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Lei Maria da Penha

lei brasileira

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A Lei Maria da Penha é uma lei distrital brasileira, cujo objetivo principal é estipular punição
adequada e coibir atos de violência doméstica contra a mulher. Decretada pelo Congresso
Nacional e sancionada pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 7 de agosto de
2006, a lei entrou em vigor no dia 22 de setembro de 2006. Desde a sua publicação, a lei é
considerada pela Organização das Nações Unidas como uma das três melhores legislações
do mundo no enfrentamento à violência contra as mulheres. Além disso, segundo dados de
2015 do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a lei Maria da Penha contribuiu
para uma diminuição de cerca de 10% na taxa de homicídios contra mulheres praticados
dentro das residências das vítimas.

Lei Maria da Penha (Lei Nº11.340 )


Propósito Punir atos de violência contra a mulher.
Local de assinatura Brasília
Autoria Iniciativa do Poder Executivo
Signatário(a)(s) Luiz Inácio Lula da Silva e os ministros
referendantes.
Criado Aprovada na Câmara dos Deputados e no Senado
Federal
Ratificação Sancionada em 7 de agosto de 2006
A ementa da lei diz:[1]

Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher,

“ nos termos do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a


Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da

Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e a Violência contra a Mulher;
dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra
a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de
Execução Penal; e dá outras providências.
  — LEI Nº 11.340, DE 7 DE AGOSTO DE 2006.

Histórico

A farmacêutica Maria da Penha, que dá nome à lei contra a violência doméstica.

O caso nº 12.051/OEA, de Maria da Penha Maia Fernandes, foi o caso homenagem à lei
11.340. Maria da Penha era casada com Marco Antônio Heredia Viveros, que cometeu
violência doméstica durante 23 anos de casamento. Em 1983, o marido por duas vezes,
tentou assassiná-la. Na primeira vez, com arma de fogo, deixando-a paraplégica, e na
segunda, por eletrocussão e afogamento. Após essa tentativa de homicídio ela o denunciou,
pôde sair de casa devido a uma ordem judicial e iniciou a batalha para que seu então marido
fosse condenado. Entretanto, o caso foi julgado duas vezes e, devido alegações da defesa de
que haveria irregularidades, o processo continuou em aberto por alguns anos.

Em razão desse fato, o Centro pela Justiça pelo Direito Internacional (CEJIL) e o Comitê
Latino - Americano de Defesa dos Direitos da Mulher (CLADEM), juntamente com a vítima,
formalizaram uma denúncia à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA,
ocasião em que o país foi condenado[2] por não dispor de mecanismos suficientes e
eficientes para proibir a prática de violência doméstica contra a mulher, sendo acusado de
negligência, omissão e tolerância. Além disso, a Comissão Interamericana de Direitos
Humanos recomendou a finalização do processo penal do agressor de Maria da Penha, a
realização de investigações sobre as irregularidades e os atrasos no processo, a reparação
simbólica e material à vítima pela falha do Estado em oferecer um recurso adequado para a
vítima e, por fim, mas não menos importante, a adoção de políticas públicas voltadas à
prevenção, punição e erradicação da violência contra a mulher.

Assim, o governo brasileiro se viu obrigado a criar e aprovar um novo dispositivo legal que
trouxesse maior eficácia na prevenção e punição da violência doméstica e familiar no Brasil.
Segundo a relatora da lei Jandira Feghali:

“ Lei é lei. Da mesma forma que decisão judicial não se discute e se cumpre,
essa lei é para que a gente levante um estandarte dizendo: Cumpra-se! A Lei
Maria da Penha é para ser cumprida. Ela não é uma lei que responde por
crimes de menor potencial ofensivo. Não é uma lei que se restringe a uma
agressão física. Ela é muito mais abrangente e por isso, hoje, vemos que vários
tipos de violência são denunciados e as respostas da Justiça têm sido mais
ágeis. ”
A lei alterou o Código Penal, como a introdução do parágrafo 9, do Artigo 129, possibilitando
que agressores de mulheres em âmbito doméstico ou familiar sejam presos em flagrante ou
tenham sua prisão preventiva decretada. Estes agressores também não poderão mais ser
punidos com penas alternativas. A legislação aumenta o tempo máximo de detenção previsto
de um para três anos; a lei prevê, ainda, medidas que vão desde a remoção do agressor do
domicílio à proibição de sua aproximação da mulher agredida.[3]

Violência doméstica: conceito e tipos

A violência abrange condutas que vão muito além da agressão física. Renato Ribeiro Velloso
entende a violência como sendo uma espécie de coação, ou forma de constrangimento, posto
em prática para vencer a capacidade de resistência do outrem, ou a levar a executá-lo, mesmo
contra a sua vontade. Nesse cenário, Cavalcanti define a violência contra a mulher como
sendo qualquer ação ou conduta que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou
psicológico à mulher, tanto no âmbito público como no privado.[4]

Vale ressaltar que a violência doméstica e familiar é somente uma das formas de violência
contra a mulher. Essa forma de violência não se enquadra apenas nas agressões realizadas
dentro da residência da vítima, mas em qualquer local, contato que tenha sido ocasionada
por uma relação de convivência familiar ou afeto entre o agressor e a vítima.

Nessas circunstâncias, a Lei Maria da Penha classifica os tipos de violência contra a mulher
nas seguintes categorias:

Violência patrimonial: entendida como qualquer comportamento que configure controle


forçado, destruição ou subtração de bens materiais, documentos e instrumentos de
trabalho;

Violência sexual: engloba os atos que forcem ou constranjam a mulher a presenciar,


continuar ou participar de relações sexuais não desejadas, com intervenção de força física
ou ameaça;

Violência física: compreende maneiras de agir que violam os preceitos a integridade ou a


saúde da mulher;

Violência moral: entendida como qualquer conduta que represente calúnia, difamação
e/ou injúria;

Violência psicológica: entendida como qualquer comportamento que cause à mulher um


dano emocional, diminuindo sua auto-estima, causando constrangimentos e humilhações.

Efetividade da Lei Maria da Penha

Uma pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), publicada em março de


2015, demonstrou que a Lei Maria da Penha reduziu em 10% a projeção de aumento da taxa
de homicídios domésticos contra as mulheres, valendo-se da afirmativa que “a LMP foi
responsável por evitar milhares de casos de violência doméstica no país”.[5]

Na visão da mulher que dá nome à Lei, a LMP atingiu a forma de agir por parte de agressores
e vítimas através de três métodos: o primeiro foi o “aumento do custo da pena para o
agressor”; o segundo foi o “aumento do empoderamento e das condições de segurança para
que a vítima pudesse denunciar”; por fim, também há o “aperfeiçoamento dos mecanismos
jurisdicionais, possibilitando ao sistema de justiça criminal que atendesse de forma mais
efetiva os casos envolvendo violência doméstica”. A interação dos dois últimos fatores
proporcionou o aumento da probabilidade de condenação. Além disso, os três fatores em
conjunto provocaram o aumento esperado da pena, “com potenciais efeitos para dissuadir a
violência doméstica”.[6]

Apesar de a LMP ser compreendida como “um dos mais empolgantes e interessantes
exemplos de amadurecimento democrático no Brasil”, a pesquisa demonstrou que a
efetividade da lei não ocorreu de forma homogênea no país, devido aos “diferentes graus de
institucionalização dos serviços protetivos às vítimas de violência doméstica”.

Críticas positivas

A criação da Lei é de extrema importância na luta contra a violência doméstica e contra a


desigualdade de gêneros.[7] Com a promulgação da Lei Maria da Penha, o número de
denúncias de violência doméstica aumentou,[8] portanto, infere-se que as mulheres passaram
a ter maior conhecimento sobre seus direitos. A Lei é responsável ainda pela criação de locais
e serviços que eram antes inexistentes: delegacias com atendimento especializado, por
exemplo.[1]

A juíza Andréia Pachá considera a lei um marco na história da luta contra a violência
doméstica, segundo ela: "A Lei Maria da Penha foi um passo importante para enfrentar
violência contra mulheres [...]".[9] A maioria dos segmentos da sociedade, incluindo a Igreja
Católica, consideraram a lei muito bem-vinda. Inclusive em 1990 a Campanha da
Fraternidade, instituída pela CNBB, escolheu o tema “Mulher e Homem — Imagem de Deus”,
fazendo clara referência à igualdade de gêneros.[10] Na Câmara, a deputada representante da
bancada feminina Sandra Rosado do PSB, chamou a atenção de suas companheiras para a
aplicação da lei com rigor e prioridade.[11]

A mudança mais considerável da Lei Maria da Penha foi a introdução do parágrafo 9, do


Artigo 129, do Código Penal Brasileiro.[3]

Críticas negativas
Delegacia da Mulher em Campinas, São Paulo.

Há alguns magistrados que consideram a Lei Maria da Penha inconstitucional e


desnecessária, porque violaria o princípio da igualdade entre os sexos. Outras críticas são de
que a lei seria severa demais em diversos casos e de que muitas mulheres não gostariam de
ver seus parceiros na prisão, o que levaria a uma diminuição no número de denúncias por
parte das mulheres agredidas.

Alguns críticos alegam que, embora mais rara, a violência contra o homem também é um
problema sério, minorizado pela vergonha que sentem em denunciar agressões sofridas por
parte de companheiras agressivas.[12] É caracterizada pela coação psicológica, estelionato
(como casamentos por interesse), arremesso de objetos e facadas.

Também não é incomum mulheres pedirem medidas protetivas com base em acusações
falsas quando estão se divorciando, manejando a medida para continuar morando na
residência, bem como inibir o contato do ex-marido com os filhos (alienação parental).[13]

Relação entre a Lei do Feminicídio e a Lei Maria da


Penha

O feminicídio é definido como homicídio qualificado que é cometido contra a mulher por
razões da condição de sexo feminino, essa condição, por sua vez, é considerada quando o
crime envolve violência doméstica familiar e/ou menosprezo ou discriminação à condição da
mulher, segundo a Lei No 13.104, de 9 de março de 2015 (Lei do Feminicídio). A Lei do
Feminicídio trata especificamente da penalização do crime de feminicídio.

O feminicídio é a maior expressão da violência contra a mulher, e geralmente se dá como


consequência da recorrente violência doméstica sofrida pela mulher. O dispositivo que trata
do feminicídio ainda é muito negligenciado no Brasil, assim como a efetivação da Lei Maria
da Penha, que ainda tem difícil aplicação e efetividade no cotidiano.

Sabe-se que os números que abarcam a violência doméstica (que compreende diversas
atitudes que permeiam desde o abuso emocional até o feminicídio) ainda são pouco
precisos, de forma que o número de mortes é o que é de fato investigado. Essa é mais uma
falha, já que a taxa de óbitos representa apenas uma parcela do problema da violência contra
a mulher.
A relação entre a Lei Maria da Penha e o Feminicídio é bastante nítida no sentido que: caso a
Lei fosse efetiva e as medidas protetivas fossem cumpridas, feminicídios seriam evitados.
Dessa maneira, entende- se que é necessário que se reforcem ações previstas pela Lei Maria
da Penha, bem como a instituição de políticas públicas para o combate à violência contra a
mulher.

Rede Social Lei Maria da Penha

Em 2009, pela urgente e constante necessidade de conscientização, a Rede Social Lei Maria
da Penha foi criada por um grupo de mulheres voluntárias, oriundas de vários estados do
Brasil, com o objetivo de reunir pessoas interessadas em compartilhar informações sobre a
Lei e sua aplicação.

Outras referências importantes:

Dados Estatísticos após a edição da Lei n. 11.340/06 (http://www.leimariadapenha.com.b


r/group/pesquisas/forum/topics/dados-estatisticos-apos-a) [ligação inativa]

Aspectos fundamentais da Lei Maria da Penha (http://www.leimariadapenha.com.br/grou


p/pesquisas/forum/topics/aspectos-fundamentais-da-lei) [ligação inativa]

Promotoras Legais Populares (http://www.leimariadapenha.com.br/group/sites/forum/topi


cs/promotoras-legais-populares) [ligação inativa]

Vídeos

Música Antígona Lei Maria da Penha - Cantada por Alcione (http://www.leimariadapenha.c


om.br/video/lei-maria-da-penha-musica-com) [ligação inativa]

Palestra da Maria Berenice Dias (http://www.leimariadapenha.com.br/video/lei-maria-da-pe


nha-palestra) [ligação inativa]

Entrevista de Ana Maria Bruni para o Canal Futura (http://www.leimariadapenha.com.br/vid


eo/entrevista-ana-maria-bruni-1) [ligação inativa]

Ver também

Lei do Feminicídio (2015)

Feminicídio

Mulher na história

Mulher
Feminismo no Brasil

Violência contra a mulher

Referências

1. «Lei nº 11.340» (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.


htm)

2. «Relatório nº 54/01 - Caso 12.051 - Maria da Penha Maia Fernandes - Brasil - 4 de abril
de 2001» (http://www.sbdp.org.br/arquivos/material/299_Relat%20n.pdf) (PDF).
Relatório Anual 2000. Comissão Interamericana de Direitos Humanos

3. Gondim Borba, Paulo Gustavo. «Alterações trazidas pela Lei 11.340/06 ao Artigo 129 do
Código Penal» (https://jus.com.br/artigos/75834/alteracoes-trazidas-pela-lei-11-340-06-a
o-artigo-129-do-codigo-penal) . jus.com.br. Consultado em 7 de agosto de 2020

4. «Aplicabilidade da Lei Maria da Penha: Um olhar na vertente do gênero feminino -


Família - Âmbito Jurídico» (http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revi
sta_artigos_leitura&artigo_id=8892) . www.ambito-juridico.com.br. Consultado em 30
de novembro de 2017

5. Foco, Participação em. «Participação em Foco - Ipea: Lei Maria da Penha reduziu
violência doméstica contra mulheres» (http://www.ipea.gov.br/participacao/noticiasmidi
a/direitos-humanos/1223-ipea-lei-maria-da-penha-reduziu-violencia-domestica-contra-m
ulheres) . www.ipea.gov.br. Consultado em 30 de novembro de 2017

6. «ARTIGO: Por um mundo sem violência contra a mulher, não mexa na Lei Maria da
Penha» (http://www.midiamax.com.br/especial/artigo-mundo-sem-violencia-contra-nao-
mexa-lei-maria-penha-310609) . www.midiamax.com.br. Consultado em 30 de
novembro de 2017

7. «Violência de gênero e a lei Maria da Penha — Subseções OABSP» (http://www.oabsp.or


g.br/subs/santoanastacio/institucional/artigos/violencia-de-genero-e-a-lei-maria-da-pe
nha) . www.oabsp.org.br. Consultado em 7 de agosto de 2020

8. «Balanço anual: Ligue 180 recebe mais de 92 mil denúncias de violações contra
mulheres» (https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/2019/agosto/balanco-anua
l-ligue-180-recebe-mais-de-92-mil-denuncias-de-violacoes-contra-mulheres) . Ministério
da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Consultado em 7 de agosto de 2020
9. «Lei Maria da Penha foi passo importante para enfrentar violência contra mulheres,
afirma juíza» (https://agencia-brasil.jusbrasil.com.br/noticias/3367/lei-maria-da-penha-fo
i-passo-importante-para-enfrentar-violencia-contra-mulheres-afirma-juiza) . Jusbrasil.
Consultado em 7 de agosto de 2020

10. O mundo é das mulheres (http://www.conjur.com.br/static/text/61799,1) Acessado em


10 de setembro de 2008.

11. Bancada feminina elege Lei Maria da Penha como prioridade (http://tribunapopular.word
press.com/2008/02/27/bancada-feminina-elege-lei-maria-da-penha-como-prioridade/)
Acessado em 10 de setembro de 2008.

12. Diniz, Laura (5 de junho de 2005). «Mulheres que batem. E homens que calam» (https://w
eb.archive.org/web/20101126100821/http://www.violenciamulher.org.br/index.php?opti
on=com_content&view=article&id=120:mulheres-que-batem-e-homens-que-calam-o-esta
do-de-spaulo-050605&catid=19:reportagens-artigos-e-outros-textos&Itemid=6) . Portal
Violência contra a Mulher. Consultado em 6 de agosto de 2019. Arquivado do original (ht
tp://www.violenciamulher.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=120:m
ulheres-que-batem-e-homens-que-calam-o-estado-de-spaulo-050605&catid=19:reportage
ns-artigos-e-outros-textos&Itemid=6) em 26 de novembro de 2010

13. Camargo, Gabriella Karoliny Ortiz de. «O mau uso da Lei Maria da Penha, a
criminalização masculina e a denuciação caluniosa.» (https://www.lex.com.br/doutrina_
27785876_O_MAU_USO_DA_LEI_MARIA_DA_PENHA_A_CRIMINALIZACAO_MASCULINA_E
_A_DENUCIACAO_CALUNIOSA.aspx) . Consultado em 20 de agosto de 2019

Ligações externas

AME - Projeto Maria da Penha (http://www.mariadapenha.org.br/)

Apresentação da Lei Maria da Penha (http://www.stf.jus.br/arquivo/cms/bibliotecaConsult


aProdutoBibliotecaBibliografia/anexo/lei_maria_penha.pdf)

Notícia: Comentário à Lei Maria da Penha (https://web.archive.org/web/20100910075741/


http://copodeleite.rits.org.br/apc-aa-patriciagalvao/home/noticias.shtml?x=438%2F)

Institucional: Portal oficial da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (http://ww


w.spmulheres.gov.br)

Rede Social Lei Maria da Penha (https://web.archive.org/web/20120816073259/http://lei


mariadapenha.com.br/)

Íntegra da Lei (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm)


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