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Lei Nº 9.

966, de 28 de Abril de
2000.
U N I V E R S I D A D E E S TA D U A L D E F E I R A D E S A N TA N A

BACHARELADO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

DISCIPLINA: LEGISLAÇÃO DO PROFISSIONAL BIÓLOGO

DOCENTE: EDDY JOSE FRANCISCO DE OLIVEIRA

D I S C E N T E : M AY R A D E S O U Z A P E R E I R A
Disposição da Lei
Vide Decreto nº 4.136, de 2002

Dispõe sobre a prevenção, o controle e a fiscalização da


poluição causada por lançamento de óleo e outras substâncias
nocivas ou perigosas em águas sob jurisdição nacional e dá
outras providências.
Art. 5º Todo porto organizado, instalação portuária e plataforma, bem como suas
instalações de apoio, disporá obrigatoriamente de instalações ou meios adequados
para o recebimento e tratamento dos diversos tipos de resíduos e para o combate da
poluição, observadas as normas e critérios estabelecidos pelo órgão ambiental
competente.
Art. 7º Os portos organizados, instalações portuárias e plataformas, bem como suas
instalações de apoio, deverão dispor de planos de emergência individuais para o
combate à poluição por óleo e substâncias nocivas ou perigosas, os quais serão
submetidos à aprovação do órgão ambiental competente.
Notícia
 Bacia de Campos, no litoral do Rio
de Janeiro 08/11/2011.
 Fissura de cerca de 300 metros de
comprimento no fundo do mar,
junto a uma plataforma operada
pela petrolífera americana
Chevron.
 Discrepância entre o volume
derramado segundo a Chevron e o
estimado pela ONG americana Sky
Truth, com base em imagens de
satélite da Nasa, é de 23 vezes.
 3,7 mil barris de petróleo lançados
ao mar.
 Indagado sobre quando seria possível fazer a
fenda parar de verter óleo, o próprio
especialista em crises contratado pela
petrolífera respondeu: “Ninguém sabe”.
 A Chevron informa ter dezoito navios
trabalhando para limpar o mar. Mas, no
sobrevoo oferecido pela empresa à PF, só se
avistava uma embarcação.
 Não foram os técnicos da Chevron, e sim os da
Petrobras, os primeiros a detectar a mancha.
 A empresa americana não dispunha sequer de
um robô submarino capaz de monitorar a
fissura a 1200 metros de profundidade.
 “Os indícios que temos até agora são de uma
operação cheia de falhas”, afirma o delegado
Fábio Scliar, à frente do caso.
Danos Ambientais
 Segundo Jaílson de Moura, especialista em vida marinha do
Gemm (Grupo de Estudos sobre Mamíferos Marinhos) da
Fiocruz, esse acidente deve afetar a rota migratória de peixes,
mamíferos e aves.
Essa situação pode causar a desorientação dos animais e até
problemas na procriação, se eles não conseguirem retornar à
rota original e encontrar os tradicionais locais onde se
acasalam e se reproduzem.
As aves marinhas ficam com as penas cobertas de petróleo,
não conseguindo voar e nem regular a temperatura corporal, o
que causa sua morte.
Os peixes, quando em contato com o petróleo, morrem por
asfixia, pois o óleo se impregna nas suas brânquias,
impedindo a sua respiração.
Se algum animal ingerir esse óleo, isso pode provocar
envenenamento em toda a cadeia alimentar.
Outros desastres registrados no Brasil
Janeiro de 2000:
Baía de Guanabara (RJ) – Causado por um rompimento do oleoduto, o vazamento de óleo combustível foi
de 1,3 milhão de litros e a mancha se espalhou por 40 quilômetros quadrados. Houve contaminação de
praias, costões, manguezais, unidades de conservação e patrimônio histórico. Na época, a Petrobras pagou
uma multa de R$ 35 milhões ao Ibama e destinou outros R$ 15 milhões para a revitalização da baía.
Março de 2001:
Bacia de Campos, Macaé (RJ) – Duas explosões em um tanque de óleo e gás mataram 11 pessoas das 175
que estavam a bordo. A plataforma P-36 era a maior em termos de produção de petróleo em alto-mar e este
foi considerado o maior acidente da Petrobras na época. De acordo com o relatório feito pela Comissão de
Investigação da ANP e da Diretoria de Portos e Costas (DPC), depois do alagamento, a plataforma chegou
aos 16 graus de inclinação. Apesar das tentativas de salvamento, ela acabou naufragando, arrastando cerca
de 1,2 milhões de litros de óleo diesel e 350 mil litros de petróleo para o oceano. A conclusão foi que o
acidente ocorreu devido à "não conformidade quanto a procedimentos operacionais, de manutenção e de
projeto". O vazamento rapidamente se espalhou por uma distância de aproximadamente 150 quilômetros da
costa.
Considerações Finais
Esses eventos mostram que tanto por parte das empresas quanto por parte do governo,
a quem cabe o papel de fiscalizar, há ainda muito que avançar para garantir a
segurança dessas extrações. O fato de que há muitas notícias de acidentes como esse
mostra também o quanto a indústria ainda está desprepara para lidar com os riscos
dessas ações.
O Art. 9º da lei diz que as entidades exploradoras de portos organizados deverão
realizar auditorias ambientais bienais, independentes, com o objetivo de avaliar os
sistemas de gestão e controle ambiental em suas unidades. Mas, como os desastres
ocasionados por falhas na fiscalização são desastrosos, acredito que o governo deveria
se envolver com esse processo (auditoria ambiental) para garantir que desastres como
esses posam ser evitados.
Referências
 http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/ambiente/mancha-descaso-vazamento-chevron-
petroleo-647121.shtml
http://noticias.r7.com/rio-de-janeiro/fotos/mancha-contaminou-litoral-norte-do-estado-do-rio-
20111122-13.html#fotos
http://alunosonline.uol.com.br/biologia/derramamento-petroleo.html
http://horizontegeografico.com.br/exibirMateria/2169/conheca-os-piores-acidentes-
petroliferos-registrados-no-brasil-nos-ultimos-anos

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