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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DE CONTEÚDO

4º BIMESTRE - DIREITO CIVIL III (MONITORIA)

> QUESTÕES SOBRE SUPERFÍCIE

● CONCEITO DE SUPERFÍCIE
(Fundação Carlos Chagas / Órgão: TJ-MS. Ano: 2020 - Juiz Substituto)

1) O proprietário pode conceder a outrem o direito de construir ou de plantar em seu


terreno, por tempo determinado, mediante escritura pública devidamente registrada
no Cartório de Registro de Imóveis. Este enunciado refere-se:

a) ao direito de superfície.
b) à servidão.
c) ao arrendamento.
d) ao usufruto.
e) à anticrese.
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(CESP/ Órgão: PGE - PE. Ano:2018 Procurador do Estado)

2) Por meio de escritura pública devidamente registrada, Pedro concedeu a Rodolfo a


propriedade, por prazo determinado, de construção que efetuar em área de seu
terreno. Essa relação reflete o direito de:

a) superfície.
b) servidão contínua contratual.
c) uso.
d) usufruto temporário.
e) habitação.
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(Documento: 008 - 3A Direitos reais sobre coisas alheias - Superfície > slide 7)
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● DIREITO DE PREFERÊNCIA

3) Mário, rico fazendeiro, é proprietário de diversos terrenos em uma cidade do


interior de São Paulo. Preocupado com ocupações ilegais, decide conceder a Paula o
direito de plantar grãos em um de seus terrenos.

Sobre a questão hipotética envolvendo o direito de superfície, assinale a alternativa


correta.

a) A concessão de Mário poderá ser gratuita ou onerosa. Contudo, se onerosa, Paula


só poderá realizar o pagamento em uma única parcela.

b) Apesar de Paula utilizar o direito de superfície, Mário é o responsável pelos


encargos e tributos incidentes sobre o imóvel.

c) No caso de extinção do direito de superfície em consequência de desapropriação,


Paula não terá direito a indenização.

d) Paula não pode transferir a terceiros o seu direito de superfície.

e) Em caso de alienação do imóvel, Paula terá direito de preferência.

Art. 1.373. Em caso de alienação do imóvel ou do direito de superfície, o superficiário ou


o proprietário tem direito de preferência, em igualdade de condições.

(Documento: 008 - 3A Direitos reais sobre coisas alheias - Superfície > slide 26)

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● EXTINÇÃO DO DIREITO DE SUPERFÍCIE

( FAURGS / Órgão: TJ-RS. ANO: 2016 - Juiz de Direito Substituto)

4) Assinale a alternativa correta acerca do direito de superfície no Código Civil.

a) O proprietário pode conceder a outrem o direito de construir em seu terreno, por


tempo indeterminado, mediante instrumento particular, devidamente registrado no
Cartório de Títulos e Documentos.

b) O direito de superfície abrange a autorização para obra no subsolo, salvo se


expressamente excluído no instrumento de concessão celebrado entre as partes.

c) O superficiário não responde pelos encargos e tributos que incidirem sobre o imóvel.

d) O direito de superfície não pode ser transferido a terceiros, exceto, por morte do
superficiário, aos seus herdeiros.

e) O proprietário, extinta a concessão, passará a ter a propriedade plena sobre o


terreno, construção ou plantação, independentemente de indenização, se as
partes não houverem estipulado o contrário.

Art. 1.375. Extinta a concessão, o proprietário passará a ter a propriedade plena sobre o
terreno, construção ou plantação, independentemente de indenização, se as partes não
houverem estipulado o contrário.

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● NULIDADE PELO PAGAMENTO DE TRANSFERÊNCIA

(FGV - 2015 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XVII - Primeira Fase)

5) Mateus é proprietário de um terreno situado em área rural do estado de Minas


Gerais. Por meio de escritura pública levada ao cartório do registro de imóveis,
Mateus concede, pelo prazo de vinte anos, em favor de Francisco, direito real de
superfície sobre o aludido terreno. A escritura prevê que Francisco deverá ali
construir um edifício que servirá de escola para a população local. A escritura ainda
prevê que, em contrapartida à concessão da superfície, Francisco deverá pagar a
Mateus a quantia de R$ 30.000,00 (trinta mil reais). A escritura também prevê que, em
caso de alienação do direito de superfície por Francisco, Mateus terá direito a receber
quantia equivalente a 3% do valor da transação.

Nesse caso, é correto afirmar que


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a) É nula a concessão de direito de superfície por prazo determinado, haja vista só se


admitir, no direito brasileiro, concessão perpétua.

b) É nula a cláusula que prevê o pagamento de remuneração em contrapartida à


concessão do direito de superfície, haja vista ser a concessão ato essencialmente
gratuito.

c) É nula a cláusula que estipula em favor de Mateus o pagamento de


determinada quantia em caso de alienação do direito de superfície.

d) é nula a cláusula que obriga Francisco a construir um edifício no terreno.

Art. 1.372. O direito de superfície pode transferir-se a terceiros e, por morte do


superficiário, aos seus herdeiros.

Parágrafo único. Não poderá ser estipulado pelo concedente, a nenhum título, qualquer
pagamento pela transferência.

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> QUESTÕES SOBRE SERVIDÕES

(FCC / Órgão: TJ-GO. Ano: 2021- Juiz Substituto)

1) João, proprietário de um imóvel rural, denominado Fazenda São João, de difícil


acesso a estrada, adquiriu servidão de passagem com dois mil metros de extensão,
pela Fazenda dos Coqueiros, de propriedade de Pedro, levando o título aquisitivo ao
Registro de Imóveis. Falecendo João, sua Fazenda foi partilhada entre seus filhos
Antônio e José, que promoveram a divisão geodésia, passando, cada qual, a ser dono
de um imóvel com registro distinto no Registro Imobiliário. Em seguida, José vendeu
seu imóvel para Joaquim. Nesse caso, a servidão

a) subsiste, em benefício de cada porção do prédio dominante, salvo se a


servidão se aplicar apenas a certa parte de um dos imóveis resultantes da
divisão.

b) não subsiste, salvo se houver ratificação por escritura pública, outorgada pelo dono
do prédio serviente, aos sucessores do proprietário do prédio dominante.

c) não subsiste, porque a alienação do prédio dominante ou do prédio serviente


sempre implica extinção da servidão.

d) subsiste para Antônio, que é dono do imóvel dominante por sucessão hereditária,
mas não subsiste para Joaquim, tendo em vista o princípio da relatividade do
contrato, não prejudicando nem beneficiando terceiro.

e) não subsiste, porque as servidões são intransmissíveis, salvo se outra coisa se


dispuser em testamento ou contrato.

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(FCC / Órgão:SANASA - Campinas. Ano: 2019 - Analista Administrativo - Serviços


Jurídicos)

2) NÃO são hipóteses de extinção da servidão:

a) perecimento do prédio dominante ou serviente.

b) abandono especificado e renúncia pelo dono do prédio dominante.

c) confusão.

d) pela longa inércia do titular do prédio serviente (desuso por prazo


indeterminado) e sem necessidade de intervenção judicial.
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e) pelo cancelamento, salvo nas desapropriações, desde que registrada.

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(FGV - 2017 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXII - Primeira Fase)

3) George vende para Marília um terreno não edificado de sua propriedade,


enfatizando a existência de uma “vista eterna para a praia" que se encontra muito
próxima do imóvel, mesmo sem qualquer documento comprovando o fato. Marília
adquire o bem, mas, dez anos após a compra, é surpreendida com a construção de
um edifício de vinte andares exatamente entre o seu terreno e o mar, impossibilitando
totalmente a vista que George havia prometido ser eterna. Diante do exposto e
considerando que a construção do edifício ocorreu em um terreno de terceiro,
assinale a afirmativa correta.

a) Uma vez transcorrido o prazo de 10 anos, Marília pode pleitear o reconhecimento da


usucapião da servidão de vista.
b) Mesmo sem registro, Marília pode ser considerada titular de uma servidão de vista
por destinação de George, o antigo proprietário do terreno.

c) Mesmo sendo uma servidão aparente, as circunstâncias do caso não permitem a


usucapião de vista.

d) Sem que tenha sido formalmente constituída, não é possível reconhecer


servidão de vista em favor de Marília.

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(FGV - 2017 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXIV - Primeira Fase)

4) Laurentino constituiu servidão de vista no registro competente, em favor de


Januário, assumindo o compromisso de não realizar qualquer ato ou construção que
embarace a paisagem de que Januário desfruta em sua janela. Após o falecimento de
Laurentino, seu filho Lucrécio decide construir mais dois pavimentos na casa para ali
passar a habitar com sua esposa.

Diante do exposto, assinale a afirmativa correta.

a) Januário não pode ajuizar uma ação possessória, eis que a servidão é não aparente.

b) Diante do falecimento de Laurentino, a servidão que havia sido instituída


automaticamente se extinguiu.
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c) A servidão de vista pode ser considerada aparente quando houver algum tipo de aviso
sobre sua existência.

d) Januário pode ajuizar uma ação possessória, provando a existência da servidão


com base no título.

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(FGV - 2018 - OAB - XXVI Exame de Ordem Unificado)

5) Ronaldo é proprietário de um terreno que se encontra cercado de imóveis


edificados e decide vender metade dele para Abílio. Dois anos após o negócio feito
com Abílio, Ronaldo, por dificuldades financeiras, descumpre o que havia sido
acordado e constrói uma casa na parte da frente do terreno – sem deixar passagem
aberta para Abílio – e a vende para José, que imediatamente passa a habitar o imóvel.

Diante do exposto, assinale a afirmativa correta.

a) Abílio tem direito real de servidão de passagem pelo imóvel de José, mesmo contra a
vontade deste, com base na usucapião.

b) A venda realizada por Ronaldo é nula, tendo em vista que José não foi comunicado do
direito real de servidão de passagem existente em favor de Abílio.

c) Abílio tem direito a passagem forçada pelo imóvel de José, independentemente de


registro, eis que seu imóvel ficou em situação de encravamento após a construção e
venda feita por Ronaldo.

d) Como não participou da avença entre Ronaldo e Abílio, José não está obrigado a
conceder passagem ao segundo, em função do caráter personalíssimo da obrigação
assumida.

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> QUESTÕES SOBRE USUFRUTO

(IDECAN /Órgão:TJ-PI. Ano:2022 - Analista Judiciário)

1) Um pai era proprietário de um imóvel e resolveu doá-lo para seu filho. Ao realizar o
negócio, o doador estabelece seu direito real de uso sobre o bem imóvel enquanto
permanecer vivo. No caso, o pai

a) tem a posse indireta do bem.


b) tem a titularidade do domínio do bem.
c) tem a titularidade do direito real de usufruto.
d) está despido do direito de usar e fruir do bem.
e) mantém apenas os direitos de dispor e reivindicar o bem

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(FGV / Órgão: MP-GO. Ano: 2022 - Promotor de Justiça Substituto )

2) João doou a seus netos imóvel residencial, com reserva de usufruto vitalício aos
pais (Lucas e Larissa). Lamentavelmente, pouco tempo depois, João veio a falecer.
Durante a vigência da sociedade conjugal, Lucas e Larissa ocuparam o imóvel na
companhia dos filhos, até que o casal veio a se divorciar, tendo Lucas deixado o
imóvel para constituir nova família. O divórcio se deu de forma consensual com
partilha do patrimônio comum amealhado, nada sendo dito a respeito do usufruto do
imóvel. Larissa e os filhos continuaram a residir no imóvel com ciência de Lucas, mas
Larissa passou a arcar sozinha com o pagamento dos impostos, despesas de
conservação e contas de consumo. Após algum tempo, necessitando complementar
a renda, passou a locar parte do imóvel, situação da qual Lucas também tinha
conhecimento. Decorridos mais de vinte anos, Lucas pretende o arbitramento de
aluguel pelo uso exclusivo do bem por Larissa e, alternativamente, pretende que o
imóvel seja sobrepartilhado.

Sobre a hipótese formulada, é correto afirmar que:

a) o bem doado aos netos com cláusula de usufruto aos pais pode ser objeto de partilha em
virtude do divórcio;

b) a demora no pedido de arbitramento de aluguel faz presumir a existência de renúncia ao


usufruto;

c) a pretensão de sobrepartilha de bens sonegados no divórcio consensual se submete ao


prazo prescricional decenal (Art. 205 do Código Civil/2002) cujo termo inicial é a data em
que se tomou conhecimento da existência do bem;
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d) por ter consentido que Larissa ocupasse com exclusividade o imóvel, Lucas, mesmo que
contribuísse para o pagamento dos impostos, não poderia se opor à locação nem exigir o
pagamento de aluguéis por força do usufruto;

e) o usufruto, embora vitalício, pode ser extinto pelo não uso ou não fruição do bem,
situação que acarreta a decadência, assim como pelo não pagamento dos impostos e
despesas de conservação, hipótese que caracteriza o abandono do imóvel.

Art. 1.410. O usufruto extingue-se, cancelando-se o registro no Cartório de Registro de


Imóveis:

VIII - Pelo não uso, ou não fruição, da coisa em que o usufruto recai (arts. 1.390 e 1.399).

Art. 1.403 Incumbem ao usufrutuário:

II - as prestações e os tributos devidos pela posse ou rendimento da coisa usufruída.

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(FCC / Órgão: DPE-SC. Ano: 2021- Defensor Público)

3) Marcela, apesar de ser uma criança, é proprietária de um bem imóvel na cidade de


Garuva-SC, onde reside com seus pais, que detêm o poder familiar. Nessas
circunstâncias, os pais são

a) os verdadeiros proprietários do imóvel, uma vez que a criança incapaz não pode
titularizar o bem, cabendo aos pais todos os atributos da propriedade, salvo se
houver conflito de interesses com a filha, hipótese em que necessitarão de
autorização judicial.

b) usufrutuários do bem, de modo que têm a posse, o direito de uso e de gozo do


imóvel, que lhes permite, inclusive, alugar o bem para terceiros.

c) usufrutuários do bem, de modo que têm a posse, o direito de uso e de gozo do


imóvel, mas é vedada a locação do bem para terceiros.
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d) apenas possuidores diretos do bem, não lhes assistindo nenhum outro direito real
sobre o imóvel titularizado por sua filha.

e) meros representantes da criança e, por este motivo, não têm qualquer direito real
sobre o bem, sendo-lhes vedado o uso, gozo ou disposição do bem sem autorização
judicial.

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( FGV - 2019 - OAB - XXIX Exame de Ordem Unificado)

4) Arnaldo institui usufruto de uma casa em favor das irmãs Bruna e Cláudia, que, no
intuito de garantir uma fonte de renda, alugam o imóvel. Dois anos depois da
constituição do usufruto, Cláudia falece, e Bruna, mesmo sem “cláusula de acrescer"
expressamente estipulada, passa a receber integralmente os valores decorrentes da
locação. Um ano após o falecimento de Cláudia, Arnaldo vem a falecer. Seus
herdeiros pleiteiam judicialmente uma parcela dos valores integralmente recebidos
por Bruna no intervalo entre o falecimento de Cláudia e de Arnaldo e,
concomitantemente, a extinção do usufruto em função da morte de seu instituidor.

Diante do exposto, assinale a afirmativa correta.

a) Na ausência da chamada “cláusula de acrescer”, parte do usufruto teria se


extinguido com a morte de Cláudia, mas o usufruto como um todo não se extingue
com a morte de Arnaldo.

b) Bruna tinha direito de receber a integralidade dos aluguéis independentemente de


estipulação expressa, tendo em vista o grau de parentesco com Cláudia, mas o usufruto
automaticamente se extingue com a morte de Arnaldo.

c) A morte de Arnaldo só extingue a parte do usufruto que caberia a Bruna, mas permanece
em vigor no que tange à parte que cabe a Cláudia, legitimando os herdeiros desta a
receberem metade dos valores decorrentes da locação, caso esta permaneça em vigor.

d) A morte de Cláudia extingue integralmente o usufruto, pois instituído em caráter


simultâneo, razão pela qual os herdeiros de Arnaldo têm direito de receber a integralidade
dos valores recebidos por Bruna, após o falecimento de sua irmã.

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(FGV / Órgão: TJ-AL. Ano: 2018 - Analista Judiciário - Área Judiciária )

5) A Associação dos Amantes do Turismo (AAT) recebeu, a título de usufruto


instituído pelo associado Jorge, um imóvel de sua propriedade. As partes
convencionaram, no título de instituição, que o usufruto seria pelo prazo de vinte
anos. Decorridos dez anos da instituição, os associados, sem a participação de
Jorge, que morrera há dois anos, deliberaram, em assembleia, ceder gratuitamente o
usufruto do imóvel à Associação de Agentes de Viagem (AAV), em reconhecimento a
serviços recebidos pela AAT.

A cessão, feita sem prazo determinado, é considerada:

a) válida, pois, consolidada a propriedade com a morte de Jorge, a AAT poderia destinar o
bem da forma que lhe aprouvesse;

b) inválida, pois a cessão gratuita do usufruto dependeria da autorização de Jorge;

c) válida e vigerá até o término do prazo previsto no ato de instituição do usufruto por
Jorge;

d) ineficaz, pois o instituto do usufruto não permite cessão gratuita;

e) válida e vigerá por trinta anos a partir da instituição do usufruto por Jorge.

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> QUESTÕES SOBRE DIREITO REAL DE AQUISIÇÃO

(VUNESP / Órgão: Prefeitura de São Bernardo do Campo. Ano: 2018 - Fiscal de


Cadastro Tributário I)

1) Danilo celebrou promessa de compra e venda com Daniel, mediante instrumento


particular. Na promessa de compra e venda, restou estabelecido que Danilo venderia
sua casa a Daniel pelo valor de duzentos mil reais. A promessa de compra e venda
não previu a cláusula de arrependimento nem foi levada à registro no Cartório de
Registro de Imóveis.

Sobre a situação hipotética apresentada, assinale a alternativa correta.

a) A promessa de compra e venda não é válida, pois foi realizada por meio de
instrumento particular e não foi levada à registro no Cartório de Registro de Imóveis.

b) Daniel não possui o direito real à aquisição do imóvel, pois a promessa de


compra e venda não foi registrada no Cartório de Registro de Imóveis.

c) A promessa de compra e venda é válida e produz efeito perante terceiros.

d) É possível a retratação de qualquer das partes mesmo sem a menção expressa à


cláusula de arrependimento, uma vez que, em regra, a promessa de compra e
venda é retratável.

e) Se houver recusa da outorga definitiva de compra e venda, Daniel deverá requerer o


imóvel administrativamente, não sendo cabível o requerimento ao juiz da
adjudicação do imóvel.

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(FCC / Órgão: DPE/SC. Ano: 2017 - Defensor Público Substituto)

2) Luiz comparece à defensoria pública dizendo e comprovando com documentos


que assinou contrato de promessa de compra de imóvel, por meio de instrumento
público devidamente registrado no Cartório de Registro de Imóveis e sem previsão de
cláusula de arrependimento, com empresa de habitação social. Ele reside no imóvel
há três anos; o imóvel tem 150 m2 e Luiz não é titular de qualquer outro bem imóvel.
Diante desta situação, Luiz

a) ainda não pode ser considerado proprietário, mas somente conseguirá obter a
propriedade se continuar morando no imóvel por mais dois anos, ininterruptamente,
quando adimplirá todos os requisitos para a usucapião especial urbana.
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b) tem direito meramente contratual, mas poderá opor perante terceiros, uma vez que o
registro do contrato por meio instrumento público em cartório faz com que o direito
obrigacional tenha eficácia erga omnes.

c) é o verdadeiro proprietário do imóvel, uma vez que o contrato foi feito por
instrumento público e devidamente registrado em cartório, circunstância suficiente
para a transferência da titularidade do imóvel.

d) ainda não pode ser considerado proprietário, mas terá direito real à aquisição
do imóvel, inclusive mediante adjudicação compulsória.

e) tem direito meramente contratual e inoponível perante terceiros, pois ainda não
houve a outorga da escritura definitiva da compra e venda.

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(IBFC / Órgão: TRE PA. Ano: 2020 - Analista Judiciário - Área Judiciária)

3) São direitos reais, dentre outros, o usufruto, a habitação e o direito do promitente


comprador do imóvel, previstos expressamente no diploma civil. Sobre os referidos
institutos, analise as afirmativas abaixo e dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F):

() O usufruto pode ser transferido por alienação, mas o seu exercício pode ceder-se
por título gratuito ou oneroso.

() O promitente comprador adquire direito real à aquisição do imóvel, mediante


promessa de compra e venda, em que se pactuou ou não arrependimento, caso
celebrada por instrumento público, ainda que não registrada no Cartório de Registro
de Imóveis.

() Constituído o usufruto em favor de duas ou mais pessoas, transferir-se-á


proporcionalmente aos sobreviventes a parte relativa aos usufrutuários falecidos,
salvo se, por estipulação expressa ou tácita, vier a ser extinto o quinhão desses.

() Se o direito real de habitação for conferido a mais de uma pessoa, qualquer delas
que sozinha habite a casa terá de pagar aluguel à outra, ou às outras, mas não as
pode inibir de exercerem, querendo, o direito, que também lhes compete, de habitá-la.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.

a) V, V, V, V
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b) V, F, V, F

c) F, V, F, V

d) F, F, F, F

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(FGV Órgão: SF Direito Civil, Processual Civil e Agrário. Ano: 2022 - Consultor
Legislativo)

4) Maria e Rejane celebraram contrato de promessa de compra e venda de imóvel


com Jorge, Lucas e Zózimo, por instrumento particular, sem levá-lo a registro, nos
seguintes termos:

1. Maria e Rejane se obrigaram, solidariamente, a pagar aos irmãos Jorge, Lucas e


Zózimo o valor de R$600.000,00 (seiscentos mil reais), à vista, na data da celebração
do acordo.

2. Em contrapartida, Jorge, Lucas e Zózimo, coproprietários do imóvel, obrigaram-se,


sem cláusula de solidariedade (i) a entregar a chave do apartamento no prazo de 10
(dez) dias contados da data da assinatura do contrato; e (ii) a realizarem a outorga da
escritura pública definitiva de compra e venda, no prazo de dez dias após a imissão
das promitentes compradoras na posse do imóvel.

Diante do caso acima, assinale a afirmativa correta.

a) Paga a integralidade do preço, a recusa dos coproprietários em realizar a outorga da


escritura definitiva não confere direito à adjudicação compulsória, ante a ausência de
registro da promessa.

b) Com a assinatura da promessa, Maria pode realizar pagamento parcial


correspondente à sua metade, ainda que os promitentes vendedores se recusem a
receber, podendo valer-se do pagamento em consignação.

c) Assinada a promessa e não pago o preço de forma definitiva, podem os promitentes


vendedores propor ação visando à extinção do contrato, por resilição unilateral,
fundada no inadimplemento absoluto.
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d) Pago o preço, os coproprietários devem cumprir com a obrigação de entrega


do imóvel, desobrigando-se apenas de realizar o pagamento perante Maria e
Rejane, conjuntamente, ou a uma delas, com caução de ratificação da outra
credora.

e) Em se tratando de contrato bilateral, comutativo e oneroso, a cláusula resolutiva,


ainda que tácita, opera de pleno direito, sendo despicienda prévia interpelação
judicial.

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(VUNESP / Órgão: TJ- RS. Ano: 2019 - Titular de Serviços Notariais e Registrais)

5) Assinale a alternativa correta sobre o compromisso de venda e compra, bem como


sobre os direitos do promitente comprador.

a) Qualifica-se como direito real o direito do promitente comprador à aquisição do


imóvel, desde que celebrado por instrumento público devidamente registrado no
Cartório de Registro de Imóveis.

b) Admite-se o registro do compromisso de venda e compra na matrícula do imóvel,


salvo se houver cláusula de arrependimento.

c) No compromisso de venda e compra, o sinal (ou arras) não poderá ser retido pelo
promitente vendedor em razão inadimplemento contratual por parte do comprador.

d) No compromisso de venda e compra de unidade autônoma integrante de


incorporação imobiliária, deverão constar no instrumento o número de registro do
memorial de incorporação, a matrícula do imóvel e a identificação do Cartório de
Registro de Imóveis, sob pena de nulidade do compromisso.

e) O instrumento particular de compromisso de venda e compra de loteamento


vale como título para o registro da propriedade do lote adquirido, desde que
acompanhado da prova de quitação.

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