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16 1973 edgar oe Alera Filo ireltos dost dip reserva 3 "AMPUB Comer Ls (ote! um seo otra cu AMPUB Comercial Ltda) RP Alvnenge 6" andar 4831-00 ~ Sp Paul, SP Fon: (1) 3706-146 Fux (1) 3706-1462 “rw itranbel core E-mail ednbelizedioranbel cm be Impress: Pays Gri itor Li Resmpress 208 Dados inzemaons do Catala ra Pubicag2o (CIP) (Ciara Brasilien do Liv, SP Brasil) Alencar tho, garde, 1013 |A3SSi "Inking 4 gion matmtiew Ear de Alencar Filho, ~ 840 Paulo: Nobel, 2002. toate SBN 45-215.0403-% | Lisi sibs eration | Tila, so-oeo2 posits Indice para callog sisteton T.ékletmatenice 301.3 EPROIBIDA.A REPRODUGAO ‘Neshuma pate desta ob pd we eprodveda copia, tasers ou mesin tama por -meios cetnicos ou gravages, sem permis, por eer, doce Os inalores serio puns pala Lain. 61098 Innes no Brit nt Indice Capitulo 1 PROPOSICOES. CONECTIVOS |. Coneeito de propesigio .. . . Valores logicos das proposiges . . Proposigdes simplos © ropes ‘compostas Conectivos . . : . Tabelaverdade . - Notwgdo Exewivios Paakune Capitulo 2 OPERACOES LOGICAS SOBRE PROPOSICOES » Negagio . 2 3. Conjungio 4. Diguneao 5 6 a . Disjungdo exclusiva, Condicional . |. Bicondicionsl Exercicios ., Capitulo 3 CONSTRUCAO DE TABELAS-VERDADE |. Tabelasverdade de uma proposigfo composta .. .. 2. Namero de lithas de uma tabelaverdade . n R B B 15 15 ” Is a 23 7 3. Constugo da tabslverdate de ums proposgao composts 4, Exemplificagao 5. Valor logic de uma proposg 6, Uso de paréntesis .... 7. Oatros simibolos para os conectivos Exercicios ..,0sceseeeesee ener Capitulo 4 TAUTOLOGIAS, CONTRADICOES E CONTINGENCIAS 1. Tautologia +2, Prneipio de substitu para as sails 3, Coniradigao . 4, Contingéneia Exercicios Capitulo 5 IMPLICAGAO LOGICA 1. Definigdo de implicagao logica 2. Propriedades da imphicacao logica 3. Exemplifieagao . « 4, Tautologias © inpesto logics Exercicios Capitulo 6 EQUIVALENCIA LOGICA 1, Definigo de equivaténcia logiea Propvidades ds equiaéncaloges \ Exemplificagio + + ‘Tautologias © equivalénclaVogica Propesgbesassoviaas » uma condicional Nopacao conjunta de duss proposigdes - [Negagdo disjunta de duas proposigges - Exereicios = Capitulo 7 ALGEBRA DAS PROPOSICOES: 1. Propriedades da conjungio 12. Propriedades da disjungao « composta 30 30 36 38. 39 39 B 45 46 47 48 49 49 50 33 35 35 36 37 59 62 8 68 67 9 3, Propriedades da conjungdio ¢ da disjuneo .........2s00eeeeeeee 7D 4, Negagio da condicional. asus 5. Negugio da bicondisionsl ck 74 Bxericios zt inte 5 Capitulo 8 METODO DEDUTIVO 2, Exemplifcagio. see % 5, Redugio do nimero de conectivos 81 4. Forma nonnal das proposigdes ons 2 $5. Forma normal conjuntiva : 2 6, Forma normal disuntiva & 7, Prinefpio de dualidade 85 Exercicios ... 85 Capitulo 9 ARGUMENTOS. REGRAS DE INFERENCIA 1. Definigio de argumento. . 87 2! Validade de wm argument. 87 3. Critério de validade de um argumento 2. e004 88 4 Condon soins seamen = » 5, Argumentos valdos fundamentals 90 6. Regis de infeéncia a1 7. Exemplos do uso das regras de inferéncia 22 Exereicios f ; %6 Capitulo 10 VALIDADE MEDIANTE TABELAS-VERDADE 2. Exemplificapio 99 3, Prova de ndowalidade 108 Exercivios - 110 Capitulo 11 VALIDADE MEDIANTE REGRAS DE INFERENCIA 2. Exemplificasao. ws 12 us Exercicios . Capitulo 12 VALIDADE MEDIANTE REGRAS DE INFERENCIA E EQUIVALENCIAS 1, Regra de substicuiyao. 2, Equivaléncias notivels " : 3, Enemplificagdo 0.0... cseeeeeess eres 4, Inconsisténcia +. : Exereicios Capitulo 13 DEMONSTRAGAO CONDICIONAL E DEMONSTRACAO INDIRETA |. Demonstago condicional Exemplificagio |. Demonstragao indireta Exemplificagio Exerc Capitulo 14 SENTENGAS ABERTAS ‘Sentengas abertas com ume varidvel . Conjunto-verdade do uma sentengaaberta com uma valvel Senntengas abertas com duas varivels .. Conjunto-verdade de uma sentenga aberta com dss vartveis 5. Sentengas abertas com n varidveis ¥ Conjunto-verdade de uma sentenga aberta com 1 varidvel Exereicios Capitulo 15 OPERAGOES LOGICAS SOBRE SENTENCAS ABERTAS Conjungo . Disjun Negagio 5. Condicional . - Bicondicional Algebra das sentongas aber = Exorcicios 129 19 BI 138 141 145 146 9 150 153 156 156 158 199 160 161 162 164 16 168 169 170 171 im Capitulo 16 QUANTIFICADORES 1, Quantificador universal «2... 15 2 Quantificador existencial 178 3, Varidvel aparente © varivel live 180 4 Quantifcador de existéncia © uniidade 180 5. Negugio de propesigGes com quantifieador aia 181 6. Contraexemplo tk ‘ 183 Exereicios o 183 Capitulo 17 “QUANTIFICACAO DE SENTENCAS ABERTAS COM MAIS DE UMA VARIAVEL 1, Quantifieagda parcial eee y ees 187 2, Quantificagdo mattipla . 6. 157 3, Comutatividade dos quantifieadores. 6... ee 189 4, Negapdo de proposigOes com quantificadores. ... + 190 Exereicios 5 Kaa Hs 8 sere 190 RESPOSTAS DOS EXERCICIOS 193 BIBLIOGRAFIA 203 Capitulo 1 _ Proposicées. Conectivos 1. CONCEITO DE PROPOSICAO Definigdo - Chama-se proposigio todo o conjunto de palavras ou simbolos que cexprimem um pensamento de sentido completo. TAs proposigdes transmitem pensamentos, isto é, afirmam fatos ou exprimem 1 que formamos 2 respeito de determinados entes. ‘Assim, p. €X.. 810 proposigbes! (a) Aluaéumsatétite da Terra (b) Recife ¢a capital de Pernambuco @ V5 @ wn B= ‘A Logica Matemética adota como regtas fundamentais do pensamento os dois soguintes prinefpios (ou axioms): () PRINCIPIO DA NAO CONTRADIGAO: Uma proposigle néo pode ser verdadeira ¢ falsa 20 mesmo tempo. (il) PRINCIPIO. DO TERCEIRO EXCLUIDO: Toda a proposigao ou € verds- deiea ou & fal, isto €,verifcase sempre um deste casos e nunca um terceiro, Por virtude deste principio dizse quo & Logica Matematica € uma Logica bivalente Por exemplo, as proposigbes (a). (b, (6) ¢ (d) so todas verdadeiras, mas sto falsas as cinco seguinies proposigdes (@) _VASCO DA GAMA descobri 0 Brasil (b) DANTE escroveu os Lusiadas 2 EDGARD DE ALENCAR FILHO g. ©) 3 Eumndmero inteiro (@ Oniimero m é racional © eF ‘Assim, as proposigdes sio exprestdes a rospetto das quais tem sentido dizer que siio verdadeiras ou falsas. 2. VALORES LOGICOS DAS PROPOSICOES Definigio — Chama-se valoe logico de uma proposisio a verdade se a proposigao 6 verdudeira ea fasidade se a proposigao ¢ fase. (Os valores légieos verdade e falsidade dc uma proposiga0 designamse abrevi damente polas letras V e F, respectivamente, Assim, o que os prineipios da nao ccontradigao ¢ do terceito exeluido afiemam € que’ ‘Toda a proposigo fem um, e um 96, dos valores V, F. CConsideremos, p. ex., as proposigves: (a) O mereiiio 6 mais pesado que a agua (b) 0 Sol gira em tomo da Terra (0 valor logico da proposie%® (a) & « verdade(V) e o valor Ligico da proposigio (b)€ a falsidade{ 3. PROPOSIGOES SIMPLES E PROPOSIGOES COMPOSTAS ‘As proposigies podem set classificadas em simples ou atomicas © compostas ou moleculares. Definigao 1 Chama-se proposigdo simples ou proposigio atomica wquela yue rio contém nenhuma outra proposigao como parte intogrante de si mesma 'As proposigdes simples sfo geralmente designadas pelas letras latinas mindsculas idety Ss.» ehamadas letras proposicionais. ‘Assim, p- eX. $10 proposigdes simples as seguin p+ Carlos 6 eareca + Pedro é estudante fF : Ondmmero 25 € quadrado perfeito Definigdo 2 — Chama-se proposigio composta ou propesicio molecular aqucla formada pela combinagdo de duas ou mais proposigocs ‘AS proposigdes compostas so habitualmente designadas pelas letras latinas rmaiiisculas P.O, R, S, .., também chamadss letras proposicionais, INICIAGAO A LOGICA MATEMATICA 13 Assim, p. ex, 0 proposigdes compastas as seguintes: P. = Carlos & carcea e Pedro é estudante Q : Carlos & careca ou Pedro € estudante R = Se Carlos careca, emtdo ¢ infeliz visto que cada uma delas 6 formada por duas proposigdes simples 'As proposicies compostas também costumam ser chamadas formulas propo Sieionais ou apenas formulas. Quando interes destacar ou oxplieitar que uma proporicio composts P é formas pela combinagio das proposigdes simples p,q, 1...» escreve-se POD. a5.) "AS. proposiges simples © as proposigles compostas também sio chamadas respectivamente tomes ¢ moléculs, ‘Observaremos ainda que as proposigdes componentes de uma proporiglo ccomposta podem ser, elas mesmas, proposigdes compostas. 4, CONECTIVOS Definigao -- Chamamse conectivas palavras que se usim para formar novas proposigties a partir de outtas. ‘Assim, p. eX., nas seguintes proposigbes compostas: 0 mimero 6 par e o mero 8 & cubo porfeito + 0 triingulo ABC ¢ retdngulo ow € isisccles Nao esti chovendo = Se Jorge € engenheiro, entao sabe Matematica 0 tridngulo ABC é equilétero se e somente se ¢ equidmgully Auxow si conectivos usuals em Logica Matematica as palavras que estao grifudas, ist 6 “se... ontdo = se ¢ somente se. 5. TABELA-VERDADE, Segundo o Prinefpio do terceito exclufdo, toda pruposigio simples p & verdadet ra ou falsa, sto &, tem 0 valor logico V{verdade) ou o valor logico F(Falsidad). fm se tratando de uma proposicdo composta, 4 determinagfo do seu valor > logica, conhecidos os valores logicos das v] oe proposigdes simples componentes, se far F ‘com base no seguinte principio: 1“ EDGARD DE ALENGAR FILHO 0 valor logico de qualquer proposigto composta depende unicamente dos valores logicos das proposigdes simples componentes, ficando por eles univacamente deter- vminado. ‘Admitido este prinefpio, para aplici-lo na ptitica @ determinayao do valor ligice de uma proposigdo composta dada, recorre-se quasi sempre a um dispositive denominado tabela-verdade, na qual figuram fodos 08 possiveis valores Logieos 4a proposigio eomposta correspondentes a todas as possives atribuigdes de valores ogicos 3s proposigbes simples componcntes. ‘Assim, p. eX. n0 e250 de uma propesiedo composta csjas proposigdes simples ccomponentes si0 p q, a8 tinicas possives atrbuigbes de valores Logicos a pe 8 slo Bune mae Aneveébranca — (V) qi 24 en Z <0 (F) Vip Aq) = Vp) AV(Q) =F AF =F 20 EDGARD DE ALENCAR FILHO 4. DISJUNGAO ( v ) Definiplo — Chammse disjungfo de dass pesposgdes p e 4 1 proposiglo representads por “p ou q”, co valor lgico& a verdadel V) quand x0 menos ums fas proposgtes p ¢ q 6 verdadeia © a fabdade(F) quando as proposigdes pe q so ambas falas. Simbolicamemts, a dijuneZo de duas proposes pe q incase com a nota: “pv q”, ave s6: i ou 4” O valor lgico da dingo do dus propostoee & portant, defini pela seguinte tabelaverdade: mecca |e aaes|s Jnemels fu seja, pelas igualdades: VVV=V, VVFSV, BVV=V, PVPS vip Y g= Veen Ya Fxemplas (1) fp + Paris éa capital da Prange (V) qi 9-4-5 W) pq :Puris a capital da Franga ou 9 ~4 w Vip Val Viv Mq@=VVV=V (2) Jp + CAMOESesereveu os Lustades (VY) {Geant PV q: CAMOES escrevou os Listas on 3 (V) Vip Va= Vip) V MQ)= VV F=V (3) fp + Roma és capital da Réssia (F) q : 5/7 éuniafragao propria (V) ‘oma é 2 capital da Riissia ou 5/7 & uma fragao propria (V) vVeV pre Vip ¥@)= Vip ¥ Vig INIGAGAOA LOGICA MATEMATICA a (4) Jp + CARLOS GOMES nasceu na Bahia (F) rv=t=1 p V4: CARLOS GOMES nascou na Bahia ou x! Vip ¥ q)= Vip) ¥ Vig) = FV F=F 1 5. DISIUNCAO EXCLUSIVA (¥ ) Na linguagem comum a palavra “ou” tem dois sentidos. Assim, p.ex., conside remos as duas seguintes - proposigdes compostas P_: Carlos ¢ médico ou professor Q : Mario ¢alagoano ou gaiicho Na proposigo P se esti a indicar que uma pelo menos das proposigses “Cartos & médico”, “Carlos 6 professor” 6 verdadeira, podendo ser ambas verdadcias: “Carlos é médion e professor”. Mas, na proposicdo Q, se esta precisar que uma & somenie uma das proposigoes “Mario é alagoano”, “Mario 6 gaticho” é verdadeire, pois, nfo 6 possivel ocorrer "Mario é alagoano e gaticho”. Na proposigio P dizse que “ou” € inclusive, enquanto que, na proposigao Q, dine que “on” é exelusivo. Fm Légice Matemética usase habitualmente © simbolo “V" para “ou” indlusivo © simbolo * ¥” para “ou” exclusivo, ‘Assim sendo, 9 proposigio P ¢ a disjuneo inclusiva ow apenas disjungio das ppropusigaes simples "Carlos € médieo”, “Carlos é professor", isto ¢: P :Carlos 6 médico V Carlos é professor 40 paste que a proposigéo Q & a disjunedo exclusiva das proposiedes simples “Mario é slagoano”, “Mario € gaticho”, isto & ©: Mario é alagoano Y Mario & guicho De um medo geral, chama-se disjungdo exclusiva de duas proposigies pe qa proposigao representada simbolicamente por “p Yq", que se Ie: “ou pou 4” ou “p ou qj mas ‘cujo valor logico 6 a verdade(V) somente quando p é verdadoira ou q 6 verdadsira, mas no quando p ¢ q sio ambas verdudeiras, © a falsidade(F) quando p ¢ q slo ambas verdadciras ow ambas falsis, Logo, 0 valor logic da disjungdo exclusiva de duss proposigses é definido pela soguinte tabela-verdade: aaecle senso 2 EDGARO D ‘ou seja, pels igualdades: V¥V=P, VY¥P=V, FVV=V, FYFSF Ve v= Ve) ¥ V@) NOTA — A lingua latina tem duas palavras diferentes corresp sentidos distintos da palavra ou” na linguagem comum. A palavra fexpriie a disjanigo no seu sentido débil ou inctusivo, a0 passo que @ “aut” exprime a dsjungo no seu sentido forte ou exelusivo. 6 CONDICIONAL (+) Definiedo Chama-se proposigdo condicional ou apenas a proposigdo repreentada por “se p entio a", cujo valor Kigio & x f ‘caso em que p é verdadeira e q é falsa ¢ a verdade( V) nos demais casos. ‘Siubulictmonte, a condicional de dus proposigdes p e q indices notagéo:“p-» que tambsm se 18 de una ds sepuintes mancias 6) pécondigao sficiente para i) Gécondigi neces para p Na-condicional “p+ q”, dizse que p & o antecedente © q 0 simbolo “+ & chamado simbolo de implicagio. (© valor lbgico da eondicional de duas proposigdes é. portanto, d ‘soguinte tabela-verdade: Pl a]pca viv[ v viele rly} v rl[rjv ‘ou sea, potas igualdades: VoVeV, VoR=R FSV=V, PoF=¥ Vip+a)= Vip) + Via) Parlanto, uma condicional é verdadeira todas as vezes que 0 seu ‘uma proposigio fsa. INICIACAO A LOGICA MATEMATICA 2 Exempla: wey oe 5 1 6umnimeroceal(¥) p> q:Se GALOIS morreu em duelo, entio x é um mimero real (V) Vip >@)= Vip) + Vi = Ve V=V (2) fp + Omes de Maio tem 31 dias (WV) q: ATerraé plana (F) pq: Seomes de Maio em 31 dias, entio a Terraéplana(F) Vip 9) = Vie) + Vigh= V>F © fe : DANTBesevne Landes (6) {E chntonenow Tera dex Conutor_() p-+q:Se DANTE escreveu os Lusiadas, entfo CANTOR criou a Teoria dos Conjumtos «(¥) Vip q)= Vp) + Mig =F 2V=V (4) Jp ; SANTOS DUMONT nasceu no Ceari —(F) {5 Omotndmee Pq: Se SANTOS DUMONT naseeu no Ceara, entio o ano tem 9 meses (V) Yep+4) = Vip) + Vigo Pe F=V NOTA — Una condicional p > q nfo afirma que o consequente’g se dedue ou & cconseqineia do antecedente p. Assim, p. ex, a8 condicionais 7.6 um nimero fmpar > Brasilia é uma cidade 345 =9 + SANTOS DUMONT nasceu no Ceari nfo estio a afirmar, de modo nenhum, que o fato de “Brasilia ser uma cidade” se ser um nfimero impae” ou que a proposigio “SANTOS 3459". 0 que ums condicional afirma € unieamente uma relagio entro 0s valores logicos do anteceden- tee do consequente de acordo com a tabels-verdade anterior. 7. BICONDICIONAL (—) Definigdo — Chams-se proposig#o bicondicional ou apenas bicondicional uma proposigao representada por “p se ¢ somente se q”, cujo valor logico & a verdade( V) {quando p € q so ambas verdadeiras ou ambas falsas, ¢ a falsidade(F) nos demain 24 EDGARD DE ALENCAR FILMO Simbolicamente, a bicondicional de duas proposi¢aes pe q indicase com a notagdo: p> a, que também se lé de uma das seguintes maneiras: Gp & condigdo necessira ¢ suciente para q Gil) 4 condigdo necessiriae suficiente para p (0 valor légicu da bicondicional de duas proposigGes €, portanto, definido pela seguinte tabela-verdade: 2 [aleoa . viv) v viel F Flv] F Fle v ‘ou seja, pelas igualdades: VGVEV, VeGRSF, FOVEF, For=¥ Vora = Vea Va) Portanto, uma bicondicionsl é Yerdadeiea somente quando também 0 sio as uss condiciomais: pq ¢ Q> P. Exemplos GQ) fp + Roma ffieane Europa (V) fq) Aneve branes (V) pq: Rome fiea na Europa se © somente se ¢ neve é brane (V) Vip a) = Ve) Vie VV=¥ p+ Lisboa é a capital de Portugal (V) a: g -3 o> q: Lisboa & capital de Portugal ee somente se tg % = 3. (F) Vip q)= Vp) > VQ)? VP =F G) fp + YASCODA GAMA deseobris o Brasil () {05 MRADINTES ol enforeato 0) <> VASCODA GAMA descobriu o Brasil see somente se TIRADENTES foveniorado (F) Vip 4)= Vip) + Wa over JCIAGAOA LOGICA MATEMATICA 2» (fp + ATeraé plana (6) 4: 2 6um mimero racional (F) p4>492A Terra é plana se esomente se V'T'6 um nimero racional(V) Vip a) = Vip) + Viq) = F++F=V EXERCICOS 1. Sejam 2s propongoes Esti frio'® Eth chovendo. Traduit para 1 Fnguagem comente as sequins proposes: w~p (b) pag © pva @) ap Rey yg () py~q ( ~pr~a ©) powa @ ps~anp Sejam as proposgdes p Jorge 6 rico eq: Catlos 6 feliz. Traduzir para a Tinguagem corrente as Seguintes proposgoes @ ae ®) pv~a © amp (a ~p>q @ ~~p () ~pagep 3, Sejm as proposigdes p : Claudio fala inglés e q = Claudio fla alemao. Tradurit para linguagem corrente as seguintes proposicdos @ eva () pAa @ pana (@ ~pa~a © ~~p ) ~Gpa-a 4, Sejam as proposigdes p : Joo é gaticho e q = Jaime 6 pavlista. Traduzit para a Finguagem corrente 2s seguintes proposigbes: @) ~~ A~@) ) ~~P © ~~Pv~o @) p~a ©) ~p~q ap) 5. Sejam as proposigdes p “Marcos 6 alto e q : Marcos & elegante, Traduri para 8 linguagem simbolica as seguintes proposigbos: (2) Marcos 6altoe elegante () Marcos é alto, mas ndo éelegamte (6) Nio éverdade que Marcos baixo ou elegante (@) Marcos nao & nem alto e nem clegante (©) Marcos 6 alto ou é baixo e elegante (0) Eifalso que Marcos € baixo ou que nfo 6 elegarte Ey EOGARD DE ALENCAR FILHO 1. Sejam as proposigdes p:Suely & rica ¢ q:Suely é feliz, Traduzit para a Tinguagem simbélica as seguiutes proposigics (a) Suely & pobre, mas fie {(b) Suely 6 ica ou ineliz (6) Suely 6 pobre einfeiz @) Suely & pobre ou rca, mas ineliz Ssjam as proposides p = Carlos fala francés, q: Carlos fala inglés x Carfos Tala lem. Traduzir para linuagem simbolic as sguintes proposes (a) Carlos fala francés ov ings, mas io fala alemao {b) Carlos fala francés e ingles, ow no fala francés e alemto {@) E flso que Carts faa francés mas que no fala alemao {GE falso que Carlos fala ingles ou slemaio mas que nao fal feances . Tradurir para alinguagem simbolica as sguintes proposigdes matemsticas: (@) x=0 ou x>0 &) x#0 © yo (o) x> Low xcey= Sex exe ‘Tradurir para a Hinguagem simbolica as seguintes proposigdes mateméticas (@) (KFY=0 @ 2>0) ou n=0 (by x=0 ¢ (yt7>x ou 2=0) ( x#0 an (=O © ¥0 entio (b) Sexty=2 on (o) Sex=1 ow x (@ Sez>5 entio x#l e x42 (o) Sexy entio xe2>S cy 4e<5 () Sexty>ze z=" entio xty>1 {g) Sex <2 entfo x=1 on x= 0) thy ved ese x0 2 entio y>1 |. Simbolizar as seguintes proposi¢®es mateaiticas: (a) x émaior que Se menor que 7 ou x nao ¢ igual a6 (b) Sex é menor quo 5 ¢ msior que 3, entdo x é igual a 4 (e) x émaior que 1 ou xé menor que I ¢ maior que 0 INICIAGAO A LOGICA MATEMATICA a 12, Determinar o valor logico (V ou F) de cada uma das seguintes proposigées: (@) 342=7 © 545=10 (b) 247=9 0 448-12 (e) sena=0 © cosn=0 @ 1>0024204 fe) O>1AV% éirracional §—(F) (V=TY = =1 An Gracional VPVF ou Recife & capital do Cearé (@) V3>1¥ no é um mimero real () 2=2.V sano” + tgis® (@) S=10Vm éracional ) 343545 W) V-4 = 297 V13 éum nimero primo @) “S<-7V1-2i= -2 & IS) <0vgt <1 14, Determinaro valor ligico (V ou F) de cada uma das seguintes proposigbes: () Se3+2=6 entto 444=9 {b) SeO1 entio -1< -2 (@) Se[=11 = 0 entéo senso" fe) oO" EVT + 2=2 () E> V2 4 2-2 WoT 1 > yes ty) a>4535V5 15, Deteeminar 0 valor Ligico (V ou F) de cada uma das segues proposigdes (4) 3447 seesomentese $? = 125 (b) OF = 1 seesomente se (1 +5)? (6) V2 oJ #=4 see omento xe VT =0 (@) Wer =) seesumente se sen =O fe) -1> -2 + Ww? <20 () 2509 <0 (g) 37 44? <5? «+ © éracional () 1>s00 Fos eos F <1 GG) sen20° > 1 ++ cus20" >2 GW VT = -1 ¥Te 8 EDGARD DE ALENCAR FILHO 16. Determinar 0 valor logico (V ou F) do cada uma das seguintes proposigdes: (a) Nao é verdade que 12 € um nimero émpar (b) Nao é verdade que Belém 6a capital do Pari (©) Efalo que2+3=Se l+l=3 (d) E falso que3+3=6 ou =I =0 () ~Url=2 > 34425) () ~(4 125 9 343-0 (g) 242-4 = Gt3=7 49 1t1=4) dh) ~Q4244 ¢345=8) 17. Determinar o valor Hogico (V ou F) de eada ume das seguintes proposigbes: (a) ~(sen0" = 0 o1_cos0* 1) @) ~Q?48 ou 4447) {e) ~(ig45? =2 se esomente se cix4s* =3) (@) Brasflia€ a capital do Brasil, 2° = 0 ow 3° = {e) ~G2 =9 + 3#5.NG? =0) (38 =81>~241=965.0=0) (g) B F644 ~G43= Teel 12) 18, Subendo que 0s valores logics das proposigoes pe qs respectivamente Ve F, determiner o valor logico (V ou F) de cada ums des seuintesproposioes (a) PA~a (bh) pV ~q tc) pag (Wd) ~pA~a ) ~pV~q () pAtp¥@ 19. Determinar Vp) em cada um dos seguintes vasos, sabendo: @ VW@=F © VeAa=F — &) M@=F © VipV@=F () V@=F ¢ Ve>g=F — @) Y@=F ee Via>p)-V¥ () V@=V¥ © Vea © V@rF © Vaope¥ 20. Determinar Vp) ¥(q) em cada um dos seguintes casos, sabendo: Vpsa=¥ 6 Yeager ) Wpaa=V ©) Vocog=V © Voa@=¥ @ Veg e Vey @=V () Vpmra=F ¢ Vop¥@ Capitulo 3 Construcéo de Tabelas-Verdade 1. TABELA-VERDADE DE UMA PROPOSICAO COMPOSTA Dudas varias propusigdes simples p,q, 1,.-., podemos combini-las pelos conectivos légicos: SN © construir proposides composts, tais como: Pip.q) = ~PV (p+ a) Opa) = (Pee ~a AG RVG > D> ~aV A MGV (pes ~o) Entdo, com 0 cmprego das tabelasverdade das operacdes ldglcas fundamentals (Cap. 2) ~P pag PYG pra pa 6 possivel construr tabele-verdade correspondente 4 qualquer propesigio compos ta dads, tabelaverdade esta que mostrari exatamente 0s casos em que a propesigdo compasta seré verdadeira(¥) ou falsa(F), admitindo-se, como é sabido, que o seu valor légico $6 depende dos valoxes Ligioos das proposighes simples componentes. 2. NUMERO DE LINHAS DE UMA TABELA-VERDADE © niimero de lnhas da tbeleverdade do uma proposigao composta nimero de propasigoes simples que «interarm, sendo dado peo seguinte A tabelaerdade de uma propos composta com 1 ‘componentes contém 2" lishas 0 EDGARD DE ALENCAR FILHO Ver, Dem. Com efeito, toda proposigio simples tem dois valores logit que se excluem. Portanto, para uma proposigio composta PLP: P:,.- » Py) comm ‘proposigées simples componentes pi, Pz...» Pr hé tantas possiblidades dents: buigdo dos valores logicos V e F a tais componentes quantos sio os arranjos com repetigio nan dos dois elementos Ve F, isto &, Ayo = 2°, segundo ensina a Anélise Combinatoria, 3. CONSTRUGAO DATABELA-VERDADEDE UMA PROPOSIC AO COMPOSTA Para a construgio pritica da tabelaverdade de_uma proposigZo composta comegase por contar 0 nimero de proposicoes simples que a integram. Se hi n Proposes simples componentes: py. Pa. ++» Pay entio a tabotverdade comtém 2 finhas. Posto isto, & 13 proposiedo simples p, atribuem-se 2°/2 ~ 2°! valores V sequidos do 2! valores F; a 2% proposigio simples ps atribuemse 20/4 = 20-2 talores V, sepuidos de 2"? valowes F, seguides de 2"? valores V,sequidos, Finumente, de 28°? valores Fe assim por dante, De modo genério, 2 késime proposicao simples py(k p) viv[ vf vy] Ff F F viej ef re |v v v ely) F] Fy] oy v v elejeivliv F y 2 Resolugio: elaf-Jelsjol[v]-]al-|» vivielv/v|vfelelvivfy viFiviviel/efvyViFlFiy rly}vijefelv{vivivijele rieivi[e(ele{vjelel vie sap Poe ehet INIGIAGAO A LOGICA MATEMATICA Portanto, simbolieamente: IVE), PIEV)=V, 0 PURF) =. Pv) ‘uefa, abreviadamente’ PIVV, VE, FV, FE) = FV Observese que Mp, «) outa cosa nfo ¢ que uma fungie del! = { VV, VE, RV, FP} em (VF) ,cuja representagio gra por um diagrama sagital & 1 seguinte 4 P + [<4 fe 34 Resolugio: -[e@lsloly[~[a/—|» Flyi/v[vJFlely[v[y vivirlefvlvjelely viele f[viviviv| ele viejeletvjeqyel vie 3[i1[2faletsatife2|i (3) Construr a tabela-verdade da proposigio: Ppan=pVareqanr 18 Resolugso: 2 pv nq a—t] p¥aroqhne amamecee|s aneccutecis men tT <|e> emer mem cl>> um >> mala tlarear>pale ee g|e> amar ese p|prernrasl|n al>> ree man | 0 purer ere! t|pareereela e> ee “| Be os ee eB See Ee & em t[poeeeeesls S 4 x oA : o)paberaraln e < al ee = xa tl>ureeerela So oF “i == = gs g]>> aur ean) E 2 = Sot B 2 <|pamnrurelo os & ee & ig ale>eurren|@ 2G o£ ss 3 e ae ers fey = Le fai ® i efoorecce|-| Posie 2 2525s s , [«]>e>ecern gre ds z 4 g 2S g i olpeuuerue q Ze 2 ol>>> ee een * $ 6 EDGARD OE ALENCAR FILHO Observe-se que a Gltima coluna (coluna 4) da tabelaverdade da proposiefo P(p, a,x) 36 encerra a letra V(verdade), isto 6, o valor lopico deste proposiczo é sempre V quaisquer que sejam os valores logcos das proposig6es componentes Baer. (S) Consteuir a tabelaverdade da proposiglo: Ap.) =(P> Ca¥) A av @>~9) Resolugio: @}>|@lalv{|m]a @iv{@i[-|~]» vivielvivivlelelvi{vi[vijelely virlei[vjrlejretelvivivjvjvie vivivielviviviviejelvjejetyv vivivielviedetelelvijvivivie Flyj/rF[vivivjrlelvijvijreivijelyv Flyj/ri[vjelelele|vivi/Fiei|vie Fly|vjelvivieleleljviFrivijelyv Fly|vjejvijeilv[vi[Fl{eleiei| vie tfe{2fofatr{fets[s fats s]2{a Note-se que é uma tabela-verdade simplificada da proposigio {p, 4), pois, ‘fo encerra as colunas relativas &s proposigdes componente’ p,q € f Portanto, simbolicamente: PVVE)=F, P(VEV)=V, IVFF)=F PORVE)=F, PRFV)=F, FFF) V 0 seja, abreviadamente: P(VWV, WWE, VEV, VEF, FVV, FVE, FRV, FFF) = FFVEFFFV 5. VALOR LOGICO DE UMA PROPOSIGAO COMPOSTA Dada uma proposigio composta P(p, 4, ,-..), podese sempre determinar 0 seu valor légico (V ou F) quando sfo dados ou conhecidos 0s valores logicos respectivos das proposigdes componentes p, 4, 1, « INICAGAOA LOGICA MATEMATICA a Exemplos: (2) Sabendo que 05 valores loxicos das proposigdes pe q slo respectivamente Ve F, determinar 0 valor légico (V ou F) da proposigio: Mp. a)= ~(p ¥ a) + ~p A ~q Resolugdo ~ Temos, sucessivamente! vo) MV VF) SAV A AF=AVESPAV=POOPAV (2) Sejam as proposigdes pin=3 e qisen © =O. Determinar o valor Hogico (V ou F) da proposigao: . Pip,a)=(p+4)>(p>Pp Aa) Resolugio — As proposigdes componentes p ¢ q slo ambas falas, isto 6 Vip) = Fe Vig) =F. Poranto: V(P) =(F + F) +(F +F A B)=V4(F+F)=V VV @) Sabendo que Vip)=V, V(q) =F € Vis) F, determinaro valor lgico (V on F) {a proposigao: Pp aat)= <6 >~p) ¥ (apr Resolugdo ~ Temos, sucessivamente: VP) = (Peo (F299) (FV P= = (FOF+F)Y (Ve) F) © (FGVV VP=FY (4) Sabendo que V(2) = V, determinar o valor l6gico (V ou F) da proposigao: powave. Resolugio — Como x ¢ verdadeira(V), a disjungdo ~q Vr 6 verdadoira(V). Logo, a condicional dads & verdadeira(V), pois, 0 seu consequente & verdadeico . (6) Sabendo quy Va) =V, doterminar 0 valor Légen (Vou F) da proposigi: (> >(~a>~P) Resolugia — Como 4 verdadeira(V), entio ~qéfalsa(F), Logo, a condicional ~q+~p é verdadeira(V), pois, o seu antecedente é falso(F). Por conseqiéncia, a condicional dada é verdadeira(V), pois, 0 seu consequente é verdadeiro( V). 8 EDGARO DE ALENCAR FILHO (6) Sabendo que as _proposigses “X= 0" © “x=y" so verdadeiras ¢ que a proposigio “y = 2 ¢ falsa, determinar o valor ogico (V ou F) da proposig: xFOVKty oy ez Resolugio ~ Temos, sucessivament: “VV -VS-sREPVPSV=F> V=V 6. USO DE PARENTESIS F tia a necesidade de war paréntsis na simbolzagio das proposgBes, que devem ser colocados pata evitar qualquer tipo de ambipvdade- ASy pe & # cupresfo p A QV 1a lugar, coloeando paras, ds duu seguintes proposigbes: @ @Aavr © W@W paave que ndo tém 0 mesmo significado, pois, na ((), 0 conectivo principal € *V".e na (ii), © coneetivo principal é "A, isto 6, a (i) & uma disjungie ea (i) $ ums conjungo. ‘Andlogamente, a expressio pA q1 V's dé lugar, colocando paréntesis, is soquintes proposigdes: (PAMFNVS PAMGTH YS. (DALY s PAQ*EVD, PADS tais que, duas quaisquer dolas, n20 18m 0 mesmo significado, Por outro lado, em muitos casos, paréntesis podem ser suprimidos, a finn do simplificar 3s. proposigées simbolizadas, desde que, naturalmonte, ambiguidade alguma venha 2 aparecer, ‘A supressio de paréntesis nas proposigdes simbolizadas se faz mediante algumas convengdes, das quais So particularmente importantes as duas seguintes: (1) A “ordem do precedéncia” para os eonectivos & Wr; @revs Oa Oo ™ e o.conectivo mais “forte” 6 “e-¥". Portanto, 0 conectivo mais “fra Assi, p.€X.,& proposigao: poqessar 6 uma bicondicional e nanea ume condicional ou ums conjungdo. Para convertéla numa condicional hi que usar paréntesis pola—sAo INICIAGAOA LOGICA MATEMATICA = «, analogamente, para convertéla numa conjunefo: @rqnAr (© consequente da condicional ¢ uma bicondicional. Desejando-se converter este consequente numa conjunedo cumpre eserever: p>(@aan ‘Também so bicondiclnal sts sguines proposes: PAaserVs praceeh) pMqeeorrs (11) Quando um mesmo conseivoaparee sucessvamente rept, suprimem se os arenes, azendose a associa a patra esquet ‘Sezundo ests das convenes as quatro suites proposes CDAD (PDs CPV ~Q) ACA PD) UPpVeMrAdrer (P+ G>-R¥ DD) eserevem-e mas smpexmente asim ~~ AQ ~ @V=0@A~p @v~garrnp ~Prla+~YN) 7. OUTROS SIMBOLOS PARA OS CONECTIVOS Nos livros de Logics, usam-se diferentes simbolos para os cance! 1p. €X., fo frequentemente usados os simbolos: para anegacio( ~) “4° 4 paca a conjungio (A) 3" (forradura) paraa condicional (>) EXERCICIOS 1. Construir as tabelas-verdade das soguintes proposigdes: @) ~@v~4) ) ~(p>~a (© pAgepva (@ ~potp) ©) @ra>PAG () germane (@ @~d—a>P (yy DenQomp ng a0 EDGARD DE ALENCAR FILHO 2. Consiruir as tabelasyerdade das (@) ~pArsqvar oP © pr@r~oave (D @r 3. Determinar PCV, VF, EV, FE) em cada um dos sepuintes casos: () Pad = ~-pa (b) Pepe ~p¥ ap 84 tc) Pipah © (pV gh A~(p AQ) id) Plp.@) (pA~q) ¥i~p Aq) {e) Pip.g) = ~pv QA(~p¥ ~a)) (A) Pipa) = a ¥ psea+~p tg) Pipa) = (PY gb A~piq>p) 4. Determinar PCVVV, VE, VEV, VEF, EVV, FVE, FEV, PPF) em cad umdos sequitos caso Pinan) = pYGAD (b) Pign) = (PA~@Vt (© Pat) = ~pV a= (@) Pian) = (PY Mav) (©) Pan = @Y NAGY ~0 ( Pan = ~@V~aA CPD 5. Determinat PCVFV) em cad um dos seguintes casos @) Pian = pA~t>>g Man = ~PA@Y=0 (2 Pas) = “WP A@=>~(p¥ ~1) @) Peg = GADY ~QA~CrV (PA gD) fe) Plat) = (PY ard QV mt (Piet) = (PV Qed) AGRY rg) 6, Subendo que os valores Logicos das proposiedes pc q sito respectivamente F e V, determinar 0 valor logico (V ou F) da proposigio: (WAC a> p) Apo ~O>a¥ ~p) 17, Sejam as proposigdes p : tet -x) = clgx ¢ qt <2. Determinar o valor logico (V ou F) de cada uma das seguintes proposigbes: @ GrrAgy(pr~a @) (P>QA~p>~q () 4p A@s+~P¥ ~a @) Pv Gpv.a)y Pp A~@ INIGIAGAO A LOGICA MATEMATICA a 5, Sabendo que os valores logicos das proposigGes Ps ie eV, Fe F, detcrminar 0 valor logico (V ov F) de cada proposi _gbes: + eee ; @) (Poprav ord «hy o> -a ONO () @rqen=@>@>0) ca ‘9, Subendo que as propasigdes p © 4 so verdadelras © que as. res zo falas, determinar o valor Jogico (V ou F) de enda uma das seguintes pproposigaes: (a) phat (b) rvseq (@) aarpas (@ pre tas © @>9e6 () ~erpra ia) QV A@YS Gy) G+ 9A PAD Gi) @A~ ave WO ~@pvG>” WED PCD Q) roger po 10. Sabendo que os valores logicos das proposigaes p, q, res sto respectivamente V.V_ Fe F, determinar 0 valor Higico (V oa F) de cada uma das sequintes proposigaes: @ praera>e (&) > p)-@>9 © @2n=CPe~0 @ ~@rd—~P¥ ~4 fe) PAN =P AMS ( ~Upvy 9AGYO) 11, Sabendo que Vip) =ViQ= Ve Vq)= VGs)=F, determinar 0 valor Hogice (W ow F) de cada uma das seguintes proposigoes: a) pagers W arr (@ -pog=G=n (a) @AMYS+—9) (©) GAnAs#@rs) @ prraer@vans @OAMVACAD>pYs —-O} GevNvesnn 12, Sabendo que as proposigdes “x=0" ¢ “x=y" sio_verdadeiras & ue os proposgGes "y =2" ¢ “y = 1” si fal, determinaro valor Logica (V4 F) de ‘cada uma das seguintes-proposigdes: () x=0Ax=yoy te (by x#0Vy=to¥=% fe) ty Vy Fesyat (a) e#OVx#Y HY F* [e) x=O0+teFy VFO 13, Sabendo que a condicional p+ 4 6 verdadeira(¥), dcterminar o valor logico (V ow F) das condicionais: pyvreqvr © pArsqar 2 14, Determinar o valor Hogieo (V ou F) de\ (@) para A ~t,sabenido que Vip) = Ve () pAq>p¥ s.sabendo que Vip) (o) (p> ~a) A (p ¥ sj, sabendo que Viq) =F e VON 15, Suprimir 0 maior niimero possivel de paréntesis nas @) Ca VQ) A CCWD) (ACO Gv @) . © (ev green VMs Aa) Capitulo 4 Tautologias, Contradicdes e Contingéncias 1, TAUTOLOGIA Definigio Chama-se tautologia toda a proposigio compasta cuje iltima coluna da sua tabsla-verdade encerra somente Tetra V(verdade). mv outros formes, tautologia & toda propesiglo composte PLP. 4.) culo valor logico sempre Véverdade), quaisquer que scjam us valores Iosicos das proposigies simples componentes p,q f ‘As tautologias so também denominadas praposigdestautogicas ou proposigbes Jogicamente verdadeiras. F imediato que as proposigdes p-+p © p-—>p sto tautologicas (Principio de identidade para as proposigoes). Exemplos (A) A proposigéo °~(p A ~p)" (rinefpio dando contradigio) & tautologica, conforme se v8 pela sua. tabelaverdide P [=P ]p A~e[~ A ~9) Fl F | v vir | iv me Portanto, dizer que uma proposicdo ndo pode ser simultaneamente verdadeira € {alsa € sempre verdadelro. “ (2), A proposieae ieditan EDGARD DE ALENCAR FILHO ‘pV ~p" (Prinefpio do tereciro excluido) € tautologiea, como wate se ve pela sua (abela-verdade’ Pp [ple y-e| vir] v Fiyviv Portants, dizer que uma propasicao ou é verdadeira ou é falsa € sempre verdadeiro, 13) A. proposigao “pV ~(p A q)” 6 tautoldgica, conforme se v6 pela sua tabela- serdade: p [a Jera[-orofpy~wra vivfv | fF v viefr]ov]ov rlyle v]ov rlele vito (4) A proposigaa “p A q > (p++ 4)" € tautoldgiea, conforme mostra a sua tabele erdude: p [4 [eral p—alprgrooa viviv fy v viele qe v Flyte |e v eiefe tv v (5) & proposigao “'p Vig A ~a)—+ p” & tautolégiea, conforme most «sus (abelaeverdade: P| a [uaa smafpv (a apy @A oP vi[vlele vo) ivielv|e vo | o¥ rivjele | F v elrejvie |e y IWICIACAO A LOGICA MATEMATICA 6 (6) A. proposigin “p Ar-+~q Vr" & tautolégicn, conforme se vé- pela sua tabela-verdade: kav [pAro=ave ¥ TL [ra nanasnes<|> anus<<<<|e noecatecle memenete< eenteets <) +1) + (P= (q+ 0)” € tautogica, conforms mostraa sua tabelaverdade wl-lol-[e[- Jel -[al-[» vi vivivi[vfv}vi[viviviy vivivielefv[vjrivie le vielelviviviviviriviy vielelvfefviviyiviviy eivivivj]v[vypelviviviw el/viviefelvyfelvjvie/e re\vjrijvjvivfe;vlej;yiy rivielefeivpelvielvie rf2fofeafriali [slo 1 2, PRINCIPIO DE SUBSTITUICAO PARA AS TAUTOLOGIAS Seja P(p.q.r..+.) uma tautologia e sejam Pyfp, gst eb Qolpege tes) Rol, git). proposigdes quaisquer. Como © valor logico de P{p.q.r,-..) 6 sempre V(verdade), quaisquer que sejam 05 valores Iogieus das proposigdes simples eomponentes p,q. 6, «»» € obo que, substituindo p por Pp.q por Qo,r por Ro... a tsutologia POP. f=.) ‘nova proposigZo P(Pq, Qo, Ro; -) que assim se obiém também & una tautologiy Subsist, pois, para as tautologias 0 chamado “Principio de substituiga0” seguint: Se FYp.g.f,...) € uma tautologia, entio P(P,, Qs, Ros. -«) também € wa tautologia, quaisquer que sejam as proposigbes Pp, Qu, Ros 6 EDGARO DE ALENGAR FILHO 3. CONTRADICAO Definigio — Chams-se contradigfo toda a proposigio composta euja tia ‘coluna da sua tabela-verdade cncerra somente a letra Fr falsidade). ra outros termes, contradigio & toda proposigfo composta Pp, q,-. -)eujo valor légieo & sempre F(falsidade), qualsquer que scjam os valores Togicos das proposiges simples componentes Ps & meso uma tantologi & sempre verdadeira(V), a negagde de uma tautologia & sempre falsa(F), ou soja, € uma contradigdo,¢ vice-versa. Portanto, Pip, qt». +.) & wma tautologia se ¢ somente se ~P(P. qt. ) E ‘uma comtradigdo.¢ Pp, .».) Uma coniradigio se ¢ somente se ~P(P. 4. f.- +) € uma tautologa, ne eontadigbes so também denominades proposigées contravilidas ou ‘proposigdes lopicamente falss. Par ae contradigbes vale um “Principio de substituigio” endlogo 20 que for dado’ para as tautologis Se Pip. gs ) & uma contradicao, er PAP, Qo. Ro-- +») também € uma ‘contradigao, qualquer que sejam as propesigdes Po. Qo. Rov + Exemplos (1) A proposigdo “p A ~p” & uma contradigio, conforme se vé pela sua tabele verdade: Pp [-p[pa~p virl F rly! F Portanto, dizer que uma proposicZo pode ser simultineamente verdadeira ¢ falsa 6 sempre falso. (@) A proposiqao “p-->~p” & uma contradigi, conforme mostra 4 sua tabel sverdade: ~p [pom =) an INICIAGKO A LOGICA MATEMATICA o (G) A proposisio “(pA q) A ~(p ¥ a)” & uma contradigio, conforme se vé pela sua tabela-verdade p | a | esa] pa |~@val(org A~@ va) vivivivle F viefrfv i F F Fly}rjv| Fr F rFlelefr v F (4) A proposigdo “~p A (p A ~q)” & uma contradigio, conforme mostra tabela-verdade: ~p [=a [pA~a] ~pA@A~a) ane pV (P>~P) {b) (perp A~p)eo op i) (eg APoa (4) pv =p) (© (@+QA~q>~ (1) PY QA~p>q ® PoPAwya th) ~¥ ~pr¥@v PAr-a tb) (P+@>(p>av () (P>q>(pArearry @) (PagePYrrqv ny 3. Mostrar que as seguintes proposig@es sZo contingentes: @ pvaspAg (b) (a=P)-(p>@) (© (e=(>a)>4a @ p+prar~a 4, Determinar quais das seguintes proposigfes sifo tautoldgicas, contravilidas, ou contingentes: @ p>~p>a) () pV a> @>@ @ p>(q>(q>P)) @) (>a-a>P © pY~ar(p>~@ © ~pV~a>@+@) @ p=@VQvr h) pAqriperqvD Capitulo 5 Implicacéo Logica 1. DEFINICAO DE IMPLICAGAO LOGICA Definigio Dizse que uma proposigéo Pip qx...) implica logicamente ou apenas implica uma proposicio O(p, .t,- +) 8 O(P.g. ts.) verdadeiralY) todas as veres que P(p, q, r,-. .)6 vordadeira(V). ‘Em outros termes, uma. proposieso Pp, qf...) implica togicamente ou apenas implica uma proposiglo QXp, q.--+) todas as vezes que nas respecivas tabelas-verdide dessas. duas propesigBes no. aparece V na iltima coluna de Pip. q, 1...) ¢ F na Gltima coluna de Q(p. 4, r. com Ve Fem uma mesina linha, sta &, nio ocorte Pfp, qr...) © QBs. -) com valores légicos simul taneos respectivamente Ve F. Indicase que 1 proposigio Pp, com a notagi: implica 2 proposigio Q(p. 4, ++) Pp. gh) OP QE) [Bm particular, toda proposigio implica uma tautologia e somente uma ccontradieso implica uma contradigfo. 2. PROPRIEDADES DA IMPLICACAO LOGICA imedisto que a relagdo de implicapto Higica entre proposigdes gora das ‘propriedades reflexiva(R) © transtiva(T), ito é, simbolicamente: ® Pate) > Mass) @) SPa5--) > Oar) (9, q.t.- 4.) > ROP. g, 6 --). enon Pah) > RP GE.) 0 EDGARD DE ALENCAR FILHO 3. EXEMPLIFICACAO (1) As tabelas verdade das proposigBes: PAG PYG pod aaee|= nen w<<p¥a © a= p¥a (Adicio) Gi) pap © pA >a (Simplificagio) (2) As tabelas-verdade das proposigoes: por Pog a>P So: p | a|ps+a|psa| arp vivngvfivfjy vie, re |e |v Fly} Fo] vie Fle} vj vjv [A proposigdo “p+” 6 verdadeira(V) nas linhas 1 © 4 e, nestas linhas, 06 proposigées “p+ qi” e “q+ p” também sio verdadeiras. Logo, « primeira proposi- ‘10 implica cada uma das outras duas proposigGes, isto é peorgspeq © peao ase INIGIACAO A LOGICA MATEMATICA 5 (@) A tabelaerdade da proposigio: “(p V a) A ~p" & P| a [eva | ~p |v a A~P) viv[>v ffl F VEEP WE | uF Fly} vjvjoyv Fle} reiy| Ff 7 Esta proposigdo & verdadelra(V) somente na linha 3 e, nesta linha, a proposigio “aq” também € verdadeira(V)- Logo, subsist a implicago Hogiea: (ov@A~p>a denominada Regra do Sitogismo disjuntiv. ‘Qutra forisa desta importante Regra de inferéncia &: (PY@A~q>P (4) A tabelaverdade da propesigao “(p-+q) A p” & P| a ipsa] @+orr viv v v viR |r F Filv|¥v FE Flejv PE [Esta proposigao & verdadeira(V) somente na linha 1 e, nesta linha, a proposigao “q? também 6 verdadelea(V). Logo, subsiste a implicagio logica @oadrpag denominada Regra Modus ponens. (5) As tabelas-verdade das propasigdes “(p >a) A~q” © “~p” sio: piajera (p>@) A ~a\~P vi[yjov le F F vie F |v FE F Fly] v fF F v elri viv v. v 52 EDGARD DE ALENCAR FILHO [A proposigio “(p-> q) A~q” € verdadeiry(¥) somente ma linha 4, © nesta lina, & proposigio “~p" também € verdadeirs(V). Logo, subsiste 2 implicagao gic: @>grrarnP P= a wie “pod 4. TAUTOLOGIAS E IMPLICAGAO LOGICA ‘Teorema — A proposigdo Pip. 4,65. -.) implica a proposieio Qlp.a..--) isto & Peat) + Oana se ¢somente sea condisional: Ppa.) + ARGS ay Dem. i) Se Pips get») implica Op, 9...) entfo, nfo ocorte que oF valores l0gicos simulténeos destas duas proposigbes stjam fespectivamente Ve F,¢ por conseguinte a sltima coluna da tabelawerdade da condicional (1) encerra Somente a letra V, isto & esta condicional € tautolbgiea, ii) Reciprocamente, s¢ @ condicional (1) & tautoldgiea, isto ¢, s¢ » tltima ‘coluna da sua tabela-verdade encerra somente a letra V, ent, ndo ocorse que os Nalores ldgicos simultaneos das proposicoes PUP, q.---) € Op. q.t--=-) sejam respectivamente Ve Fe por conseguinte a primeira proposigio implice a segunda. Porlanto, a toda implicagao Fogica cortesponde uma condicional tautologica, © + Op, 4, #,--.)-entto, também se tem ) Coroléria ~ Se Plp. a.» PlPo, Qo, Ross) + OP» Qo Ro _quaisquer que sejam as proposigées Po, Qo, Rov s+ NOTA — Os simbolos + © sio distintos, pois, o primeiro ¢ de operacio Logica (aplicado, p. ex, 48 proposigdes pe a dé a nova proposiglo p >a) enguinto que 0 segundo & de relagdo estabelece quo a condicional P(p. q+» )-* + Op. qf, ---) € tautoldgica).

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