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O Lecionário é um dos

muitos meios que auxiliam


no desenvolvimento de
hábitos corretos naqueles que
se decidiram pelo discipulado
de Jesus. Se bem utilizado, ele
interliga a liturgia devocional diária
com o culto dominical, fornecendo
conteúdo e harmonia para o
compartilhamento da Palavra.
A uma só vista é possível
perceber a dinâmica interna do
Lecionário. Ao longo do material,
do lado direito, são apresentados
os Salmos (versificados para
leitura responsiva) e o Lecionário
propriamente dito e, do lado
esquerdo, temos o Ofício Diário,
uma proposta de oração antiga
que insere as leituras numa
“liturgia” recheada de Salmos.
As leituras diárias aprofundam
essa conexão entre o culto
dominical e o restante da vida
diária, entre vida devocional e vida
comunitária, mergulhando-nos
no ciclo de histórias e celebrações
que definem o Ano da igreja e
nos conduzindo a uma leitura
orante de toda a Escritura, a
fim de aumentar a extensão
e a profundidade de nossa
identificação com Cristo. †
Lecionário
ANO B
2023/2024

FA S C Í C U L O I
A D V E N T O • N ATA L
E P I FA N I A • A P Ó S A E P I FA N I A
Lecionário
ANO B
2023/2024

FA S C Í C U L O I
A D V E N T O • N ATA L
E P I FA N I A • A P Ó S A E P I FA N I A
DEZEMBRO 2023
QUI SEX SÁB DOM SEG TER QUA
T E M P O D E P R E PA R AÇ ÃO DIA DO SENHOR T E M P O D E R E F L E XÃO

30 1 de dez 2 3 4 5 6
PRIMEIRO DOMINGO
D O A DV E N TO

SA L M O 8 0 • p. 2 5 SA L M O 79 • p . 2 7

7 8 9 10 11 12 13
SEGUNDO DOMINGO
D O A DV E N TO

SA L M O 8 5 • p. 2 9 SA L M O 2 7 • p . 3 1

-5-
14 15 16 17 18 19 20
T E R C E I R O D O M I N G O D O A DV E N TO
D O M I N I C A G AU D E T E

SA L M O 1 2 6 • p. 3 3 SA L M O 1 2 5 • p . 3 5

21 22 23 24 25 26 27
Q UA R TO D O M I N G O N AT I V I DA D E
D O A DV E N TO DO SENHOR

SA L M O 8 9 • p. 37 SA L M O 9 6 • p. 4 3 SA L M O 1 4 8 • p . 4 5

28 29 30 31 1 de jan 2 3
PRIMEIRO DOMINGO SA N TO N O M E
A P Ó S O N ATA L DE JESUS

SA L M O 1 4 8 • p. 4 5  SA L M O 8 • p. 47 SA L M O 1 4 8 • p. 49 SA L M O 1 1 0 • p . 5 1
JANEIRO 2024
QUI SEX SÁB DOM SEG TER QUA
T E M P O D E P R E PA R AÇ ÃO DIA DO SENHOR T E M P O D E R E F L E XÃO

28 29 30 31 1dejan 2 3
SA N TO N O M E
DE JESUS

SA L M O 1 4 8 • p. 4 5  SA L M O 8 • p. 47 SA L M O 1 4 8 • p. 49 SA L M O 1 1 0 • p . 5 1

4 5 6 7 8 9 10
E P I FA N I A D O B AT I S M O D O
SENHOR SENHOR

SA L M O 72 • p. 57 SA L M O 2 9 • p. 5 9 SA L M O 69 • p. 6 1

-6-
11 12 13 14 15 16 17
SEGUNDO DOMINGO
A P Ó S A E P I FA N I A

SA L M O 1 3 9 • p. 67 SA L M O 8 6 • p. 6 9

18 19 20 21 22 23 24
TERCEIRO DOMINGO
A P Ó S A E P I FA N I A

SA L M O 6 2 • p.7 1 SA L M O 4 6 • p.73

25 26 27 28 29 30 31
Q UA R TO D O M I N G O
A P Ó S A E P I FA N I A

SA L M O 1 1 1 • p.75 SA L M O 3 5 • p.7 7
FEVEREIRO 2024
QUI SEX SÁB DOM SEG TER QUA
T E M P O D E P R E PA R AÇ ÃO DIA DO SENHOR T E M P O D E R E F L E XÃO

1 de fev 2 3 4 5 6 7
A P R E S E N TAÇ ÃO
DO SENHOR

SA L M O 1 47 • p.79 SA L M O 1 0 2 • p . 8 1

8 9 10 11 12 13 14
DOMINGO DA Q UA R TA- F E I R A
TRANSFIGURAÇÃO DE CINZAS

SA L M O 5 0 • p. 8 3 SA L M O 1 1 0 • p. 8 5

-7-
15 16 17 18 19 20 21
PRIMEIRO DOMINGO
N A Q UA R E S M A

22 23 24 25 26 27 28
SEGUNDO DOMINGO
N A Q UA R E S M A

29 1 de mar 2 3 4 5 6
TERCEIRO DOMINGO
N A Q UA R E S M A
Sumário
EDITORIAL 11
COMPREENDENDO O LECIONÁRIO 13
O ANO B 14
O OFÍCIO DIÁRIO 15
APROVEITANDO AO MÁXIMO O OFÍCIO DIÁRIO 17

ESTAÇÕES LITÚRGICAS
ADVENTO 21
AS VELAS DO ADVENTO 23

NATAL 39
ESTICANDO O NATAL 40

EPIFANIA 53
O CORAÇÃO DA EPIFANIA 54

APÓS A EPIFANIA 63
CRISTO MANIFESTADO EM NÓS 64

LITURGIA COMUNITÁRIA 88

CREDOS & ORAÇÕES


O CÂNTICO DE MARIA 95
O CÂNTICO DE ZACARIAS 97
O CÂNTICO DE SIMEÃO 99
GLORIA IN EXCELSIS 100
GLÓRIA NAS ALTURAS 101
ORAÇÃO DE CONFISSÃO
INTERCESSÃO 102
CREDO APÓSTÓLICO
A ORAÇÃO DO SENHOR 103
Editorial
RECUPERANDO O ELO PERDIDO DA ADORAÇÃO TRÍPLICE

Em sua obra Rhythm of God’s Grace (Ritmos da Graça de Deus), o teólogo me-
nonita Arthur Paul Boers apresenta uma breve história da oração diária. Peter
J. Leithart, teólogo reformado, é quem nos apresenta a resenha a seguir1.
Boers observa que, no quarto século, “era normal para a maioria das
igrejas orar pela manhã e à noite todos os dias. Muitos participavam. Os
líderes cristãos esperavam frequência regular. Ambrósio de Milão... queria
que os cristãos viessem pelo menos todas as manhãs” (p. 43).
À medida que os monges se tornaram mais influentes nas liturgias das ca-
tedrais, “o culto público corporativo, que antes estava disponível para todos
mudou para serviços devocionais longos e voltados para a interioridade, dispo-
níveis para cada vez menos pessoas” (46). Ao longo da Idade Média, “o distan-
ciamento entre o culto corporativo e a espiritualidade pessoal se aprofundou.
Os ofícios ficaram mais longos e complexos... A participação leiga não era ne-
cessária” (47). Ao final, “muitos leigos se afastaram da oração corporativa” (47).
Os reformadores tentaram reviver as orações em horas fixas em formas
modificadas, mas sem muito sucesso. Apesar das simplificações do ofício in-
troduzidas pelos Reformadores, “no geral, as devoções protestantes foram rele-
gadas aos estudos dos pastores, orações familiares ou capelas escolares” (49). O
Livro de Oração Comum manteve os ofícios matinais e noturnos, mas de uma
forma influenciada pela tradição monástica de oração privada e introspectiva.
Citando o livro Two Ways of Praying (Duas Maneiras de Orar), de Paul
Bradshaw, Boers explica que “A Reforma levou a novas ênfases iniciadas no
final da Idade Média”, incluindo “uma tendência para elevar a oração indi-
vidual, contemplativa e interior como espiritualmente superior às formas
comunitárias externas do ofício divino, que se pensava que poderiam re-
presentar uma distração para a oração real”. Uma separação entre a piedade
pessoal e o culto corporativo continuou a crescer até o século XIX. Com a
revolução industrial e a urbanização, as pessoas perderam os ritmos rurais
que permitiam a oração regular. O individualismo continuou a se espalhar,
assim como uma abordagem voluntarista da fé. “Houve também os efeitos
do renascimento romântico e o ressurgimento do fervor evangélico” (p. 50).
Ele sugere que a adoração deve ser tríplice para ser saudável — 1) culto
público, 2) oração privada e 3) oração comum diária. Boers argumenta:
“O Ofício é um ‘elo perdido’ entre a oração corporativa e a privada. Sua

1 LEITHART, Peter J. Daily Prayer: <https://theopolisinstitute.com/leithart_post/daily-prayer/>


ausência gerou muita distorção para os cristãos, tanto no culto corporativo
quanto na oração pessoal... A cisão entre o culto corporativo e a oração
privada pode ser curada se os cristãos praticarem todos os três. Orar em
conjunto em um momento assim pode reverter profundamente o doentio
individualismo em nossa oração” (74).
Sim, irmãos na tradição da reforma radical também estão interessados
em livros de oração! No prefácio do segundo volume de seu livro de oração
anabatista Take Our Moments and Our Days, Arthur Paul Boers2 apresenta pistas
bíblicas para traçar as origens dessa forma de oração prescrita. Os salmos
incluem frequentes referências às orações da manhã e da noite, o que denota
o decorrer do dia todo, “do nascer ao pôr-do-sol” (Sl 113:3). Jesus contou
a parábola da viúva persistente recomendando aos discípulos o cumprimen-
to do sobre o “dever de orar sempre e nunca desanimar” (Lucas 18:1). As
epístolas do Novo Testamento tratam do tema. Paulo exorta os cristãos para
que estejam sempre alegres, orem sem cessar e em tudo, deem graças (1 Ts
5:16-18). Somos instruídos a orarmos em todo tempo no Espírito (Ef 6:18),
dedicar-nos à oração (Cl 4:2) e a perseverarmos na oração (Rm 12:12).
Manhã e noite simbolizam a totalidade do tempo; são momentos chave
quando fixamos nossa direção, nos lembramos do nosso propósito, revisa-
mos como Deus está trabalhando, e recordamos onde perdemos as priori-
dades de Deus. Orações regulares e disciplinadas em momentos específicos
nos incentivam a estarmos sempre em oração.
A oração padronizada pode ajudar muitos de nós a orar, a estabelecer
hábitos de oração. Livros de oração podem dar-nos o encorajamento de
orar com outras pessoas. A constância na oração, assim como toda a vida
fiel, normalmente depende da ajuda e do apoio de outros.
A oração matinal e noturna aborda questões que permeiam a história
cristã: o relacionamento da oração individual com a oração corporativa,
das orações não planejadas com as fixas, das orações em tempo determi-
nado com a incessante. Todas elas têm valor, não como fins em si mesmas,
mas na medida em que nos conduzem a Deus.
Nossa esperança ao longo dos três anos em que publicamos esses fascí-
culos de oração foi que pudéssemos contribuir para a saúde da igreja cristã
de fala portuguesa e que nossos amigos experimentassem a realidade das
palavras de louvor do salmista: “desde onde o sol nasce até onde se põe,
despertas gritos de alegria” (Sl 65:8, NVT).
Em Fé, Esperança e Amor,
EQUIPE LECIONARIO.COM

2 BOERS, Arthur Paul. Take Our Moments and Our Days: an Anabaptist prayer book: Advent
through Pentecost. Herald Press: 2009.

-12-
Compreendendo
o Lecionário
Neste projeto, sugerimos que o lecionário é um meio privilegiado de
interligar a devoção privada dos dias da semana ao culto cristão e consiste
em um trilho seguro para orientar a liturgia dominical de acordo com a
grande história celebrada no calendário litúrgico da igreja.
O Lecionário é uma sequência de passagens bíblicas escolhidas para
a leitura diária da Palavra de Deus em um contexto de adoração. Tendo
como eixo as leituras de domingo, a primeira parte do ciclo semanal vai de
quinta-feira a sábado com textos que preparam o povo de Deus para ouvir
com mais compreensão as leituras que serão proclamadas no culto. Em sua
segunda parte, o ciclo prossegue de segunda a quarta-feira com perícopes
que estendem e refletem os temas das leituras do domingo.
Para cada domingo e dia festivo há 4 leituras: antigo testamento, salmo,
epístolas e evangelho. Para os outros dias da semana, o lecionário aponta
3 leituras: antigo testamento, novo testamento e o salmo. O salmo per-
manece o mesmo para todos os dias de preparação e outro para os dias de
reflexão do ciclo semanal. As leituras diárias têm a função de aprofundar a
conexão entre o culto dominical e o restante da vida diária, mergulhando-
-nos no drama das Escrituras celebrado pelo ano da igreja.
Nosso material emprega a simbologia das cores do Ano Cristão. Azul
Royal é a cor da realeza para acolher a vinda de um rei. Rosa é usada para
simbolizar alegria e felicidade e é uma cor alternativa para o terceiro do-
mingo do advento (Gaudete). O branco simboliza pureza, santidade e vir-
tude, bem como respeito e reverência. O ouro simboliza o que é precioso
e valioso, simbolizando majestade, alegria e celebração. O verde simboliza
a renovação da vegetação e dos seres vivos em geral e a promessa de uma
nova vida.
Para esta coleção de doze fascículos publicados ao longo de três anos
litúrgicos (A, B e C), combinamos, em um par de páginas, o Ofício Diário
e os Salmos na versão Almeida Século 21, que procura combinar tradição,
exatidão e fluência, juntamente com os textos do Revised Common Lectionary
(RCL), lecionário construído para o uso comum de igrejas de várias tradi-
ções e adotado em várias partes do mundo.

-13-
O Ano B
Cada um dos três anos do lecionário é centrado em um dos evangelhos
sinóticos. O ano A é o ano de São Mateus, o ano B é o ano de São Marcos e
o ano C é o ano de São Lucas. São João é lido todos os anos, especialmente
nos períodos do Natal, Quaresma e Páscoa, e ainda no ano de Marcos,
cujo evangelho é mais curto que os outros. Os três evangelistas sinóticos
têm ideias particulares sobre Cristo. A cada ano, permitimos que um des-
ses evangelhos nos leve a Cristo por meio de uma leitura semicontínua
durante os domingos no Tempo Comum. Passagens e parábolas que são
exclusivas de um evangelista são normalmente incluídas como parte das
leituras de domingo.

O CICLO DA NATIVIDADE
A estrutura do ciclo do Natal pressupõe um Advento que é basicamente
escatológico (aguardando a volta ou a segunda vinda do Senhor Jesus e a
realização do reinado de Deus) mais do que uma temporada de preparação
para o Natal (que lembra sua primeira vinda entre nós). Nas leituras, Isaías
é proeminente, juntamente com Jeremias, Malaquias, Sofonias, Miquéias
e 2 Samuel. Os evangelhos do Primeiro Domingo de cada ano são todos
apocalípticos; no Segundo e Terceiro Domingos se referem à pregação e
ministério de João Batista. No Quarto Domingo do Advento é proclamada
a anunciação do nascimento de Cristo. Na Epifania, é lida a passagem do
evangelho sobre os sábios do Oriente. O Domingo imediatamente após a
Epifania tem como tema o Batismo do Senhor e, para o Último Domingo
após a Epifania, é prescrita a leitura do evangelho da Transfiguração.
As leituras do evangelho de Marcos, desde a época do Advento até os
domingos após a Epifania, falam da vinda de Cristo e de seu ministério. As
primeiras leituras, escolhidas para iluminar a passagem do evangelho, são
selecionadas de todo o Antigo Testamento. As segundas leituras incluem
seleções retiradas principalmente das duas cartas aos Coríntios.
O Salmo é um responso congregacional e uma meditação sobre a pri-
meira leitura, a leitura do Antigo Testamento. Assim, a indicação semanal
de um salmo para o culto ajuda as igrejas a recuperarem a prática da sal-
modia cantada ou recitada. Em nossa metodologia, os dois salmos sema-
nais servem como o referencial para o fornecimento de dois ofícios diários
respectivos, apontando para o elevado valor da repetição desses cânticos
para a formação espiritual das congregações de discípulos de Jesus Cristo.

-14-
O Ofício Diário
Em sua obra sobre a espiritualidade inglesa, Martin Thornton de-
monstra que a “regra tríplice” da tradição cristã consiste em orar 1) a devo-
ção pessoal, 2) a eucaristia e 3) o ofício diário.
A devoção pessoal é focada em nossa vida de oração privada, que pode
incluir diversas disciplinas espirituais individuais e comunitárias. Através
da liturgia dominical, a história da salvação se desdobra dramaticamente,
consumando-se no culto que nos centra em torno da cruz e do sacrifício de
Cristo pelo mundo. O ofício diário é baseado no padrão de oração diária
habitual encontrada em comunidades monásticas e suas formas de oração
litúrgica podem ser usadas por indivíduos, famílias ou grupos maiores.
Assim, para que a devoção pessoal alimente o culto e o culto alimente a
vida devocional, propomos conexões entre esses elementos por dois meios:
1) um lecionário que, em prol da preparação para e a reflexão sobre as pe-
rícopes de domingo, faça a curadoria de textos bíblicos que nos conduzam
ao longo das estações litúrgicas do ano e 2) um ofício diário simplificado
que sirva de moldura para a leitura orante dessas passagens bíblicas.
Considerando a prática de orar as Escrituras como parte de um rela-
cionamento de diálogo com Deus, propomos que as perícopes sejam lidas
dentro da moldura litúrgica do Ofício Diário, a antiga disciplina de oração
em horários fixos, aqui formulada com estrutura similar à apresentada no
breviário simplificado “Divine Hours”, de Phyllis Tickle (1934–2015).
Considere que as liturgias e rituais aqui propostos são padrões regula-
res de devoção que formam uma espécie de estrutura esquelética dentro da
qual podemos inserir e fortalecer os músculos e tecidos da oração pessoal,
espontânea e incessante. Tenha em mente que uma espiritualidade cristã
integral pode combinar orações espontâneas com rituais porque, juntos,
esses meios de graça cooperam para reformar nossos hábitos e nos ensinar
a desejar o que Deus deseja.

-15-
A LINHA REFRÃO CHECKLIST ORAÇÃO
DO NOSSO É um verso de
louvor que, como
DO OFÍCIO PESSOAL
Um recurso para Valorizamos o uso de
TEMPO uma antífona, orientar a marcação nossas próprias
DIÁRIO repetimos antes e
após cada leitura e
dos dias da semana
no período do Ofício,
palavras para conversar
com Deus. Reserve
COM DEUS que, por isso,
habitará nossa
tendo sempre o tempo para isso.
ENTENDA A DINÂMICA Domingo como Sugerimos que isso seja
DAS ETAPAS DO mente durante o dia. marco central. feito após as leituras.
OFÍCIO NA ORDEM
RECOMENDADA

CHAMADA
É um convite a
1
iniciarmos a
conversa com
Deus naquela
hora designada.

INVOCAÇÃO
É a nossa petição
2
a Deus para que se
faça presente ou
um verso que nos
lembra que Deus já
está disponível.

LOUVOR
É a nossa saudação
3
ao Deus que chega
para nos encontrar.

LECIONÁRIO 4
Tempo de meditação
nas Escrituras
alternadas com o refrão.

REFRÃO
LEITURA DO A.T.
REFRÃO
LEITURA DO N.T.
REFRÃO
LEITURA DO SALMO
REFRÃO

VERSO
Verso que encerra o
5
tempo de meditação

ORAÇÃO DO
SENHOR
Orando como Cristo
nos ensinou.

COLETA
É uma curta oração
6
exaltando um atributo
da Trindade, contendo
uma petição baseada
nesse atributo e na
PARA MAIS INFORMAÇÕES SOBRE COMO
mediação de Cristo.
EXPLORAR AS POSSIBILIDADES DO LECIONÁRIO
E OUTROS CONTEÚDOS RELEVANTES, ACESSE:
CONCLUSÃO
Encerre o ofício com
7 LECIONARIO.COM
essas palavras de
conclusão.
PREPARAÇÃO/
REFLEXÃO
Indicação da dinâmica das
Aproveitando
semanas no Lecionário, alternando
entre tempo de preparação e de
tempo de reflexão a respeito do
que é designado para o Domingo
ao Máximo o
(Dia do Senhor). Também pode
indicar uma data de destaque
como "Domingo da Trindade".
Ofício Diário
SALMO GUIA
DO OFÍCIO
O Salmo guia aparece
transcrito, na íntegra ou
em versos selecionados,
na página ímpar do
Ofício que está centrado
nele, trazendo a
linguagem bíblica para o
tempo devocional ou
líturgico.

ORAÇÃO
RESPONSIVA
Todos os versos marcados
em NEGRITO, tanto no
Ofício como no Salmo,
estão destacados para o
uso coletivo do Lecionário,
dando indicações para a
oração responsiva, em que
o oficiante ora parte do
texto e a comunidade
responde orando a parte
destacada.

CONTEÚDO
EXTRA
Em alguns Ofícios há a
inserção de conteúdo
extra para enriquecer a
experiência dos ofícios.

PARA LER AS LEITURAS DO LECIONÁRIO


o Lecionário aponta 3 ou 4 leituras: uma do Antigo,
PERÍCOPES DO DIA,
outra do Novo Testamento e o Salmo que se repete
ACESSE: de quinta a domingo, e de segunda a quarta-feira.
BIT.LY/LECIONARIO Passagens ricas em conteúdo e relevância
aparecem em mais de um lugar no ciclo de 3 Anos.
estações
litúrgicas
O Azul Royal é a cor da realeza para
acolher a vinda de um rei.

J O Ã O B AT I S TA P R E G A N D O
NO DESERTO, 1866
Gustave Doré (1832-1883), La Grande Bible
de Tours. Xilogravura. Domínio Público.
Advento
30 DE NOVEMBRO A
24 DE DEZEMBRO DE 2023

A Estação do Advento, uma temporada de espera, é concebida para cultivarmos


a nossa consciência acerca das ações de Deus — no passado, no presente
e no futuro. No Advento ouvimos as profecias do Messias vindouro como
dirigidas a nós — pessoas que esperam pela segunda vinda. No Advento
aumentamos a nossa antecipação pelo cumprimento de todas as promessas
do Primeiro Testamento, quando o lobo viverá com o cordeiro, a morte
será tragada, e cada lágrima será enxugada. Dessa maneira, o Advento
destaca para nós a História mais ampla do plano redentor de Deus.

DESAFIO ESPIRITUAL

Uma tensão deliberada deve ser incorporada à nossa prática da estação do


Advento. Cristo veio, e ainda assim nem todas as coisas foram completadas.
Enquanto nos lembramos da espera de Israel e esperamos e damos graças
pelo nascimento de Cristo, também antecipamos sua segunda vinda no
final dos tempos. Por isso, o Advento começa como uma temporada
penitencial, um tempo para a disciplina e arrependimento intencional na
confiante expectativa e esperança de que Cristo está vindo outra vez.
As Velas
do Advento
T H E WO R SHI P SO UR C E B O O K

O
acender das velas do Advento retrata dramaticamente a crescente ex-
pectativa que temos pela vinda de Cristo, a luz do mundo. Essa ação na
maioria das vezes funciona como um Chamado à Adoração, mas tam-
bém pode funcionar como uma resposta à Garantia do Perdão ou ao Sermão.

A tradicional coroa do Advento tem quatro velas roxas (acesas nos qua-
tro domingos do Advento) agrupadas em torno de uma vela branca de Cristo
(acesa no dia de Natal). O principal simbolismo retratado por esse arranjo de
flores, folhas ou caules presos em um anel é a crescente intensidade da luz à
medida que o acendimento da vela inclui uma vela adicional a cada domingo
de culto e à medida que a antecipação aumenta para a celebração da segunda
vinda de Cristo.

Algumas congregações atribuem um significado particular às velas indi-


viduais, associando-as com paz, alegria, amor e luz; com Maria, José, os pas-
tores e os Magos; ou com outros aspectos relacionados da vinda de Cristo.
Essas associações podem ser úteis para uma congregação em um determinado
momento, mas não são de forma alguma necessárias para uma celebração de
adoração. Da mesma forma, uma tradição que pede que a terceira vela seja
rósea não é especialmente importante. É baseada em uma tradição medieval
na qual o penúltimo domingo do Advento (e da Quaresma) acentuava a alegria
cristã no meio de um período penitencial.

O recurso a seguir oferece leitura para acompanhar o acendimento das


velas do Advento em cada domingo particular durante o Advento. Acender
as velas do Advento e ler textos associados à quadra oferece uma excelente
oportunidade para envolver uma variedade de adultos e crianças na condução
do culto.
.1.
Este recurso envolve apenas um versículo da Escritura. A cada semana, uma frase de Isaías 9:6 é adicionada. As
várias velas são acesas pouco antes de os vários nomes do Messias vindouro serem lidos. No dia de Natal todas
as velas podem ser acesas antes da leitura de todo o texto.

Porque um menino nos nasceu,


um filho se nos deu.
O governo está sobre os seus ombros,
e o seu nome será:
Maravilhoso Conselheiro, semana 1

Deus Forte, semana 2

Pai da Eternidade, semana 3

Príncipe da Paz. semana 4

Acendemos [essas velas] como um sinal


de nossa espera e esperança pela vinda de Cristo.
Isaías 9:6 (NAA)

.2.
Esse recurso envolve simplesmente repetir Isaías 11:1-3 e fazer uma pausa para acender as velas em um ponto
diferente da leitura a cada vez.

Do tronco de Jessé sairá um rebento,


e das suas raízes brotará um renovo.
Repousará sobre ele o Espírito do Senhor, semana 1

o Espírito de sabedoria e de entendimento, semana 2

o Espírito de conselho e de fortaleza, semana 3

o Espírito de conhecimento e de temor do Senhor. semana 4

Ele terá o seu prazer no temor do Senhor. Natal

Acendemos [essas velas] como um sinal


de nossa espera e esperança pela vinda de Cristo.
Isaías 11:1-3 (NAA)
QUI SEX SÁB DOM

Ofício Diário
3 0 D E NOVE MB R O A 3 DE DEZ EMBRO

CHAMADA
Mas eu invocarei a Deus,
e o SENHOR me salvará. Salmo 100:4

INVOCAÇÃO
Deus nos tem abençoado;
e todos os confins da terra o temerão! Salmo 67:7

LOUVOR
Damos-te graças, ó Deus, damos-te graças, pois perto está teu nome;
os que invocam o teu nome anunciam tuas maravilhas. Salmo 75:1

LECIONÁRIO REFRÃO
REFRÃO
Cumprirei meus votos ao Senhor,
Leitura do A.T. na presença de todo o seu povo. Salmo 116:19
REFRÃO
Leitura do N.T.
REFRÃO
Salmo 80 ORAÇÃO PESSOAL
REFRÃO Após as leituras, também converse com Deus usando suas próprias palavras

VERSO A ORAÇÃO DO SENHOR


Eu sou a videira verdadeira, Pai Nosso
e meu Pai é o agricultor. que estás nos céus…
Permanecei em mim,
e eu permanecerei em vós. João 15: 1, 4

COLETA
Deus todo-poderoso, dá-nos a graça de rejeitar as obras das trevas e
revestir-nos com as armas da luz, agora nesta vida mortal, na qual Jesus
Cristo, teu Filho, com grande humildade, veio nos visitar, para que no
dia final, quando ele vier com majestade gloriosa para julgar os vivos e
os mortos, ressuscitemos para a vida imortal; por Jesus Cristo, teu Filho,
nosso Senhor, que vive e reina contigo e com o Espírito Santo, um só Deus
agora e sempre. Amém.
CONCLUSÃO
Pastor do teu rebanho, restaura teu povo rebelde; leva-nos de novo aos pastos
verdejantes e renova-nos junto às águas de proteção e consolo. Por causa do
teu cuidado fiel, nós adoramos e louvamos o teu santo nome. Amém.†

-24-
TEMPO DE
PREPARAÇÃO Salmo 80
AO REGENTE DO CORO: SEGUNDO “SHOSHANIM EDUT” – SALMO DE ASAFE
QU I REGI S I S RA EL
1 –7, 1 7–1 9

1 Ó pastor de Israel, dá ouvidos; tu, que guias José como um rebanho,


que estás entronizado sobre os querubins, mostra teu esplendor.
2 Diante de Efraim, Benjamim e Manassés,
desperta teu poder e vem salvar-nos.
3 Ó Deus, restaura-nos;
faze resplandecer teu rosto, para que sejamos salvos.
4 Ó Senhor, Deus dos Exércitos,
até quando te indignarás contra a oração do teu povo?
5 Tu os alimentaste com pão de lágrimas e,
para beber, deste-lhes lágrimas à vontade.
6 Tu nos fazes objeto de chacota entre nossos vizinhos;
e nossos inimigos zombam de nós no meio deles.
7 Ó Deus dos Exércitos, restaura-nos;
faze resplandecer teu rosto, para que sejamos salvos.
17 Que tua mão esteja sobre o que está ao teu lado direito,
sobre o filho do homem que fortaleceste para ti.
18 Então não nos afastaremos de ti.
Vivifica-nos, e invocaremos teu nome.
19 SENHOR, Deus dos Exércitos, restaura-nos;
faze resplandecer teu rosto, para que sejamos salvos.

LECIONÁRIO

Q 30 Zacarias 13:1-9 Apocalipse 14:6-13 NOV

S 1 Zacarias 14:1-9 1 Tessalonicenses 4:1-18 DEZ

S 2 Miquéias 2:1-13 Mateus 24:15-31

D 3 Isaías 64:1-9 1 Coríntios 1:3-9 Marcos 13:24-37

PRIMEIRO DOMINGO DO ADVENTO

-25-
SEG TER QUA

Ofício Diário
4 A 6 D E D E ZE MB R O

CHAMADA
Vinde, contemplai as obras do Senhor,
que devastações fez na terra. Salmo 46:9

INVOCAÇÃO
Ó Deus, ouve meu clamor; atende à minha oração.
Clamo a ti desde a extremidade da terra. Salmo 61:1-2

LOUVOR
Lembra-te da promessa feita ao teu servo, pela qual me deste esperança.
Este é o consolo da minha angústia: tua promessa me vivifica.
Salmo 119:49-50

LECIONÁRIO REFRÃO
REFRÃO
Ó Deus da nossa salvação,
Leitura do A.T. ajuda-nos pela glória do teu nome;
REFRÃO
livra-nos e perdoa nossos pecados,
Leitura do N.T.
REFRÃO
por amor do teu nome. Salmo 79:9

Salmo 79 ORAÇÃO PESSOAL


REFRÃO Após as leituras, também converse com Deus usando suas próprias palavras

VERSO A ORAÇÃO DO SENHOR


Mas tendes chegado... a Jesus, Pai Nosso
o mediador de uma nova aliança, que estás nos céus…
e ao sangue da aspersão,
que fala melhor do que o sangue de Abel.
Hebreus 12:22,24

COLETA
Ó Senhor, desperta o teu poder e vem. Conserva-nos atentos e prontos
para o dia e a hora do teu retorno. Capacita-nos com os dons e a força de
que precisamos e mantém-nos fiéis até o fim; por teu Filho, Jesus Cristo,
nosso Senhor, que vive e reina contigo e com o Espírito Santo, um só Deus,
agora e para sempre. Amém.
CONCLUSÃO
Ó Deus, através do teu Filho, o Homem de Dores, estás habituado com a
nossa dor. Oramos pela tua igreja, especialmente em lugares de perseguição
e aflição. Quando a esperança se obscurecer, acende em nós paciência na
oração e persistência na luta pela justiça e pela paz. Pedimos isso em nome
de Jesus. Amém.†

-26-
TEMPO DE
REFLEXÃO Salmo 79 SAL MO DE ASAF E
DEUS, VENERUNT

1 Ó Deus, as nações invadiram tua herança;


profanaram teu santo templo; deixaram Jerusalém em ruínas.
2 Entregaram os cadáveres dos teus servos como alimento às aves dos céus,
e a carne dos teus santos, aos animais da terra.
3 Derramaram o sangue deles como água ao redor de Jerusalém,
e não houve quem os sepultasse.
4 Somos alvo de desprezo dos nossos vizinhos,
objeto de chacota e de zombaria dos que estão ao nosso redor.
5 Até quando, SENHOR? Ficarás irado para sempre?
Arderá teu ciúme como fogo?
6 Derrama teu furor sobre as nações que não te conhecem
e sobre os reinos que não invocam teu nome;
7 porque eles devoraram Jacó
e assolaram sua morada.
8 Não cobres de nós os pecados de nossos ancestrais;
que a tua compaixão venha depressa ao nosso encontro,
pois estamos muito abatidos.
9 Ó Deus da nossa salvação, ajuda-nos pela glória do teu nome;
livra-nos e perdoa nossos pecados, por amor do teu nome.
10 Por que diriam as nações: Onde está o Deus deles?
Perante nossa vista, mostra às nações
a vingança do sangue derramado dos teus servos.
11 Chegue à tua presença o gemido dos presos;
segundo a grandeza do teu braço,
preserva os condenados à morte.
12 Senhor, retribui aos nossos vizinhos
sete vezes a ofensa que fizeram a ti.
13 Assim nós, teu povo, ovelhas de teu pasto,
te louvaremos eternamente;
proclamaremos teus louvores através das gerações.

LECIONÁRIO

S 4 Miqueias 4:1-5 Apocalipse 15:1-8 DEZ

T 5 Miqueias 4:6-13 Apocalipse 18:1-10

Q 6 Miqueias 5:1-5a Lucas 21:34-38

-27-
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