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A LINGUAGEM DO

DESENHO TÉCNICO
 O desenho é a arte de representar graficamente formas e
idéias, à mão livre (esboço), com o uso de instrumentos
apropriados (instrumental) ou através do computador e
software específico (CAD). Pode ser:
 Desenho Livre (artístico)
 Desenho Técnico
 O desenho técnico é uma forma de expressão gráfica que tem
por finalidade a representação de forma, dimensão e posição
de objetos de acordo com as diferentes necessidades
requeridas pelas diversas áreas técnicas.
A LINGUAGEM DO
DESENHO TÉCNICO
 Utilizando-se de um conjunto constituído de linhas,
números, símbolos e indicações escritas normalizadas
internacionalmente, o desenho técnico é definido como
linguagem gráfica universal da área técnica.
TIPOS DE DESENHO TÉCNICO

 O desenho técnico é dividido em dois grandes grupos:


 Desenho não-projetivo: na maioria dos casos corresponde a
desenhos resultantes dos cálculos algébricos e compreendem aos
desenhos de gráficos, diagramas, esquemas, fluxograma,
organogramas, etc.
TIPOS DE DESENHO TÉCNICO

 Desenho projetivo: são os desenhos resultantes de projeções do


objeto em um ou mais planos de projeção e correspondem às vistas
ortográficas e as perspectivas.
 Exemplos no projeto de: máquinas; edificações; refrigeração;
climatização; tubulações; móveis; produtos industriais, etc.
Norma ABNT -NBR 10647, Abril 1989 – TERMINOLOGIA
(2) Quanto ao grau de elaboração:
 Croqui/ Esboço
 Desenho preliminar.
 Desenho definitivo.

(3) Quanto ao grau de pormenorização:

 Desenho de componente: desenho de um ou vários componentes representados


separadamente.

 Desenho de conjunto: desenho mostrando reunidos componentes, que se associam


para formar um todo.

 Detalhe: vista geralmente ampliada do componente ou parte de todo um complexo.

(4) Quanto ao material empregado:Desenho executado a lápis, giz, carvão ou outro


material adequado.
Norma ABNT -NBR 10647, Abril 1989 – TERMINOLOGIA

(5) Quanto à técnica de execução:


Se executado manualmente (à mão livre ou com instrumento) ou computador.

(6) Quanto ao modo de obtenção:

 Original: desenho matriz que serve para reprodução.

 Reprodução: desenho obtido a partir do original mediante cópia (reprodução na mesma


escala do original), ampliação (reprodução maior que o original) ou redução
(reprodução menor que o original).

Outras normas vinculadas à execução de algum tipo ou alguma especificidade de desenho


técnico.

 NBR 6409 -normaliza a execução dos desenhos de eletrônica;


 NBR 7191 - obras de concreto simples ou armado;
 NBR 11534 - engrenagens em desenho técnico.
GRAU DE ELABORAÇÃO
DO DESENHO TÉCNICO

 Esboço: desenho, em geral à mão livre; uma


representação rápida de uma idéia, não responde a
uma norma, não tem uma escala definida, porém,
deve respeitar as proporções.

 Desenho Preliminar: é passível de modificações.

 Desenho Definitivo: corresponde a solução final


do projeto, ou seja, é o desenho de execução.
GRAU DE ELABORAÇÃO
DO DESENHO TÉCNICO
 Detalhe (desenho de produção): desenho de
componente isolado ou de uma parte de um todo,
geralmente utilizado para a sua fabricação.

 Desenho de conjunto (montagem): desenho


mostrando vários componentes que se associa para
formar um todo, geralmente utilizado para a
montagem e manutenção.
Este curso, portanto, segue as normas técnicas para desenho
técnico. E ao longo do mesmo vamos ter a oportunidade de
conhecer melhor algumas delas.

NORMALIZAÇÃO DO
DESENHO TÉCNICO
 Assim como toda linguagem tem normas, com o desenho
técnico não é diferente.

 ASA = Americam Standart Association


 JIM = Japan International Norm
 DIN = Deutsche Indrustrie Normen
 ABNT = Associação Brasileira de Normas Técnicas
NORMALIZAÇÃO DO
DESENHO TÉCNICO
 A execução de desenhos técnicos é inteiramente
normalizada pela Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT). Os procedimentos para execução de
desenhos técnicos aparecem em normas gerais que
abordam desde a denominação e classificação dos
desenhos até as formas de representação gráfica.

 O desenhista deverá conhecer as normas de desenho


técnico e ter acesso para consulta durante seu trabalho,
para seguir as recomendações gerais na execução dos
desenhos.
NBRS

 NBR 10647 – DESENHO TÉCNICO – NORMA GERAL,


cujo objetivo é definir os termos empregados em desenho
técnico.
 NBR 10068 – FOLHA DE DESENHO LAY-OUT E
DIMENSÕES - padronizar as dimensões das folhas e definir
seu lay-out com suas respectivas margens e legenda.
 NBR 10582 – APRESENTAÇÃO DA FOLHA PARA
DESENHO TÉCNICO - distribuição do espaço da folha de
desenho, definindo a área para texto, desenho etc..
 NBR 13142 – DESENHO TÉCNICO – DOBRAMENTO
DE CÓPIAS.
 NBR 8402 – EXECUÇÃO DE CARACTERES PARA
ESCRITA EM DESENHOS TÉCNICOS
NBRS
 NBR 8403 – APLICAÇÃO DE LINHAS EM DESENHOS –
TIPOS DE LINHAS – LARGURAS DAS LINHAS
 NBR10067 – PRINCÍPIOS GERAIS DE REPRESENTAÇÃO
EM DESENHO TÉCNICO
 NBR 8196 – DESENHO TÉCNICO – EMPREGO DE
ESCALAS
 NBR 12298 – REPRESENTAÇÃO DE ÁREA DE CORTE
POR MEIO DE HACHURAS EM DESENHO TÉCNICO
 NBR10126 – COTAGEM EM DESENHO TÉCNICO
 NBR8404 – INDICAÇÃO DO ESTADO DE SUPERFÍCIE
EM DESENHOS TÉCNICOS
 NBR 6158 – SISTEMA DE TOLERÂNCIAS E AJUSTES
 NBR 8993 – REPRESENTAÇÃO CONVENCIONAL DE
PARTES ROSCADAS EM DESENHO TÉCNICO
NORMA ABNT NBR 10068 - FOLHA PARA
DESENHO: LAYOUT E DIMENSÕES

Os tamanhos das folhas seguem os formatos


da série “A”, e o desenho deve ser executado
no menor formato possível, desde que não
comprometa a sua interpretação.
LINHAS E MARGENS
Norma ABNT NBR 10582 – APRESENTAÇÃO DE FOLHAS PARA
DESENHO TÉCNICO

Layout do papel: horizontal ou vertical


LINHAS DE REPRESENTAÇÃO

 A padronização dos tipos de linhas


empregadas no desenho técnico tem por
objetivo evitar as convenções próprias que
dificultam a interpretação universal do
desenho.
 No Quadro a seguir são apresentadas as
convenções para as linhas de representação
mais utilizadas no desenho técnico (NBR
8403:1984).
LINHAS DE REPRESENTAÇÃO
FIXAÇÃO DO PAPEL
FIXAÇÃO DO PAPEL
CARIMBO: LINHAS GUIA
MEDIDAS PARA CALIGRAFIA
TÉCNICA
CARIMBO
MATERIAIS PARA USO NO
DESENHO TÉCNICO

 Para a execução de um desenho técnico é necessário


utilizar materiais adequados.
 Bons equipamentos geram desenhos com boa qualidade
gráfica.
 A seguir, são apresentados os materiais que serão
utilizados no decorrer da disciplina.
LÁPIS PARA DESENHO

 Os grafites dos lápis para desenho são identificados pelas séries H


(mais duro) e B (mais mole).
 No desenho técnico, as linhas finas são executadas com grafite
2H, as linhas intermediárias com grafite HB e as linhas grossas
com grafite 2B.
 A ponta do lápis deve estar sempre bem afiada com uma lixa fina,
para se obter um traço uniforme.
 Para trabalhar com desenho técnico a lapiseira é melhor, pois
mantém uma espessura uniforme durante o traçado,
eliminando a tarefa de preparo da ponta.

LAPISEIRA
 Ao desenhar com a lapiseira ou o lápis, é importante que o
instrumento seja gradualmente rotacionado. Isto mantém
uma espessura uniforme nos traçados.
O traçado deve ser feito sempre no sentido de puxar a lapiseira
ou o lápis e não empurrar. Desta forma você terá um maior
controle no traçado.

DICAS PARA TRAÇADO COM


GRAFITE
DICAS PARA TRAÇADO COM
GRAFITE

 No desenho com instrumentos, mantenha a lapiseira inclinada,


ligeiramente para o lado do instrumento, régua ou esquadro.
Desta forma evita-se que o grafite suje o instrumento de apoio e
provoque borrões.
 Flanela e fita crepe

MATERIAIS ACESSÓRIOS
BORRACHA

 A borracha deve ser do tipo prismática para facilitar a


aplicação de seus vértices em áreas pequenas do desenho.
ESCALÍMETRO (RÉGUA-ESCALA)

 O escalímetro é uma régua-escala de seção triangular com 6


escalas gráficas em suas faces. Esse instrumento evita os
cálculos na conversão de medidas para uma determinada
escala, agilizando o processo de desenho.

 Existem diferentes escalímetros com escalas adequadas a cada


tipo de representação gráfica.

 A régua-escala que será utilizada no decorrer do curso é o


Escalímetro n°1 com as escalas: 1/125; 1/100; 1/75; 1/50;
1/25 e 1/20.
ESCALÍMETRO

 O escalímetro não deve ser utilizado no traçado de linhas.


Emprega-se apenas para medições, evitando-se o desgaste
das marcações das escalas. As linhas devem ser traçadas
com o auxílio dos esquadros ou da régua T.
COMPASSO

 O compasso serve para traçar circunferências ou


arcos de circunferências e transportar medidas.

 O compasso indicado para desenho técnico não


deve possuir folga nas articulações, mas possuir o
porta-grafite e a ponta seca com articulações.

 A ponta do grafite deve estar sempre afiada com


uma lixa.
COMPASSO

 Usa-se o compasso fixando-se a ponta seca no centro da


circunferência a traçar e segura-se o compasso pela parte
superior.
 Um par de esquadros é identificado por suas
dimensões e espessura. A dimensão do
esquadro é a medida do maior cateto do
esquadro de 30º, que é igual à hipotenusa do
esquadro de 45º.

ESQUADROS
 Recomenda-se que o aluno adquira um par de esquadros de
dimensão 32 cm, pois com essa medida pode-se trabalhar com
formatos maiores de papel.
 Deve-se utilizar o par de esquadros apoiado na borda superior da
régua T. O sentido do traçado está indicado na Figura abaixo.

ESQUADROS
 Combinando o par de esquadros, pode-se obter uma série de
ângulos sem o auxílio do transferidor.

ESQUADROS
ESQUADROS
 Instrumento usado para medir ou marcar ângulos.

TRANSFERIDOR
 Para fixar o papel na prancheta, primeiramente, deve-se
apoiar a régua T sobre a folha, fazendo com que o limite
superior do papel fique paralelo à borda superior da régua.
 Em seguida, fixa-se o papel no canto superior esquerdo e nos
demais cantos, conforme a ordem de fixação na Figura
abaixo.

PAPÉIS PARA DESENHO

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