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SEMINÁRIO

GESTÃO
DE
COMPRAS
Antonio L.Galvão
Vocação da Cidade de São Paulo

FINANCEIRA – Av. Paulista - Av. Faria Lima

ENTRETENIMENTO – Restaurantes, Cinemas, Teatros , Pet Shop...

SERVIÇOS – 24 Horas
Os estágios de desenvolvimento de Compras ou Suprimentos

Primeira Fase:

È caracterizado pela pouca agregação de valor realizada pelo setor responsável pelas
aquisições de bens e serviços nas organizações.

Os profissionais de Compras ou Suprimentos são meros executantes de acordos


realizados por terceiros.
Segunda Fase:
As aquisições passam a ser conduzidas dentro do departamento de Compras ou
Suprimentos e pelo setor competente dentro deste departamento para o tipo de
mercadoria a ser obtida, ou seja, aquele que possui as habilidades necessárias para o
tipo de aquisição planejada.
As comunicações com os outros departamentos e usuários são incentivadas com o
propósito de aprimorar o entendimento das necessidades do cliente interno.
Começa a surgir nessa fase a preocupação com redução de custos, levando a
iniciativas como enxugamento do processo de cotação, otimização do fluxo logístico,
comprometimento das encomendas colocadas junto ao fornecedor e informação
antecipada aos fornecedores sobre previsões das necessidades de bens e serviços,
mas sem um direcionador técnico.
Terceira Fase:

O cliente interno passa a ser chamado a participar das aquisições realizadas,


garantindo que todos os aspectos técnicos e do custo total de propriedade sejam
adequadamente considerados.

Compras ou Suprimentos inicia a prática de suportar a estratégia competitiva da


empresa através da adoção de técnicas, métodos e atividades que ofereçam
fortalecimento na posição competitiva da empresa.
Quarta e Última Fase:

Total integração de Compras ou Suprimentos e a estratégia competitiva da


empresa com a real caracterização do seu papel estratégico na organização.

A tecnologia de informação, por sua vez, proporciona o seu suporte, oferecendo


rapidez na comunicação entre os diversos setores da empresa.

Por fim, a amplitude de decisão diz respeito à quantidade e à qualidade do conjunto


de decisões de que participarão os profissionais de Compras, tais como o seu
envolvimento nas decisões de previsão, identificação de fornecedores internacionais
(global sourcing), redução da base de fornecedores, projetos para aquisição de bens de
capital, análise de valor, qualidade e planejamento estratégico.
Exemplo:

Organizações bem sucedida reconhecem a importância


estratégia das área de compras, entretanto nem todas as
empresas vêem as compras como uma função estratégica
e de diferencial competitivo.

Todos sempre ouviram falar do tal desconto obtido de 5% sobre uma compra
realizada, por vezes, não damos a verdadeira importância que um desconto obtido
em uma negociação de compra de materiais e/ou serviço, representa nos resultados
do negócio; para exemplificar vejamos o caso abaixo:

Uma empresa fatura anualmente R$2,4 milhões e obtém lucro de 10%, ou seja,
R$240.000, a empresa gasta 50% do faturamento (R$1.200.000) em materiais e
serviços e está em condições de reduzir essa proporção em 5%:

10% lucro sobre o faturamento de R$2,4 milhões R$ 240.000

5% redução custos de materiais (R$1.200.000) R$ 60.000

LUCRO TOTAL R$ 300.000


Para se chegar a esse valor não considerando o desconto e para se obter o mesmo
lucro total, as vendas deveriam aumentar em :

Utilizamos a regra de três;

R$ 2.400.000,00 está para R$ 240.000,00, assim como

R$ X está para R$ 300.000,00

Resolvendo: ( 2.400.000,00 x R$ 300.000,00 ) ÷ R$ 240.000,00 = R$ 3.000.000,00

(( 3.000.000,00 ÷ 2.400.000,00 ) – 1 ) = 1,25 -1 = 0,25, ou 25 %

ou seja, um aumento nas vendas de 25% o que não é tão fácil assim. Veja que um
desconto de 5% nos custos de materiais, corresponde a um aumento do faturamento
em 25%.

Lembrando que o setor químico e automobilístico constatarão que suas compras


representam aproximadamente 70% a 75% de seu faturamento, ou seja, uma boa
negociação traria resultados muito favoráveis aos negócios.

“A empresa vive das Vendas, mas ganha pelas COMPRAS”


NOÇÕES DE ESTATÍSTICA

A estatísticas trata dos métodos para a coleta, organização, resumo, apresentação e


análise dos dados, visando contribuir para a tomada da decisão.

Estatística Descritiva: Ela apenas descreve e analisa um conjunto de dados, não


sendo tiradas conclusões.

Estatística Indutiva: também conhecida como inferência estatística, ela analisa os


dados e desses dados são tiradas conclusões.

População: Corresponde ao universo da coleta, ou seja, a coleção inteira dos itens que
estão sendo analisados.

Amostra: Corresponde a uma parcela do todo.


Média, Mediana e Moda

Dentre as medidas de uma distribuição, a Média, Mediana e Moda, são medidas de


tendência central, devido ao fato de ocuparem posições centrais numa distribuição.

Média Aritmética: Corresponde a soma dos valores, dividido pelo número de valores.

Dados os números, temos;

MA = 54 + 77 + 67 + 68 + 46 + 64 + 62 + 56 + 38 = 532 = 59,11
9 9

Mediana: Dispondo os elementos em ordem crescente, a mediana é o valor central.

Dados os números: 38 + 46 + 54 + 56 + 62 + 64 + 67 + 68 + 77

Md = 62

Quando o número de elementos é impar, existe um único valor central, e se o número


de elementos é par, existem dois valores centrais, devendo ser calculado sua média.
Moda

A Moda em um conjunto de números, é o elemento que ocorre com maior freqüência,


temos então:

Uma Moda: Quando um valor individualmente se apresenta com maior freqüência que
os demais.

2, 3, 4, 4, 5, 6, 6, 6, 7, 8, 9 = MO = 6

Mais de uma Moda: Quando mais valores apresentam as mesmas quantidades de


freqüência.

2, 3, 3, 4, 5, 5, 6, 7, 7, 8, 9 = MO = 3, 5, 7

Não ter Moda: Quando os valores se apresentam na mesma freqüência, como no


nosso exemplo.
Em determinados casos precisamos identificar as medidas de dispersão, que nos
mostram como se distribuem os dados em torno de um valor central.

Essas medidas de dispersão mais usadas são, Variância e Desvio Padrão.

Variância: é um dos índices de variabilidade que os estatísticos usam para caracterizar


a dispersão entre as medidas em uma dada população. Para se calcular a variância é
necessário se calcular a média. Depois medir quanto cada amostra desvia da média.
Numericamente, a variância é igual a media dos vários desvios da média elevado ao
quadrado.
2
(54 – 59,11)2 + (77– 59,11)2 + . . .+ (62– 59,11)2 + (56– 59,11)2 +(38– 59,11)
9

Variância = 127,43

Desvio Padrão

Numericamente o desvio padrão é a raiz quadrada da variância, podendo ser


prontamente conceituado como uma distância ao longa da escala de medida.
Exemplo:

Imagine que, no bimestre, João fez cinco atividades que valiam nota nas aulas de
matemática. Ele começou bem, mas terminou o bimestre mal. Tirou as seguintes notas:
9, 7, 5, 3, 2.

Qual será a sua média no fim do bimestre?

Para facilitar os cálculos, vamos adotar o seguinte padrão: S é a soma das notas, e n é
o número de notas que ele teve.

A média (M) será:

Note que a sua média não é igual a nenhuma das notas que ele tirou. É um número que
mostra, mais ou menos, como João foi no bimestre.
Medidas de Dispersão

Muitas vezes, a média não é suficiente para avaliar um conjunto de dados. Por
exemplo, quando se fala em um grupo de mulheres com idade média de 18 anos. Esse
dado, sozinho, não significa muito: pode ser que no grupo, muitas mulheres tenham 38
anos, e outras tantas sejam menininhas de dois!

É importante, então, conhecer outra medida, a de que diferença (dispersão) existe


entre a média e os valores do conjunto.

Voltando ao exemplo das notas de João, podemos calcular o desvio, que é a diferença
de cada nota em relação à média:

Notas Média Desvio

9 5,2 3,8

7 5,2 1,8

5 5,2 - 0,2

3 5,2 - 2,2

2 5,2 - 3,2
Outro dado importante em estatística é obtido pela soma dos desvios ao quadrado.

Cada desvio é elevado ao quadrado e, em seguida, somados:


Quadra
Valores Média Desvio do dos
desvios
9 5,2 3,8 14,44
7 5,2 1,8 3,24
5 5,2 - 0,2 0,04
3 5,2 - 2,2 4,84
2 5,2 - 3,2 10,24
Soma dos quadrados dos
32,8
desvios

A soma dos quadrados dos desvios dividida pelo número de ocorrências é chamada de
variância.

Logo:
Outro valor que pode ser obtido a partir da média e da variância é o desvio padrão.
Como os desvios foram elevados ao quadrado, deve-se tirar a raiz quadrada da
variância e achar o desvio padrão:

Numericamente, a variância é igual a media dos vários desvios da média


elevado ao quadrado.

Numericamente o desvio padrão é a raiz quadrada da variância, podendo ser


prontamente conceituado como uma distância ao longa da escala de medida.
Exercício:
Outro aluno Carlos, obteve as seguintes notas:

9, 9, 9, 1, 1, 1

Pede-se, calcular:

a) a) Média .= 5

b) Variância: 96 .= 16
6

c) Desvio Padrão .= 4

d) c) Compare com o resultado anterior, e avalie quem obteve o melhor desempenho?


Note que, apesar de esse aluno ter tido média 5, seu desempenho foi muito irregular
(variou de 4 pontos = 5 + 4 = 9 e 5 - 4 = 1), o que não é tão bom assim.

No exemplo anterior pode-se interpretar que as notas, no geral, variaram entre


(5,2 + 2,56) = 7,76 e (5,2 - 2,56) = 2,64 , ou seja, João teve desempenho mais regular
que esse outro aluno.
BAIXAR OU ELEVAR OS NÍVEIS DE ESTOQUES ?
TIPOS DE ESTOQUES

Os estoques têm a função de funcionar como reguladores do fluxo de negócios, como


um buffer. A analogia com a caixa d água mostra esquematicamente o estoque;
As teorias difundidas e mal interpretadas levam os gestores a terem em mente que os
estoques são um grande mal necessário, mas se interpretarmos melhor essa
afirmação veremos que a empresa necessita da disponibilidade de estoque para o
atendimento de seus Clientes. Não se é raro ouvir que uma empresa perdeu a
participação no seu segmento em uma determinada região por não atender bem os
seus Clientes, dando a oportunidade ao concorrente de passar a sua frente.

Devemos entender que por detrás do problema formal de se definir uma quantidade
para um determinado item do estoque, existe na verdade uma tentativa de minimização
dos custos associados a essa quantidade; por definição devemos trabalhar sempre para
a redução dos custos envolvidos na formação dos estoques (disponibilização) e não
necessariamente sua quantidade (oferta), que deverá estar ajustada e sofrer
atualizações constantes para garantir que o capital investido gire, revertendo-se em
receita de vendas.

CUSTOS DOS ESTOQUES


 
Podemos classificar os custos de manter estoques em três categorias:

CUSTOS DIRETAMENTE PROPORCIONAIS AOS ESTOQUES;

CUSTOS INVERSAMENTE PROPORCIONAIS AOS ESTOQUES;

CUSTOS INDEPENDENTES.
CUSTOS DIRETAMENTE PROPORCIONAIS AOS ESTOQUES:
São os custos que flutuam proporcionalmente aos níveis de estoque, ou seja, eles
crescem com o aumento da quantidade média estocada. Por exemplo, quanto maior o
estoque, maior o custo de capital investido, maior a quantidade de itens armazenados,
maior a área necessária, maior o custo de rateio do aluguel e maior a custo de mão-de-
obra para movimentar.
Por todos esses fatores de custos serem decorrentes da necessidade de a empresa
manter ou carregar os estoques, eles também são chamados entre outros de Custo de
Carregamento dos Estoques.
É também bastante usual a divisão desses custos em duas subcategorias;
- Custo de Capital – correspondendo ao custo do capital investido pelo Acionista;
- Custo de Armazenagem – correspondendo o somatório de todos os demais fatores de
custos.
“i” representa a taxa de juros corrente, e
“P” o preço de compra do item em estoque quando comprado de terceiros, ou custo de
fabricação, quando produzido internamente, podemos escrever:
Custo de Capital =i x P
Custo de Armazenagem = CA
Custo de Carregamento do estoque = Cc = CA + i x P
Quando afirmamos que o custo de carregamento do estoque é de R$ 0,80 / unid.mês,
estamos dizendo que uma unidade estocada por mês, custa R$ 0,80/mês.
exemplo: Um item do estoque tem custo de armazenagem anual total de R$ 0,80 por
unidade e preço de compra unitário de R$ 1,80. Considerando uma taxa de juros de
10% ao ano, calcular o custo de carregamento do estoque desse item:

CA = R$ 0,8 0 / unidade.ano

i = 10% a.a. = 0,10 a.a.

P = R$ 1,80 / unidade

Cc = R$ 0,80 / unidade.ano + ( 0,10 / ano x R$ 1,80 / unidade )


R$ 0,80 / unidade.ano + 0,18 / unidade .ano

CUSTO DE CARREGAMENTO (Cc): R$ 0,98

Para se obter uma boa precisão nos cálculos, é necessário criar um sistema de custeio
que reflita fielmente os custos envolvidos.
CUSTOS INVERSAMENTE PROPORCIONAIS AOS ESTOQUES:
Inversamente proporcionais: Se um aumenta o outro diminui e vice-versa.
Isto é, quanto mais elevados os estoques médios, menores serão tais custos e vice-
versa.
São os denominados:
Custos de Obtenção, no caso de itens comprados, e Custo de Preparação”, no caso
de itens fabricados internamente.
Para uma dada demanda “D” anual constante, se a compra for efetuada uma única vez
por ano, o lote “Q” deverá ser de “D” unidades, e o estoque médio correspondente será
de Q / 2.
Se a empresa compra mais ou fabrica mais ela terá maiores custos de obtenção ou
preparação e menores os estoques médios pelo aumento da demanda.

Número de vezes qua a Tamanho do lote Estoque Médio


compra ( Em )
é efetuada por ano
Q = D
1 Q = D 2 2
2 Q= D Q = D .
2 2 2x2
3 Q= D Q = D .
3 2 2x3
4 Q= D Q = D .
4 2 2x4
Ex: Uma empresa revende estanterias, que é utilizada para armazenagem de produtos
e tem uma demanda anual estimada em 4.800 unidades. Ela trabalha com apenas um
fornecedor, localizado a 480 quilômetros de distância. O custo de transporte é de R$
280,00 por lote, e pago pelo comprador. O custo da emissão do pedido é estimado em
R$ 80,00. Sabendo-se que a empresa planeja comprar todo mês as estantes de seu
fornecedor, determinar o custo anual de obtenção em que ela irá incorrer:

D = 4.800 unidades/ano

n = 12 pedidos por ano (um pedido mensal)

Q = 4.800 / 12 = 400 unidades/pedido (lote)

Custo incorrido = Custo de Obtenção + Custo do Transporte


12 pedidos/ano x R$80,00/pedido + 12 pedidos/ano x R$280,00/pedido
R$ 960,00 + R$ 3.360,00

Custo Anual de Obtenção: R$ 4.320,00 / ano


CUSTOS INDEPENDENTES DA QUANTIDADE ESTOCADA:
São os custos Fixos que independem do estoque médio, ou seja, o custo do aluguel de
um armazém. Sua unidade de medida é representada pela unidade monetária por
unidade de tempo, por exemplo, R$ / mês, e é representado por CI .

CUSTO TOTAL
 
Para se obter os custo total ( CT ) de se manter estoques, devemos somar os três
custos analisados até aqui:
 
CT = Custos diretamente proporcionais + Custos inversamente proporcionais + Custos
independentes + Custos do material comprado
 
CT = ( CA + i x P ) x ( Estoque Médio ) + ( CP ) x (número de pedidos efetuados) +
Custos Independentes ( CI ) + Custo do material comprado ( D x P )
 
Se considerarmos como sendo Q o tamanho do lote de compras ou de fabricação em
unidades, o estoque Médio será Q / 2, assim:
 
CT = ( CA + i x P ) x ( Q ) + ( CP ) x ( D .) + CI + D x P
2 Q
Ex: Uma empresa deseja determinar o custo total anual de manutenção de seu estoque,
sabendo que a demanda anual é de 80.000 unidades. O produto é comprado por R$
4,00 a unidade. Numa taxa de juros correntes no mercado de 12% ao ano, os custos
anuais de armazenagem são de R$ 0,88 por unidade, e os custos fixos anuais para
esse item de estoque são estimados em R$ 120,00. Os custos de obtenção são de R$
24,00 por pedido. Calcule o custo total de estocagem para lote de compra de 1.000,
1.300, 1.600, 1.900 unidades.

CA = R$ 0,88 / unidade
i = 12% a.a. = 0,12 a.a.
P = R$ 4,00 / unidade
Cp = R$ 24,00 / pedido
D = 80.000 unidades/ano
CI = R$ 120,00/ano

Fórmula: CT = ( CA + i x P ) x ( Estoque Médio ) + ( CP ) x (número de pedidos


efetuados) + Custos Independentes ( CI ) + Custo do material comprado ( D x P )

1) – Q = 1.000 unidades
CT = ( 0,88 + 0,12 x 4,00 ) x (1.000/2) + (24,00) x (80.000/1.000) + 120 + 80.000
x 4,00
CT = R$ 680,00/ano + R$ 1.920,00/ano + R$ 120,00/ano + R$ 320.000,00/ano
CT = R$ 322.720,00 / ano
Exercício:

a) Calcule o custo total de estocagem para lote de compra de 1.300,


1.600, 1.900 unidades.

b) Análise os quatro resultados para debate em sala.


2) – Q = 1.300 unidades
CT = ( 0,88 + 0,12 x 4,00 ) x (1.300/2) + (24,00) x (80.000/1.300) + 120 + 80.000
x 4,00
CT = R$ 884,00/ano + R$ 1.476,92/ano + R$ 120,00/ano + R$ 320.000,00/ano
CT = R$ 322.480,92 / ano

3) – Q = 1.600 unidades
CT = ( 0,88 + 0,12 x 4,00 ) x (1.600/2) + (24,00) x (80.000/1.600) + 120 + 80.000
x 4,00
CT = R$ 1.088,00/ano + R$ 1.200,00/ano + R$ 120,00/ano + R$ 320.000,00/ano
CT = R$ 322.408,00 / ano

4) – Q = 1.900 unidades
CT = ( 0,88 + 0,12 x 4,00 ) x (1.900/2) + (24,00) x (80.000/1.900) + 120 + 80.000
x 4,00
CT = R$ 1.292,00/ano + R$ 1.010,53/ano + R$ 120,00/ano + R$ 320.000,00/ano
CT = R$ 322.422,53 / ano

Concluímos que até 1.600 unidades o Custo Total diminui, vindo a crescer a partir de
1.900 unidades.

Fundamentalmente, devemos procurar a maior quantidade que garanta o menor Custo


Total.
Podemos concluir pela Tabela que:

CC - aumenta com o aumento do tamanho do Lote;

CP - diminuem com o aumento do tamanho do Lote;

CI - não variam com o tamanho do Lote.

CT - diminui até atingir um valor mínimo e volta a crescer.


exemplo: Vejamos se o arredondamento interfere muito no resultado para se
determinar o LEC.
Calcular o custo total (CT) para um lote de 3.651,48 unidades/pedido e outro de 3.650
unidades/pedido e comparar a variação de custos:

Lote Q = 3.651,48 unidade/pedido

CT = ( R$0,24/unidade.ano ) x ( 3.651,48 unidades/pedido ) +


2
( R$ 20,00/pedido ) x ( 80.000/unidades/ano ) + 60,00
3.651,48 unidades/pedido

CT = 438,18 / ano + 438,18 / ano + 60,00 / ano

CT (Q=3651,48) = R$ 936,36 / ano


Lote Q = 3.650 unidade/pedido

CT = ( R$0,24/unidade.ano ) x ( 3.650 unidades/pedido ) +


2
( R$ 20,00/pedido ) x ( 80.000/unidades/ano ) + 60,00
3.650 unidades/pedido

CT = 438,00 / ano + 438,35 / ano + 60,00 / ano

CT (Q=3.650) 936,35 / ano


= R$

CT (Q=3.651,48) = R$ 936,36/ ano

Podemos concluir que o arredondamento simplesmente não alterou o custo


total a valores significativos que merecessem uma atenção especial, sendo o
Lote Econômico de Compras = 3.650 unidades.
O cálculo do L.E.C., é um direcionador para reconhecer qual o valor ideal para o
tamanho do Lote de Compra, lembrando que sua precisão, depende da realidade e
acuracidade dos valores informados e se estudar um item que não tenha grandes
oscilações de demanda ao longo do período.
REICHSKURATORIUM FUR WIRTSCHAFTLICHTKEIT – RKW
Consiste em ratear os custos e despesas (comerciais, administrativas, financeiras etc)
aos produtos. Esse método é conhecido como departamentalização, pois consiste em
dividir as empresas em partes, normalmente conhecidas por um organograma.

Para Martins (2003, p. 65), “departamento é a unidade mínima administrativa para a


contabilidade de custos, representada por pessoas e máquinas (na maioria dos casos),
em que se desenvolvem atividades homogêneas”.

Cherman (2002, p. 66) descreve que o objetivo da departamentalização para efeito de


contabilidade de custos, “é diminuir a arbitrariedade dos critérios de rateio, já que os
custos, primeiro passam pelos departamentos e depois são atribuídos aos produtos.
Com isso teremos um melhor controle de custos”.

Existem dois tipos de departamentos: os produtivos e os de serviços. Os produtivos


trabalham diretamente o produto e os de serviços tem a função de prestar serviços aos
produtivos.
CUSTEIO POR ABSORÇÃO

O custeio por absorção, “é um método de custeio em que são apropriados aos produtos
fabricados todos os custos incorridos sejam eles diretos, indiretos, fixos ou variáveis”.

A esse respeito, Horngren, Foster e Datar (1997, p. 211), registram que o custeio por
absorção “é o método de custeio do estoque no qual todos os custos de fabricação,
variáveis e fixos, são considerados custos inventariáveis”.

É importante salientar que neste método, o custo separa-se das despesas; é aceito pela
legislação societária (Lei 6.404/76) e, obedece aos princípios fundamentais de
contabilidade, dentre eles, o princípio da realização da receita, confrontação e
competência.
ACTIVITY BASED COSTING

É outra forma de alocar os custos indiretos de fabricação aos produtos. Primeiro


distribui as atividades por meio de um direcionador, posteriormente para os
departamentos e finalmente para os produtos.

O ABC é o método que obtém melhor afinidade com os custos indiretos, pois
proporciona resultados mais próximos da realidade. Horngren, Foster e Datar (1997, p.
76), descrevem o custeio baseado em atividades (ABC – activity based costing) como:

Um enfoque para se aprimorar um sistema de custeio. Ele se concentra nas


atividades como se fossem os principais objetos de custo. Uma atividade é um
evento, tarefa ou unidade de trabalho com um determinado propósito. O ABC
utiliza o custo dessas atividades como base para distribuir custos para outros
objetos de custo tais como produtos, serviços ou clientes.
Impostos Recuperáveis na Escrita Fiscal
Para as empresas alguns dos impostos que são pagos (seja dentro do preço ou
fora do preço) na aquisição da mercadoria, podem ser recuperados, ou seja, não é
dinheiro perdido. A recuperação desses impostos é efetuada através da escrita fiscal.

A escrita fiscal é o processo de registro da apuração de um determinado imposto,


por exemplo, no caso do ICMS, existe uma série de livros fiscais que devem ser
escriturados, cada um terá sua própria finalidade, e entre essas a finalidade de apurar
os créditos que o contribuinte tem de impostos, ou seja, o imposto que será recuperado
efetivamente.

O IPI e o ICMS são exemplos de impostos que podem ser recuperados através de
créditos na escrita fiscal, ambos possuem sua própria legislação (conjunto de leis), que
os regem. E essa legislação obriga os contribuintes desses impostos, a escriturarem
livros fiscais que demonstrem como dito acima, entre outras situações, como foi que se
chegou ao valor dos créditos do impostos, os impostos que serão recuperados em si.

Logo, essas empresas (contribuintes) devem escriturar esses livros, outra


finalidade desses livros são a de auxiliarem os fiscais quando numa fiscalização.
Nesses livros o contribuinte vai relacionando as notas fiscais que originaram direitos ao
crédito do imposto, assim quando o fiscal chegar, basta que ele olhe o livro e ver quais
foram as notas fiscais que o contribuinte aproveitou o crédito do imposto, dessa forma
fica muito mais fácil para ele do que ficar olhando nota fiscal por nota fiscal.
Temos então um processo de registro para a apuração do imposto, que é a escrita
fiscal e um outro processo de registro que é a contabilidade que controla o patrimônio.

Na escrita fiscal (processo de registro para a apuração de impostos), o


termo crédito não tem o mesmo significado que o termo crédito na contabilidade,
na escrita fiscal, quando falamos débitos estamos nos referindo a dividas, e
quando falamos créditos estamos nos referindo a direitos. Na escrita fiscal é o
contrário do que tratamos na contabilidade.

Mas não são todos os impostos que são recuperáveis, regra geral, como impostos
recuperáveis temos o IPI, o ICMS, o PIS, a COFINS, e como impostos que não são
recuperados o ISS, o IRPJ, a CSLL.

Você só pode recuperar aquilo que você paga. Se sua empresa paga ICMS nas
vendas (é contribuinte do imposto), você tem o direito de aproveitar os créditos desse
imposto nas compras.

Se sua empresa, paga ICMS e IPI, você pode recuperar os dois impostos que nas
compras de mercadorias.

Se sua empresa, só paga o ICMS, você pode recuperar o ICMS, mas o IPI não.

Se sua empresa, só paga IPI, você pode recuperar o mesmo nas compras de
mercadorias, mas não pode recuperar o ICMS.
PIS e COFINS, estes, podem ser recuperados nos encargos de alugueis, nos
pagamentos de serviços considerados como insumos, nos gastos com energias
elétricas, além de também poderem ser recuperados nas compras de mercadorias,
entre varias outras possibilidades, o que por si exigirá um grau de detalhamento maior.
Exemplo Prático:

Para melhor fixar o que falamos até agora, vamos fazer alguns cálculos para
achar o custo de aquisição de uma mercadoria. Vamos considerar o inicialmente o
seguinte:

O ICMS é um imposto que vem destacado na nota fiscal de compra, assim o valor
dele, em nosso caso R$ 180,00. Vai vir sempre demonstrado num campo especifico da
nota fiscal.

É só um detalhe que estamos acrescentando. Logo é fácil identificar o valor dele,


pois vem mostrado na NF. Lembrando que ele vem somente demonstrado, pois o valor
dele em si, já está incluído dentro do preço da mercadoria.

Assim como o ICMS, o IPI (que é um imposto devido pelas empresas industriais),
também vem demonstrado na NF, porém o valor dele vai ser mostrado na NF e
somado ao preço da mercadoria.

Se vocês procurem uma NF (aquelas NF grandes, do tamanho de uma folha A4),


verão que um pouquinho abaixo do meio da NF, temos um campo parecido como o
abaixo:

CALCULO DO IMPOSTO
O valor que consta no campo VALOR DO ICMS, é o valor do imposto que pode
ser recuperado se a empresa for contribuinte do mesmo.

Já o valor que consta no campo VALOR TOTAL DO IPI é esse valor que pode
ser recuperado se a empresa for contribuinte desse imposto.
Uma empresa comercial (logo contribuinte do ICMS), fez uma compra de R$
1.000,00, o ICMS cobrado nas compras é de 18%, logo, já sabemos que dentro dos R$
1.000,00 tem R$ 180,00 (18%) do ICMS, sendo assim podemos dizer que dos R$
1.000,00 vamos recuperar R$ 180,00.

Considerando os dados acima, R$ 1.000,00 de mercadoria, sendo que 18% de


ICMS que podemos recuperar, qual seria o nosso custo de aquisição?
Seria de R$ 820,00 (1.000 – 180)
Agora se as mercadorias custaram R$ 1.000,00, com ICMS de 12% e IPI de 10%
qual seria o nosso custo de aquisição, considerando que a empresa não é contribuinte
do IPI portanto não pode recuperar tal imposto.

Para responder isso temos primeiro que fazer o calculo do custo total, sabemos
que R$ 1.000,00 são das mercadorias (sendo que 12% é ICMS que já esta dentro
desse valor), e que além disso, temos ainda mais 10% de IPI, como o IPI é calculado
em cima do valor das mercadorias o valor do mesmo em nosso exemplo seria de R$
100,00, logo, o nosso custo total foi de R$ 1.100,00.

Agora temos que deduzir o ICMS para acharmos o custo de aquisição efetivo,
sabendo que 12% dos R$ 1.000,00 são de ICMS e que o mesmo é um imposto
recuperável, temos R$ 120,00 que não devem ser incluídos no custo de aquisição,
portanto devemos diminui-lo. Assim chegamos a conclusão de que o nosso custo de
aquisição foi de R$ 980,00 (1.100 – 120).
Agora se a nossa empresa fosse contribuinte do IPI também o valor que foi
cobrado na compra seria recuperável também assim não devemos inclui-lo no custo de
aquisição, considerando os mesmos dados do exemplo acima, qual seria o nosso custo
de aquisição agora?

Seria de R$ 880,00, calculados da seguinte forma:

1.100 (mercadoria) – 100 (IPI) – 120(ICMS)


“ O QUE NÃO É MEDIDO NÃO É GERENCIADO”

“ SÓ GERENCIA QUEM CONTROLA, QUEM NÃO CONTROLA


ESTÁ A DERIVA”
O desenvolvimento e utilização de novas técnicas para aplicação de indicadores de
desempenho na gestão empresarial vêm se consolidando nas últimas duas décadas,
tornando-se uma disciplina que envolve a medição, gerenciamento e relato em
termos quantitativos e objetivos do resultado dos processos organizacionais,
possibilitando a contínua avaliação da performance da organização e a busca de
aprimoramento.

De maneira simplificada, pode-se afirmar que indicadores de desempenho são


métricas que permitem avaliar os resultados de algum processo com base nas
entradas disponibilizadas e saídas geradas, pautada por um número de referência
(Meta). Posto de outro modo, os indicadores desempenho são um meio para se analisar
o cumprimento dos objetivos previamente definidos no processo estratégico da
organização.

É Trabalhar com METODOLOGIA


K.P.I. – Key Performance Indicator - (Indicador Chave de Desempenho)
SUSTENTABILIDADE EM COMPRAS E CONTRATAÇÕES

Para que um empreendimento humano seja considerado sustentável, é preciso


que seja:
Ecologicamente correto;
Economicamente viável;
Socialmente justo;
Culturalmente diverso.
Reuniões devem ser Planejadas, antecipadamente:
• Assegurar que as agendas e os documentos de apoio sejam enviados com boa
antecedência.
• Deixar as regras básicas claras.
• Controlar o tempo.
• Esclarecer o tempo e a natureza de cada item da agenda.
• Assegurar que todos os comentários sejam direcionados por intermédio do presidente,

permitindo que fale uma pessoa de cada vez.
• Manter a objetividade das contribuições e trabalhar a agenda sistematicamente.
• Observar o comportamento, a fim de trazer à tona qualquer insatisfação e decidir
quando
é necessário mais tempo.
• Assegurar que todo aquele que quiser contribuir tenha a sua chance de fazê-lo.
• Assegurar que todas as decisões necessárias sejam tomadas na reunião.
• Resumir cada item (e ação) claramente – tanto para conhecimento do(a) secretário(a)
responsável pelas minutas quanto para assegurar concordância.
• Assegurar que providências físicas (necessidade de intervalos, bebida, comida etc)
sejam tomadas.
• Assegurar que todo o equipamento necessário esteja funcionando.
• Agradecer os participantes e o(a) secretário(a) responsável pelas minutas pela
participação.
REUNIÕES EFICAZES
Muito Obrigado !
Galvão, A L

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