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Introdução
A Comissão Internacional de Instrução Matemática (ICMI), de que Felix Klein
foi o primeiro presidente, foi criada em 1908, (por sugestão de David Eugene Smi-
th na L´enseignement mathématique em 1905), no Congresso Internacional de
Matemáticos (ICM), realizado em Roma. Após um período de interrupção determi-
Antecedentes
Santos (2012), na dissertação de Mestrado, usa a História da Matemática ex-
plicitamente na resolução de problemas que geraram teorias, porque faz sentido
que os alunos vejam algumas das razões da criação de certas matemáticas. Mas
é necessário cuidado na escolha dos problemas, pois o objetivo não é apresentar
os discutidos por séculos e até arriscar que eles não façam mais sentido. Assim,
problemas e atividades propostos pelos professores são adaptações, ou seja, não
são reconstruções idênticas às do passado (Miguel e Miorim, 2004).
Por outro lado, pode haver a apresentação explícita de problemas e méto-
dos de acordo com o desenvolvimento histórico, uma vez que é necessário que
o ambiente sociocultural e o momento em que os conceitos matemáticos foram
criados e desenvolvidos sejam lembrados, principalmente na perspectiva sociocul-
tural da História da Matemática, na qual são analisados os textos e conhecimentos
matemáticos do passado (Furinghetti e Radford, 2002 apud Oliveira, 2012).
A História da Matemática participa implicitamente quando não são feitas
referências históricas diretas, mas na perspectiva e organização do conteúdo,
portanto indicando o caminho do trabalho a ser seguido: “um elemento norte-
ador na elaboração de atividades e situações problemáticas, de seleção e moni-
toramento de Matemática nos livros didáticos” (Miguel e Miorim, 2004, p. 44).
Motivos de natureza epistemológica podem levar ao uso implícito da História da
Matemática, como destaca Oliveira (2012), em algumas das atividades realizadas
para a elaboração de sua dissertação de Mestrado.
Entre os vários pesquisadores que consideram o uso da História da Matemá-
tica no processo de ensino-aprendizagem da Matemática estão Fauvel e Van Ma-
anen (1997-2000), Miguel (1993), Miguel e Miorim (2004), Mendes (2006) e outros.
... uma Matemática mais intuitiva e, pode-se até dizer, mais experimental, até que
fosse atingida a maturidade necessária ao desenvolvimento do método dedutivo.
Afinal de contas, foi esse o percurso percorrido pelas civilizações, até se chegar à for-
ma pela qual a Matemática ganhou ‘status’ de uma ciência independente” (DASSIE et
al. (2002:28) apud Dambros (2006).
Por outro lado, segundo Miguel e Miorim (2004), embora Roxo, no Prefácio
do Volume I de sua coleção de livros-texto, expresse a intenção de utilizar o mé-
todo histórico, é possível compreender o seguinte
Referências
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