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Drogas:

ida:uma opção...
retorno???

Regina Julia
Drogas
Produtos químicos –
“psicotrópicos ou psicoativos,
de origem natural ou de
laboratório que produzem
efeitos, sentidos como
prazerosos, pelo SNC.
Motivações para o uso de
drogas
 Alívio da dor
 Busca do prazer
 Busca da transcendência
Dependência

 Pode ser ou não acompanhada


da síndrome da abstinência
O dependente é um
escravo da falta de opção:
fica nas mãos da
ignorância.
 A falta de opção é a negação do
livre-arbítrio.
 O poder de decisão nos
torna livres...
Escalada

Quantitativa
 Uso ocasional uso contínuo
Qualitativa
 Produtos leves produtos
pesados
Tipos de usuários de
drogas
 Experimentador: experimenta um ou
várias substâncias sem dar continuidade
ao uso;
 Usuário casual: utiliza uma ou várias
substâncias sem rupturas nas relações
afetivas, sociais ou profissionais;
 Usuário habitual ou “funcional”: já
apresenta sinais de ruptura;
 Usuário dependente ou “disfuncional”
(dependente químico, toxicômano,
drogadito): vive da droga e para a droga
com rupturas de seus vínculos sociais.
Tolerância

O organismo reage cada vez


menos ao produto...
Aumento da dose...
Overdose
Adolescência...
 Quero ir à boate hoje e não tenho
hora para voltar
 Você ainda é muito jovem, novo
demais para este tipo de programa...
 Ei, é natal. Cadê meu presente?
 Você não acha que já está
grandinho demais, quase adulto?
Ei, prova aí... Tá com
medo, é? Fofinho da
mamãe!
É só uma vez...
Muita Gente Só
Pula Da Ponte
Uma Vez
Também!
?
? O que leva ?
uma
?
? pessoa ao
uso ?de
drogas?
Drogas estimulantes do SNC
Fumo (tabaco)
Cocaína
Crack
Merla
Anfetaminas
Anabolizantes
Fumo
O Tabaco
Coquetel de aproximadamente 4000
substâncias - quase todas nocivas, 40
a 60 têm efeito cancerígeno - é mais
consumido por causa da dor que
causa na ausência do que pelo prazer
que proporciona na freqüência. As
primeiras tragadas são, em geral,
acompanhadas de náusea, tontura e
ânsia de vômito (o mesmo ocorre na
crise de abstinência).
 Instalado o vício, nenhum fumante
jura sentir-se mais vivaz, diligente,
tranqüilo ou moderado à mesa, por
obra do cigarro. Mas se não fumar, o
dependente fica zonzo, ansioso,
negligente e glutão.
 Para manter o equilíbrio
emocional, o fumante se intoxica
com substâncias como o monóxido
de carbono, mesma substância
presente no escapamento dos
carros e na fumaça do cigarro.
 A nicotina estreita os vasos
sangüíneos e libera hormônios que
aumentam a pressão arterial - uma
das causas do infarto. O alcatrão se
acumula nos pulmões e causa
enfisema, uma doença grave e
incurável.
O tabaco não altera o estado
mental.
A partir da tragada, em 7s a
nicotina chega ao cérebro através da
circulação, entrando em contato com
os receptores das células nervosas.

A nicotina “engana” a célula nervosa,


simulando a acetilcolina. Essa
substância estimula a liberação de
dopanina – estimulante da sensação
de prazer- e amplifica a duração de
bem estar.
O organismo reage, criando novos
pontos de ligação da acetilcolina.
Saída: fumar mais.
Vício
Nicotina: adrenalina
Os fumantes aprendem a extrair o
efeito desejado.
Melhora a memória, a concentração,
a sensação de prazer, diminuição da
raiva.
Acelera o metabolismo.
Crise de Abstinência

 Nicotina suspensa:
organismo em desequilíbrio;
 Quando a nicotina se
decompõe – 20 a 30 min – o
fumante ascende outro cigarro.
Malefícios do cigarro
 75% dos casos de bronquite;
 25% dos casos de infarto do miocárdio;
 100 a 800% de risco de aumento de contrair
infecções respiratórias - bacterianas e virais;
 câncer da boca, faringe, laringe, esôfago,
pâncreas, pulmão, rins, bexiga e colo do útero;
 arteriosclerose, aneurisma da aorta, problemas
vasculares cerebrais;
 aumento de rugas e celulite;
 dificuldade de cicatrização;
 cigarro + anticoncepcional = 8X mais chance de
infarto
Derivados da coca
Cocaína

Coca
Crack

Merla
Cocaína
 Pó branco obtido do arbusto de coca
– Erythroxylon coca – ou epadu,
uma planta cultivada em certas
regiões da Bolívia e do Peru.
 Entre os viciados, a cocaína é
inalada, injetada na veia, fumada
com tabaco ou ingerida na bebida
alcoólica.
 Provoca forte dependência psíquica.
Após a inalação:
 Mais energia;
 Agitação;
 Euforia;
 Grande força muscular;
 Vivacidade mental;
 Desaparece o cansaço;
Efeitos fisiológicos
 Vasoconstrição;
 Diminui a circulação da mucosa local;
 Irritação da mucosa, pode perfurar o septo;
 Dores no peito;
 Aumento da freqüência respiratória;
 Taquicarda;
 Falta de ar;
 Hipertensão arterial;
 Inchaço pulmonar e hemorragia nos
alvéolos;
 Eliminação de sangue pela tosse.
Consumo habitual
 Perturbações de memória;
 Perda da capacidade mental;
 Apatia;
 Delírios de perseguição e
alucinações;
 Agressividade;
 Atos anti-sociais graves.
Crack
 É a cocaína transformada com o uso
de soda cáustica ou bicarbonato de
sódio para se tornar própria para o
fumo: cocaína solidificada e fumada
na forma de cristais ou pedras.
 É cinco vezes mais potente do que a
cocaína.
 Vicia rapidamente e o mata de forma
fuminante.
Mecanismo
 1g de cocaína – 8 pedras de crack.
 Em 8s seu efeito destruidor já é
aparente.
 Promove acúmulo de dopamina nos
feixes nervosos.
 Bloqueia o mecanismo de recaptura
de dopamina na fenda sináptica,
superestimando os receptores
moleculares.
Conseqüências do uso de
crack
 Euforia;
 Desinibição;
 Agitação psicomotora;
 Taquicardia;
 Dilatação da pupila;
 Aumento da PA e da transpiração;
 Alucinações visuais ou táteis;
 Diminui a fome;
 Altera os centros límbicos relacionados ao
prazer.
A euforia dura pouco
 Logo induz à escalada quantitativa;
 Ao perceber que há demasiados
receptores na sinapse, estes são
reduzidos;
 Assim, as sinapses tornam-se lentas;
 Depressão após a euforia;
 Sensação de medo e de paranóia (nóia), o
que torna os usuários agressivos.
Merla
 Derivada da cocaína
 Esta é tratada com álcalis, solvente
orgânico como querosene, gasolina
ou ácido sulfúrico.
 Droga típica do DF.
 Conhecida também como melado
(Pará), bazuco (Amazônia), mela
(Rondônia)
Constituição e preparo
 Os solventes químicos são adicionados às
folhas secas, obtendo-se uma substância
pastosa.
 Deste refino, é formada uma borra da qual é

produzida a merla.
 A concentração de cocaína na merla varia de

40 a 70%.
 O restante constitui-se de solução de bateria,
querosene, pó de ladrilho, pó de giz, farinha
de plátamo, aspirina, entre outros.
 É usada na forma de fumo.
Dependência
 Vem em dias, traduzida por um
sintoma conhecido como craving ou
fissura: vontade incontrolável de
fumar mais.
 A merla é altamente tóxica;
 É absorvida rapidamente pelos
pulmões;
 Chega ao sangue, atinge o cérebro,
promovendo excitação do SNC.
Após o uso da merla
 Semanas após o uso contínuo da merla,
há perda de apetite, de peso, sonolência e
cansaço constante, porém há
incapacidade de conciliar o sono.
 O uso contínuo induz a graves danos
cerebrais que podem ser irreversíveis.
 Perda progressiva do desejo sexual que
conduz à impotência e à frigidez
 Incapacidade de concentração.
Dependência
 Ocorre dependência psíquica.
 Dependência física ainda em estudo.
 O uso prolongado leva à depressão,
podendo levar ao suicídio.
 Pode causar fibrose pulmonar e,
devido aos solventes, perda dos
dentes.
 O usuário torna-se agressivo e
violento
Anfetaminas ou bolinhas
 Drogas sintéticas que agem de maneira
ampla.
 A primeira foi a D-anfetamina
(dextroanfetamina) – 1928.
 Entrou no mercado em 1932.
 Outras fabricadas em laboratório:
dietilpropina, metanfetamina (já tirada do
mercado brasileiro), preludim, mazindol.
 Muito usadas durante a II Guerra Mundial
a fim de fazer os soldados resistirem à
fadiga e à fome.
Via de administração e
mecanismo de ação
 São tomadas como comprimidos ou
injetadas na veia.
 Aumentam a atividade motora;
 Provocam inapetência, euforia e cortam a
sonolência.
 O organismo fica em estado de estresse,
com freqüência cardíaca e PA
aumentadas.
 Promovem dilatação das pupilas (midríase)
Anfetaminas :riscos
 São usados em moderadores de
apetite.
 Devido ao risco de tolerância e de
dependência só podem ser vendidos
sob receita médica.
 São usadas ilegalmente para obter
excitação ou reduzir a fadiga e o sono
antes das provas ou de competições
atléticas (dopping)
Mais conseqüências
 Com o aumento das doses, surgem
sintomas como a esquizofrenia (a
pessoa fica irritadiça, agressiva,
começa a suspeitar que outros estão
tramando contra ela, tem
alucinações);
 Pode levar à insônia, perda de peso
danos ao fígado e aos rins, suicídio
ou morte por intoxicação.
Anabolizantes

 Esteróides anabolizantes são derivados


síntéticos da testosterona.
 Não há estudos que comprovem aumento
da força física e potência musculares.
 Não há estudos que confirmem que há
dependência, embora usuários desta
droga experimentem crises de depressão.
Como agem os esteróides
anabolizantes
 1- A testosterona que está no sangue
atravessa com facilidade a parede da
célula até chegar ao citoplasma. Com
anabolizante, a quantidade maior de
hormônios obriga a célula a usar
receptores para todas as pequenas
moléculas.
 2- Mesmo sendo um hormônio sintetizado,
o anabolizante tem o mesmo formato que
o hormônio natural. No citoplasma da
célula, encaixa-se nos receptores
androgênicos, responsáveis exclusivos
pelo transporte do hormônio masculino.
 3- O complexo formado pela testosterona e
pelo receptor androgênico entra no núcleo,
onde está o DNA da célula. Cada
complexo se combina com uma parte do
DNA e, a partir daí, forma-se o chamado
RNA mensageiro (RNAm).

 4- O RNAm leva o código transmitido pelo


DNA de volta para o citoplasma e se
encaixa nos ribossomos. A partir daí, inicia-
se a fase efetiva da síntese protéica, pois
os RNA transportadores - RNAt (moléculas
que carregam o aminoácido) já podem
transportar os formadores da proteína até
o local da síntese protéica.
 5- Cada RNAt que carrega um aminoácido se
fixa em uma parte do complexo ribossomo-
RNAm, levando seu respectivo aminoácido.
Toda a fita, formada por combinações do
código genético, recebe os RNA
transportadores com seus respectivos
aminoácidos, que vão se juntando até formar
uma enorme cadeia. Essa cadeia é a proteína.
 6- Quando o atleta usa anabolizantes, há
muitas partículas de hormônio masculino no
citoplasma na fase 1. Isso acelera a atividade
da célula e provoca a síntese de mais
proteínas que o normal. Como as células
musculares não se multiplicam, elas ficam
hipertrofiadas de proteínas e crescem além do
normal. A massa muscular, como
conseqüência, aumenta em cerca de três a
quatro semanas.
 Efeitos colaterais dos anabolizantes em
ambos os sexos

 CÉREBRO:

 1. dores de cabeça
 2. tonturas
 3. aumento da agressividade
 4. irritação
 5. alteração do humor
 6. comportamento anti-social
 7. paranóia
 8. depressão
 9. excitação e insônia
 CORAÇÃO:

 aumento do músculo cardíaco, que pode


levar a infarto em jovens

 FÍGADO E SISTEMA DIGESTIVO:

 1. aumento da produção da enzima


transaminase, responsável pelo
metabolismo das substâncias. O órgão
passa a trabalhar demais. Foram
registrados casos de tumor, cirrose,
icterícia, tumor e peliosis hepatis (cistos
cheios de sangue que podem levar a
hemorragias).
 2. náuseas e vômitos.
 RINS E APARELHO URINÁRIO:
edema devido à retenção de água e sais minerais
(sódio, cloretos, fosfato, potássio e cálcio). Os rins
ficam sobrecarregados e, em longo prazo, podem
aparecer tumores, queimação e dores ao urinar.

 APARELHO REPRODUTOR:
 1. esterilidade
 2. aumento da libido inicialmente e queda depois do
uso repetido
 PELE:
 1. acne (tipo grave que deixa cicatrizes no rosto e
no corpo)
 2. estrias
 3. padrões masculinos de calvície
 4. calafrios
 MÚSCULOS E LIGAMENTOS:

 1. aumento da massa muscular pelo depósito de


proteínas nas fibras musculares.
 2. diminuição da quantidade de gordura do
corpo.
 3. mais chance de ruptura de ligamentos.
 SISTEMA CIRCULATÓRIO E IMUNOLÓGICO:

 1. redução do bom colesterol (HDL) e aumento


do mau colesterol (LDL), o que pode levar à
hipertensão arterial.
 2. aumento do número de hemácias jovens e
diminuição dos glóbulos brancos de defesa.
 3. anemia ferropriva (por deficiência de ferro).
 OSSOS:

 Na puberdade, os anabolizantes
aceleram o fechamento das epífises
(regiões de ossos responsáveis pelo
crescimento), reduzindo o período de
crescimento, resultando em uma
estatura menor.
 Em homens
  irritabilidade na bexiga
  ginecomastia (desenvolvimento
excessivo da glândula mamária do
homem)
  aumento da freqüência de
ereções
  atrofia testicular
  oligospermia (baixa de
espermatozóides), podendo levar à
esterilidade (são necessários de seis
a 30 meses para que o homem volte
à produção normal de
espermatozóides).
 Em mulheres:
  hipertrofia do clitóris
  engrossamento da voz
  irregularidade menstrual
  aumento de pêlos faciais e no
corpo
  virilização
ANABOLIZANTES ESTERÉRÓIDES X AMINOÁCIDOS

A maioria dos anabolizantes é derivada


sintético do hormônio masculino testosterona,
geralmente retirado do testículo do boi. A substância
faz o anabolismo protéico que, associada a exercícios
físicos, aumenta a massa muscular.
Tanto homens quanto mulheres produzem
normalmente a testosterona. A hipófise, produz uma
substância chamada gonadotrofina que avisa aos
órgãos reprodutores que é necessária a produção de
testosterona. Quando a testosterona está circulando
no sangue, um mecanismo desliga a hipófise, que
pára de enviar sinais para o organismo.
 Mas quando se consome testosterona sintética, o
organismo suspende o comando de liberação de
gonadotrofina pela hipófise e, conseqüentemente, as
funções dos testículos, onde se fabricam o hormônio
e os espermatozóides. Por isso, o uso de
anabolizantes causa infertilidade que, na maioria dos
casos, é reversível com a suspensão da droga.
 Os anabolizantes não esteróides, como os
aminoácidos, ajudam a sintetizar proteínas. São
como os tijolos de uma parede. Só têm algum efeito
se associados a uma alimentação adequada e
exercícios físicos. Com uma dieta bem balanceada,
com quantidades adequadas de proteínas, obtém-se
o mesmo efeito, sem os riscos dos anabolizantes,
que podem também levar à obesidade.
 Além do uso de esteróides
anabolizantes, existem mais quatro
classes de dopping:
 estimulantes: visam diminuir a
sensação de fadiga. Também servem
para atletas de provas de longa duração,
como maratona e marcha. Fazem parte
desse grupo as anfetaminas, a efedrina,
a cafeína e a cocaína (apesar de trazer
mais prejuízos do que benefícios).

 narcóticos analgésicos são usados para


aliviar a dor. Empregados de maneira
geral em todas as modalidades.
 Diuréticos: atendem a duas
finalidades: para perder peso, nos
casos de modalidades divididas em
categorias, como boxe, judô e
levantamento de peso ou para
aumentar o volume da urina, para
que traços de substâncias apareçam
diluídos no exame.
 Esteróides anabolizantes: são
utilizados em esportes que exigem
força, explosão e velocidade, como
levantamento de peso e atletismo.
  hormônio peptídico, substância
natural cuja molécula é formada por
dois aminoácidos e cuja principal
função é a fixação de proteínas no
organismo: utilizados em esportes
de potência ou força pura, como
arremesso, ciclismo, remo e
levantamento de peso.
  beta-bloqueadores: atuam sobre
a circulação provocando a
diminuição dos batimentos
cardíacos. É a droga dos esportes
de alta precisão, como tiro ao alvo e
arco e fecha.

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