÇO
Introdução: O espiritualismo faz parte do esquema do maligno para promover a teoria

•• diabólica de que somos deuses e podemos viver sem Deus. Sendo assim, ele é um artifício
para manter a humanidade do lado do mal no grande conflito. Para promover o espiritua-
lismo, Satanás mudou a definição bíblica de morte e o ensino bíblico sobre a natureza da

•• humanidade. Essas falsas doutrinas estabelecem as bases para o ensino espúrio de que
somos eternos e indestrutíveis e que continuamos a existir mesmo após a morte. Como
consequência, esse engano abre a porta para a perigosa crença de que, após a morte, pode-

•• mos continuar a nos comunicar com outras pessoas e até mesmo com seres angelicais.
O movimento do Iluminismo europeu empreendeu uma extensa e árdua batalha no
intuito de eliminar todas as manifestações de espiritualismo associadas à era medieval,

•• o que englobava inclusive a prática de comunicação com os mortos. Apesar dos esforços
do movimento, este não obteve sucesso na empreitada. De acordo com a profecia bíblica,

••
acredita-se que o espiritualismo se intensificará consideravelmente entre os seres huma-
nos nos tempos finais, preparando a humanidade para o último grande engano do grande
conflito. É por isso que o povo de Deus é chamado a proclamar à humanidade a verda-

•• deira natureza e as intenções do espiritualismo, bem como os ensinamentos bíblicos sobre


a natureza humana, a natureza da morte e a verdadeira esperança da humanidade, que
não se baseia na noção errônea de uma alma imortal, mas na certeza da ressurreição de

•• Jesus Cristo e em um relacionamento eterno com Ele .


Temas da lição: Este estudo centra-se em três grandes temas :
1. A verdadeira essência e intenções do espiritualismo no contexto do grande conflito

•• é enganar a humanidade para que ela se envolva com as forças demoníacas .


2. A Bíblia ensina que os seres humanos são unitários e integrados, pois a primeira
morte é comparada a um sono temporário, enquanto a segunda representa a extinção

•• completa , o que é também o sentido bíblico do conceito de inferno .


3. A verdadeira esperança que a Palavra de Deus nos concede é a ressurreição do ser

••
humano inteiro e um relacionamento eterno com Deus .

•• Abr • Mai • Jun 2024 l 113 I


COMENTÁRIO ••
Designações e contexto histórico
O espiritualismo moderno se refere à crença de que a morte não é o fim da existência .
Em vez disso, ele afirma que o espírito sobrevive como uma alma etérea , imaterial, eterna ••
e imortal. Após a morte, essas almas ou espíritos continuam a se desenvolver e evoluir,
avançando para outras dimensões e níveis de existência e conhecimento. Os seres huma-
nos que ainda estão em seus corpos podem entrar em contato com esses espíritos que
••
partiram, pedindo ajuda e orientação. Os contatos podem ser feitos por meio de médiuns .
Ou pode-se entrar em contato por meio do estudo e da prática .
••
••
Acredita-se que o espiritualismo moderno tenha se originado em Hydesville, Nova York,
em 31 de março de 1848, com as irmãs Fox , que afirmavam que um espírito se comuni -
cava com elas por meio de batidas misteriosas. Em 1888, uma das irmãs revelou que as

••
batidas eram uma farsa, mas em 1889 ela retirou sua confissão. Apesar dos escândalos de
fraude, o espiritualismo se espalhou . No fim do século 19, milhões de norte-americanos
de classe média e alta se consideravam espiritualistas.

••
Nessa mesma época, na década de 1850, Hippolyte Léon Denizard Rivail, professor
francês conhecido pelo pseudônimo de Allan Kardec, desenvolveu o espiritismo. Essa
crença ensina que os seres humanos são encarnações e reencarnações de espíritos imor-
tais que povoam uma esfera transcendente. Assim , enquanto o espiritismo acredita na
reencarnação da a(ma eterna, o espiritualismo acredita na eternidade da alma sem acei-
ta r o conceito de reencarnação. Embora todos os espíritas sejam espiritualistas, nem todos ••
os espiritualistas são espíritas. Ainda que haja discordância entre esses movimentos, eles
estão unidos por uma crença : a imortalidade da alma e a possibilidade de se comunicar
com os espíritos após a morte. Na segunda metade do século 19, um número crescente ••
de elites da Europa abraçou tanto o espiritualismo quanto o espiritismo, desenvolvendo
o ocultismo ocidental. Organizaram-se em numerosas sociedades e associações, publi-
cando uma enorme quantidade de livros e artigos sobre conhecimento esotérico e magia .
••
A imortalidade da alma
Os espiritualistas não afirmam que sua crença na imortalidade da alma é nova. Em vez
••
disso, eles admitem que esse "conhecimento" vem dos "antigos". O conceito da imortali-
dade da alma remonta à tentação da serpente. Essa falsa teologia se espalhou pelo mundo, ••
••
permeando culturas e criando religiões como xamanismo, xintoísmo, hinduísmo, budismo,
vodu , etc.
A imortalidade da alma foi o fundamento da filosofia grega, especialmente do pitago-

••
rismo, platonismo, aristotelismo, platonismo médio e neoplatonismo. O maniqueísmo e o
gnosticismo também se basearam no mesmo conceito. Tragicamente, por meio de um sin-
cretismo com a filosofia grega, o cristianismo também foi influenciado com o conceito da
imortalidade da alma . Por essa razão, mesmo que muitas denominações cristãs tenham
condenado o espiritismo, qualquer igreja que continua a se apegar ao conceito da imorta-
lidade da alma é vulnerável a ele e ao ocultismo. Como resultado, algumas igrejas, como ••
l 114 I O grande conflito

•• a Católica Romana e a Ortodoxa, desenvolveram um culto aos santos, que supostamente
ouvem orações e respondem por meio da proteção e orientação aos que apelam a eles. Os

•• reformadores rejeitaram o culto dos santos. No entanto, o conceito da imortalidade da alma


está arraigado na maioria das denominações, abrindo-as para influências espiritualistas .
Duas observações adicionais são importantes. Em primeiro lugar, o espiritualismo

•• moderno surgiu durante o mesmo período em que o adventismo milerita se originou , na


década de 1840, e na mesma área geográfica em que este surgiu, o nordeste dos Estados
Unidos. Esse surgimento foi a tentativa do diabo de antecipar e desacreditar a obra de

•• Deus de proclamar a segunda vinda de Jesus e as três mensagens angélicas. Deus tem
proclamado essas mensagens por meio da igreja remanescente, que foi confirmada pelo
dom profético. Uma das crenças fundamentais adventistas consiste no chamado à rejei -

•• ção da crença pagã da imortalidade da alma. A igreja também tem apelado ao mundo pelo
retorno ao ensino bíblico sobre a natureza unitária do ser humano. Os adventistas têm

••
encorajado a humanidade a depositar sua esperança na vida após a morte, não na ideia
de sobreviver à morte como uma alma imortal, mas na ressurreição na volta de Jesus.
Em segundo lugar, o Iluminismo europeu ou modernismo, com sua ênfase na ciência e na

••
educação científica e na tecnologia, prometia à humanidade o extermínio das superstições,
da magia, da feitiçaria e de qualquer contato com o sobrenatural. Talvez o único sucesso
do modernismo a esse respeito tenha sido minar a crença no Deus cristão entre os ociden-

•• tais. Além disso, o modernismo nunca conseguiu erradicar o sobrenatural da sociedade


ocidental. Pelo contrário, a sociedade ocidental tornou-se secular e ateia, sem se livrar do
espiritualismo. Assim, a segunda metade do século 19 é conhecida como um dos maiores

•• avivamentos da história do espiritualismo, espiritismo, ocultismo, feitiçaria e magia . No fim


do século 20, o próprio modernismo lutava pela sobrevivência , enquanto as crianças pós-
modernas eram inundadas com histórias ocultistas - na forma de livros, desenhos animados e

•• filmes - repletas de poderes sobrenaturais, magia , feitiçaria e comunicações com os mortos .


Hoje, o que também é conhecido como Experiências de Quase-Morte (EQM) são apenas
outra manifestação desse mesmo princípio. E, infelizmente, até mesmo muitos cristãos os

•• veem como prova de que os mortos vivem de modo imediato em outro reino de existência .

••
Espiritualismo e o grande conflito
Qual é o papel do espiritualismo na estratégia do maligno em meio ao grande conflito?
Ao promovê-lo, Satanás pretende explicar e confirmar seu engano fundamental que deu 1
••
início ao grande conflito, ou seja:
• Deus não é o único Deus, mas todos nós somos deuses ;
• Temos vida que está em nós e é nossa;

••
• Temos um componente (a alma) do nosso ser que é espiritual (imaterial, etéreo),
indestrutível, imortal e eterno; e
• Somos moralmente autônomos.

•• A queda da humanidade no pecado trou xe sofrimento incomensurável, destruição e


morte, provando empiricamente que o diabo estava errado. Nessa situação, os humanos
duvidariam com razão da tese de Satanás em que ele afirmou que a rebelião contra Deus

• Abr • Mai • Jun 2024 l 115 I


não levaria à morte, mas a outro nível divino de existência e consciência . O espiritualismo
••
em várias formas , então, é a tentativa do maligno de redefinir a morte e afirmar que só o
corpo morre e que a alma transita para uma forma superior de vida .
••
••
Satanás usa o espiritualismo para atrair as pessoas ou levá-las a um encontro consigo
mesmo e seus demônios. A Bíblia ensina que por trás dos fenômenos espiritualistas, como
no caso da idolatria, estão os próprios demônios (1Co 10:20). Esses encontros são perigosos

••
não apenas porque são enganosos (Jo 8:44) e geram impureza (Me 5:2), mas também por-
que levam à possessão demoníaca, uma situação na qual os demônios controlam e escra -
vizam pessoas. Por vá rias razões e como parte de sua estratégia , eles não podem possuir
ou controlar todos da mesma forma . No entanto, as forças demoníacas estão constante-
mente planejando uma grande gama de armadilhas para capturar o maior número possí-
vel de pessoas para apoiá-las no grande conflito. Pedro nos adverte que nosso adversário ••
"anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar" (1Pe 5:8, NVI) .

O poder de Cristo
••
Apesar dos esforços de Satanás , a cura que Cristo concede às pessoas possuídas por
demônios (Lc 8:26-33; Mt 12:45) demonstram Seu poder para nos libertar do controle
do maligno. Os adventistas do sétimo dia proclamam a vitória de Cristo não apenas no ••
fim do grande conflito, mas aqui e agora . A crença fundamental número 11, denominada
"Crescimento em Cristo", destaca de modo preciso esse ponto :
"Com Sua morte na cruz, Jesus triunfou sobre as forças do mal. Aquele que durante Seu
••
ministério terrestre subjugou os espíritos demoníacos, quebrou o poder do maligno e confir-
mou sua condenação final. A vitória de Jesus nos dá a vitória sobre as forças do mal que ainda ••
••
procuram controlar-nos ao andarmos com Ele em paz, alegria e com a certeza de Seu amor"
(Nisto Cremos: As 28 Crenças Fundamentais da Igreja Adventista do Sétimo Dia (CPB, 2018], p. 167).
Inicialmente, essa crença fundamental era necessária devido à situação em algumas

••
partes do mundo, como Ásia e África, em que os cristãos, em geral, e até mesmo alguns
adventistas, não tinham certeza de que as Escrituras rejeitam todas as práticas ocultistas.
Além disso, mesmo que os adventistas nessas áreas entendessem que a Bíblia se opõe a
todas as práticas espíritas, eles hesitavam em livrar-se das práticas e ensinamentos por-
que temiam a retaliação dos espíritos. Outro ponto é que o espiritualismo, o espiritismo
e o ocultismo são realidades difundidas, não apenas na África e na Ásia, mas em todo o ••
mundo. Sendo assim, a Crença Fundamental 11 é para todos. Independentemente de nossas
origens culturais e sociais, todas as pessoas precisam da mesma mensagem do evangelho:
"As Minhas ovelhas ouvem a Minha voz ; Eu as conheço, e elas Me seguem . Eu lhes dou a ••
vida eterna ; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da Minha mão" (Jo 10:27-29, NVI) .

••
APLICAÇÃO PARA A VIDA
1. O que as pessoas em sua cultura pensam sobre a natureza humana e a morte? Como
••
••
você pode compartilhar com elas a verdade sobre a morte?
2. O que você pode faze r para promover a compreensão bíblica sobre o inferno?

l 116 I O grande conflito


•• Conflito iminente
Lição

•• 11
••
•• VERSO PARA MEMORIZAR: "Santifica-os

•• na verdade; a Tua palavra é a verdade"


(lo 17:17) .

•• Leituras da semana: Ap 14:7, 9, 12; 4:11;


13:1, 2; 12:3-5, 17; 13:11-18

••
••
•• E
Sábado, 8 de junho RPSP: jl 1

xiste um dispositivo médico relativamente novo chamado biochip ou

•• VeriChip. Esse aparelho é do tamanho de um grão de arroz e pode ser


implantado em um paciente. O biochip contém informações sobre o his-
tórico médico do paciente, que podem ser obtidas passando um scanner

•• externo em toda a área onde o biochip ou VeriChip foi inserido. Alguns


cristãos veem isso como parte de uma conspiração para impor a marca da
besta. Para outros, a marca da besta tem a ver com os códigos de barras em

•• latas de alimento; ou seria um número misterioso em notas de dólar que


supostamente soma 666. Para alguns, tem a ver com a ordem maçônica,

•• os Illuminati, helicópteros negros da ONU e as Nações Unidas .


A lição desta semana revela o conflito sobre adoração. Satanás desafiará
a autoridade de Deus. O sábado se tornará o centro de um conflito sobre

•• adoração. Satanás odeia o sábado porque odeia o Criador. Ele usará coer-
ção, pressão e força para quebrar nosso compromisso com Cristo. O apelo
divino final chama à fidelidade a Cristo, apesar da perseguição. A força

•• de Jesus nos conduzirá no conflito final da Terra .


*Esta lição se baseia nos capítulos 35 e 36 do livro O Grande Conflito .

• Abr • Mai • )un 2024 l 117 I


Domingo, 9 de junho RPSP: JI 2
••
Oconflito final do Apocalipse

A mensagem do Apocalipse é muito mais do que símbolos enigmáti- ••


cos, bestas e imagens estranhas. Fala de verdades eternas para os
últimos dias. O conflito entre Cristo e Satanás iniciado no Céu será con-
cluído. O conflito gira em torno da adoração.
•••
••
1. Compare Apocalipse 14:7, 9 com 4:11. Qual é o tema abrangente do Apo-
calipse nesse conflito cósmico entre o bem e o mal?

••
No Apocalipse, adoração e criação estão indissoluvelmente ligadas .
Apocalipse 14:7 nos chama a adorar o Senhor da criação. Em contraste
com a teoria da evolução, que tem conquistado o mundo nos últimos dois ••
séculos, o sábado é um lembrete de nossa identidade, reforçando sempre
que somos criados e que o Criador é digno de lealdade e adoração. Essa é
uma das razões pelas quais o diabo odeia tanto o sábado.
••
2. Qual é a expressão final de adoração ao Criador? Ap 12:17; 14:12 ••
••

Adorar o Criador por meio da observância dos mandamentos divinos
está em oposição direta à adoração à besta. No fim dos tempos, Deus terá
um povo leal a Ele, apesar da oposição e perseguição mais feroz da história .
"Ao passo que a observância do falso sábado, de acordo com a lei do
Estado e de forma contrária ao quarto mandamento, será uma decla-
••
ração de fidelidade ao poder que está em oposição a Deus, a guarda do
verdadeiro sábado [...] será uma prova de lealdade ao Criador" (Ellen G. ••
m
White, O Grande Conflito [CPB, 2021], p. 503).
Apocalipse 14:12 afirma que os fiéis terão "a fé em Jesus", que é uma
fé tão profunda que confia quando não consegue ver e persevera quando ••
••
não pode entender. É um dom de Jesus recebido pela fé e que nos condu-
zirá em meio ao conflito iminente.

••
O sábado é um símbolo tão fundamental do Criador que remonta ao Éden. Assim,
procurar usurpá-lo, como fez Roma (Dn 7:25}, é tentar usurpar a autoridade divina em
seu nível mais fundamental possível: Deus como Criador. Isso nos mostra por que o
sábado será um ponto tão controverso nos últimos dias?

l 118 I O grande conflito



•• Segunda, 10 de junho

••
RPSP: JI 3

A crise vindoura

•• A profecia da marca da besta (Ap 13) nos fala sobre o estágio mais feroz
da guerra de Satanás contra Deus. Desde que Jesus morreu na cruz,

•• o inimigo sabe que foi derrotado, mas luta para levar consigo o maior nú-
mero de pessoas possível. Sua estratégia é o engano. Quando isso não fun-
ciona, ele usa a força. Ele está por trás do decreto que condena à morte os

•• que se recusam a adorar a besta ou receber sua marca .


A perseguição religiosa não é novidade. Ela existe desde que Caim
matou Abel por obedecer a Deus. Jesus disse que isso aconteceria até

•• mesmo entre os crentes .

3. O que a igreja do NT experimentou e como isso se aplica à igreja de Cristo

•• no fim dos tempos? Jo 16:2; Mt 10:22; 2Tm 3:12; 1Pe 4:12

•• A perseguição tem sido comum. Aconteceu na Roma pagã, mas foi espe-

•• cialmente evidente na crueldade da igreja medieval para com os fiéis.


A marca da besta é apenas o elo final dessa cadeia. Como as perseguições

••
passadas, seu objetivo é forçar todos a se conformarem com um falso sis-
tema de crenças e de adoração.
A profecia indica que a perseguição começará com sanções econômicas:

•• ninguém poderá comprar ou vender a menos que tenha a marca. Qual-


quer um que se recuse a receber a marca acabará sob um decreto de morte
(Ap 13:15, 17).

•• A fim de preparar os professos cristãos para receber a marca da besta


quando o teste final chegar, o diabo encoraja-os a fazer concessões. Quando
parece que o mundo inteiro segue a besta (Ap 13:3), de repente a cena
Ili
•• muda, e a câmera profética se concentra nos fiéis: "Aqui está a perseverança
dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus"
(Ap 14:12). Os fiéis vivem em obediência piedosa. Pela graça, ficam firmes

•• quando tudo ao redor está tremendo. Enquanto o mundo segue a besta,


eles "seguem o Cordeiro por onde quer que Ele vá" (Ap 14:4). Pelo poder

••
de Cristo, triunfam sobre os poderes do inferno dispostos contra eles .
Como vimos na lição 9, o conflito central entre o bem e o mal é sobre a
adoração. A besta usa o engano e, quando isso falha, usa a força e a coerção .

•• Você permite que problemas econômicos comprometam sua guarda do sábado?


Abr • Mai • Jun 2024 l 119 I
Terça, 11 de junho
••
••
RPSP:Am 1

Identificando a besta: parte 1


4 . De onde se levanta a besta e quem lhe dá autoridade? Ap 13:1, 2
••
A pocalipse 12:3-5 diz que o dragão tinha como objetivo destruir o Filho ••
da mulher "quando nascesse". Ela deu à luz "um Filho homem", que
foi "arrebatado para junto de Deus e do Seu trono". O diabo, agindo por
meio de Roma, tentou destruir Cristo (Mt 2:16-18). O argui-inimigo de ••
Deus usa instituições políticas e religiosas para realizar seus propósitos .
"O dragão deu à besta o seu poder, o seu trono e grande autoridade"
(Ap 13:2). Essa profecia se cumpriu séculos mais tarde, quando Cons- ••
tantino mudou a capital de Roma para Constantinopla (atual Istambul,
Turquia). Isso deixou um vácuo de poder no trono dos Césares em Roma .
Assim, Roma pagã deu à besta sua sede, ou capital.
••
Isaac Backus declarou: "Ao mudar a sede do império para Constanti-
nopla,[...] Constantino abriu caminho para que o bispo de Roma se exal-
tasse acima de todos os homens na Terra e acima do Deus do Céu" (The
••
Infinite Importance of the Obedience of Faith, and ofSeparation from the World,
p. 16 [citado em LeRoy Edwin Froom, The Prophetic Faith of Our Fathers, ••
••
v. 3, p. 213]). De acordo com Thomas Hobbes, "o papado não é senão o
fantasma do falecido Império Romano, sentado coroado sobre o túmulo
deste" (Leviathan [Nova York: Oxford University Press, 1996], p. 386) .
A besta do mar é um poder religioso apóstata que se ergue de Roma e
se torna um sistema mundial de adoração (Ap 13:3, 4). Essa besta não
é uma pessoa; é uma organização religiosa que substituiu a verdade de ••
Deus por decretos humanos.

5. Que palavra-chave é usada para identificar o poder da besta? Ap 13:1, 6 ••


1 ••
A Bíblia define blasfêmia em João 10:33 e Lucas 5:21: (1) um ser humano
comum afirmar ser Deus, e (2) um ser humano comum reivindicar o poder
de perdoar pecados. Quanto a Jesus, essas acusações foram injustas por-
••
que Ele é Deus e, portanto, tem o direito de perdoar pecados. O papado
romano tem duas doutrinas distintivas que a Bíblia chama de blasfêmia:
afirma que seus sacerdotes têm o poder de perdoar pecados e que o papa
••
tem as prerrogativas de Deus na Terra.

1120 1 O grande conflito


••
•• Quarta, 12 de junho RPSP: Am2

•• Identificando a besta: parte 2

E m vez de adorar a besta, a alegria do povo de Deus está em adorá-Lo .

• ••
Sua obediência brota do coração. São fiéis a Ele porque sabem o quan-
to Ele é fiel ao Seu povo .

6. Leia Apocalipse 13:5. Qual é a característica distintiva da besta?

••
•• O papado exerceu grande influência de 538 d.C. a 1798 d.e. Mas,

•• quando o general Berthier levou o papa cativo em 1798 d.e ., a suprema-


cia papal terminou, e a profecia foi cumprida: "Se alguém tiver de ir para
o cativeiro, para o cativeiro irá" (Ap 13:10). O golpe no papado foi grave,

•• mas não fatal. A ferida mortal seria curada (Ap 13:12). A influência do
papado mais uma vez seria sentida em todo o mundo .

••
Hoje, os líderes mundiais dão as boas-vindas ao pontífice como embai-
xador da Igreja de Roma e o visitam regularmente no Vaticano. Em um
mu ndo de instabilidade sem precedentes, o cenário está sendo preparado

••
para que o pontífice romano se torne o aclamado líder moral do mundo
que pode unir as pessoas. Durante seu discurso em 6 de junho de 2012,
para mais de 15 mil pessoas reunidas na Praça de São Pedro, em Roma,

•• o papa Bento XVI declarou: "O domingo é o dia do Senhor e dos homens
e mulheres, um dia em que todos devem ser livres, livres para a família e
livres para Deus. Ao defender o domingo, defendemos a liberdade humana"

•• (shorturl.at/gioAe) .
O livro O Grande Conflito revela claramente aonde esse movimento nos
levará: "Os que honram o sábado bíblico serão denunciados como inimi-

•• gos da lei e da ordem, como se estivessem comprometendo as restrições


morais da sociedade, causando anarquia e corrupção e atraindo os
zos de Deus sobre a Terra. [...] Serão acusados de deslealdade ao governo.
juí- 111
•• Ministros religiosos que negam a obrigação da lei divina apresentarão do
púlpito o dever de prestar obediência às autoridades civis, como estabe-

••
lecidas por Deus. Nas assembleias legislativas e nos tribunais de justiça,
os observadores dos mandamentos serão caluniados e condenados" (Ellen
G. White, O Grande Conflito [ePB, 2021], p. 492,493) .

•• Ainda que seja difícil ver algo assim ocorrendo agora, o mundo pode mudar rapida-
mente. Com que velocidade os eventos do fim dos tempos podem vir sobre nós?
Abr • Mai • Jun 2024 l 121 I
Quinta, 13 de junho
••
••
RPSP: Am3

A besta da terra
7. Leia Apocalipse 13:11-18. Quais são as diferenças entre a segunda besta
e a primeira de Apocalipse 13? ••
••
A primeira besta surge "do mar"; a segunda vem "da terra" (Ap 13:11) .
O mar representa "povos, multidões, nações e línguas" (Ap 17:15).
A terra, então, representa uma área escassamente povoada. A segunda ••
besta surge perto do fim do período em que a primeira besta exerce auto-
ridade (Ap 13:5), ganhando destaque por volta de 1798 d.C.
Os Estados Unidos se encaixam precisamente nessa descrição. O país ••
declarou sua independência em 1776 d.C., adotou a constituição em
1789 d.C. e foi reconhecida como potência mundial no fim do século 19 .
"Vi ainda outra besta emergir da terra. Tinha dois chifres, parecendo ••
cordeiro, mas falava como dragão" (Ap 13:11). Chifres na profecia simbo-
lizam poder. Ao contrário da primeira besta, esta besta não tem coroas
em seus chifres, sugerindo que não é uma monarquia. Os dois chifres
••
representam os dois princípios governamentais primários que são a fonte
do poder e do sucesso dos Estados Unidos - a liberdade política e religiosa . ••
8 . Que mudança vemos nessa besta, e como ela fala? Ap 13:11, 12
••
Essa nação gentil e semelhante a um cordeiro, no fim fala como um dra- ••
gão. Ela exerce "toda a autoridade da primeira besta" (Ap 13:12) e aban-
dona seus princípios de liberdade religiosa, fazendo com que "a Terra e
os seus habitantes adorem a primeira besta" (Ap 13:12). Os Estados Uni- ••
Ili
dos serão os primeiros a exigir que todos na Terra adorem a primeira besta,
reconhecendo a autoridade espiritual e secular do papado. De acordo com
essa profecia, os Estados Unidos formam uma imagem para a besta - uma ••
união entre Igreja e Estado - e exigirá que todos adorem essa imagem .
É interessante notar que, na época em que foram identificados pela pri-
meira vez como esse poder da besta, os Estados Unidos não estavam nem
••
perto de ser o gigante militar e econômico que se tornaram e permane-
cem sendo no presente.
••
A instabilidade política da América pode um dia levar ao cumprimento dessa profecia?
l 122 I O grande conflito
• •
• Sexta, 14 de junho RPSP: Am4

Estudo adicional

A dorar a besta e a sua imagem lembra Daniel 3, onde Sadraque, Mesaque


e Abednego receberam ordens para que se curvassem diante da ima-
gem dourada, caso contrário, seriam lançados na fornalha ardente. Tanto
na Babilônia antiga quanto na moderna a questão é a adoração. A verdadei-
ra adoração brota de uma mente transformada pelos ensinos da Palavra de
Deus. Então não seguiremos os padrões deste mundo (Rm 12:2), mas confor-
me a vontade de Deus, que está na Palavra. Essa é a nossa única segurança!
"Deus nunca força a vontade ou a consciência. Satanás, porém, recorre
constantemente à violência para dominar aqueles que ele não conse-
gue controlar de outro modo. [...] Para realizar isso, ele age tanto pelas
autoridades eclesiásticas quanto pelas seculares, levando-as a impor leis
humanas em desafio à lei de Deus" (Ellen G. White, O Grande Conflito
[CPB, 2021], p. 492).
"Para suportar a prova que os espera, os fiéis devem compreender a von-
tade de Deus como está revelada em Sua Palavra, pois só poderão honrá-Lo
se tiverem uma concepção correta de Seu caráter, governo e propósitos, e
agindo de acordo com estes" (O Grande Conflito, p. 494).
"No entanto, Deus terá na Terra um povo que se fundamentará na
Bíblia, e apenas na Bíblia, como norma de todas as doutrinas e base de
todas as reformas. Nem a opinião de sábios, nem as deduções da ciência,
nem os credos ou decisões dos concílios eclesiásticos, tão numerosos e
discordantes como são as igrejas que representam, nem a voz da maioria,

•• nada disso deve ser considerado como evidência a favor ou contra qual-
quer ponto de fé religiosa. Antes de aceitar qualquer doutrina ou preceito,
devemos conferir se há um categórico 'assim diz o Senhor"' (O Grande

•• Conflito, p. 495) .

••
Perguntas para consideração
1. Como compartilhar a esperança da volta de Cristo sem nos tornarmos
alarmistas?
2. O que nossa vida, nossa rotina diária, nos diz sobre quem ou o que adoramos?
m
•• 3. Como ajudar a nós mesmos e aos outros a encarar o futuro com confiança?
4. Que diferença prática a compreensão dos eventos finais exerce em nos-

••
sa vida hoje?
Respostas e atividades da semana: 1. Adoração. 2. A observância dos mandamentos de Deus e a f é em Jesus.
3. Perseguição. No fim dos tempo s isso se rep etirá de fo rm a intensa . 4 . Do mar; o dragão. 5. Blasfêmia. 6 . Autorid a-
de exercida com arrog âncias e blasf êmias. 7. A segunda besta vem da terra e faz co m que a Terra e os seus habitan-

••
tes adorem a primeira best a, que surge do mar. 8 . Ela se mostra semelhante a um cordeiro, mas fa lará como dragão .

Abr • Mai • Jun 2024 l 123 I


AUXILIAR DO PROFESSOR - LIÇÃO 11
••
Conflito iminente
••
TEXTO-CHAVE: João 17 :17
••
••
FOCO DO ESTUDO:Jo 17:17; Ap 14:6, 7, 12; Ap 4:11; Ap 12:3,4, 17; Ap 13:1-17

ESBOÇO

••
Introdução: A profecia bíblica adverte que o longo conflito cósmico entre as duas for-
ças opostas e irreconciliáveis, Deus e o diabo, está terminando e culminará em uma bata-
lha final, que abordará as questões de autoridade e adoração: quem se sentará no trono do
Universo e quem receberá a glória devida ao Criador, Provedor e Salvador. Por essas razões,
o conflito envolverá o sábado, o símbolo divino de todo o Seu poder como Criador, Pro-
vedor e Salvador. A força rebelde será liderada pelo próprio Satanás, e, embora ele tenha ••
trabalhado incansavelmente ao longo da história para recrutar adeptos, seu foco prin-
cipal é a igreja . Infelizmente, a igreja tradicional fez concessões e se tornou a Babilônia,
simbolizada pela besta do mar. O maligno deu a essa besta seu assento de autoridade e ••
seu poder, e ela ficará do lado dele na batalha final.
Entretanto, Deus nunca esteve sem um povo no grande conflito. Até o desfecho dessa
batalha, Ele sempre terá um povo, uma igreja remanescente e fiel. Ela sempre O reconhe-
••
ceu como Rei , O adorou e guardou os mandamentos e os princípios de Seu reino. O fiel
povo remanescente de Deus continuará a honrar o sábado, reconhecendo a Deus como
o Criador e o Rei do Universo. O remanescente do fim dos tempos não apenas adorará a
••
Deus como seu Salvador pessoal, mas também irá expor publicamente a confederação do
ma l. A igreja remanescente chamará toda a raça humana para voltar para Deus e adorá -Lo .
••
••
Apesar dos esforços do dragão e das feras da terra e do mar, a vitória será do Senhor.
Temas da lição: Este estudo destaca dois temas principais :
1. A profecia bíblica descreve uma batalha final entre Deus e Seu povo de um lado, e

••
o diabo e seus agentes (simbolizados, em Apocalipse 13, pelas bestas do mar e da terra)
do outro. A batalha será centralizada na adoração e no sábado, que celebra a criação, o
reinado e a salvação de Deus.

1 2. Deus sairá vitorioso. Ele chama Seu povo para participar de Sua vitória sobre o mal
e o diabo, proclamando Seu evangelho eterno.
••
COMENTÁRIO
A aposta sobre a profecia ••
Anastasia era uma economista ateia, que estudou em uma universidade soviética no
auge da prosperidade e estabilidade da União Soviética. Ela abraçou o sonho da utopia
comunista e acreditava fervorosam ente que essa visão proporcionava à humanidade sua
••
1124 1 O grande conflito

mais luminosa promessa do porvir. Ela aguardou o dia em que a União Soviética leva-
ria todas as nações a abandonar o capitalismo de livre mercado dos Estados Unidos para
adotar os valores soviéticos.
O marido de Anastasia, Petru, no entanto, não compartilhava do otimismo de sua esposa.
Embora não estivesse professando sua religião naquela época, ele nasceu e foi criado em
uma família adventista do sétimo dia envolvida com a igreja. Quando jovem, Petru estu-
dou os livros proféticos de Daniel e Apocalipse, que seguiam a abordagem historicista
adventista. Agora casado, ele compartilhou com sua esposa ateia que, de acordo com as
profecias bíblicas, os Estados Unidos acabariam dominando o mundo e lideraria todas as
nações e governos da Terra em um ato de rebelião contra Deus, durante o estágio final
da história humana . Por isso, com base nas profecias do livro do Apocalipse, Petru argu-
mentou que a União Soviética perderia a Guerra Fria e que os Estados Unidos emergiriam
como a única superpotência dos últimos dias. Conhecendo o poder da União Soviética,
Anastasia não aceitava tal profecia. Em um impasse, o casal decidiu resolver suas diferen-
ças com uma aposta . Anastasia disse a Petru que se a União Soviética entrasse em colapso,
ela se tornaria adventista do sétimo dia. Os anos se passaram , e, no fim da década de
1980, a União Soviética desmoronou e desapareceu sem nenhum ataque militar de fora.
O ateísmo e o comunismo de Anastasia entraram em colapso junto com a União Sovié-
tica. Logo depois, ela aceitou o convite de Petru para se juntar a ele no batismo na Igreja
Adventista do Sétimo Dia .
A previsão de Petru sobre o colapso da União Soviética não se baseava em Geopolítica ,
Estudos Sociais, Psicologia, Economia ou Estudos Militares. Por viverem atrás da cortina
de ferro , a principal fonte da predição dele sobre a queda da União Soviética foi sua inter-
pretação bíblica historicista de Apocalipse 13, conforme sua igreja adventista local ensi-
nava. Como muitos outros adventistas no mundo soviético, Petru nem imaginava que o
colapso da União Soviética aconteceria durante o tempo de sua vida ou tão rapidamente.
Como muitos outros adventistas, a fé dele foi confirmada e fortalecida quando tal ato
ocorreu. Ele tomou a decisão de voltar para sua igreja, e, felizmente, sua família o seguiu.
Em nossos dias, a interpretação historicista adventista de Apocalipse 13, que aponta os
Estados Unidos como a besta semelhante a um cordeiro que liderará o mundo em rebelião
contra a lei de Deus, está sendo ativamente contestada . Muitos especialistas renomados
preveem, ou mesmo anunciam , que o Sol logo se porá na hegemonia norte-americana . No
entanto, a profecia bíblica nunca falhará. Como Petru , precisamos confiar plenamente na
profecia bíblica e em sua interpretação historicista, mesmo que a aparência da realidade
e as previsões dos especialistas apontem em direções distintas.

Teorias da conspiração
Ultimamente, as teorias da conspiração inundam os espaços midiáticos. Tais teorias
Ili
ganham impulso e se tornam fenômenos sociais. Os adventistas, com razão, têm sido cau -
telosos quanto ao envolvimento na propagação de teorias da conspiração de qualquer
tipo. Precisamos continuar nesse rumo. Ao mesmo tempo, nossa busca por essa política
não significa que não existam conspirações. Lamentavelmente, elas existem.

Abr • Mai • Jun 2024 l 125 I


Davi, Jesus e os apóstolos sofreram por causa das vá rias consp irações contra eles .
••
Aprendendo com seus exemplos, os adventistas entregaram todas essas teorias à pro-
vidência de Deus, escolhendo, em vez disso, focar na missão que Ele nos confiou . Sim, o ••
••
próprio grande conflito foi resultado da conspiração de Satanás. Sim , somos chamados a
denunciar as últimas conspirações do maligno e seus seguidores que estão se preparando
para a batalha final contra Deus. Contudo, é importante não nos dei xarmos envolver nas
minúcias das numerosas teorias de conspiração que são amplamente difundidas. Nossa
tarefa é anunciar a queda da Babilônia e a breve vinda do Senhor. Como tal, nossa missão
é salvar o maior número possível de pessoas da conspiração de Satanás. ••
Identificando as bestas e a missão da igreja
Certos teólogos afirmam que a identificação da "besta do mar" com a Igreja Católica ••
Romana e a ligação da "besta da terra " com os Estados Unidos, feitas pelos primeiros pionei-
ros adventistas, foram conclusões determinadas pelos cenários sociopolíticos de sua época .
Alguns desses teólogos, então, pedem aos adventistas que se afastem dessas posições ini-
••
ciais e encontrem outras forças espirituais ou políticas mais relevantes em nossos próprios
tempos que se encaixariam melhor nas descrições da besta do mar e da besta da terra .
No entanto, precisamos enfatizar dois pontos importantes . Primeiro, embora os pio-
••
neiros adventistas olhassem para o cumprimento da profecia dentro de seus conte xtos
históricos, eles consistentemente seguiam os princípios historicistas de interpretação pro-
fética . Eles também identificaram o cumprimento das profecias em harmonia com um sis-
••
tema bíblico integral de ensino.
Em segundo lugar, como profetisa de Deus para a igreja remanescente, Ellen G. White ••
••
claramente nos alertou contra o abandono de nossas interpretações proféticas originais
a respeito das duas bestas de Apocalipse 13. Ela estava especialmente preocupada com o
fato de os adventistas caírem na armadilha de pensar que a Igreja Católica Romana mudou
e não mais é a besta tirânica do mar, sendo necessária a busca de outro candidato para
essa posição. As citações a seguir extraídas de seu imponente livro O Grande Conflito são
notáveis e inequivocamente contrárias a essa abordagem : ••
"Atualmente o catolicismo é olhado pelos protestantes com muito mais aceitação do
que anos atrás. Nos países em que a religião católica não predomina e os romanistas ado -
tam uma política conciliatória para ganhar influência , há uma crescente indiferença com
••
1
relação às doutrinas que separam as igrejas reformadas da hierarquia papal. Ganha ter-
reno a opinião de que, no fim das contas, as divergências em assuntos vitais não são tão
grandes como se pensava , e de que pequenas concessões por parte dos protestantes leva-
••
rão a um melhor entendimento com Roma. [...]
"Os defensores do papado afirmam que a igreja foi caluniada, e o mundo protestante
inclina-se a aceitar essa declaração. Muitos afirmam que é injusto julgar a igreja de hoje
••
pelas abominações e absurdos que marcaram seu domínio durante os séculos de ignorân-
cia e trevas. Justificam a horrível crueldade da Igreja romana como sendo o resultado da
••
••
barbárie da época e alegam que a influência da civilização moderna mudou sua atitude"
(O Grande Conflito [CPB, 2021], p. 468).

1126 I O grande conflito


••
••
"No entanto, o catolicismo, como sistema, não está atualmente mais em harmonia com
o evangelho de Cristo do que em qualquer época passada de sua história. As igrejas pro-
testantes estão em profunda escuridão; caso contrário, enxergariam os sinais dos tempos .

••
Os planos e modos de atuação da Igreja de Roma têm grande alcance. Ela utiliza todos os
meios para estender sua influência e aumentar seu poderio, preparando-se para um con-
flito feroz e decidido com o propósito de readquirir o domínio do mundo, restabelecer a

•• perseguição e desfazer tudo que o protestantismo fez . O catolicismo está ganhando ter-
reno de todos os lados. Basta olhar o número crescente de suas igrejas e capelas nos países
protestantes. Note a popularidade de suas faculdades e seminários na América do Norte,

•• tão extensamente patrocinados pelos protestantes. Observe o crescimento do ritualismo


na Inglaterra e as frequentes conversões à religião católica . Essas coisas deveriam des-
pertar a preocupação de todos os que reconhecem o valor dos puros princípios do evan-

•• gelho" (O Grande Conflito, p. 470) .


"Atualmente, a Igreja de Roma apresenta ao mundo uma fisionomia serena, cobrindo
de justificativas o registro de suas horríveis crueldades. Vestiu-se com a roupa de Cristo,

•• mas não mudou em nada. Todos os princípios formulados pelo papado em épocas pas-
sadas ainda existem hoje. As doutrinas inventadas nas tenebrosas eras ainda são man-
tidas. Ninguém deve se iludir. O papado que os protestantes hoje estão tão dispostos a

•• honrar é o mesmo que governou o mundo nos dias da Reforma, quando homens de Deus
se levantavam, correndo risco de vida , para denunciar a iniquidade daquela instituição .

••
O poder papal possui o mesmo orgulho e a mesma arrogância que o fizeram senhor sobre
reis e príncipes e que reivindicaram as prerrogativas de Deus. Atualmente, seu espírito
não é menos tirano e cruel do que quando arruinava a liberdade humana e matava os

••
santos do Altíssimo. (...)
"Não é sem motivo que, nos países protestantes, se tem feito a alegação de que o cato-
licismo atualmente difere menos do protestantismo do que nos tempos passados. Houve

•• uma mudança sim, mas não no papado. Realmente, o catolicismo se assemelha bastante
ao protestantismo de hoje, pois o protestantismo moderno se distancia bastante daquele
dos dias da Reforma" (O Grande Conflito, p. 474) .

•• APLICAÇÃO PARA A VIDA

•• 1. Como você poderia apresentar de maneira mais clara aos seus amigos as profecias
relacionadas à "besta do mar" e à "besta da terra "?
2. É coerente identificarmos a Igreja Católica Romana como a "besta do mar" e os
Ili
•• Estados Unidos como a "besta da terra" e, simultaneamente, orarmos pela salvação das
pessoas ligadas a essas instituições? Justifique sua resposta .

••
3. O profeta Daniel, os cristãos da Idade Média , os adventistas do século 19, os adven-
tistas da União Soviética e outros em diferentes locais depositaram sua confiança na pro-
fecia, mesmo diante de circunstâncias adversas. Como você pode confiar nas profecias

••
quando as evidências parecem opostas ao seu cumprimento?

Abr • Mai • Jun 2024 11271


Lição
Eventos finais ••
12 ••
••
VERSO PARA MEMORIZAR: "Compre a
verdade e não a venda; compre a sabedoria, ••
a instrução e o entendimento" (Pv 23:23) .

••
Leituras da semana: Jo 8:32;
Ez 20:12, 20; Ap 7:1, 2; 14:1; JI 2:21-24;
Os 6:3; Tg 5:7, 8; Ap 18:1-4
••
••
Sábado, 15 de junho RPSP: AmS ••
magine que sua filha está viajando para casa, vindo da faculdade para
1passar as férias de verão. Enquanto você espera que ela chegue, monitora ••
com ansiedade os boletins meteorológicos. Você se preocupa quando o cli-
ma piora rapidamente. Nuvens de tempestade pairam no horizonte, e a
chuva cai. Árvores são derrubadas. A estrada principal está intransitável.
••
Você ouve de um vizinho que é possível passar por uma estrada secundá-
ria. Carros passam em torno de galhos de árvores derrubadas. Você con-
segue enviar uma mensagem para sua filha, detalhando uma rota segura.
••
Mais do que qualquer outra coisa, Jesus quer nos conduzir pelas tem-
pestades e nos levar para casa. Ellen G. White escreveu: "Vem uma tempes- ••
••
tade, implacável em sua fúria. Estamos preparados para enfrentá-la?"
(Testemunhos para a Igreja [CPB, 2021], v. 8, p. 257). O propósito da vida,
morte, ressurreição e ministério de Cristo no santuário do Céu é garantir

••
que iremos para o Céu. As mensagens de Daniel e Apocalipse nos ajudam
no fim dos tempos, em meio às tempestades, de modo que um dia sinta-
mos o abraço do Salvador.
A lição desta semana revela as profecias sobre os eventos finais e mos-
tra a força de Cristo para nos conduzir no conflito e nos salvar.
*Esta lição se baseia nos capítulos 37 e 38 do livro O Grande Conflito. ••
l 128 I O grande conflito

••
••
Domingo, 16 de junho RPSP:Am6

Lealdade a Deus e à Sua Palavra

•• 1. Como devemos nos relacionar com a verdade? Pv 23:23; )o 8:32; 17:17

••
•• A o longo dos tempos, o grande conflito tem sido uma batalha entre a
verdade e o erro. Satanás é mentiroso e o pai da mentira (Jo 8:44) .
Jesus é o Autor da verdade (Jo 14:6). A verdade que liberta do engano está

•• na Palavra de Deus. A Bíblia desmascara a estratégia satânica e revela


os planos divinos. Ela é lâmpada para os nossos pés (Sl 119:105). "A re-
velação das" palavras de Deus "traz luz e dá entendimento aos simples"

•• (Sl 119:130). As palavras de Deus "são em tudo verdade" (Sl 119:160) .

2. Que garantia o apóstolo nos dá a respeito da profecia? Que ilustração

•• ele usa em relação à importância da palavra profética? 2Pe 1:16-21

••
••
Não seguimos "fábulas engenhosamente inventadas". As profecias ilu-
minam o caminho. Elas nos ajudam a distinguir a verdade do erro. Sem
a Bíblia, seríamos deixados aos caprichos da opinião humana e seríamos

•• facilmente enganados. "As Escrituras Sagradas são apresentadas ao povo


de Deus como a proteção contra a influência dos falsos ensinadores e o
poder ilusório dos espíritos das trevas. Satanás usa todos os meios possí-

•• veis para impedir os seres humanos de obter conhecimento da Bíblia, pois


os claros ensinos dela desmascaram seus enganos. [...] Em breve, o último
grande engano aparecerá diante de nós. Veremos o anticristo realizando

•• seus atos miraculosos. A contrafação se parecerá tanto com o verdadeiro

m
que será impossível distingui-los sem o auxílio das Santas Escrituras. [...]
Somente aqueles que têm fortalecido a mente com as verdades da Bíblia

•• poderão resistir no último grande conflito. Todos terão de passar pela


prova decisiva: Obedecerei a Deus ou aos homens? [...] Será que nossos pés
estão firmados na rocha da imutável Palavra do Senhor? Estamos prepa-

•• rados para permanecer firmes em defesa dos mandamentos de Deus e


da fé em Jesus?" (Ellen G. White, O Grande Conflito [CPB, 2021], p. 495) .

•• O que nos manterá de pé na crise final? O que nos distrai de estudar a Palavra de
Deus? O prazer pessoal tem comprometido nossa lealdade à verdade?
Abr • Mai • Jun 2024 1129 I
Segunda, 17 de junho RPSP: Am7
••
Selados para o Céu

N a crise vindoura em torno da adoração, os fiéis não cederão às pres- ••


sões do mundo (Ap 14:12). Eles serão selados pelo Espírito Santo
(Ef 4:30) e não serão abalados. Antigamente, os selos atestavam a auten-
ticidade de documentos oficiais. Eram uma marca distintiva e individua-
••
lizada. Uma vez que o conflito final se concentra na adoração a Deus e na
Sua autoridade, conforme revelado em Sua lei, é de se esperar que o selo
divino esteja integrado à Sua lei (compare com Is 8:16).
••
3. Que elementos de um selo vemos no quarto mandamento? Êx 20:8-11 ••
••
No mandamento do sábado há três elementos de um selo autêntico:
(1) O nome Daquele a quem o selo pertence, "SENHOR, seu Deus"; (2) Seu
título, Aquele que "fez" - o Criador; (3) Seu território, "os céus e a Terra, ••
o mar e tudo o que neles há". A Bíblia algumas vezes chama um selo de
sinal (Rm 4:11). As duas palavras são intercambiáveis. Como sinal ou selo
de Deus no centro da lei divina, o sábado está no centro do conflito final ••
em torno da adoração (Ez 20:12, 20; Ap 12:17).

4 . Compare Apocalipse 7:1-3 e 14:1 com 13:16, 17. Onde são recebidos o selo
••
de Deus e a marca da besta? Por que existe diferença?

••
••
O selo de Deus é colocado na testa, que é um símbolo da mente e repre-
senta uma decisão consciente. A marca da besta é recebida na testa ou na ••
••
mão, indicando que as pessoas estão convencidas mentalmente e por esco-
lha própria aceitam as mentiras de Satanás ou, como alternativa, consen-
tem com a falsa adoração para evitar a morte.
O diabo odeia os que são obedientes a Deus. O grande conflito chega a
um clímax quando o dragão (Satanás) trava guerra contra o remanescente,
os que "guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus" (Ap 14:12) . ••
Eles estão firmados na lealdade a Cristo.

••

Por que a fidelidade diária ao Senhor é a chave que nos prepara para a crise final?
l 130 1 O grande conflito
•• Terça, 18 de junho RPSP: Am8

•• A quem adoramos?

N os últimos dias, o grande conflito se descortinará de forma dramá-

•• tica em torno da adoração. Adoramos o Criador ou adoramos a bes-


ta e a sua imagem? Não há meio-termo. O primeiro anjo de Apocalipse 14
exorta que todos adorem o Criador (Ap 14:7). Em apoio adicional ao apelo

•• do céu, o terceiro anjo revelou as terríveis consequências de adorar a besta


(Ap 14:10). Em contrapartida, os que adoram o Criador são descritos como
os que guardam "os mandamentos de Deus e a fé em Jesus" (Ap 14:12).

•• A criação é a base da verdadeira adoração (Ap 4:11). Uma vez que Deus
"criou todas as coisas" (Ef 3:9), Satanás odeia o Criador e tenta, por meio

••
de poderes terrenos, mudar o sábado, o memorial da criação (Dn 7:25) .
O conflito vindouro sobre a lei de Deus se concentrará na autoridade. Se
Satanás puder erradicar a adoração no sábado, declarará que sua autori-

••
dade é maior do que a autoridade divina. Para conseguir isso, tentará con-
vencer ou coagir o mundo todo a aceitar um falso sábado.
Por mais difícil que seja imaginar esse evento, o mundo está mudando

•• drasticamente. A crise do Covid-19 mostrou que, da noite para o dia,


tudo pode mudar. Embora não saibamos detalhes da execução da marca
da besta, não é difícil imaginar. Num mundo instável, a profecia pode se

•• cumprir mais rapidamente do que pensamos .

5. Leia Apocalipse 13:13-17. Que penalidades específicas serão impostas

•• àqueles que não receberem a marca da besta?

••
•• Os fiéis que não seguirem a besta e a sua imagem sofrerão penalidades

•• m
econômicas e ameaça de morte. A humanidade continua a ser o que sempre
foi: corrupta, sedenta de poder e violenta. Embora não saibamos como os
eventos finais se desenrolarão, não é difícil imaginar a perseguição. João

•• escreveu que Jesus "não precisava que.alguém lhe desse testemunho ares-
peito das pessoas, porque Ele mesmo sabia o que era a natureza humana"
(Jo 2:25). Apesar de terem sido escritas em outro contexto, essas palavras

•• de João nos ajudam a entender do que o ser humano é capaz .

Pense no que o ser humano é capaz de fazer. Isso mostra a facilidade com que os


eventos finais podem acontecer? Como devemos guardar nosso coração?
Abr • Mai • Jun 2024 l 131 I
Quarta, 19 de junho RPSP: Am9
••
As chuvas temporã e serôdia
6. Leia Joel 2:21-24 e Atos 2:1-4, 41-47. Que previsão se cumpriu no primei- ••
ro século? Que impacto esse evento teve?

••
O derramamento do Espírito Santo no Pentecostes promoveu a igreja
cristã. Três mil se converteram em um dia. "Muitos dos que ouviram
••
a Palavra creram, subindo o número desses homens a quase cinco mil"
(At 4:4). Apenas 120 crentes se reuniram para orar, mas a oração fez uma
enorme diferença. Rapidamente a igreja ganhou milhares de crentes. Mes-
••
mo "um grande grupo de sacerdotes obedecia à fé" (At 6:7). Quando os dis-
cípulos foram perseguidos em Jerusalém, "iam por toda parte pregando ••
••
a Palavra" (At 8:4). Igrejas foram plantadas na Judeia, Samaria e Galileia
(At 9:31). Depois de sua conversão, Paulo proclamou Cristo no mundo me-
diterrâneo. Em Tessalônica, judeus que se opunham ao evangelho declara-
ram: "Estes que promovem tumulto em todo o mundo chegaram também
aqui" (At 17:6). Pelo poder do Espírito Santo, os discípulos alcançaram o
mundo então conhecido em um tempo relativamente curto. A previsão de ••
Joel sobre a chuva temporã cumpriu-se no Pentecostes, mas a chuva serô-
dia cairá com maior poder para preparar a colheita final da Terra.
••
7. Como a obra de Deus será concluída? Zc 4:6; 10:1; Os 6:3; Tg 5:7, 8

••
Os termos chuva "temporã" e "serôdia" são retirados do ciclo de colheita
de Israel. A chuva temporã caía no outono para germinar a semente.
••
A chuva serôdia caía na primavera para amadurecer a colheita. Isso des-
creve a obra do Espírito para a pregação do evangelho. "Assim como a 'chuva
temporã' foi dada no derramamento do Espírito Santo, no início da prega-
••
ção do evangelho, para fazer germinar a preciosa semente, a 'chuva serô-
dia' será dada no término da obra para fazer os campos amadurecerem . ••
••
[... ] A obra do evangelho não será conclvída com menor manifestação do
poder de Deus do que a que marcou seu início. As profecias que se cumpri-
ram no derramamento da chuva temporã [... ] se cumprirão novamente na
chuva serôdia, na conclusão dessa obra" (Ellen G. White, O Grande Conflito
[CPB, 2021], p . 508).
••
1132 I O grande conflito

•• Quinta, 20 de junho RPSP: Ob

•• O alto clamor
8 . Como será concluída a obra de salvação? Ap 18:1-4; Hc 2:14; Mt 24:14

••
•• O anjo que anuncia a queda da Babilônia tem "grande autoridade". Como
os anjos de Apocalipse 14, esse anjo representa mensageiros huma-
nos. Ele revela a glória de Deus tão plenamente que ilumina a Terra. A pa-

•• lavra grega para autoridade ou poder no NT é exousia . Muitas vezes se


refere ao triunfo de Cristo sobre os principados e potestades do infer-

••
no. Em Mateus 10:1, é dito que Jesus deu aos discípulos autoridade sobre
os principados e potestades do inferno. Ele enviou os discípulos com po-
der para vencer a batalha contra o mal. Em Mateus 28, Ele os enviou com

••
"toda a autoridade [...] no Céu e na Terra" para ir e fazer "discípulos de to-
das as nações" (Mt 28:18, 19).
Cheia do poder do Espírito Santo, saindo com a autoridade do Cristo

•• vivo, que em Sua vida e morte triunfou sobre os principados e potestades


do inferno, a igreja do NT iluminou a Terra com a glória de Deus. Em pou-
cos anos, os discípulos proclamaram o evangelho ao mundo então conhe-

•• cido (Cl 1:23) .


No fim dos tempos, o Espírito Santo será derramado com poder sem
precedentes, e o evangelho será proclamado rapidamente até os confins

•• da Terra. Milhares serão convertidos em um dia, e a graça de Deus e a


verdade impactarão o planeta. O mundo será advertido, e a esperança do
evangelho será espalhada no mundo.

•• "Servos de Deus, com o rosto iluminado, irradiando uma santa consa-


gração, se apressarão de um lugar a outro para proclamar a mensagem do
Céu. Por milhares de vozes [...] será dada a advertência. Haverá milagres,

•• os doentes serão curados, e sinais e maravilhas acompanharão aqueles


que creem. Satanás também realizará seus falsos milagres, fazendo até

•• m
mesmo descer fogo do céu diante do povo (Ap 13:13). Assim, os habitan-
tes da Terra terão que tomar sua decisão. A mensagem será levada avante,
não tanto por argumentos quanto pela convicção profunda do Espírito de

••
Deus. Os argumentos foram apresentados . A semente foi semeada e agora
germinará e frutificará" (Ellen G. White, O Grande Conflito [CPB, 2021],
p. 508, 509) .

•• O que está impedindo o poderoso derramamento do Espírito Santo, a chuva serôdia


e o alto clamor? Por menor que seja nosso papel como indivíduos, como podemos ser
abertos e receptivos ao derramamento do Espírito Santo?

• Abr • Mai • Jun 2024 11331


Sexta, 21 de junho RPSP: Jn 1
••
Estudo adicional

E m 1851, pioneiros adventistas identificaram a segunda besta de Apo- ••


calipse 13:11-17 com os Estados Unidos. Deve ter sido difícil naquela
época ver como os Estados Unidos levariam o mundo a adorar a primeira
besta (Ap 13:12). Na década de 1880, toda a marinha dos Estados Unidos
••
consistia em apenas 48 navios velhos.
Mas desde o fim da Guerra Fria, nenhuma potência se iguala aos Esta-
dos Unidos. Embora os americanos desfrutem de liberdade, à medida que
••
as condições se complicam, essas liberdades serão eliminadas. Aliás, já
estamos vendo isso acontecer.
"Todos aqueles que se recusarem a aceitar serão castigados pelas leis
••
civis e, por fim, se declarará que são merecedores de morte. Por outro lado,
a lei de Deus que ordena o dia de descanso do Criador exige obediência ••
••
e ameaça com a ira divina os que violam seus preceitos" (Ellen G. White,
O Grande Conflito [CPB, 2021], p. 503).
"Quando a tempestade se aproximar, muitos que dizem crer na mensa-
gem do terceiro anjo, mas que não foram santificados pela obediência à ver-
dade, abandonarão sua fé e passarão para as fileiras da oposição. Unindo-se
ao mundo e participando de seu espírito, essas pessoas enxergarão as coi- ••
sas quase do mesmo jeito que o mundo enxerga; de modo que, ao chegar
a hora do teste, estarão preparadas para se posicionar do lado mais fácil
e de maior popularidade. [...] Quando os observadores do sábado forem ••
levados perante os tribunais para responder por sua fé, esses apóstatas
serão os mais ativos agentes de Satanás para distorcer os fatos e os acusar
e, por meio de falsos relatórios e insinuações, incitar os magistrados con-
••
tra eles" (O Grande Conflito, p. 506).

Perguntas para consideração


••
1. É importante compreender os eventos finais? A Bíblia protege contra o engano?
2. As democracias têm defendido a liberdade religiosa há séculos. Isso
pode mudar?
••
3. Suas escolhas atuais podem uni-lo aos falsos adventistas no futuro?
4 . Como a mensagem do segundo anjo muda com o alto clamor? Como ••
••
podemos nos preparar para receber a chuva serôdia a fim de concluir a
obra de Deus na Terra?
Respostas e atividades da semana: 1. Devemos conhecer a ve rdade e adquiri- la como um t esouro precioso;

••
deve mos ser santificados pela verdade. 2. Nunca jamais qualqu er profecia fo i dada por vo ntade huma na; a profe-
cia é como a luz que brilha e m luga r escuro. 3. O nome do propriet á rio do selo, Seu título e Se u ter ritório. 4 . O selo
de Deus é colocado na t esta; a ma rca da best a é recebida na testa ou na mão; uma escolha é feita por decisão cons-
cie nte e a outra por coerção. 5. Pe nalidades eco nômicas e pe na de morte. 6. O de rramamento do Espírito Sa nto no
Pe ntecost es. Esse evento promoveu de forma poderosa a igreja crist ã. 7. Co m o de rra ma mento da chu va serôd ia.
8 . O eva ngelho será proclamado ao mu ndo t odo, e a gl ória de De us iluminará a Te rra .

11341 O grande conflito



•• AUXILIAR DO PROFESSOR - LIÇÃO 12

••
••
li
TEXTO-CHAVE: Provérbios 23 :23
Eventos finais

•• FOCO DO ESTUDO: Ap 7:1 , 2; Ap 14:1; Pv 23:23; Is 8:20; Ez 20:12, 20; Os 6:3; Jl 2:21-24;
Tg 5:7, 8; Ap 18:1-4

•• ESBOÇO
Introdução: O povo de Deus não é mantido na obscuridade sobre os eventos finais , nem

•• é abandonado durante seu cumprimento. Como um general de confiança que inspira Suas
tropas para a luta , Deus nos prepara para a batalha, dando-nos Sua Palavra profética para
servir de inspiração, orientação e fortalecimento.

•• Nesta semana , nos concentramos em vários elementos-chaves da preparação do povo


de Deus para o fim dos tempos. Primeiro, somos lembrados de que a Palavra de Deus é
nosso único guia confiável, pois é a fonte de toda verdade e poder. Em segundo lugar, a

•• guarda do sábado é o sinal de nosso compromisso com o Criador e Salvador, e de nossa


lealdade a Ele. Um terceiro ponto é que nunca estaremos sozinhos ao nos envolvermos
no grande conflito e no cumprimento da missão de proclamar o evangelho eterno. Em

•• vez disso, o Espírito Santo capacitará o povo de Deus de maneira especial a fim de que
testemunhe publicamente sobre o fim dos tempos, o poder do evangelho e o chamado

••
de Deus para todas as pessoas retornarem a Ele, abandonando o diabo e suas posições .
Esses desenvolvimentos são conhecidos como a chuva serôdia, ou a capacitação de Deus
para Seu povo, e o alto clamor, que constitui a proclamação pública final do evangelho .

••
Temas da lição: O estudo desta semana se concentra em dois temas principais:
1. A aceitação do amor de Deus e da salvação em Jesus Cristo gerará em nós um amor
inabalável por Ele e uma resolução de sermos fiéis a Ele, à Sua Palavra e ao Seu sábado .

•• 2. Mediante o derramamento da chuva serôdia, seremos capacitados pelo Espírito Santo


a proclamar o "alto clamor" ou o chamado final para que o mundo se arrependa e seja salvo .

•• COMENTÁRIO

Seja fiel: Deus terá a última palavra

•• Ivan nasceu e cresceu em uma fiel família adventista na União Soviética . Embora sua
família fosse pobre e obrigada a trabalhar muito, ele teve uma infância e uma juventude
despreocupadas e felizes . Aos 18 anos, Ivan fo[ convocado para o exército. Ele embar-

•• cou em um trem e, sete dias depois, se viu a 3 mil quilômetros de casa. Foi dessa maneira
que começou seu período militar de dois anos. Além de se sentir sozinho e com saudades
de casa , Ivan sabia que seu maior desafio ainda estava por vir. Antes de ser convocado, ele

•• havia decidido que permaneceria leal a Deus e guardaria o sábado, independentemente

Abr • Mai • )un 2024 1135 1


do que pudesse acontecer. Nos primeiros sábados, ele explicou a seus superiores que não
••
poderia trabalhar no sábado por causa de suas convicções religiosas. Os comandantes o
toleraram nos primeiros sábados, pensando que logo abandonaria seus estranhos costu- ••

mes "provincianos· e "primitivos".
Não demorou muito para que os comandantes de Ivan percebessem, no entanto, que o
jovem estava falando sério e tomassem medidas disciplinares e "educacionais" decisivas .
Numa tarde de sexta-feira, depois de um dia de trabalho exaustivo, disseram a Ivan que
ele não merecia dormir em uma cama confortável no fim de semana caso se recusasse
••
a trabalhar aos sábados. Em vez disso, informaram que ele passaria o fim de semana no
centro de detenção temporária . Quando Ivan e seus comandantes chegaram á prisão,
os policiais descobriram que ela estava trancada e o diretor havia ido para outro lugar.
••
Durante a espera pelo retorno do diretor, os oficiais trocavam conversas, enquanto Ivan
contemplava o pôr do sol no encantador Lago Balkhash. Em silêncio, ele buscava segu- ••
••
rança e amparo divino. De repente, um sargento que passava parou e perguntou casual-
mente aos superiores de Ivan quem eles haviam levado para a prisão. "Um observador do
sábado", eles responderam. "Queremos reeducá-lo para que obedeça a ordens e trabalhe

••
aos sábados." "Nunca! ", exclamou o sargento. "Eu conheço essas pessoas. Preferem mor-
rer a trabalhar aos sá bados." Os policiais perceberam que haviam cometido um erro ao
permitir que o sargento falasse na presença de Ivan. Mas era tarde demais. Ivan recebeu
sua tão necessária dose de encorajamento.
O diretor chegou e, assim que o sábado começou , ele escoltou Ivan para a prisão : uma
sala de 2 x 3 metros, lotada com mais de dez outros soldados, a maioria dos quais fumava . ••
A pesada porta de metal foi fechada, e Ivan ocupou o único lugar disponível na entrada,
preparado para ficar em pé ou sentado pelo resto do fim de semana . O jovem soldado de
Cristo estava determinado a permanecer fiel ao sábado de Deus. Os minutos se arrastaram
••
até que chegou meia-noite, e Ivan começou a imaginar seus irmãos de fé, em sua cidade
natal, dirigindo-se alegremente à ig reja para adorar a Deus no culto realizado no início
do sábado, ao passo que ele se encontrava confinado em uma cela escura, permeada pelo
••
cheiro de fumaça de cigarro, ainda com três dias pela frente.
De repente, Ivan lembrou-se do último sermão que tinha ouvido em sua igreja antes
de partir para o serviço militar. Era sobre a história de Elias no monte Carmelo e como ele
••
orou sete vezes pedindo chuva . E se eu também orar sete vezes? pensou Ivan. Embora
parecesse quase uma presunção, ele decidiu tentar. Ele murmurou sua primeira oração sim- ••
••
ples em seu coração. Nada aconteceu. A segunda prece seguiu-se. No entanto, nenhuma
"resposta celestial". Terceira oração. Posteriormente, a quarta . Quinta . Sexta. E então,
enfim, ele formulou em seu coração a sétima oração. Um absoluto silêncio envolveu a

••
meia -noite após o término de suas palavras. O silêncio não abalou a determinação nem
a fé de Ivan. Ele estava disposto a permanecer leal a Deus, mesmo que o Senhor não res-
pondesse de forma aparente às suas sete preces. Pelo menos, ponderou consigo mesmo,
dei o meu melhor, não foi?
No entanto, apenas um minuto depois, o silêncio foi quebrado por passos do lado de
fora da prisão, que foram seguidos pelo tilintar de chaves e depois pelo rangido da porta ••
1136 1 O grande confl ito

•• ao ser aberta . O diretor apareceu na porta e vasculhou a sala com sua lanterna . Quando

•• o diretor avistou Ivan, ele ordenou que saísse. Do lado de fora, o supervisor o levou ao
seu escritório, improvisou uma cama simples, mas confortável e convidou o jovem para

••
que dormisse. Ivan se deitou e logo pegou no sono. Pela manhã, acordou com outra sur-
presa : o supervisor trouxe o café da manhã para ele, e, ainda por cima, o carcereiro deu
a Ivan uma sacola com comida e o conduziu até a margem do lago onde o libertou para

••
desfrutar o sábado na natureza .
Ivan passou os vários sábados seguintes da mesma forma. Os policiais o levavam para
a prisão no fim de semana . O diretor o libertava e o alimentava por todo o fim de semana .

•• Então, na segunda-feira de manhã, Ivan voltava ao quartel. Nos meses e anos que se segui-
ram , muitas outras situações semelhantes se desenrolaram, testemunhando intervenções
miraculosas de Deus em seu favor. Depois de dois anos, Ivan voltou para casa um jovem

•• maduro, forte e fiel a Deus . Sim , ele foi contra o gigante exército soviético, que procurava
esmagar sua fé. Sim , seus oficiais disseram que ele não era digno de dormir nos colchões
do exército, mas Deus deu a última palavra . Ele cuida de Seu povo fiel , que toma a deci-

•• são, como o profeta Daniel e Ivan, de permanecer leal a Ele .

Lealdade cristã

•• A lealdade sempre fascinou os estudiosos da natureza e da história humana. Como uma


atitude comportamental, ela tem sua base em várias coisas, sendo que algumas delas são
biológicas ou predeterminadas, como a família ou o local de nascimento. As decisões pes-

•• soais formam outra base para a lealdade. Essas decisões podem estar relacionadas a várias
coisas, como benefícios monetários (pagamento, recompensas) , convicções ou visões de

••
mundo e moralidade. Algumas pessoas baseiam sua lealdade no dever, outras na pre-
ferência e outras ainda na utilidade. Os objetos de lealdade estão relacionados a essas
bases. As pessoas mostram sua devoção a suas famílias, tribos, nações, religiões , ideolo-

••
gias e filosofias , à natureza e aos negócios, apenas para mencionar algumas manifesta-
ções de lealdade. Mas o que é a lealdade cristã? Por que e a quem os cristãos são leais?
Para ajudar a responder a essas perguntas, observemos a história de Jó. Em conversas

•• com Satanás, Deus destaca a sua retidão e lealdade ou temor de Deus (Jó 1:8). Fiel à sua
natureza enganosa e rebelde, Satanás levantou uma de suas questões essenciais : "Será
que é sem motivo que Jó teme a Deus?" (Jó 1:9). Satanás afirmou que a base para a leal-

•• dade humana era egoísta : "Acaso não puseste uma cerca em volta dele, da família dele
e de tudo o que ele possui? Tu mesmo tens abençoado tudo o que ele faz, de modo que
os seus rebanhos estão espalhados por toda a terra . Mas estende a Tua mão e fere tudo

•• o que ele tem, e com certeza ele Te amaldiçoará na Tua face" (Jó 1:10, 11, NVI). Antes de
ser expulso do Céu , Satanás acusou Deus de Se impor de maneira falsa, abusiva e egoísta
sobre as afeições e lealdades dos seres não caídos. Assim, a lealdade deles a Deus teria

•• sido motivada pelo benefício e interesse. Da mesma forma, o maligno argumentou que a
base para a lealdade do povo de Deus na Terra também estava enraizada em um desejo
pessoal e egoísta de sobreviver e prosperar. Essa má interpretação da realidade fe ita por

•• Satanás deu origem ao grande conflito universal e, também, ao tempo de sofrimento de

Abr • Mai • Jun 2024 l 1371


Jó e suas muitas perguntas. No entanto, a incrível fidelidade dele provou que Satanás
••
estava errado e ilustrou a verdade ira base da lealdade cristã a Deus: um amor inabalável
e incondicional por Ele e o profundo desejo de ser justo. ••
••
Naquela primeira noite de se xta-feira na cela , a lealdade de Ivan a Deus foi imediata-
mente recompensada . Mas essa recompensa não era a base de sua fidelidade ao Senhor,
afinal, ele estava determinado a permanecer f iel a Deus, independentemente de qual-

••
quer resposta aparente. Da mesma forma , ao enfrentar a perspectiva de uma morte horrí-
vel em uma "fornalha de fogo ardente" na planície de Dura (Dn 3:15), os am igos de Dan iel
responderam corajosamente a Nabucodonosor : "Não precisamos defender-nos diante de
ti (.. .), o Deus a quem prestamos culto pode livrar-nos, e Ele nos livrará das suas mãos,
ó rei. Mas, se Ele não nos livrar, saiba, ó rei , que não prestaremos culto aos seus deuses
nem adoraremos a imagem de ouro que mandaste erguer" (Dn 3:16-18, NVI). Anos depois, ••
o profeta Habacuque cantou :
"Mesmo não florescendo a figueira , não havendo uvas nas videiras; mesmo falhando a
safra de azeitonas, não havendo produção de alimento nas lavouras, nem ovelhas no cur-
••
ral nem bois nos estábulos, ainda assim eu exultarei no Senhor e me alegrarei no Deus
da minha salvação" (Hc 3:17,18, NVI).
Mas como essa lealdade é gerada no coração e na mente do povo de Deus? Sim, o
••
povo de Deus e o restante do Universo sentem o impulso de serem leais ao Senhor por-
que Ele é o seu Criador e, portanto, seu Pai. A família é uma razão convincente por si só .
Mas há mais: o povo de Deus obtém sua lealdade de Deus . Eles são criados à Sua imagem
••
(Gn 1:26, 27). Deus é amor e, por Sua graça , os seres humanos são amorosos . Deus é justo,
e a humanidade orig inalmente foi criada justa. Deus é fiel ou leal, e os seres humanos ••
••
também podem escolher ser fiéis ou leais, com a ajuda de Deus. É justamente Seu amor e
fidelidade para conosco que gera em nós amor e lealdade para com Ele. O apóstolo João
explicou que não somos leais a Deus por causa do medo, pois "no amor não exi ste medo;

••
pelo contrário, o perfeito amor lança fora o medo. Porque o medo envolve castigo, e quem
teme não é aperfeiçoado no amor. Nós amamos porque Ele nos amou primeiro" (lJo 4:18,
19). O discípulo amado explica : "Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado
a Deus, mas em que Ele nos amou e enviou o Seu Filho como propiciação pelos nossos
pecados" (1Jo 4:10; ver também João 3:16).
••
APLICAÇÃO PARA A VIDA
1. A história de Ivan é realmente incrível e encorajadora. Mas também sabemos que,
••
para cada relato como esse, há muitos outros cuja fidelidade trouxe calamidade e sofri-
mento para as pes soas e, talvez, para seus entes queridos. Como devemos encarar his-
tórias como essas?
••
2. Às vezes, podemos nos perguntar se não é mais fácil trair o Senhor do sábado em
tempos de liberdade do que em tempos de perseguição. Se não conseguimos santificar o
sábado quando temos toda a liberdade para fazê-lo, como podemos esperar ser fié is em
••
períodos de turbulência e pressão?

1138 1 O gra nde conflito


••
•• O triunfo do
Lição

•• amor de Deus
13
••
•• VERSO PARA MEMORIZAR: "Então ouvi
uma voz forte que vinha do trono e dizia:

•• - Eis o tabernáculo de Deus com os seres


humanos. Deus habitará com eles. Eles
serão povos de Deus, e Deus mesmo

••
estará com eles e será o Deus deles. E lhes
enxugará dos olhos toda lágrima. E já não
existirá mais morte, já não haverá luto, nem
pranto, nem dor, porque as primeiras coisas

•• passaram" (Ap 21: 3, 4) .

•• leituras da semana: Ap 22:11, 12;


Jr 30:5-7; SI 91:1-11; Jr 25:33; Ap 21:2;
20:11-15

•• Sábado, 22 de junho RPSP: Jn 2

•• P odemos encarar o futuro com esperança. Ainda que enfrentemos de-


safios, sofrimento, dificuldades e tristezas, se tivermos esperança de
dias melhores, viveremos com propósito e alegria. Franklin D. Roosevelt

•• foi presidente dos Estados Unidos de 1933 a 1945, um dos períodos mais
difíceis da história desse país. Paralisado pela poliomielite e incapaz de ca-

••
minhar sem ajuda, escreveu: "Sempre nos apegamos à esperança, à cren-
ça, à convicção de que há uma vida melhor, um mundo melhor além do
horizonte". Albert Einstein, um dos homens mais brilhantes do mundo,

•• escreveu: "Aprenda com o ontem, viva para o hoje, tenha esperança no


amanhã". Alfred Lord Tennyson, poeta inglês durante o reinado da rai-
nha Vitória, escreveu: "A esperança irá sorrir no limiar do ano vindouro,

•• sussurrando: 'Esse ano será mais feliz"'.


Na última lição deste trimestre, veremos o amor inabalável de Cristo em
meio ao momento mais emocionante da história e Sua vitória no grande

•• conflito entre o bem e o mal. O Apocalipse nos dá esperança hoje, ama-


nhã e para sempre.
*Esta lição.se baseia nos capítulos 39 a 42 do livro O Grande Conflito.
-
m
•• Abr • Mai • Jun 2024 11391
Domingo, 23 de junho

Esperança no tempo de angústia


RPSP: Jn 3
••
1. Que eventos ocorrerão pouco antes da volta de Cristo? Ap 22:11, 12; ••
Dn 12:1, 2; )r 30:5-7

••
O fim do tempo da graça para o ser humano será seguido por um tempo
de angústia "como nunca houve desde que existem nações até aquele
••
tempo". Apocalipse 16 descreve as sete últimas pragas que serão derrama-
das sobre o mundo ímpio. Mas, assim como aconteceu no caso das pragas
que caíram no Egito, os fiéis serão protegidos delas. Temos uma promes-
••
sa: "Naquele tempo, o povo de Deus será salvo, todo aquele que for acha-
do inscrito no livro" (Dn 12:1). Isso deve ser uma referência ao "livro da
vida" (Fp 4:3; Ap 13:8; 20:12, 15; 22:19). Se permanecermos fiéis a Jesus,
••
nossos nomes não serão apagados do livro da vida (Ap 3:5).
••
••
2. Leia 1 João 3:1-3; João 8:29 e 14:30. Qual é a única preparação eficaz para
o tempo de angústia que se aproxima?

Os fiéis têm um relacionamento tão profundo com Jesus que nada ••


pode abalar. O desejo deles é agradar o Senhor de modo que, por meio do
Espírito Santo, eles tenham a pureza divina. Não havia nada no coração
de Cristo que correspondesse aos enganos de Satanás. Podemos refletir
••
esse aspecto de Seu caráter também.

3. Leia os Salmos 27:5; 91:1-11; Apocalipse 3:10-12. Que promessas tranqui-


••
lizadoras Deus nos dá para o tempo de angústia?
••
Há algumas pessoas que têm compreendido de forma errada a ideia de
passar pelo tempo de angústia sem um mediador. Jesus cessará Sua media- ••
••
ção no santuário do Céu quando todos tomarem a decisão final a favor ou
contra Ele. Mas isso não significa que estaremos sozinhos durante esse
tempo, confiando em nossa própria força .· Jesus nos assegurou de que

••
estará conosco sempre (Mt 28:20). Durante o tempo de angústia, nossa
fé se fortalecerá, e nosso anseio pela eternidade aumentará, de modo que
nosso único desejo será viver com Jesus para sempre.

1140 1 O grande conflito



•• Segunda, 24 de junho RPSP: )n4

•• Esperança do breve retorno de Jesus

•• 4 . Leia João 14:1-3; Tito 2:11-14. À luz dos desafios do futuro e do tempo de
angústia, por que esses versos são tão encorajadores?

••
•• J
esus disse: "Que o coração de vocês não fique angustiado". Essas pala-
vras garantem que Ele nunca nos deixará e voltará para nos levar para
casa. Este mundo não é nosso lar. Um dia melhor chegará. Uma vez a cada

•• 25 versos, o NT fala da volta do Senhor. Quando os dias forem escuros e


as leis opressivas da união da Igreja com Estado ameaçarem a vida, a pro-
messa da segunda vinda de Cristo encherá nosso coração com a "bendita

•• esperança" que tem inspirado o povo fiel de Deus em todas as gerações .

5. Leia Apocalipse 6:15-17; Isaías 25:8, 9. Compare as atitudes dos salvos e

•• dos perdidos reveladas nesses versos. O que explica a diferença entre


essas duas atitudes?

•• Os ímpios percebem as horríveis consequências do pecado, enquanto

•• os justos aceitam as maravilhosas provisões da graça. A rebelião contra


Deus leva ao medo, à culpa, à condenação e, finalmente, à perdição eterna .
Nossa resposta à Sua graça salvadora leva ao perdão, à paz e à alegria eter-

•• nas em Seu glorioso retorno .

•• 6 . Leia Apocalipse 15:3, 4; 19:7. Como os redimidos responderão à gloriosa


salvação provida por meio de Cristo?

•• "A cruz de Cristo será a ciência e o cântico dos remidos por toda a eter-

••
nidade. No Cristo glorificado, eles contemplarão o Cristo crucificado. [...]
O fato de o Criador de todos os mundos, o Árbitro de todos os destinos,
ter deixado Sua glória e se humilhado por amor ao ser humano desper-

•• t~: ;:;~:;: :,:~: : ::::);1~16


tará eternamente a admiração e a adoração do Universo" (Ellen G. White,
5

1
•• :::.,ve a Wog,essão desses ve,sos O que
isso nos diz sobre a última guerra da Terra e a vitória de Cristo?
Abr • Mai • Jun 2024 l 141 I
Terça, 25 de junho

O milênio na Terra
RPSP: Mq 1
••
A pocalipse 19 termina com uma descrição dramática da volta de Jesus ••
e da destruição dos ímpios. Mas a história não acaba aí. Apocalipse 20
nos introduz a um período que durará mil anos, conhecido como o "milênio".
••
7. O que acontecerá a Satanás quando Jesus voltar? Ap 20:1-3
••
As imagens de Apocalipse 20:1-3 são simbólicas. Satanás não ficará
amarrado literalmente com uma corrente e trancado em um abismo. Por
••
mil anos, ele estará confinado à Terra desolada e despovoada, limitado
pelas circunstâncias que ele mesmo criou. Em 2 Pedro 2:4, lemos que Sata- ••
••
nás e seus anjos estão destinados à punição por "correntes de escuridão".
Satanás será confinado à Terra por uma cadeia de circunstâncias, sem ter
ninguém para tentar. Por mil anos, ele verá a devastação, destruição e o
desastre que sua rebelião criou.
A palavra abismo é o termo usado na Septuaginta (tradução grega do AT)
para descrever a Terra na criação (Gn 1:2). A Bíblia descreve a Terra deso- ••
lada, não uma caverna ou abismo em algum lugar do Universo. O pecado e
a destruição trazidos por Satanás, juntamente com o caos que precederá a
volta de Cristo, tornará a Terra uma massa escura e desorganizada, como
••
era sua condição no início da criação.

8 . Leia Jeremias 4:23-26; 25:33; Isaías 24:1, 3, 5. Como os profetas bíblicos


••
descrevem essa cena?
••
Os profetas enfatizam a destruição que ocorrerá na segunda vinda de
Cristo, e que ninguém será deixado vivo na Terra no período de mil anos .
••
Satanás e seus anjos serão deixados para contemplar os estragos causa-
dos por sua rebelião. O Universo inteiro reconhecerá novamente que o ••
••
salário do pecado é a morte. Deus lida com o problema do pecado de um
modo que ele nunca mais se levantará (Na 1:9). Deus faz isso de três for-
mas principais: primeiro, Ele revela Seu amor ilimitado, Seu desejo e esfor-

m ••
ços incansáveis para salvar a humanidade. Segundo, revela Sua justiça,
equidade e retidão. Terceiro, permite que o Universo veja os resultados
do pecado e da rebelião.

l 142 I O grande conflito



•• Quarta, 26 de junho RPSP: Mq 2

•• Juízo no milênio
9 . Leia Apocalipse 20:4-6. O que os justos farão durante os mil anos, e por

•• que isso é importante?

•• D urante o milênio, os justos terão a oportunidade de observar em pri-


meira mão a justiça e o amor de Deus na maneira de lidar com o pe-

•• cado. Quem não tem perguntas que gostaria de fazer a Deus? Se um ente
querido ou amigo não estiver lá, os salvos terão a oportunidade de en-
tender plenamente as decisões divinas. Os redimidos compreenderão as

•• poderosas tentativas divinas de salvar a todos. Perceberão novamente que


os perdidos ficaram fora do Céu porque rejeitaram a Cristo. Só então, de-

••
pois dos mil anos, Deus trará o juízo final - a segunda morte, a destrui-
ção eterna - sobre os perdidos .

•• 10. Leia Apocalipse 20:7-9. Como os mil anos terminarão? Qual será o des-
tino de Satanás e de seus seguidores?

•• Por mil anos, Satanás não terá ninguém para enganar. Ele e seus anjos

•• estarão sozinhos para refletir sobre as consequências do pecado. No fim


do milênio, os ímpios serão ressuscitados para enfrentar o juízo e receber
sua recompensa final (Ap 20:5).

•• Satanás, então, terá um vasto exército de seguidores. Embora tenha


sofrido derrota após derrota no grande conflito, ele se sentirá encorajado
ao ver a enorme multidão de perdidos. Ainda não disposto a acabar com

•• sua rebelião, sairá para enganar as "nações". Satanás os inspirará a fazer


um último grande esforço para derrubar Deus e estabelecer seu próprio
reino. O termo "Gogue e Magogue" é usado para simbolizar Satanás e os

•• perdidos de todas as eras. Ele e seus seguidores cercarão "o acampamento


dos santos e a cidade amada" (Ap 20:9) .

•• m
Os santos viverão e reinarão com Cristo na Nova Jerusalém durante
o milênio. Então, no fim dos mil anos, a cidade descerá até a Terra, junto
com Deus, Jesus, os anjos e todos os redimidos. Todos estarão presentes

•• para a batalha final do grande conflito. O pee:ado estará prestes a ser erra-
clicado de uma vez por todas!
.. . . ...


O que o momento do juízo final diz sobre o caráter de Deus?
Abr • Mai • Jun 2024 l 143 I
Quinta, 27 de junho RPSP: Mq 3
••
Duas eternidades ••
11. Por que os ímpios serão ressuscitados? 2Co 5:10; Rm 14:10, 11; Ap 20:11-15
••
P ara solucionar definitivamente o problema do pecado, todos devem ser ••
convencidos de que Deus é justo. Finalmente, todo joelho se dobra-
rá e reconhecerá a justiça divina no grande conflito. Até mesmo Satanás
e seus anjos reconhecerão que nunca houve justificativa para a rebelião . ••
Observe esta descrição de Ellen G. White: "Logo que os livros de registro
são abertos e o olhar de Jesus incide sobre os ímpios, eles se recordam de
todo pecado cometido. Veem exatamente onde seus pés se desviaram do
••
caminho da pureza e da santidade, precisamente até onde o orgulho e a
rebelião os levaram na violação da lei de Deus. As sedutoras tentações que
estimularam cedendo ao pecado, as bênçãos pervertidas, os mensageiros
••
de Deus desprezados, as advertências rejeitadas, as ondas de misericór-
dia rebatidas pelo coração obstinado, impenitente - tudo aparece como
que escrito com letras de fogo . [...]
••
"Todo o mundo ímpio está em julgamento perante o tribunal de Deus,
acusado de alta traição contra o governo do Céu. Não há ninguém para
pleitear sua causa. Estão sem desculpa, e a sentença de morte eterna é pro-
••
nunciada contra eles" (Ellen G. White, O Grande Conflito [CPB, 2021] ,
p. 551, 553). ••
12. O que a Bíblia revela sobre a destruição do pecado e dos pecadores e a
recompensa dos justos? Ap 20:9; SI 37:20; MI 4:1, 2 ••
••
Satanás e seus anjos serão destruídos no lago de fogo. O pecado e os
pecadores serão eliminados. Eles serão consumidos, destruídos e não ator-
mentados eternamente (Ap 20:9). O verso seguinte usa a expressão "para
••
todo o sempre". Em alguns contextos, a expressão "para sempre" não sig-
nifica "de forma infinita", mas "para sempre até que algo seja totalmente
concluído" (Êx 21:6; lSm 1:22, 28; Jd 7; 2Pe 2:4-6). Para os perdidos, ades-
••
truição é eterna, não o ato de destruir. Deus não é um torturador eterno .
••
Uma das duas eternidades aguarda a todos nós. Infelizmente os perdidos receberão o
"salário" da morte eterna. Por que nossa esperança está em confiar na justiça de Jesus?
11441 O grande conflito
••
•• Sexta, 28 de junho RPSP: Mq 4

•.. Estudo adicional


"Ali, mentes imortais contemplarão, com prazer que jamais acabará, as

•• maravilhas do poder criador, os mistérios do amor que redime. Não


haverá nenhum adversár io cruel, enganador, para tentar nos fazer esque-
cer de Deus. Todas as habilidades se desenvolverão, e todas as capacida-

•• des serão ampliadas. A aquisição de conhecimento não cansará a mente


nem esgotará as energias. Ali os mais grandiosos empreendimentos po-
derão ser levados avante, as mais elevadas aspirações poderão ser alcan-

•• çadas, e realizadas as mais altas ambições [... ]


"Com a visão desobstruída, olham para a glória da criação - sóis, estre-
las e sistemas planetários, todos em sua ordem indicada, orbitando ao

•• redor do trono da Divindade. Em todas as coisas, desde a menor até a


maior, está escrito o nome do Criador, e em todas se manifestam as rique-

••
zas de Seu poder.
"O grande conflito terminou. Pecado e pecadores não mais existem.
O Universo inteiro está purificado. Urna única pulsação de harmonia e feli-

•• cidade vibra por toda a vasta criação. Daquele que tudo criou emanam vida,
luz e alegria por todos os domínios do espaço infinito. Desde o minúsculo
átomo até o maior dos mundos, todas as coisas, animadas e inanimadas,

•• em sua serena beleza e perfeita alegria, declaram que Deus é amor" (Ellen
G. White, O Grande Conflito [CPB, 2021] , p. 559, 560) .

•• Perguntas para consideração


1. Por que Deus permitiu que o pecado existisse por tanto tempo? Ninguém
sofre mais do que o tempo de sua existência. A vida é curta em compa-

•• ração com os milhares de anos de pecado. Essa perspectiva nos ajuda a


lidar com a questão do mal?
2. Corno o m ilênio se encaixa no plano da salvação? Somente quando to-

•• dos os redimidos estiverem convencidos da justiça, da equidade e do


amor divinos, o juízo final será aplicado aos perdidos. O que esse perío-

••
do diz sobre o caráter de Deus?
Respostas e atividades da semana: 1. Um te mpo de angústia sem precede ntes. 2. Alime ntar espera nça na co-
munhão; agradar a Deus e se afastar do mal. 3. Jes us nos guarda rá. 4 . Porque most ram que a volta de Jesus é certa .
5. Medo da parte dos ímpios e alegria da parte dos justos, os quais decidi ram aceitar a salvação e ag uardar a vi n-

••
da do se u Sa lvador, enq uant o os ímpios O rejeit ara m. 6 . Os salvos se alegra rão, louvarão a Cristo e O adorarão. 7.
Ficará confinado à Terra desolada por mil a nos. 8. Re latam uma destruição catastrófica; a Terra ficará nova me nte
sem for ma e vazia, como a ntes da criação. Ni ng ué m será deixado vivo aqui. 9. Julgarão os que se perdera m; terão
oportunidade de ti rar suas dúvidas qua nto aos perdidos; viverão e rei narão com Cristo; pode rão ver a forma just a

m
como Deus sempre lidou com o pecado e com os pecadores. 10. No fi m dos mil a nos, Sat anás será solto de sua pri-

••
são e reu nirá seus seg uidores para a últi ma batalha. Serão la nçados no lago de fogo e e nxofre. 11. Porque todos t e-
rão de comparecer ao tribunal de Deus. 12. Os ímpios serão destruídos por completo e defi nitiva mente; os justos
viverão para sempre .

• Abr • Mai • )un 2024 1145 1


AUXILIAR DO PROFESSOR - LIÇÃO 13
O triunfo do amor de Deus
••

~
TEXTO-CHAVE: Apocalipse 21 :3, 4
••
••
FOCO DO ESTUDO:Jr 30:5-7 ; Ap 3:10 ; Is 33:15, 16; Sl 91:1-11; Ap 1:7; Ap 19:11-16; Ap 20;
Jr 25:33; Jr 4:23-28 ; Ap 21:1-4; Mt 8:11; Is 65 :17, 22, 23 ; Ap 22 :1-5, 11

ESBOÇO

Introdução: A lição desta semana encerra nosso estudo e destaca os acontecimentos


finais na guerra cósmica entre Deus e Satanás. Entre os eventos notáveis que ocorrem ••
••
no auge do grande conflito estão: (1) o tempo de angústia ; (2) a segunda vinda de Jesus;
(3) o juízo executivo no Céu durante o milênio, com um resumo dos eventos terrenos e
celestiais daquela época ; e (4) a restauração de todas as coisas para a eternidade. A Bíblia
promete que o grande conflito terminará com a vitória de Deus. A Palavra de Deus nos
convida a depositar nossa confiança Nele, a colaborar com Ele na redenção de tantas
pessoas quanto possível e a compartilhar de Sua história passada (a cruz), presente (sal- ••
vação individual e experiência coletiva, na igreja) e vitória futura (o desfecho cósmico) .
Temas da lição: O estudo desta semana reuniu quatro temas que se relacionam :
1. O próprio Deus manterá e protegerá Seu povo durante as partes mais brutais da ••
batalha final do grande conflito.
2. O grande conflito terminará com a vitória de Deus sobre o diabo, sobre o mal e o
pecado, e sobre o sofrimento e a morte. Essa tríplice vitória é garantida porque já foi asse-
••
gurada por Cristo por meio de Sua morte e ressurreição.
3. Compartilhamos da vitória de Deus quando a aceitamos pela fé e permitimos que o
Espírito Santo opere em nós.
••
4. A vitória de Deus culminará na segunda vinda de Jesus, no juízo milenar e na res-
tauração de todas as coisas.
••
COMENTÁRIO
••
••
O fechamento da porta da graça
O fechamento da porta da graça é um assunto que muitas vezes provoca medo em
muitas pessoas. O tempo de graça termina para cada indivíduo em sua morte. Ou seja , a
janela de oportunidade para que ele responda à graça de Deus será fechada quando ele
morrer. A postura adotada diante da graça manifestada por Deus terá implicações eter-
nas . O Senhor é justo e tratará o caso de cada indivíduo de acordo com a luz que recebeu ; ••
mas nossa resposta individual é decisivamente importante.
No entanto, os adventistas entendem pelas Escrituras que, além do fechamento da
porta da graça na morte de alguém , haverá um momento na história do grande conflito ••
1146 I O grande conflito

••
••
em que Deus declarará que terminou o tempo em que as pessoas podem aceitar Sua graça
perdoadora a fim de serem salvas. Essa ocasião marcará o limite irrevogável, após o qual
nenhuma salvação será possível. O mundo então viverá sob o pronunciamento que o livro

•• de Apocalipse registra : "Continue o injusto a praticar injustiça; continue o imundo na imun-


dícia ; continue o justo a praticar justiça ; e continue o santo a santificar-se" (Ap 22 :11, NVI) .
Verdadeiramente preocupados com sua salvação, muitos cristãos e adventistas fazem per-

•• guntas como: E se o momento do fechamento da porta da graça me pegar desprevenido


ou desatento? E se eu não estiver completamente pronto naquele momento?
Precisamos deixar aqui pelo menos dois pontos bem esclarecidos.

•• Primeiro, o fechamento da porta da graça é real e acontecerá. Os enganos, intrigas e


maldades do diabo não continuarão para sempre. O pecado, o sofrimento e a morte não
nos dominarão eternamente. Eternizar o diabo, o mal e a morte significaria dizer que o

•• Criador não é um Deus de amor e justiça . Mas porque Ele é, acabará com as fontes e forças
do mal. O Senhor esperou pacientemente e deu todas as oportunidades aos seres huma-
nos para testar Suas promessas, para conhecê-Lo e retornar a Ele e ao Seu reino de graça .

•• Imagine o quanto Deus teria amado que toda a humanidade aceitasse Seu evangelho! Mas
haverá um momento em que Ele deverá dizer: "Basta , está terminado".

••
Um segundo ponto é que Deus não retirará Seu dom de graça mantenedora de Seu
povo, mesmo que retire Sua misericórdia e graça perdoadora daqueles que permanece-
rem impenitentes no fechamento da porta da graça. Esse ponto é de extrema relevância:

••
o fechamento da porta da graça não significa que o amor e a graça de Deus pela huma-
nidade atingiram um limite ou se esgotou . O Senhor nunca deixa de ser o Deus de amor,
justiça e graça descrito na Bíblia . É por essa razão que, após o fechamento da porta da

•• graça , não haverá mais ninguém que sinceramente deseje receber a graça de Deus e que
tenha respondido com fé à Sua misericórdia , a quem Ele diria : "Lamento, é tarde demais .
Eu queria tê-lo salvado, mas o tempo de graça terminou ".

•• O fechamento da porta da graça de Deus será Sua confirmação de que cada indivíduo
tomou sua decisão final sobre Sua graça e Seu reino. Em um momento futuro da história,
o cenário histórico do mundo será tal que todos os habitantes da Terra tomarão essa decisão

•• final e ficarão do lado de Deus ou de Satanás. No entanto, essa decisão não será tomada no
impulso do momento. Em vez disso, em relação à eternidade, cada um decidirá com base em
sua liberdade de escolha, tendo plena consciência das consequências. Assim como o norte

•• de Israel e Judá quando rejeitaram a aliança de Deus e o Messias, alguns decidirão que não
querem estar com o Deus da Bíblia. Outros concordarão com a mentira de Lúcifer de que

••
eles são deuses e imortais, afinal, não apreciam a ideia de estar com Deus em Seu reino .
O Senhor Se entristece com essas decisões inalteráveis; Ele apresentou todas as evidên-
cias e o amor necessários para salvá-los , mas respeitará sua escolha final. Outros, porém,

••
decidem aceitar a graça de Deus porque O amam e querem ficar com Ele para sempre .
Além disso, é importante ressaltar que o fechamento da porta da graça não significa

••
que, após esse momento, o povo fiel de Deus ficará desprovido de Sua presença, de Sua
graça e da Sua justiça que os cobre. Cristo nos assegurou que Ele estará conosco "até o
fim dos tempos" (Mt 28 :20, NVI). A capacitação do Espírito Santo, que receberemos no alto

Abr • Mai • Jun 2024 l 1471


m
clamor, não será removida de nós. Todo o povo de Deus, desde Adão e Abel até Abraão,
Moisés, Davi , Isaías, Paulo e até o último cristão selado antes do fechamento da porta da
••
graça, alcançará a salvação única e exclusivamente por meio da justiça e intermediação
de Cristo, mediante a fé . Assim, a ideia de que alguns cristãos no fim dos tempos resisti-
rão por seus próprios méritos e poder não é bíblica.
••
O novo céu e a nova Terra na Bíblia ••
••
Os cristãos geralmente falam e cantam sobre o Céu como o lugar de seu destino final e
descanso eterno. No entanto, devemos manter a compreensão bíblica do Céu e evitar cair
em visões pagãs ou filosóficas sobre o paraíso. De acordo com muitas cosmovisões, como

••
as filosofias grega, hindu ou budista, o Céu é uma suposta esfera transcendente, atempo -
ral e sem espaço que apenas uma mente ou alma humana desencarnada poderia alcançar.
Na filosofia grega , a mente humana que atinge o Céu de alguma forma mantém sua iden-
tidade e consciência . De acordo com o hinduísmo, budismo e neoplatonismo, a consciên -
cia humana que alcança o Céu deve desaparecer dissolvendo-se na consciência universal.
Como resultado da influência da filosofia grega clássica no cristianismo tradicional, a ••
maioria dos cristãos agora acredita na imortalidade da alma e em um Céu espiritual, em opo-
sição a um Céu material. Esses cristãos não percebem que tais conceitos filosóficos criam
contradições irreconciliáveis em sua teologia e em sua vida . Por um lado, ao pensar sobre a
••
morte e o Céu, os cristãos tradicionais raciocinam em termos filosóficos gregos: na morte,
a alma imortal vai para um reino transcendente, atemporal e sem espaço, chamado inferno
ou Céu. Em outra perspectiva, esses mesmos cristãos acreditam no ensino bíblico extrema-
••
mente claro da ressurreição do corpo. No entanto, eles não percebem que a imortalidade da
alma e a ressurreição do corpo são simplesmente incompatíveis e geram inúmeras inconsistências. ••
••
Se nossa alma é imortal e está no Céu com Deus, por que ressuscitar o corpo? Sob tais
circunstâncias, a ressurreição do corpo implicaria que a alma deixaria o reino espiritual
do Céu e entraria novamente na esfera material, temporal e espacial. Mesmo assim, se

••
apenas a alma for imortal, devemos nos perguntar: A ressurreição do corpo será perma -
nente? O corpo agora também será eterno?
Os ensinamentos bíblicos sobre a natureza humana e a ressurreição eliminam todas
essas inconsistências e problemas. Primeiramente, o ensino bíblico da natureza humana
integral indica que os seres humanos não possuem uma alma imortal, mas são seres vivos
complexos, indivisíveis e integrados. Em Seu retorno.Jesus ressusc itará todo o ser humano. ••
Em segundo lugar, o ensino bíblico da natureza da humanidade rejeita o dualismo grego
e seu conceito de que o Céu é uma esfera divina, transcendente, atemporal e imaterial.
De acordo com a Bíblia, na morte nosso ser não é dividido. Não vivemos como uma alma
••
etérea ou uma alma que trans ita , totalmente consciente, para um estado de transcen -
dência além do Universo criado. Quando morremos, todo o nosso ser morre. No entanto,
quando Cristo voltar, Ele ressuscitará todo o nosso ser e nos acolherá em Seu reino real ,
••
histórico, temporal e espacial. Sim, na segunda vinda de Cristo viajaremos com Ele para o
trono de Deus, para o santuário celestial, em algum lugar no centro do Universo. Mas essa
viagem ocorrerá no Un iverso temporal e espacial, o que significa que viajaremos no espaço
••
1148 I O grande conflito

••
••
e no tempo. Jamais iremos além do Universo. Na verdade, nenhum ser criado jamais será
transcendente porque somente Deus é transcendente ou está além do Universo criado.
Querer alcançar o transcendente equivale a desejar ser Deus .

•• O juízo milenar no Céu também será um evento histórico que ocorrerá no espaço e no
tempo, dentro do santuário celestial de Deus diante de Seu trono, que também está loca-
lizado em um lugar no centro do Universo. Depois do juízo, voltaremos à Terra . Após o

•• juízo executivo de Deus contra o diabo e o resto dos rebeldes, Deus restaurará nosso pla-
neta à sua beleza e perfeição originais. A nova Terra será o nosso lar. Lá viveremos como
originalmente pretendíamos viver antes da queda : cheirando flores , cultivando um jar-

•• dim, estudando uma folha, brincando com um leão, encontrando redimidos de todas as
idades, bem como anjos e outros seres criados, e interagindo com eles. Um ponto ainda
mais importante é que desfrutaremos o privilégio da comunhão face a face com Deus e

•• iremos adorá-Lo pessoalmente. A Terra e o Universo serão reconciliados e serão trazidos


de volta à harmonia e unidade que existiam antes da queda . Seremos capazes de viajar

••
livremente por todo o Universo. A impossibilidade atual de viajarmos ao Céu não decorre
de limitações temporais, espaciais, materiais ou de velocidade, mas é uma consequên-
cia do pecado. Quando o grande conflito finalmente terminar e o pecado for removido de

••
uma vez por todas, a nova (renovada) Terra será integrada ao Céu, e então se cumprirá a
mais preciosa das promessas da Bíblia : uma nova Terra e um novo Céu .

•• APLICAÇÃO PARA A VIDA


1. Existem pessoas em sua congregação que têm medo de falar sobre os eventos finais?

•• Você é uma delas? Como você as ajudaria a superar esse medo? De que maneira você e
sua comunidade poderiam comunicar nossa mensagem bíblica como um anúncio de espe-
rança , em contraste com a deturpada versão cinematográfica de Hollywood sobre um

•• mundo pós-apocaliptico de terror? Ao mesmo tempo, como podemos abordar de maneira


realista muitos dos aspectos mais sombrios do grande conflito, como a perseguição reli-
giosa e o período de angústia?

•• 2. As pessoas em sua cultura acreditam no retorno de uma divindade ou de um grande


guru? O que essa crença nos diz sobre a esperança da humanidade pelo retorno de um
salvador advindo do "além"? Como você compartilharia a esperança da segunda vinda de

•• Jesus Cristo com tal público? Quais pontos você enfatizaria?


3. Alguns cristãos ou pessoas seculares acreditam que a segunda vinda de Cristo é

••
meramente um símbolo de uma profunda transformação moral do indivíduo humano ou
da sociedade. Como você explicaria a essas pessoas que a vinda de Cristo será um evento
literal, visível e audível, no qual o próprio Jesus entrará pessoalmente em nossa histó-

••
ria, tempo e espaço?
4. O que as pessoas de sua cultura pensam sobre o Céu? Em comparação com as Escri-
turas, o que há de problemático nos pontos de vista populares sobre o Céu? Como você

••
compartilharia com sua comunidade a descrição bíblica do Céu? Quais aspectos das pers-
pectivas bíblicas sobre o Céu teriam um apelo especial para as pessoas da sua cultura?

Abr • Mai' • Jun 2024 1149 1


Lição do próximo trimestre: O Evangelho de Marcos
Autor: Thomas R. Shepherd
••
Lição 1

O início do evangelho
29 de junho a 6 de julho

••
VERSO PARA MEMORIZAR: "Depois de João ter sido preso, Jesus foi para a Galileia, ••
pregando o evangelho de Deus. Ele dizia: - O tempo está cumprido, e o Reino de Deus
está próximo; arrependam-se e creiam no evangelho" (Me 1:14, 15).

Leituras da semana: At 13:1-5, 13; 15:36-39; Me 1:1-15; Is 40:3; Dn 9:24-27 ••


1. Leia Atos 12:12. Como Marcos é apresentado no livro de Atos? ••
2. Leia Atos 13:1-5, 13. Como João Marcos se uniu a Saulo e Barnabé, e qual ••
foi o resultado disso?

••
3. Leia Atos 15:36-39. Por que Paulo rejeitou João Marcos e por que Barnabé
lhe deu uma segunda chance?
••
4. Leia Colossenses 4:10; 2 Timóteo 4:11; Filemom 24 e 1 Pedro 5:13. Que de-
talhes sobre a recuperação de Marcos esses versículos sugerem?
••
••
••
5. Leia Marcos 1:1-8. Quem são os personagens desses versículos, e o que
eles dizem e fazem?

6 . Leia Êxodo 23:20; Isaías 40:3; Malaquias 3:1. O que essas três passagens
têm em comum? ••
7. Leia Marcos 1:9-13. Quem esteve presente no batismo de Jesus, e o que ••
aconteceu?

••
8. Leia Marcos 1:14, 15. Quais são as três partes da mensagem do evange-
lho que Jesus proclamou?
••
1150 I

••
•• Estudo adicional

•• L eia, de Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 66-76 ("A Voz


do Deserto"); Atos dos Apóstolos, p. 106-112 ("Arautos do Evangelho").
É fascinante perceber que Apocalipse 14:6 e 7, a mensagem do pri-

•• meiro anjo, é paralela à mensagem do evangelho que Jesus apresentou


em Marcos 1:15 .
O primeiro anjo leva o evangelho eterno ao mundo nos últimos dias

•• em preparação para a segunda vinda de Cristo. O evangelho para o fim


dos tempos, proclamado por esse anjo, possui os mesmos três elementos
que a mensagem de Jesus, como é ilustrado na seguinte tabela:

•• Categoria Marcos 1 Apocalipse 14

•• Profecia de tempo

Promessa da aliança
O tempo está cumprido (Dn 9)

O Reino está próximo


É chegada a hora do juízo
(Dn7;8)

O evangelho eterno

•• Chamado ao discipulado Arrependam-se e creiam


Temam, deem glória e
adorem a Deus

•• A mensagem do primeiro anjo anuncia o início do juízo pré-advento,


predito na profecia dos 2.300 dias de Daniel 8:14, e que começou em 1844 .

•• Esse juízo traz o Reino de Deus ao Seu povo perseguido (Dn 7:22). O cha-
mado do primeiro anjo, para temer, glorificar e adorar a Deus, é o chamado
ao discipulado, proclamado ao mundo nos últimos dias, quando os pode-

•• res da besta de Apocalipse 13 apresentam um falso deus para temer, glo-


rificar e adorar.
Assim como a mensagem de Jesus apresentada em Marcos 1 estava

•• intimamente ligada às profecias de Daniel no início da proclamação do


evangelho, a mensagem do primeiro anjo também está ligada a Daniel no
fim da história da Terra .

•• Perguntas para consideração


1. Quais são as semelhanças e as diferenças entre João Batista e Jesus

•• em Marcos 1:1-13? Que lições aprendemos com com essa comparação?


2. Leia Romanos 6:1-4 e João 3:1-8 e compare com o batismo de Jesus em

••
Marcos 1:9-13. Quais são as semelhanças e as diferenças entre os tex-
tos? Como isso o ajuda a entender o significado do batismo?
3. Quais são as semelhanças e as diferenças entre o evangelho segundo

••
Jesus (Me 1:14, 15) e a mensagem do primeiro anjo (Ap 14:6, 7)? Com-
preender essas mensagens o ajuda a enxergar melhor sua missão?

Abr • Mai • Jun 2024 l 151 I


e1
••
••
EMOCIONE-Sli ••
com os relatos comoventes da vida do filho
mais velho de um dos casais de pioneiros da ••
Igreja Adventista do Sétimo Dia.
••
••
••
"Da caixa de tipos
móveis. Henry Nichols
White escolheu uma ••
letra. outra e mais outra.
[..] Cada letra contribuiu
para uma sentença. um ••
parágrafo. um artigo."

Assim a autora começa


••
a narrar a história do filho
primogênito de Tiago e
Ellen White. ••
••
••
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GUIA DE ESTUDOS PARA REUNIÕES DE PEQUENOS GRUPOS

....
CSJ

=
O GRANDE CSJ

:z:
=
CONFLITO
=
=
<l'.
••
Sumário
• lntrodução ............................................................................................................................................ 154 ••
••
Estrutura e metodologia de estudo ............................................................................................ 155
Programa das reuniões nos lares ................................................................................................ 155

1•
2•
Lições
Prova de fé ......................................................................................................................................... 156
Paciência e perseverança ............................................................................................................... 157 ••
3•
4•
5•
Lei de Deus ......................................................................................................................................... 158
Antes de tudo, compartilhar a verdade ......................................................................................159
Santificação ........................................................................................................................................ 160
••
6•
7•
8•
Juízo investigativo ............................................................................................................................. 161
Origem do mal : o grande inimigo ................................................................................................162
Anjos na luta entre o bem e o mal ............................................................................................... 163
••
9•
10 •
O que há por trás do túmulo? ...................................................................................................... 164
Conflito iminente .............................................................................................................................. 165 ••
••
11 • Nossa única salvaguarda ·················································································:······························166
12 • Da angústia à libertação ................................................................................................................. 167
13 • O dia glorioso .................................................................................................................................... 168

INTRODUÇÃO ••
O grande conflito está prestes a terminar. Que boa notícia ! Ao observarmos o tema do
grande conflito numa visão panorâmica , percebemos como tem ocorrido uma luta intensa
entre Cristo e Satanás ao longo da história. Essa luta , conforme revisaremos nestas lições ••
para Pequenos Grupos, também fo i travada por muitos que foram corajosos para assumir
sua posição ao lado de Cristo. Mas, na atual fase da história, chegamos ao tempo do fim .
É a nossa vez de enfrentar o conflito em nome de Jesus. Iremos à batalha, corajosamente,
••
a cada dia? Estamos dispostos a dar a vida pela causa de Cristo? Que essas reflexões o
ajudem a ser corajoso e fiel até o fim .
Alberto Silva
••
••
••
••
Administração da Divisão Sul-Americana: Stanley Arco, Marlon Lopes e Edward Heidinger
Coordenação geral: Bill Qu ispe (diretor de Escola Sabatina - DSA)
Texto: Alberto Silva (diretor de Escola Sabatina da União Chilena)
Adaptação e editoração: An dré Oli veira Santos

••
Revisão: Rosemara Santos e Adria na Te ixeira
Projeto gráfico: Levi Gruber
Imagem da capa: Adobe Stock

1154 1 Guia de Estudos para Reuniões de Pequenos Grupos


•• ESTRUTURA E METODOLOGIA DE ESTUDO PARA AS REUNIÕES DO PEQUENO GRUPO

•• O propósito das reuniões de Pequeno Grupo é ajudar a construir uma comun idade a
partir da história de vida de cada participante. Para alcançar esse objetivo, os professo-
r~s da Escola Sabatina e outros líderes devem seguir a estrutura de estudos sugerida aqu i.

•• CADA ESTUDO ESTÁ DIVIDIDO NAS SEGUINTES PARTES :


1. Quebra-gelo

•• A pergunta "quebra-gelo" ajuda a encorajar a conversa e a participação entre os mem-


bros do PG. É importante que a maioria participe. Isso ajuda na introdução do tema cen-

••
tral a ser desenvolvido .

2. Para refletir

•• No momento de reflexão, os participantes conhecerão histórias reais e refletirão sobre


conceitos e ideias relacionados à vida prática (se necessário, usaremos nomes fictíc ios
para preservar os envolvidos). O grupo deverá compartilhar informação a fim de promover

•• transformação. Para isso serão usados textos bíblicos e citações de Ellen G. White como
base para o tema abordado em cada lição .

•• 3.Abrindo o coraçilo
No momento de "abrir o coração", devemos investir no amadurecimento das emoções .
Os participantes poderão relatar histórias pessoais, conforme desejarem . O coordena -

•• dor deve usar perguntas para incentivar os participantes a "abrir o coração". Não será um
momento para debater, mas para aprender a "amar e a respeitar uns aos outros".

•• 4. Trabalhando juntos
O foco nessa etapa do estudo será a formação de comportamentos adequados à apren-

••
dizagem gerada na discussão de cada tema . Os participantes poderão chegar a consensos
sobre ações que executarão até o encontro seguinte .

•• PROGRAMA DAS REUNIÕES NOS LARES


1. Acolhimento: recepcione todos com simpatia e entusiasmo. Duração: até 5 minutos.
2. Momentos de louvor (opcional). Duração: 10 minutos .

•• 3. Oração: dinamize esse momento fazendo-o em duplas, trios, com pedidos escritos,
etc. Alterne entre pedidos e agradecimentos. Duração: até 5 minutos .
4. Quebra-gelo: faça a pergunta e se possível seja o primeiro a responder. Isso moti-

•• vará os demais. O quebra-gelo será sempre relacionado ao tema a ser estudado .


5. Estudo do tema: ler o texto bíblico e dialogar sobre as perguntas. Não pregue. Incen-
tive a participação de todos. Duração: até 25 minutos.

•• 6. Conclusão: o líder do grupo apresenta um resumo do estudo e uma decisão a ser


tomada no cotidiano dos participantes. Duração: até 5 minutos .

• Abr • Mai • Jun 2024 l 155 I


1 ••

·voc~s precisam perseverar, para que, havendo feito a vontade de Deus, alcancem a pro-
messa. 'Porque, ainda dentro de pouco tempo, Aquele que vem virá e não irá demorar; mas o ••
Meu justo viverá pela fé'" (Hb 10:35-38).

■ QUEBRA-GELO ••

Como você reage às provações? Sua fé desaba? Discuta com o grupo.

PARA REFLETIR
"De todos os grandes movimentos religiosos desde os dias dos apóstolos, nenhum foi •••
mais livre de imperfeições humanas e dos enganos de Satanás do que o do outono de
1844" (Ellen G. White, O Grande Conflito [CPB, 2021) , p. 341).
·o tempo havia passado, o Senhor não viera . [.•.) Os crentes fervorosos e sinceros tinham ••
abandonado tudo por Cristo. [...) Conforme acreditavam, tinham dado o último aviso ao
mundo. [...) Com intenso desejo, eles haviam orado: 'Vem , Senhor Jesus! Vem logo! ' Mas
Ele não veio. E, agora , assumir de novo o fardo pesado das preocupações e dificuldades
••
da vida, suportar as acusações e zombarias de um mundo escarnecedor, era uma terrível
prova de fé e paciência (O Grande Conflito, p. 342, 343).
Foram tentados a duvidar se Deus de fato os havia conduzido. As palavras: ·o Meu justo ••
viverá pela fé" (Hb 10:38) se aplicavam a esse tempo.
Os crentes de 1844 passaram por uma grande prova . Abatidos pela decepção, só pode-
riam se manter firmes pela fé na Palavra. O único caminho seguro seria valorizar a luz que
••
já tinham recebido de Deus, continuar a examinar as Escrituras e aguardar com paciên-
cia, esperando por mais luz. ••
■ ABRINDO O CORAÇÃO
1. Como teríamos agido se tivéssemos enfrentado essa prova de 1844? ••
••
2. Em 1844, alguns tiveram fé inabalável. As dificuldades abalam nossa fé?

■ TRABALHANDO JUNTOS
Peçam a Deus que mostre a vocês pessoas que estejam sofrendo. Orem com elas e
lembrem-se de que Deus nunca abandona Seus filhos .
••
••
••
l 156 I Guia de Estudos para Reuniões de Pequenos Grupos

••
•• Paciência e perseverança

•• "Chegaram as virgens imprudentes, dizendo: 'Senhor, Senhor, abra a porta para nós!' Mas
o noivo respondeu:'[. ..] Não as conheço.' {. ..]" (Mt 25 :11-13) .

•• ■ QUEBRA-GELO
O que ocorre com a nossa fé quando Deus demora em responder nossos pedidos?

•• ■ PARA REFLETIR
"A proclamação 'Eis o Noivo!' (Mt 25:6), feita no verão de 1844, levou milhares a espe-

•• rar o imediato advento do Senhor. No tempo indicado, o Noivo veio, não para a Terra,
como o povo esperava, mas ao Ancião de Dias, no Céu, às bodas, à recepção de Seu reino .

••
[...) Os seguidores de Cristo devem esperar pelo seu Senhor, 'ao voltar Ele das festas de
casamento'" (Lc 12:36; Ellen G. White, O Grande Conflito (CPB, 2021), p. 361).
"Na parábola, aquelas que tinham óleo em suas vasilhas com as lamparinas foram as que

••
entraram para as bodas. Aqueles que, junto com o conhecimento da verdade das Escrituras,
tinham também o Espírito e a graça de Deus e que, na noite de sua amarga prova, espe-
raram pacientemente, examinando a Bíblia para obter uma luz mais clara, foram os que

•• viram a verdade referente ao santuário celestial e a mudança no ministério do Salvador


e, pela fé, O acompanharam em Sua obra naquele santuário. Todos os que (...) aceitam
as mesmas verdades, seguindo a Cristo pela fé, ao Ele entrar na presença de Deus para

•• efetuar a última obra de mediação (...) todos esses são representados como indo para as
bodas· (O Grande Conflito, p. 361) .

•• ■ ABR I NDO O CORAÇÃO


1. Se vivêssemos em 1844, teríamos mantido a esperança da volta de Jesus?
2. Sabemos como esperar pacientemente as respostas de Deus?

•• ■ TRABALHANDOJUNTOS
Procurem pessoas que precisem da ajuda do grupo para obter as vestes das bodas

•• do Cordeiro .

••
••
•• Abr • Mai • Jun 2024 l 157 I
3 ••
"Em verdade lhes digo: até que a céu e a terra passem, nem um i au um til jamais passará
••
da Lei, até que tudo se cumpra · (Mt 5:18).

••
••
■ QUEBRA-GELO
Existe algum mandamento que seja mais difícil de cumprir?

••
■ PARA REFLETIR
"No próprio centro do Decálogo está o quarto mandamento. (.. .) O Espírito de Deus
tocou o coração dos que estudavam Sua Palavra, e ficaram convencidos de que haviam
transgredido ignorantemente esse preceito, deixando de levar em consideração o dia de
repouso do Criador. Começaram a examinar as razões para a observância do primeiro dia da
semana em lugar do dia que Deus havia santificado. Não conseguiram achar nas Escrituras ••
prova alguma de que o quarto mandamento havia sido abolido ou de que o sábado fora
mudado; a bênção que, desde o princípio, santificava o sétimo dia nunca fora removida"
(Ellen G. White, O Grande Canflito (CPB, 2021), p. 366). ••
"Os adoradores de Deus se distinguirão pelo respeito ao quarto mandamento - con-
siderando que esse é o sinal de Seu poder criador. (...) Os adoradores da besta se distin-
guirão por seus esforços para derrubar o monumento do Criador e exaltar a instituição de
••
Roma " (O Grande Conflito, p. 375).
Quando os cristãos de 1844 perceberam o erro no dia de repouso, decidiram obedecer
a Deus, não aos homens. Obedeceremos a Deus ou à besta .
••
■ ABRINDO O CORAÇÃO ••
••
1. Somos diligentes no estudo da Palavra de Deus? Obedeceremos a Deus, como fize-
ram os cristãos em 1844?
2. Conhecemos as razões para guardarmos o sábado?

■ TRABALHANDO JUNTOS
Façam uma lista de coisas que não devem ser feitas no sábado e uma lista de ativida- ••
des que podem ser feitas no sábado. Pratique esses princípios.

••
••
••
1158 I Guia de Estudos para Reuniões de Pequenos Grupos

••
••
•• "Aqui está a perseverança das santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em
Jesus · (Ap 14:12) .

•• ■ QUEBRA-GELO
Como podemos distinguir algo original e verdadeiro de uma imitação?

•• ■ PARA REFLETIR
"Os que receberam a luz referente ao santuário e à imutabilidade da lei de Deus

•• encheram-se de alegria [...] ao verem a beleza e harmonia do conjunto de verdades. [...]


Desejaram que a luz [...] fosse transmitida a todos os cristãos· (Ellen G. White, O Grande

••
Conflito [CPB, 2021] , p. 382) .
"Os verdadeiros seguidores de Cristo[...] não esperam que a verdade se torne popular.
[.. .] Aceitam resolutamente a cruz, confiando, como o apóstolo Paulo, em que 'nossa leve

••
e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda compa-
ração" (2Co 4:17; O Grande Conflito, p. 387).
Hoje, assim como em eras passadas, a exposição da verdade desperta oposição. "Elias foi

••
acusado de ser o perturbador de Israel. Jeremias fo i denunciado como traidor, e Paulo como
profanador do templo. Desde aquele tempo até hoje, os que desejam ser fiéis à verdade têm
sido denunciados como revolucionários, hereges ou facciosos· (O Grande Conflito, p. 386).

•• "Não era a vontade de Deus que os filhos de Israel vagueassem durante 40 anos no
deserto. [... ] Mas 'não puderam entrar por causa da incredulidade'" (Hb 3:19; O Grande
Conflito, p. 385).

•• Os portadores da verdade têm sofrido oposição, mas sempre haverá pessoas dispos-
tos a seguir a verdade, ainda que caiam os céus .

•• ■ ABRINDO O CORAÇÃO
1. Que verdades causam oposição hoje? Como podemos comunicá -las?
2. Os fiéis sempre encontraram oposição. É fácil compartilhar a verdade hoje?

•• ■ TRABALHANDO JUNTOS

••
Pensem sobre as situações cotidianas em que vocês podem compartilhar a verdade. Em
seguida, procurem maneiras novas e criativas de contar aos outros sobre a verdade de Cristo
e usem pelo menos uma delas nesta semana . Discuta seus resultados na próxima reunião .

••
•• Abr • Mai • Jun 2024 l 159 I
••
• u.
·'--. ·__ -· :,.,. ··•.tSantificação
• ;. •[ • ~~ ~-~ : J \ :.. : : • ~
••
"A vontade de Deus é a santificação de vocês" (lTs 4:3).
••
■ QUEBRA-GELO
O que significa ser santo? Somos santos? Como podemos nos santificar?
••
■ PARA REFLETIR
"'Esta é a vontade de Deus: a vossa santificação' (lTs 4:3). A Bíblia ensina claramente
o que é santificação e como deve ser alcançada. O Salvador orou por Seus discípulos :
••
'Santifica-os na verdade; a Tua Palavra é a verdade '" (Jo 17:17; Ellen G. White, O Grande
Conflito [CPB, 2021) , p. 394).
·os que experimentam a santificação bíblica manifestarão um espírito de humildade"
••
(O Grande Conflito, p. 395). Reconhecem o quanto são indignos em contraste com a pureza
e a perfeição de Deus. ••
••
· o profeta Daniel foi um exemplo da verdadeira santificação. (...] Em vez de se achar
puro e santo, esse honrado profeta , ao interceder junto a Deus em favor de seu povo,
identificou-se com os israelitas que realmente estavam na prática do pecado" (O Grande

••
Conflito, p. 395).
Há os que "ensinam que a santificação é uma obra instantânea , pela qual, unicamente
mediante a fé , alcançam perfeita santidade. 'Somente creia', dizem, 'e a bênção será sua .'
Não consideram necessário nenhum outro esforço por parte de quem recebe. (...) Mas
será que é possível que os seres humanos sejam santos (...) sem estar em harmonia com
os princípios que são a expressão de Sua natureza e vontade?" (O Grande Conflito, p. 396). ••
A santificação é progressiva . Conhecer a Cristo é o início desse processo vitalício, que
só pode ser realizado em parceria com o Senhor.
••
■ ABRINDO O CORAÇÃO
1. Que eventos na vida de Daniel mostram que ele participava da santificação?
••
••
2. É possível ser santo sem obedecer aos mandamentos de Deus? Por quê?
3. Como podemos crescer diariamente no processo de santificação?

••
■ TRABALHANDO JUNTOS
No início de cada dia da semana , leia os Dez Mandamentos. Se puder fazer isso com
sua família , melhor ainda . Compartilhe-os também com alguém que não os conheça ou

••
não os leia há muito tempo.

1160 1 Guia de Estudos para Reuniões de Pequenos Grupos


••
•• · Juízo investigativ,o·-.·.~ -·.-\ \;~l~J;) ·:,,; -: :?>~~:

' ,.,.'~'('- .,~A_,....:. ,·,,~;,,.~r.::;..:f...,X~~.1,.:.1,v.,:::,·.,~<.u.~~~~...~

•• "Milhares de milhares O serviam, e milhões de milhões estavam diante Dele. Foi instalada
a sessão do tribunal e foram abertos os livros · (Dn 7:10) .

•• ■ QUEBRA-GELO
O que é um juízo? Quem participa dele?

•• ■ PARA REFLETIR
"Antes do dilúvio, depois que Noé entrou na arca , Deus o trancou ali e excluiu os ímpios;

•• mas, durante sete dias, o povo, não sabendo que seu destino estava determinado, conti -
nuou em sua vida de descuido e de amor aos prazeres, zombando das advertências sobre

••
o juízo iminente. 'Assim', disse o Salvador, 'será também a vinda do Filho do Homem'
(Mt 24:39). Silenciosamente, despercebida como o ladrão no meio da noite, virá a hora
decisiva" (Ellen G. White, O Grande Conflito [CPB, 2021], p. 411) .

••
· os livros de registro no Céu (... ] devem determinar a decisão do juízo. (.. .] O Livro da
Vida contém os nomes de todos os que entraram alguma vez no serviço de Deus" (O Grande
Conflito, p. 403) .

•• "Ao lado de cada nome, nos livros do Céu, estão escritos, com tremenda exatidão, toda
palavra inconveniente, todo ato egoísta, todo dever não cumprido e todo pecado secreto,
junta mente com toda hipocrisia dissimulada . Advertências ou admoestações enviadas pelo

•• Céu e que foram negligenciadas, momentos desperdiçados, oportunidades não aprovei-


tadas, influência exercida para o bem ou para o mal, juntamente com seus resultados de
longo alcance, tudo é anotado pelo anjo relator" (O Grande Conflito, p. 404) .

•• ■ ABRINDO O CORAÇÃO
1. Por que os ímpios continuaram sua rotina quando a porta da arca já estava fechada?

•• Que conexão pode ser feita entre essa cena e o fim dos tempos?
2. Podemos ter certeza de que estamos inscritos no livro da vida?

••
3. O fato de que há um juízo investigativo deve afetar nossa maneira de viver?

■ TRABALHANDO JUNTOS

••
Reflita sobre o registro de suas ações nos livros do Céu . Peça perdão, se necessário. Se
você teve algum problema com alguém, tente chegar a um acordo. Se souber de inimizade
entre outras pessoas, ore sobre isso .

••
•• Abr • Mai • Jun 2024 l 161 I
;·-::;-1... . . Origéin d.êf inal;·o. ·g~~nde.inimigo · ••
••
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"Você pensava assim: 'Subirei ao Céu, exaltarei a meu trono acima das estrelas e me assenta-
rei no monte da congregação, nas extremidades do Norte. Subirei acima das mais altas nuvens
e serei semelhante ao Altíssimo·· (Is 14:13, 14).
••
■ QUEBRA-GELO
Se você pudesse eliminar uma coisa negativa deste mundo, o que seria? Por quê? ••
■ PARA REFLETIR
"O pecado originou -se com Aquele que, abaixo de Cristo, havia sido o mais honrado . ••
[... ] Antes de sua queda , Lúcifer foi o primeiro dos querubins cobridores santo e inconta-
minado" (Ellen G. White, O Grande Conflito [CPB, 2021]. p. 413).
"Cobiçando a honra que o Pai havia conferido ao Filho, esse príncipe dos anjos aspi- ••
rava a um poder que somente Cristo tinha o direito de exercer. [...] Uma nota discordante
rompeu a harmonia celestial" (O Grande Conflito, p. 413, 414).
"Da mesma forma como Satanás retratou de maneira falsa o caráter de Deus no Céu, ••
fazendo com que Ele fosse considerado severo e tirano, assim também induziu o ser humano
a pecar. E, depois que conseguiu ser bem-sucedido nisso, [.. .] Deus ofereceu uma prova
de Seu amor, entregando o Filho unigênito para morrer pela raça decaída . Na expiação, o
••
caráter de Deus é revelado. O poderoso argumento da cruz demonstra a todo o Universo
que o governo de Deus não foi, de forma alguma, responsável pela conduta pecaminosa que
••
••
Lúcifer adotou· (O Grande Conflito, p. 418,419).
O inimigo de Deus está tentando nos enganar e nos derrubar. Só podemos resistir a
ele mantendo um relacionamento com o Senhor, para que o pecado seja repulsivo a nós

••
como o foi para o nosso Mestre.

■ ABRINDO O CORAÇÃO

••
1. Como teria sido a história se o mal não tivesse surgido no coração de Lúcifer?
2. Há pessoas hoje que imitam na Terra as ações de Satanás no Céu? De que maneira?
3. Se fôssemos defender o amor e a justiça de Deus, que argumentos usaríamos?

■ TRABALHANDO JUNTOS
Diante das dificuldades desta semana , lembrem-se de que Deus é sempre justo e am·o- ••
roso, apesar de tudo. Contem sobre o amor de Deus a alguém.

••
••
1162 I Guia de Estudos para Reuniões de Pequenos Grupos

••
••
•• ·o anjo do S ENHOR acampa-se ao redor dos que O temem e os livra" (Sl 34:7) .

••
■ QUEBRA-GELO
Você ouviu um relato em que um anjo interveio na vida de alguém?

•• ■ PARA REFLETIR
"Os anjos são enviados em missões de misericórdia aos filhos de Deus. A Abraão, com
promessas de bênçãos; às portas de Sodoma , para livrar o justo Ló da condenação do fogo ;

•• a Elias, quando estava a ponto de perecer de cansaço e fome no deserto ; a Eliseu , com
carros e cavalos de fogo , cercando a pequena cidade em que estava confinado por causa
de seus inimigos ; a Daniel, enquanto buscava sabedoria divina na corte de um rei pagão

•• ou abandonado para se tornar presa dos leões ; a Pedro, condenado à morte no calabou ço
de Herodes" (Ellen G. White, O Grande Conflito [CPB , 2021] , p. 428) .

••
"Ao povo de Deus, exposto ao poder enganador e à constante maldade do príncipe das
trevas[ ...] é assegurada a incessante proteção dos seres celestiais: [...] Há poderosas for-
ças do mal a serem enfrentadas" (O Grande Conflito, p. 428) .

••
"Ninguém corre maior risco de cair sob a influência dos espíritos maus do que aque-
les que (... ] negam a existência e atuação do diabo e seus anjos. (... ] É por isso que, ao
nos aproximarmos do fim da história , quando Satanás trabalhará com o má ximo poder

••
para enganar e destruir, ele espalha por toda parte a crença de que não existe" (O Grande
Conflito, p. 431).
"Porém os que seguem a Cristo estão sempre seguros sob Sua proteção. Anjos magn ífi -

•• cos em poder são enviados do Céu para protegê-los. O maligno não pode romper a guarda
que Deus colocou em redor de Seu povo· (O Grande Conflito, p. 432) .

•• ■ ABRINDO O CORAÇÃO
1. Por que temos a certeza de que os anjos de Deus virão em nosso au xílio?
2. Os demônios atuam hoje? Como eles trabalham e qual é o seu objetivo?

•• ■
3. Qual é o perigo de não saber da batalha invisível entre anjos e demônios?

TRABALHANDO JUNTOS

•• Diante dos seus desafios, lembre-se de que os anjos os acompanham . Converse com
pessoas sobre a ação dos anjos . Compartilhe as experiências com o grupo .

••
•• Abr • Mai • Jun 2024 l 163 I
. .
O que há por trás do túmulo? ••
"Porque vocé é pó, e ao pó voltará" (Gn 3:19). ••
■ QUEBRA-GELO
Por que as pessoas têm medo da morte? Por que não deveríamos temê-la?
••
■ PARA REFLETIR
"E a declaração da serpente a Eva no Éden - 'é certo que não morrereis' (Gn 3:4) -
••
foi o primeiro sermão pregado acerca da imortalidade da alma. Entretanto, essa decla-
ração, baseada apenas na autoridade de Satanás, ecoa dos púlpitos cristãos e é recebida ••
••
pela maior parte da humanidade tão facilmente como o foi pelos nossos primeiros pais"
(Ellen G. White, O Grande Conflito [CPB, 2021], p. 445,446).
"Bendito descanso para os justos cansados! Seja longo ou breve o tempo, para eles é

••
apenas um momento. Estão dormindo até o dia em que serão despertos pela trombeta de
Deus para uma imortalidade gloriosa· (O Grande Conflito, p. 458).
"Quando forem chamados de seu profundo sono, seus pensamentos continuarão exa-
tamente do ponto em que haviam parado. A última sensação foi a agonia da morte; o
último pensamento, o de que estavam caindo sob o poder da sepultura. Mas, ao se levan-
tarem do túmulo, seu primeiro alegre pensamento se expressará na triunfante aclama- ••
ção: 'Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?'" (lCo 15:55 ;
O Grande Conflito, p. 458).
••
■ ABRINDO O CORAÇÃO
1. De que forma a expressão "é certo que não morrereis", dita pela serpente no Éden,
continua a enganar o mundo inteiro atualmente?
••
2. Que conselho você daria a alguém que afirma ter visto um falecido?
3. Como apreciar o imenso amor de Deus por nós, mesmo diante da morte?
••
■ TRABALHANDO JUNTOS
Como será reencontrar, na ressurreição, nossos entes queridos já falecidos? Faça uma ••
••
lista de pessoas especiais já falecidas que você gostaria de rever. Compartilhe a esperança
da ressurreição com alguém que esteja precisando de conforto.

••
••
1164 1 Guia de Estudos para Reuniões de Pequenos Grupos

:1
•• Conflito iminente ·-
.
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.

: "-~·
·

••
., ·' ' '.,,:,-.•~-·· -

·o dragão ficou irado com a mulher e foi travar guerra com o restante da descendência dela,

•• ou seja, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus" (Ap 12:17) .

■ QUEBRA-GELO

•• ■
Há quanto tempo você guarda o sábado? Você já precisou defender essa crença?

PARA REFLETIR

•• ·o último grande conflito entre a verdade e o erro será nada mais que a batalha final
da prolongada controvérsia relativa à lei de Deus. [...] Nenhum erro [... ] fere mais auda-

••
ciosamente a autoridade do Céu, [...] nenhum é ma is prejudicial em seus resultados do
que a doutrina [... ] de que a lei de Deus não mais vigora para os seres humanos" (Ellen G.
White, O Grande Conflito [CPB , 2021] , p. 485 , 486) .


"Por meio de dois grandes erros - a imortalidade da alma e a santidade do domingo - ,
Satanás aprisionará o povo em sua armadilha . [...] O próprio Satanás [...] aparecerá dis-
farçado de anjo de luz. Por meio do espiritismo, haverá milagres, doentes serão curados

•• e se realizarão muitas coisas inegavelmente espantosas· (O Grande Conflito, p. 489, 490) .


"Ao mesmo tempo que Satanás vai aparecer aos filhos dos homens como grande médico
que pode curar todas as enfermidades, ele trará moléstias e desgraças até que cidades

•• populosas se reduzam a ruína e desolação. [... ] Então o grande enganador convencerá


as pessoas [... ] [a atribuir] as suas inquietações àqueles cuja obediência aos mandamen-
tos divinos é uma perpétua reprovação aos transgressores " (O Grande Conflito, p. 491) .

•• ■ ABRINDO O CORAÇÃO
1. Como podemos defender a ideia de que a lei divina ainda está em vigor?

•• 2. Quando Satanás se passa por Cristo, como podemos vencer o seu engano?
3. Você está preparado para defender o sábado e a mortalidade da alma?

•• ■ TRABALHANDO JUNTOS
Faça uma lista de versículos bíblicos que confirmem os Dez Mandamentos, a morta-

••
lidade da alma e o verdadeiro dia do Senhor. Compare a lista com a de cada membro do
grupo. Compartilhe essas mensagens de esperança .

••

• Abr • Mai • Jun 2024 1165 I
1Q ••
·o Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em Meu nome, esse ensinará a vocês todas ••
as coisas e fará com que se lembrem de tudo o que Eu lhes disse· (Jo 14:26).

■ QUEBRA-GELO
••

Quanto tempo é necessário para estudar a Bíblia diariamente?

PARA REFLETIR
••
"Satanás usa todos os meios possíveis para impedir os seres humanos de obter conhe -
cimento da Bíblia , pois os claros ensinos dela desmascaram seus enganos (...] Somente ••
••
aqueles que têm fortalecido a mente com as verdades da Bíblia poderão resistir no último
grande conflito" (Ellen G. White, O Grande Conflito [CPB, 2021] , p. 494).
"Nunca se deve estudar a Bíblia sem oração. Somente o Espírito Santo pode nos fazer

••
sentir a importância do que é fácil assimilar ou impedir que nos afastemos do sentido das
verdades de difícil compreensão" (O Grande Conflito, p. 499).
"Os ensinos de Cristo devem ser armazenados previamente na memória para que o
Espírito de Deus nos faça lembrá-los na hora do perigo· (O Grande Conflito, p. 499, 500) .
Nossa única salvaguarda para o tempo do fim é ter estudado as Sagradas Escrituras em
espírito de oração. Assim, estaremos preparados para enfrentar, com sucesso, as grandes ••
provações que antecederão a segunda vinda de Cristo.

■ ABRINDO O CORAÇÃO ••
1. Basta ser sincero para ser salvo? Por quê?
2. O que é, então, a marca da besta?
3. O que devemos fazer, previamente, para que o Espírito de Deus nos lembre do que
••

devemos dizer e fazer no momento certo?

TRABALHANDO JUNTOS
••
Aumente gradualmente seu estudo diário da Bíblia. Aprenda pelo menos um versículo
bíblico por semana. Compartilhe os versículos aprendidos com o grupo. ••
••
••
••
1166 1 Guia de Estudos para Reuniões de Pequenos Grupos

·continue o injusto a Jazer injustiça[. ..] Ojusto continue na prática da justiça· (Ap 22: 11).

■ QUEBRA-GELO
Qual é a maior angústia que você se lembra de ter experimentado?

■ PARA REFLETIR
"Quando se encerrar a mensagem do terceiro anjo [... ] o povo de Deus terá cumprido
sua obra . Terá recebido a 'chuva serôdia', [...] e estará preparado para os momentos deci-
sivos que virão pela frente. [...] O mundo foi submetido à prova final , e todos os que foram
fiéis aos preceitos divinos receberam o 'selo do Deus vivo' (Ap 7:2). Então Jesus dei xa de
interceder no santuário celestial[ ...] e, com grande voz declara : 'Feito está!' (Ap 16:17). [...]
Deixando Ele o santuário, as trevas cobrem os habitantes da Terra. [...] Os justos devem
viver à vista de um Deus santo, sem intercessor" (Ellen G. White, O Grande Conflito [CPB,
2021], p. 510).
·o tempo de agonia e angústia que está diante de nós exigirá uma fé que possa supor-
tar o cansaço, a demora e a fome - fé que não esmoreça, mesmo que seja severamente
provada" (O Grande Conflito, p. 516).
Quando as pragas caírem sobre a Terra , os cristãos serão protegidos de cada uma delas.
Então, serão condenados à morte, pois serão acusados de serem a causa delas, mas não
poderão ser tocados (O Grande Conflito, p. 525, 526).

•• ■ ABRINDO O CORAÇÃO
1. Por que a oração é uma grande defesa para nós?
2. Como podemos fortalecer nossa fé para resistir a todas as provações?

•• ■
3. Podemos ter certeza de que não estaremos sozinhos nas provações?

TRABALHANDOJUNTOS

•• · caminhe com Deus" por meio da oração. Ore diariamente por alguém que esteja pas-
sando por dificuldades. Diga para a pessoa que você orou por ela .

••
••
••
• Abr • Mai • Jun 2024 1167 1
••
O dia glorioso
••
"Este é o SENHOR, o quem oguardóvamos; na Sua salvação exultaremos e nos alegraremos ·
(Is 25 :9).
••
■ QUEBRA-GELO
Em companhia de quem você gostaria de receber Jesus no glorioso dia de Sua vinda? ••
■ PARA REFLETIR
"O povo de Deus( ...) ainda estará clamando pela proteção divina, enquanto(...] homens ••
armados (...] estarão se preparando para a tarefa assassina . (...) Então o arco-íris, (...] atra-
vessa o céu e parece cercar cada um dos grupos em oração" (Ellen G. White, O
Conflito (CPB, 2021] , p. 527).
Grande
••
"A voz de Deus é ouvida no Céu . (...] Logo surge no oriente uma pequena nuvem escura .
(...) Jesus, na nuvem, avança como poderoso vencedor. Agora Ele vem, não mais como
'Homem de dores'" (Is 53 :3; O Grande Conflito, p. 531).
••
"Os ímpios suplicam para que sejam sepultados sob as rochas das montanhas, em vez de
ver o rosto Daquele que desprezaram. (...] Quantas vezes ela foi ouvida nos apelos tocan-
tes de um amigo, de um irmão, de um Redentor! (...] Aquela voz desperta memórias [...]
••
(de] advertências desprezadas, convites recusados" (O Grande Conflito, p. 532).
"A voz do Filho de Deus chama os santos que dormem.(...) Por toda a extensão da Terra,
os mortos ouvirão aquela voz, e os que ouvirem viverão. [...] Os justos vivos serão transfor-
••
mados 'num momento, num abrir e fechar de olhos' (1Co 15:52). [... ] Crianças serão leva-
das( ... ] aos braços de suas mães· (O Grande Conflito, p. 534, 535). ••
■ ABRINDO O CORAÇÃO
1. Como você imagina a volta de Jesus e a viagem para o Céu? ••
••
2. Por que é tão urgente compartilhar a esperança em Cristo?

■ TRABALHANDO JUNTOS
Faça uma lista das pessoas que você gostaria de ver no Céu, mas estão longe de Jesus .
Ore por elas e diga-lhes que você gostaria de viver com elas no Céu.
••
••
••
l 1681 Guia de Estudos para Reuniões de Pequenos Grupos
••
•• ,
•• COMENTARIOS
•• DEELLEN G. WHITE
••SOBRE A LIOÃO DA ESCOLA SABATINA DOS ADULTOS
PUBLICACÃOTRIM ESTRAL - N2 61 - ISSN1984-493X A8 R I MA1 1 J UN 1 2 0 2 4

••
•• O grande conflito
••
••
••
Autora: Ellen G. White
Editoração: André Oliveira Santos e Lucas Diemer de Lemos
Revisão: Rosemara Santos e Esther Fernandes
Copyright © da edição internacional:
General Conference of Seventh-day Adventists,
Silver Spring, EUA.

••
Direitos internacionais reservados.
Editor de Arte: Thiago Lobo
Projeto Gráfico: André Rodrigues Direitosde tradução e publicação
Capa: Eduardo Olszewski em língua portuguesa reservadosà
Programador Visual: William Lobo

•• ~
Ilustração de Capa: Thiago Lobo

Exemplar Avulso: R$14,50


Assinatura: R$ 48,90
~
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l
Casa Publicadora Brasileira
Rodovia SP 127 - km 106
Caixa Postal 34
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••
Tel.: (15) 3205-8800
Os Comentários de Ellen G. White Sobre a Lição da Escola www.cpb.com.br
Sabatina dos Adultos constituem marca registrada perante
o Instituto Nacional da Propriedade Industrial. Diretor Geral: Edson Erthal de Medeiros
Diretor Financeiro: Uilson Garcia

••
Os Comentários de Ellen G. White Sobre a Lição da Escola
Sabatina dos Adultos são preparados pelo Departamento
Gerente Editorial: Wellington Barbosa
Gerente de Produção: Reisner Martins
da Escola Sabatina e Ministério Pessoal da Associação Geral Gerente Comercial: Filipe Corrêa de Lima
dos Adventistasdo Sétimo Dia .

•• A Casa Publicadora Brasileira é a editora oficialmente


autorizada a traduzir, publicar e distribuir, com
exclusividade, em língua portuguesa, os Comentários
Serviço de Atendimento ao Cliente: (15) 3205-8888
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Segunda a quinta, das 8h às 20h .

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de Ellen G. White Sobre a Lição da Escola Sabatina Sexta, das 7h30 às15h45.
dos Adultos, sendo proibida a sua edição, alteração, Domingo, das8h30 às14h.
modificação, adaptação, tradução, reprodução ou E-mail: sac@cpb.com.br
publicação, de forma total ou parcial, por qualquer pessoa
ou entidade, sem a prévia e expressa autorização por 11438/47688

•• escrito de seus legítimos proprietários etitulares. Todosos direitosreservados.Proibidaareproduçao


totalouparcial, porqualsquermeios,sejamimpressos,
eletrõoicos, fotogr.if1CosouSOOOfO!t,entreoutros.
sempdvidilUtorizaçJoportsaitoda editora.
••
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Índice ••
••
1. A guerra por trás de todas as guerras ........................ .................. 5
2. A questão central: amor ou egoísmo? ......................................... 12
••
3. A luz brilha na escuridão ........... .... .. ...................... ,..................... 19
4. Em defesa da verdade .................................................................. 26 ••
5. Fé contra todas as dificuldades ................................................... 33
6. As duas testemunhas ......................................................... .......... 40 ••
7. Motivados pela esperança .. .. ... .. .... .. .. .. .. ... ... .. .. .. .. ... .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 47
8. Luz do santuário .......................................................................... 54 ••
9. O fundamento do governo de Deus ........................................... 61
10. Espiritismo exposto ...................................................... ............... 68 ••
11. Conflito iminente ............................. ........................ ......... ... ........ 75
12. Eventos finais .... ........................................................ .. ................. 82 ••
13. O triunfo do amor de Deus .... ..................................................... 89
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Aproveite aoportllflidade
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••

•• Lição

•• A guerra por trás


•• de todas as guerras 1
•• Sábado, 30 de março

•• Após a queda de nossos primeiros pais, Cristo declarou que, para salvar
o ser humano da penalidade do pecado, Ele viria ao mundo com o objetivo
de vencer Satanás no próprio terreno do inimigo. O conflito que tinha co-

•• meçado no Céu deveria continuar na Terra .


Nesse conflito haveria muita coisa envolvida. Grandes interesses esta-
vam em jogo. Perante os habitantes do universo celestial deveriam ser res-

•• pondidas as questões: "Será que a lei de Deus é imperfeita e necessita de


emendas ou revogação, ou é imutável? Necessita ser modificado o governo

••
de Deus, ou ele é estável?" [...] .
A severidade do conflito pelo qual Cristo passou foi proporcional à imen-
sidão dos interesses envolvidos em Seu sucesso ou fracasso. [...] Satanás

••
procurou destronar a Cristo para que ele pudesse continuar a reinar neste
mundo como senhor absoluto. [...] O Pai, o Filho e Lúcifer foram revelados
em sua verdadeira relação um para com o outro. Deus deu provas inequívo-

•• cas de Sua justiça e de Seu amor (Refletindo a Cristo, 13 de fevereiro) .


Os olhos de Jesus estão a cada momento sobre nós. As nuvens que se inter-
põem entre a alma e o Sol da Justiça são, na providência de Deus, permitidas a

•• fim de que nossa fé seja fortalecida para apoderar-se das grandes esperanças,
das seguras promessas que cintilam firmes por entre as trevas de cada tempes-
tade. A fé precisa se desenvolver pelo conflito e o sofrimento. Precisamos, indi-

•• vidualmente, aprender a sofrer e a ser fortes, e a não afundar na fraqueza. [...]


Quando atravessamos provas e aflições, isso não é prova de que Jesus não
nos ame e abençoe. O compassivo Cordeiro de Deus identifica os próprios

•• interesses com os de Seus sofredores. Ele os guarda a todo momento. Está


familiarizado com cada desgosto; conhece cada sugestão de Satanás, cada
dúvida que tortura a mente. [...] Pleiteia o caso de toda alma tentada, do er-

•• rante e do que precisa de fé. Esforça-se por erguê-los ao companheirismo com


Ele. Sua obra é santificar Seu povo, Seu trabalho é depurar, enobrecer e pu-

••
rificar, enchendo de paz o coração de Seus filhos. Está assim preparando-os
para a glória, a honra e a vida eterna, para uma herança mais rica e duradou-
ra que a de qualquer príncipe terrestre (Nossa Alta Vocação, 17 de novembro) .

••
Perturbações muito grandes sobrevirão ao mundo, e os poderes de Satanás
estão instigando intensamente os poderes inferiores, a fim de ocasionarem

Abr • Mai • Jun 2024 1 s1


••
1
sofrimento, catástrofe e ruína. É sua obra trazer sobre os seres humanos
toda a miséria possível. A Terra é o cenário de sua ação; ele, porém, é con-
tido. Não pode ir além do que o Senhor permite. [...]
Jesus vive para fazer intercessão por nós. Enquanto a escuridão se es-
palha pelo mundo, nossa vida só está segura quando está escondida com
••
Cristo em Deus. Precioso Salvador! Somente Nele devem estar centradas
nossas esperanças de vida eterna. [...] A fé deve atravessar a nuvem mais
escura (Para Conhecê-Lo, 5 de outubro).
••
Domingo, 31 de março: Guerra no Céu ••
Lúcifer, no Céu, antes de sua rebelião, foi um anjo nobre, o primeiro em
honra, depois do amado Filho de Deus. Seu rosto, como o dos outros anjos, ••
era suave e expressava felicidade. A testa era alta e larga, demonstrando
grande inteligência. Sua forma era perfeita, e seu porte era majestoso. Uma
luz especial resplandecia de seu rosto e brilhava ao seu redor, mais viva do ••
que ao redor dos outros anjos. No entanto, Cristo, o amado Filho de Deus,
tinha preeminência sobre todo o exército angelical. [.. .]_
Lúcifer estava com inveja e ciúme de Jesus Cristo. No entanto, quando ••
todos os anjos se curvaram diante de Jesus, reconhecendo Sua supremacia,
grande autoridade e direito de governar, ele se curvou com eles, mas seu
coração estava cheio de inveja e rancor. [...] Havia sido grandemente exal-
••
tado, mas isso não despertou Nele louvor e gratidão ao seu Criador. Ambi-
cionava a superioridade do próprio Deus. [...]
O grande Deus podia imediatamente lançar do Céu esse arquiengana-
••
dor, mas esse não era Seu propósito. Queria dar aos rebeldes uma opor-
tunidade igual para medirem sua força e o poder com Seu próprio Filho e
Seus anjos leais.
••
Nessa batalha, cada anjo escolheria seu próprio lado, o qual seria ma-
nifestado a todos. Não teria sido seguro tolerar que qualquer um que ti- ••
••
vesse se unido a Satanás na rebelião continuasse a ocupar o Céu. Tinham
aprendido a lição de genuína rebelião contra a imutável lei de Deus, e isso
era irremediável. Se Deus tivesse exercido Seu poder para punir esse líder
rebelde, os anjos descontentes não teriam se revelado. Então, Deus tomou
outra direção, pois queria manifestar distintamente a todo o exército ce-
lestial Sua justiça e juízo (História da Redenção, p. 10, 11, 13). ••
A lição dessa parábola [do joio] é ilustrada na própria maneira de Deus
lidar com as pessoas e os anjos. Satanás é um enganador. Quando ele pecou
no Céu, nem mesmo os anjos fiéis reconheceram plenamente seu caráter. ••
Essa é a razão por que Deus não o destruiu imediatamente. Se Ele o tives-
se feito, os santos anjos não teriam percebido o amor e a justiça de Deus .
Uma só dúvida quanto à bondade de Deus teria sido como má semente, que
••
161 O grande conflito

• produziria o amargo fruto do pecado e da desgraça. Por isso, o autor do mal
foi poupado para desenvolver plenamente seu caráter. Ao longo dos séculos,
Deus suportou a angústia de contemplar a obra do mal. Preferiu dar a infinita
a
•• Dádiva do Gólgota a deixar alguém ser induzido pelas falsas representações
do maligno, pois o joio não podia ser arrancado sem o risco de desarraigar a
preciosa semente. E não seremos nós igualmente tolerantes com nossos se-

•• melhantes como o Senhor do Céu e da Terra é com Satanás? (Parábolas de


Jesus, p. 36) .

•• Segunda, 12 de abril: Lúcifer engana, Cristo prevalece


Aquele que havia se colocado em oposição a Deus era um ser de grande

•• poder e glória. [...] Lúcifer tinha sido o querubim cobridor. Estivera na luz da
presença divina. Havia sido o mais elevado de todos os seres criados e revela-

••
va ao Universo os propósitos divinos. Depois de pecar, seu poder de enganar
se tornou maior, e ficou mais difícil descobrir seu caráter, por causa da po-
sição exaltada que tinha junto do Pai (O Desejado de Todas as Nações, p. 610) .

••
Sendo nossos primeiros pais colocados no belo jardim do Éden, foram
provados quanto a sua lealdade para com Deus. Eram livres para escolher
o serviço de Deus, ou, pela desobediência, aliarem-se ao inimigo de Deus e do

•• ser humano. [...] Caso eles desconsiderassem os mandamentos de Deus, e


dessem ouvidos à voz de Satanás ao falar ele por meio da serpente, não so-
mente perderiam seu direito ao Éden, mas à própria vida. [...]

•• Com que intenso interesse observava todo o Universo o conflito que de-
cidiria a posição de Adão e Eva! Quão atentos os anjos escutavam as pala-
vras de Satanás, o originador do pecado, enquanto ele [...] tentava anular

•• a lei de Deus por meio de seu enganoso raciocínio! Quão ansiosos eles es-
peravam para ver se o santo casal seria iludido pelo tentador e cederia às
suas armadilhas! [.. .]

•• Adão e Eva persuadiram-se de que de coisa tão pequenina como comer


do fruto proibido, não poderiam resultar tão terríveis consequências como
Deus havia declarado. Esse pequeno ato, entretanto, era pecado, a trans-

•• gressão da imutável e santa lei de Deus, e abriu as comportas da morte e


indescritível miséria sobre nosso mundo. [...] Não consideremos o pecado
como algo banal (Para Conhecê-Lo, 8 de janeiro) .

•• Estamos vivendo no tempo final e Satanás está agora operando com po-
der absoluto a fim de que com sutis tentações possa vencer aqueles que creem

•• em Jesus. Mas devemos ser "guardados pelo poder de Deus" (lPe 1:5). Por-
tanto, quando sob tentação dá glória a Deus que é capaz e guardará a pes-
soa crente para que esta não seja dominada pelo astuto inimigo .

•• O grande enganador tem sido declarado um acusador, um mentiroso, um


atormentador e assassino; mas seja o que for que ele tenha levado outros a
Abr • Mai • Jun 2024 l 71
••
1
dizer a seu respeito, o Senhor pode dizer-lhe o que disse a Pedro: "Saia da
Minha frente , Satanás" (Mt 16:23). Ele pode dizer-lhe: "Não se introduzi-
rá entre Mim e a pessoa pela qual morri como resgate." É sua [...] a decisão ••
de desprezar a Satanás com suas tentações e aceitar a Jesus. Aproxime-
se de Cristo pondo suas mãos nas Dele, e Ele segurará firmemente a sua e
nunca abandonará a pessoa que deposita confiança Nele (Olhando Para o ••
Alto, 28 de janeiro).

Terça, 2 de abril: O planeta Terra se envolve


••
Embora criados puros e santos, nossos primeiros pais não foram colo-
cados fora da possibilidade de praticar o mal. Deus poderia tê-los criado
••
sem a opção de transgredir Suas ordens, mas nesse caso não poderia haver
desenvolvimento de caráter; serviriam a Deus não voluntariamente, mas
por obrigação. Portanto, Ele lhes deu o poder da escolha, a capacidade de
••
prestar ou não obediência. E, antes que pudessem receber em sua plenitu-
de as bênçãos que Ele lhes desejava transmitir, seu amor e fidelidade de- ••
••
veriam ser provados. [.. .]
No jardim do Éden estava "a árvore do conhecimento do bem e do mal.
[...] E o Senhor Deus ordenou ao homem: 'De toda árvore do jardim você
pode comer livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal
você não deve comer"' (Gn 2:9, 16, 17). Era a vontade de Deus que Adão e
Eva não conhecessem o mal. O conhecimento do mal - o pecado e seus re- ••
sultados, o trabalho fatigante, as preocupações, as decepções e a aflição, a
dor e a morte - foi retido por amor (Educação, p. 15).
Levando sobre Si os pecados do mundo, [o Redentor] poderia trilhar ••
o caminho em que Adão tropeçou. Suportaria uma prova infinitamente
mais severa do que aquela que Adão falhou em suportar. Ele venceria em
favor da humanidade e derrotaria o tentador, para que, por meio de Sua
••
obediência, Sua pureza de caráter e Sua integridade inabalável, Sua justiça
pudesse ser imputada aos seres humanos. Assim, por meio de Seu nome,
a humanidade poderia vencer o adversário por si mesma (No Deserto da
••
Tentação, p. 21, 22).
No plano da redenção haveria derramamento de sangue, porque a mor- ••
••
te deveria ocorrer como consequência do pecado do ser humano. O animal
a ser sacrificado como oferta prefigurava a Cristo. Ao matar a vítima, a
pessoa veria o cumprimento das palavras de Deus: "Certamente morrerá."

••
O jorrar do sangue da vítima significaria também a expiação. Não havia ne-
nhuma virtude no sangue de animais; mas o derramamento do mesmo
apontaria para um Redentor que um dia viria ao mundo e morreria pelos
pecados dos homens. Assim, Cristo vindicaria completamente a lei de Seu
Pai (No Deserto da Tentação, p. 26, 27).

181 O grande conflito


••
• Satanás frequentemente aparece como um anjo de luz, vestido com as
vestes do Céu; assume ares amigáveis, manifestando grande santidade de
1
•• caráter e alta consideração por suas vítimas, as pessoas que ele preten-
de enganar e destruir. Perigos jazem no caminho onde ele convida as pes-
soas a viajar, mas ele consegue escondê-los e apresenta apenas as atrações .

•• O grande Capitão de nossa salvação venceu em nosso favor, para que por
Ele pudéssemos vencer, se quiséssemos, em nosso próprio benefício. Mas

•• Cristo não salva ninguém contra sua vontade; Ele não obriga ninguém a obe-
decer. Ele fez o sacrifício infinito para que todos pudessem vencer em Seu
nome e para que Sua justiça lhes fosse creditada (Testemunhos Para a Igreja , v. 3,

•• p. 377, 378) .

Quarta, 3 de abril: O amor encontra um caminho

•• Como foram inconfundivelmente claras as profecias de Isaías referen-


tes aos sofrimentos e à morte de Cristo!

•• Até mesmo a maneira de Sua morte foi prefigurada. Como a serpente


de bronze foi levantada no deserto, assim devia ser levantado o Redentor
futuro , "para que todo o que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eter-

•• na" (Jo 3:16). [...]


No entanto, Aquele que havia de sofrer a morte pelas mãos de homens
vis devia ressurgir como vencedor sobre o pecado e sobre a sepultura. Sob

•• a inspiração do Todo-Poderoso, o suave cantor de Israel havia testificado


das glórias da manhã da ressurreição: "Por isso o Meu coração se alegra e

••
o Meu espírito exulta; até o Meu corpo repousará seguro. Pois não deixa-
rás a minha alma na morte, nem permitirás que o teu Santo veja corrup-
ção" (Sl 16:9, 10) .

•• Paulo mostrou quão intimamente Deus havia relacionado o sacrifício


expiatório com as profecias referentes Àquele que seria, como um cordei-
ro, "levado ao matadouro" (Is 53:7). O Messias daria Sua vida como "oferta

•• pelo pecado" (v. 10). Vendo através dos séculos as cenas do sacrifício expia-
tório do Salvador, o profeta Isaías testificara que o Cordeiro de Deus "der-
ramou a Sua alma na morte e foi contado com os transgressores. Contudo,

•• levou sobre Si o pecado de muitos e pelos transgressores intercedeu" (v. 12;


Atos dos Apóstolos, p. 143, 144) .
O Filho unigênito de Deus consentiu em deixar as cortes celestiais e vir a

•• nosso mundo para viver com um povo ingrato que rejeitou Suas afáveis mise-
ricórdias. Ele consentiu em levar uma vida de pobreza e em suportar sofrimen-
tos e tentações. Tornou-Se um Homem de dores e que sabe o que é padecer.

•• E a Palavra declara: "Como um de quem os homens escondem o rosto, era des-


prezado" (Is 53:3). Dentre Seus próprios discípulos, Pedro O negou e Judas


O traiu. O povo que Ele veio abençoar O rejeitou. Cobriram-No de vergonha e
Abr • Mai • Jun 2024
1
Lhe causaram imenso sofrimento. Colocaram-Lhe sobre a cabeça uma co-
roa de espinhos que torturaram Suas santas têmporas. Açoitaram-No e en-
••
tão O pregaram à cruz. Em meio a tudo isso, porém, não Lhe escapou dos
lábios nenhuma palavra de queixa. [...]
Cristo suportou todo esse sofrimento para obter o direito de conferir
••
eterna justiça a todos quantos cressem Nele. Quando penso nisso, nun-
ca deveria proferir uma queixa sequer (Este Dia com Deus, 26 de julho) . ••
••
Na crucifixão, os que assim foram curados não se uniram à multidão
que exclamava: "Crucifica-O! Crucifica-O!" Sentiam-se próximos de Jesus,
pois haviam experimentado Sua grande compaixão e Seu maravilhoso po-
der. Sabiam que Ele era seu Salvador, pois lhes dera saúde física e espiritual.
Escutaram as pregações dos apóstolos, e a entrada da Palavra de Deus em
seu coração lhes dera entendimento. Tornaram-se instrumentos da mise- ••
ricórdia de Deus e de Sua salvação (O Desejado de Todas as Nações, p. 121) .
••
••
Quinta, 4 de abril: Nosso Sumo Sacerdote
Aquele que tomou sobre Si a humanidade sabe Se compadecer dos sofri-
mentos dela. Cristo não só conhece cada pessoa, suas necessidades e prova-
ções particulares, mas também sabe todas as circunstâncias que atritam e
desconcertam o espírito. Sua mão se estende em piedosa ternura a todo fi-
lho em sofrimento. Aqueles que mais sofrem mais simpatia e piedade Dele
••
recebem. Comove-Se com o sentimento de nossas enfermidades e deseja
que lancemos aos Seus pés as perplexidades e aflições, deixando-as ali. [...] ••
••
Quando somos assaltados pelas tentações, quando as preocupações, a
perplexidade e as trevas parecem circundar nossa alma, olhemos para o lu-
gar em que pela última vez vimos a luz. Descansemos no amor de Cristo e

••
sob Séu protetor cuidado. Quando o pecado luta pelo predomínio no cora-
ção, quando a culpa oprime a alma e sobrecarrega a consciência, quando a
incredulidade obscurece a mente, lembremo-nos de que a graça de Cristo é
suficiente para subjugar o pecado e banir a escuridão. Entrando em comu-
nhão com o Salvador, nós atingimos um estado de paz (A Ciência do Bom
Viver, p. 151, 152). ••
Na obra mediadora de Cristo, o amor de Deus se revelou, em sua perfei-
ção, aos seres humanos e anjos.
E agora Ele intercede por você. É o grande Sumo Sacerdote que pleiteia ••
em seu favor; e você deve ir e apresentar seu caso ao Pai por meio de Jesus
Cristo. Assim, terá acesso a Deus; e apesar de você pecar, seu caso não é per-
dido. "Se alguém pecar, temos um Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o
••
Justo" (lJo 2:1). [...]
A obra de Cristo no santuário celestial, apresentando a cada momen-
to Seu próprio sangue perante o propiciatório, ao interceder por nós, deve
••
I10 1 O grande conflito

• impressionar o nosso coração para que compreendamos o valor de cada mo-
menta. Jesus vive sempre para interceder por nós, mas um momento gas-
to descuidadamente nunca poderá ser recuperado (A Fé Pela Qual eu Vivo, 1
18 de julho).
Cristo representou o Pai perante o mundo e representa, perante Deus,

•• os escolhidos em quem restaurou a imagem de Deus. Eles são Sua herança.


Ele lhes diz: "Quem vê a Mim vê o Pai. [...] Ninguém conhece o Pai, a não

••
ser o Filho e aquele a quem o Filho O quiser revelar" [Jo 14:9; Mt 11:27].
Nenhum sacerdote, nenhum religioso, pode revelar o Pai a qualquer filho
ou filha de Adão. Os homens só têm um Advogado, um Intercessor, capaz de

•• perdoar a transgressão. Não se dilatará nosso coração em reconhecimento


Àquele que deu Jesus para ser a propiciação pelos nossos pecados? Pensem
profundamente no amor que o Pai manifestou em nosso favor, o amor por

•• Ele a nós expresso. Não podemos medir esse amor. Não há medida. Pode-
mos apenas apontar ao Calvário, ao Cordeiro morto desde a fundação do
mundo. É um sacrifício infinito. Poderemos nós compreender e medir o in-

•• finito? (Comentários de Ellen G. White, Comentário Bíblico Adventista do


Sétimo Dia, v. 7, p. 1016) .

•• Sexta, 5 de abril: Estudo adicional


Comentários de Ellen G. White, Comentário Bíblico Adventista do Séti-

•• mo Dia, v. 4, p. 1258 ("A rebelião de Satanás se desenvolveu durante lon-


go tempo") .

••
Primeiros Escritos, p. 55, 56 ("O amor de Deus por Seu povo") .

Anotações

••
••
••
••
••
• Abr • Mai • Jun 2024 1111
Lição
••
A questão central: ••
2 amor ou egoísmo?
••
Sábado, 6 de abril ••
Por entre os conflitos e ruína nacionais, os passos dos discípulos seriam
rodeados de perigos, e seu coração muitas vezes oprimido pelo temor. Eles
veriam Jerusalém reduzida à desolação, o templo arrasado, seu culto para
••
sempre acabado, e Israel disperso por todas as terras, quais náufragos em
uma praia deserta. Jesus disse: "Vocês ouvirão falar de guerras e rumores ••
••
de guerras. [...] Porque nação se levantará contra nação, e reino, contra rei-
no. Haverá fomes e terremotos em vários lugares. Porém todas essas coisas
são o princípio das dores" (Mt 24:6-8). Mas os seguidores de Cristo não de-
viam temer que sua esperança ficasse perdida ou que Deus houvesse aban-
donado a Terra. O poder e a glória pertencem Àquele cujos grandes desígnios
avançam ainda, não entravados, rumo à consumação. Na oração que expri- ••
me suas necessidades diárias, os discípulos de Cristo foram guiados a olhar
acima de todo poder e domínio do mal, para o Senhor seu Deus, cujo rei-
no domina sobre todos, o qual é seu Pai e seu Amigo eternamente (O Maior ••
Discurso de Cristo, p. 84, 85).
O capítulo 24 de Mateus apresenta um esboço do que sobrevirá ao mun-
do. Vivemos em meio aos perigos dos últimos dias. Os que estão perecendo
••
no pecado precisam ser advertidos. O Senhor pede que todos aqueles aos
quais Ele confiou o talento de recursos sejam Sua mão auxiliadora, dando
o seu dinheiro para o avanço de Sua obra. Nosso dinheiro é um tesouro que
••
nos foi emprestado pelo Senhor e deve ser investido na obra de transmitir
ao mundo a última mensagem de misericórdia.
Aquele que considera as coisas terrenas como o bem supremo, aquele
••
que dedica sua vida à busca de riquezas terrestres, está realmente fazendo
um péssimo investimento. Verá tarde demais que aquilo em que confiou se ••
••
desmoronará. É unicamente pela abnegação e pelo sacrifício das riquezas
terrenas que podem ser obtidas as riquezas eternas. É por meio de muitas
tribulações que o cristão entra no reino do Céu. Ele deve combater constan-
temente o bom combate, não depondo suas armas antes que Cristo ordene
que descanse. Unicamente dando tudo a Cristo ele poderá assegurar a posse
da herança que durará por toda a eternidade (Este Dia com Deus, 23 de maio). ••
Para aquele que crê, a morte é de pouca importância. Cristo fala dela como
possuindo pouco valor. "Se alguém guardar a Minha palavra, nunca verá a

1121 O grande conflito


••
•• morte", "nunca provará a morte" (Jo 8:51, 52, ARC). Para o cristão, a morte

••
é apenas um sono, um momento de silêncio e escuridão. A vida está escon-
dida com Cristo em Deus, e "quando Cristo, que é a vida de vocês, Se mani-
festar, então vocês também serão manifestados com Ele, em glória" (Cl 3:4). fl
••
O mesmo poder que ressuscitou a Cristo dentre os mortos erguerá Sua
igreja, glorificando-a com Ele, "acima de todo principado, e potestade, poder,
domínio e de todo nome que se possa mencionar não só no presente século,

•• mas também no vindouro" (Ef 1:21; O Desejado de Todas as Nações, p. 632) .

Domingo, 7 de abril: Um Salvador de coração quebrantado

•• Será que o magnífico templo, a glória da nação, se tornaria em breve um


monte de ruínas? Os pressentimentos do mal eram partilhados pelos dis-

•• cípulos, e esperavam ansiosos uma declaração mais definida de Jesus. [...]


Jesus não respondeu aos discípulos falando de maneira separada sobre a
destruição de Jerusalém e o grande dia de Sua vinda. Misturou a descrição

•• dos dois acontecimentos. Se Ele tivesse revelado aos discípulos os eventos fu-
turos segundo Ele os via, não teriam conseguido suportar tais palavras. Por
misericórdia deles, Jesus mesclou a descrição das duas grandes crises, dei-

•• xando que os discípulos procurassem por si mesmos o significado. Ao falar da


destruição de Jerusalém, Suas palavras proféticas se estenderam para além
daquele acontecimento, ao dia em que o Senhor Se levantará de Seu lugar

•• para punir o mundo por sua iniquidade. [...] Todo esse discurso foi dado, não
simplesmente para os discípulos, mas também para os que viveriam as últi-

••
mas cenas da história terrestre (O Desejado de Todas as Nações, p. 503, 504) .
O pecado do mundo moderno é o pecado que arruinou a Israel. Ingratidão
para com Deus, menosprezo das oportunidades e bênçãos, a egoísta apro-

•• priação das dádivas de Deus, tudo isso estava compreendido no pecado que
trouxe sobre Israel a ira de Deus. Isso está causando hoje a ruína do mundo.
As lágrimas que Cristo derramou no Monte das Oliveiras, ao contem-

•• plar a cidade escolhida, não eram somente por Jerusalém. No destino de


Jerusalém, viu a destruição do mundo. [...]
Nesta crise, onde se acha a igreja?[...]

•• Os seres humanos estão em perigo. Multidões perecem. Mas quão pou-


cos dos professos seguidores de Cristo sentem responsabilidade por essas
pessoas! O destino de um mundo pende na balança, mas isso mal comove

•• sequer aqueles que dizem crer na verdade mais abarcante dada aos mortais .
Há uma carência daquele amor que induziu Cristo a deixar Seu lar celestial
e assumir a natureza humana, para que a humanidade tocasse a humani-

•• dade, e a atraísse à Divindade. Há um estupor, uma paralisia sobre o povo


de Deus, que o impede de compreender o dever do momento (Parábolas de
Jesus, p. 175, 176).

• Abr • Mai • Jun 2024 l 13 I


Deus sabe que na humanidade não encontraremos alívio para o nosso
pesar, e Se compadece de nós por sermos tão necessitados e, contudo, tão
••
pouco dispostos a torná-Lo nosso confidente, nosso portador de fardos.
Ele vê os seres humanos menosprezando o amor·e a misericórdia providos ••
••
para eles, e declara pesarosamente: "Vocês não querem vir a Mim para ter
2 vida" (Jo 5:40). [...]
Ele jamais desamparará os que vão a Ele. Da pobre e débil alma, cansada

••
de confiar na humanidade só para ser traída e esquecida, Cristo diz: "Que
se apodere da Minha força e faça paz Comigo; sim, que faça paz Comigo"
(Is 27:5, ARC; Este Dia com Deus, 15 de janeiro).

Segunda, 8 de abril: Cristãos providencialmente preservados ••


A ruína de Jerusalém era um símbolo da devastação final que assola-
rá o mundo. As profecias que tiveram seu cumprimento parcial na queda
de Jerusalém têm aplicação mais direta aos últimos dias. Estamos no li-
••
miar de acontecimentos grandiosos e solenes. Uma crise está diante de nós,
como o mundo jamais presenciou. [.. .] A Majestade do Céu tem sob Sua res-
ponsabilidade o destino das nações, bem como os interesses de Sua igreja.
••
A todo instrumento na realização de Seus planos, como a Ciro na antigui-
dade, diz o divino Instrutor: "Eu o cingirei, mesmo que você não Me co-
nheça" (Is 45:5).
••
Na visão do profeta Ezequiel, sob as asas do querubim, havia a aparência
da mão de uma pessoa. Isso deve ensinar aos servos do Senhor que é o poder ••
••
divino que lhes confere êxito. Aqueles que Deus emprega como Seus mensa-
geiros não devem pensar que a obra divina depende deles. Não é permitido
que seres finitos carreguem esse peso de responsabilidade. Aquele que não
cochila, que atua continuamente pelo cumprimento de Seus desígnios, há de
levar avante a Sua obra. Ele embargará os propósitos dos ímpios e confundi-
rá os conselhos dos que tramam maldades contra Seu povo. Aquele que é o ••
Rei, o Senhor dos Exércitos, senta-Se entre os querubins e, por entre as con-
tendas e tumultos das nações, guarda ainda Seus filhos . Aquele que reina nos
Céus é o nosso Salvador. Mede cada provação, vigia o fogo da fornalha que há ••
de provar cada um. Quando forem abatidas as fortalezas dos reis, quando as
flechas da ira penetrarem o coração de Seus inimigos, a salvo se encontrará
Seu povo em Suas mãos (O Maior Discurso de Cristo, p. 85).
••
Olhando através dos longos séculos de trevas e superstições, o exilado
idoso viu multidões sofrendo o martírio por causa de seu amor pela verda-
de. Mas viu também que Aquele que amparou Suas primeiras testemunhas
••
não abandonaria Seus fiéis seguidores durante os séculos de perseguição
pelos quais deviam passar antes do fim dos tempos. "Não temas as coisas
que tens de sofrer", declarou o Senhor. "O diabo está para lançar alguns de
••
114 I O grande conflito

•• vocês na prisão, para que vocês sejam postos à prova, e passem por uma tri-
bulação[...]. Seja fiel até a morte, e Eu lhe darei a coroa da vida" (Ap 2:10) .

•• E para todos os fiéis que estivessem lutando contra o mal, João ouviu as
promessas: "Ao vencedor, darei o direito de se alimentar da árvore da vida,

••
que se encontra no paraíso de Deus" (v. 7). "O vencedor será assim vestido
de branco, e de modo nenhum apagarei o seu nome do Livro da Vida". "Ao 2
vencedor, darei o direito de sentar-se Comigo no Meu trono, assim como

•• também Eu venci e Me sentei com o Meu Pai no Seu trono" (Ap 3:5, 21;
Atos dos Apóstolos, p. 374) .

•• Terça, 9 de abril: Fiéis em meio à perseguição


A perseguição que sobreveio à igreja de Jerusalém resultou em grande

•• impulso para a pregação do evangelho. O êxito havia acompanhado o mi-


nistério da Palavra nesse lugar, e havia o perigo de que os discípulos se de-
morassem ali por muito tempo, despreocupados com relação à tarefa que

•• haviam recebido do Salvador: ir a todo o mundo. Esquecendo-se de que a


melhor maneira de se obter força para resistir ao mal é por meio de traba-
lho árduo, começaram a pensar que o mais importante era proteger a igreja

•• de Jerusalém dos ataques do inimigo. Em vez de instruir os novos conver-


sos para levar o evangelho aos que ainda não o conheciam, corriam o ris-
co de tomar um caminho que os levaria a se sentirem satisfeitos com o que

•• já havia sido alcançado.


Com o objetivo de espalhar Seus representantes por outras partes do

••
mundo, de maneira que pudessem trabalhar por seus semelhantes, Deus per-
mitiu que lhes sobreviesse a perseguição. Expulsos de Jerusalém, os crentes
"iam por toda parte pregando a Palavra" (At 8:4; Atos dos Apóstolos, p. 67) .

•• Se os santos do Antigo Testamento deram um testemunho de lealdade


tão elevado, não deviam aqueles sobre quem está brilhando a luz acumula-
da por séculos dar um testemunho ainda mais notável do poder da verda-

•• de? A glória das profecias derrama sua luz sobre nosso caminho .
O tipo encontrou o antítipo na morte do Filho de Deus. Cristo ressusci-
tou dos mortos, proclamando sobre o sepulcro rompido: "Eu sou a ressur-

•• reição e a vida" (Jo 11:25). Ele enviou o Seu Espírito ao mundo para trazer
todas as coisas à nossa lembrança. Por um milagre de Seu poder, Ele tem
preservado Sua Palavra escrita ao longo dos séculos.

•• Os reformadores, cujo protesto nos deu o nome de protestantes, senti-


ram que Deus os tinha chamado para levar a luz do evangelho ao mundo .
E, no esforço para fazer isso, estiveram prontos para sacrificar suas posses,

•• sua liberdade e a própria vida. Perante a perseguição e a morte, o evangelho


foi proclamado longe e perto. A Palavra de Deus foi levada ao povo. E todas


as classes, grandes e humildes, ricas e pobres, cultas e simples, avidamente
Abr • Mai • Jun 2024 l 15 I
••
a estudaram por si mesmas. Somos nós, nesta batalha final do grande con-
flito, tão fiéis à nossa responsabilidade como os primeiros reformadores
foram à sua? (Profetas e Reis, p. 365).
••
2
A misteriosa providência que permite aos justos sofrerem persegui-
ção das mãos dos ímpios tem sido causa de grandes dúvidas a muitos que
são fracos na fé . [.. . Mas] Deus deu suficientes evidências de Seu amor, e
••
não devemos duvidar de Sua bondade por não compreendermos a atuação
de Sua providência. Prevendo as dúvidas que oprimiriam a alma dos discí-
pulos nos dias de provação e trevas, o Salvador disse a eles: "Lembrem-se da
••
palavra que Eu disse a vocês: 'O servo não é maior do que seu senhor.' Se
perseguiram a Mim, também perseguirão vocês" (Jo 15:20). [...] Os que são
chamados a suportar a tortura e o martírio estão simplesmente seguindo
••
as pegadas do amado Filho de Deus (O Grande Conflito, p. 36).
••
Quarta, 10 de abril: Cuidando da comunidade
Para qualquer alma ligada a Cristo, a vida não pode ser estreita. Aque- ••
les que amam Jesus com todo o coração, mente e alma, e amam o próximo
como a si mesmos, têm um amplo campo no qual podem empregar sua ha-
bilidade e influência. Não existe talento que deva ser usado apenas para a ••
satisfação egoísta. O egoísmo deve ceder lugar, e nossa vida deve estar es-
condida com Cristo em Deus. [...]
Os que se esvaziam de si mesmos, os reflexivos e conscienciosos, não podem
••
erguer os olhos a Cristo, o Salvador vivo, sem uma noção de reverência e pro-
funda humildade. Contemplar continuamente a Jesus tornará a alma viva em
Deus. Amaremos a Jesus, amaremos o Pai que O enviou ao mundo, pois O vere-
••
mos numa luz maravilhosa, cheio de graça e verdade. Jesus declara: "Tudo Me
foi entregue por Meu Pai" (Mt 11:27). "Toda a autoridade Me foi dada no Céu
e na Terra" (Mt 28:18). Para quê? Para que pudesse dar dons às pessoas, a fim
••
de que coloquem todas as suas faculdades sob o tributo de tornar conhecido o
maravilhoso amor com que nos amou (Nos Lugares Celestiais, 23 de fevereiro) . ••
••
Ao nosso redor, ouvem-se os gemidos de um mundo de aflições. Em todos
os lados há necessitados e miseráveis. Nosso dever é auxiliar a aliviar e abran-
dar as dificuldades e misérias da vida.
O serviço prático será muito mais eficaz do que meramente pregar ser-
mões. Devemos alimentar o faminto, vestir os que não têm roupa e acolher
o desabrigado. E somos chamados para fazer mais do que isso. As necessi- ••
dades da alma, só o amor de Cristo pode satisfazer. Se Cristo habitar em
nós, nosso coração estará cheio de compaixão divina, e se abrirão as fontes
fechadas do zeloso amor cristão (Parábolas de Jesus, p. 246). ••
Existem muitos que já não têm esperança. Dê-lhes novamente a luz do
Sol. Muitos perderam o ânimo. Diga-lhes palavras de conforto. Ore por eles .

116 I O grande conflit o


••
••
•• Há os que carecem do Pão da Vida. Leia a Palavra de Deus para eles. Muitos
padecem de uma enfermidade espiritual que bálsamo nenhum pode restau-
rar e médico algum pode curar. Ore por essas pessoas, encaminhe-as a Jesus .

•• Conte-lhes que há um bálsamo e um Médico em Gileade (Jr 8:22). [...]


Toda pessoa tem o privilégio de ser um conduto vivo, pelo qual Deus pode
comunicar ao mundo os tesouros de Sua graça, as insondáveis riquezas de 2
•• Cristo. Nada há que Cristo mais deseje do que agentes que representem ao
mundo Seu Espírito e caráter. Não há nada de que o mundo mais necessite
que da manifestação do amor do Salvador, mediante a humanidade. Todo

•• o Céu está à espera de condutos pelos quais possa ser vertido o óleo santo
para ser uma alegria e uma bênção para os corações humanos. [...]
O Senhor deseja que revelemos em nossa vida a Sua própria alegria

•• (Parábolas de Jesus, p. 246, 247) .

•• Quinta, 11 de abril: Um legado de amor


Durante cada hora da peregrinação de Cristo na Terra, o amor de Deus

•• brotava Dele em correntes irreprimíveis. Todos os que estão possuídos de


Seu espírito amarão como Ele amou. O mesmo princípio que atuava em
Cristo atuará neles em todos os seus relacionamentos uns com os outros .

•• Esse amor é a evidência do seu discipulado. "Nisto todos conhecerão que


vocês são Meus discípulos", disse Jesus, "se tiverem amor uns aos outros"
(Jo 13:35). Quando as pessoas estão unidas, não pela força do interesse pes-

•• soal, mas pelo amor, mostram a operação de uma influência que transcen-
de qualquer influência humana. Onde existe essa unidade, é evidente que
a imagem de Deus está sendo restaurada na humanidade, e que foi implan-

•• tada nova vida. Isso mostra que há na natureza divina poder para deter os
agentes sobrenaturais do mal e que a graça de Deus subjuga o egoísmo ine-
rente ao coração natural (Exaltai-O, 11 de outubro).

•• Esse amor manifestado na igreja certamente despertará a ira de Satanás .


Cristo não estabelece para Seus discípulos um caminho fácil. "Se o mun-
do odeia vocês", Ele disse, "saibam que, antes de odiar vocês, odiou a Mim .

•• Se vocês fossem do mundo, o mundo amaria o que era seu; mas vocês não
são do mundo - pelo contrário, Eu dele os escolhi - e, por isso, o mundo

••
odeia vocês. Lembrem-se da palavra que Eu disse a vocês: 'O servo não é
maior do que seu senhor.' Se perseguiram a Mim, também perseguirão vo-
cês; se guardaram a Minha Palavra, também guardarão a de vocês. Tudo isso,

•• porém, farão com vocês por causa do Meu nome, porque não conhecem Aque-
le que Me enviou" (Jo 15:18-21). O evangelho deve ser levado adiante por
luta ativa, em meio à oposição, perigo, perda e sofrimento. Mas os que fa-

•• zem essa obra estão apenas seguindo os passos do Mestre (O Desejado de


Todas as Nações, p. 546) .
Abr • Mai • Jun 2024
Nunca devemos passar por um coração sofredor sem buscar transmitir-
lhe o conforto que nós mesmos temos recebido de Deus.
••
2
Tudo isso é apenas o cumprimento do princípio da lei - o princípio ilus-
trado na história do bom samaritano e manifestado na vida de Jesus. Seu
caráter revela o verdadeiro sentido da lei e mostra o que significa amar nos-
••
so semelhante como a nós mesmos. E quando os filhos de Deus manifes-
tam misericórdia, bondade e amor para com todos, também estão dando ••
••
testemunho do caráter dos estatutos do Céu. Estão mostrando que "a lei do
SENHOR é perfeita e restaura a alma" (Sl 19:7). E todo aquele que deixa de
manifestar esse amor está transgredindo a lei que afirma honrar. Pois adis-
posição que manifestamos para com nossos irmãos declara qual é a nossa
disposição para com Deus. O amor de Deus no coração é a única fonte de
amor p~ra com o nosso semelhante (O Desejado de Todas as Nações, p. 403) . ••
Sexta, 12 de abril: Estudo adicional ••
A Fé Pela Qual eu Vivo, 14 de fevereiro ("A ressurreição de Jesus e a
nova vida").
Olhando Para o Alto, 31 de março ("O amor semelhante ao de Cristo
••
une coração a coração").
••
Anotações
••
••
••
••
••
••
••
1181 O grande conflito

•• Lição
•• A luz brilha na escuridão
•• 3
•• Sábado, 13 de abril
Satanás está constantemente apresentando enganos ao povo escolhido

•• de Deus a fim de desviar-lhes o espírito da solene obra de preparo para as


cenas futuras precisamente diante de nós. Ele é, em todo o sentido da pala-
vra, um enganador, um hábil encantador. Reveste seus planos e ardis de co-

•• berturas de luz tomadas emprestadas do Céu. Tentou Eva a comer do fruto


proibido, fazendo -a crer que isso seria grandemente vantajoso para ela. [...]
Satanás tem muitas redes finamente tecidas, perigosas, com aparên-

•• cia de inocentes, mas com as quais se prepara habilmente para fascinar o


povo de Deus (Testemunhos Para a Igreja, v. 1, p. 482) .

••
Quando, sob as tentações de Satanás, as pessoas caem em erro, e suas
palavras e conduta não são cristãs, podem não reconhecer sua situação, pois
o pecado é enganoso e tende a amortecer as percepções morais. No entanto,

•• por meio de um exame de si mesmo, do estudo das Escrituras e de humilde


oração, eles serão, através do auxílio do Espírito Santo, habilitados a reconhe-
cer seu erro. Se então confessarem seus pecados e se afastarem deles, o ten-

•• tador já não lhes aparecerá como anjo de luz, mas sim como enganador. [...]
Os que reconhecem a repreensão e correção como vindas de Deus, tornando-
se assim habilitados a ver e corrigir seus erros, aprendem lições preciosas,

•• mesmo de seus erros. Sua aparente derrota transforma-se em vitória. Resis-


tem, não porque confiem em suas próprias forças, mas no poder de Deus. Eles
possuem fervor, zelo e afeição, unidos à humildade, e regulados pelos pre-

•• ceitos da Palavra de Deus. [...] O Senhor pode ensinar-lhes Sua vontade. [...]
Não andam cambaleantes, mas firmes, num caminho em que incide a luz do
Céu (Para Conhecê-Lo, 21 de agosto).

•• "De novo, Jesus lhes falou, dizendo: Eu sou a luz do mundo. Quem me se-
gue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida" (Jo 8:12) .
Todos os que estão trilhando a estrada para o Céu precisam de um guia

•• seguro. Não devemos seguir a sabedoria humana. É nosso privilégio dar ou-
vidos à voz de Cristo nos falando enquanto percorremos a jornada da vida,

••
e Suas palavras são sempre sábias. [...]
Satanás trabalha com grande diligência para conseguir arruinar as pes-
soas. Ele desceu com grande poder, sabendo que já tem pouco tempo para



agir. Nossa única segurança consiste em seguir de perto a Cristo, andando
em Sua sabedoria e praticando a Sua verdade. Nem sempre nos é possível
Abr • Mai • )un 2024 l 19 I
••
perceber prontamente a atuação de Satanás; não sabemos onde ele arma seus
laços. Jesus, porém, compreende as armadilhas sutis do inimigo e pode guar-
dar nossos pés em caminhos seguros. [.. .] "Eu sou o Caminho, a Verdade e a ••
Vida" (Jo 14:6), declara Cristo (Nossa Alta Vocação, 10 de janeiro).

Domingo, 14 de abril: Concessões: a estratégia sutil de Satanás


••
3 Cristo é o Autor de toda a verdade. Todo ideia brilhante, todo pensa-
mento de sabedoria, toda capacidade e talento dos seres humanos, é dom
••
de Cristo. Ele não precisou buscar novas ideias na humanidade, pois todas
elas têm origem Nele. No entanto, quando veio ao mundo, encontrou as bri-
lhantes joias da verdade, que havia confiado às pessoas, todas enterradas
••
na superstição e nas tradições. Verdades de vital importância foram coloca-
das na moldura do erro, para servir aos propósitos do arquienganador. [...]
Cristo, porém, removeu as teorias errôneas de todo calibre. Ninguém senão
••
o Redentor do mundo tinha poder para apresentar a verdade em sua pure-
za primitiva, isenta do erro que Satanás tinha acumulado para ocultar sua ••
••
celestial beleza. [...]
A obra de Cristo era tomar a verdade da qual as pessoas necessitavam e
separá-la do erro, apresentando-a livre das superstições do mundo, a fim de
que o povo a aceitasse por amor de seu mérito inerente e eterno. Ele dispersou
a névoa da dúvida para que a verdade pudesse ser revelada e lançou distintos
raios de luz para as trevas do coração humano (Para Conhecê-Lo, 20 de julho) . ••
Satanás está concentrando todas as suas energias em sujeitar a vontade de
vocês à dele, em torná-los instrumentos seus na oposição aos planos de Cristo,
para que se recusem a deixar que Jesus domine vocês. [...] Satanás pro- ••
curará afastá-los de Cristo a fim de que se tornem seus instrumentos em
desviar outros, frustrando assim os planos de Deus. Ele é o pai da mentira
e tece uma rede de falsidade na qual prende vocês com cordas de menti-
••
ras ao seu serviço. Quanto mais inteligentes forem, quanto mais cativantes,
tanto mais decididamente ele trabalhará a fim de persuadi-los a depositar-
lhe aos pés os talentos que possuem, e ajudá-lo a consumar seus objetivos
••
em seduzir outros para debaixo de sua bandeira negra. [...] Satanás é o fas-
cinador, e tem atuado para que Cristo seja expelido do coração, e para que ••
••
ele próprio seja aí entronizado.
Suplico-lhes, filhos e filhas, que rompam com a arrogância do maligno.
Fujam para Jesus como seu refúgio e agarrem com firmeza a vida eterna
(Filhos e Filhas de Deus, 25 de novembro).
A transformadora influência da verdade santifica o caráter. [...] O amor
de Cristo, revelado em Seu grande sacrifício para salvar o ser humano des- ••
truiu todas as barreiras. O amor de Deus flui na vida, e a gratidão aparece no
coração que era insensível como uma pedra. Cristo crucificado, Cristo nossa

120 1 O grande confl it o


••
••
•• justiça, ganha o coração e o leva ao arrependimento. Esse tema é tão simples
que uma criança pode entendê-lo, os sábios e cultos têm prazer nele, quando
o contemplam nas suas profundidades de sabedoria, amor e poder, os quais

•• jamais podem plenamente desvendar. Desejamos apresentar essa precio-


sa verdade ao povo que está escravizado pelo pecado. Que todos vejam que
Cristo foi sacrificado por causa de suas transgressões e deseja salvá-los. [...]
li
•• Devemos ser imbuídos de um profundo e permanente senso do valor,
santidade e autoridade da verdade (Minha Consagração Hoje, 18 de setembro) .

•• Segunda, 15 de abril: Lobos vorazes


Dois grandes poderes opostos são revelados na última grande batalha .

•• De um lado está o Criador dos céus e da Terra. Todos os que se encontram


do Seu lado têm o Seu selo. Eles são obedientes a Suas ordens. Do outro lado

••
está o príncipe das trevas, com os que escolheram a apostasia e a rebelião .
O tempo atual é solene e terrível para a Igreja [...] o Espírito de Deus está
gradualmente Se retirando do mundo. Satanás também está arregimentan-

•• do suas forças do mal, dirigindo-se "aos reis do mundo inteiro", ajuntando-os


sob sua bandeira, a fim de serem treinados para "a peleja do grande Dia
do Deus Todo-Poderoso". Satanás deve fazer poderosos esforços para obter

•• a supremacia no último grande conflito. Princípios fundamentais serão re-


velados, e decisões serão tomadas com respeito a eles. O ceticismo impera
em toda parte. A impiedade cresce livremente. A fé dos membros da igreja

•• será testada individualmente como se não houvesse nenhuma outra pessoa


no mundo (Comentários de Ellen G. White, Comentário Bíblico Adventista do
Sét imo Dia, v. 7, p. 1098, 1099).

•• Quando o enganador começa sua obra de engano, encontra frequente-


mente diferença de gostos e hábitos; mas, mediante grandes alegações de
piedade, ele capta a confiança e, isto feito, exerce ao seu modo o astucioso

•• poder de enganar, a fim de levar a termo seus artifícios. [.. .]


Homens que professam ter nova luz e pretendem ser reformadores te-
rão grande influência sobre certa classe de pessoas convencidas das here-

•• sias que existem no século presente e não estão satisfeitas com a condição
espiritual das igrejas. Com coração verdadeiro e sincero, desejam estas ver

•• uma mudança para melhor, no sentido de se alcançar uma norma mais


alta. Se os fiéis servos de Cristo apresentassem a essa classe a verdade pu-
ra e cristalina, a aceitariam e se purificariam pela obediência a ela. Mas

•• Satanás, sempre vigilante, persegue os rastros dessas pessoas indagadoras .


Alguém vai falar com elas, como se fosse um verdadeiro reformador, do
mesmo modo que Satanás acercou-se de Cristo, disfarçado em anjo de luz,

•• e as atrai ainda para mais longe do caminho da justiça (Testemunhos Para


a Igreja, v. 5, p. 122) .

Abr • Mai • Jun 2024 121 1


••
Em todos os séculos, desde a queda de Adão, a oposição de instrumentos
maus tem tornado uma guerra contínua a vida dos que querem ser leais e
verdadeiros aos mandamentos de Deus. Os que querem afinal ser vitorio- ••
sos têm que resistir e vencer as forças de Satanás, que com feroz resolução
se opõe a cada passo de progresso. Têm que resistir a um inimigo vigilan-
te, adversário astuto que jamais dorme, e que procura incansavelmente en-
••
3
fraquecer a fé dos servos de Deus e induzi-los a executar seus planos. [...]
Deus e o mal jamais se harmonizam. Entre a luz e as trevas não pode
haver concessão. A verdade é luz revelada; o erro são trevas. A luz não tem
••
comunhão com as trevas; a justiça não tem comunhão com a injustiça. [...]
Deus proveu a armadura e as armas com as quais cada um deve lutar.
Que os soldados de Cristo vistam toda a armadura de Deus e não recuem
••
diante dos ataques de Satanás (Nos Lugares Celestiais, 10 de setembro).
••
Terça, 16 de abril: Protegidos pela Palavra
O grande e essencial conhecimento é o conhecimento de Deus em Sua ••
Palavra. [...] Deve haver um aumento diário de discernimento espiritual; e
o cristão crescerá na graça na exata proporção em que confie nos ensinos da
Palavra de Deus e os aprecie e se habitue a meditar nas coisas divinas. [...] ••
Ao participarmos dessa Palavra, nossa força espiritual é aumentada;
crescemos na graça e no conhecimento da verdade. Hábitos de autocon-
trole são formados e fortalecidos. As fraquezas da infância - irritabilidade,
••
teimosia, egoísmo, palavras precipitadas, atos impetuosos - desaparecem
e, em seu lugar, desenvolvem-se as virtudes da maturidade cristã, tanto
masculina quanto feminina (A Maravilhosa Graça de Deus, 22 de outubro).
••
A Palavra de Deus é uma luz que brilha em lugar escuro. Ao examinar-
mos suas páginas, a luz entra no coração, iluminando a mente. Por meio
dessa luz, vemos aquilo que devemos ser.
••
Na Palavra, encontramos advertências e promessas, todas respaldadas
por Deus. Somos convidados a buscar essa Palavra para auxílio quando en-
frentamos situações difíceis. Se não consultarmos o Livro-Guia a cada passo,
••
questionando: "Este é o caminho do Senhor?", nossas palavras e atos serão
contaminados pelo egoísmo. Esqueceremos de Deus e seguiremos por ca- ••
••
minhos que Ele não escolheu para nós.
A Palavra de Deus está repleta de promessas preciosas e conselhos úteis.
É infalível; pois Deus não pode errar. Ela oferece ajuda para cada circuns-
tância e condição da vida, e Deus observa com tristeza quando Seus filhos
a abandonam em busca de auxílio humano.
Aquele que, por meio das Escrituras, mantém comunhão com Deus será ••
enobrecido e santificado. Ao ler o registro inspirado do amor do Salvador,
seu coração será sensibilizado em ternura e contrição. Ele será tomado por

122 1 O grande confl ito


••
••
•• um desejo de ser como seu Mestre, de viver uma vida de serviço amoroso .
[.. .] Por um milagre de Seu poder, Deus preservou Sua Palavra Escrita ao
longo dos séculos (Minha Consagração Hoje, 23 de janeiro).

•• O Senhor, em Sua grande misericórdia, revelou-nos nas Escrituras as


regras de uma vida santa. [...]
Ele inspirou homens santos a registrar, para nosso benefício, instruções

•• sobre os perigos que cercam o caminho e como escapar deles. Aqueles que
obedecem à Sua ordem de examinar as Escrituras não ficarão alienados
quanto a essas coisas. Em meio aos perigos dos últimos dias, cada membro 3
•• da igreja deve compreender os motivos de sua esperança e fé - motivos que
não são difíceis de compreender. Há o suficiente para ocupar a mente, se de-
sejamos crescer na graça e no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo .

•• Sempre que o povo de Deus está crescendo em graça, ele está constan-
temente adquirindo uma compreensão mais clara de Sua Palavra. Ele dis-

••
cernirá nova luz e beleza em suas verdades sagradas. Isso tem sido verdade
na história da igreja em todos os séculos, e assim continuará até o fim
(A Maravilhosa Graça de Deus, 22 de outubro) .

•• Quarta, 17 de abril: Raciocínio humano separado das Escrituras

•• O tema das pregações e ensinamentos de Cristo era a Palavra de Deus .


Respondia a interlocutores com um simples "está escrito" (Lc 4:8, 10) oure-
plicava: "O que está escrito na Lei? Como você a entende?" (Lc 10:26). Em

•• cada oportunidade, quando era despertado interesse por um amigo ou ad-


versário, lançava a semente da Palavra. Ele, que é "o caminho, a verdade e
a vida" (Jo 14:6), Ele que é o próprio "Verbo da vida" (lJo 1:1), aponta às

•• Escrituras e diz: "São elas mesmas que testificam de Mim" (Jo 5:39). [... ]
Os servos de Cristo devem fazer a mesma obra. Em nosso tempo, como
na antiguidade, as verdades vitais da Palavra de Deus são substituídas por

•• teorias e especulações humanas. Muitos professos ministros do evange-


lho não aceitam toda a Bíblia como a Palavra inspirada. Um sábio rejeita

••
esta parte, outro duvida daquela. Elevam sua opinião acima da Palavra, e as
Escrituras que eles ensinam repousam sobre a autoridade deles próprios.
[.. .] Em Seus dias, Cristo censurava essas práticas. [... ] A Bíblia deve ser

••
apresentada como a Palavra do Deus infinito, como o fim de toda polêmi-
ca e o fundamento de toda fé (Parábolas de Jesus, p. 15, 16).
Uma das armadilhas de Satanás é levar o povo a aceitar as explicações

•• fantasiosas dos incrédulos, pois dessa forma ele pode obscurecer a lei de
Deus - que, em si mesma, é muito clara - e estimular os homens a se rebe-
larem contra o governo divino. Seus esforços são especialmente dirigidos

•• contra o quarto mandamento, porque tão claramente aponta para o Deus


vivo, o Criador dos céus e da Terra .
Abr • Mai • Jun 2024 123 1
••
Há um esforço constante para explicar a obra da criação como resultado
de causas naturais; e o raciocínio humano é aceito mesmo pelos que se decla-
ram cristãos, em oposição aos claros ensinos da Bíblia. Existem muitos que ••
se opõem ao estudo das profecias, especialmente as de Daniel e Apocalipse,
declarando serem tão obscuras que não podemos entendê-las. Contudo, es-
sas mesmas pessoas recebem avidamente as suposições dos geólogos, em con- ••
3
tradição com o registro mosaico. Se aquilo que Deus revelou é tão difícil de
entender, quão incoerente é aceitar meras suposições com relação àquilo que
Ele não revelou! (Patriarcas e Profetas, p. 84, 85).
••
"As trevas cobrem a Terra, e a escuridão envolve os povos" (Is 60:2). Há,
em muitas igrejas, ceticismo e infidelidade na interpretação das Escrituras .
Muitíssimas pessoas põem em dúvida a veracidade e a verdade das Escritu-
••
ras. Os raciocínios humanos e as imaginações do coração do homem estão
minando a crença na inspiração da Palavra de Deus, e o que devia ser recebi- ••
••
do como certo é agora circundado com uma nuvem de misticismo. Nada fica
em linhas claras e distintas; perde-se o firme fundamento. Esse é um dos si-
nais marcantes dos últimos dias.

••
O Livro Santo tem resistido aos assaltos de Satanás, que se uniu a indiví-
duos maus para envolver em névoas e escuridão tudo quanto é de caráter di-
vino. O Senhor, porém, preservou por Seu poder miraculoso esse Santo Livro
em sua forma atual- um mapa ou guia para mostrar à família humana o ca-
minho para o Céu (Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 11).
••
Quinta, 18 de abril: Batalha pela mente
As pessoas hoje procuram ansiosamente tesouros terrenos; têm a men- ••
te imbuída de pensamentos egoístas e ambiciosos. Para ganhar riquezas,
honra e poder, colocam os princípios, tradições e requisitos de homens aci-
ma dos de Deus. Para elas, os tesouros de Sua Palavra estão encobertos. [...]
••
"Se o nosso evangelho ainda está encoberto, é para os que se perdem
que ele está encoberto, nos quais o deus deste mundo cegou o entendimen- ••
••
to dos descrentes, para que não lhes resplandeça a luz do evangelho da gló-
ria de Cristo, o qual é a imagem de Deus" (2Co 4:3, 4).
O Salvador viu que as pessoas estavam empenhadas em adquirir rique-

••
zas e perdiam de vista as realidades eternas. Então Se propôs a corrigir esse
mal. Procurou quebrar o encanto fascinante que paralisava a mente. [...]
Apresenta à humanidade decaída o mundo mais nobre, que esta havia per-
dido de vista, para que contemplem as realidades eternas. Leva-a ao limiar
do Infinito, resplandecente com a indescritível glória de Deus, e lhe mostra
Seu tesouro (Parábolas de Jesus, p. 56). ••
O homem, pelo pecado, excluiu-se da vida de Deus. Sua alma é tomada
de paralisia, pelas armadilhas de Satanás, o autor do pecado. De si mesmo
124 1 O grande conflito
••
•..
•• ele é incapaz de sentir o pecado, incapaz de apreciar a natureza divina e dela
se apropriar. Se ela fosse colocada ao seu alcance, não veria nela coisa algu-
ma que seu coração natural desejasse. Está sobre ele o poder enfeitiçante de

•• Satanás. Todos os engenhosos subterfúgios que o diabo possa sugerir são


apresentados a sua mente para impedir todo bom impulso. [...]
Deus, porém, não será derrotado por Satanás. Ele enviou Seu Filho para

•• o mundo, a fim de que, ao assumir a forma e a natureza humanas, a huma-


nidade e a divindade Nele combinadas elevassem o homem na divina esca-
la do valor moral. 3
•• Não existe outro caminho para a salvação do homem. "Sem Mim", diz Cristo,
"vocês não podem fazer nada" (Jo 15:5). Por meio de Cristo, e de Cristo tão so-
mente, as fontes da vida podem vitalizar a natureza humana, transformar-

•• lhe os gostos e colocar-lhe as afeições no rumo do Céu. Pela união da natureza


divina com a humana, pôde Cristo iluminar o entendimento e infundir Suas

••
propriedades vivificantes à alma morta em ofensas e pecados (Comentários
de Ellen G. White, Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 6, p. 1225).
Olhando para baixo, o Céu viu as ilusões a que os seres humanos estavam

•• sendo induzidos e achou que era preciso um divino Instrutor vir à Terra .
Em virtude das falsas apresentações do inimigo, muitos ficaram tão ludi-
briados que adoraram um deus falso, revestido dos atributos do caráter sa-

•• tânico. Aqueles que estavam em ignorância e trevas morais deviam ter luz,
luz espiritual, pois o mundo não conhecia a Deus, e Ele devia Se revelar ao
seu entendimento. A Verdade olhou do Céu e não viu o reflexo da própria

•• imagem, pois densas nuvens de sombras e escuridão espirituais envolviam


o mundo. Somente o Senhor Jesus era capaz de dispersar as nuvens, por-
que Ele é a luz do mundo. Por Sua presença, Ele conseguiria dissipar a triste

•• sombra lançada por Satanás entre o ser humano e Deus (Conselhos aos Pais,
Professores e Estudantes, p. 23) .

•• Sexta, 19 de abril: Estudo adicional

••
Para Conhecê-Lo, 21 de julho ("Tema central da Escritura") .
Olhando Para o Alto, 5 de fevereiro ("Tempo para despertar") .

•• Anotações

••
•• Abr • Mai • Jun 2024 12s 1
Lição
••
Em defesa da verdade ••
4 ••
Sábado, 20 de abril
A serpente de bronze foi levantada no deserto para que todos que olhas-
••
sem com fé pudessem ser curados. Da mesma forma, Deus envia uma men-
sagem de restauração e cura para os seres humanos, chamando-os a desviar
os olhos do homem e das coisas terrenas e a colocar sua confiança em Deus .
••
Ele deu a Seu povo a verdade com poder por meio do Espírito Santo. Abriu
Sua palavra a quem estava buscando a verdade e orando por ela. Mas, quan- ••
••
do esses mensageiros deram às pessoas a verdade que haviam recebido, elas
foram tão incrédulas como os israelitas. Muitos zombam da verdade que lhes
é apresentada por mensageiros humildes (Comentários de Ellen G. White,
Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 1, p. 1231).
Os discípulos ainda esperavam que Cristo reinasse como príncipe deste
mundo. Embora Ele houvesse por tanto tempo ocultado Seu plano, acreditavam ••
que não permaneceria para sempre na pobreza e obscuridade; aproximava-se
o tempo no qual estabeleceria Seu reino. Os discípulos nunca alimentaram o
pensamento de que o ódio dos sacerdotes e rabinos jamais desapareceria; de ••
que Cristo seria rejeitado por Sua nação, condenado como enganador e cruci-
ficado como malfeitor. Entretanto, vinha chegando a hora do poder das tre-
vas, e Jesus precisava revelar aos discípulos o conflito que estava diante deles.
••
Ele estava triste, pressentindo a prova. [...]
Chegou então o momento de remover o véu que ocultava o futuro. "Desde
esse tempo, Jesus começou a mostrar aos Seus discípulos que era necessário
••
que Ele fosse para Jerusalém, sofresse muitas coisas nas mãos dos anciãos,
dos principais sacerdotes e dos escribas, fosse morto e, no terceiro dia, res- ••
••
suscitasse" (Mt 16:21; O Desejado de Todas as Nações, p. 330, 331).
Em comparação com os milhões de pessoas do mundo, o povo de Deus será,
como tem sido sempre, um pequeno rebanho; mas, se permanecer na verda-

••
de, como revelada em Sua Palavra, Deus será seu refúgio. Permanecerão sob
o amplo abrigo da Onipotência. Deus é sempre a maioria. Quando o som da
última trombeta alcançar a prisão dos mortos, e os justos saírem triunfantes,
exclamando: "Onde está, ó morte, a sua vitória? Onde está, ó morte, o seu agui-
lhão?" (lCo 15:55), para então permanecer com Deus, com Cristo, com os anjos
e com os fiéis de todos os tempos, os filhos do Senhor serão a grande maioria . ••
Os verdadeiros discípulos de Cristo O seguem em meio a severos con-
flitos, suportando a negação de si mesmos e experimentando amargos

126 1 O grande conflito


••
••
•• desapontamentos; mas isso lhes ensina sobre a culpa e o sofrimento que o
pecado traz, e assim são levados a abominá-lo. Como participantes dos so-
frimentos de Cristo, estão destinados a participar também de Sua glória

•• (Atos dos Apóstolos, p. 374, 375) .

••
Domingo, 21 de abril: Perseguidos, mas triunfantes

••
No sexto século, o papado foi solidamente estabelecido. A sede de seu
poderio foi fixada na cidade imperial, e o bispo de Roma foi declarado o di-
rigente de toda a igreja. [...] E começaram então os 1.260 anos de opressão
papal preditos nas profecias de Daniel e João (Dn 7:25; Ap 13:5-7) .
Os cristãos foram obrigados a optar entre renunciar sua integridade e acei-
li
•• tar o culto e as cerimônias papais, ou passar a vida nas masmorras, sofrer a
morte por meio de instrumentos de tortura, pela fogueira, ou pelo machado

••
do carrasco. Cumpriram-se as palavras de Jesus: "E vocês serão entregues até
por seus próprios pais, irmãos, parentes e amigos; e eles matarão alguns de
vocês. Todos odiarão vocês por causa do Meu nome" (Lc 21:16, 17) .

•• Desencadeou-se a perseguição aos fiéis com maior fúria do que nunca,


e o mundo se tornou um vasto campo de batalha. Durante séculos, a igreja
de Cristo encontrou refúgio em lugares isolados e pouco conhecidos. Assim

•• diz o profeta: "A mulher, porém, fugiu para o deserto, onde Deus lhe havia
preparado um lugar, para que nele a sustentem durante mil duzentos e ses-
senta dias" (Ap 12:6; História da Redenção p. 230, 231).

•• Muitos séculos se passaram desde que os apóstolos descansaram de seus


trabalhos, mas a história de suas lutas e sacrifícios por Cristo ainda está
entre os tesouros mais preciosos da igreja. Essa história, escrita sob a ins-

•• piração do Espírito Santo, foi registrada para que os seguidores de Cristo


de todas as épocas fossem estimulados a ser mais fervorosos e zelosos na
causa do Salvador. [...]

•• Não foi com o próprio poder que os apóstolos cumpriram a missão, mas
no poder do Deus vivo. Sua obra não foi fácil. Os trabalhos iniciais da igre-
ja cristã foram cercados de dificuldades e amarga aflição. Em sua obra, os

•• discípulos encontravam constantes privações, calúnias e perseguições; mas


não consideravam preciosa sua vida e se alegravam em ser chamados para

••
sofrer perseguição por Cristo. A dúvida, a indecisão e a fraqueza de propó-
sitos não encontravam lugar em seus esforços. Estavam prontos para gas-
tar e se deixarem gastar. A consciência da responsabilidade que repousava

•• sobre eles enriquecia-lhes a vida cristã, e a graça celestial revelava-se nas


conquistas que faziam para Cristo (Atos dos Apóstolos, p. 377, 378).
Estamos às vésperas de grandes e importantes acontecimentos. As pro-

•• fecias rapidamente estão se cumprindo. O Senhor está às portas. [.. .] Uma


crise é iminente .
Abr • Mai • Jun 2024 127 1
••
Entretanto, os servos de Deus não devem confiar em si mesmos nesta
hora calamitosa. Nas visões dadas a Isaías, Ezequiel e João, vemos o interes-
se que o Céu tem nos acontecimentos da Terra e quão grande é a solicitude ••
de Deus pelos que Lhe são fiéis. O mundo não está sem um governante .
O plano detalhado dos acontecimentos futuros está nas mãos do Senhor.
A Majestade do Céu tem sob Sua direção o destino das nações e os negócios ••
de Sua igreja (Testemunhos Para a Igreja, v. 5, p. 639).
••
••
Segunda, 22 de abril: A luz vence a escuri'dão
Nesses momentos difíceis, todo aquele que se dispuser a servir ao Senhor
4 sem medo, segundo os ditames de sua consciência, necessitará de coragem,
de firmeza e do conhecimento de Deus e Sua Palavra; pois os que forem fiéis
a Ele serão perseguidos, seus motivos serão contestados, seus melhores esfor-
ços, desvirtuados, e seus nomes, repudiados como um mal. Satanás trabalha-
••
rá com todo o seu poder enganador para influenciar o coração e obscurecer
o entendimento, a fim de que o mal pareça bem, e o bem pareça mal. Quan- ••
••
to mais forte e mais pura for a fé do povo de Deus, e mais firme sua deter-
minação de obedecer-Lhe, tanto mais ferozmente Satanás procurará instigar
contra eles a ira daqueles que, embora declarando-se justos, menospre-
zam a lei de Deus. Exigirá a mais sólida confiança e o mais heroico propósi-
to reter firmemente a fé que uma vez foi entregue aos santos (Jd 3;Atos dos
Apóstolos, p. 274). ••
Satanás apresentará fábulas agradáveis para satisfazer a mente de to-
dos os que não amam a verdade. Com irado zelo, ele acusará os observado-
res dos mandamentos. Embora Satanás declare seu domínio sobre o mundo, ••
existe um pequeno grupo que se opõe aos seus planos e defende com fervor
a fé que foi originalmente confiada aos santos. Satanás está determinado a
aniquilar esse grupo fiel aos mandamentos. No entanto, Deus se mantém
••
como o protetor e refúgio inabalável deles. Em seu favor, Ele levantará um
estandarte contra o inimigo. Será para esse grupo "um esconderijo contra o
vento [...] e como a sombra de uma grande rocha no deserto" (Is 32:2, NVI).
••
Dirá aos fiéis: "Meu povo, entrem nos seus quartos e tranquem as portas;
escondam-se por um momento, até que passe a ira. Pois eis que o SENHOR
sai do seu lugar, para castigar a iniquidade dos moradores da Terra. A Terra
••
deixará aparecer o seu sangue e não encobrirá mais aqueles que foram mor-
tos" (Is 26:20, 21; Para Conhecê-Lo, 15 de dezembro). ••
Que nenhum homem se orgulhe de ser bem-sucedido, a menos que pre-
serve a integridade de sua consciência, dedicando-se integralmente à ver-
dade e a Deus. Deveríamos nos mover firmemente para a frente, nunca ••
perdendo o ânimo ou a esperança na boa obra, sejam quais forem as afli-
ções que venham bloquear nosso caminho, qualquer que seja a escuridão

128 1 O grande conflito


••
•• moral a envolver-nos. Paciência, fé e amor pelo dever são lições que precisa-
mos aprender. Subjugar o eu e olhar para Jesus é uma obra diária. O Senhor

•• nunca abandonará a pessoa que Nele confia e busca Seu auxílio. A coroa da
vida será colocada apenas sobre a fronte do vencedor. Enquanto a vida du-
rar, todos devem realizar uma obra zelosa e solene para Deus. Enquanto o

•• poder de Satanás aumenta e seus enganos são multiplicados, habilidade, ap-


tidão e inteligente estratégia deveriam ser exercidas por aqueles que estão


à frente do rebanho de Deus. Cada um de nós não tem apenas uma obra a
fazer por si mesmo, mas temos também o dever de estimular outros a ob-

•• terem a vida eterna (Testemunhos Para a Igreja, v. 5, p. 61, 62). -

líll
•• Terça, 23 de abril: Coragem para permanecer em pé
Vi que o nosso dever em cada caso é obedecer às leis de nossa pátria,
a menos que se oponham às que Deus proferiu com voz audível do monte

•• Sinai e depois, com o próprio dedo, gravou em pedra. "Imprimirei as Minhas


leis na mente deles e as inscreverei sobre o seu coração; e Eu serei o seu Deus,

••
e eles serão o Meu povo" (Hb 8:10). Quem tem a lei de Deus escrita no co-
ração obedecerá mais a Deus do que aos homens, e preferirá desobedecer a
todos os homens a desviar-se um mínimo que seja dos mandamentos divi-

•• nos. O povo de Deus, ensinado pela inspiração da verdade e guiado por uma
consciência pura a viver segundo toda a Palavra de Deus, terá Sua lei, escri-
ta no coração, como única autoridade que reconhece ou consente em obede-

•• cer. A sabedoria e a autoridade da lei divina são supremas (Testemunhos Para


a Igreja, v. 1, p. 324) .
Não deixem vacilar a fé. Combatam o bom combate da fé e tomem posse


••
da vida eterna. Será uma luta severa, mas combatam-na a todo o custo, pois
as promessas de Deus são sim e amém em Cristo Jesus. Coloquem a mão na
mão de Cristo. Há dificuldades a ser vencidas, mas anjos magníficos em po-
der cooperarão com o povo de Deus. Olhem a Sião, forcem seus passos para

•• a cidade das solenidades. Uma coroa gloriosa e vestes tecidas no tear do Céu
aguardam o vencedor. Embora Satanás lance sua infernal sombra através de
seu caminho e procure ocultar de sua vista a escada mística que se estende da

•• Terra para o trono de Deus, na qual sobem e descem os anjos, que são espíritos
ministradores aos que hão de herdar a salvação, ainda assim prossigam em seu
caminho para o alto, plantem os pés sobre um degrau após outro, e avancem

•• rumo do trono do Infinito (Mente, Caráter e Personalidade, v. 2, p. 462, 463) .


Cristo não manda Seus seguidores se esforçarem para brilhar. Ele diz:
"Deixem sua luz brilhar!" Se você recebeu a graça de Deus, a luz está em você.

•• Remova os empecilhos, e a glória do Senhor será revelada. A luz resplande-


cerá para atravessar e dissipar a escuridão. Você não pode deixar de brilhar
dentro do círculo de sua influência .

• Abr • Mai • Jun 2024 129 1


A revelação da glória do Senhor na forma humana trará o Céu t ão per-
to das pessoas que a beleza que adorna o templo interior será vista em to-
••
dos em quem o Salvador habita. Todos serão cativados pela glória de um
Cristo que vive em nós. E em torrentes de louvor e ações de graças dos muitos
assim ganhos para Deus, refluirá glória para o grande Doador.
••
"Levante-se, resplandeça, porque já vem a sua luz, e a glória do Senhor
está raiando sobre você" (Is 60 :1). Essa mensagem é dada àqueles que saem ••
••
ao encontro do esposo. Cristo vem com poder e grande glória. Vem com
Sua própria glória e com a glória do Pai. Vem com todos os santos anjos

1
(Parábolas de Jesus, p. 247, 248).

Quarta, 24 de abril: A estrela da manhã da Reforma ••


No século 14, surgiu na Inglaterra "a estrela da manhã da Reforma".
John Wycliffe foi o arauto da Reforma, não somente para a Inglaterra, mas
para toda a cristandade. [...] ••
Nas Escrituras, Wycliffe encontrou o que antes havia em vão pro-
curado. Ali viu revelado o plano da redenção, e Cristo é\presentado como
único Advogado do ser humano. Viu que Roma havia abandonado o ca- ••
minho bíblico por tradições humanas. Entregou-se ao serviço de Cristo e
decidiu proclamar as verdades que havia descoberto.
O maior trabalho de sua vida foi a tradução das Escrituras para a língua
••
inglesa. Essa foi a primeira tradução completa para o inglês. [...] O povo
da Inglaterra recebeu a Bíblia em seu próprio idioma. Dessa maneira, a
luz da Palavra de Deus começou a expandir seus raios brilhantes através
••
da escuridão. A mão divina estava preparando o caminho para a Grande
Reforma (História da Redenção, p. 235). ••
••
O valor do instrumento humano é avaliado de acordo com a capacida-
de do coração para conhecer e compreender a Deus. "Quanto a você, meu
filho, fortifique-se na graça que há em Cristo Jesus. E o que você ouviu

••
de mim na presença de muitas testemunhas, isso mesmo transmita a ho-
mens fiéis , idôneos para instruir a outros. Participe dos meus sofrimentos
como bom soldado de Cristo Jesus" (2Tm 2:1-3). O supremo bem possí-
vel é obtido por meio do conhecimento de Deus. "A vida eterna é esta: que
conheçam a Ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem envias-
te" (Jo 17:3). ••
Esse conhecimento é a fonte secreta da qual emana todo o poder. É me-
diante o exercício da faculdade da fé que somos habilitados a receber e pra-
ticar a Palavra de Deus (Fundamentos da Educação Cristã, p. 341).
••
"Achadas as Tuas palavras, logo as comi. As Tuas palavras encheram
o meu coração de júbilo e de alegria, pois sou chamado pelo Teu nome, ó
SENHOR, Deus dos Exércitos" (Jr 15:16). [...]
••
130 1 O grande conflito

••
••
A Palavra de Deus se abriu diante de mim em uma luz extremamen-
te bela e impressionante. Página após página foi virada, e li os amorosos
convites e palavras de súplica para se buscar a glória e a vontade de Deus,

•• e todas as demais coisas seriam acrescentadas. [.. .] Busquem primeira-


mente conhecer a Deus, antes de tudo. Examinem as Escrituras. Absor-
vam as palavras de Cristo, que são espírito e vida, e seu conhecimento se

•• ampliará e expandirá. Estudem a Bíblia. Não estudem a filosofia contida


em muitos livros, mas estudem a filosofia da Palavra do Deus vivo. Qual-
quer outra literatura é de pouca importância quando comparada com essa.

•• Não ocupem a mente de vocês com tantas coisas baratas e insatis~atórias . •


Na Palavra de Deus é apresentado a vocês o mais rico banquete. E a mesa
do Senhor, provida abundantemente, da qual vocês podem comer e ficar

•• satisfeitos (Para Conhecê-Lo, 14 de julho) .

•• Quinta, 25 de abril: Animados pela esperança


Em que consistia a força daqueles que, no passado, sofreram persegui-
ção por amor a Cristo? Era a união com Deus, união com o Espírito Santo,

•• união com Cristo. A acusação e a perseguição têm separado muitas pessoas


de seus amigos terrestres, mas nunca do amor de Cristo. Nunca ninguém,

•• provado pela tempestade, é mais especialmente amado por seu Salvador do


que quando sofre a perseguição por amor à verdade. "Eu também o amarei",
disse Cristo, "e Me manifestarei a ele" (Jo 14:21). Quando, por causa da ver-

•• dade, o crente se encontra perante os tribunais terrestres, Cristo está ao seu


lado. Quando é confinado entre as paredes da prisão, Jesus Se manifesta a
ele e, com Seu amor, conforta o coração. Quando sofre a morte por amor

•• a Cristo, o Salvador lhe diz: "Eles podem matar o corpo, mas não podem ma-
tar a alma" (ver Mt 10:28). "Tenham coragem: Eu venci o mundo" (Jo 16:33) .
"Não tema, porque Eu estou com você; não fique com medo, porque Eu sou

•• o seu Deus. Eu lhe dou forças; sim, Eu o ajudo; sim, Eu o seguro com a mão
direita da Minha justiça" (Is 41:10; Atos dos Apóstolos, p. 55) .
Toda a Bíblia é uma manifestação de Cristo.

•• As Escrituras devem ser recebidas como a Palavra de Deus a nós, não me-
ramente escrita, mas falada também. Quando os aflitos iam a Cristo, Ele via
não somente aqueles que Lhe pediam auxílio, mas todos quantos, ao longo

•• dos séculos, haviam de buscá-Lo com igual necessidade e idêntica fé. [.. .]
O mesmo se dá quanto a todas as promessas da Palavra de Deus. Por

••
meio delas, Ele está falando a nós, individualmente; falando tão dire-
tamente, como se pudéssemos ouvir Sua voz. É por intermédio dessas pro-
messas que Cristo nos comunica Sua graça e poder. Elas são folhas daque-

•• la árvore que é "para a cura dos povos" (Ap 22:2). Recebidas, assimiladas,
elas serão a fortaleza do caráter, a inspiração e o sustentáculo da vida .
Abr • Mai • )un 2024 I 31 J
••
••
Nenhuma outra coisa pode possuir tal poder restaurador. Nada além delas
pode comunicar o ânimo e a fé que dão energia vital a todo o ser (A Ciência
do Bom Viver, p. 65).
Percebo que tenho que combater o bom combate todo dia. Tenho que
exercer toda a minha fé, e não confiar no sentimento; tenho que agir como
se soubesse que o Senhor me ouviu, e me responderá e abençoará. A fé não ••
é um êxtase de sentimento; é simplesmente confiar em Deus - crer que Ele
cumprirá Suas promessas por que disse que o faria.
Esperem em Deus, confiem Nele e descansem em Suas promessas, quer ••
4
se sintam contentes ou não. Uma boa emoção não é prova de que vocês são
filhos de Deus, nem os sentimentos inquietos, perturbados, desconcertantes
são indício de que não o são. Vão às Escrituras e e inteligentemente confiem ••
na Palavra de Deus. Cumpram as condições e creiam que Ele os aceitará como
filhos. Não sejam incrédulos, mas crentes (Nossa Alta Vocação , 23 de abril) .
••
Sexta, 26 de abril: Estudo adicional
Obreiros Evangélicos, p. 267, 268 ("Um Período de Confiança e Privilégio").
••
O Desejado de Todas as Nações, p. 301-303 ("Crise na Galileia").
••
Anotações
••
••
••
••
•ti
••
••
132 1 O grande conflito
••
•• Lição

•• asFé dificuldades
contra todas
5
••
•• Sábado, 27 de abril

••Ao longo de séculos de perseguição, conflito e trevas, Deus tem amparado


Sua igreja. Nenhuma dificuldade veio sobre ela, para a qual Ele não estivesse
preparado; nenhuma força oponente surgiu para impedir Sua obra, que Ele

••
não houvesse previsto. Tudo aconteceu como Ele predisse. O Senhor não dei-
xou Sua igreja desamparada. Por meio de profecias, Ele revelou o que deveria

••
ocorrer, e aquilo que Seu Espírito inspirou os profetas a predizerem tem se rea-
lizado. Todos os Seus propósitos serão cumpridos. Sua lei está vinculada ao Seu
trono, e nenhum poder do mal pode destruí-la. A verdade é inspirada e guar-

••
dada por Deus, e ela triunfará sobre toda oposição (Atos dqsApóstolos, p. 8) .
Deus pede homens e mulheres estáveis, de propósitos firmes, nos quais
se possa confiar em tempos de perigo e provação, tão firmemente arraiga-

••
dos e fundados na verdade como as colinas eternas, que não sejam movidos
para a direita nem para a esquerda, mas que marchem sempre avante e se
encontrem sempre no lado certo. [...]

••
Precisamos, para conservar-nos espiritualmente sãos, aproximar-nos mais
de Deus, pôr-nos em mais íntima ligação com o Céu e seguir os princípios da lei
nas mínimas ações de nossa vida diária (Testemunhos Para a Igreja, v. 4, p. 67, 68) .

•• Os reformadores não são demolidores. Jamais procurarão arruinar os que


não agem de acordo com seus planos e não se assemelham a eles. Os reforma-
dores precisam avançar, não recuar. Devem ser decididos, firmes, resolutos,

••
inflexíveis, mas a firmeza não deve se transformar em espírito dominador.
É desejo de Deus que todos quantos O servem sejam firmes como a rocha no que
diz respeito a princípios, mas mansos e humildes de coração como era Cristo.

••
Então, permanecendo em Cristo, poderão realizar a obra que Ele faria se esti-
vesse em seu lugar. Um espírito rude e condenador não é essencial ao heroísmo
nas reformas para este tempo. Todos os métodos egoístas no serviço de Deus

••são uma abominação aos Seus olhos (Testemunhos Para a Igreja, v. 6, p. 122).
Não devemos perguntar se somos reconhecidos ou não. Nada temos que

••
ver com isso. Observem a maneira como Cristo trabalhou. [...]
Aceitem a Palavra. Vivam a Palavra. Preguem a Palavra, como fizeram
no passado. O Senhor Jesus deu a vocês a promessa de Sua Presença. Acei-

•• tem e reconheçam essa promessa. Não compete a vocês ou a mim avaliar o


reconhecimento demonstrado pela nossa abnegação e sacrifício .
Abr • Mai • Jun 2024 133 1
••
••
A obra de reforma exigirá toda a fé , lágrimas e orações que os seres hu-
manos puderem suportar. Nosso encargo consiste em erguer a cruz e levá-la
após Jesus, procurando obter sempre o mesmo espírito que induziu Jesus a
ansiar pelo Seu esperado batismo de sofrimento sobre a cruz (Este Dia com
Deus, 10 de fevereiro).
••
Domingo, 28 de abril: A Palavra de Deus somente
Quando o nobre e eloquente Estêvão foi apedrejado por instigação do con- ••
selho do Sinédrio, não houve nenhum prejuízo para a causa do evangelho .
A luz do Céu a iluminar-lhe o semblante, a divina compaixão que transpirava
de sua oração quando moribundo, foram qual penetrante seta de convicção
••
5
para os fanáticos membros do Sinédrio ali presentes, e Saulo, o fariseu per-
seguidor, tornou-se um vaso escolhido para levar diante dos gentios, dos reis
e dos filhos de Israel, o nome de Cristo. [...] Pelos esforços de Satanás para
••
destruir a "semente incorruptível" da Palavra de Deus, "a qual vive e é per-
manente" (lPe 1:23), essa mesma semente é semeada no coração de muitos .
Por meio do sofrimento e da perseguição de Seus filhos_, o nome de Cristo
••
é magnificado, e pessoas são salvas (O Maior Discurso de Cristo, p. 27, 28).
O grande princípio mantido por aqueles reformadores - princípio que ••
••
fora sustentado pelos valdenses, por Wycliffe, Hus, Lutero, Zuínglio e os
que a eles se uniram - foi a autoridade infalível das Escrituras Sagradas
como regra de fé e prática. [.. .] A Bíblia era sua autoridade, e por seus ensi-
nos provavam todas as doutrinas e reivindicações. A fé em Deus e em Sua
Palavra sustentava aqueles homens santos, ao renderem a vida na foguei-
ra. "Consola-te", exclamou Latimer ao seu companheiro de martírio, quan- ••
do as chamas estavam a ponto de fazer silenciar-lhes a voz; "acenderemos
neste dia na Inglaterra uma luz que, pela graça de Deus, confio que jamais
se apagará" (O Grande Conflito, p. 212). ••
Todos precisamos de guia para atravessar os muitos caminhos difíceis
da vida, assim como o navegador precisa de um piloto para atravessar ban-
cos de areia ou navegar em rios rochosos.[...]
••
O navegador que possui mapa e bússola, mas negligencia o seu uso, é res-
ponsável por colocar em perigo a vida dos que estão a bordo de seu barco .
A embarcação pode ser perdida por sua negligência. Nós possuímos um Guia,
••
a Palavra de Deus, e somos indesculpáveis se erramos o caminho que con-
duz ao Céu, pois nos foram fornecidas direções claras. ••
••
A Bíblia apresenta uma perfeita norma de caráter; é um guia infalível
sob todas as circunstâncias, até o fim da jornada da vida (Minha Consagração
Hoje, 21 de janeiro).

••
Jesus Cristo disse que o Antigo Testamento testifica sobre Ele, o Redentor,
Aquele em quem está depositada nossa esperança de vida eterna (João 5:39),

1341 O grande confl ito


••
••
e isso é muito mais verdadeiro a respeito do Novo Testamento. Sim, toda a
Bíblia fala de Cristo. Desde o primeiro registro da criação [...] até a promes-
sa final - "Eis que venho sem demora" (Ap 22:12) - lemos sobre Suas obras

•• e ouvimos Sua voz. Se você quiser conhecer o Salvador, estude as Santas


Escrituras, a Bíblia.
Encha o seu coração com as palavras de Deus. Elas são a água viva que irá

•• saciar sua sede. Elas são o pão vivo que vem do Céu (Caminho a Cristo, p. 88) .

•• Segunda, 29 de abril: Transmitindo a Palavra de Deus


A semeadura da semente do evangelho não terá sucesso a menos que essa
semente receba vida pelo orvalho do Céu. Antes de ser escrito algum livro

•• • do Novo Testamento, antes de ser pregado qualquer sermão depois da as- •


censão de Cristo, o Espírito Santo desceu sobre os apóstolos em oração. En-
tão seus inimigos deram o testemunho: "Vocês encheram Jerusalém com
a doutrina de vocês" (At 5:28; O Desejado de Todas as Nações, p. 540, 541).

•• Grande é no Céu a recompensa dos que testemunham em favor de Cristo


por meio de perseguição e opróbrio. Enquanto o povo está esperando bens
terrenos, Jesus os encaminha a uma recompensa celestial. Não a coloca,

•• entretanto, inteiramente na vida futura; ela começa aqui. O Senhor apare-


ceu na antiguidade a Abraão, dizendo: "Eu sou o teu escudo, o teu grandís-
simo galardão" (Gn 15:1, ARC). Esta é a recompensa de todos quantos se-

•• guem a Cristo. Ver-se em harmonia com Jeová Emanuel-Aquele "em quem


estão ocultos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento" (Cl 2:3),
em quem "habita corporalmente toda a plenitude da Divindade" (v. 9) - ,

•• conhecê-Lo, tê-Lo conosco, à medida que o coração se abre mais e mais para
receber-Lhe os atributos; conhecer-Lhe o amor e o poder, possuir as inson-

••
dáveis riquezas de Cristo, "compreender qual é a largura, o comprimento, a
altura e a profundidade e conhecer o amor de Cristo, que excede todo enten-
dimento" (Ef 3:18, 19) - "esta é a herança dos servos do Senhor" (Is 54:17;

•• O Maior Discurso de Cristo, p. 28) .


"Era na língua de Israel", disse Tyndale, ""que se cantavam os salmos no
templo de Jeová. E o evangelho? Não deverá ser proclamado na língua da

•,.• Inglaterra entre nós? [...] Deve a igreja ter menos luz ao meio-dia do que ao ama-
nhecer? Os cristãos devem ler o Novo Testamento em sua língua materna". [...]
Expulso de sua casa pela perseguição, foi a Londres, e ali prosseguiu por
algum tempo em suas atividades, sem ser incomodado. Porém, outra vez, a

••
violência dos romanistas o obrigou a fugir. Toda a Inglaterra parecia se fe-
char para ele; por isso, resolveu procurar abrigo na Alemanha. Ali começou
a imprimir o Novo Testamento em inglês. Duas vezes o trabalho foi inter-

•• rompido; mas, quando era proibido de imprimir em uma cidade, ia para ou-
tra. Por fim , tomou o caminho de Worms, onde poucos anos antes Lutero
Abr • Mai • )un 2024 135 1
••
havia defendido o evangelho perante a Dieta [assembleia imperial]. Naquela
antiga cidade havia muitos amigos da Reforma, e ali Tyndale prosseguiu em
sua obra, sem obstáculos. Três mil exemplares do Novo Testamento foram ••
logo concluídos, e seguiu-se outra edição no mesmo ano.
Com grande dedicação e perseverança, continuou seu trabalho. Apesar
de as autoridades inglesas terem guardado seus portos com a mais estrita ••
vigilância, a Palavra de Deus foi de várias maneiras levada secretamente
para Londres, e dali circulou por todo o país. Os romanistas tentaram su-
primir a verdade, mas em vão (O Grande Conflito, p. 210).
••
Terça, 30 de abril: Iluminados pelo Espírito ••
5
O estudante da Bíblia deve ser ensinado a se aproximar dela com um es-
pírito de aprendiz. Devemos pesquisar suas páginas, não em busca de provas ••
••
para manter nossas opiniões, mas com o objetivo de saber o que Deus diz .
Um verdadeiro conhecimento da Bíblia só pode ser obtido pelo auxílio
daquele Espírito pelo qual a Palavra foi dada. E, a fim de obter esse conhe-

••
cimento, devemos viver de acordo com ele. Temos de obedecer a tudo que a
Palavra de Deus ordena. Podemos reivindicar tudo que ela promete. A vida
que ela recomenda é a que, pelo seu poder, devemos viver. Somente quan-
do a Bíblia é considerada dessa maneira é que ela pode ser estudada de for-
ma eficaz (Educação, p. 133, 134).
Deus confiou o preparo de Sua Palavra divinamente inspirada ao ser ••
humano, que é finito. Essa Palavra, disposta em livros - o Antigo e o Novo
Testamentos-, é o guia para os habitantes de um mundo decaído. Eles are-
ceberam para que, mediante o estudo de suas diretrizes e a obediência a ••
elas, pessoa alguma perca o caminho para o Céu.
Aqueles que pensam que podem tornar claras as supostas dificuldades
da Escritura ao determinarem, segundo seus parâmetros finitos, o que é ins-
••
pirado e o que não é fariam melhor em cobrir o rosto como fez Elias quan-
do lhe falou o sussurro manso e suave (lRs 19:12, 13); pois se encontram
na presença de Deus e dos santos anjos, que por séculos têm comunicado
••
às pessoas luz e conhecimento, dizendo-lhes o que fazer e o que não fazer,
desdobrando diante delas cenas de emocionante interesse, marco por mar-
co, por meio de símbolos, sinais e ilustrações. [...]
••
Que nenhuma inteligência ou mão se empenhe em criticar a Bíblia. É uma
obra que Satanás se deleita que qualquer um de vocês faça, mas não é obra ••
••
a vocês designada pelo Senhor.
As pessoas devem deixar que Deus cuide de Seu próprio Livro, Seus orá-
culos vivos, como Ele tem feito por séculos (Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 12, 13) .
A pregação da Palavra não terá proveito algum sem a contínua presen-
ça e ajuda do Espírito Santo. Ele é o único Mestre eficaz da verdade divina .

136 1 O grande conflito


••
••
••
Unicamente quando a verdade chega ao coração acompanhada pelo Espírito,
renovará a consciência e transformará a vida. Uma pessoa pode ser capaz
de apresentar a letra da Palavra de Deus, pode estar familiarizada com to-

•• dos os seus mandamentos e promessas, mas, a menos que o Espírito Santo


impressione o coração com a verdade, ninguém cairá sobre a Rocha e se des-
pedaçará. A maior educação, as maiores vantagens, não podem tornar uma pes-

•• soa um veículo de luz sem a colaboração do Espírito de Deus (O Desejado de


Todas as Nações, p. 540) .

•• Quarta, 1Q de maio: Somente Cristo, somente a graça


No jardim do Getsêmani, Cristo sofreu em lugar do homem, e a natu-
S
•• reza humana do Filho de Deus vacilou sob o terrível horror da culpa do pe-
cado, até que de Seus pálidos e trêmulos lábios arrancou-se o angustioso
brado: "Meu Pai, se é possível, que passe de Mim este cálice"; mas se não

•• há outro meio pelo qual se possa realizar a salvação do homem caído, en-
tão "não seja como Eu quero, e sim como Tu queres" (Mt 26:39). A natureza
humana teria ali, naquele mesmo momento, morrido sob o horror do sen-

•• so do pecado, se um anjo do Céu não O tivesse fortalecido para suportar a


agonia. O poder que infligiu justiça retributiva ao Substituto e Fiador do

••
ser humano foi o poder que susteve e encorajou o Sofredor sob o tremen-
do peso da ira que devia haver caído sobre o mundo de pecado. Cristo es-
tava sofrendo a morte que havia sido sentenciada aos transgressores da lei

•• de Deus (Comentários de Ellen G. White, Comentário Bíblico Adventista do


Sétimo Dia, v. 5, p. 1229, 1230).
O dom de Deus é a vida eterna. O Senhor deseja que todos os que rece-

•• bem Sua graça confiem inteiramente Nele. Recomenda que exerçamos pura
e singela fé, confiando Nele, sem perguntar qual será a recompensa que re-
ceberemos. Devemos trabalhar entusiasticamente no Seu serviço, demons-

•• trando que temos plena confiança de que Ele julgará com justiça .
No relato da cena do juízo, ao ser dada a recompensa aos justos e proferi-
da a condenação dos ímpios, os justos são representados perguntando o que

•• fizeram para receberem essa recompensa. No entanto, eles nutriam uma fé


duradoura em Cristo. Encheram-se de Seu Espírito e, sem esforço consciente,
realizaram para Cristo, na pessoa de Seus santos, os serviços que trazem segu-

•• • ra recompensa. Mas o seu motivo ao trabalhar não era receber compensação .


Consideravam a mais elevada honra poderem trabalhar como Cristo traba-
lhou. O que fizeram foi feito por amor a Cristo e aos semelhantes, e Aquele que
Se identificou com a humanidade sofredora considerou esses atos de compai-

•• xão e amor como tendo sido feitos a Ele mesmo (Exaltai-O, 25 de novembro) .
Pela veste nupcial [.. .] é representado o caráter puro e imaculado que os
verdadeiros seguidores de Cristo possuirão. Foi dado à igreja "vestir-se de

• Abr • Mai • Jun 2024 1371


••
••
linho finíssimo, resplandecente e puro" (Ap 19:8), "sem mancha, nem ruga,
nem coisa semelhante" (Ef 5:27). A Escritura diz que "o linho finíssimo são
os atos de justiça dos santos" (Ap 19:8). A justiça de Cristo e Seu caráter ima-
culado é, pela fé, comunicada a todos os que O aceitam como Salvador pes-
soal. [.. .] Essas vestes de Sua própria justiça, Cristo dará a todos os que se
arrependerem e crerem (Parábolas de Jesus, p. 182, 183). ••
Quinta, 2 de maio: Obediência: o fruto da fé ••
Visto a lei do Senhor ser perfeita, e, portanto, imutável, é impossível aos
homens pecadores satisfazer, por si mesmos, a norma de sua exigência. Foi
por isso que Jesus veio como nosso Redentor. Era Sua missão, ao tornar
••
1
os homens participantes da natureza divina, colocá-los em harmonia com os
princípios da lei celestial. Quando abandonamos nossos pecados e recebemos
a Cristo como nosso Salvador, a lei é exaltada. Pergunta o apóstolo Paulo:
••
"Anulamos, então, a lei por meio da fé? De modo nenhum! Pelo contrário,
confirmamos a lei" (Rm 3:31).
A promessa do novo concerto é: "Imprimirei as Minhas leis no coração
••
deles e as inscreverei sobre a sua mente" (Hb 10:16). Embora o sistema de
símbolos que apontava para Cristo como o Cordeiro de Deus que devia tirar ••

o pecado do mundo havia de passar com Sua morte, os princípios de justi-
ça contidos no Decálogo são tão imutáveis como o trono eterno. Nenhum
mandamento foi anulado, nenhuma letra ou acento foi mudado. Os princí-
pios que foram dados a conhecer ao ser humano no paraíso como a grande
lei da vida existirão, imutáveis, no paraíso restaurado. Quando o Éden vol- ••
tar a florir na Terra, a lei divina do amor será obedecida por todos debaixo
do Sol (O Maior Discurso de Cristo, p. 38).
A pureza e a santidade da vida de Cristo, segundo são apresentadas pela
••
Palavra de Deus, possuem mais poder para reformar e transformar o cará-
ter do que todos os esforços feitos para descrever pecados e crimes de ho- ••
••
mens e os infalíveis resultados. Olhar firmemente para o Salvador erguido
na cruz fará mais para purificar a mente e o coração de toda contaminação
do que todas as explanações científicas pela língua mais hábil.

••
Diante da cruz, o pecador vê sua dessemelhança em relação ao caráter de
Cristo. Ele vê as terríveis consequências da transgressão; odeia o pecado que
praticou e se apega a Jesus com viva fé. Julgou sua condição de impureza à luz
da presença de Deus e da inteligência celestial. Mediu-a pelo padrão da cruz .
Pesou-a nas balanças do santuário. A pureza de Cristo revelou-lhe sua pró-
pria impureza em seus aspectos repulsivos. Ele se afasta do pecado que cor- ••
rompe; olha para Jesus e vive (Exaltai-O, 10 de outubro).
Alguns parecem pensar que precisam passar por uma prova, e assim de-
monstrar ao Senhor que estão transformados, antes de poder pedir Sua bênção . ••
1381 O grande conflito

••
•• Mas eles podem pedir essa bênção agora mesmo. Eles precisam de Sua gra-
ça, o Espírito de Cristo, para ajudá-los em suas fraquezas; caso contrário,
não conseguirão resistir ao mal. Jesus deseja que nos acheguemos a Ele

•• como estamos: cheios de pecado, desamparados, dependentes. Devemos ir


a Ele com todas as nossas fraquezas, leviandades e pecaminosidade, e, ar-
rependidos, lançar-nos aos Seus pés. Ele Se alegra ao nos envolver em Seus

•• braços de amor, curar nossas feridas e nos purificar de toda impureza. [...]
Ninguém é tão pecador que não possa encontrar força, pureza e justiça
em Jesus, que por todos morreu. Ele anseia livrar os pecadores de suas ves-

•• tes manchadas e poluídas pelo pecado e vestir neles as roupas brancas da jus-
tiça. Ele insiste para que vivam, e não morram (Caminho a Cristo, p. 52, 53) .

•• Sexta, 3 de maio: Estudo adicional -

••
Filhos e Filhas de Deus, 8 de fevereiro ('':Alegra o coração e ilumina os olhos"). -
Exaltai-O, 27 de novembro ("Nosso misericordioso e fiel Sumo Sacerdote") .

•• Anotações

••
••
••
••
••
••
••
•• Abr • Mai • Jun 2024 1391
Lição
••
6 As duas testemunhas ••
••
Sábado, 4 de maio
Semelhante aos edificadores dessas casas nas rochas, comparou Jesus, ••
é aquele que recebe as palavras que tenho falado, tornando-as o funda-
mento de seu caráter, de sua vida. Séculos antes, havia escrito o profeta
Isaías: "A palavra do nosso Deus permanece para sempre" (Is 40:8); e Pedro,
••
muito depois do Sermão do Monte, citando essas palavras de Isaías, acres-
centou: "Esta palavra é o evangelho que foi anunciado a vocês" (1Pe 1:25) .
A Palavra de Deus é a única coisa estável que nosso mundo conhece. É o firme
••
fundamento. Disse Jesus: "Passará o céu e a Terra, porém as Minhas pala-
vras não passarão" (Mt 24:35). ••
••
Os grandes princípios da lei, da própria natureza de Deus, acham-se con-
tidos nas palavras de Cristo no monte. Quem quer que edifique sobre eles
está edificando sobre Cristo, a Rocha dos séculos. Ao receber a Palavra, re-
cebemos a Cristo. E só os que assim recebem Suas palavras estão construin-
do sobre Ele. "Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que
foi posto, o qual é Jesus Cristo" (1Co 3:11). "E não há salvação em nenhum ••
outro, porque debaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os
homens, pelo qual importa que sejamos salvos" (At 4:12). Cristo, a Palavra,
a revelação de Deus - a manifestação de Seu caráter, Sua lei, Seu amor, Sua ••
vida - é o único fundamento sobre o qual podemos edificar um caráter que
subsista (O Maior Discurso de Cristo, p. 102).
Precisamos estudar a realização dos propósitos de Deus na história das ••
nações e na revelação de coisas que estão por vir, para que possamos esti-
mar em seu verdadeiro valor as coisas visíveis e as invisíveis; para que pos-
samos aprender qual é o verdadeiro objetivo da vida; para que, encarando
••
as coisas temporais à luz da eternidade, possamos delas fazer o mais ver-
dadeiro e nobre uso. [..]
O dia está às portas. Para a lição a ser aprendida, para a obra a ser feita,
••
para a transformação do caráter que deve ser realizada, o tempo que res-
ta é muito curto. ••
"Os da casa de Israel dizem: 'As visões que esse homem tem se referem
a dias futuros, e as suas profecias tratam de tempos distantes.' Portanto,
diga-lhes: Assim diz o Senhor DEUS: 'Nenhuma das Minhas palavras será ••
adiada, e a palavra que Eu falar se cumprirá', diz o Senhor DEus" (Ez 12:27,
28; Educação, p. 130).

1401 O gra nde conflito


••

•• Os que estudam a Palavra de Deus com o coração aberto para a ilumina-
ção do Espírito Santo não permanecerão em trevas quanto ao seu significado .
"Se alguém quiser fazer a vontade de Deus, conhecerá a respeito da doutrina,

•• se ela é de Deus ou se Eu falo por Mim mesmo" (Jo 7:17). Todos os que vão a
Cristo com o desejo de um conhecimento mais claro da verdade o receberão .
Ele lhes desdobrará os mistérios do reino dos Céus, que serão compreendi-

•• dos pelos corações que anelam conhecer a verdade (Parábolas de Jesus, p. 14) .

•• Domingo, 5 de maio: Duas testemunhas


Quando Cristo quis expor aos discípulos a verdade de Sua ressurreição,
começou "por Moisés e todos os Profetas" e "explicou-lhes o que constava a

•• respeito Dele em todas as Escrituras" (Lc 24:27). Mas a luz que brilha na nova
ampliação da verdade é que glorifica a velha verdade. A pessoa que rejeita ou

••
despreza a nova verdade não possui realmente a velha verdade, que para ela
perde seu poder vital e torna-se forma sem vida. [.. .]
Muitos [...] rejeitam as Escrituras do Antigo Testamento, a respeito das

••
quais Cristo declarou: "São elas mesmas que testificam de Mim" (Jo 5:39) .
Rejeitando o Antigo, rejeitam efetivamente o Novo, pois ambos são partes de
um todo inseparável. Ninguém pode apresentar corretamente a lei de Deus

•• sem o evangelho, ou o evangelho sem a lei. A lei é o evangelho consolidado,


e o evangelho é a lei desdobrada. A lei é a raiz, e o evangelho é a flor perfu-
mosa e os frutos que ela produz.

•• O Antigo Testamento projeta luz sobre o Novo, e o Novo, sobre o Antigo .


Ambos são uma revelação da glória de Deus em Cristo. Ambos apresentam
verdades que revelarão continuamente ao fervoroso inquiridor novas pro-

•• fundezas (Parábolas de Jesus, p. 70, 71) .


"Vocês examinam as Escrituras, porque julgam ter nelas a vida eterna"
(Jo 5:39). Cada ponto da verdade mantido pelo nosso povo terá que suportar

•• a inquirição dos maiores intelectuais. Os mais elevados entre os grandes do


mundo serão postos em contato com a verdade. Por isso, todas as nossas inter-
pretações devem ser examinadas rigorosamente e testadas pelas Escrituras .

•• Parece que temos sido ignorados agora, mas nem sempre será assim. Movi-
mentos no sentido de nos colocar em evidência estão em curso, e, se nossas

••
teorias da verdade puderem ser reduzidas a cacos pelos historiadores ou pe-
los maiores intelectuais do mundo, isso será feito.
Individualmente, temos que saber por nós mesmos o que é a verdade

•• e estar preparados para, com mansidão e temor, dar a razão da nossa es-
perança, não com orgulho, vanglória ou pretensão, mas no espírito de
Cristo. Estamos nos aproximando do tempo em que teremos que permane-

•• cer sozinhos, individualmente, para responder por nossa crença. Os erros


religiosos estão se multiplicando e se entrelaçando com poderio satânico
Abr • Mai • Jun 2024 141 I
••
entre o povo. Quase não resta uma doutrina da Bíblia que não tenha sido
negada (Evangelismo, p. 49).
O Espírito Santo está ao lado de cada verdadeiro pesquisador da Palavra ••
de Deus, habilitando-o a descobrir as joias escondidas da verdade. A ilumi-
nação divina lhe vem à mente fixando-lhe a verdade com uma nova e vigo-
rosa importância. Ele se enche de uma alegria jamais experimentada antes. ••
A paz de Deus repousa sobre ele. A preciosidade da verdade é percebida
como nunca antes. Uma luz celestial resplandece sobre a Palavra, fazendo
com que cada letra pareça estar tingida de ouro. O próprio Deus fala ao co-
••
ração, tornando Sua Palavra espírito e vida (Refletindo a Cristo, 24 de abril) .
••
Segunda, 6 de maio: Períodos de tempo proféticos
A história das nações fala conosco hoje. Deus tem designado um lugar, ••
••
em Seu grande plano, para cada nação e cada indivíduo. Hoje homens e na-
ções estão sendo avaliados pelo prumo na mão Daquele que não erra. Por

6 sua própria escolha, todos estão decidindo seu destino, e Deus está condu-
zindo todas as coisas para alcançar Seus objetivos.
As profecias que o grande Eu Sou tem apresentado em Sua Palavra, unin-
do elo com elo na cadeia dos acontecimentos, da eternidade no passado à ••
eternidade no futuro, dizem-nos em que momento estamos hoje na suces-
são dos séculos e o que podemos esperar no futuro . Tudo o que a profecia
tem predito que haveria de acontecer, até o presente, tem tomado seu lugar ••
nas páginas da história, e podemos ter a certeza de que tudo quanto ainda
está para suceder se cumprirá em seu devido tempo. [... ] ·
A Bíblia, e apenas ela, permite ter uma visão correta dessas coisas. Nela
••
estão reveladas as grandes cenas finais da história de nosso mundo. Os
acontecimentos que anuncia já estão lançando suas primeiras sombras, o
som de sua aproximação faz tremer a Terra, e os homens desmaiam de ter-
••
ror (Profetas e Reis, p. 312).
As profecias de Daniel e de João devem ser diligentemente estudadas .
Existem pessoas ainda vivas que, ao estudarem as profecias de Daniel e
••
de João, receberam grande luz de Deus ao examinarem o campo em que pro-
fecias especiais estavam em processo de cumprimento em sua devida ordem . ••
Essas pessoas levaram a mensagem do tempo ao povo. A verdade brilhou cla-
ramente como sol ao meio-dia. Acontecimentos históricos, mostrando o di-
reto cumprimento da profecia, foram expostos ao povo, e viu-se que ela era ••
um esboço figurado de acontecimentos que levam ao encerramento da his-
tória terrestre. As cenas relacionadas com a obra do homem da iniquidade
são os últimos aspectos claramente revelados na história terrestre. O povo ••
tem agora uma mensagem especial para dar ao mundo: a terceira mensagem
angélica (Mensagens Escolhidas, v. 2, p. 86).

142 1 O grande co nfl ito


••
•• A substituição dos preceitos de Deus pelos dos homens ainda não cessou .
Mesmo entre os cristãos, existem instituições e costumes que não têm me-

•• lhor fundamento que as tradições dos pais da igreja. Essas instituições, ba-
seadas em autoridade meramente humana, têm substituído as que foram

••
estabelecidas por Deus. As pessoas se apegam às suas tradições e reveren-
ciam seus costumes, nutrindo ódio contra os que procuram mostrar-lhes
que estão em erro. Nesta época, quando somos orientados a chamar a aten-


••
ção para os mandamentos de Deus e a fé de Jesus, vemos a mesma inimiza-
de que se manifestava nos dias de Cristo. [.. .]
Que todos os que aceitam a autoridade humana, os costumes da igreja
ou as tradições dos pais, prestem atenção à advertência contida nas pala-

••
vras de Cristo: "Em vão Me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos

li
humanos" (Mt 15:9; O Desejado de Todas as Nações, p. 314) .

•• Terça, 7 de maio: As duas testemunhas são mortas


A guerra contra a Bíblia, que perdurou por tantos séculos na França, culmi-

•• nou nas cenas da Revolução. Aquela terrível carnificina foi_apenas o resultado


inevitável de Roma ter suprimido as Escrituras. Apresentou ao mundo o mais
impressionante exemplo da operação dos princípios papais - exemplo dos re-

•• sultados aos quais, por mais de mil anos, tendia o ensino da igreja de Roma .
A supressão das Escrituras durante o período da supremacia papal foi
predita pelos profetas; e o Revelador indica também os terríveis resultados

•••
que deveriam sobrevir especialmente à França pelo domínio do "homem da
iniquidade" (2Ts 2:3; O Grande Conflito, p. 226) .
[Este evento ocorreu durante uma visita de Ellen White a Nimes, na Fran-
ça, onde ela auxiliou D. T. Bourdeau em palestras evangelísticas em tendas.]

•• Naquela tarde [2 de novembro], o Pastor Bourdeau nos fez acompanhá-


lo até a Catedral, em Valence, França, e contemplar o busto de Pio VI, que
foi destacado na profecia, que foi levado cativo e morreu na mesma condi-

•• ção. Aqui estava aquele que ficou registrado na história como tendo recebi-
do a ferida mortal. Seu coração está sepultado no monumento de mármore
abaixo do local onde o busto está situado. Sentimos uma certa solenidade

•• ao contemplar o monumento desse homem notável na profecia (Manuscript


Releases, v. 8, p. 354) .
As mesmas dificuldades que foram criadas para atrapalhar a restauração

•• e o desenvolvimento da obra de Deus e as grandes montanhas de dificulda-


des que surgiram no caminho de Zorobabel serão enfrentadas por todos os
que hoje são leais a Deus e a Sua obra. Muitas invenções humanas são usa-

•• das para executar planos segt1ndo a mente e a vontade de indivíduos com


quem o Senhor não está trabalhando. Mas não são palavras jactanciosas
nem uma multidão de cerimônias que mostram que o Senhor está atuando

• Abr • Mai • Jun 2024 143 1


• I
junto a Seu povo. O suposto poder do agente humano não decide essa ques-
tão. Aqueles que se colocam em oposição à obra do Senhor podem conse- :1
guir atrapalhar por um tempo, mas o mesmo Espírito que sempre guiou a
obra do Senhor continuará a guiá-la hoje. "Não por força nem por poder, ••
••
mas pelo Meu Espírito, diz o SENHOR dos Exércitos" [Zc 4:6] (Comentários
de Ellen G. White, Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 4, p. 1300).
Estamos empenhados em um intenso conflito, o qual se tornará mais

••
rigoroso e ferrenho ao nos aproximarmos da luta final. Temos um inimi-
go vigilante, e ele está em constante atividade na mente de quem que não
teve experiência pessoal a respeito dos ensinos do povo de Deus nos últi-
mos 50 anos. Alguns tomarão a verdade aplicável ao seu tempo e a coloca-
rão no futuro. Acontecimentos, na sequência da profecia, que tiveram seu
cumprimento no distante passado são considerados futuros, e assim, por ••
IJI
essas teorias, a fé de alguns é abalada (Mensagens Escolhidas, v. 2, p. 87) .
••
l;I
Quarta, 8 de maio: As duas testemunhas ressuscitam
Em relação às duas testemunhas, o profeta declarou também: "Então
[elas] ouviram uma forte voz dos Céus, que lhes disse: 'Subam para cá.'
••
E subiram para os Céus numa nuvem, enquanto os seus inimigos olhavam"
(Ap 11:12, NVI). Desde que a França fez guerra às duas testemunhas de ••
••
Deus, elas têm sido honradas como nunca antes. Em 1804, foi organizada a
Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira. Seguiram-se organizações seme-
lhantes com numerosas filiais no continente europeu. Em 1816, fundou-se

••
a Sociedade Bíblica Americana. Quando se formou a Sociedade Britânica,
a Bíblia já havia sido impressa e circulava em 50 idiomas. Desde então, foi
traduzida em mais de 2 mil línguas e dialetos.
Durante os 50 anos anteriores a 1792, pouca atenção tinha sido dada à
obra das missões estrangeiras. Nenhuma nova sociedade se formou, e ha-
via apenas poucas igrejas que faziam algum esforço para a propagação do ••
cristianismo nas terras pagãs. Porém, no fim do século 18, ocorreu uma
grande mudança. As pessoas se tornaram descontentes com os resultados
do racionalismo e perceberam a necessidade da revelação divina e da ex- ••
periência religiosa. Desde esse tempo, a obra das missões estrangeiras tem
atingido crescimento sem precedentes.
Os aperfeiçoamentos da imprensa deram impulso à obra de divulgação
••
da Bíblia. A crescente facilidade de comunicação entre os diferentes paí-
ses, a ruína de antigas barreiras de preconceitos e exclusivismo nacional
e a perda do poder secular pelo pontífice de Roma têm aberto o caminho
••
para a entrada da Palavra de Deus. Há anos, a Bíblia tem sido vendida sem
restrições nas ruas de Roma, e atualmente está sendo levada a cada parte
habitável do globo (O Grande Conflito, p. 242, 243).
••
144 1 O grande conflito

••
•• O resultado do grande plano da redenção será reconciliar o mundo com
Deus, de maneira completa. Tudo o que foi perdido pelo pecado será restau-
rado. Não somente a humanidade será redimida, mas também toda a Terra,

• ••
para se tornar o lar eterno daqueles que foram obedientes. Durante 6 mil
anos Satanás tem lutado para manter o domínio da Terra. Então se cumprirá
o propósito original de Deus ao criá-la. "Os santos do Altíssimo receberão o
reino e o possuirão para todo o sempre, de eternidade a eternidade" (Dn 7:18) .

•• "Desde o nascer até o pôr do sol, que o nome do Senhor seja louvado!"
(Sl 113:3, NTLH). "Naquele dia, um só será o SENHOR, e um só será o Seu nome."
"O SENHOR será Rei sobre toda a Terra" (Zc 14:9). As Escrituras declaram:

•• "Para sempre, ó SENHOR, a Tua Palavra está firmada no Céu" (Sl 119:89) .
"Fiéis são todos os Seus preceitos. Estáveis são eles para todo o sempre"
(Sl 111:7, 8). Os santos estatutos que Satanás tem odiado e procurado des-

•• truir serão honrados por todo o Universo sem pecado. E "como a terra pro-
duz os seus renovas, e como o jardim faz brotar o que nele se semeia, assim
o Senhor DEUS fará brotar a justiça e o louvor diante de todas as nações"

•• (Is 61:11; Patriarcas e Profetas, p. 290) .


6
•• Quinta, 9 de maio: Verdade triunfante
Quando o Salvador estava prestes a Se separar de Seus discípulos, confor-

••
tou-os em sua tristeza com a segurança de que viria outra vez: "Que o coração
de vocês não fique angustiado[...]. Na casa de Meu Pai há muitas moradas.
[...] Vou preparar um lugar para vocês. E, quando Eu for e preparar um lu-

•• gar, voltarei e os receberei para Mim mesmo" (Jo 14:1-3). "Quando o Filho do
Homem vier na Sua majestade e todos os anjos com Ele, então, Se assenta-
rá no trono da Sua glória. Todas as nações serão reunidas em Sua presença"

•• (Mt 25:31, 32). [...]


Será então rompido o prolongado domínio do mal; "os reinos do mundo" se
tornarão "de nosso Senhor e do Seu Cristo, e Ele reinará para todo o sempre"

•• (Ap 11:15, ARC). "A glória do SENHOR se manifestará, e toda a humanidade a


verá" (Is 40:5). "O Senhor DEUS fará brotar a justiça e o louvor diante de todas
as nações" (Is 61:11). Ele será por "coroa de glória e o formoso diadema para o

•• restante de Seu povo" (Is 28:5; O Grande Conflito, p. 257, 258) .


Cristo diz: "Conheço as obras que você realiza. Eis que tenho posto dian-
te de você uma porta aberta, a qual ninguém pode fechar" (Ap 3:8). Quanto

•• os homens se esforçam para fechar essa porta, mas não conseguem fazê-
lo! Eis o testemunho de João: "Abriu-se, então, o santuário de Deus, que se
acha no Céu, e foi vista a arca da Sua Aliança no Seu santuário" (Ap 11:19) .

•• Sob o propiciatório, dentro da arca, estavam as duas tábuas de pedra, con-


tendo a lei de Jeová. Os fiéis de Deus viram a luz procedente da lei que in-


cidiu sobre eles, para que fosse dada ao mundo. E agora, a intensa atividade
Abr • Mai • )un 2024 1451
de Satanás é fechar essa porta de luz, mas Jesus declara que ninguém pode
fechá-la. Homens se desviarão da luz e irão denunciá-la e desprezá-la, mas
••
ela ainda brilha em raios claros e distintos, para animar e abençoar a todos
os que queiram vê-la. ••
Os filhos de Deus terão um difícil conflito com Satanás, e este se torna-
rá extremamente cruel ao nos aproximarmos de seu fim . Mas o Senhor aju-
dará os que defenderem Sua verdade (Fé e Obras, p. 46). ••
Edificamos sobre Cristo sendo obedientes à Sua Palavra. Não é aquele
que meramente gosta da justiça que é justo, mas aquele que pratica a justi-
ça. A santidade não é um enlevo; é o resultado de entregar tudo a Deus; é fa- ••
zer a vontade de nosso Pai celestial. Quando os filhos de Israel se achavam
acampados nas fronteiras da Terra Prometida, não lhes era necessário ape-
nas ter conhecimento de Canaã ou cantar os hinos de Canaã. Apenas isso ••

não os levaria à posse das vinhas e olivais da boa terra. Só a poderiam con-
quistar de fato pela ocupação, mediante o cumprimento das condições, ao
exercitarem uma viva fé em Deus e ao se apoderarem de Suas promessas,
••
l;I enquanto Lhe obedeciam às instruções (O Maior Discurso de Cristo, p. 102) .
••
Sexta, 10 de maio: Estudo adicional
Exaltai-O, 26 de abril ("Nossa única salvaguarda nas tentações"). ••
••
A Fé Pela Qual Eu Vivo, 15 de março ("Os mandamentos de Deus são seguros") .

Anotações

••
••
••
••
••
••
146 1 O grande conflito

•• Lição
•• Motivados pela esperança
••• Sábado, 11 de maio
7
•• Jesus vem, mas não como em Seu primeiro advento, uma criancinha
nascida em Belém; não como quando viajou para Jerusalém e os discípu-

•• los louvaram a Deus em alta voz e clamaram: "Hosana!"; mas na glória do

,.•
Pai e com todo o séquito de santos anjos para escoltá-Lo em Seu caminho
para a Terra. Todo o Céu estará vazio de anjos, enquanto os expectantes
santos O estarão aguardando e com os olhos direcionados ao Céu, como
os varões galileus quando Ele ascendeu do Monte das Oliveiras. Então so-
mente os que são santos, os que seguiram inteiramente o manso Modelo,

•• exclamarão com enorme alegria ao contemplá-Lo: "Eis que este é o nosso


Deus, em quem esperávamos, e Ele nos salvará" (Is 25:9). [...]
Com uma perspectiva como essa diante de nós, com tão gloriosa espe-

•• rança, redenção tal como essa que Cristo comprou para nós com Seu san-
gue, ficaremos calados? Não louvaremos a Deus também com alta voz como

•• os discípulos quando Jesus viajava para Jerusalém? Não é nossa perspec-


tiva muito mais gloriosa do que a deles? Quem ousaria então proibir-nos
de glorificar a Deus, com o mesmo alto clamor, quando temos tal espe-

•• rança, cheia de imortalidade e repleta de glória? Temos provado dos pode-


res do mundo por vir e ansiamos por mais (Primeiros Escritos, p. 116, 117).
Jesus está vindo! Mas não para ouvir os lamentos da humanidade, para

•• ouvir o pecador culpado confessar seus pecados e anunciar o perdão a ele; pois
o destino de cada um estará então decidido entre vida e morte. Aqueles que
viveram no pecado permanecerão pecadores para sempre. Aqueles que con-

•• fessaram seus pecados a Jesus no santuário e fizeram Dele seu amigo e ama-
ram Sua manifestação terão o perdão registrado para todos os seus pecados .
Jesus está vindo da mesma forma como subiu ao Céu, apenas com um

•• esplendor adicional. Ele está vindo com a glória de Seu Pai, e todos os
santos anjos com Ele, para escoltá-Lo em Seu caminho. Em vez da cruel
coroa de espinhos para perfurar Suas têmporas sagradas, uma coroa de

•,.• esplendor deslumbrante adornará Sua fronte sagrada (A Fé Pela Qual eu Vivo,
11 de dezembro) .
Mais de mil e oitocentos anos são passados desde que o Salvador dei-
xou a promessa de Sua vinda. Ao longo dos séculos, Suas palavras têm en-

•• chido de ânimo o coração de Seus fiéis . A promessa não se cumpriu ainda;


[...] mas nem por isso deixa de ser menos certa. [...]
Abr • Mai • Jun 2024 147 1
••
O tempo de espera está quase no fim. Os peregrinos e estrangeiros que
por tanto tempo têm buscado uma pátria melhor estão quase em casa. Sin-
to como se devesse clamar em voz alta: Rumo ao lar! "Por essa razão, ama- ••
dos, esperando estas coisas, esforcem-se para que Deus os encontre sem
mácula, sem culpa e em paz" (2Pe 3:14; Nossa Alta Vocação, 27 de dezembro) .

Domingo, 12 de maio: A promessa de Seu retorno



••
Uma das verdades mais solenes e mais gloriosas expostas pela Bíblia é
a da segunda vinda de Cristo para completar a grande obra da redenção. ••
Ao povo de Deus que, por tanto tempo, peregrina em sua jornada "na re-
gião e sombra da morte" (Mt 4:16), é dada uma esperança preciosa e que
inspira alegria na promessa do aparecimento Daquele que é "a ressurreição ••
e a vida" (Jo 11:25), para levar de novo ao lar Seus filhos exilados. A dou-
trina do segundo advento é, sem dúvida, a nota tônica das Sagradas Es-
crituras. Desde o dia em que o primeiro casal caminhou entristecido para
••
fora do Éden, os filhos da fé têm esperado a vinda do Prometido para que-
brar o poder do destruidor e levá-los novamente ao paraíso perdido. San-
tos homens do passado aguardavam o advento do Messias em glória para
••
7 a consumação de sua esperança (O Grande Confl_ito, p. 256).
Essa grande verdade [a segunda vinda de Cristo] tem sido o consolo dos ••
••
fiéis de Deus ao longo de todos os séculos. [...] Foi nosso Senhor mesmo
que prometeu aos Seus discípulos: "Quando Eu for e preparar um lugar,
voltarei e os receberei para Mim mesmo" (Jo 14:3). Foi o compassivo Sal-
vador que, antecipando-Se aos sentimentos de solidão e tristeza de Seus
seguidores, incumbiu anjos de confortá-los com a certeza de que Ele viria
outra vez, em pessoa, assim como havia ido para o Céu. [... ] ••
Estando os discípulos olhando atentamente para cima, querendo cap-
tar o último vislumbre Daquele a quem amavam, sua atenção foi desperta-
da pelas palavras: "Varões galileus, por que estais olhando para o céu? Esse ••
Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no Céu, há de vir assim como
para o Céu O vistes ir" (At 1:11, ARC). Pela mensagem do anjo, acendeu-se
de novo a esperança. Os discípulos "voltaram para Jerusalém cheios de ale-
••
gria. E estavam sempre no templo, louvando a Deus" (Lc 24:52, 53). Não se
alegravam porque Jesus havia Se separado deles nem porque haviam sido
deixados a lutar com as provações e tentações do mundo, mas por causa da
••
certeza dada pelo anjo de que Ele viria outra vez (O Grande Confl_ito, p. 288) .
Em meio ao declínio moral dos crentes coríntios, houve alguns que
abandonaram aspectos fundamentais de sua fé. Haviam chegado ao pon-
••
to de negar a doutrina da ressurreição. Paulo enfrentou essa heresia com
um claro testemunho referente à inegável evidência da ressurreição de ••
Cristo. Declarou que, após Sua morte, Jesus ressuscitou ao terceiro dia,

148 1 O grande conflito



••
• ••
conforme as Escrituras (lCo 15:4). "E apareceu a Cefas e, depois, aos doze .
Depois, foi visto por mais de quinhentos irmãos de uma só vez, dos quais
a maioria ainda vive; porém alguns já dormem. Depois, foi visto por Tia-
go e, mais tarde, por todos os apóstolos. Por último, depois de todos, foi

••
visto também por mim" (v. 5-8). [...]
Paulo transportou o pensamento dos irmãos coríntios para os triun-
fos da manhã da ressurreição, quando todos os santos que dormem serão

•• ressuscitados para viver para sempre com seu Senhor (Atos dos Apóstolos,
p. 203, 204) .

•• Segunda, 13 de maio: Esperando o tempo


A incredulidade fecha-lhes os olhos, de modo que se acham ignorantes de

•• sua verdadeira condição. A Testemunha Verdadeira assim descreve a cegueira


deles: "Você não sabe que é infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu" (Ap 3:17).
Está desaparecendo a fé na breve vinda de Cristo. "Meu Senhor tar-

•• de virá" (Mt 24:48, ARC), não se diz apenas no coração, mas exprime-se
também em palavras e ainda mais decididamente nas obras . A insensatez,
neste tempo de espera, está entorpecendo os sentidos do povo de Deus 1
•• quanto aos sinais dos tempos. A terrível iniquidade que predomina requer
a máxima diligência e o testemunho vivo, a fim de manter o pecado afas-
tado da igreja. A fé tem estado a decrescer assustadoramente, e só median-

•• te o exercício ela pode aumentar (Testemunhos Para a Igreja, v. 3, p. 217) .


"Assim como o relâmpago sai do oriente e brilha até o ocidente, assim

••
será a vinda do Filho do Homem" (Mt 24:27). [...]
Logo surge no oriente uma pequena nuvem escura, aproximadamente
do tamanho da metade da mão de um homem. É a nuvem que envolve o

•• Salvador e que, à distância, parece estar cercada pela escuridão. O povo de


Deus sabe que esse é o sinal do Filho do Homem. Em solene silêncio, con-
templa a pequena nuvem enquanto se aproxima da Terra, cada vez mais

•• brilhante e gloriosa, até que se transforma em uma grande nuvem branca,


mostrando na base uma glória semelhante ao fogo consumidor e, acima
dela, o arco-íris do concerto. Jesus, na nuvem, avança como poderoso ven-

•• cedor. Agora Ele vem, não mais como "Homem de dores" (Is 53:3) para be-
ber do amargo cálice da humilhação e miséria, mas como vitorioso no Céu
e na Terra, para julgar os vivos e os mortos. "Fiel e Verdadeiro", Ele "jul-

•• ga e combate com justiça." E "os exércitos do Céu O [seguem]" (Ap 19:11,


14). Com hinos de melodia celestial, os santos anjos, em vasta e inumerá-
vel multidão, acompanham-No em Seu trajeto. O firmamento parece estar

•• cheio de seres resplandecentes - "milhões de milhões e milhares de milha-


res" (Ap 5:11). Nenhuma caneta consegue descrever essa cena; mente mor-


tal alguma tem a capacidade de imaginar seu esplendor. "Sua glória cobre
Abr • Mai • Jun 2024 l49 I
••
os céus, e a Terra se enche do Seu louvor. O Seu resplendor é como a luz"
(Hc 3:3, 4). À medida que a nuvem viva se aproxima ainda mais, todos os
olhos contemplam o Príncipe da Vida. Nenhuma coroa de espinhos agora ••
fere Sua cabeça, mas um diadema de glória repousa sobre a santa fronte .
O rosto divino irradia o brilho deslumbrante do Sol do meio-dia. "No Seu
manto e na Sua coxa está escrito um nome: Rei dos reis e Senhor dos se- ••
nhores" (Ap 19:16; Maranata, o Senhor Logo Vem!, 7 de outubro).
Tudo o que precisamos focar é no dia de hoje. Neste momento, devemos ser
leais à nossa responsabilidade. Hoje devemos amar a Deus de todo o coração,
••
e ao nosso próximo como a nós mesmos. Hoje precisamos resistir às tenta-
ções do inimigo e, pela graça de Cristo, alcançar a vitória. Assim, vigiaremos
e esperaremos pela vinda de Cristo (Nos Lugares Celestiais, 14 de dezembro) .
••
Terça, 14 de maio: Guilherme Miller e a Bíblia - ••
Deus enviou Seu anjo para tocar o coração de um fazendeiro [Guilher-
me Miller] que não cria na Bíblia, a fim de guiá-lo a pesquisar as profecias . ••
••
Anjos de Deus constantemente visitavam esse homem escolhido, para di-

a
r igir sua mente e abrir-lhe o entendimento para profecias até então obs-
curas para o povo de Deus.
Foi-lhe concedido o início da corrente da verdade, e ele foi levado a exa-
minar elo após elo, até que vislumbrasse a Palavra de Deus com espanto e
admiração. Viu nela a perfeita corrente da verdade. Essa Palavra, que ha- ••
via considerado não inspirada, agora se abria diante de seus olhos em sua
gloriosa beleza. Viu que um trecho das Escrituras explicava outro. Quando
uma passagem era difícil de entender, encontrava em outra parte da Pala- ••
vra algo que a esclarecia. Considerou a sagrada Palavra de Deus com alegria
e o mais profundo respeito e reverência (História da Redenção, p. 248, 249) .
A Bíblia aponta para Deus como seu autor; contudo, foi escrita por mãos
••
humanas e, no variado estilo de seus diferentes livros, apresenta as ca-
racterísticas dos diversos escritores . As verdades reveladas são todas ins-
piradas por Deus (2Tm 3:16), mas estão expressas em palavras humanas.
••
Por meio de Seu Santo Espírito, o Ser Infinito derramou luz no entendi-
mento e no coração de Seus servos. Deu sonhos e visões, símbolos e ilus- ••
••
trações; e aqueles a quem a verdade foi assim revelada materializaram os
pensamentos em linguagem humana.
Os Dez Mandamentos foram pronunciados diretamente pelo próprio
Deus, e por Sua própria mão foram escritos. São de redação divina e não
humana. No entanto, as Escrituras Sagradas, com verdades dadas por
Deus e expressas na linguagem da humanidade, apresentam uma união ••
do divino com o humano. União semelhante existiu na natureza de Cristo,
que era o Filho de Deus e Filho do Homem. Pode-se dizer da Bíblia o que

1so 1 O grande conflito


••
• foi dito sobre Cristo: 'o Verbo Se fez carne e habitou entre nós' (Jo 1:14,
ARA; Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 19, 20).
Devemos pedir que o Senhor abra nosso entendimento para que com-

•• preendamos a verdade divina. Se humilharmos o coração diante de Deus,


se tirarmos dele a vaidade, o orgulho e o egoísmo, mediante a graça abun-
dantemente a nós outorgada; se desejarmos sinceramente e crermos firme-

•• mente, os brilhantes raios do Sol da Justiça incidirão sobre a nossa mente,


iluminando nosso entendimento obscurecido. Jesus é a Luz que ilumina a
todo homem que vem ao mundo. Ele é a Luz do mundo, e convida-nos a ir

•• a Ele e aprender Dele (Fundamentos da Educação Cristã, p. 183) .

•• Quarta, 15 de maio: Os 2.300 dias de Daniel 8:14


Por meio da natureza, de tipos e símbolos, de patriarcas e profetas,

••
Deus falara ao mundo. As lições deviam ser dadas à humanidade na lin-
guagem da própria humanidade. O Mensageiro da Aliança devia falar.
Sua voz devia ser ouvida em Seu templo. Cristo tinha que vir para profe-

•• rir palavras que fossem compreendidas de forma clara e inequívoca. Ele,


o autor da verdade, devia separá-la do joio das opiniões humanas, que a
haviam anulado. Os princípios do governo de Deus e o plano da redenção
7
•• deviam ficar claramente definidos. As lições do Antigo Testamento pre-
cisavam ser plenamente apresentadas aos seres humanos. [...]
A plenitude dos tempos havia chegado (O Desejado de Todas as Nações, p. 22).

•• "Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado"


(Dn 8:14). Seguindo sua regra de deixar que a Bíblia fosse sua própria intérprete,
Miller descobriu que um diana profecia simbólica representa um ano (Nm 14:34;

•• Ez 4:6); viu que o período de 2.300 dias proféticos, ou anos literais, se estende-
ria muito além do fim da dispensação judaica e que, por esse motivo, ele não
poderia se referir ao santuário daquela dispensação. Miller aceitou a opinião,

•• geralmente adotada, de que, na era cristã, a Terra é o santuário e, consequen-


temente, compreendeu que a purificação do santuário predita em Daniel 8:14
representava a purificação da Terra pelo fogo, por ocasião da segunda vinda de

•• Cristo. Então concluiu que, se fosse possível encontrar o exato ponto de par-
tida para os 2.300 dias, poderia facilmente determinar a época do segundo

••
advento. Assim se revelaria o tempo daquela grande consumação, "tempo em
que as condições presentes, com todo o seu orgulho e poder, pompa e vaida-
de, impiedade e opressão, viriam ao fim"; em que a maldição "seria removida

•• da Terra, a morte seria destruída, seria dado o galardão aos servos de Deus,
os profetas e os santos, e aos que temem o Seu nome, e seriam destruídos os
que devastam a Terra" (O Grande Conflito, p. 277) .

•• O início das 70 semanas é, sem dúvida, fixado em 457 a.C., e seu término em
34 d.C. Depois que as 70 semanas (ou 490 anos) são separadas dos 2.300 anos,
Abr • Mai • Jun 2024 I 51 I
••
restam ainda 1.810 anos. Depois do fim dos 490 dias, os 1.810 dias se cumpri-
riam. Contando do ano 34 d.C., 1.810 anos se estendem até 1844. Portanto, os
2.300 dias de Daniel 8:14 terminam em 1844. Ao ser concluído esse grande pe- ••
ríodo profético, "o santuário [seria] purificado". Desse modo, foi indicado o tem-
po em que ocorreria a purificação do santuário, que quase universalmente se
acreditava ocorreria no segundo advento. [...] ••
Em 1818, Miller chegou à solene convicção de que, em aproximadamente
25 anos, Cristo apareceria para libertar Seu povo. "Não necessito falar", diz
Miller, "sobre a alegria que encheu meu coração diante de uma expectativa ••
tão agradável e de um desejo profundo de participar da alegria dos salvos .
Oh, quão brilhante e gloriosa era a verdade! (O Grande Conflito, p. 147, 148) .
••
Quinta, 16 de maio: A linha de tempo profética mais longa
Esse decreto se encontra no capítulo 7 de Esdras, versos 12 a 26. Em sua
••
forma mais completa, foi promulgado por Artaxerxes, rei da Pérsia, em 457
a.C . [.. .] Esses três reis [Ciro, Dario e Artaxerxes], originando, confirmando ••
••
e completando o decreto, deram-lhe a perfeição exigida pela profecia para
marcar o início dos 2.300 anos. Considerando o ano 457 a.C., tempo em
que se completou o decreto, como data da ordem, percebeu-se que todas
7 as especificações da profecia relativa às 70 semanas haviam se cumprido .
"Desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até
ao Messias, o Príncipe, sete semanas e sessenta e duas semanas" (Dn 9:25, ••
ARC) - ou seja, 69 semanas ou 483 anos. O decreto de Artaxerxes entrou
em vigor no outono de 457 a.C. A partir dessa data, 483 anos estendem-se
até o outono do ano 27 de nossa era. Naquele tempo, essa profecia se cum- ••
priu. [...] No outono do ano 27 de nossa era, Cristo foi batizado por João e
recebeu a unção do Espírito. [... ] Depois de Seu batismo, Ele foi para a Ga-
lileia, "pregando o evangelho do reino de Deus e dizendo: O tempo está
••
cumprido" (Me 1:14, 15, ARC; O Grande Conflito, p. 278, 279).
A semana - sete anos - terminou em 34 d.C. Nessa data, com o ape-
drejamento de Estêvão, os judeus por fim selaram sua rejeição do evange-
••
lho. Os discípulos que foram espalhados pela perseguição "iam por toda
parte pregando a Palavra" (At 8:4); e pouco depois, Saulo, o perseguidor, ••
••
converteu-se e se tornou Paulo, o apóstolo dos gentios.
As inúmeras profecias relacionadas com o advento do Salvador levaram
os hebreus a viver numa constante expectativa. Muitos morreram na fé,
sem terem recebido as promessas. Mas vendo-as de longe, e crendo nelas,
reconheceram que eram estrangeiros e peregrinos na Terra (Hb 11:13). Des-
de os dias de Enoque, as promessas, repetidas por intermédio dos patriar- ••
cas e profetas, mantiveram viva a esperança do aparecimento do Messias
(Profetas e Reis, p. 409).

1s2 1 O grande conflito


••
••
•• Todo o Céu tem interesse em nossa salvação. Estaremos nós também inte-
ressados em nossa própria salvação? Vamos afastar toda e qualquer dúvida,
tudo o que possa envolver nossas almas em escuridão. Sabemos que o mundo

• ••
está repleto de iniquidade, mas devemos nos concentrar apenas nisso? Vamos
buscar constantemente falhas e males aqui e ali? Vamos olhar criticamente
para o caráter de nossos irmãos? Vamos pensar na bondade de Deus! Fale-
mos de Seu poder e cantemos de seu amor. Entreguemos nossas almas a Deus

•• como a um Criador digno de confiança e deixemos de lado preocupações e afli-


ções. Deus nos ajudará a viver acima das coisas desta vida e nos proverá uma
abundância de coisas boas sobre as quais refletir e conversar. Vamos entrar

•• na presença de Cristo. Ele está purificando o santuário celestial. Façamos isso


pela fé. Já foi feita provisão para nossa purificação. Uma fonte foi aberta para
o pecado e a impureza. Peçamos com fé pela graça de Deus, e não pediremos

•• em vão (The Review and Herald, 28 de maio de 1889, par. 11) .

•• Sexta, 17 de maio: Estudo adicional


Exaltai-O, 29 de março ("Glorificado Diante do Universo") .

••
Testemunhos Para a Igreja, v. 6, p. 321-325 ("Preparação Para a Crise Final") . •

Anotações

••
••
••
••
••
••
••
• Abr • Mai • )un 2024 1531
Lição
••
Luz do santuário ••
8 ••
Sábado, 18 de maio
O Sr. Miller e os que com ele se achavam presumiram que a purificação
••
do santuário, de que fala Daniel 8:14, significava a purificação da Terra pelo
fogo antes de se tornar a habitação dos santos. Isso deveria ocorrer por oca- ••
••
sião do segundo advento de Cristo; portanto, esperávamos aquele aconte-
cimento no fim dos 2.300 dias, ou anos. Depois de nosso desapontamento,
porém, as Escrituras foram cuidadosamente pesquisadas, com oração e fer-

••
vor; e, após um período de indecisão, derramou-se luz em nossas trevas; a
dúvida e a incerteza foram varridas.
Em vez de a profecia de Daniel 8:14 referir-se à purificação da Terra, fi-
cou claro que se referia ao trabalho de nosso Sumo Sacerdote prestes a se
encerrar nos Céus, à conclusão da obra expiatória e ao preparo do povo para
suportar o dia de Sua vinda (Testemunhos Para a Igreja, v. 1, p. 54, 55). ••
Pensem em Jesus. Ele está em Seu santuário, não em estado de solidão,
mas cercado por milhares e milhares de anjos celestiais que aguardam para
executar Seu mandado. E Ele os ordena a ir e trabalhar em favor do mais ••
fraco que põe a confiança em Deus. Grandes e pequenos, ricos e pobres têm
o mesmo auxílio providenciado.
Considerem o grande fato de que Cristo nunca cessa Sua solene obra no
••
santuário celestial e, se levarem Seu jugo, vocês se empenharão em trabalho
idêntico ao de sua Cabeça viva (A Fé Pela Qual Eu Vivo, 18 de julho).
O tema do santuário e do juízo investigativo deve ser claramente com-
••
preendido pelo povo de Deus. Todos necessitam de um conhecimento pes-
soal da posição e obra de seu grande Sumo Sacerdote. Do contrário, será ••
••
impossível para eles exercer a fé que é essencial neste momento, ou ocupar
a posição que Deus planejou que eles ocupem. Cada indivíduo tem uma alma
para salvar ou perder. Cada um tem um caso pendente no tribunal de Deus .
Cada um deve encontrar o grande Juiz face a face. [...]
O santuário no Céu é o próprio centro da obra de Cristo em favor dos ho-
mens. Ele abrange cada alma que habita na Terra. Ao nos mostrar o plano da ••
redenção, nos conduz até o fim dos tempos e desvela o triunfante desfecho
da batalha entre a justiça e o pecado. Torna-se crucial que todos se aprofundem
nesses temas e possuam a capacidade de responder a qualquer um que lhes ••
questione sobre a razão da esperança que há neles (Exaltai-O, 11 de novembro) .

1541 O grande conflito


••

Domingo, 19 de maio: O santuário celestial
O que é a purificação do santuário? As Escrituras do Antigo Testamento
afirmam que havia esse ritual em conexão com o santuário terreno. No en-

•• tanto, surge uma questão: Será que o Céu precisaria ser purificado? O Livro
de Hebreus, no Capítulo 9, oferece ensinamentos claros sobre a purificação
tanto do santuário terreno quanto do celestial. [...]

•• A purificação, tanto no serviço típico quanto no real, devia ser realizada


por meio do uso de sangue: na primeira, com o sangue de animais; na se-
gunda, com o sangue de Cristo.

•• A purificação não era uma remoção de impurezas físicas, pois devia


ser realizada com sangue e, portanto, devia ser uma purificação do pecado
(A Fé Pela Qual Eu Vivo, 19 de julho).

• Cristo era o fundamento de toda a religiosidade judaica. No serviço do


sacerdócio judaico somos continuamente lembrados do sacrifício e da inter-
cessão de Cristo. Todos os que vêm a Cristo hoje devem se lembrar de que

•• Seu mérito é o incenso que se mistura com as orações daqueles que se ar-
rependem de seus pecados e recebem perdão, misericórdia e graça. Nossa
necessidade da intercessão de Cristo é constante. Dia a dia, pela manhã e à

•• tarde, o coração humilde precisa oferecer orações que receberão respostas


de graça, paz e alegria. "Por meio de Jesus, pois, ofereçamos a Deus, sem-

••
pre, sacrifício de louvor, que é o fruto de lábios que confessam o Seu nome.
Não se esqueçam da prática do bem e da mútua cooperação, pois de tais sa-
crifícios Deus Se agrada" (Hb 13:15, 16) . 8
•• Sim; Cristo Se tornou o Mediador da oração, entre o homem e Deus. Ele
também Se tornou o meio pelo qual a oração do homem chega a Deus. Tam-
bém Se tornou o meio pelo qual a bênção de Deus chega ao homem. Combi-

•• nou divindade e humanidade. Os seres humanos devem ser colaboradores


de Deus na salvação de si mesmos, e então fazer esforços fervorosos, per-
severantes, incansáveis, para salvar aqueles que estão prestes a perecer

•• (Comentários de Ellen G. White, Comentário Bíblico Adventista do Sétimo


Dia, v. 6, p. 1200) .
Após a queda, Cristo Se tornou instrutor de Adão. Ele agia em lugar de

•• Deus em favor da humanidade, preservando a espécie humana de morte


imediata. Tomou sobre Si o ofício de mediador. Adão e Eva receberam uma
oportunidade para retornar à sua lealdade, e nesse plano toda a sua des-

•• cendência foi incluída .


Sem a expiação do Filho de Deus não poderia haver comunicação de

••
bênçãos ou salvação de Deus para o ser humano. Deus tinha zelo pela hon-
ra de Sua lei. A transgressão dessa lei causou uma terrível separação entre
Deus e o ser humano. A Adão em sua inocência fora assegurada comunhão

• Abr • Mai • Jun 2024 1ss 1


direta, livre e feliz com seu Criador. Depois de sua transgressão, Deus Se
comunicaria com a humanidade mediante Cristo e os anjos (Vidas que
••
Falam, 14 de janeiro).
Tendo sofrido toda a penalidade por um mundo culpado, Jesus Se tornou ••
••
o Mediador entre Deus e o ser humano, para restaurar a pessoa arrependi-
da ao favor de Deus, concedendo-lhe graça para guardar a lei do Altíssimo.
Cristo não veio destruir a lei ou os profetas, mas cumpri-los ao pé da letra .
A expiação do Calvário vindicou a lei de Deus como santa, justa e verdadei-
ra, não somente diante do mundo caído, mas também diante do Céu e pe-
rante os mundos que não caíram. Cristo veio engrandecer a lei e torná-la ••
honrosa (Fé e Obras, p. 119).

••
••
Segunda, 20 de maio: No santo dos santos
No Dia da Expiação, o sumo sacerdote, havendo apresentado uma oferta
pela congregação, ia ao lugar santíssimo com o sangue e o aspergia sobre o
propiciatório, por cima das tábuas da lei. Assim as reivindicações da lei, que
exigia a vida do pecador, eram satisfeitas. Então, na condição de mediador,
o sacerdote tomava sobre si os pecados e, saindo do santuário, levava con-
••
sigo o fardo das culpas de Israel. À porta do tabernáculo colocava as mãos
na cabeça do bode emissário e confessava "todas as iniquidades dos filhos
de Israel, todas as suas transgressões e todos os seus pecados" (Lv 16:21),
••
8 pondo-os sobre o animal. Quando o bode era enviado dali, esses pecados
eram considerados separados do povo para sempre, assim como o próprio ••
••
bode. Essa cerimônia era realizada como "figura e sombra das coisas celes-
tes" (Hb 8:5). [...]
Dessa maneira, nos serviços do tabernáculo, e do templo que mais tarde
tomou seu lugar, o povo era ensinado todos os dias a respeito das grandes
verdades relacionadas à morte de Cristo e ao Seu ministério. E, uma vez ao
ano, a mente de todos era transportada para os acontecimentos finais do ••
grande conflito entre Cristo e Satanás e para a purificação final do Universo,
tanto do pecado quanto de pecadores (Patriarcas e Profetas, p. 301, 302, 304) .
Estamos no grande Dia da Expiação, e a santa obra de Cristo em favor do ••
povo de Deus, que transcorre presentemente no santuário celestial, deve-
ria ser nosso estudo permanente. Deveríamos ensinar nossos filhos sobre
o significado do dia tipológico da expiação, e que era um tempo especial de
••
grande humilhação e confissão de pecados a Deus. O dia antitípico da expia-
ção deve ter o mesmo caráter. Cada um que ensina a verdade por preceito e
exemplo dará à trombeta o sonido certo. [...] A grande obra que está dian-
••
te de nós é conduzir o povo para longe das práticas e dos costumes munda-
nos, cada vez mais alto, para a espiritualidade, piedade e diligente serviço ••

a Deus. É seu dever proclamar a mensagem do terceiro anjo, soar a última
1561 O grande conflito
••
•• nota de advertência ao mundo. Que o Senhor o abençoe com visão espiri-
tual (Testemunhos Para a Igreja , v. 5, p. 444) .
Estamos agora no pátio exterior, aguardando a bendita esperança, o glo-

•• rioso aparecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Não devem ser
oferecidos sacrifícios no lado de fora, pois o grande Sumo Sacerdote está rea-
lizando Sua obra no lugar santíssimo. Em Sua intercessão como nosso advo-

•• gado, Cristo não necessita da virtude nem da intercessão de pessoa alguma .


Ele é o único Portador do pecado e a única Oferta pelo pecado. A oração e
a confissão só devem ser feitas Àquele que entrou de uma vez por todas no

•• lugar santíssimo. Ele salvará totalmente todos os que vão a Ele pela fé . Vive
eternamente para interceder por nós (Exaltai-O, 12 de novembro) .

•• Terça, 21 de maio: O juízo chegou

••
No dia do juízo as pessoas verão o que poderiam ter se tornado median-
te o poder de Cristo. [...] Conheciam as reivindicações de Deus, mas recusa-
ram submeter-se às condições estabelecidas em Sua Palavra. [...]

•• Tão claramente quanto a luz do Sol do meio-dia eles todos veem o que
poderiam ter sido caso houvessem cooperado com Deus em lugar de se opo-
rem a Ele. O quadro não pode ser modificado. Seus casos estão decididos

•• para sempre. Devem perecer com aquele cujos caminhos e obras seguiram .
Um raio de luz virá a todas as pessoas perdidas. Verão claramente o mis-
tério da santidade que durante a vida desprezaram e odiaram. E os anjos
8
•• caídos, dotados de maior inteligência do que o homem, reconhecerão o que
fizeram ao utilizar seus poderes para levar os seres humanos a preferirem o
engano e a falsidade. Todos quantos se uniram com o enganador, todos que

•• aprenderam seus caminhos e praticaram seus enganos, devem perecer com


ele. [...] O Senhor Jesus olha com piedade para eles e declara: "Afastem-se"
(Mt 7:23; Olhando Para o Alto, 8 de julho) .

•• Ninguém precisa ser enganado. A lei de Deus é tão sagrada como Seu tro-
no e, por ela, será julgado todo ser humano que vem ao mundo. Não há outra

••
norma pela qual provar o caráter. "Se eles não falarem desta maneira, jamais
verão a alva" (Is 8:20). Ora, será o caso resolvido segundo a Palavra de Deus,
ou hão de as pretensões dos homens receber crédito? Cristo diz: "Pelos seus

•• frutos os conhecereis" (Mt 7:20; Comentários de Ellen G. White, Comentário


Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 5, p. 1225).
Deus não força ninguém a amá-Lo e a obedecer à Sua lei. Ele demonstrou ao

•• ser humano um amor indescritível por meio do plano da redenção. Derramou


os tesouros de Sua sabedoria e deu o mais precioso presente do Céu para que
fôssemos motivados a amá-Lo e a nos colocar em harmonia com Sua vontade.

•• Se rejeitarmos tal amor e não quisermos que Ele governe sobre nós, estaremos
buscando nossa própria ruína e, por fim, sofreremos a perdição eternal. [...]
Abr • M ai • Jun 2024 I57 1
Quando todos os casos forem passados em revista diante de Deus, ja-
mais se perguntará: "O que professavam?", mas: "O que fizeram? Foram
••
praticantes da Palavra? Viveram somente para si? Ou se exercitaram nas
obras de beneficência, nos atos de bondade, no amor, preferindo os outros ••
••
a si mesmos, e a si mesmos se negando para serem uma bênção aos outros?"
Se o registro revelar que essa tem sido sua vida, que o caráter deles tem
sido marcado pela ternura, renúncia e benevolência, receberão a bendita cer-

••
teza e bênção de Cristo: "Muito bem", "venham, benditos de Meu Pai! Rece-
bam como herança o reino que lhes foi preparado desde a criação do mundo"
(Mt 25:21, 34, NVI; Conselhos Sobre Mordomia, p. 90-92).

Quarta, 22 de maio: A boa notícia do lugar santíssimo ••


Nós temos Alguém que é totalmente capaz e sempre disposto a nos dar
a ajuda exata que precisamos no momento de necessidade. Fomos convi-
dados a pedir ajuda, a nos aproximar do trono da graça com confiança, ••
a pedir o que quisermos para que nos seja concedido. E se as palavras de
Cristo permanecem em nós, somos os escolhidos de Deus e daremos frutos
em uma fé constante, nutrindo a fé que opera por amor e purifica a alma
••
de toda contaminação moral. "Muito fruto" é a evidência de que as pala-
vras de Cristo permanecem e atuam na alma (The Signs of the Times, 20 de ••
1
fevereiro de 1896, par. 3).
Aqueles que possuem essa fé que age por meio do amor e purifica a alma
serão santificados no corpo, na alma, no espírito e na mente. Haverá um ••
••
ministério eficaz quando o servo de Deus faz disso o negócio de sua vida:
agarrar a Palavra de Deus com uma determinação que nada pode soltar,
manter-se firme a ela, alimentar-se dela e compartilhá-la com outros como
a Palavra da vida.
Quando Jesus é nossa fonte inabalável de confiança, nossa oferta a Deus
seremos nós mesmos. Nossa segurança repousa unicamente na justiça e in- ••
tercessão de Cristo Jesus como nossa maior esperança. Não há confusão nem
desconfiança, porque pela fé vemos Jesus ordenado por Deus exatamente
para este propósito: fazer a reconciliação pelos pecados do mundo. Ele se com- ••
promete solenemente por meio de uma aliança sagrada a mediar em favor de
todos que se aproximam de Deus por meio Dele, e a realizar a salvação de-
les se apenas crerem. O privilégio nos é concedido de nos aproximarmos do ••
trono da graça com confiança, para que possamos obter misericórdia e en-
contrar graça para socorro em todo tempo de necessidade (Carta 153, 1897) .
Em nome de Cristo, nossas petições sobem ao Pai. Jesus intercede em nos-
••
so favor, e o Pai abre todos os tesouros de Sua graça para deles nos apropriar-
mos, para desfrutarmos e transmitirmos aos outros. "Peça em Meu nome",
Cristo diz. "Não digo que orarei ao Pai por vocês, pois o próprio Pai ama vocês,
••
ISB I
--- O grande conflito

••
• ••
porque vocês Me amaram. Façam uso do Meu nome. Isso dará eficiência às
suas orações, e o Pai lhes dará as riquezas da Sua graça. Portanto, peçam e re-
ceberão, para que a alegria de vocês seja completa."
Que condescendência! Que privilégio nos é concedido! Cristo é o elemen-

••
to de ligação entre Deus e o ser humano. [.. .] Ao nos aproximarmos de Deus
mediante a virtude dos méritos de Cristo, somos cobertos com Suas vestes sa-
cerdotais. Ele nos coloca ao Seu lado, estreitando-nos com Seu braço humano,

•• enquanto com o Seu braço divino Ele alcança o trono do Infinito. Põe os Seus
méritos, qual incenso suave, num incensário que nos entrega nas mãos, a fim
de encorajar as nossas petições. Promete ouvir e atender a nossas súplicas .

•• Sim, Cristo Se tornou o Mediador da oração entre o ser humano e Deus. Ele
também Se tornou o Mediador da bênção entre Deus e o ser humano. Com-
binou divindade e humanidade (Nos Lugares Celestiais, 11 de março) .

•• Quinta, 23 de maio: Jesus, nosso Advogado no juízo

•• Jesus andou como ser humano na Terra, tendo Sua divindade revestida
com a humanidade, e foi um Homem sofredor, tentado, atacado pelos ar-
dis de Satanás. [...] Agora Ele Se acha à destra de Deus, no Céu, onde atua

•• como Advogado, fazendo intercessão por nós. Devemos sempre ficar con-
fortados e esperançosos ao pensar nisso. Ele pensa naqueles que estão sujei-

••
tos a tentações neste mundo. Ele pensa em nós individualmente e conhece
cada necessidade nossa. Quando tentados, basta dizer: "Ele tem cuidado de
mim, intercede por mim, Ele me ama, e morreu por mim. Eu me entrega- 8
••
rei sem reservas a Ele."
Ofendemos o coração de Cristo quando nos condoemos de nós mesmos,
como se fôssemos nosso próprio salvador. Não; precisamos confiar aguar-

•• da de nossa vida a Deus, como a um Criador fiel. Ele vive sempre para in-
terceder por nós, criaturas provadas e tentadas. Abra o seu coração para os
raios brilhantes do Sol da Justiça, e não permita que nenhum sopro de dú-

•• vida, nenhuma palavra de incredulidade escape de seus lábios, para não se-
mear a dúvida. Há ricas bênçãos para nós; devemos tomar posse delas pela
fé. Imploro a você que tenha coragem no Senhor. A força divina é nossa, en-

•• tão falemos de coragem, força e fé (Refletindo a Cristo, 5 de abril) .


Abre-se no Céu o templo de Deus, e o limiar resplandece com a glória que
se destina a toda igreja que ame a Deus e guarde Seus mandamentos. Preci-

•• samos estudar, meditar e orar. Então teremos visão espiritual para distin-
guir os recintos internos do templo celestial. Apanharemos os acordes dos
cânticos e ações de graça do coro celeste que está ao redor do trono. Quan-

•• do Sião se levantar e resplandecer, sua luz será muito penetrante, e hinos


preciosos de louvor e ações de graças se ouvirão na assembleia dos santos .


Murmurações, queixas e lamentos por causa de pequeninas decepções e
Abr • Mai • Jun 2024 159 1
••
dificuldades se perderão de vista. Ao aplicarmos o colírio celestial, vere-
mos as glórias além. A fé atravessará a infernal sombra de Satanás e ve-
remos nosso Advogado oferecendo o incenso de Seus próprios méritos em ••
nosso favor (Para Conhecê-Lo, 24 de setembro).
Nesta vida, podemos apenas começar a compreender o maravilhoso tema
da redenção. Com nossa compreensão limitada, podemos meditar com todo ••
fervor na humilhação e glória, na vida e morte, na justiça e misericórdia que
se encontraram na cruz. No entanto, não somos capazes de apreender seu
pleno significado, apesar do máximo esforço de nossa mente. Compreen-
••
demos muito superficialmente o comprimento e a largura, a profundidade
e a altura do amor redentor. O plano da redenção não será completamente
entendido, mesmo quando os resgatados puderem ver assim como são vis-
••
tos e conhecer como são conhecidos; mas, ao longo das eras eternas, novas
verdades se desdobrarão constantemente aos corações cheios de admiração
e prazer. Embora as tristezas, as dores e as tentações da Terra estejam ter-
••
minadas, e suas causas, removidas, o povo de Deus terá um conhecimen-
to claro e profundo do que custou sua salvação (O Grande Conflito, p. 539) . ••
Sexta, 24 de maio: Estudo adicional
••
1
A Fé Pela Qual Eu Vivo, 19 de julho ("As coisas celestiais purificadas") .
Testemunhos Para a Igreja, v. 8, p. 257 ("Não há tempo a perder").
••
Anotações
••
••
••
••
••
••
!GOi O gra nde conflito
••
•• Lição
•• O fundamento
•• do governo de Deus 9
•• Sábado, 25 de maio

•• O embrião contido na semente cresce pelo desenvolvimento do princípio


vital que Deus nele implantou. Seu desenvolvimento não depende de meios
humanos. Assim é com o reino de Cristo. Há uma nova criação. Os princí-

•• pios de desenvolvimento são diretamente opostos aos que regem os reinos


deste mundo. Governos terrenos prevalecem pelo emprego da força; man-

••
têm o seu domínio pelas armas, mas o fundador do novo reino é o Príncipe
da Paz. O Espírito Santo representa os reinos terrestres mediante o símbo-
lo de feras; mas Cristo é "o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo"

••
(Jo 1:29). Em Seu plano de governo, não há o emprego da força bruta para
compelir a consciência. Os judeus esperavam que o reino de Deus fosse es-
tabelecido da mesma forma que os do mundo. Para promover justiça, recor-

•• riam a medidas externas; forjavam planos e métodos. Mas Cristo implanta


um princípio. Implantando a verdade e a justiça, frustra o erro e o pecado
(Parábolas de Jesus, p. 39) .

•• Não foi meramente para efetuar a redenção da humanidade que Cristo


veio à Terra e aqui sofreu e morreu. Veio para "engrandecer a lei e torná-la
gloriosa" (Is 42:21). Não somente para que os habitantes deste mundo pu-

•• dessem considerar a lei como deveria ser considerada, mas também para de-
monstrar a todos os mundos do Universo que a lei de Deus é imutável. Se os
requisitos dessa lei pudessem ser ignorados, o Filho de Deus não precisaria

•• ter dado a vida para expiar a transgressão dela. A morte de Cristo prova a
imutabilidade da lei. E o sacrifício ao qual o amor infinito induziu o Pai e o
Filho, para que os pecadores pudessem ser salvos, demonstra ao Universo

•• inteiro que a justiça e a misericórdia são o fundamento da lei e do governo


de Deus (O Grande Conflito, p. 420) .
Satanás está constantemente em atividade, com intensa energia e sob

•• milhares de disfarces para representar falsamente o caráter e o governo de


Deus. Com planos muito amplos e bem organizados, e com poder sobrenatu-

•• ral, ele está agindo para conservar sob seus enganos os habitantes do mundo .
Deus, o Ser infinito e plenamente sábio, vê o fim desde o princípio e, ao lidar
com o mal, Seus planos foram de grande alcance e abrangentes. Foi Seu in-

•• tuito não somente abater a rebelião, mas também demonstrar a todo o Uni-
verso a natureza dessa insurreição. O plano de Deus estava se desdobrando,
Abr • Mai • Jun 2024 l 61 1
••
mostrando tanto Sua justiça quanto Sua misericórdia, e reivindicando am-
plamente Sua sabedoria e justiça em Seu trato com o mal. [...]
Pelos fatos evidenciados no andamento do grande conflito, Deus de- ••
monstrará os princípios de Suas regras de governo, que foram falsificadas
por Satanás e por todos os que ele enganou. Sua justiça será finalmente re-
conhecida pelo mundo inteiro (Patriarcas e Profetas, p. 52, 53). ••
Domingo, 26 de maio: O santuário e a lei ••
No Apocalipse, João diz: ''Abriu-se, então, o santuário de Deus, que se
acha no Céu, e foi vista a arca da Aliança no Seu santuário" (Ap 11:19). João
contemplou em visão o povo de Deus que esperava Sua vinda e pesquisava a
••
verdade. Quando o templo de Deus foi aberto para Seu povo, a luz da lei de
Deus, que estava na arca, irradiou. Aqueles que recebem essa luz são apre-
sentados na proclamação da terceira mensagem angélica (Comentários de
••
Ellen G. White, Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 4, p. 1269) .
Ao orarmos, o Espírito Santo desceu sobre nós. [...] Logo perdi de vista ••
••
as coisas terrestres e fui arrebatada em visão da glória de Deus. Vi um anjo
que voava ligeiro para mim. Rápido levou-me da Terra para a cidade san-
ta. Na cidade vi um templo no qual entrei. Passei por uma porta antes de

••
chegar ao primeiro véu. Esse véu foi erguido, e eu entrei no lugar santo. [...]
No lugar santíssimo vi uma arca, cujo alto e lados eram do mais puro ouro.
Em cada extremidade da arca havia um querubim com suas asas estendidas

9
sobre ela. Cada um tinha o rosto voltado para o outro, e ambos olhavam para
baixo. Entre os anjos estava um incensário de ouro. Sobre a arca, onde esta-
vam os anjos, havia um brilho de glória excelente, como a glória do trono da ••
habitação de Deus. Jesus estava junto à arca, e, ao subirem a Ele as orações
dos santos, a fumaça do incenso subia, e Ele oferecia as orações ao Pai com
a nuvem do incenso. Na arca estava a urna de ouro contendo o maná, a vara
••
de Arão que florescera e as tábuas de pedra que se fechavam como um livro .
Jesus abriu-as, e eu vi os Dez Mandamentos nelas escritos com o dedo de
Deus. Em uma das tábuas havia quatro mandamentos, e na outra, seis. Os
••
quatro da primeira tábua eram mais brilhantes que os seis da outra. Mas o
quarto, o mandamento do sábado, brilhava mais que os outros; pois o sába-
do foi separado para ser guardado em honra do santo nome de Deus. O san-
••
to sábado tinha aparência gloriosa - um halo de glória o circundava.
Vi que o mandamento do sábado não fora pregado na cruz. Se tivesse ••
••
sido, os outros nove mandamentos também o teriam, e estaríamos na li-
berdade de transgredi-los a todos, bem como o quarto mandamento. Vi que
Deus não havia mudado o sábado, pois Ele jamais muda. Mas Roma o tinha

••
mudado do sétimo para o primeiro dia da semana, pois mudaria os tempos
e as leis (Primeiros Escritos, p. 49, 50).

162 1 O grande conflito


••
••
O sábado do sétimo dia não está envolto em incerteza. É o memorial
de Deus de Sua obra de criação. Foi estabelecido como monumento come-
morativo dado pelo Céu, para que fosse observado como sinal de obediên-

• ••
cia. Deus escreveu toda a lei com o Seu dedo em duas tábuas de pedra. [...]
Não permita que sua fé enfraqueça. Devemos permanecer firmemente
ao lado de nossa bandeira: os mandamentos de Deus e a fé de Jesus. Todos
que conservarem firme até o fim a confiança que tiveram desde o princípio
guardarão o sábado do sétimo dia, o qual chega até nós assinalado pelo Sol

•• (Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 261) .

•• Segunda, 27 de maio: A imutabilidade da lei de Deus


Quando o ser humano violou a lei de Deus e desprezou Sua vontade,

••
Satanás se alegrou. Declarou estar provado que a lei não podia ser obedecida;
o homem não podia ser perdoado. Por haver sido banido do Céu, depois da re-
belião, alegava que a raça humana jamais deveria receber novamente a apro-

•• vação divina. Argumentava que o Senhor não podia ser justo e ainda mostrar
misericórdia ao pecador.
Mesmo como pecador, o ser humano não estava na mesma situação que

•• Satanás. Lúcifer havia pecado no Céu, diante da glória divina. O amor de Deus
foi revelado a ele como a nenhum outro ser criado. Compreendendo o cará-
ter do Senhor, conhecendo Sua bondade, Satanás preferiu seguir sua vonta-

•• de independente e egoísta. Essa escolha foi decisiva. Deus não podia fazer
mais nada para salvá-lo. O ser humano, porém, foi enganado; sua mente foi
confundida pelos enganos de Satanás. Não conhecia a altura e a profundi- ·

•• dade do amor divino. Para ele, havia esperança ao conhecer o amor de Deus.
Contemplando Seu caráter, podia ser novamente atraído a Ele.
Por meio de Jesus, a misericórdia divina foi manifestada aos homens. No en-
·

•• tanto, a misericórdia não deixou de lado a justiça. A lei revela os atributos doca-
ráter de Deus, e nem um jota ou til dela podia ser mudado para ir ao encontro do

••
ser humano em seu estado decaído. Deus não mudou Sua lei, mas Se sacrificou
em Cristo para redenção do homem (O Desejado de Todas as Nações, p. 613).
Quando se assentar o juízo e forem abertos os livros, e todo homem for

•• julgado segundo as coisas neles escritas, então as tábuas de pedra, escondi-


das por Deus até aquele dia, serão apresentadas diante do mundo como a nor-
ma de justiça. Então os homens e as mulheres verão que o requisito para sua

•• salvação é a obediência à perfeita lei de Deus. Ninguém encontrará desculpa


para o pecado. Pelos justos princípios dessa lei, receberão as pessoas sua sen-
tença de vida ou de morte (Comentários de Ellen G. White, Comentário Bíblico

•• Adventista do Sétimo Dia, v. 1, p. 1223).


A lei de Deus que se encontra no santuário celestial é o grandioso ori-
ginal, do qual os preceitos inscritos nas tábuas de pedra, registrados por

• Abr • Mai • Jun 2024 163 1


Moisés no Pentateuco, eram uma cópia exata. Os que chegaram à compreen-
são desse ponto importante foram levados a ver o caráter sagrado e imutável
••
da lei divina. Perceberam, como nunca antes, a força das palavras do Salvador:
"Até que o céu e a Terra passem, nem um i ou um til jamais passará da Lei"
(Mt 5:18). A lei de Deus, sendo a revelação de Sua vontade, a transcrição de
••
Seu caráter, deve permanecer para sempre, como uma "fiel testemunha no
Céu" (Sl 89:37, NVI). Nenhum mandamento foi anulado; nenhum jota ou til
foi mudado. Disse o salmista: "Para sempre, ó SENHOR, a Tua palavra está
••
firmada no Céu" (Sl 119:89). "Todos os Seus mandamentos" são fiéis; "per-
manecem firmes para todo o sempre" (Sl 111:7, 8, ARC; O Grande Confl_ito, ••
••
p. 365, 366).

Terça, 28 de maio: O sábado e a lei


Não coloque sua influência contra os mandamentos de Deus. Essa lei é
exatamente como Jeová a escreveu no templo celestial. O ser humano pode ••
pisar sobre sua cópia terrestre, mas o original está guardado na arca de Deus
no Céu; e na cobertura dessa arca, que fica precisamente acima dessa lei,
está o propiciatório. Jesus está bem ali, diante da arca, para fazer media- ••
ção pelo homem. [...]
Nada que estava escrito nessas tábuas podia ser apagado. O precioso regis-
tro da lei foi colocado na arca da aliança e ainda está lá, seguramente escon-
••
dido da família humana. Mas, no tempo designado por Deus, Ele apresentará
essas tábuas de pedra, para serem um testemunho ao mundo todo contra
a desobediência a Seus mandamentos e contra o culto idólatra de um dia
••
9 de descanso falsificado (Comentários de Ellen G. White, Comentário Bíblico
Adventista do Sétimo Dia, v. 1, p. 1222, 1223).
"A importância do sábado como memorial da criação consiste em man-
••
ter sempre presente o verdadeiro motivo de se render culto a Deus" - porque
Ele é o Criador, e nós as Suas criaturas. "O sábado, portanto, está no próprio ••
••
fundamento do culto divino, pois ensina essa grande verdade da maneira
mais impressionante, e nenhuma outra instituição faz isso. O verdadeiro
fundamento para o culto a Deus, não meramente o daquele que se realiza

••
no sétimo dia, mas de todo culto, está na distinção entre o Criador e Suas
criaturas. Esse importante fato jamais poderá se tornar obsoleto e jamais
deverá ser esquecido." Foi para conservar sempre na mente das pessoas essa
verdade que Deus instituiu o sábado no Éden; e, enquanto o fato de que Ele
é o nosso Criador continuar sendo o motivo pelo qual devemos adorá-Lo, o
sábado permanecerá como sinal e memorial disso (O Grande Confl_ito, p. 368) . ••
O sábado aponta para Cristo como Criador e Santificador. Declara que
Aquele que criou todas as coisas no Céu e na Terra e por quem todas as
coisas se mantêm unidas é o Cabeça da igreja, e que por Seu poder somos ••
1641 O grande conflito

••
•• reconciliados com Deus. Pois, falando de Israel, o Senhor disse: "Também
lhes dei os Meus sábados, para servirem de sinal entre Mim e eles, para que
soubessem que Eu sou o SENHOR que os santifica" (Ez 20:12) - isto é, que os

•• torna santos. Portanto, o sábado é um sinal do poder de Cristo para nos fa-
zer santos. E é dado a todos os que Cristo santifica. Como sinal de Seu poder
santificador, o sábado é dado a todos os que, por meio de Cristo, tornam-se

•• parte do Israel de Deus. [...]


O sábado será um prazer a todos os que o recebem como sinal do poder
criador e redentor de Cristo. Vendo Cristo nele, alegram-se no Senhor. O sá-

•• bado mostra-lhes as obras da criação como testemunho de Seu grande poder


em redimir. Ao mesmo tempo que lembra a perdida paz do Éden, também fala
da paz restaurada por meio do Salvador (O Desejado de Todas as Nações, p. 223) .

•• Quarta, 29 de maio: A marca da besta

•• A grande controvérsia entre o bem e o mal assumirá proporções cada vez


maiores até seu desfecho. Em todas as eras, a ira de Satanás tem se mani-

••
festado contra a igreja de Cristo; e Deus tem derramado Sua graça e Espírito
sobre Seu povo para habilitá-lo a permanecer de pé diante do poder do ma-
ligno. Quando os apóstolos de Cristo receberam a incumbência de apresentar

•• o evangelho ao mundo e registrá-lo para as gerações futuras , foram especial-


mente capacitados pela iluminação do Espírito.
No entanto, à medida que a igreja se aproximar de sua libertação final,

•• Satanás agirá com intenso poder. Ele está "cheio de fúria, sabendo que pouco
tempo lhe resta" (Ap 12:12). Atuará "com todo poder, sinais e prodígios da men- •
tirá' (2Ts 2:9). Durante 6 mil anos, essa poderosa mente, que uma vez foi a mais •

•• elevada entre os anjos de Deus, tem se dedicado completamente à obra de en-


gano e destruição. E a mais profunda perícia e astúcia satânicas adquiridas,
bem como toda a crueldade desenvolvida durante essa luta de tantos séculos,

•• serão usadas contra o povo de Deus no conflito final. Nesse tempo de perigo,
os seguidores de Cristo deverão apresentar ao mundo a advertência quanto
ao segundo advento do Senhor; e um povo deverá se preparar para permane-

•• cer de pé diante Dele, em Sua vinda, sem mácula e irrepreensível (2Pe 3:14).
Nesse tempo, como nos dias dos apóstolos, a igreja terá necessidade de uma
dotação especial de graça e poder divinos (O Grande Conflito, p. 9, 10).

•• O dever de adorar a Deus se baseia no fato de que Ele é o Criador e que a Ele
todos os outros seres devem a existência. E cada vez que a Bíblia apresenta o

••
direito de Deus à nossa reverência e adoração acima dos deuses pagãos, men-
ciona as provas de Seu poder criador. "Todos os deuses dos povos não passam
de ídolos; o SENHOR, porém, fez os céus" (Sl 96:5). ''A quem, pois, Me compara-



reis para que Eu lhe seja igual? - diz o Santo. Levantai ao alto os olhos e vede .
Quem criou estas coisas?" (Is 40:25, 26). [...] Disse o salmista: "Sabei que o
Abr • Mai • Jun 2024 165 1
••
••
SENHOR é Deus; foi Ele quem nos fez, e Dele somos" (Sl 100:3). "Vinde, adore-
mos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do SENHOR, que nos criou" (Sl 95:6).
E os seres santos que adoram a Deus nos Céus declaram porque Lhe é devida
sua homenagem: "Digno és, Senhor, de receber glória, e honra, e poder; por-
que Tu criaste todas as coisas" (Ap 4:11, ARC; O Grande Conflito, p. 367, 368).
Se o sábado tivesse sido universalmente guardado, os pensamentos e afei- ••
ções dos seres humanos teriam sido dirigidos ao Criador como objeto de re-
verência e culto, e jamais haveria idólatras, ateus ou incrédulos. A guarda do
sábado é um sinal de lealdade para com o verdadeiro Deus, ''.Aquele que fez o ••
céu, e a Terra, e o mar, e as fontes das águas" (Ap 14:7). Portanto, conclui-se
que a mensagem que ordena aos seres humanos adorar a Deus e guardar Seus
mandamentos apelará especialmente para que observemos o quarto manda-
••
mento (O Grande Conflito, p. 368).
••
Quinta, 30 de maio: As três mensagens angélicas
O terceiro anjo é visto voando no meio do Céu, "dizendo com voz forte: - ••
••
Se alguém adora a besta e a sua imagem e recebe a sua marca na testa ou na
mão, também esse beberá do vinho do furor de Deus, preparado, sem mistu-
ra, no cálice da Sua ira, e será atormentado com fogo e enxofre, diante dos san-

••
tos anjos e na presença do Cordeiro. [...] Aqui está a perseverança dos santos,
os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus" [Ap 14:9, 10, 12].
Este é o povo que está reparando a brecha na lei de Deus. Veem que o sá-

9
bado do quarto mandamento foi suplantado por um dia de repouso espúrio,
um dia que não tem sanção na Palavra de Deus. Em meio a grande oposi-
ção, tornam-se leais ao seu Deus e tomam posição sob o estandarte do ter- ••
ceiro anjo (Comentários de Ellen G. White, Comentário Bíblico Adventista do
Sétimo Dia, v. 4, p. 1269).
Se queremos ter o espírito e poder da terceira mensagem angélica, temos
••
que apresentar a lei e o evangelho juntos, pois eles andam de mãos dadas .
À medida que um poder de baixo está incitando os filhos da desobediência
para anular a lei de Deus, e pisar a verdade de que Cristo é nossa justiça, um
••
poder de cima está operando no coração dos leais, para exaltarem a lei e er-
guerem a Jesus como Salvador completo.
A menos que o poder divino seja trazido para a experiência do povo de
••
Deus, falsas teorias e ideias tornarão a mente cativa, Cristo e Sua justiça se-
rão eliminados da experiência de muitos, e sua fé ficará sem poder ou vida . ••
••
Os pastores precisam apresentar a Cristo em Sua plenitude tanto nas
igrejas quanto em novos campos a fim de que os ouvintes possuam fé inteli-
gente. O povo deve estar instruído de que Cristo lhes é salvação e justiça. [...]
O tema de nossa mensagem não é somente os mandamentos de Deus,
mas a fé de Jesus. Uma brilhante luz resplandece em nossa estrada hoje e

1661 O grande confl ito


••
•• induz a maior fé em Jesus. Devemos receber cada raio de luz, e nele andar

•• (Obreiros Evangélicos, p. 161, 162).


Quando, porém, o mundo anular a lei de Deus, qual será o efeito sobre

••
os que são verdadeiramente obedientes e justos? Serão eles levados pela for-
te corrente do mal? Pelo fato de que tantos se enfileiram sob a bandeira do
príncipe das trevas, os que guardam os mandamentos de Deus se apartarão

••
de sua fidelidade? Nunca! Nem um dos que permanecem em Cristo falhará
ou cairá. Seus seguidores se curvarão em obediência a uma autoridade su-
perior à de qualquer potestade terrestre. Ao passo que o desprezo lançado

•• sobre os mandamentos de Deus leva muitos a suprimir a verdade e mostrar


por ela menos reverência, os fiéis irão, com maior zelo, manter erguidas suas
verdades distiritivas (Maranata, o Senhor Logo Vem!, 20 de janeiro) .

•• Sexta, 31 de maio: Estudo adicional

•• A Fé Pela Qual Eu Vivo, 28 de outubro ("O povo que guarda a lei de Deus") .
Maranata, o Senhor Logo Vem!, 24 de julho ("O remanescente e o selamento") .

•• Anotações

••
•• - - - -•
••
••
••
••
••
•• Abr • Mai • Jun 2024 1671
Lição ••
10 Espiritualismo exposto ••
••
Sábado, 12 de junho
A crença na comunicação com os mortos ainda é mantida, mesmo nos paí- ••
ses que se dizem cristãos. Sob o nome de espiritismo, a prática de se comu-
nicar com os seres que alegam ser os espíritos dos mortos tem se espalhado
cada vez mais. Ela é adaptada para ganhar a simpatia daqueles que depuse- ••
ram seus queridos na sepultura. Algumas vezes, seres espirituais aparecem
em forma de amigos falecidos, contam experiências pessoais de sua vida e
fazem coisas que eles costumavam fazer enquanto estavam vivos. Desse
••
modo, levam as pessoas a acreditar que seus amigos mortos são anjos que
pairam sobre elas e com elas se comunicam. Aqueles que dizem ser os espí-
ritos dos mortos são considerados com certa idolatria e, para muitos, sua pa-
••
lavra tem mais valor do que a Palavra de Deus (Patriarcas e Profetas, p. 606) .
Indiscutivelmente, a esperança de passar para a felicidade eterna após
a morte tem levado a um descuido geral da doutrina bíblica da ressurrei-
••
ção. Essa tendência foi notada pelo Dr. Adam Clarke, que disse: "A doutrina
da ressurreição parece ter sido considerada muito mais importante pelos ••
••
primeiros cristãos do que pelos cristãos de hoje! Corno assim? Os apósto-
los insistiam sempre nela e, por meio dela, estimulavam os discípulos de
Cristo a ser diligentes, obedientes e animados. Mas seus sucessores atuais

••
quase nunca a mencionam. Isso era o que os apóstolos pregavam e o que
os cristãos primitivos criam; isso é o que deve ser nossa pregação e a cren-
ça de nossos ouvintes. [...]
Quando Jesus estava para deixar Seus discípulos, não lhes disse que lo-
go iriam se reunir com Ele. "Vou preparar um lugar para vocês", disse Ele .
"E, quando Eu for e preparar um lugar, voltarei e os receberei para Mim ••
mesmo" (Jo 14:2, 3). E Paulo[...] apontou aos seus irmãos a futura vinda do
Senhor, quando as sepulturas serão abertas "e os que morreram em Cristo
ressuscitarão" para a vida eterna (O Grande Conflito, p. 456, 457).
••
Cristo reivindica corno Seus todos aqueles que creram em Seu nome .
O poder vitalizante do Espírito de Cristo que habita no corpo mortal liga a
Jesus Cristo todo aquele que crê. Os que creem em Jesus são sagrados ao Seu
••
coração, pois sua vida está escondida com Cristo em Deus. Sairá do Doador
da vida a ordem: "Despertem e cantem de alegria, vocês que habitam no pó,
porque o Teu orvalho, ó Deus, será corno o orvalho de vida, e a terra dará à
••
luz os seus mortos" (Is 26:19).

168 1 O grande conflito


••
•• O Doador da vida chamará Sua posse adquirida, na primeira ressurrei-

•• ção, e até aquela hora triunfante, quando soar a última trombeta e o vasto
exército ressurgir para a vitória eterna, todo santo que dorme será conser-

••
vado em segurança, guardado como joia preciosa, conhecido de Deus pelo
nome. Pelo poder do Salvador que neles habitou quando vivos e por terem
sido participantes da natureza divina, são ressurgidos dentre os mortos

•• (Mensagens Escolhidas, v. 2, p. 226) .

Domingo, 2 de junho: As consequências mortais do espiritualismo

•• As batidas misteriosas com que o espiritismo moderno começou não fo-


ram resultado de habilidades e truques humanos, mas obra direta de anjos

•• maus que, assim, introduziram um dos mais eficazes enganos para a des-
truição dos seres humanos .
Muitos serão enredados pela crença de que o espiritismo seja meramen-

•• te uma fraude humana. Quando postos diante de manifestações evidente-


mente sobrenaturais, serão enganados e levados a aceitá-las como o grande
poder de Deus.

•• Essas pessoas não levam em consideração o testemunho das Escrituras


relativo às coisas impressionantes operadas por Satanás e seus agentes. Foi
por auxílio satânico que os magos do faraó puderam contrafazer a obra de

•• Deus. O apóstolo João, descrevendo o milagroso poder que se manifestará


nos últimos dias, declarou: "Opera grandes sinais, de maneira que até faz

••
descer fogo do céu sobre a Terra, diante de todas as pessoas. Seduz aqueles

m
que habitam sobre a Terra por causa dos sinais que lhe foi permitido realizar"
(Ap 13:13, 14). Não estão aqui preditas meras tapeações. Os seres humanos

•• são enganados pelos milagres que os agentes de Satanás têm poder para fa-
zer, e não pelo que fingem realizar (História da Redenção, p. 276).
O profeta Isaías disse: "Quando disserem a vocês: 'Consultem os médiuns 1
•• e os adivinhos, que sussurram e murmuram', será que um povo não deve-
ria consultar o seu Deus? A favor dos vivos se consultarão os mortos? À lei
e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, jamais verão a

•• luz do alvorecer" (Is 8:19, 20) .


Se as pessoas estivessem dispostas a receber a verdade tão claramente
apresentada nas Escrituras - que os mortos não sabem coisa nenhuma-, ve-

•• riam nas pretensões e manifestações do espiritismo a operação de Satanás


com poder, sinais e prodígios da mentira (História da Redenção, p. 278) .
Os santos precisam compreender o estado dos mortos, pois espíritos de

•• demônios ainda lhes aparecerão, afirmando ser amigos ou parentes amados,


e apresentarão doutrinas não bíblicas. Farão tudo ao seu alcance para desper-

••
tar simpatia e realizarão milagres diante dos santos para confirmar o que de-
claram. O povo de Deus deve estar preparado para enfrentar esses espíritos
Abr • Mai • /un 2024 1691
com a verdade bíblica de que os mortos não sabem coisa nenhuma, e de que
••
aqueles que lhes aparecem são espíritos de demônios.
Devemos examinar bem o fundamento de nossa esperança, pois teremos ••
••
que dar a razão dela com base nas Escrituras. Esse engano se espalhará, e te-
remos que lutar com ele face a face. A menos que estejamos preparados para
isso, seremos enredados e vencidos. Mas se fizermos o que pudermos, de
nossa parte, a fim de estarmos prontos para o conflito que está precisamen-
te diante de nós, Deus fará Sua parte, e Seu braço todo-poderoso nos prote-
gerá. Ele preferiria enviar todos os anjos da glória para fazer uma barreira ••
em redor dos fiéis, a consentir que fossem enganados e desencaminhados
pelos prodígios de mentira de Satanás (Primeiros Escritos, p. 241).
••
Segunda, 3 de junho: Morte no Antigo Testamento
Em parte alguma nas Escrituras Sagradas se encontra a declaração de que
••
é por ocasião da morte que os justos vão para sua recompensa e os ímpios para
seu castigo. Os patriarcas e profetas não deixaram essa certeza. E Cristo e Seus
apóstolos não fizeram sugestão alguma a respeito disso. A Bíblia ensina clara-
••
mente que os mortos não vão imediatamente para o Céu. Eles são representa-
dos como se estivessem dormindo até a ressurreição (lTs 4:14; Jó 14:10-12) .
No mesmo dia em que se rompe o fio de prata e se despedaça o copo de ouro
••
(Ec 12:6), perecem os pensamentos dos seres humanos. Os que descem à se-
pultura estão em silêncio. Não sabem de mais nada que se faz debaixo do Sol ••
••
(Jó 14:21). Bendito descanso para os justos cansados! Seja longo ou breve o
tempo, para eles é apenas um momento. Estão dormindo até o dia em que
serão despertos pela trombeta de Deus para uma imortalidade gloriosa .

1
"A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis [.. .]. E, quando este
corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade e o que é mortal se reves-
tir de imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrita: 'Tragada foi ••
a morte pela vitória"' (lCo 15:52, 54). Quando forem chamados de seu pro-
fundo sono, seus pensamentos continuarão exatamente do ponto em que ha-
viam parado. A última sensação foi a agonia da morte; o último pensamento, ••
o de que estavam caindo sob o poder da sepultura. Mas, ao se levantarem do
túmulo, seu primeiro alegre pensamento se expressará na triunfante aclama-
ção: "Onde está, ó morte, a sua vitória? Onde está, ó morte, o seu aguilhão?"
••
(lCo 15:55; O Grande Conflito, p. 458).
Cristo Se tornou um com a humanidade para que a humanidade se tornas-
se uma com Ele, em espírito e em vida. Em virtude dessa união, em obediên-
••
cia à Palavra de Deus, Sua vida torna-se a vida deles. Ele diz aos penitentes:
"Eu sou a ressurreição e a vida" (Jo 11:25). A morte é por Cristo considerada ••
••
um sono - silêncio, trevas, sono. A ela Se refere como se fosse de pouca im-
portância. "E todo o que vive e crê em Mim", diz Ele, "não morrerá" (Jo 11:26) .

1101 O grande conflito


•• [...] E para o crente, a morte é apenas questão de pouca importância. Para ele,

•• morrer é apenas dormir. [...]


O mesmo poder que ressuscitou a Cristo dentre os mortos erguerá Sua

•• igreja, glorificando-a com Ele, acima de todos os principados, de todas as po-


testades, acima de todo nome que é mencionado, não somente neste mun-
do, mas também no mundo por vir. A vitória dos santos que dormem será

•• gloriosa na manhã da ressurreição (Minha Consagração Hoje, 18 de outubro) .


A voz que gritou na cruz: "Está consumado!" (Jo 19:30) foi ouvida entre
os mortos. Penetrou as paredes dos sepulcros, ordenando aos que dormiam

•• que acordassem. Assim será quando a voz de Cristo for ouvida do céu. Ela
penetrará as sepulturas e abrirá os túmulos, e os mortos em Cristo ressur-
girão. Na ressurreição do Salvador, algumas tumbas foram abertas, mas em

•• Sua segunda vinda todos os queridos mortos ouvirão Sua voz, saindo para
uma vida gloriosa e imortal (O Desejado de Todas as Nações, p. 632) .

•• Terça, 4 de junho: Morte no Novo Testamento


Quando a carta de Paulo foi aberta e lida, grande alegr~a e consolação to-

•• maram conta da igreja pelas palavras que revelavam o verdadeiro estado dos
mortos. Paulo mostrava que os que estivessem vivos quando Cristo voltas-
se não iriam ao encontro de seu Senhor antes dos que haviam morrido em

•• Jesus. A voz do Arcanjo e a trombeta de Deus alcançariam os que estivessem


dormindo, e os mortos em Cristo ressuscitariam primeiro, antes que o toque

••
de imortalidade fosse dado aos vivos. "Depois, nós, os vivos, os que ficarmos,
seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro com

jo- 11
o Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor. Portanto,

•• consolem uns aos outros com estas palavras" (lTs 4:17, 18) .
Mal podemos imaginar a esperança e alegria que essa afirmação levou à
vem igreja de Tessalônica. Seus membros creram na carta que lhes foi envia- 1
•• da por seu pai no evangelho; eles a apreciaram, e seu coração se encheu de amor
por Paulo. Ele lhes havia falado dessas coisas antes; mas naquela época tinham
dificuldade em compreender doutrinas que pareciam novas e estranhas, e não

•• é de admirar que a força de alguns pontos não tivesse ficado vividamente im-
pressa na mente deles. No entanto, eles estavam famintos da verdade, e a car-
ta de Paulo lhes deu nova esperança e alento, uma fé mais firme em Cristo e

•• um amor mais profundo por Aquele que, por intermédio de Sua morte, havia
trazido à luz vida e imortalidade (Atos dos Apóstolos, p. 164) .
Com poder convincente, o apóstolo expôs a grande verdade da ressurrei-

•• ção. "Se não há ressurreição de mortos", argumentou, "então Cristo não res-
suscitou. E, se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e é vã a fé que


vocês têm. Além disso, somos tidos por falsas testemunhas de Deus, porque
temos testemunhado contra Deus que Ele ressuscitou a Cristo, ao qual Ele

• Abr • Mai • )un 2024 1711


••
••
não ressuscitou, se é certo que os mortos não ressuscitam. Porque, se os mor-
tos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressus-
citou, é vã a fé que vocês têm, e vocês ainda permanecem nos seus pecados .
E ainda mais: os que adormeceram em Cristo estão perdidos. Se a nossa espe-
rança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos as pessoas mais infelizes
deste mundo. Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo Ele as ••
primícias dos que dormem" (lCo 15:13-20; Atos dos Apóstolos, p. 203, 204) .
"Deus, mediante Jesus, trará, na companhia Dele, os que dormem" (1Ts4:14) .
Muitos dão a essa passagem a interpretação de que os que dormem serão ••
trazidos com Cristo do Céu; mas Paulo queria dizer que, como Cristo res-
suscitou dos mortos, assim Deus chamará de suas sepulturas os santos que
dormem e os levará Consigo para o Céu. Que preciosa consolação! Que es-
••
perança gloriosa! Não apenas para a igreja de Tessalônica, mas para todos
os cristãos onde quer que estejam (Atos dos Apóstolos, p. 165). ••
Quarta, 5 de junho: Espiritualismo nos últimos dias: parte 1
O espiritismo moderno é apenas um reavivamento, com nova roupagem,
••
da feitiçaria e do culto aos demônios que Deus condenou e proibiu na anti-
guidade. Seu reaparecimento está predito nas Escrituras, que declaram "que, ••
••
nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos
enganadores e a ensinos de demônios" (lTm 4:1). Na Segunda Epístola aos
Tessalonicenses, Paulo escreveu sobre a atuação especial de Satanás atra-
vés do espiritismo como um acontecimento que ocorreria imediatamente
antes do segundo advento de Cristo. Falando da segunda vinda de Jesus, o
apóstolo dá a entender que ela ocorrerá depois que Satanás se manifestar ••
••
m
"com todo poder, sinais e prodígios da mentira" (2Ts 2:9).
E Pedro, descrevendo os perigos aos quais a igreja estaria exposta nos
últimos dias, declarou que, assim como houve falsos profetas que levaram
Israel ao pecado, "haverá falsos mestres entre vocês. Eles introduzirão he-
resias destruidoras. [.. .]" (2Pe 2:1). Aqui, o apóstolo indicou uma das mais
notáveis características dos mestres espíritas. Eles se recusam a reconhe-
••
cer Cristo como o Filho de Deus. [...] Negando a Cristo, o espiritismo nega
tanto o Pai quanto o Filho, e a Bíblia o denuncia como manifestação do an-
ticristo (Patriarcas e Profetas, p. 607, 608).
••
Como a Pedro, a nós é dirigida a palavra: "Eis que Satanás pediu para pe-
neirar vocês como trigo! Eu, porém, orei por você, para que a sua fé não des- ••
••
faleça" (Lc 22:31, 32). Graças a Deus, não somos deixados sozinhos! Aquele
que "amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que
todo o que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (Jo 3:16), não nos

••
abandonará na batalha contra o adversário de Deus e do homem. Ele diz:
"Eis que Eu dei a vocês autoridade para pisarem cobras e escorpiões e sobre

172 1 O grande conflito


•• todo o poder do inimigo, e nada, absolutamente, lhes causará dano" (Lc 10:19) .

•• Vivamos em contato com o Cristo vivo, e Ele nos segurará firmemente com mão
que nunca soltará. Temos que conhecer e crer no amor que Deus tem por nós,

•• e estaremos seguros; esse amor é uma fortaleza inexpugnável contra todos os


enganos e ataques de Satanás. "Torre forte é o nome do Senhor; o justo corre
para ela e está seguro" (Pv 18:10; O Maior Discurso de Cristo, p. 84) .

•• Os que se opõem aos ensinos do espiritismo passam a confrontar não


apenas seres humanos, mas Satanás e seus anjos. Entram em luta contra os
principados e as potestades, e as forças espirituais do mal, nas regiões celes-

•• tes (Ef 6:12). Satanás não cederá um centímetro de terreno sequer, a menos
que seja repelido pelo poder dos mensageiros celestiais. O povo de Deus de-
ve ser capaz de enfrentá-lo, como fez nosso Salvador, com as palavras: "Está

•• escrito" (Mt 4:4). Satanás pode citar as Escrituras hoje, como fez nos dias de
Cristo, e perverterá os ensinos bíblicos para apoiar seus enganos. Porém, as
singelas declarações da Bíblia fornecerão armas poderosas em cada batalha

•• (História da Redenção, p. 278) .

•• Quinta, 6 de junho: Espiritualismo nos últimos dias: parte 2


Algumas pobres pessoas que foram fascinadas com as eloquentes palavras
dos ensinadores do espiritualismo e submeteram-se à sua influência desco-

•• briram posteriormente seu caráter mortífero e gostariam de renunciar a ele


e dele fugir, mas não conseguem. Satanás as segura por seu poder e não quer

••
deixá-las livres. [.. .] O único meio de essas pessoas se livrarem de Satanás é
discernirem entre a pura verdade bíblica e as fábulas. Ao reconhecerem os
requisitos da verdade, colocam-se na posição em que podem ser ajudadas .

•• benefí- m1
Elas devem rogar aos que têm experiência religiosa, e que possuem fé nas
promessas de Deus, que pleiteiem com o poderoso Libertador em seu
cio. Será um combate difícil. Satanás reforçará os anjos maus que têm mantido

•• essas pessoas em sujeição; mas se os santos de Deus, com profunda humilda-


de, jejuarem e orarem, suas orações prevalecerão. Jesus comissionará santos
anjos para resistirem a Satanás, e ele será repelido, e desfeito o seu poder so-

•• bre aquelas vítimas (Testemunhos Para a Igreja, v. 1, p. 309) .


A experiência do passado se repetirá. No futuro, as superstições de Satanás
assumirão novas formas. Erros serão apresentados de maneira agradável e li-

•• sonjeira. Falsas teorias, revestidas de trajes de luz, serão apresentadas ao povo


de Deus. Assim procurará Satanás enganar, se possível, até os escolhidos. As
mais sedutoras influências serão exercidas; mentes serão hipnotizadas. [...]

•• Ele empregará o poder de uma mente sobre outra para realizar seus de-
sígnios. O pensamento mais triste de todos é o de que, sob sua enganosa in-
fluência, os seres humanos terão uma forma de piedade sem ter verdadeira

•• ligação com Deus. [.. .]

Abr • Mai • Jun 2024 173 I


Digo a todos: Estejam alerta, pois, como anjo de luz, Satanás está per-
correndo todas as reuniões de obreiros cristãos e, em cada igreja, procura
••
ganhar para seu lado os membros. Tenho que dar ao povo de Deus a adver-
tência: "Não se enganem: de Deus não se zomba" (Gl 6:7; Testemunhos Para
a Igreja, v. 8, p. 242, 243).
••
Não será permitido a Satanás imitar a maneira pela qual o advento de
Cristo ocorrerá. O Salvador preveniu Seu povo contra esse engano e predisse
claramente o modo de Sua segunda vinda. [.. .] "Porque, assim como o relâm-
••
pago sai do Oriente e brilha até o Ocidente, assim será a vinda do Filho do
Homem" (Mt 24:24-27). Não há possibilidade de essa vinda ser imitada. Será ••
••
conhecida universalmente; testemunhada pelo mundo inteiro. [...]
O povo de Deus está realmente firmado em Sua Palavra, a ponto de não
ceder às evidências dos sentidos? Será que, na hora da crise, vai se apegar
à Bíblia, e somente à Bíblia? Se tiver oportunidade, Satanás impedirá os
crentes de obter o preparo necessário para resistir naquele dia. Ele fará com
que as coisas aconteçam de tal maneira que o caminho deles fique obstruí- ••
do. Procurará envolver os cristãos com tesouros terrestres. Ele os fará le-
var um fardo pesado, cansativo, para que seu coração se sobrecarregue com
os problemas desta vida e o dia de angústia os surpreenda como um ladrão
••
(O Grande Confl.ito, p. 519).

Sexta, 7 de junho: Estudo adicional


••
Este Dia com Deus, 26 de agosto ("Acautelai-vos contra o ocultismo").
O Maior Discurso de Cristo, p. 96, 97 ("Não julgar, mas praticar").
••
• Anotações
••
MU- - - - ••
••
••
••
••
174 1 O grande conflito

•• Lição
••
••
Conflito iminente
11
•• Sábado, 8 de junho
''Amo os teus mandamentos mais do que o ouro, mais do que o ouro re-

•• finado" (Sl 119:127).


Nestes dias de perigo, mostraremos menos devoção à verdade de Deus
e menos apego fervoroso à Sua lei do que em anos anteriores? [.. .] Agora é o

•• momento para os escolhidos de Cristo demonstrarem sua devoção ao Seu


serviço - o momento para todos os Seus seguidores darem o mais nobre tes-

•• temunho por Seu Mestre ao se manterem firmes contra a corrente predo-


minante do mal. [...]
Quando a lei divina é posta de lado, o resultado é a maior miséria, tan-

•• to para as famílias como para a sociedade. Nossa única esperança de coisas


melhores reside na fiel adesão aos preceitos de Jeová. [.. .] O mais seguro
meio de destruir o fundamento da ordem e do governo é desprezar a lei de

•• Deus (Filhos e Filhas de Deus, 17 de fevereiro) .


Desde a sua queda do Céu, a única alegria e ocupação constante de Satanás
tem sido frustrar o plano de Deus ao impedir a salvação dos seres humanos

•• que estão se perdendo. Ele tem conduzido este trabalho com notável suces-
so e o continuará até que Cristo ponha fim à sua trajetória. Ele tem tentado
persuadir as pessoas a ajudá-lo a humilhar a honra de Deus, e muitos setor-

•• naram seus colaboradores, encorajando assim a sua rebelião. Aqueles que fa-
zem isso, que se vangloriam de seu ceticismo e levam outros a menosprezar a
lei de Jeová, se colocam do lado dos inimigos de Cristo e usam sua influência

•• para destruir em vez de salvar almas. Eles apoiam Satanás em seus esforços
para minar a lei de Deus, assegurando ao pecador que ele será salvo mesmo
ao transgredi-la. Estes estão a serviço de Satanás e partilharão do seu desti-

•• no terrível (The Signs of the Times, 3 de abril de 1884, par. 8).


É dever do cristão não permitir que o ambiente e as circunstâncias o mol-

••
dem, mas viver acima das circunstâncias, formando o caráter de acordo com
o Modelo divino. Ele deve ser fiel em qualquer situação em que se encon-
tre. Deve cumprir seu dever com fidelidade, aproveitando as oportunidades

•• que lhe são dadas por Deus e utilizando suas capacidades da melhor manei-
ra possível. Com o olhar voltado para a glória de Deus, deve trabalhar para
Jesus onde quer que se encontre. Devemos entregar a vontade e o coração a

•• Deus, e familiarizar-nos com Cristo. Precisamos negar-nos a nós mesmos,


tomar a cruz e seguir a Jesus. Nenhum de nós poderá chegar ao Céu senão
Abr • Mai • Jun 2024 175 1

pelo caminho estreito, no qual é preciso levar a cruz. Quantos, porém, usam a
cruz como adorno pessoal, mas não levam a cruz na vida diária e prática! [...]
O essencial para a obra bem-sucedida é o conhecimento de Cristo, pois
••
esse conhecimento dará sólidos princípios de justiça, comunicará um espí-
rito nobre e altruísta, como o de nosso Salvador a quem professamos servir.
Fidelidade, economia, cuidado, esmero devem caracterizar todo o nosso tra-
••
balho, seja onde for que estejamos: na cozinha, na oficina, [.. .] ou em qual-
quer posição que ocupemos na vinha do Senhor (Exaltai-O, 19 de agosto) . ••
Domingo, 9 de junho: O conflito final do Apocalipse
••
••
No capítulo 14 do Apocalipse, os homens são convidados a adorar o Criador;
e a profecia revela uma classe de pessoas que, como resultado da tríplice
mensagem, observam os mandamentos de Deus. Um desses mandamentos
aponta diretamente para Deus como sendo o Criador. O quarto preceito de-
clara: "O sétimo dia é o sábado dedicado ao SENHOR, seu Deus. [...] Porque
em seis dias o SENHOR fez os céus e a Terra, o mar e tudo o que neles há e, ao ••
sétimo dia, descansou; por isso o SENHOR abençoou o dia de sábado e o san-
tificou" (Êx 20:10, 11). Acerca do sábado, diz mais o Senhor ser ele um "si-
nal [...] para que [soubessem que Ele é] o SENHOR, seu Deus" (Ez 20:20). [...]
••
Enquanto o fato de que Ele é nosso Criador continuar a ser uma razão pela
qual devemos adorá-Lo, o sábado continuará como seu sinal e memorial. Se o
sábado tivesse sido universalmente observado, os pensamentos e afeições do ser
••
humano teriam sido direcionados ao Criador como objeto de reverência e ado-
ração, e nunca teria havido um idólatra, um ateu ou um incrédulo. A observân-
cia do sábado é um sinal de lealdade ao verdadeiro Deus, "Aquele que fez o céu,
••
a Terra, o mar e as fontes das águas" (Ap 14:7). Segue-se que a mensagem que
ordena às pessoas adorar a Deus e guardar Seus mandamentos apelará especial-
mente para que observemos o quarto mandamento (Exaltai-O, 6 de fevereiro) .
••
Há apenas dois grupos de pessoas na Terra: os que estão sob a bandeira
••
Ili
ensanguentada de Jesus Cristo e os que estão sob a bandeira negra da re-
belião. Em Apocalipse 12 é apresentado o grande conflito entre os obedien-
tes e os desobedientes [...].
Instrumentos satânicos tornaram a Terra um palco de horrores que lin- ••
guagem alguma é capaz de descrever. Guerras e derramamento de sangue
são levados a termo por nações que alegam ser cristãs. O desrespeito à lei
de Deus tem produzido seus resultados certos. ••
O grande conflito que está sendo travado agora não é mera luta de homem
contra homem. De um lado está o Príncipe da Vida, agindo como substituto
e penhor do ser humano; do outro lado, o príncipe das trevas, tendo sob seu
••
comando os anjos caídos (Comentários de Ellen G. White, Comentário Bíblico
Adventista do Sétimo Dia, v. 7, p. 1089).

1761 O grande conflito


••

•• A obra de vencer o mal deve ser feita por meio da fé. Aqueles que entram
no campo de batalha acharão que devem cingir toda a armadura de Deus .
O escudo da fé será sua defesa, habilitando-os a ser mais que vencedores. Nada

•• servirá a não ser isto: fé no Senhor dos exércitos e obediência às Suas ordens .
[...] Somente a fé viva pode torná-los invencíveis, e ela os habilitará a estar
em pé no dia mau, firmes e inabaláveis, conservando inalterável até o fim o

•• princípio de sua confiança (Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, p. 132) .

•• Segunda, 10 de junho: A crise vindoura


"Eles expulsarão vocês das sinagogas, e até chegará a hora em que todo aque-

••
le que os matar pensará que, com isso, está prestando culto a Deus" (Jo 16:2).
Todo indivíduo de nosso mundo se alistará sob uma de duas bandeiras.
Os dois exércitos permanecerão distintos e separados, e essa distinção

•• será tão acentuada que muitos que se convencerem da verdade se colocarão


ao lado do povo de Deus que observa os mandamentos. Quando essa gran-
diosa obra ocorrer na batalha, antes do conflito final, muitos serão presos,

•• muitos fugirão das cidades e vilas, para salvar a própria vida, e muitos se-
rão mártires por amor a Cristo ao permanecerem em defesa da verdade.
Por um decreto que terá por objetivo impor uma instituição papal em

•• contraposição à lei de Deus, a nação americana se separará por completo


dos princípios da justiça (Maranata , o Senhor Logo Vem!, 10 de julho) .
À medida que nos aproximamos dos perigos dos últimos dias, as ten-

•• tações do inimigo tornam-se mais fortes e mais decididas. Satanás desceu


com grande poder, sabendo que seu tempo é curto; e ele está operando "com
todo engano de injustiça aos que estão perecendo" (2Ts 2:10). Por meio da

•• Palavra de Deus nos é feita a advertência de que, se fosse possível, ele en-

m
ganaria os próprios eleitos .
Maravilhosos acontecimentos logo se desdobrarão perante o mundo .

•• O fim de todas as coisas está próximo. O tempo de angústia está prestes aso-
brevir ao povo de Deus. Então sairá o decreto proibindo os que guardam o sá-

••
bado do Senhor de comprar ou vender, e ameaçando-os de punição e mesmo
de morte, se n ão observarem o primeiro dia da semana como o sábado. [...]
Se os nossos olhos pudessem ser abertos, como aconteceu com o servo de

••
Eliseu em Dotã, veríamos anjos malignos ao nosso redor, insistindo em sua
presença conosco e aguardando uma oportunidade para nos tentar e der-
rubar; mas também veríamos anjos santos nos guardando, e com sua luz e

•• poder repelindo os anjos malignos (Exaltai-O, 29 de novembro) .


Na última grande batalha do conflito com Satanás, os que são leais a
Deus serão privados de todo apoio terreno. Por se recusarem a violar Sua lei

•• em obediência a poderes terrestres, serão proibidos de comprar ou vender.


Por fim, será decretada a morte deles (Ap 13:11-17). Entretanto, a seguinte
Abr • Mai • )un 2024 177 1
••
promessa é dada ao obediente: "Este habitará nas alturas; as fortalezas das
rochas serão o seu alto refúgio, o seu pão lhe será dado, e água nunca lhe
faltará" (Is 33:16). Os filhos de Deus viverão por essa promessa. Quando a ••
Terra estiver assolada pela fome, serão alimentados. "Não serão envergonhados
nos tempos difíceis e nos dias da fome se fartarão" (Sl 37:19; O Desejado de
Todas as Nações, p. 87, 88).
••
Terça, 11 de junho: Identificando a besta: parte 1 ••
A cadeia de profecias na qual se encontram esses símbolos começa no ca-
pítulo 12 do Apocalipse, com o dragão que procurava destruir a Cristo em ••
••
Seu nascimento. É dito que o dragão é Satanás (v. 9); foi ele que atuou so-
bre Herodes com o objetivo de matar o Salvador. Mas o principal agente de
Satanás, ao fazer guerra contra Cristo e Seu povo, durante os primeiros séculos
da era cristã, foi o Império Romano, no qual o paganismo era a religião domi-
nante. Assim, embora o dragão represente primeiramente Satanás, é também,
em sentido secundário, símbolo de Roma pagã (O Grande Conflito, p. 369) . ••
A igreja de Roma é representada pela primeira besta, uma organização
eclesiástica revestida de poder civil, tendo autoridade para punir todos os
dissidentes. A imagem da besta representa outra corporação religiosa reves- ••
tida de poder semelhante. A formação dessa imagem é obra da besta cujo
surgimento pacífico e a aparente bondade traduzem um notável símbolo dos
Estados Unidos.Aqui deverá ser encontrada uma imagem do papado. Quando as ••
igrejas do nosso país, unindo-se em pontos de doutrinas que lhes são comuns,
influenciarem o Estado para que imponha seus decretos e apoie suas insti-
tuições, a América protestante terá então formado uma imagem da hierar-
••
quia romana. Então a verdadeira igreja será atacada pela perseguição, como
aconteceu com o antigo povo de Deus (História da Redenção, p. 266, 267) .
A Palavra de Deus advertiu contra o perigo iminente. Se esse aviso não for
••
atendido, o mundo protestante saberá quais são os verdadeiros propósitos
de Roma, mas já será tarde demais para escapar da armadilha. Ela está cres- ••
••
cendo silenciosamente em poder. Suas doutrinas estão exercendo influên-
cia nas assembleias legislativas, nas igrejas e no coração das pessoas. Está
erguendo suas altas e imponentes catedrais, em cujos porões se repetirão as
antigas perseguições. Sorrateiramente e sem despertar suspeitas, está au-
mentando suas forças para realizar seus objetivos ao chegar o tempo de dar
o golpe. Tudo que Roma deseja é uma oportunidade, e esta já lhe está sendo ••
dada. Logo veremos e sentiremos qual é o propósito do romanismo. Todos
aqueles que creem na Palavra de Deus e a ela obedecem serão, por esse mo-
tivo, humilhados e perseguidos (O Grande Conflito, p. 482). ••
Ninguém deve se iludir. O papado que os protestantes hoje estão tão dispos-
tos a honrar é o mesmo que governou o mundo nos dias da Reforma, quando

78 1 O grande conflito
••
•• homens de Deus se levantavam, correndo risco de vida, para denunciar a ini-
quidade daquela instituição. O poder papal possui o mesmo orgulho e a mesma
arrogância que o fizeram senhor sobre reis e príncipes e que reivindicaram as

•• prerrogativas de Deus. Atualmente, seu espírito não é menos tirano e cruel do


que quando arruinava a liberdade humana e matava os santos do Altíssimo. [...]
Faz parte de sua política assumir o caráter que melhor cumpra seu pro-

•• pósito; mas, sob a aparência variável do camaleão, o poder papal oculta o in-
variável veneno da serpente (O Grande Conflito, p. 474) .

•• Quarta, 12 de junho: Identificando a besta: parte 2


O apóstolo Paulo advertiu a igreja a não esperar a vinda de Cristo em

•• seu tempo. Ele afirmou que ela não ocorreria sem que primeiro viesse "a
apostasia" e fosse revelado "o homem da iniquidade" (2Ts 2:3). O advento de

••
nosso Senhor só poderia ser esperado depois da grande apostasia e do lon-
go período de domínio do "homem da iniquidade", que também é denomi-
nado "o mistério da iniquidade", "o filho da perdição" e "o iníquo" (2Ts 2:7,

•• 3, 8). Ele representa o papado, que, conforme foi anunciado pelos profetas,
deveria manter sua supremacia durante 1.260 anos. Esse período termi-
nou em 1798. A vinda de Cristo não poderia ocorrer antes disso. Paulo, com

•• sua advertência, abrange toda a dispensação cristã até o ano de 1798. É depois
dessa data que a mensagem da segunda vinda de Cristo deveria ser anunciada
(O Grande Conflito, p. 303, 304).

•• Satanás, como poderoso general, tomou o campo e, neste último tempo


que resta, ele está trabalhando com todos os métodos possíveis para fechar
a porta à luz que Deus quer que chegue ao Seu povo. Ele está arrastando todo

•• o mundo para suas fileiras, e os poucos que são fiéis aos requisitos de Deus

m
constituem os únicos capazes de lhe resistir, e ele está procurando vencer
até mesmo esses. [...]

•• Vão a Deus por si mesmos; orem pedindo iluminação divina para que
vocês consigam reconhecer o que é verdade, de modo que, quando se mani-

••
festar o maravilhoso poder que realiza prodígios, e o inimigo se apresentar
como anjo de luz, vocês possam distinguir entre a genuína obra de Deus e
a imitação dos poderes das trevas. [...]

•• O mundo deve ser advertido, e, quando a terceira mensagem angélica for


difundida com um alto clamor, as mentes estarão plenamente preparadas para
tomar decisões a favor ou contra a verdade (Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 318) .

•• A Bíblia declara que antes da vinda do Senhor existirá um estado de decadên-


cia religiosa semelhante à dos primeiros séculos. "Nos últimos dias, sobrevirão
tempos difíceis. Pois os seres humanos serão egoístas, avarentos, orgulhosos,

•• arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, ímpios, sem afei-


ção natural, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do
Abr • Mai • )un 2024 1791
bem, traidores, atrevidos, convencidos, mais amigos dos prazeres do que ami- ••
••
gos de Deus, tendo forma de piedade, mas negando o poder dela" (2Trn 3:1-5) .
[...] Satanás atuará "com todo o poder, com sinais e com maravilhas enga-
nadoras", fazendo "uso de todas as formas de engano da injustiça". E todos

••
os que "rejeitaram o amor à verdade que os poderia salvar" serão deixados
à mercê de "um poder sedutor, a fim de que creiam na mentira" (2Ts 2:9-11,
NVI). Quando for atingido tal estado de impiedade, serão vistos os mesmos
resultados que nos primeiros séculos (O Grande Conflito, p. 373).

Quinta, 13 de junho: A besta da terra


••
À medida que nos aproximamos do fim da história deste mundo, as pro-
fecias relacionadas aos últimos dias demandam especialmente nosso es- ••
tudo. O último livro das Escrituras do Novo Testamento está repleto de
verdades que precisamos compreender. Satanás cegou a mente de muitos,
de modo que eles têm aceitado qualquer desculpa para não fazerem do Apo-
••
calipse o seu estudo. Mas Cristo, por intermédio de Seu servo João, declara
aqui o que acontecerá nos últimos dias; e Ele diz: "Bem-aventurado aquele
que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que
••
nela estão escritas." [...]
Os perigos dos últimos dias estão diante de nós, e em nosso trabalho de- ••
••
vemos alertar as pessoas sobre o perigo em que se encontram. Não deixemos
as cenas solenes que a profecia revelou serem negligenciadas. Se o nosso povo
estivesse meio desperto, se percebesse a proximidade dos eventos retratados
no Apocalipse, urna reforma seria operada em nossas igrejas, e muitos mais
creriam na mensagem. Não ternos tempo a perder; Deus apela para que vi-
giemos pelas almas corno aqueles que devem prestar contas. [...] Deixemos ••
que Daniel fale, que o Apocalipse fale e digam a verdade. Mas seja qual for
o aspecto do assunto apresentado, exalte a Jesus corno o centro de toda a
esperança, "a Raiz e a Geração de Davi, a resplandecente Estrela da Manhã" ••
Ili
(Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, p. 116, 118).
Para que os Estados Unidos possam formar urna imagem da besta, o po-
der religioso deve dirigir a tal ponto o governo civil que a autoridade do Esta-
••
do também seja empregada pela Igreja para alcançar seus próprios objetivos .
A "imagem da besta" representa a forma de protestantismo apóstata que
se desenvolverá quando as igrejas protestantes buscarem o auxílio do poder
••
civil para impor seus dogmas. [...]
Embora a Igreja e o Estado reúnam seu poder para obrigar "a todos, os pe-
quenos e os grandes, os ricos e os pobres, os livres e os escravos" a receberem
••
a marca da besta (Ap 13:16), o povo de Deus não a receberá.
O profeta de Patrnos contemplou "os que saíram vitoriosos da besta, e da sua ••

imagem, e do seu sinal, e do número do seu nome, que estavam junto ao mar de

1ao1 O grande conflito


•• vidro e tinham as harpas de Deus. E cantavam o cântico de Moisés [...] e o cân-
tico do Cordeiro" (Ap 15:2, 3, ARC; Maranata, o Senhor Logo Vem!, 10 de junho) .

•• Até agora, aqueles que apresentam as verdades da mensagem do terceiro


anjo têm sido muitas vezes considerados como meros alarmistas. Suas predi-

••
ções de que a intolerância religiosa vai predominar nos Estados Unidos e de
que a Igreja e o Estado se unirão para perseguir os que observam os manda-
mentos de Deus têm sido declaradas sem fundamento e absurdas. Afirma-se

•• confiantemente que esse país jamais deixará de ser defensor da liberdade re-
ligiosa. No entanto, à medida que a questão da obrigatoriedade da observân-
cia do domingo é levantada em vários lugares, podemos ver que se aproxima

•• o acontecimento que, há tanto tempo, tem sido alvo de dúvida e descrença .


Então a terceira mensagem angélica produzirá um efeito que antes não seria
possível produzir (O Grande Conflito, p. 504) .

•• Sexta, 14 de junho: Estudo adicional

•• O Desejado de Todas as Nações, p. 94, 95 ("A vitória") .


Maranata, o Senhor Logo Vem!, 18 de junho ("Os observadores do sábado
necessitam de sabedoria") .

•• Anotações

••
••
••
•• - - - -111
••
••
••
• Abr • Mai • Jun 2024 I81 I
Lição

Eventos finais ••
12 ••
Sáb~do, 15 de junho
A verdade refina os gostos e santifica o discernimento. Eleva e enobrece,
••
e faz silenciosa e continuamente sua obra de levedar até que todo o ser esteja
purificado e tornado vaso para honra, sob a atuação do Espírito Santo, pa- ••
••
ra tornar o que aceita a verdade apto para a sociedade dos anjos puros e
inocentes. [...]
A verdade, tal como é em Jesus, não é fria, destituída de vida e formal.

••
[...] A verdade é cheia de calor, de provas da presença de Jesus.
Temos uma mensagem para dar ao mundo. Ela envolve uma cruz. As verda-
des são desagradáveis porque requerem renúncia e sacrifício. Quão essencial,
então, que aqueles que apresentam a verdade, ao proclamarem-na fielmente,
mostrem em cada palavra e ato que são movidos pelo amor de Cristo! A verdade
é [...] sempre bela, e os que a vivem tal como é em Jesus devem estudar como ••
apresentá-la para que sua beleza se evidencie (Nossa Alta Vocação, 28 de janeiro).
"Que o coração de vocês não fique angustiado; vocês creem em Deus,
creiam também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se não fos-
••
se assim, eu já lhes teria dito. Pois vou preparar um lugar para vocês. E, quan-
do Eu for e preparar um lugar, voltarei e os receberei para Mim mesmo, para
que, onde Eu estou, vocês estejam também" (Jo 14:1-3).
••
Há muito temos esperado a volta de nosso Salvador. Mas nem por isso a
promessa é menos segura. Logo estaremos no lar que nos foi prometido. Ali
Jesus nos guiará ao longo das vivas correntes que fluem do trono de Deus e
••
nos explicará as obscuras providências pelas quais nos conduziu para aper-
feiçoar nosso caráter. Ali contemplaremos com clara visão as belezas do Éden ••
••
restaurado. Lançaremos aos pés do Redentor as coroas que Ele colocou em nos-
sa cabeça e, tocando nossas harpas de ouro, encheremos todo o Céu de louvor
Àquele que está assentado no trono (Testemunhos Para a Igreja, v. 8, p. 207) .
O mundo está maduro para sua destruição. Deus não tolerará os pecado-
res por muito mais tempo. Eles devem beber até os resíduos da taça de Sua ira,
não misturada com misericórdia. Os que haverão de ser "herdeiros de Deus e ••
coherdeiros com Cristo" (Rm 8:17) na herança imortal serão peculiares. Sim,
tão peculiares que Deus porá uma marca sobre eles como Seus, totalmente
Seus. Vocês pensam que Deus receberá, honrará e reconhecerá um povo tão ••
misturado com o mundo que apenas difere dele no nome? Leia novamente
Tito 2:13-15. Logo será conhecido quem está ao lado do Senhor e quem não se

1a2 1 O grande conflito


••
•• envergonhará de Jesus. Aqueles que não têm coragem moral para conscien-
ciosamente assumir sua posição diante dos incrédulos, deixando as modas
do mundo e imitando a abnegada vida de Cristo, envergonham-se Dele e não
apreciam Seu exemplo (Testemunhos Para a Igreja, v. 1, p. 262).

Domingo, 16 de junho: Lealdade a Deus e à Sua Palavra

•• A pessoa que nutre o amor a Cristo é cheia de liberdade, luz e alegria. Em


tal pessoa não há pensamentos divididos. O homem todo anela por Deus.
Ele não se dirige aos homens, para saber qual é o seu dever, mas a Cristo, a
fonte de toda sabedoria. Ele esquadrinha a Palavra de Deus a fim de desco-
brir o nível que precisa alcançar.

•• Podemos alguma vez encontrar um guia mais seguro do que Jesus? A ver-
dadeira religião consiste em se colocar sob a orientação de Deus em pensa-

•• mentos, palavras e ações. Aquele que é o Caminho, a Verdade, e a Vida, toma


o humilde, zeloso e sincero pesquisador, e diz: "Segue-Me." Ele então o con-
duz através do caminho estreito para a santidade e para o Céu. Cristo abriu

•• esse caminho para nós a um elevado preço para Si mesmo, e não somos dei-
xados a tropeçar em meio às trevas. Jesus está à nossa mão direita dizendo:
"Eu sou o caminho"; e todos os que decidirem seguir ao Senhor serão con-

•• duzidos no caminho real preparado para os resgatados do Senhor caminha-


rem (Refletindo a Cristo, 10 de abril) .
O salmista declarou: "A revelação das Tuas palavras traz luz e dá enten-

•• dimento aos simples" (Sl 119:130). [.. .]


A Bíblia é a história mais instrutiva e abarcante que já foi dada ao mun-
do. Suas páginas sagradas contêm o único relato autêntico da criação. Con-

•• templamos nela o poder que "estendeu os céus e lançou os fundamentos da


Terra". Temos nesse Livro uma história verdadeira da humanidade, que não
foi deturpada pelo preconceito ou orgulho humano.

•• Encontramos na Palavra de Deus assunto para a mais profunda refle-

m
xão; suas verdades suscitam a mais alta aspiração. Nela nós mantemos co-

••
munhão com patriarcas e profetas, e ouvimos a voz do Eterno ao falar Ele
com os homens. Ali nós vemos o que os anjos contemplam com admiração
- como o Filho de Deus Se humilhou para Se tornar nosso substituto e pe-

•• nhor, para lutar sozinho com os poderes das trevas e para alcançar a vitória
em nosso favor (Fundamentos da Educação Cristã, p. 84, 85).
Não é bastante crermos que Jesus não é um impostor, e a religião da Bíblia

•• não é uma fábula artificialmente composta. Podemos crer que o nome de Jesus
é o único debaixo dos Céus pelo qual devemos ser salvos e, contudo, podemos
não torná-Lo, pela fé, nosso Salvador pessoal. Não é bastante crer na teoria

•• da verdade. Não é bastante fazer profissão de fé em Cristo e ter nosso nome


registrado no rol da igreja. "Quem guarda os Seus mandamentos permanece
Abr • Mai • Jun 2024 183 1
em Deus, e Deus permanece nele. E nisto conhecemos que Ele permane-
ce em nós, pelo Espírito que nos deu" (lJo 3:24). "E nisto sabemos que O
••
temos conhecido: se guardamos os Seus mandamentos" (lJo 2:3). Essa é a
evidência genuína da conversão. Qualquer que seja nossa profissão, nadava- ••
••
lerá se Cristo não for revelado em obras de justiça (Parábolas de Jesus, p. 183).

Segunda, 17 de junho: Selados para o Céu


O sábado não é apresentado como uma nova instituição, mas como ten-
do sido estabelecido na criação. Deve ser lembrado e observado como me- ••
morial da obra do Criador. Ao apontar para Deus como Aquele que fez os
céus e a Terra, distingue o verdadeiro Deus de todos os falsos deuses. Todos
os que guardam o sétimo dia dão a entender por esse ato que são adorado- ••
res de Jeová. Assim, o sábado é o sinal de submissão a Deus por parte do ser
humano, enquanto houver alguém na Terra para O servir. O quarto manda-
mento é o único de todos os dez em que se encontra tanto o nome quanto o
••
título do Legislador. É o único que mostra pela autoridade de quem é dada a
lei. Dessa maneira, contém o selo de Deus, afixado à Sua lei como prova da
autenticidade e vigência dela (Patriarcas e Profetas, p. 257, 258).
••
O anjo com estojo de escrever deve colocar um sinal sobre a testa de to-
dos os que estão separados do pecado e dos pecadores. [...] ••
••
Tão logo o povo de Deus seja selado na fronte - não é algum selo ou sinal
que possa ser visto, mas a consolidação na verdade, tanto intelectual como
espiritualmente, de modo que não possa ser abalado - tão logo o povo de

••
Deus esteja selado e preparado para a sacudidura, ela virá. Na verdade, ela
já começou; os juízos de Deus estão agora sobre a Terra, para advertir-nos, a
fim de que saibamos o que virá (Comentários de Ellen G. White, Comentário
Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 4, p. 1279, 1280).
Rogo-lhes que procedam tendo unicamente em vista a glória de Deus. Que
Seu poder seja a segurança de vocês, e Sua graça, a força de vocês. Por meio de ••
estudo das Escrituras e de fervorosa oração, busquem obter percepções cla-
ras de seu dever e depois o cumpram fielmente. É essencial cultivarem fideli-
••
m
dade nas pequeninas coisas e, assim fazendo, formarão hábitos de integridade
nas responsabilidades maiores. Os pequenos incidentes da vida diária passam
muitas vezes sem que os notemos; são, no entanto, essas coisas que moldam
o caráter. Todo acontecimento da vida é de grande importância para o bem
••
ou para o mal. A mente precisa ser exercitada pelas provas diárias, a fim de
adquirir vigor para resistir em qualquer situação difícil. Nos dias de prova e
de perigo, vocês necessitarão estar fortalecidos para ficar firmes ao lado do
••
que é correto, a despeito de toda influência contrária.
Deus está disposto a fazer muito por vocês, se somente sentirem sua de- ••

pendência Dele. Jesus os ama. Procurem andar sempre à luz da sabedoria

184 1 O grande confl ito


•• divina; e em meio a todas as mutáveis circunstâncias da vida, não descan-

••
sem a menos que saibam que sua vontade se acha em harmonia com a von-
tade de seu Criador. Mediante fé Nele, vocês podem conseguir força para
resistir a toda tentação de Satanás, crescendo assim em energia moral a cada

•• prova enviada por Deus (Testemunhos Para a Igreja, v. 4, p. 490) .

Terça, 18 de junho: A quem adoramos?

•• Nos conselhos da sinagoga de Satanás foi determinado apagar o sinal


de lealdade a Deus no mundo. O anticristo, o homem do pecado, exaltou-se

•• como supremo na Terra, e, através dele, Satanás trabalhou de maneira ma-


gistral para criar rebelião contra a lei de Deus e contra o memorial de suas
obras criadas. Isso não é pecado e iniquidade? Que maior desprezo poderia

•• ser lançado sobre o Senhor Deus, o Criador dos Céus e da Terra, do que é lan-
çado sobre Ele ao ignorar o sábado, que Ele instituiu, santificou e abençoou,
para que sempre fosse um memorial de Seu poder como Criador? Como as

•• pessoas ousam mudar e profanar o dia que Deus santificou? Como o mun-
do cristão ousa aceitar o falso sábado, filho do papado? O-mundo cristão nu-
t riu e acalentou o falso sábado, como se tivesse uma origem divina, quando

•• na verdade originou-se do pai da mentira e foi apresentado ao mundo por


seu agente humano, o homem do pecado. O falso sábado tem sido mantido

••
através de uma operação sobre-humana para que Deus seja desonrado. É um
sinal da supremacia de Satanás na Terra, pois os seres humanos estão adoran-
do o deus deste mundo (The Signs of the Times, 12 de março de 1894, par. 3) .

•• Quando vier esse tempo de angústia, todo caso estará decidido; não mais
haverá graça nem misericórdia para o impenitente. O selo do Deus vivo esta-
rá sobre Seu povo. Esses poucos remanescentes, incapazes de se defenderem

•• no conflito mortal com os poderes da Terra arregimentados pelo exército do


dragão, fazem de Deus sua defesa. Pela mais elevada autoridade terrestre
foi feito o decreto para que, sob pena de perseguição e morte, adorem a bes-

•• ta e recebam seu sinal. Queira Deus auxiliar Seu povo agora, pois sem Sua
assistência, que poderão eles fazer naquele tempo, em tão terrível conflito?

expe-1
Ânimo, força, fé e plena confiança no poder de Deus para salvar não

•• nos vêm num instante. Essas virtudes celestiais são adquiridas pela
riência dos anos. Por uma vida de santo esforço e firme apego à retidão, os
filhos de Deus selaram seu destino. Assediados por inúmeras tentações,

•• souberam que deveriam resistir firmemente ou ser vencidos. Compreende-


ram que tinham uma grande obra para fazer e, a qualquer momento, pode-
riam ser chamados a depor sua armadura; e, se chegassem ao fim da vida

•• com o trabalho incompleto, isso significaria perda eterna. Eles aceitaram


avidamente a luz do Céu, como fizeram os primeiros discípulos com aspa-

• lavras de Jesus. Quando esses primitivos cristãos foram exilados para as


Abr • Mai • )un 2024 J85 J
••
montanhas e desertos, quando abandonados em masmorras para morrer
de fome, de frio ou pela tortura, quando o martírio parecia ser o único ca-
minho para saírem de sua angústia, alegraram-se de que fossem conside-
••
rados dignos de sofrer por amor a Cristo, que por eles foi crucificado. Seu
exemplo digno será um conforto e encorajamento para o povo de Deus, que
passará por um tempo de angústia como nunca houve (Testemunhos Para ••
a Igreja, v. 5, p. 181).
••
Quarta, 19 de junho: As chuvas temporã e serôdia
Pouco antes da Sua ascensão, Ele deu aos Seus discípulos a comissão: ••
••
"Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome
do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a guardar todas as coisas
que tenho ordenado a vocês. E eis que estou com vocês todos os dias até o

••
fim dos tempos" (Mt 28:19, 20).
Assim, foi dada aos discípulos a mais preciosa responsabilidade. Deve-
riam eles ser os executores do testamento pelo qual Cristo legou ao mundo
os tesouros da vida eterna. Eles compreenderam a responsabilidade do seu
trabalho. Sabiam que tinham em suas mãos o pão da vida para um mundo
faminto e saíram por toda parte pregando a palavra. O amor de Cristo os ••
impelia, e não podiam deixar de partilhar o pão da vida com todos os ne-
cessitados (Idade Não é Problema, p. 60).
Os apóstolos falavam pelo poder do Espírito Santo; e suas palavras não ••
podiam ser contestadas, pois eram confirmadas por poderosos milagres,
realizados mediante o derramamento do Espírito de Deus. Os próprios dis-
cípulos estavam atônitos diante do resultado dessa manifestação, e com a
••
rápida e abundante conversão de pessoas. [.. .]
Somente os argumentos dos apóstolos, embora claros e convincentes,
não teriam removido o preconceito dos judeus, que havia resistido a tantas
evidências. Mas o Espírito Santo enviou esses argumentos com poder divi- •• •
no aos seus corações (História da Redenção, p. 171).
Devemos orar tão fervorosamente pela descida do Espírito Santo como
os discípulos oraram no dia de Pentecostes. Se eles precisaram disso naque-
••
2
le tempo, nós, hoje, mais ainda.
A descida do Espírito Santo sobre a igreja é encarada como estando no
futuro. Porém, é o privilégio da igreja tê-la agora. Temos que buscar, orar
••
por ela, crer nela. Precisamos tê-la, e o Céu espera para concedê-la.
A medida do Espírito Santo que recebermos será proporcional à intensi- ••
••
dade de nosso desejo, à fé exercida nesse sentido e ao uso que fizermos da
luz e do conhecimento que nos forem concedidos.
Não estamos suficientemente dispostos a insistir diante do Senhor com


nossas petições, e a suplicar-Lhe o dom do Espírito Santo. O Senhor quer

1861 O grande conflito


• que O importunemos a esse respeito. Deseja que apresentemos com insis-
tência nossos pedidos ao trono (Eventos Finais, p. 117).
Não precisamos nos preocupar com a chuva serôdia. Tudo quanto temos
que fazer é manter o vaso limpo e com o lado certo para cima e estar prepa-
rados para receber a chuva celestial, orando continuamente: "Que a chuva
serôdia caia em meu vaso. Que a luz do anjo glorioso que se une ao tercei-
ro anjo resplandeça sobre mim; conceda-me uma parte na obra; permita-

•• me proclamar a mensagem; que eu seja um colaborador de Cristo." Assim


buscando a Deus, deixe-me lhes dizer: Ele está constantemente preparan-
do você, concedendo-lhe a Sua graça (Olhando Para o Alto, 26 de setembro) .

•• Quinta, 20 de junho: O alto clamor

•• Cristo está dizendo: "Por que vocês ficaram desocupados o dia todo?"
E acrescenta: "Vão vocês também trabalhar na vinha" (Mt 20:6, 7). Por que
muitos outros não respondem ao chamado? Será que é porque acham que es-

•• tão dispensados pelo fato de não ocuparem os púlpitos? Esses devem com-
preender que há uma vasta obra a ser feita fora do púlpito, por milhares de
consagrados membros leigos .

•• Deus tem esperado por muito tempo que o espírito de serviço se apodere
de toda a igreja, de maneira que cada um trabalhe para Ele segundo sua ha-

••
bilidade. Quando, em cumprimento da comissão evangélica, os membros da
igreja de Deus fizerem a obra que lhes é indicada nos necessitados campos
nacionais e estrangeiros, todo o mundo será logo advertido, e o Senhor Jesus

••
retornará à Terra com poder e grande glória. "E será pregado este evangelho
do Reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então virá
o fim" (Mt 24:14;Atos dos Apóstolos, p. 70, 71) .

•• Assim como os raios do Sol penetram até aos mais remotos recantos do glo-
bo, assim é desígnio de Deus que a luz do evangelho alcance a toda pessoa da
superfície da Terra. [...] Na atualidade, quando o inimigo está atuando como

• ••
nunca antes para monopolizar a mente de homens e mulheres, deveríamos
estar trabalhando com atividade crescente. Com empenho e abnegação, de-
vemos proclamar a última mensagem de misericórdia nas cidades - nos ca-
minhos e valados. Todas as classes devem ser alcançadas. Ao trabalharmos, 1
•• encontraremos pessoas de diferentes nacionalidades. Ninguém deve ser deixa-
do sem advertência. O Senhor Jesus foi uma dádiva de Deus ao mundo intei-
ro, não apenas para as classes mais privilegiadas nem a uma só nacionalidade,

•• com exclusão das outras. Sua graça salvadora envolve o mundo. Quem dese-
jar, pode beber da água da vida. Um mundo todo está aguardando para ou-
vir a mensagem da verdade presente (Nos Lugares Celestiais, 29 de novembro).

•• À medida que a mensagem do terceiro anjo cresce em um alto clamor,


grande poder e glória acompanharão sua proclamação. Os semblantes do
Abr • Mai • Jun 2024 187 1
povo de Deus brilharão com a luz do Céu. O Senhor preparará homens e mu-
lheres - e até mesmo crianças, como fez com Samuel - para Sua obra, fa-
••
zendo-os Seus mensageiros. Aquele que não dorme nem descuida de cada
obreiro escolheu sua esfera de ação. Todo o Céu está observando a batalha ••
••
na qual, sob circunstâncias aparentemente desfavoráveis, os servos de Deus
estão envolvidos. Novas conquistas estão sendo alcançadas, novas honras
obtidas, à medida que os servos do Senhor se apoiam na bandeira de seu
Redentor, saindo para a boa batalha da fé. Todos os anjos do Céu estão a servi-
ço do povo humilde e confiante de Deus; e, no momento em que o exército de
obreiros do Senhor canta seus cânticos de louvor, o coral no alto se une a ele ••
em ações de graças, tributando louvores a Deus e ao Seu Filho (Testemunhos
Para a Igreja, v. 7, p. 17, 18).
••
Sexta, 21 de junho: Estudo adicional
Filhos e Filhas de Deus, 28 de dezembro ("Seremos apresentados ao Pai"). ••
Maranata, o Senhor Logo Vem!, 30 de junho ("Confusão de muitas vozes") .
••
Anotações

••
••
••
••
••
••
•• •
••
'ªª' O grande conflito
••
•• O triunfo do
Lição

•• amor de Deus 13
•• Sábado, 22 de junho

•• Cristo afirmou a Seus discípulos que foi preparar moradas para eles na
casa de Seu Pai. Os que aceitam os ensinos da Palavra de Deus não serão

•• totalmente ignorantes com respeito à morada celestial. Contudo, declarou


o apóstolo Paulo: "Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais pe-
netrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que

•• O amam" (lCo 2:9). A linguagem humana não consegue descrever a recom-


pensa dos justos. Será conhecida apenas por aqueles que a contemplarem .
Nenhuma mente finita consegue compreender a glória do paraíso de Deus.

•• Na Bíblia a herança dos salvos é chamada de pátria-(Hb 11:14-16). Ali


o Pastor celestial conduz Seu rebanho às fontes de água viva. A árvore da
vida produz seu fruto de mês em mês, e as folhas da árvore são para a saú-

•• de das nações. Existem torrentes sempre a fluir, claras como cristal, e, ao


lado delas, árvores agitando-se suavemente projetam sua sombra sobre os
caminhos preparados para os resgatados do Senhor. Ali as extensas planí-

•• cies se expandem na direção de lindas colinas, e as montanhas de Deus er-


guem seus pontos mais altos. Nessas pacíficas planícies, ao lado daquelas
correntes cristalinas, o povo de Deus, durante tanto tempo peregrino e er-

•• rante, encontrará um lar (História da Redenção, p. 302, 303).


Consideremos com toda a seriedade o bendito porvir. Que nossa fé atra-

••
vesse toda nuvem de escuridão, e que nós contemplemos Aquele que morreu
pelos pecados do mundo. Ele abriu os portais do Paraíso para todos que O
recebem e Nele creem.[...] Que as aflições que nos angustiam de maneira

••
tão cruel se transformem em lições instrutivas, ensinando-nos a prosseguir
para o alvo pelo prêmio da soberana vocação em Cristo. Sejamos encora-
jados pelo pensamento de que o Senhor logo virá. Que essa esperança ale-

•• gre nossos corações. [...]


Estamos a caminho de casa. Aquele que nos amou tanto a ponto de mor-
rer por nós construiu para nós uma cidade. A Nova Jerusalém é o nosso lu-

•• gar de repouso. Não haverá tristeza na cidade de Deus. Não se ouvirá mais
lamentos de tristeza nem hinos fúnebres de esperanças frustradas e afetos
sepultados. Logo as vestes de opressão serão trocadas pela veste nupcial.

•• Logo testemunharemos a coroação de nosso Rei! Aqueles cuja vida esteve


escondida com Cristo, os que na Terra combateram o bom combate da fé,
Abr • Mai • Jun 2024 1891
••
resplandecerão com a glória do Redentor no reino de Deus (A Fé Pela Qual
Eu Vivo, 22 de dezembro).
A fé viva nos méritos de um Redentor crucificado os conduzirá através ••
das fornalhas ardentes de aflição e prova. A forma do quarto Homem es-
tará com eles no calor da fornalha, que não deixará nem mesmo cheiro de
fogo em suas vestes. [...] Devem ser incentivados s se tornarem estudantes
da Bíblia e terem firmes princípios religiosos que suportem a prova dos pe-

••
rigos que certamente serão experimentados por todos os que viverem na
Terra durante os últimos dias, no fim da história do mundo (Testemunhos
Para a Igreja , v. 4, p. 186). ••
Domingo, 23 de junho: Esperança no tempo de angústia ••
Ao nos aproximarmos dos perigos dos últimos dias, as tentações do ini-
migo se tornam mais fortes e mais resolutas. Satanás desceu com grande
poder, sabendo que tem pouco tempo; e ele age "com todo engano de injus-
••
tiça aos que estão perecendo" (2Ts 2:10). [...]
O fim de todas as coisas está às portas. Está prestes a sobrevir ao povo
de Deus o tempo de angústia. Nesse momento é que sairá o decreto proi-
••
bindo aqueles que guardam o sábado do Senhor de comprar ou vender,
ameaçando-os de punição, e mesmo de morte, se não observarem como ••
••
dia de descanso o primeiro dia da semana. [... ]
No tempo de angústia Satanás instigará os ímpios e eles cercarão o povo
de Deus para o destruir. Ele, porém, não sabe que ao lado dos seus nomes, nos
livros do Céu, está escrito "Perdão" (Nos Lugares Celestiais, 3 de dezembro) .
O tempo da graça é o período concedido a todos a fim de se prepararem
para o dia de Deus. Se alguém negligenciar a preparação e não levar a sério ••
as fiéis advertências dadas, ficará sem desculpas. A luta fervorosa e per-
severante de Jacó com o anjo deve ser um exemplo para os cristãos: Jacó
prevaleceu porque foi perseverante e determinado.
Todos os que desejarem a bênção de Deus como Jacó, e se apegarem às •• •
••
promessas como ele fez , e forem fervorosos e perseverantes como ele, serão
bem-sucedidos também. Há pouca prática da verdadeira fé, e pouca impor-
t ância é dada à verdade por parte de muitos que se dizem crentes, porque
são negligentes nas coisas espirituais. Não se dispõem a se esforçar, negar

••
m
a si mesmos, angustiar-se diante de Deus, orar de forma demorada e com
fervor pelas bênçãos. E, assim, nada conseguem.
Essa fé pela qual viverão ao longo do tempo de tribulação deve ser dia-
riamente exercitada agora. Aqueles que não fizerem agora um esforço in-
tenso para exercer fé perseverante estarão inteiramente despreparados ••
para exercer a fé que os capacitará a permanecer em pé no dia da provação
(História da Redenção, p. 71).

190 1 O grande conflito


••
•• A verdadeira fé toma posse da bênção prometida e a suplica, antes que
ela se realize e a experimentemos. Devemos, pela fé, enviar nossas peti-
ções para o interior do segundo véu, e fazer com que nossa fé se apodere da
bênção prometida e a invoque como sendo nossa. [...] "Tudo o que pedirem
em oração, creiam que já o receberam, e assim será com vocês" (Me 11:24).
Isso é fé, e fé pura; é crer que recebemos a bênção, mesmo antes que a veja-

•• mos. [.. .] Quando densas nuvens de trevas parecem pairar sobre a mente, é
ocasião para fazer com que a fé viva penetre as trevas e disperse as nuvens .
A verdadeira fé se fundamenta nas promessas contidas na Palavra de Deus,

•• e somente aqueles que obedecem a essa Palavra podem exigir suas glorio-
sas promessas (Primeiros Escritos, p. 86) .

•• Segunda, 24 de junho: Esperança do breve retorno de Jesus

••
Em todas as épocas, a vinda do Senhor tem sido a esperança de Seus ver-
dadeiros seguidores. A última promessa do Salvador no Monte das Oliveiras,
de que Ele viria outra vez, iluminou o futuro aos Seus discípulos; encheu o

••
coração deles com uma alegria e uma esperança tão grandes que as triste-
zas não poderiam apagar nem as provações ofuscar. Em meio a sofrimento e
perseguição, o aparecimento "do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus"

••
foi "a bendita esperança" (Tt 2:13). [...] Paulo [...] apontou aos tessalonicen-
ses a ressurreição que ocorreria por ocasião do advento do Salvador. Então os
mortos em Cristo ressurgiriam e, juntamente com os vivos, seriam arrebata-

•• dos para encontrar o Senhor nos ares. "E, assim", disse ele, "estaremos para
sempre com o Senhor. Portanto, consolem uns aos outros com estas palavras"
(1Ts 4:16-18; O Grande Confl_ito, p. 258) .

•• Quando Cristo vier em Sua glória e na glória de Seu Pai, com todos os an-
jos ao Seu redor, escoltando-O e com vozes de triunfo, ertquanto melodias en-
cantadoras soarão aos ouvidos, todos então estarão interessados. [...]

•• Nesse tempo, reis e nobres, poderosos e pobres e pessoas comuns, da


mesma forma clamarão amargamente. Aqueles que nos dias de sua prospe-
ridade desprezaram a Cristo e Seus humildes seguidores, pessoas que não

•• se curvaram a Cristo, que odiaram Sua desprezada cruz, estarão então pros-
trados no lamaçal. [...]

••
Então compreenderão com terrível amargor que estarão comendo o fru-
to que eles mesmos plantaram e fazendo a própria vontade. Em sua pretensa
sabedoria, voltaram os olhos da eterna e sublime recompensa, rejeitaram os li
••
atrativos celestiais e os trocaram por lucros terrenos. O resplendor e o falso
brilho terreno os fascinaram e, em sua suposta inteligência, tornaram-se to-
los. Eles exultaram na prosperidade mundana, pensando que suas vantagens

••
terrenas eram tão grandes que poderiam, por meio delas, recomendar-se a
Deus e assegurar o Céu (Testemunhos Para a Igreja, v. 2, p. 37, 38).
Abr • Mai • Jun 2024 l 91 I
Palavras não conseguem descrever a glória daquela cena. A nuvem majes-
tosa e de glória insuperável se aproximou ainda mais, e pudemos contemplar ••
claramente a adorável pessoa de Jesus. Ele não trazia uma coroa de espinhos,
mas uma coroa de glória cobria Sua santa fronte. Sobre Sua veste e coxa esta-
va escrito um título: Rei dos reis e Senhor dos senhores. [...] A Terra tremia
••
diante Dele, os Céus se afastavam como um pergaminho quando se enrola,
e toda montanha e ilha se moviam de seu lugar. [.. .]
Aqueles que pouco tempo antes queriam exterminar da Terra os fiéis
••
filhos de Deus testemunhavam agora a glória de Deus que se concentrava
sobre eles. E em meio a todo o seu espanto, ouviam as vozes dos santos em
alegres acordes, dizendo: "Eis que Este é o nosso Deus, em quem esperáva-
••
mos, e Ele nos salvará" (Is 25:9; História da Redenção, p. 288).
••
Terça, 25 de junho: O milênio na Terra
[Durante o milênio] a Terra tinha a aparência de um deserto devastado. Ci- ••
dades e vilarejos, derrubados pelo terremoto, jaziam em montões. Montanhas
tinham sido removidas de seus lugares, deixando grandes cavernas. Enormes
pedras, lançadas pelo mar, ou arrancadas da própria terra, estavam espalha- ••
das por toda a sua superfície. Grandes árvores tinham sido desarraigadas, e
se espalhavam pela terra. Aqui deve ser a morada de Satanás com seus anjos
maus durante mil anos. Aqui ele estará confinado, para vaguear sem rumo
••
sobre a revolvida superfície da Terra, e para ver os efeitos de sua rebelião con-
tra a lei de Deus. Durante mil anos ele poderá consumir o fruto da maldição
que ele mesmo causou. Restrito apenas à Terra, Satanás não terá o privilégio ••
de percorrer outros planetas para tentar e atormentar os que não caíram. Du-
rante esse tempo ele sofre extremamente. Desde a queda, suas más caracte-
rísticas têm estado em constante exercício. Mas então ele deve ser despojado
••
de seu poder e deixado a refletir sobre a parte que desempenhou desde sua
queda e aguardar com tremor e terror o terrível futuro em que deverá sofrer ••
••
por todo o mal que praticou e ser castigado por todos os pecados que fez com
que fossem cometidos (Primeiros Escritos, p. 266).
O resto da Terra não será purificado antes do final dos mil anos, ocasião

••
em que os ímpios mortos ressuscitarão e se reunirão em torno da cidade. Os
pés dos ímpios nunca profanarão a Terra renovada. Deus fará descer fogo do

m
céu e os devorará, queimando-os sem lhes deixar raiz nem ramo. Satanás é
a raiz; seus filhos são os ramos. O mesmo fogo que devorar os ímpios puri-
ficará a Terra (Primeiros Escritos, p. 66).
No grito agonizante do Salvador - "Está consumado!" (Jo 19:30) - , soou ••
a sentença de morte de Satanás. Decidiu-se então o grande conflito que
durante tanto tempo estivera em andamento, e confirmou-se a erradica-
ção do mal. [...] ••
192 1 O grande conflito

••
••
O Universo inteiro terá sido testemunha da natureza e dos resultados
do pecado. E seu completo extermínio, que no princípio teria acarretado o
temor dos anjos, desonrando a Deus, reivindicará agora Seu amor e esta-

•• belecerá Sua honra perante a totalidade dos seres que têm prazer em fazer
Sua vontade e em cujo coração está a lei divina. Jamais o mal se manifes-
tará de novo. A Palavra de Deus diz que "a angústia não se levantará duas

•• vezes" (Na 1:9). A lei de Deus, que Satanás havia acusado como um jugo de
servidão, será honrada como a lei da liberdade. Depois de terem passado
por tal prova e experiência, os seres criados nunca mais se desviarão da fi-

•• delidade para com Aquele cujo caráter foi perante eles plenamente demons-
trado como expressão de amor insondável e infinita sabedoria (O Grande
Conflito, p. 421) .

•• Quarta, 26 de junho: Juízo no milênio

•• Vi então tronos, e Jesus e os santos remidos sentarem-se sobre eles. Os


santos reinaram como reis e sacerdotes para Deus. Cristo, em união com o

••
Seu povo, julgou os ímpios mortos, comparando seus atos com o código - a
Palavra de Deus - e decidindo cada caso segundo as obras feitas no corpo.
Então designaram aos ímpios a parte que deverão sofrer, segundo suas obras .

••
E isso foi escrito ao lado de seus nomes no livro da morte. Também Satanás e
seus anjos foram julgados por Jesus e os santos. O castigo de Satanás deve-
ria ser muito maior do que o daqueles a quem ele enganara. Seu sofrimento

•• excederia ao deles a ponto de não haver comparação. Depois que todos aque-
les a quem ele enganou houverem perecido, Satanás deverá ainda viver e so-
frer muito mais (Primeiros Escritos, p. 267).

•• No fim dos mil anos, Jesus, o Rei da Glória, vestido de glória como o
relâmpago, descerá da cidade santa sobre o Monte das Oliveiras - aquele
mesmo monte do qual Ele ascendeu após Sua ressurreição. Quando Seus

•• pés tocarem a montanha, ela se repartirá e se transformará em uma gran-


de planície, preparada para receber a santa cidade, que incluirá o paraíso de
Deus, o jardim do Éden, o qual foi levado após a transgressão do homem

•• e que, então, mais bonito e gloriosamente adornado do que quando foi re-
movido da Terra, descerá com a cidade. A cidade de Deus virá e será assen-

••
tada na enorme planície que será preparada para ela (Visões do Céu, p. 81) .
Deus é a fonte da vida; e quando alguém escolhe servir o pecado, separa-
se de Deus, desligando-se assim da vida. Ele está "alheio à vida de Deus" 1
••
(Ef 4:18). Cristo diz: "Todos os que Me aborrecem amam a morte" (Pv 8:36) .
Deus dá existência às pessoas por algum tempo a fim de desenvolverem seu
caráter e revelarem seus princípios. Fazendo isso, receberão os resultados da

•• própria escolha. Por uma vida de rebelião, Satanás e todos os que se unem a
ele se colocam em tanta desarmonia com Deus que Sua presença é um fogo
Abr • Mai • Jun 2024 193 1
• I
consumidor. A glória Daquele que é amor os destruirá (O Desejado de Todas
as Nações, p. 615). ••
Assim como o arco nas nuvens é formado pela união da luz solar e da
chuva, assim o arco-íris que circunda o trono representa o poder conjunto
da misericórdia e da justiça. Não é só a justiça que deve ser mantida, pois
••
isso apagaria a glória do arco-íris da promessa sobre o trono; os homens po-
deriam ver somente a penalidade da lei. Se não houvesse justiça nem puni-
ção, não haveria estabilidade para o governo de Deus. É a mistura de juízo e
••
misericórdia que torna completa a salvação (Maranata, O Senhor Logo Vem!,
14 de novembro). ••
Quinta, 27 de junho: Duas eternidades
••
[Depois dos mil anos,] Jesus deixa a cidade acompanhado pela hoste
dos remidos e é escoltado em Seu caminho pela multidão angelical. Em as-
sombrosa majestade, Ele convoca os ímpios mortos. São despertados de seu ••
longo sono. Que despertar terrível! Eles contemplam o Filho de Deus em
Sua majestade severa e glória resplandecente. Todos, assim que O veem,
sabem que Ele é o crucificado que morreu para salvá-los, a quem tinham ••
desprezado e rejeitado. São tantos quanto a areia à beira-mar. Na primei-
ra ressurreição, todos surgem em uma beleza imortal, mas na segunda, as
marcas da maldição são visíveis em todos. Todos surgem da mesma manei- ••
ra como desceram às suas sepulturas. Aqueles que viveram antes do dilú-
vio surgem com sua estatura gigantesca, mais de duas vezes mais alta do
que as pessoas que vivem atualmente na Terra, e bem proporcionados. [... ]
••
Uma imensa multidão de reis, guerreiros, estadistas e nobres, até os mais
degradados, surgem juntos na Terra desolada. Quando contemplam Jesus
em Sua glória, ficam atônitos e tentam se esconder de Sua presença terrí-
••
vel (Spiritual Gifts, v. 3, p. 83).
No início do grande conflito, os anjos não entendiam isso [a pecaminosi- ••
••
dade do pecado]. Se tivesse sido permitido que Satanás e seus anjos colhes-
sem os plenos frutos de seu pecado, teriam perecido. Mas não seria mostrado
aos seres celestiais que isso é o inevitável resultado do pecado. Permanece-
ria uma dúvida sobre a bondade divina, que, como uma semente ruim, pro-
duziria seu fruto mortal de pecado e aflição.
••
m
Porém, não será assim quando terminar a grande controvérsia. Naquele
momento, tendo sido completado o plano da redenção, o caráter de Deus será
revelado a todos os seres inteligentes. Os preceitos de Sua lei serão vistos como
perfeitos e imutáveis. O pecado terá revelado sua natureza, e Satanás, seu ca- ••
ráter. Então a eliminação do pecado vindicará o amor de Deus e estabelecerá
Sua honra perante um Universo de seres que se agradam em fazer Sua vonta-
de, e em cujo coração está Sua lei. ••
1941 O grande conflito


••
Por essas razões, os anjos podiam se alegrar ao contemplarem a cruz do
Salvador. Embora ainda não compreendessem tudo, sabiam que a destruição
do pecado e de Satanás estava para sempre assegurada, que a redenção do ser

•• humano era certa e que o Universo estava para sempre a salvo. O próprio Cristo
compreendeu plenamente os resultados do sacrifício feito no Calvário. Ele pen-
sava em tudo isso quando, na cruz, exclamou: "Está consumado!" (Jo 19:30;

•• O Desejado de Todas as Nações, p. 615, 616) .


Não demorará muito até vermos Aquele em quem se centralizam as nos-
sas esperanças de vida eterna. E em Sua presença, todas as provações e so-

•• frimentos desta vida serão como nada. [...] Olhem para cima, olhem para
cima, e deixem que a sua fé aumente continuamente. Permita que essa fé os
guie pelo caminho estreito que, através dos portais da cidade de Deus, con-

•• duz ao grande além, ao amplo e ilimitado futuro de glória destinado aos re-
midos (A Fé Pela Qual Eu Vivo, 22 de dezembro) .

•• Sexta, 28 de junho: Estudo adicional


Filhos e Filhas de Deus, 19 de setembro ("Defensores da fé") .

•• Filhos e Filhas de Deus, 16 de dezembro ("Cristo virá com poder e gran-


de glória") .

•• Anotações

••
••
••
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•• - - - -m
••
•• Abr • Mai • Jun 2024 195 1
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A VIDA PODE SER ••
MAIS ALEGRE ••
SE SEGUIRMOS AS VIRTUDES

CRISTÃS
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UNIÕES IGREJAS GRUPOS MEMBROS POPULAÇÃO
Da Armênia 19 11 820 2.965.000
De Belarus 66 28 3.706 9318.000
Do Cáucaso 133 59 7352 27.298.762
Da Crimeia 25 6 1.604 1.901.000
Do Extremo Oriente 51 18 1.995 6.289.645
Da Geórgia 8 4 338 3.702.000
Da Moldávia 134 99 8.274 3.515.000
Russa Ocidental 371 292 26.702 97.304.504
Russa Oriental 80 39 4.815 23205.089
Do Sul (Cazaquistão e cinco países) 67 42 3916 116.251.000
TOTAL 954 598 59.522 291.750.000

Centro de influência para a juventude em Minsk, Belarus.


Centro de saúde em Tskaltubo, Geórgia.
Centro de influência para famílias em Yerevan, Armênia.
4) Centro espiritual e social em Salekhard (lê-se Salihart), Rússia.
s J Escola de Ensino Fundamental em Tasquente, Uzbequistão.

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