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NUTRIÇÃO MINERAL

DE PLANTAS
(45 HORAS)
Prof. Tadeu T. Inoue
DS. Solos e Nutrição de Plantas
Universidade Estadual de Maringá
EMENTA
  Os nutrientes minerais essenciais
e suas funções na planta.
Absorção e translocação de
nutrientes. Sintomas de
deficiências e excessos.
Interação entre nutrientes
minerais na planta. Estudo
comparativo de fonte de
nutrientes.
“Nem a presença ou a concentração de um
elemento mineral em uma planta é um
critério para sua essencialidade. As
plantas tem uma capacidade limitada para
selecionar a absorção dos nutrientes que
são necessários para seu crescimento.
Assim sendo, além destes, ela também
absorve do meio elementos que são
necessários, podendo muitas vezes serem
até tóxicos para si.”
Classificação dos Elementos Minerais

a) Essenciais: Elementos sem os quais a planta


não consegue sobreviver.
b) Úteis: A planta consegue sobreviver sem a
presença dos mesmos, entretanto sua
presença é capaz de contribuir para o
crescimento, produção ou resistência a
condições desvaforáveis do meio (clima, praga,
doenças e etc.).
c) Tóxicos: Quando são prejudiciais à planta, não
se encaixando em nenhuma das classificações
acima.
Arnon & Stout (1939) –
Critérios para essencialidade
de um elemento mineral.
a) A planta não é capaz de completar seu ciclo
de vida na ausência do elemento.
b) A função fisiológica do elemento mineral não
pode ser substituída por nenhum outro.
c) O elemento tem que estar diretamente
envolvido com o metabolismo da planta ou
ser requerido numa determinada etapa
metabólica.
Tabela 1 – Extração média de nutrientes pelas culturas da
soja e do milho para produção de 1 T ha-1 de grãos.

Macronutrient
(kg)
Fonte: EMBRAPA Milho e Sorgo (www.cnpms.embrapa.br);
EMBRAPA Soja (www.cnpso.embrapa.br)
a) Ar = C
b) Água = H e O
c) Solo = Todos os demais elementos

Obs.: Do ponto de vista quantitativo o


solo é o meio menos
importante,mas
qualitativamente assume grande
importância, sendo também o
meio mais facilmente modificável
pelo homem (correção e
SOLO
É a fração dinâmica da superfície
terrestre, onde todos os processos
físicos, químicos e biológicos
ocorrem. Sua caracterização química
e física é influenciada por diversos
fatores (climáticos, biológicos,
topográficos e antrópicos).
Fases do Solo
Fase Gasosa
+
Fase Líquida

+
Fase Sólida
Fases do Solo

Fonte: http://kshitija.files.wordpress.com/2006/11/phase1.jpg
Fases do Solo
Fase Gasosa
- Possui composição química diferente da
atmosfera devido a processos como a
decomposição da matéria orgânica (MO) e
outros processos biológicos, realizados pelos
organismos vivos existentes. Importante por
fornecer O2 para as raízes.

a) Ar Atmosférico: 21% O2; 0,03% CO2; 79% N


b) Ar do Solo: 19% O2; 0,9% CO2; 72% N
Fases do Solo
Fase Líquida
- Compõem a
solução do solo
(água + nutrientes).
Representa o
compartimento de
onde as raízes
retiram os nutrientes
para seu
crescimento.

Fonte: http://www.pedologiafacil.com.br/enq_22.php
Fases do Solo
Fase Sólida
- Fração orgânica: Corresponde a soma do
material orgânico + a matéria orgânica
(húmus)
- Fração mineral: Refere-se às partículas com
diâmetro < 0,002 mm. Importante por
apresentar em sua superfície cargas
predominantemente negativas, favorecendo
a adsorção de cátions (Ca2+ , Mg2+ , K+, Zn2+ ,
etc.).
Fases do Solo
Tabela 2 – Capacidade de troca
catiônica dos principais
colóides do solo.

Colóid
Relação entre as Fases do Solo

FATOR INTENSIDADE
Responsável pelo disponibilização
dos nutrientes para as plantas –
SOLUÇÃO DO SOLO

FATOR QUANTIDADE
Responsável pelo poder tampão do
solo, armazenamento dos
nutrientes.

Fonte: http://kshitija.files.wordpress.com/2006/11/phase1.jpg
 Absorção: Processo pelo qual o elemento passa do
substrato (solo, solução nutritiva) para uma parte
qualquer da célula (parede, citoplasma, vacúolo).
 Transporte: Transferência do elemento em forma
igual ou diferente da absorvida de um órgão ou
região de absorção para outro qualquer (raiz → parte
aérea).
 Redistribuição: Transferência de um elemento de
um órgão ou região de acúmulo para outro em forma
igual ou diferente da absorvida.
Órgãos
novos

Redistribuição
Parte
Aérea
Órgãos
velhos

Transporte

Raiz
Raiz
Absorção
Solo
 Processo pelo qual as plantas
adquirem os nutrientes necessários
para seu crescimento e
desenvolvimento, ocorrendo
preferencialmente via RAIZ, podendo
no entanto ocorrer através de outros
órgãos (ex.: FOLHA).

OBS.: Primeira condição para absorção


ESTABELECIMENTO DO CONTATO
ÍON RAIZ.
B) Fluxo de Massa

RAIZ
Nut. H2O

Nut. A) Interceptação Radicular

C) Difusão
 Interceptação Radicular: Deve-se
ao encontro das raízes (em
crescimento) com os íons da solução
do solo. A contribuição deste processo
é pequena, sendo proporcional à
relação existente entre a superfície
das raízes e o volume de solo
explorado (VR / VS = 2 x 10-5 )
 Fluxo de Massa: Movimento dos íons
em uma fase aquosa móvel (solução do
solo), devido a um gradiente de tensão
da água no solo, entre a região mais
próxima à superfície da raiz (mais seca)
e outra adjacente (mais úmida). A
quantidade de elementos que pode
entrar em contato com a raiz é dada por:

QFM = [M] x V onde [M] = concentração do elemento na solução


do solo e V = volume de água absorvida pelas raízes.
 Difusão: Movimento dos íons em
uma fase aquosa estacionária,
acontece a curtas distâncias, depende
diretamente da mobilidade do
elemento no solo e da diferença de
concentração entre dois pontos no
mesmo.

Lei de Fick: S/T = Da x (C1- C2) / X


Onde S= quantidade de íons difundida (moles); T= tempo (s); D=
Coeficiente de difusão; a= área (cm2); C1 e C2 = concentração no
ponto 1 e 2; X= distância entre os pontos C1 e C2.
Tabela 3 – Estimativa do coeficiente de difusão (m2 s-1 ) de íons na água,
no solo e suas médias de movimento por dia

Coeficiente de
Íon
Água
Fonte: Mineral Nutrition of Higher Plants – Marschner, 1995.

FLUXO DE MASSA
- -9
NO3 1,9x10 1
DIFUSÃO
+ -9
K 2,0x10 1
Tabela 4 - Relação entre o processo de contato e a forma de
aplicação do adubo.

Elemento Int
Fonte: Malavolta, 1997.
a) Passivo: Processo executado
rapidamente, ocorre a favor de um
gradiente de concentração (+ → -), o
elemento é colocado no ELA.

b) Ativo: Processo lento, ocorre contra


um gradiente de concentração (- →
+), o elemento é colocado no
citoplasma e/ou no vacúolo.
Parênquima
Cortical
Epiderme
Floema

ELA
Espaço
Livre
Aparente

SIMPLASTO
Xilema

Parênquima
Medular
Endoderme
Tabela 4 – Comparação entre os processos passivo e ativo
de absorção.
Mecanismos de
absorção

vo
Ati

Passiv
o

Figura 1 – Velocidade de absorção de solutos em função do tempo.


Fonte: Marschner, 1995.
Formas iônicas de absorção dos
elementos minerais na planta.

MACRONUTRIENTES
- -
NO , NH , K , H2PO , Ca2+ , Mg2+ , SO42-
3 4
+ +
4

MICRONUTRIENTES

-
Fe , Zn , Cu , Mn , H3BO , MoO42- , Cl-
2+ 2+ 2+ 2+
3
Absorção Passiva
Adsorção: Caracteriza-se por ser um fenômeno
de superfície, podendo ser de 2 tipos.

Adsorção mecânica: Ocorre em função das


valências residuais das paredes e membranas
celulares (Ex.: NH2+; R-COO-).

Adsorção polar: Conduz a formação de sais no


ELA (Ex.: KH2PO4).
Absorção Passiva

Figura 2 – Diagrama esquemático de poros do ESPAÇO LIVRE


APARENTE (Espaço Livre de Donnan + Espaço Livre
da Água). Fonte: Marschner, 1995.
Absorção Ativa

Figura 3 – Principais mecanismos de transporte na membrana plasmática.


(A) H+-ATPase; (B) Canal Iônico; (C) Transportador; (D)
Proteínas acopladas a percepção de sinal de transdução.
(Marscner, 1995).
Absorção Ativa
a) Teoria dos carreadores: A absorção
de íons e pequenas moléculas
(aminoácidos e açúcares) através das
membranas biológicas (plasmalema,
tonoplasto), necessitam de sua
combinação com moléculas chamadas
carreadores (transportadores ou
ionóforos). R ← R´
Mext. ↓ ↑ Mint.
MR → MR
Absorção Ativa
Através da formação do complexo
“carreador-íons”, ocorre sua passagem
através da barreira lipídica das
membranas, este tipo de transporte
apresenta características de uma reação
enzimática, obedecendo ao modelo
proposto por Michaelis-Menten.

Onde V = Velocidade de absorção


Vmáx = Velocidade máxima de abs.
Km = Constante de Michaelis-Menten
Absorção Ativa

Vmax.

Vmax/2

Km

[C]
[Cmin.]

Figura 4 – Relação da concentração iônica da solução e a velocidade


de absorção, conforme a equação de Michaelis-Mentem.
Adaptado de Prado, 2008.
FATORES QUE AFETAM A ABSORÇÃO
DE NUTRIENTES PELAS RAÍZES

Tabela 05 – Parâmetros cinéticos de absorção de


nutrientes de algumas espécies e
cultivares de plantas.
Parâmetros cinéticos
Espécie Elemento Vmáx Km Cmim
nM M-2 S-1 µM L
-1

Arroz (sequeiro) K 13,0 25,0 2,0


Arroz (EEA-406) K 13,0 2,5 1,8
Milho K 40,0 16,0 1,0
Milho P 4,0 3,0 0,2
Soja P 0,8 2,0 0,1
Trigo P 5,1 6,0 3,0
Fonte: Malavolta, 1997.
Teoria quimiosmótica
 Proposta por Mitchel para explicar a absorção
iônica dos elemento mediada pela atividade
de enzimas “ATPases” presentes nas
membranas biológicas.

Fonte:
Marschner,
1995.
FATORES QUE AFETAM A ABSORÇÃO DE
NUTRIENTES PELAS RAÍZES

Figura 6 - Parametros utilizados para explicação dos fatores envolvidos na


absorção de nutrientes pelas raízes (Clarkson, 1995 adaptado de
Marchner, 1995).
a) Disponibilidade do
elemento na solução do
solo e desenvolvimento
do sistema radical.
N P
N
P
N
N P
P N
P
b) pH
(Efeito Indireto)

Fonte: MALAVOLTA , 1997


b) pH
(Efeito Direto)

- Competição de H+ Cátions
OH- Ânions
- Atividade das ATPases
(pH 6,0 = 150mV; pH 4,0 = 100 mV)
- Desestruturação do plasmalema

Fonte: MALAVOLTA , 1997


C) Aeração: Absorção ativa = Gasto de energia

CONSUMO
ATP

Respiração
O2
Tabela 6 – Efeito da pressão parcial de O2 em torno das
raízes na absorção de K e P por plantas de
cevada.
Pressão parcial de Absorção relativa
O2 (%) K P
20,0 100 100
5,0 75 56
0,5 37 30
Fonte: Marschner, 1995.
↑ AERAÇÃO

↓Disponibilidade
↓Fe2+ → Fe3+
↑ Disponibilidade
Mineralização da MO;
Oxidação N → NO3- e S → SO42-
d) TEMPERATURA: Respiração

Figura 7. Efeito da
K
temperatura na
velocidade de
absorção de K e P
e na intensidade
respiratória em
raízes de milho. P

Fonte: Marschner, 1995.


e) UMIDADE: - Solubilização dos Nutrientes
- Processo de Absorção (Fluxo de
Massa)

f) ÍONS: - Velocidade de Absorção


- Ânions (NO3- > Cl- > SO42- > H2PO4-)
- Cátions (NH4+ > K+ > Na+ > Mg2+ > Ca2+ )
g) INTERAÇÃO ENTRE ÍONS:
g1) INIBIÇÃO: Consiste na inibição da absorção de um
nutriente devido a presença de outro, podendo ser:
a) Competitiva: Quando 2 elementos se ligam em um
mesmo sítio ativo no carreador.
b) Não-competitiva: Quando 2 elementos se ligam a
sítios diferentes no carreador.
g2) SINERGISMO: Consiste no aumento da absorção
de um elemento influenciado pela presença de
outro.
Tabela 2 – Exemplo de efeitos interiônicos.
Íon 2o Íon presente Efeito
Mg2+; Ca2+ K+ Inibição competitiva
H2PO4- Al3+ Inibição não competitiva
K+; Mg2+; Ca2+ Al3+ Inibição competitiva
H3BO3- NO3-; NH4+ Inibição não competitiva
K+ Ca2+ Inibição competitiva
K+ Ca2+ Sinergismo
SO42- SeO42- Inibição competitiva
SO42- Cl- Inibição competitiva
MoO42- SO42- Inibição competitiva
Zn2+ Mg2+ Inibição competitiva
Zn2+ Ca2+ Inibição competitiva
Zn2+ H2PO4- Inibição não competitiva
Fe2+ Mn2+ Inibição competitiva
MoO42- H2PO4- [ ↓ ] Sinergismo
Cu2+ MoO42- Inibição competitiva
Fonte: MALAVOLTA , 1997
Figura 8. Absorção de K em função da variação do
pH do meio e a presença e ausência de
Ca. Fonte: Marschner, 1995.
Tabela 3 – Efeito do K+ e do Ca2+ sobre a absorção do Mg2+
por plântulas de cevada.
Mg2+ absorvido (meq / 10g raiz / 8 horas)
Órgão
MgCl2 MgCl2 + CaSO4 MgCl2 + CaSO4 + KCl
Raiz 165 115 15
Parte Aérea 88 25 6,5
Fonte: Marschner, 1995.
h) MICORRIZAS: Interação entre fungos do solo
e raízes de plantas (simbiose)
Tabela 4 – Efeito da colonização de Pinus caribaeae com
Pisolithus tinctorius sobre a produção de
massa seca e nos parâmetros cinéticos de
absorção.
h) MICORRIZAS:
a) POTENCIALIDADE GENÉTICA:
- Genótipos vs. Características de absorção
(Parâmetros cinéticos de absorção – Vmáx; Km
e Cmin)
- Tolerância a elementos tóxicos.
- Capacidade de acidificação do meio e
exsudação de fitossideróforos.
- Estabelecimento de simbiose, associações e
etc com microorganismos.
Estratégias diferenciadas de absorção de
cátions (mono e dicotiledôneas)
Estratégia 1 - Dicotiledôneas
ATP
H+
ADP

NADH Fe3+ - QUELADO


NAD+ Fe2+

Fe2+ Fe2+

INTERIOR EXTERIOR
Estratégias diferenciadas de absorção de
cátions (mono e dicotiledôneas)
Estratégia 2 - Monocotiledôneas
Fitosideróforo Fitosideróforo
(FS) (FS)
(ácidos orgânicos
e Amino-ácidos)

Fe3+ - FS Fe3+ - FS

INTERIOR EXTERIOR
b) ESTADO IÔNICO INTERNO:
- Tx de absorção diretamente proporcional à
quantidade de nutrientes na raiz, assim dentro de
limites:
− ↑ Concentração do elemento na raiz = ↓ a tx. de
absorção
− ↓ Concentração do elemento na raiz = ↑ a tx. de
absorção
Tabela 5 – Absorção inicial de sulfato por
raízes de trigo, em função de
diferentes concentrações de
sulfato na solução de cultivo.
Pré- tratamento Absorção subseqüente
2- -1
(mM SO4 ) (nMol g raiz fresca)
0,5000 32
0,2500 40
0,0500 92
0,0005 197
Fonte: Marschner, 1995.
c) NÍVEL DE CARBOIDRATOS:
Tabela 6 – Conteúdo de carboidratos na raiz e
a taxa de absorção de K+ por raízes
de cevada.
Carboidrato Absorção de K+
(mg de glicose g-1 raiz fresca) (nMol g-1 raiz fresca)
3,0 49
1,9 36
1,5 18
1,3 09
Fonte: Marschner, 1995.
d) INTENSIDADE TRANSPIRATÓRIA:
EFEITO INDIRETO

P.A. (transpiração)

“tensão” (xilema)

raiz solo (água)


e) MORFOLOGIA DAS RAÍZES:
SISTEMA RADICULAR BEM
DESENVOLVIDO

> VOLUME DE SOLO


EXPLORADO

> QUANTIDADE DE
NUTRIENTES ABSORVIDOS
Rota de Movimento de
Solutos na Planta
o Movimento a Curta Distância (Radial):
Compreende o movimento dos solutos da zona de
absorção (superfície do órgão) até os feixes
vasculares (Xilema e/ou Floema).

o Movimento a Longa Distância (Longitudinal):


Compreende o movimento dos solutos do local de
entrada até o local de saída nos feixes vasculares
(Fonte → Dreno)
Movimento a Curta Distância
(Radial)

Figura 4 – Representação diagramatica das rotas possíveis dos solutos nas


raízes. 1 – Rota Simplástica; 2 – Rota Apoplástica (Marschner, 1995).
Teoria do carregamento de
Solutos no Xilema

Figura 5 – Teoria das 2 bombas (Pittman, 1977). ec – Bomba exterior – cortex;


cx – Bomba cortex – xilema. Fonte: Marschner, 1995.
Células do Xilema
Movimento da Parte aérea
a Longa
Distância
(Longitudinal) 5 - Movimento
da solução da
Raiz p/ Parte
Aérea 4 - Elevação da
pressão de turgor
(Pressão Hidrostática
1 - Íons da solução ou Radicular)
2 -
do solo (Ca, Mg, P, ↑ [íons]
K e etc) 3 - H2O
↓Ψ w

Células do Xilema da Raiz


Movimento a Longa Distância
(Longitudinal)
P.A.
Floema – Transporte
Xilema – bidirecional (Acrópeto /
Transporte Basípeto)
unidirecional
(Acrópeto) Obs.: A direção do
transporte é determinada
Obs. – primariamente pela
Via corrente necessidade nutricional dos
transpiratória vários órgãos ou tecidos,
ocorrendo sempre da fonte
para o dreno.
RAIZ
Composição da seiva do Floema e
Xilema
Tabela 7 – Comparação da seiva do floema e do xilema de Nicotiniana
glauca.
Floema Xilema
Compostos
µ g mL-1
Sacarose 155 – 168 N.D.
Aminoácidos 10.808,0 283,0
Potássio 3.673,0 204,3
Fósforo 434,6 68,1
Cloro 486,4 36,8
Enxofre 138,9 43,8
Cálcio 83,3 43,8
Zinco 15,9 1,5
Cobre 1,2 0,1
Ferro 9,4 0,6
N.D. = Não determinado
Fonte: Marschner, 1995.
Fluxo da Seiva no Xilema.
1 – Pressão hidrostática (radicular) na base do xilema
nas raízes
2 – Pressão negativa nos elementos de vaso gerada
nos pontos de evaporação da água na superfície
das folhas (estômatos).
Tabela 7 – Efeito da transpiração no transporte
de Silício em plantas de centeio.

Transpiração
-1
(mL/planta )
Fonte: Marschner, 1995.
Fluxo da Seiva no Floema.
Relação Fonte – Dreno

Fonte: Todo órgão capaz de doar solutos


(orgânicos ou minerais) para outro órgão.
Dreno: Todo órgão capaz de receber os
solutos doados pela fonte, podendo ser
divididos em vegetativos e reprodutivos.
Fluxo da Seiva no Floema.

Dreno para
fotoassimilados

As
Fonte
raízes
principal
são Fonte
de ou
nutrientes
Drenominerais
???

Fonte: University of Illinois (weedsoft.unl.edu/.../Soybean/Soy.htm)


Fluxo da Seiva no Floema.

Frutos
Dreno preferencial

Absorção

Fonte: University of Illinois (weedsoft.unl.edu/.../Soybean/Soy.htm)


Mobilidade dos Nutrientes no
Floema.
Tabela 9 – Mobilidade dos elementos minerais no floema.
Altamente móveis Mediamente móveis Pouco móveis
K Fe Ca
Mg Zn Mn
P Cu
S B
Cl Mo
Na
N
Fonte: Malavolta, 1997.
Transporte de Nutrientes no
xilema e floema.
Tabela 10 – Importação de K, Mg e Ca pelo xilema e
floema para as gemas terminais e folhas
jovens de feijão.
Gemas Terminais Folhas Jovens
Órgão
K Mg Ca K Mg Ca
Xilema 39,0 8,0 4,20 20,6 5,2 2,40
Floema 20,4 2,0 0,03 19,3 2,0 0,03
Fonte: Marschner, 1995.
Transporte de Nutrientes no
xilema e floema.
Tabela 11 – Importação (+) e exportação (-) de N
durante os estádios de desenvolvimento
de uma folha de feijão.
N (nmol folha-1)
Dias após a emergência
Xilema Floema
1 – 12 DRENO +2,7 +1,4
13 – 20 +2,5 -1,1
21 – 40 +2,8 -3,7
41 – 60 FONTE +1,4 -4,0
Fonte: Marschner, 1995.
PLANTAS

 Raiz (Absorção de água e nutrientes)


 Caule (transporte, sustentação)
 Folha (fotossíntese, trocas gasosas,
transpiração e absorção de alguns
compostos)
Base para aplicação foliar de adubos, herbicidas e
etc.
a) Corrigir deficiências eventuais dentro do
ciclo da planta.
b) Fornecimento de micronutrientes,
principalmente em culturas perenes, onde o
solo apresenta menor eficiência.
c) Aumentar a eficiência de aproveitamento
dos adubos.
d) Distribuição uniforme dos adubos.
Passivo: Processo não metabólico onde o
elemento é colocado no ELA.

Ativo: Processo metabólico onde o elemento


é colocado no SIMPLASTO. Há
necessidade de gasto de energia
pra vencer a barreira imposta pelas
membrana biológicas.
Molhamento Penetração Movimento
Superficial cuticular Apoplástico

Síntese de
Absorção Ativa
Carregamento Ativo Compostos
do Floema Orgânicos

Transporte a Carregamento Ativo Movimento


Longa Distância do Floema Simplástico
Diferenças no transporte à longa
distância (Folha / Raiz)

Raízes Apoplasto Simplasto Xilema

Apoplasto Simplasto
Folhas Floema

Apoplasto Apoplasto
Velocidade de Absorção pela Folha e
Mobilidade dos Nutrientes no Floema

Tabela 12 – Velocidade de absorção de nutrientes


aplicados via foliar.

Nutriente
Nitrogênio
Fósforo
Potássio
Fonte: Malavolta, 1997.
Velocidade de Absorção pela Folha e
Mobilidade dos Nutrientes no Floema

Tabela 13 – Mobilidade dos elementos minerais no


floema.
Altamente móveis Mediamente móveis Pouco móveis
K Fe Ca
Mg Zn Mn
P Cu
S B
Cl Mo
Na
N
Fonte: Malavolta, 1997.
A) Molhabilidade da Superfície Foliar:
(Composição da calda vs. Composição da Cutícula)

Surfactante: Agentes molhantes


Gotícula Cutícula ou adesivos, rompem a tensão
s superficial da interface
gotícula/solução; reduzem a
evaporação da calda,
aumentam o poder de
S/ Surfactante C/ Surfactante penetração do produto na
câmara sub-estomática.
B) Temperatura e Umidade Relativa do Ar:

Temperaturas Altas: > Taxa de Evaporação da


Solução
< Hidratação da Cutícula
> Fechamento dos Estômatos

Diminuição na Tx. de Absorção


C) Efeitos Interiônicos:
Tabela 14 – Exemplo de efeitos interiônicos.
Íon 2o Íon presente Efeito
Mg2+; Ca2+ K+ Inibição competitiva
H2PO4- Al3+ Inibição não competitiva
K+; Mg2+; Ca2+ Al3+ Inibição competitiva
H3BO3- NO3-; NH4+ Inibição não competitiva
K+ Ca2+ Inibição competitiva
K+ Ca2+ Sinergismo
SO42- SeO42- Inibição competitiva
SO42- Cl- Inibição competitiva
MoO42- SO42- Inibição competitiva
Zn2+ Mg2+ Inibição competitiva
Zn2+ Ca2+ Inibição competitiva
Zn2+ H2PO4- Inibição não competitiva
Fe2+ Mn2+ Inibição competitiva
MoO42- H2PO4- [ ↓ ] Sinergismo
Cu2+ MoO42- Inibição competitiva
C) Efeitos Interiônicos:
Tabela 15 – Efeito da fonte sobre a absorção de Zn por
folhas de cafeeiro.

Fonte
Sulfato de Zn
Dose – 0,325 g Zn/aplicação; Folhas analisadas 60 dias após a 2ª aplicação.

Cloreto de Zn
Fonte: GARCIA & SALGADO (1981)
Uréia: Absorção por “DIFUSÃO FACILITADA”, tem capacidade de
romper as ligações químicas dos componentes da cutícula,
parede celular, plasmalema e tonoplasto.

Tabela 16 – Tolerância das culturas à uréia aplicada nas folhas.

Cultura
Pepino, Feijão, Tomate
Aipo, Cebola, Batata, C
E) Luz:
- Fornecimento de energia (absorção ativa – ATP)
- Abertura dos estômatos (≅ 5% da área foliar)

Tabela 12 – Efeitos da Luz e do inibidor 2,4 DNP


sobre a absorção de K por folhas de
milho.

Tratamento
Fonte: Marschner, 1995.
A) Superfície Foliar: - Cutículas finas
- Alta freqüência de estômatos
- Presença de tricomas

B) Idade da Folha: - Folhas novas > absorção


(> ativ. Metabólica)
- Folhas velhas < absorção
(> desenvolvimento cuticular)
C) Estado Iônico Interno:

Tabela 17 – Absorção foliar e translocação do P32 por plantas de


cevada.

Fonte: Marschner, 1995.


P

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