RECUPERAÇÃO DE PAVIMENTO FLEXÍVEL

UTILIZANDO ESPUMA DE ASFALTO

Mário Sérgio Ferreira – 1200908
Luis Antonio Thiegue – 1200802 Engenharia Civil

Orientador: Prof. Me. Kleber Aparecido Gomide

INTRODUÇÃO COMPORTAMENTO MECÂNICO DO BSM
A reciclagem de pavimentos rodoviários com a utilização de tecnologia de espuma
de asfalto consiste em uma modalidade de reciclagem a frio, obtida em usina ou “in situ”
que utiliza uma mistura composta de material fresado do pavimento, agregados
adicionais, cal hidratada, cimento portland, cimento asfáltico de petróleo (CAP) e água. A
mistura obtida é espalhada e compactada de forma a compor uma nova camada de base
do pavimento, mais durável e com maior capacidade de suporte.

OBJETIVO BGTS BSM

Avaliar a eficácia do método de reciclagem a frio de pavimentos com a utilização Camada cimentada Camada granular

de espuma de asfalto, avaliada por meio de um estudo de caso de uma obra de Tensão de flexão Tensão distribuída

recuperação de pavimento, executada na Interseção do Rodoanel Mario Covas (SP-021,

FIGURA 3– Comportamento mecânico dos pavimentos (BGTS e BSM)
pista sentido Perus - SP), com a Rodovia dos Bandeirantes (SP-348, sentido Campinas - Fonte: Wirtgen Group

SP) em novembro de 2015. Trecho considerado crítico pela Concessionária que o

RESTAURAÇÃO DO PAVIMENTO – RAMO E SP021
administra, devido à característica do tráfego, constituído predominantemente por
veículos pesados, gerando manutenções recorrentes para correção de afundamentos de
trilha de roda.

OBTENÇÃO DA ESPUMA DE ASFALTO

Espuma de asfalto é o estado temporário do CAP (temperatura de 160 a 180ºC)
obtido por meio da injeção de uma pequena quantidade de água em temperatura
ambiente (de 1 a 2% da mistura) e ar comprimido. Essa troca de energia leva a água a
uma temperatura superior a 100ºC, ocasionando uma evaporação instantânea,
FIGURA 4– Representação esquemática das etapas de reabilitação do pavimento
expandindo o CAP em um volume 20 vezes maior que o original. O vapor aprisionado em Fonte: Concessionária do Rodoanel Oeste S/A.

alta pressão na câmara de expansão é forçado a introduzir-se na fase contínua do
asfalto. A espuma obtida é despejada diretamente em um misturador por bicos injetores e
processada de forma ideal com materiais úmidos e frios, originando um novo material
denominado BSM (Bitumen Stabilized Material ou material estabilizado com betume).
RESULTADOS OBTIDOS
Resistência à tração à seco 0,34 MPa, resistência à tração saturado 0,33 MPa
e 1% de perda de rigidez após a saturação. Todos os resultados obtidos superam os
valores mínimos estabelecidos na norma DNER ES-405/2000 e, após 12 meses da
data de finalização dos serviços iniciais, observa-se o excelente estado de
conservação do pavimento, eliminando assim as frequentes intervenções em
decorrência de afundamentos de trilha de roda.

FIGURA 1– Produção de espuma de asfalto na câmara de expansão FIGURA 5– Ramo E, 12 meses após a execução da obra de recuperação
Fonte: Wirtgen Group Fonte: Do autor

CONCLUSÃO
A técnica de reciclagem com espuma de asfalto é promissora e representa uma
excelente solução para sanar problemas de pavimentos em avançado estado de
deterioração. Entre as vantagens obtidas na utilização deste método de recuperação,
destacam-se: Preservação do meio ambiente, pelo fato da reutilização do material
fresado como agregado constituinte da nova camada de base (BSM); Manutenção do

(a) (b) greide da rodovia, evitando os desníveis gerados pela sobreposição de revestimentos
em camadas sucessivas; O BSM tem comportamento granular, não susceptível a
trincamento; Maior capacidade de suporte quando comparado com materiais
FIGURA 2– Recicladora (espuma de asfalto) “in situ” (a) - Misturador KMA 220 instalado
convencionais; Melhor desempenho e durabilidade devido à menor susceptibilidade
em usina estacionária, sendo abastecido com material fresado (b)
Fonte: Wirtgen Group ao bombeamento de finos.

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO ENGENHARIA CIVIL 2016