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Trabalho realizado por: Gaspar

Pereira nº6
João Milheiro nº
Sarah Silva nº22

O PROBLEMA DA
JUSTIÇA A Teoria da Justiça da John Rawls

DISTRIBUTIVA
PROBLEMA DA JUSTIÇA
DISTRIBUTIVA
Este é um problema muito importante porque a justiça
é um dos princípios sociais, éticos e morais com que
lidamos todos os dias, e a definição de justiça de cada
uma dita como é que cada um de nós acha como é que
a sociedade devia funcionar e sobre que regras.
Primeiro de tudo, é importante chegarmos ao
consenso de que a sociedade como se apresenta hoje
em dia em grande parte do mundo é simplesmente
injusta. A distribuição de riqueza no mundo é
extremamente desequilibrada, tal como a distribuição
de oportunidades. Daí o “problema da justiça
distributiva”.
O QUE É UMA SOCIEDADE
JUSTA?
Numa visão da Grécia antiga de uma sociedade justa é uma
sociedade em que todos fazem o seu papel de maneira a que a
sociedade funcione sem problemas, mas o problema com isto é
que não querer preencher um certo papel na sociedade mesmo que
este não te faça feliz é considerado injusto.
A teoria de justiça mais popular no século XIX e inicio do Sec.
XX era o utilitarismo, e a ideia de uma sociedade justa, era que
esta devia organizar as suas instituições normas e leis de maneira
a chegar ao máximo bom para o máximo de pessoas.
O problema com o utilitarismo é que certos direitos nunca
deveriam ser quebrados, independentemente do resultado.
Podemos dar um exemplo. Todas as aldeias deveriam ter o direito
de ter uma paragem de autocarro, mesmo que uma das aldeias seja
um grande desvio, o que seria ineficiente e não segue o
utilitarismo, porque prejudica mais pessoas do que aquelas que
beneficia.
TESES NA JUSTIÇA
Tese da Justiça como Equidade: a teoria de Rawls é uma teoria da justiça como

equidade, que busca alcançar uma distribuição justa dos bens sociais. A justiça como
equidade

é baseada na ideia de que as pessoas devem ter as mesmas oportunidades de desenvolver

suas capacidades e aspirações pessoais.

• Tese do Primado do Direito: a teoria de Rawls é baseada no primado do direito, que

afirma que o direito é a base da ordem política. O direito é entendido como um conjunto de

regras e instituições que garantem a liberdade e a igualdade das pessoas.

• Tese do Liberalismo Político: a teoria de Rawls é uma teoria do liberalismo político, que

busca proteger os direitos individuais e as liberdades fundamentais. O liberalismo político é

baseado na ideia de que as pessoas têm o direito de escolher seus próprios valores e

propósitos de vida.
LIBERALISMO IGUALITÁRIO
DE JONH RAWLS
E finalmente há a perspetiva de John Rawls, que é uma perspetiva baseada em
necessidade e que favorece aqueles em maior necessidade, mas que se foca mais
especificamente em ter a certeza de que todos estão numa posição para satisfazer
as suas necessidades essenciais.
Rawls diz que mundo está cheio de desigualdades naturais, muitos dos fatores que
influenciam a vida de cada um de nós estão totalmente fora do nosso controlo.
Ou seja, o sentido de justiça de rawls é corrigir as desvantagens que são para além
do nosso controlo.
Muitos argumentam que esta perspetiva é injusta para aqueles que chegaram mais
longe através de trabalho árduo ou porque ganharam a lotaria social ou natural.
Jonh Rawls tira inspiração do contrato social de Thomas Hobbes e Rousseau, (que
imaginavam como é que as pessoas seriam num estado de natureza sem
construções socioculturais, como é que a sociedade florescia se todos se juntassem
para cooperar) e diz que devíamos comtemplar sobre o que ele chama a “posição
original”, como é que a estrutura base da sociedade deveria ser.
POSIÇÃO ORIGINAL E VÉU DE
IGNORÂNCIA
A posição original é uma experiência mental em que podemos escolher os
principio da justiça que irão reger uma sociedade em que vamos viver. Agora
claro que é apenas uma situação hipotética porque todos vivemos em
sociedades onde as regras já estão definidas, mas talvez seja útil na
colonização de outros planetas.

Jonh Rawls propõe também no seu livro "Uma Teoria da Justiça", a ideia do
“Véu de Ignorância. A ideia é que, para estabelecer princípios justos, os
indivíduos devem imaginar que estão sob um véu de ignorância, o que
significa que eles não sabem nada sobre a sua posição social, econômica,
habilidades, talentos ou qualquer outra característica que possa afetar sua
posição na sociedade. Nessa posição de ignorância, os indivíduos não teriam
nenhuma vantagem ou desvantagem em relação a outros, e não teriam
conhecimento sobre suas próprias necessidades, desejos ou preferências.

Estes dois conceitos têm objetivo chegar a imparcialidade total, de maneira a


que um possa refletir sobre a constituição de uma sociedade justa, seja este
pobre, rico, de esquerda ou de direita, deficiente, homossexual, heterossexual,
desfavorecido… pois não iria querer beneficiar certo grupo ou classe social ou
profissão porque no véu de ignorância e posição inicial, as características
individuais são ignoradas.
PRINCÍPIOS DE RAWLS
E agora?
Se seguíssemos estes passos proposto por
Rawls e fossemos totalmente imparciais.
Rawls diz que uma sociedade justa devia
seguir dois/três princípios:
1. Principio da Liberdade Igual
2. Princípio de Oportunidade de Justiça
Princípio da Diferença
PRINCÍPIO DA LIBERDADE
IGUAL
O princípio da Liberdade Igual afirma que cada pessoa deve ter um
conjunto de liberdades básicas iguais, e que essas liberdades devem ser
protegidas e garantidas pela estrutura política e social da sociedade.
De acordo com Rawls, essas liberdades básicas incluem liberdades
políticas, como o direito de voto e o direito de ser candidato a cargos
públicos, liberdades civis, como a liberdade de expressão e de reunião, e
liberdades pessoais, como a liberdade de pensamento e de consciência.
Rawls argumenta que essas liberdades são fundamentais para a realização
do bem-estar humano e para que as pessoas possam buscar seus próprios
objetivos e concepções de vida. Ele também acredita que as desigualdades
econômicas e sociais são inevitáveis em qualquer sociedade, mas que essas
desigualdades devem ser estruturadas de forma a beneficiar os menos
favorecidos.
PRINCÍPIO DA
OPORTUNIDADE DE JUSTIÇA
O princípio da oportunidade de justiça, também conhecido como princípio
da oportunidade processual, é um princípio jurídico que estabelece que o
Ministério Público, como órgão responsável pela acusação em processos
criminais, tem a discricionariedade de decidir se deve ou não oferecer
denúncia em um determinado caso.
Isso significa que o Ministério Público pode avaliar se a acusação do
suposto crime é conveniente e oportuna para a sociedade e para o próprio
acusado. Assim, se o Ministério Público considerar que não há provas
suficientes ou que a conduta do acusado não é tão grave a ponto de justificar
uma acusação, ele pode optar por não oferecer a denúncia.
Esse princípio tem como objetivo garantir uma aplicação mais eficiente e
justa da justiça, evitando a abertura de processos desnecessários e reduzindo
a sobrecarga do sistema judiciário. Além disso, ele também busca proteger
os direitos fundamentais do acusado, como a presunção de inocência e o
direito ao devido processo legal.
PRINCÍPIO DA DIFERENÇA
O princípio da diferença diz que uma sociedade justa deve
permitir desigualdades econômicas e sociais apenas se
essas desigualdades beneficiarem os menos favorecidos.
De acordo com Rawls, uma sociedade justa deve ser
organizada de forma que as pessoas tenham acesso
igualitário a oportunidades e que as desigualdades sociais
e econômicas sejam distribuídas de forma a beneficiar o
conjunto da sociedade, em especial aqueles que estão em
posição de maior desvantagem. Isso significa que as
desigualdades podem ser justificadas apenas se estiverem
ligadas a cargos e posições que oferecem maior
responsabilidade e dificuldade, e se servirem para
melhorar a posição das pessoas menos favorecidas na
sociedade.
CRÍTICA DE MILL
John Stuart Mill, o filósofo que criou a teoria do
Utilitarismo, não concordou com a argumentação sobre a
teoria da justiça de Rawls. Na sua opinião, os que estavam
responsáveis pela posição original deveriam escolher a
decisão que trás mais felicidade para todos.
Mas como o utilitarismo se concilia com o “véu de
ignorância” e com sujeitos que sacrificariam os seus
direitos (escravidão) para gerar maior agrado, esse princípio
resultaria em uma sociedade desigual, ou seja, injusta.
Agora sabemos que o princípio utilitarista da maior
felicidade não traria alegria para todos, prejudicando muitos
para o “bem-estar” (ou prosperidade) da sociedade.
Enfim, a reposta para essa possível teoria seria um “não”.
CRÍTICA DE NOZICK
Robert Nozick, grande filósofo que escreveu Utopia, também
não concordou com a teoria da justiça social de Rawls. Nozick
acreditava que o estado deveria ter um intrometimento mínimo
na vida de toda a sociedade, ou seja, liberdade em fazer o que
deseja com os seus bens materiais e financeiros, sem influência
do governo (libertarismo/libertarismo negativo). Então, Nozick
critica a teoria de Rawls devido a impossibilidade de defender o
princípio da liberdade e diferença, que são as ações do governo
que importunam a privacidade de cada cidadão.- algumas ações
acabarão por romper o padrão de distribuição (diferença)- se
aceitar o princípio da diferença, o estado sempre vai se
intrometer nos nossos custos, como impostos e bens financeiros
para os mais necessitados- a interferência do estado não é boa,
por isso não devemos aceitar o princípio da diferença de Rawls.
CRÍTICA DE SANDEL
Michael Sandel, filósofo que critica severamente o liberalismo, se opõe ao
libertarismo (Nozick) e liberalismo igualitário (Rawls). O comunitarista
defende que todos devem viver numa comunidade, interagindo socialmente,
sem se isolar e ter sua autonomia (comunitarismo=comunidade).Ele recusa a
teoria de Rawls, pois acha que a posição original deve considerar que todos
são indivíduos incorporados numa sociedade e não individuais e solitários.
Na sua opinião, a justiça deve ser escolhida de forma moral, mas com o
“véu da ignorância”, as decisões são feitas de forma errada e por interesse
próprio da posição original. - a justiça são uma escolha moral - as escolhas
morais devem se basear nas nossas raízes- as escolhas devem ser justificadas
por uma ideia completa
Mas na posição original não existe ideia completa - ou seja , a justiça não
pode ser encarada pela posição original - logo, a posição original não pode
justificar os princípios da justiça
PROBLEMAS POLÍTICOS
Um dos principais problemas políticos das sociedades atuais é a
desigualdade social e econômica. Em muitas partes do mundo, as
desigualdades entre ricos e pobres são cada vez mais acentuadas,
com uma pequena minoria detendo a maior parte da riqueza e do
poder econômico, enquanto a maioria da população vive na pobreza
e na precariedade. Para Rawls, a desigualdade é um problema moral
e político, pois viola o princípio da justiça distributiva.
Uma solução possível para esse problema seria a implementação de
políticas públicas que buscassem reduzir as desigualdades
econômicas e sociais. Essas políticas poderiam incluir medidas
como a redistribuição de renda, o acesso universal a serviços de
saúde e educação de qualidade, e a garantia de salários mínimos e
direitos trabalhistas. Além disso, seria necessário que o Estado
promovesse uma cultura de respeito às diferenças e valorização da
diversidade, a fim de reduzir a discriminação e a exclusão social.
PROBLEMAS POLÍTICOS
Outro problema político importante é a falta de participação e
engajamento político dos cidadãos. Muitas vezes, as pessoas se
sentem distantes dos processos políticos e incapazes de influenciar
as decisões que afetam suas vidas. Isso pode levar à apatia política e
à descrença nas instituições democráticas. Para Rawls, a democracia
só pode funcionar adequadamente se todos os cidadãos tiverem a
oportunidade de participar ativamente na tomada de decisões
políticas.
Uma solução possível seria a criação de mecanismos de
participação cidadã, como as assembleias populares, conselhos
comunitários e outros fóruns que permitissem aos cidadãos discutir
e tomar decisões sobre questões políticas locais e nacionais. Além
disso, seria necessário garantir a liberdade de expressão e o acesso à
informação, para que as pessoas possam formar suas próprias
opiniões e participar de forma informada e consciente nos processos
políticos.
PROBLEMAS POLÍTICOS
Finalmente, um terceiro problema político é a falta de confiança
e diálogo entre diferentes grupos e setores da sociedade. A
polarização política, o fundamentalismo e a intolerância têm se
intensificado em muitas partes do mundo, gerando conflitos e
divisões que ameaçam a coesão social e a estabilidade política.
Para Rawls, a justiça requer o respeito mútuo e a cooperação
entre os diferentes grupos e interesses da sociedade.
Uma solução possível seria a promoção do diálogo e da
tolerância entre diferentes grupos e setores da sociedade, através
de políticas de educação, comunicação e convivência pacífica. É
preciso incentivar a construção de pontes entre diferentes
perspectivas e opiniões, em vez de reforçar as barreiras e
estereótipos que nos separam. Também é necessário garantir que
todos os grupos tenham uma voz igualitária nos processos
políticos e que suas necessidades e demandas sejam ouvidas e
levadas em consideração.
CONCLUSÃO
Para Rawls, a justiça não é apenas um ideal a
ser buscado, mas um princípio fundamental
que deve orientar todas as decisões políticas e
sociais. Ao colocar a justiça no centro de
nossas preocupações políticas, podemos
construir sociedades mais justas e inclusivas,
onde todos os membros têm uma oportunidade
igual de realizar suas aspirações e viver uma
vida digna, promoção do diálogo e da
tolerância entre diferentes grupos e setores da
sociedade, através de políticas de educação,
comunicação e convivência.

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