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O PAPEL

IDENTIFICAÇÃO E ORIGEM DO
PAPEL
Para produzir 1 tonelada de papel são necessários, em média, 24 árvores? A quantidade
e a qualidade do papel vão determinar o tipo de madeira e de planta que será utilizada.
Atualmente, a produção de papel industrial usa duas espécies de árvores cultivadas em
larga escala: o pinheiro (Pinus sp.) e o eucalipto (Eucalyptus sp), ambas
originárias, respectivamente da Europa e da Austrália. O papel feito a partir de
madeiras de reflorestamento ajuda a amenizar as práticas de desmatamento e ajuda a
preservar as florestas naturais. Outra prática que atenua as problemáticas ambientais
devido ao consumo de papel é a sua reciclagem

A palavra papel vem do latim papyrus e faz referência ao papiro, uma planta que
cresce nas margens do rio Nilo no Egito, da qual se extraia fibras para a fabricação de
cordas, barcos e as folhas feitas de papiro para a escrita. Quando a escrita surgiu, há
mais de 6 mil anos atrás, as palavras eram inscritas em tabuletas de pedras ou argila. A
PROCESSO DE EXTRAÇÃO
• O processo produtivo básico do papel - aqui não levamos em consideração as
particularidades dos diferentes tipos de papel que podem ser produzidos a partir da
celulose – pode ser dividido em quatro etapas: a extração e preparação da madeira; o
polpeamento; a transformação da madeira em celulose marrom; a transformação da
celulose marrom em celulose branqueada e a etapa de finalização do papel desejado.
• Na preparação da madeira considera-se a colheita da floresta plantada, seguida de
seu transporte à indústria, sua transformação em pedaços menores, chamados de
cavacos, e por fim a separação mecânica dos cavacos, através de uma série de
peneiras, que possuem o tamanho ideal para entrada no digestor.
• A segunda etapa diz respeito a definição do processo de produção da polpa de
celulose, o chamado polpeamento. O principal objetivo deste processo é separar a
lignina das fibras de celulose. Nesta etapa, deve se selecionar qual tipo de processo
será utilizado: mecânicos, semiquímicos ou químicos. No Brasil, o processo
usualmente utilizado é o processo químico Kraft que sucintamente consiste no
cozimento dos cavacos de madeira junto a hidróxido de sódio e sulfeto de sódio
promovendo a dissolução da lignina e a liberação das fibras. Adotando o processo
CARACTERISTICAS ESPECIFICAS
São diversas as caracteristicas do papel: espessura, gramagem, textura, resistência e cor.
A espessura é mais variável e diz respeito à grossura da folha de papel, desde o fino papel de
seda até às cartolinas e cartões.
A gramagem depende da espessura da folha de papel e exprime-se pelo peso obtido por metro
quadrado.
A textura refere-se ao aspecto da superfície do papel conforme se apresenta lisa ou rugosa. Se a
superfície não for lisa, o seu aspecto, no geral, depende muito do respectivo padrão.
A resistência dos papéis depende, geralmente, da espessura. Assim, os papéis finos são mais
frágeis do que os mais grossos. O papel grosso corta-se com mais dificuldade do que o papel fino,
mas este rasga-se mais facilmente. Pode-se concluir que da resistência depende a dificuldade ou a
facilidade de corte e dobragem do papel.
PROPRIEDADES FISICAS
(MECÂNICAS) E QUIMICAS

• PROPRIEDADES QUIMICAS
• Uma definição para papel: composto de origem vegetal obtido a partir da justaposição artificial de fibras
celulósicas.
O pressuposto acima já nos adianta que a composição química do papel varia consoante o tipo de planta
utilizado, no entanto, podemos considerar uma fórmula geral. Seu principal constituinte é a celulose, um
polímero, mais precisamente um polissacarídeo construído a partir de monômeros de β-D-Glucose. A D-Glucose
(C6H12O6) é um sacarídeo contendo 5 grupos álcool (OH) e um grupo aldeído (COH) no carbono 1.
• Veja a seguir as substâncias que passam a compor o papel após sua fabricação:
Constituintes majoritários: lignina, celulose e hemiceluloses;
Constituintes minoritários: substâncias minerais, proteicas, ácidos gordos, ácidos resínicos.
Não podemos deixar de citar a importância do componente lignina, uma macromolécula que confere ao
papel uma maior resistência. A substância está presente em grandes quantidades em alguns tipos de papéis
como, por exemplo, papel pardo (usado em sacos de pão) e o papelão, ambos resistentes. A coloração mais
escura identifica os papéis que contam com uma maior percentagem de lignina
PROCESSOS DE
TRANSFORMAÇÃO
• A matéria-prima básica para a fabricação do papel é a celulose, que pode ser extraída
de árvores. Veja como:
• A árvore, uma vez coletada, passa por um rigoroso processo de limpeza, no qual será
previamente lavada, e todos os materiais considerados impuros para o processo serão
eliminados. Neste momento, as folhas e cascas presentes nos galhos e troncos são
retiradas.
• Em seguida, a matéria-prima é dividida em pedaços de tamanhos pré-determinados e
levada ao cozimento em um digestor a temperaturas de 160° C. O produto resultante
deste processo adquire a forma de uma pasta denominada de polpa de celulose
• Na etapa final do processo, a polpa de celulose passa pela secagem e prensagem,
onde é espalhada em uma tela de metal. A tela passa por cilindros e a polpa é
prensada até atingir a espessura desejada, de acordo com a gramatura do papel.
CUIDADOS DE HIGIENE E
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