Você está na página 1de 4
CA TiécNICA Titulo: Guin€ - sabura que dét Autor: Tony Teheka Capa: Diamamtino Monteiro (pintor guincense) Fotografia do quadro: Hugo Santos (fotdgrafo portugués) Fotografia do autor: Luis Soares Lopes Montagem da capa: Carlos Candido Poefiicio: Filomena Embalo Processamento de texto: Tony Tcheka Montagem e arranjo grifico: Maria dos Anjos Duarte Revisio: Alda Alves das Neves ecenas: Ministério da Cultura — Direegdo Geral do Livro ¢ das Bibtiotecas Fotoimpressao ¢ acabamento: Tipografia Lousanense, Lda, Edigito: UNEAS (Unido Nacional dos Escritores e Artistas de S. Tomé e Principe) . Tomé e Principe. Novembro . 2008 Frederico Gustavo dos Anjos : $00 exemplares seal: 284062/08 ‘Tony Teheka GUINE SABURA QUE DOI ‘Mecenas DG LB Ministerio da Cultura - Direopo Geral do Livro e das Bibliotecas — nT ESR ae Te ar eon a Era mulher grande . do tamanho da vida mulher palavra mulher de eira vestida de saffas largas de canseira bidera® 6rf’ de vida mulher companheira no beco vendia no beco sofria no beco vivia misteriosamente tranquila esgueirava-se a sina ma fintava a vida madrasta foi ali no chiio do seu trabalho falho de sorte que o ferro marcado de morte a surpreendeu faltou-the tempo... no soube esquivar-se ali ficou agarrada ao seu balaio de mistida ‘tempo de guerra * Vendedora ambulante, Concerto di djunta mon”? A dor encosta-se a mim abraga-me forte espalha-se pelo corpo em glindulas de fome enfermo declino 0 convite para a anunciada festa da liberdade estou no meu tempo no meu espago nna minha tabanka onde esta festa nao cabe ‘grassa 0 choro adoenga criangas morrendo dia adia hora a hora! niio,).. re ‘no vou a Berlim ver 0 muro em pedagos viajo sim no olhar desesperado do menino mocambicano nicando a raiz seca que desistiu de crescer para morrer na boca pequena na Africa-tabanka morre-se * Colaboragdo, cooperapo, ajuda mitua 32 aos pedacos € pedagos que niio so verdades da minha herdade deixo-os fluir a0 vento até que a historia faa a contri¢aio: do tempo madrasta m1 ‘mas se amanha Jevantarem o cerco re ‘que nos tothe o sol) prometo que Icvarei os nossos sikés (5 nossos tambores com 05 vossos pianos e saxs dangaremos na voz de Sinatra Pavaroti Nina Simone e Milles Davies no cume da estétua da liberdade tuque terd o sabor cdras ontem feitas muro cada pedago da vergonha caida sri um tambor para o concerto ta-mon! ino que griot; a designagiio na Guin popular, em geral da etnia mandings 33 jisau para 6 bardo ov ll Quem? Porqué? O pensamento eleva-se sobe no tamanho do poilio amedronta-me — porque sera? © vento irrompe frio arrepia o meu corpo ‘© suor banha-me 0 rosto seca gua emigrante bolanha flécida joethos amolecidos maos obtusas © que 6? o que se passa? arroz sem flor mureha quem matou? a voz da terra perscrutando Cabo Roxo junta-se a ponta do Cajé no ha compasso que mega o tamanho do mistério da trovoada ribombando no tempo seco 0 qué? o qué? quem comanda e nilo se ve? Sossegai meus filhos 0 sol irrompendo das Aguas prenhas do Pindjiguiti. Canto a Guiné Guiné sou eu até depois da esperanca Guiné és tu camponés de Bedanda teimosamente procurando a bianda”” na bolanha”? que s6 encontra agua na mégoa da tua lagrima Guiné éstu crianga sem tempo de ser menino Guiné éstu mulher-bidera em longas filas de insénia nas noites de kumpra pon” que se acothe no caleanhar da terra adormecida Mas Guiné somos todos mesmo depois da esperanga Comprar 0 pio. 49

Você também pode gostar