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Engenharia, Ciência

e Tecnologia Profª Lívia Neri


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Seção 2.2 Cientificidade do conhecimento

REALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES NO AVA:


• UNIDADE 1
– Gabriel Amorim
– Maikon Oliveira
– Lucas Andrade
– Luiza Reis
– Vanessa Sousa
– Bruna Alves
– Thierry Tosta
– João Vitor
X Raisa Silva
X Wabson Santos

• UNIDADE 2
– Ninguém fez nada!
2
– Realizar ainda hoje (01/04)!!
Seção 2.2 Cientificidade do conhecimento

• AVALIAÇÃO PARCIAL B1
– Atividades do AVA: 400 pontos
– Trabalho escrito: 600 pontos

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Seção 2.2 Cientificidade do conhecimento

O que é conhecimento?

SUJEITO OBJETO

Aquele que Aquilo que precisa


quer saber. ser
revelado/explicado.

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Seção 2.2 Cientificidade do conhecimento

• Existem critérios específicos que, ao serem adotados, criam


condições para que se obtenha um certo resultado, a saber, a
ciência.

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Seção 2.2 Cientificidade do conhecimento

1 CRITÉRIOS INTERNOS
Os critérios internos decorrem da própria obra científica.

1.1 Quanto à Forma


1.1.1 Coerência
A coerência é composta de um raciocínio lógico, que apresenta um
começo, um meio e um fim.
Deve ser formada de argumentos bem ajustados, de maneira clara e sem
entrar em contradições.
O começo do projeto deve introduzir o objeto a ser estudado, com suas
características e informações principais.
O meio do trabalho deve apresentar os métodos escolhidos e como estão
sendo usados.
No fim, isto é, na conclusão, o resultado seja esperado, não
contradizendo o que se quer se obter desde o início do projeto.
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Seção 2.2 Cientificidade do conhecimento

1.1 Quanto à Forma


1.1.2 Consistência
É a capacidade de resistir a contra-argumentos. É
consistente, aquilo que não rui, que é resistente.
A consistência garante que, tendo um texto
consistente, ele é suficiente para resistir às
argumentações que são contrárias, pois seu
conteúdo o justifica.
Conhecer bem um tema significa dominar com a
necessária profundidade as explicações existentes
sobre ele no passado, no presente, e sobretudo saber
explica-lo por meios próprios.
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Seção 2.2 Cientificidade do conhecimento

1.2 Quanto ao conteúdo


1.2.1 Originalidade
Diz respeito ao conteúdo que a obra científica deve
apresentar. Afinal, o cientista deve buscar trazer ao
mundo da ciência uma resposta que está encoberta,
algo que ainda não foi totalmente respondido.
Todo pesquisador busca a originalidade por meio de sua
criatividade, de forma que sua obra possa surpreender e
trazer uma nova alternativa antes não imaginada.
Significa produtividade: capacidade de construir
autonomamente ciência, contribuição a seu progresso,
invenção de alternativas.
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Seção 2.2 Cientificidade do conhecimento

1.2 Quanto ao conteúdo


1.2.2 Objetivação
É a tentativa que a obra científica tem de ser objetiva.
Essa objetivação nunca é completa, pois é um processo
inacabado, uma busca de que a ciência se torne
totalmente suficiente sobre tal assunto a ponto de se
esgotar.
A busca desse objetivo é interminável, mas não
decepcionante, pois é a forma de compreender um
pouco de uma realidade que não podemos entender
por inteiro. Em verdade, ela é o objeto de desejo e o
motivador do cientista.
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Seção 2.2 Cientificidade do conhecimento

2 CRITÉRIOS EXTERNOS
– Os critérios externos são aqueles que se modificam,
pois é fruto da avaliação da comunidade científica,
sendo dependente de uma determinada época e
lugar.
– O anunciado de uma autoridade, por exemplo, não
pode ser considerado científico. Todavia, sabemos que
a importância atribuída e devemos leva-lo em conta.

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Seção 2.2 Cientificidade do conhecimento

O conhecimento científico que temos hoje é


fruto da evolução do conhecimento ao longo do
tempo:

Conhecimento Senso Comum/


Empírico
Conhecimento Filosófico

Conhecimento Científico

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Seção 2.2 Cientificidade do conhecimento

TIPOS DE CONHECIMENTO: SENSO COMUM, FILOSÓFICO E CIENTÍFICO

1. Conhecimento de senso comum/empirismo


• Conhecimento do dia a dia.
• Baseado na educação informal, sensitivo, isto é, baseado muitas
vezes na visão pessoal daquele que a transmite, pois a sua
experiência é parte deste conhecimento.
• Ele pode ser transferido de geração a geração, caracterizado por
receber tais informações sem as criticar, sem as questionar.
• Passível de erro.
• Exemplo:
– Um agricultor sabe exatamente quando plantar e colher cada vegetal. Isto
apenas por observar e aprender com os resultados de colheitas anteriores.

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Seção 2.2 Cientificidade do conhecimento

TIPOS DE CONHECIMENTO: SENSO COMUM, FILOSÓFICO E CIENTÍFICO

2. Conhecimento filosófico
• O conhecimento filosófico nasce no questionamento, que tem como
consequência a reflexão humana.
• Consiste em questionar a realidade.
• Ele se baseia em hipóteses não verificáveis pois não podem ser refutadas
ou confirmadas, porque não são submetidas a testes de experimentação.
• Segundo Marconi e Lakatos (2003, p. 78), “o conhecimento filosófico é
caracterizado pelo esforço da razão pura para questionar os problemas
humanos e poder discernir entre o certo e o errado, unicamente
recorrendo às luzes da própria razão humana.”
• Exemplo:
– O pensamento de que as máquinas um dia irão se sobrepor aos
humanos.
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Seção 2.2 Cientificidade do conhecimento

TIPOS DE CONHECIMENTO: SENSO COMUM, FILOSÓFICO E CIENTÍFICO

3. Conhecimento científico
• O conhecimento científico é uma busca pela explicação dos fatos; vai além
do superficial.
• Baseia-se também em conhecimento de outros autores sobre o assunto,
para defini-lo o mais precisamente possível.
• Sua hipótese é verificada por experimentos, apoiados em métodos
consagrados.
• O capitalismo ajudou no avanço do conhecimento cientifico, uma vez que
as empresas buscaram conhecer cada vez mais dos processos para poder
melhorar sua eficiência.
• Exemplo:
– A descoberta de outros planetas, por meio da observação com telescópios super
desenvolvidos.
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Seção 2.2 Cientificidade do conhecimento

TIPOS DE RACIOCÍNIO: INDUTIVO E DEDUTIVO


• Raciocínio Indutivo
– O raciocínio indutivo ocorre quando, ao observar um fenômeno
que se repete, cria-se uma relação entre eles, generalizando
essa relação. Markoni e Lakatos (2003, p. 86) caracterizam a
indução por

[…] um processo mental por intermédio do qual,


partindo de dados particulares, suficientemente
constatados, infere-se uma verdade geral ou
universal, não contida nas partes examinadas.
Portanto, o objetivo dos argumentos indutivos é
levar a conclusões cujo conteúdo é muito mais
amplo do que o das premissas nas quais se
basearam.
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Seção 2.2 Cientificidade do conhecimento

Exemplificando o Raciocínio Indutivo


Exemplo 1: o número 32 é par.
Logo, todo número que apresenta dois algarismos é par.

Exemplo 2: Todo mamífero é mortal.


Todo peixe é mortal.
Toda ave é mortal.
Logo, todo animal é mortal.
Observamos que, enquanto no exemplo 2 a generalização da premissa
verdadeira gerou um resultado correto, no exemplo 1 a generalização
da premissa verdadeira obteve um resultado incorreto.
Observa-se, assim, que o raciocínio indutivo inicia em um caso
específico e o adota para um caso generalizado.
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Seção 2.2 Cientificidade do conhecimento

• Raciocínio Dedutivo
– O raciocínio dedutivo ocorre quando partimos de um caso generalizado
para um particular. A lógica se torna válida quando as premissas forem
verdadeiras. Além disso, da união das duas premissas nasce uma nova
informação.
– Esse método foi encontrado nos estudos de Aristóteles (também chamado
de lógica aristotélica). É o principal estudo desenvolvido pelo filósofo
grego.
– Constitui-se num encadeamento de duas (ou mais) premissas que geram
uma conclusão. Essa conclusão, apesar de resultante das premissas, deve
acrescentar algo de novo a elas. ”

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Seção 2.2 Cientificidade do conhecimento

Exemplificando o Raciocínio Dedutivo

Toda ave respira.


Ora, todo papagaio é ave.
Logo, todo papagaio respira.

Observa-se que no raciocínio dedutivo inicia-se em um caso


generalizado e o adota para um caso específico, que está
contido neste caso geral.

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Seção 2.2 Cientificidade do conhecimento

• Vale salientar que para que a conclusão seja válida, deve-se


partir do princípio de que ambas as premissas sejam
verdadeiras. Um exemplo de que, em alguns casos, mesmo o
raciocínio sendo lógico, as premissas não são verdadeiras é
descrito a seguir:

A laranja é uma fruta.


Toda fruta é amarela.
Portando, a laranja é amarela.

• Observe que, sendo a segunda premissa incorreta, a


conclusão também ficou incorreta.
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Seção 2.2 Cientificidade do conhecimento

Os dois tipos de argumentos têm finalidades diversas - o


dedutivo tem o propósito de explicar o conteúdo das premissas;
o indutivo tem o desígnio de ampliar o alcance dos
conhecimentos. (MARKONI; LAKATOS, 2003, p. 92)

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PÓS AULA - Seção 2.1

• Ex

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PÓS AULA - Seção 2.1

• Ex

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PÓS AULA - Seção 2.2

• Ex

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PÓS AULA - Seção 2.2

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Seção 2.2 Cientificidade do conhecimento

Prezado aluno,

Complemente seus estudos fazendo a


leitura do capítulo do livro didático da
disciplina.

Faça as questões de Pré-aula e Pós-Aula.

Até a próxima aula... Pensamento científico!


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