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GESTÃO
DE
COMPRAS
Antonio L.Galvão
Vocação da Cidade de São Paulo
SERVIÇOS – 24 Horas
Os estágios de desenvolvimento de Compras ou Suprimentos
Primeira Fase:
È caracterizado pela pouca agregação de valor realizada pelo setor responsável pelas
aquisições de bens e serviços nas organizações.
Todos sempre ouviram falar do tal desconto obtido de 5% sobre uma compra
realizada, por vezes, não damos a verdadeira importância que um desconto obtido
em uma negociação de compra de materiais e/ou serviço, representa nos resultados
do negócio; para exemplificar vejamos o caso abaixo:
Uma empresa fatura anualmente R$2,4 milhões e obtém lucro de 10%, ou seja,
R$240.000, a empresa gasta 50% do faturamento (R$1.200.000) em materiais e
serviços e está em condições de reduzir essa proporção em 5%:
ou seja, um aumento nas vendas de 25% o que não é tão fácil assim. Veja que um
desconto de 5% nos custos de materiais, corresponde a um aumento do faturamento
em 25%.
População: Corresponde ao universo da coleta, ou seja, a coleção inteira dos itens que
estão sendo analisados.
Média Aritmética: Corresponde a soma dos valores, dividido pelo número de valores.
MA = 54 + 77 + 67 + 68 + 46 + 64 + 62 + 56 + 38 = 532 = 59,11
9 9
Dados os números: 38 + 46 + 54 + 56 + 62 + 64 + 67 + 68 + 77
Md = 62
Uma Moda: Quando um valor individualmente se apresenta com maior freqüência que
os demais.
2, 3, 4, 4, 5, 6, 6, 6, 7, 8, 9 = MO = 6
2, 3, 3, 4, 5, 5, 6, 7, 7, 8, 9 = MO = 3, 5, 7
Variância = 127,43
Desvio Padrão
Imagine que, no bimestre, João fez cinco atividades que valiam nota nas aulas de
matemática. Ele começou bem, mas terminou o bimestre mal. Tirou as seguintes notas:
9, 7, 5, 3, 2.
Para facilitar os cálculos, vamos adotar o seguinte padrão: S é a soma das notas, e n é
o número de notas que ele teve.
Note que a sua média não é igual a nenhuma das notas que ele tirou. É um número que
mostra, mais ou menos, como João foi no bimestre.
Medidas de Dispersão
Muitas vezes, a média não é suficiente para avaliar um conjunto de dados. Por
exemplo, quando se fala em um grupo de mulheres com idade média de 18 anos. Esse
dado, sozinho, não significa muito: pode ser que no grupo, muitas mulheres tenham 38
anos, e outras tantas sejam menininhas de dois!
Voltando ao exemplo das notas de João, podemos calcular o desvio, que é a diferença
de cada nota em relação à média:
9 5,2 3,8
7 5,2 1,8
5 5,2 - 0,2
3 5,2 - 2,2
2 5,2 - 3,2
Outro dado importante em estatística é obtido pela soma dos desvios ao quadrado.
A soma dos quadrados dos desvios dividida pelo número de ocorrências é chamada de
variância.
Logo:
Outro valor que pode ser obtido a partir da média e da variância é o desvio padrão.
Como os desvios foram elevados ao quadrado, deve-se tirar a raiz quadrada da
variância e achar o desvio padrão:
9, 9, 9, 1, 1, 1
Pede-se, calcular:
a) a) Média .= 5
b) Variância: 96 .= 16
6
c) Desvio Padrão .= 4
Devemos entender que por detrás do problema formal de se definir uma quantidade
para um determinado item do estoque, existe na verdade uma tentativa de minimização
dos custos associados a essa quantidade; por definição devemos trabalhar sempre para
a redução dos custos envolvidos na formação dos estoques (disponibilização) e não
necessariamente sua quantidade (oferta), que deverá estar ajustada e sofrer
atualizações constantes para garantir que o capital investido gire, revertendo-se em
receita de vendas.
CUSTOS INDEPENDENTES.
CUSTOS DIRETAMENTE PROPORCIONAIS AOS ESTOQUES:
São os custos que flutuam proporcionalmente aos níveis de estoque, ou seja, eles
crescem com o aumento da quantidade média estocada. Por exemplo, quanto maior o
estoque, maior o custo de capital investido, maior a quantidade de itens armazenados,
maior a área necessária, maior o custo de rateio do aluguel e maior a custo de mão-de-
obra para movimentar.
Por todos esses fatores de custos serem decorrentes da necessidade de a empresa
manter ou carregar os estoques, eles também são chamados entre outros de Custo de
Carregamento dos Estoques.
É também bastante usual a divisão desses custos em duas subcategorias;
- Custo de Capital – correspondendo ao custo do capital investido pelo Acionista;
- Custo de Armazenagem – correspondendo o somatório de todos os demais fatores de
custos.
“i” representa a taxa de juros corrente, e
“P” o preço de compra do item em estoque quando comprado de terceiros, ou custo de
fabricação, quando produzido internamente, podemos escrever:
Custo de Capital =i x P
Custo de Armazenagem = CA
Custo de Carregamento do estoque = Cc = CA + i x P
Quando afirmamos que o custo de carregamento do estoque é de R$ 0,80 / unid.mês,
estamos dizendo que uma unidade estocada por mês, custa R$ 0,80/mês.
exemplo: Um item do estoque tem custo de armazenagem anual total de R$ 0,80 por
unidade e preço de compra unitário de R$ 1,80. Considerando uma taxa de juros de
10% ao ano, calcular o custo de carregamento do estoque desse item:
CA = R$ 0,8 0 / unidade.ano
P = R$ 1,80 / unidade
Para se obter uma boa precisão nos cálculos, é necessário criar um sistema de custeio
que reflita fielmente os custos envolvidos.
CUSTOS INVERSAMENTE PROPORCIONAIS AOS ESTOQUES:
Inversamente proporcionais: Se um aumenta o outro diminui e vice-versa.
Isto é, quanto mais elevados os estoques médios, menores serão tais custos e vice-
versa.
São os denominados:
Custos de Obtenção, no caso de itens comprados, e Custo de Preparação”, no caso
de itens fabricados internamente.
Para uma dada demanda “D” anual constante, se a compra for efetuada uma única vez
por ano, o lote “Q” deverá ser de “D” unidades, e o estoque médio correspondente será
de Q / 2.
Se a empresa compra mais ou fabrica mais ela terá maiores custos de obtenção ou
preparação e menores os estoques médios pelo aumento da demanda.
D = 4.800 unidades/ano
CUSTO TOTAL
Para se obter os custo total ( CT ) de se manter estoques, devemos somar os três
custos analisados até aqui:
CT = Custos diretamente proporcionais + Custos inversamente proporcionais + Custos
independentes + Custos do material comprado
CT = ( CA + i x P ) x ( Estoque Médio ) + ( CP ) x (número de pedidos efetuados) +
Custos Independentes ( CI ) + Custo do material comprado ( D x P )
Se considerarmos como sendo Q o tamanho do lote de compras ou de fabricação em
unidades, o estoque Médio será Q / 2, assim:
CT = ( CA + i x P ) x ( Q ) + ( CP ) x ( D .) + CI + D x P
2 Q
Ex: Uma empresa deseja determinar o custo total anual de manutenção de seu estoque,
sabendo que a demanda anual é de 80.000 unidades. O produto é comprado por R$
4,00 a unidade. Numa taxa de juros correntes no mercado de 12% ao ano, os custos
anuais de armazenagem são de R$ 0,88 por unidade, e os custos fixos anuais para
esse item de estoque são estimados em R$ 120,00. Os custos de obtenção são de R$
24,00 por pedido. Calcule o custo total de estocagem para lote de compra de 1.000,
1.300, 1.600, 1.900 unidades.
CA = R$ 0,88 / unidade
i = 12% a.a. = 0,12 a.a.
P = R$ 4,00 / unidade
Cp = R$ 24,00 / pedido
D = 80.000 unidades/ano
CI = R$ 120,00/ano
1) – Q = 1.000 unidades
CT = ( 0,88 + 0,12 x 4,00 ) x (1.000/2) + (24,00) x (80.000/1.000) + 120 + 80.000
x 4,00
CT = R$ 680,00/ano + R$ 1.920,00/ano + R$ 120,00/ano + R$ 320.000,00/ano
CT = R$ 322.720,00 / ano
Exercício:
3) – Q = 1.600 unidades
CT = ( 0,88 + 0,12 x 4,00 ) x (1.600/2) + (24,00) x (80.000/1.600) + 120 + 80.000
x 4,00
CT = R$ 1.088,00/ano + R$ 1.200,00/ano + R$ 120,00/ano + R$ 320.000,00/ano
CT = R$ 322.408,00 / ano
4) – Q = 1.900 unidades
CT = ( 0,88 + 0,12 x 4,00 ) x (1.900/2) + (24,00) x (80.000/1.900) + 120 + 80.000
x 4,00
CT = R$ 1.292,00/ano + R$ 1.010,53/ano + R$ 120,00/ano + R$ 320.000,00/ano
CT = R$ 322.422,53 / ano
Concluímos que até 1.600 unidades o Custo Total diminui, vindo a crescer a partir de
1.900 unidades.
O custeio por absorção, “é um método de custeio em que são apropriados aos produtos
fabricados todos os custos incorridos sejam eles diretos, indiretos, fixos ou variáveis”.
A esse respeito, Horngren, Foster e Datar (1997, p. 211), registram que o custeio por
absorção “é o método de custeio do estoque no qual todos os custos de fabricação,
variáveis e fixos, são considerados custos inventariáveis”.
É importante salientar que neste método, o custo separa-se das despesas; é aceito pela
legislação societária (Lei 6.404/76) e, obedece aos princípios fundamentais de
contabilidade, dentre eles, o princípio da realização da receita, confrontação e
competência.
ACTIVITY BASED COSTING
O ABC é o método que obtém melhor afinidade com os custos indiretos, pois
proporciona resultados mais próximos da realidade. Horngren, Foster e Datar (1997, p.
76), descrevem o custeio baseado em atividades (ABC – activity based costing) como:
O IPI e o ICMS são exemplos de impostos que podem ser recuperados através de
créditos na escrita fiscal, ambos possuem sua própria legislação (conjunto de leis), que
os regem. E essa legislação obriga os contribuintes desses impostos, a escriturarem
livros fiscais que demonstrem como dito acima, entre outras situações, como foi que se
chegou ao valor dos créditos do impostos, os impostos que serão recuperados em si.
Mas não são todos os impostos que são recuperáveis, regra geral, como impostos
recuperáveis temos o IPI, o ICMS, o PIS, a COFINS, e como impostos que não são
recuperados o ISS, o IRPJ, a CSLL.
Você só pode recuperar aquilo que você paga. Se sua empresa paga ICMS nas
vendas (é contribuinte do imposto), você tem o direito de aproveitar os créditos desse
imposto nas compras.
Se sua empresa, paga ICMS e IPI, você pode recuperar os dois impostos que nas
compras de mercadorias.
Se sua empresa, só paga o ICMS, você pode recuperar o ICMS, mas o IPI não.
Se sua empresa, só paga IPI, você pode recuperar o mesmo nas compras de
mercadorias, mas não pode recuperar o ICMS.
PIS e COFINS, estes, podem ser recuperados nos encargos de alugueis, nos
pagamentos de serviços considerados como insumos, nos gastos com energias
elétricas, além de também poderem ser recuperados nas compras de mercadorias,
entre varias outras possibilidades, o que por si exigirá um grau de detalhamento maior.
Exemplo Prático:
Para melhor fixar o que falamos até agora, vamos fazer alguns cálculos para
achar o custo de aquisição de uma mercadoria. Vamos considerar o inicialmente o
seguinte:
O ICMS é um imposto que vem destacado na nota fiscal de compra, assim o valor
dele, em nosso caso R$ 180,00. Vai vir sempre demonstrado num campo especifico da
nota fiscal.
Assim como o ICMS, o IPI (que é um imposto devido pelas empresas industriais),
também vem demonstrado na NF, porém o valor dele vai ser mostrado na NF e
somado ao preço da mercadoria.
CALCULO DO IMPOSTO
O valor que consta no campo VALOR DO ICMS, é o valor do imposto que pode
ser recuperado se a empresa for contribuinte do mesmo.
Já o valor que consta no campo VALOR TOTAL DO IPI é esse valor que pode
ser recuperado se a empresa for contribuinte desse imposto.
Uma empresa comercial (logo contribuinte do ICMS), fez uma compra de R$
1.000,00, o ICMS cobrado nas compras é de 18%, logo, já sabemos que dentro dos R$
1.000,00 tem R$ 180,00 (18%) do ICMS, sendo assim podemos dizer que dos R$
1.000,00 vamos recuperar R$ 180,00.
Para responder isso temos primeiro que fazer o calculo do custo total, sabemos
que R$ 1.000,00 são das mercadorias (sendo que 12% é ICMS que já esta dentro
desse valor), e que além disso, temos ainda mais 10% de IPI, como o IPI é calculado
em cima do valor das mercadorias o valor do mesmo em nosso exemplo seria de R$
100,00, logo, o nosso custo total foi de R$ 1.100,00.
Agora temos que deduzir o ICMS para acharmos o custo de aquisição efetivo,
sabendo que 12% dos R$ 1.000,00 são de ICMS e que o mesmo é um imposto
recuperável, temos R$ 120,00 que não devem ser incluídos no custo de aquisição,
portanto devemos diminui-lo. Assim chegamos a conclusão de que o nosso custo de
aquisição foi de R$ 980,00 (1.100 – 120).
Agora se a nossa empresa fosse contribuinte do IPI também o valor que foi
cobrado na compra seria recuperável também assim não devemos inclui-lo no custo de
aquisição, considerando os mesmos dados do exemplo acima, qual seria o nosso custo
de aquisição agora?