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REVOL U Ç Ã O C I E NT Í F IC A

RE C IÊN C IA E T EO LOGIA
INTERFACE ENT
- O que antecede a Revolução científica é um acontecimento que
surge a partir do século XIV, qual seja, o Renascimento
cultural.
- Qual é a relevância do Renascimento na interface com a
Revolução científica?

- Promove uma nova cosmovisão centrada no homem


(antropocentrismo, vida e conhecimento ativo).
- Isso substituí o paradigma teocêntrico do Período Medieval.
- Com o Renascimento ocorre a valorização do ser
humano – humanismo.
- Esse processo abre espaço para que gradativamente o
homem passe a questionar o mundo à luz da busca da
compreensão, ou seja, entender como ele funciona –
explicá-lo de modo racional.
- Aliado a essa nova perspectiva surge a inovação da
Imprensa por Gutenberg, o que possibilitou a divulgação
e disseminação do conhecimento (em torno do século
XV).
Portanto, o Renascimento cultural demonstra ao homem que
ele pode pensar e entender a realidade para além da Instituição
detentora do saber (Igreja). Aliado a esse processo, a imprensa
facilita a divulgação do pensamento emergente.

Além disso, a imprensa tem um papel decisivo na divulgação


dos textos da Reforma Protestante.
Isso por seu turno, fomenta a chamada Revolução Científica
(isto é, a partir do antropocentrismo + humanismo).
- Com o intuito de
compreender-se melhor,
surgiram várias
pesquisas sobre o corpo
humano.
- Exemplos:
- Andreas Versalius (1514-
1564), por meio da
observação empírica
descreve a anatomia
humana – torna-se o pai
da anatomia.
- Wiliam Harvey (1578-
1657), descreve com
exatidão o sistema
circulatório sanguíneo a
partir de uma
perspectiva pautada na
observação empírica.
- Todavia, a
Revolução Científica
tem sua gênese com
Nicolau Copérnico
(1473-1543),
propondo uma nova
cosmovisão, qual
seja,
HELIOCENTRISMO
Sobre a Revolução dos Corpos Heliocentrismo - conforme obra de
Celestes Copérnico
- A posição Heliocêntrica é antitética as visões de mundo que
haviam até então.
- A visão de que a terra é centro do universo é amplamente
defendida pela ICAR e pela Astrologia Aristotélica e Ptolomaica,
trata-se do geocentrismo.
- Todavia, Copérnico defende que o heliocentrismo é a posição
adequada e que a terra faz parte de um sistema que gravita em
torno do sol (cf. figura anterior).
Representações das duas concepções
antitéticas. O primeiro a conceber esse
tipo de representação foi Plotomeu.
- Copérnico tem consciência de que a sua posição é
contrária a da Igreja, por essa razão, dedica o
prefácio de sua obra ao Papa Paulo III, com o
escopo de minimizar a polêmica de sua teoria, bem
como, para que a Igreja leia a sua obra.
- A obra de Copérnico, não tem a repercussão,
divulgação e impacto esperado pelo autor.
- Se a obra de Copérnico não teve o impacto esperado pelo autor,
não significa que ela tenha se tornado obsoleta.
- A partir das ideias de Copérnico, Giordano Bruno demonstra que é
possível discutir e por em dúvida a perspectiva geocêntrica.
- De acordo com Giordano, o universo não era finito (essa é a
posição da ICAR), mas infinito e não há como ter um centro do
Universo, portanto, o geocentrismo não faz sentido
Giordano Bruno é perseguido, julgado,
condenado e morto pela ICAR.
- Kepler retoma as ideias do helicentrismo no século XVII.
- Kepler propõe uma teoria sobre o movimento dos planetas
– denominada de mecânica celeste.
- Galileu Galilei (séc. XVII), também retoma as ideias de
Copérnico.
- Em 1610 Melhora o telescópio refrator, a partir disso
consegue observar os fenômenos que ele pode utilizar em
seus estudos.
- Com o telescópio melhorado, vê que existem satélites em
Jupiter.
- Publica o livro Mensageiro das Estrelas, no qual defende
o heliocentrismo.
- Galileu percebe um ciclo de fases em Vênus, o que só é
possível porque Vênus orbita em torno do sol.
- 1611 – ICAR convoca Galileu para uma conversa, na qual
ele defende suas ideias no Colégio Romano.
- A igreja entende o raciocínio de Galileu, porém fez várias
ressalvas.
- É nesse ano (1611), que a Igreja aprofunda as
investigações sobre Galileu.
- Até então, Galileu não tinha sido julgado e nem condenado.
- Entre 1613-1615, Galileu escreve várias cartas ao
matemático Benedetto Casteli (também chamadas de Cartas
Copérnicas.
- Nessas cartas defende que várias passagens bíblicas
poderiam ser interpretadas à luz do heliocentrismo. Isso
questiona o poder interpretativo da Instituição que tem o
monopólio da revelação. No fundo, Galileu está afirmando
que vários textos bíblicos podem ser interpretados por uma
teoria antagônica a da Igreja.
- 1616 o Tribunal do Santo Ofício faz seu pronunciamento afirmando que a
concepção de Galileu não tem fundamento. Nesse sentido, a Igreja segue
defendendo o geocentrismo. A ICAR adverte Galileu para que ele pare de
falar sobre o heliocentrismo.
- 1632 Galileu publica “Diálogos sobre os dois sistemas do mundo”. Nessa
obra, Galileu insinua um debate entre um defensor do geocentrismo
(alguém não inteligente) e outro que defende o heliocentrismo (descrito
como alguém inteligente).
- Essa obra põe fim a qualquer tipo de diálogo entre a Igreja e Galileu.
- A Igreja julga Galileu e o condena a prisão. Galileu
consegue mudar sua pena para confinamento domiciliar.
- O elemento central desse julgamento é de que Galileu
tira a autoridade da Icar sobre o conhecimento do
cosmos.
- Galileu desenvolveu um novo método de compreensão
do mundo pautado no método experimental: observação,
hipótese, teste/experimento e confirmação ou rejeição da
hipótese.
- O método de Galileu é antagônico ao da ICAR – Método da
autoridade.
- René Descartes (1596-1650), sua obra fundamental é intitulada
de Discurso do Método.
- Descartes funda um método matemático dedutivo que é baseado
na evidência.
- As evidências são elaboradas a partir do exame racional da
natureza (à luz da razão).
- Ou seja a realidade deve ser compreendida à luz de evidências
racionais.
- A dúvida metódica e a suspensão do juízo em detrimento da evidência, faz
com que Descartes chegue a uma verdade indubitável = Penso, logo
existo.
- Nessa verdade, há uma evidência racional da existência.
- O ato de pensar é uma evidência, examinada à luz da razão, da própria
existência
- Resultado: Só a razão basta. O mundo não pode ser compreendido pelas
lentes propostas pela Icar, mas pelo exame racional das evidências.
- Descartes, com medo do tribunal da Inquisição, acrescenta um capítulo no
Discurso do Método, no qual defende que a razão pode provar Deus.
- Isaac Newton 1643-1727, consolida a razão como modo
de compreensão do mundo (razão experimental) .
- Consolida o heliocentrismo a partir das leis de Newton e
da gravidade (segundo Newton é por causa da gravidade
que os planetas orbitam em torno do sol).
- Newton sustenta o método indutivo (testar casos
particulares para formular leis gerais).
Por fim, o que todos esses pensadores tem em comum?

- Buscam compreender o mundo à luz da razão, não a partir


do que a Igreja fala, ou de metodologias que não estão
pautadas na experimentação, evidência e observação.
- Essas compreensões começam a estruturar um paradigma
científico dominante do saber no mundo ocidental.
Modernidade Pós-Modernidade
Gênese: Descartes Gênese: Nietzsche e Freud
- Mudança de Paradigma - Fragilidade do Paradigma:
Características:
Autonomia da Razão; 2 Guerras Mundiais;
Busca da realização aqui; Regimes totalitários;
Iluminismo/esclarecimento – auto- DEMONSTRAM QUE A
nomia e liberdade; AUTONOMIA E
- Revoluções;
LIBERDADE
- Consolidação do Capitalismo
- Resultado: Estrutura forte MODERNA
Poder da razão. ESVANECERAM

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