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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE TUCURUÍ


FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA

Conformação plástica dos metais

“ Influência dos parâmetros do processo de


trefilação no empenamento de barras do aço
SAE 9254”

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Prof. Me. Paulo Machado

• Equipe:

Ailton André – 12133001618


Artur Silva – 12133000718
Joanyson Pereira – 12133000918
Jurandir Sousa – 12133001918
Marcos Lacerda - 12133004018

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Autores do Artigo:

 Azevedo, J. A.;

 Metz, M.;

 Rocha, A.;

 Santos, C.;

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Sumário:
 1. Introdução;
 2. Aços Molas;
 3. Processos de Trefilação;
 4. Características e defeitos dos produtos trefilados;
 5. Geometria da Fieira;
 6. Endurecimento com duplo rolo;
 7. Procedimento Experimental;
 8. Resultados e Discussões;
 9. Conclusões;
 10. Referências Bibliográficas;

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1. Introdução:
 Conformação dos corpos metálicos é o processo de
modificação da forma desse corpo metálico para outra forma
definida;
 O controle do empenamento é um dos grandes desafios na
produção econômica moderna;
 Foi realizado um trabalho com o objetivo de melhorar a
qualidade do material, reduzindo a variabilidade do
empenamento de barras no processo de trefilação do aço mola
(SAE 9254);
 Foi realizada a caracterização mecânica e metalúrgica do aço
base, produto laminado e trefilado nas bitolas 12,5 e 14,03mm;

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2. Aços Molas:
 É um dos principais elementos elásticos na suspensão dos
veículos;
 Tem como objetivo proporcionar conforto e estabilidade;
 Mantém o equilíbrio e dirigibilidade do veículo;
Figura 1: Mola helicoidal

Fonte: Barreiro (1966)


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3. Processos de Trefilação:
 Há três maneiras fundamentais para produzir uma peça de aço
com seção especial:

 Extrusão a quente;

 Laminação com forma definida;

 Trefilação;

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3. Processos de Trefilação:
 A trefilação é um processo de conformação plástica geralmente
feito a frio (temperatura de trabalho abaixo da temperatura de
recristalização), onde existe a redução da seção da barra ou fio
máquina quando a mesma passa por um perfil (ferramenta
chamada fieira);
Figura 2: Máquina de trefilação com processo contínuo

Fonte: Rivolta (2004)

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3. Processos de Trefilação:
 Na trefilação, o material é puxado para que seu diâmetro
diminua e seu comprimento aumente;

 Esta alteração se dá no sentido da redução da ductilidade e


aumento da resistência mecânica;

 Existem máquinas de trefilar que trabalham com velocidade de


até 900 m/s;

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3. Processos de Trefilação:
Aplicação:

Figura 3: Dimensões dos corpos de prova

Fonte: Nakagiri (2001)

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3. Processos de Trefilação:
 Máquina de trefilar sem deslizamento:
Figura 4 : Máquina de trefilar sem deslizamento

Fonte: Mackenzie (1980) 11


3. Processos de Trefilação:
• Máquina de trefilar com deslizamento:
Figura 5: Máquina de trefilar com deslizamento

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3. Processos de Trefilação:
É possível conseguir produtos com:

 Grande comprimento contínuo;

 Seções pequenas;

 Boa qualidade superficial;

 Ótimo controle dimensional;

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3. Processos de Trefilação:
 Devido ao atrito entre o fio e a fieira, é preciso utilizar um
processo contínuo de lubrificação para controlar o calor
gerado;

 É feita por aspersão ou imersão dos anéis no fluído;

 Reduz o desgaste da fieira e melhora o acabamento do fio;

 Pode ser feita a seco ou a úmido;

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4. Características e defeitos dos produtos trefilados
 Diâmetro escalonado;

 Fratura irregular com estrangulamento;

 Fratura com risco lateral ao redor da marca


de inclusão;

 Fratura com trinca aberta em duas partes;

 Marcas na forma de “V” ou fratura em ângulo;

 Ruptura taça-cone;

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5. Geometria da fieira:

Figura 7: Representação esquemática da atuação da ferramenta de trefilação – fieira

Fonte: Barreiro (1996)

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5. Geometria da fieira:

Figura 8: Ferramentas de trefilação – ângulos de trabalho

Fonte: Barreiro (1996)

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5. Geometria da fieira:
Figura 9: Tipos mais comuns de fieiras

Fonte: Barreiro (1996)

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6. Endireitamento com duplo rolo:
-As barras trefiladas, usadas como produtos finais, devem seguir
severos requisitos:
 Tolerâncias dimensionais apertadas;

 Boa rugosidade superficial;

 Baixo empenamento;

 Boas propriedades mecânicas;

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7. Procedimento Experimental:
 Barras acabadas de aço SAE 9254 com diâmetros de 12,50 e
14,03 mm foram obtidas por trefilação em máquina de trefila
combinada;

Fonte: Santos at. All


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7. Procedimento Experimental:
 A análise de inclusões foi realizada conforme a norma ASTM
E45;

 As variáveis críticas do processo para o presente estudo foram


definidas, sendo elas: velocidade de trefilação, geometria da
fieira, ângulo e pressão dos rolos de endireitamento;

 No projeto do experimento bem como na análise dos dados,


empregou-se a ferramenta estatística Design of Experiments
(DOE);

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7. Procedimento Experimental:
Figura 10: Medição do empenamento

Fonte: Santos at. All

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8. Resultados e Discussões:
 Análise da composição química, microestrutura e dureza:
Figura 11: Análise da composição química, microestrutura e dureza

Fonte: Santos at. All 23


8. Resultados e Discussões:
 Influência da velocidade de trefilação no empenamento:
Figura 12: Variação do empenamento com aumento da velocidade de Trefilação

Fonte: Santos at. All


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8. Resultados e Discussões:
 Influência da geometria da fieira no empenamento:
Figura 13: Variação do empenamento com o aumento do semi-ângulo

Fonte: Santos at. All


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8. Resultados e Discussões:
 Influência dos ângulos e pressão de endireitamento no
empenamento:
Figura 14: Empenamento médio da inter-relação da geometria da fieira, ângulo e pressão de endireitamento

Fonte: Santos at. All


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8. Resultados e Discussões:
 Influência dos ângulos e pressão de endireitamento no
empenamento:
Figura 15: Desvio-padrão médio da inter-relação da geometria da fieira, ângulo e pressão de endireitamento

Fonte: Santos at. All

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9. Conclusões:
Este estudo oferece importantes informações sobre as
influências dos parâmetros de trefilação (geometria de fieira,
velocidade de trefilação, ângulo e pressão de endireitamento)
no empenamento da barra.

 A composição química mostra que a microestrutura do aço SAE


9254 não muda, apenas ocorre um alinhamento da perlita devido ao
efeito da trefilação.

 Também pode-se concluir que a variação da dureza entre a amostra


inicial e a trefilada em ambas as bitolas é devido ao encruamento que
o material sofre quando passa pela trefila.
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9. Conclusões:
 As análises realizadas mostram que em uma trefila combinada,
quando reduzimos a velocidade de trefilação, teremos uma
redução do empenamento médio das barras acabadas.
 Dentre os fatores críticos estudados, o que apresentou uma
maior influência foi a geometria de fieira, onde o semi-ângulo
“α” tem forte significância no empenamento.
 A variação dos ângulos e pressão de endireitamento não
apresentaram influência significativa no empenamento, apenas
cumpriram suas funções, ou seja, garantiram a retiliniedade e
polimento das barras.

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10. Referências Bibliográficas:
ASTM E645 – 13: Standard Test Methods for Determining the Inclusion
Content of Steel;

A. Nakagiri, T. Yamano, M. Konada, Behavior of Residual Stress and Drawing


Stress in Conical-Type Die and Circle-Type Die Drawing by FEM Simulation
and Experiment. Wire Journal International, Ago. 2001;

B. A. MacKenzie, Drawn Sections Approach Net Shape. American Machinist,


Ago. 1980

B. Rivolta, G. Silva, M. Rota e M. Casulito, Drawn Bars: Influence of


Straightening Conditions. Wire Journal International, Mai. 2004

J. A. Barreiro, Aceros Especiales. Ed. Dossat 1966, pág. 127-150.

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Obrigado!

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