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Interrupção da Vida Humana

Gaspar Pereira nº6

João Milheiro nº9

Índice
1)……………….…………Introdução

2)……………….……….…Formulação da Pergunta

2.1).……………………….Pergunta

2.2).……………………….Ética do Dever

2.3)…………………………Ética Consequencialista

2.4)………………………..Ética do Cuidado

1) A questão da interrupção da vida é um tema bastante atual e debatido, aliás, a


eutanásia voluntária como uma forma de interrupção da vida humana foi recentemente
legalizada pelo parlamento português. Este tema tem sido debatido há séculos entre
filósofos, tais como Mill, Kant e é tão antigo quanto Aristóteles.

Há vários tipos de interrupção de vida humana, mas neste ensaio iremos apenas
falar sobre o Aborto induzido, devido à restrição a duas páginas.

2) O problema da interrupção da vida humana é um desafio filosófico multifacetado


que requer uma reflexão profunda e rigorosa para ser abordado adequadamente. Este
problema suporta-se fortemente sob o valor intrínseco da vida, e faz-nos reavaliar se uma
vida em constante dor ou miséria, vale mais que simplesmente acabar com a mesma. Isso
leva-nos a questionar:

2.1) Em que circunstâncias seria interromper a vida humana justificável?

A resposta a essa questão não é simples, pois envolve considerações complexas e


conflituantes, como a dignidade humana, a liberdade individual e a justiça social.

2.2) Uma das abordagens éticas para avaliar o aborto é baseada na ética do dever, que
argumenta que cada ser humano possui um valor intrínseco e inalienável. Diz também que
as ações devem ser guiadas por deveres morais que são independentes das suas
consequências. Segundo esta perspetiva, o feto tem direito à vida, independentemente das
circunstâncias.

Defensores desta posição frequentemente recorrem a argumentos baseados na noção


de que toda vida humana é sagrada e deve ser protegida desde o momento da conceção.

Esta perspetiva ética levanta questões importantes sobre o início da vida, a identidade
pessoal e a continuidade da existência. O debate sobre quando o feto adquire estatuto
moral pleno tem sido um ponto de discussão acalorado, variando desde a conceção até o
desenvolvimento de características essenciais, como a capacidade de sentir dor ou a
viabilidade fora do útero.
2.3) Outra abordagem filosófica para compreender a interrupção da vida é a ética
consequencialista, que avalia as ações com base em suas consequências e no bem-estar
geral. Nesta perspetiva, o aborto seria justificável se resultar em maior felicidade, bem-estar
ou minimização do sofrimento. Defensores desta posição argumentam que a mulher deve
ter o direito de tomar decisões sobre seu próprio corpo e a sua própria vida.

Um dos princípios fundamentais da ética consequencialista é o respeito pela


autonomia individual. A liberdade da mulher em decidir sobre o aborto é considerada
crucial para a preservação da autonomia e da dignidade humana.

No entanto, as complexidades surgem quando a autonomia da mulher entra em conflito


com os direitos e interesses do feto em desenvolvimento.

2.4) Uma terceira perspetiva filosófica que merece consideração é a ética do cuidado,
que enfatiza a importância das relações interpessoais e o contexto ético no qual as decisões
são tomadas. Esta abordagem busca levar em conta as circunstâncias individuais, como a
saúde física e mental da mulher, a capacidade de cuidar do filho e as condições
socioeconômicas.

Os defensores da ética do cuidado argumentam que a decisão sobre o aborto deve


ser feita considerando-se os relacionamentos e responsabilidades existentes. Eles enfatizam
a necessidade de uma abordagem compassiva e empática, levando em conta o bem-estar
da mulher, bem como as consequências emocionais e psicológicas que ela pode enfrentar
ao lidar com uma gravidez indesejada. Para esses filósofos, a capacidade de cuidar de um
filho e garantir seu bem-estar também desempenha um papel central na tomada de
decisões sobre o aborto.

3) Nós defendemos a tese da ética do cuidado, porque chegámos à conclusão que esta
é aquela que seria a mais aplicável no mundo em que vivemos pois toma em consideração
que uma gravidez indesejada pode ter consequências graves na vida dos progenitores e
proporcionar uma vida de miséria para o bebé, priorizando a capacidade de cuidar do bebé
na tomada de decisão o que permite subjetividade e adaptabilidade em todas as situações,
ao contrário da ética do dever, aceitando que o aborto é uma “questão de consciência”,
qualquer que seja a nossa posição ela tem consequências morais e éticas que não podem
deixar de ser consideradas numa sociedade civilizada.
Webgrafia:
https://www.nucleodoconhecimento.com.br/lei/critica-dos-valores - 09/05/2023

https://jme.bmj.com/content/27/suppl_2/ii5?
int_source=trendmd&int_medium=trendmd&int_campaign=trendmd – 10/05/2023; 19:30

https://news.harvard.edu/gazette/story/2022/05/how-a-bioethicist-and-doctor-sees-
abortion/ - 11/05/2023; 21:00

https://criticanarede.com/fp_01.html - 12/05/2023 01:23

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