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INTRODUÇÃO
2. HISTÓRICO
2.1. TELEJORNAL
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“Telejornal é um noticiário jornalístico transmitido pela televisão, geralmente
acompanhado de cenas cinematográficas dos principais acontecimentos” (Michaelis UOL,
2008).¹
O telejornalismo nasceu após a popularização do cinema, quando se tornou
atraente a iniciativa de filmar notas de tipo informativo. O primeiro evento televisivo de
notícias aconteceu em agosto de 1928, nos EUA aceitando a indicação oficial. A emissora
WGY transmitiu simultaneamente em rádio e TV o momento em que Al Smith, pré-
candidato à presidência pelo Partido Democrata, aceitando a indicação oficial. Foi o
primeiro sinal ao vivo e o primeiro evento de notícias.
Os primeiros telejornais ainda seguiam a estética do rádio, no qual o âncora lê
a notícia com o papel nas mãos, sem fazer contato com a câmera. Mais para frente foi
percebendo-se a importância da aparência do apresentador, da forma de noticiar e do
contato visual com a câmera.
O primeiro telejornal brasileiro foi o Imagens do Dia, da TV Tupi, idealizado
por Assis Chateaubriand. Foi ao ar pela primeira vez em 19 de setembro de 1950 e durou
um ano. Algumas notícias eram acompanhadas de imagens em preto e branco e sem
nenhum efeito sonoro.
Com a evolução da tecnologia, vários aspectos foram sendo aprimorados no
telejornal até os dias de hoje, como o link ao vivo com repórteres espalhados pelas cidades
do país ou até do mundo, imagens mais precisas e claras, interatividade com o público e até
acesso ao telejornal pelo celular. Assim como o futebol e as telenovelas, o telejornal
tornou-se ícone marcado na grade de programação de todas as emissoras abertas atuais.
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realidade?”. Uma mesma página e um mesmo programa de telejornal podem apresentar
conteúdo totalmente sensacionalista.
[...] o sensacionalismo é basicamente uma forma diferente de passar informação;
uma opção; uma estratégia dos meios de comunicação. Mesmo um telejornal (ou
radiojornal) não-sensacionalista pode ter em alguns momentos de sua produção
momentos sensacionalistas. Como se disse, trata-se de um gênero (sinônimo aqui de
estilo). O telespectador, ou o ouvinte, precisa de espírito crítico para entender
quando ocorre a mudança de linguagem objetiva, para a sensacionalista. Nessa
transposição é que pode ocorrer o sensacionalismo. (ANGRIMANI, 1995, p. 41,
grifo do autor).
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FIGURA I – MANCHETE DO JORNAL NP
Fonte: http://www.noticiaspopulares.com/
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Durante a década de 70 o jornal se consolidou junto à população. Depois da
tiragem ter despencado para 25 mil no começo da década, veio à luz o parto mais esperado
da imprensa brasileira. Em um domingo de maio de 1975, nascia em São Bernardo do
Campo, o bebê-diabo. O tipo, que inaugurou a série de reportagens fictícias do jornal,
rendeu um mês de reportagens, com direito a 27 manchetes.
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2.2.1. A Sociedade do Espetáculo
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¹ Rio de Janeiro: Contraponto, 1967.
apresentador foi Roberto Cabrini, ex-repórter da Rede Globo. Cabrini ficou como titular do
programa até 2003, quando passou a comandar o Jornal da Noite.
José Luis Datena, paulista de Ribeirão Preto, é considerado um jornalista
consagrado. Começou carreira como jornalista e locutor esportivo na rádio de sua cidade
natal. Logo trocou o rádio pela televisão. Ganhou bastante notoriedade com o programa
Cidade Alerta, na Rede Record, onde trabalhou por quatro anos.
Foi em 2003 que entrou para o Brasil Urgente, com seu estilo próprio de
apresentar e comentar as noticias, Datena e o Brasil Urgente são considerados hoje uma
referencia nacional em jornalismo ágil e popular.
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d. Equipe de ‘Edição’: São os responsáveis pelo tratamento das imagens
que serão veiculadas no programa, tanto fotos quanto vídeos, editando-os, e até
mesmo reciclando um vete já usado, de modo a re-arranjar sua seqüência para
poder levá-lo ao ar novamente.
e. Equipe ‘Externa’: a equipe de ‘externas’ vão até os locais onde
acontecem as matérias (no dia o grupo seguiu o carro da Band até 13º D.P para
onde Alexandre Nardoni seria transferido), onde enviam muitas vezes a notícia em
tempo real (ou com o delay de poucos segundos), esse tipo de transmissão é
chamada de ‘link’.
f. Espelhos: o programa é baseado num roteiro chamado espelho, onde
estão em tópicos os detalhes de cada take, vete e vídeo passado, porém, como o
programa é ao vivo o espelho nunca é seguido à risca e funciona apenas como um
guia.
g. Estúdio: o estúdio do programa Brasil Urgente é também o de todos os
outros jornais da Band, com a tela-fundo verde onde você precisa por sapatos
cirúrgicos para entrar.
h. Transmissão: como dito acima, os espelhos funcionam como um ‘guia’
para o apresentador. Após a introdução da matéria Datena tem a liberdade de
comentar o fato e durante a discussão do fato, utiliza de emoções em seus
comentários, sendo parcial em suas colocações.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Através da pesquisa executada pelo grupo, tanto teórica quanto de campo, foi
constatado que o sensacionalismo de fato atende às seguintes características: textos que
provocam comoção; apresentação do fato em vários segmentos, de modo a criar
expectativa; repetição da notícia de maneira exaustiva; gestual movimentação e impostação
de voz do apresentador.
Chegou também ao conhecimento do grupo através da visita feita à produção do
programa Brasil Urgente da emissora Band, que durante o planejamento a pauta é
direcionada desde o começo para fatos mais violentos e críticos, que se adaptam melhor a
atmosfera que as características acima criam.
Foi também confirmado após a pesquisa que o programa de telejornal Brasil
Urgente incorpora as características do estereotipo sensacionalista, tanto em sua forma que
vai ao ar, quanto no aspecto de produção.
Os depoimentos vindos dos profissionais da área como William Tanida e Luis
Bacchi, posicionaram-se na idéia de que o público vem cada vez mais resistindo a esse tipo
de jornalismo ‘apelativo’, sendo assim, acreditam que o sensacionalismo perderá espaço
cada vez mais e mais.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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AMARAL, Márcia Franz. Jornalismo Popular. São Paulo: Contexto, 2005.
ANGRIMANI, Danilo. Espreme que Sai Sangue: um Estudo do Sensacionalismo na
Imprensa. Rio de Janeiro: Summus, 1995.
DEBORD, Guy. A Sociedade do Espetáculo. Rio de Janeiro: Contraponto, 1967.
FORTES, Leandro. Jornalismo Investigativo. São Paulo: Contexto, 2005.
MARCONDES FILHO, Ciro. O Capital da Notícia. São Paulo: Ática, 1986
PATERNOSTRO,Vera Íris. O texto na TV: manual de telejornalismo. Rio de Janeiro:
Campus, 1999.
SALVADOR, Arlete; SQUARISI, Dad. A Arte de Escrever Bem. São Paulo: Contexto,
2004.
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<http://webmail.faac.unesp.br/~pcampos/Introducao%20ao%20Telejornalismo.htm>.
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<http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u377905.shtml>. Acessado em: 28 de
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<http://www.band.com.br/brasilurgente/sobre.asp?ID=14>. Acessado em: 28 de mai. 2008,
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