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Violência e suas penas

Trata com mais rigor a violência doméstica contra a mulher;


In dubio pró mulher;
Antes da Lei Maria da Penha não havia medida protetiva imediata após o registro da
violência;
Forma de emprestar credibilidade à fala da mulher é a determinação da inversão do ônus da
prova.
Feminicídio

É o homicídio de uma mulher pelo simples fato de ser do gênero feminino;


São diversas formas de abuso verbal e físico:
Estupro, tortura, perseguição sexual e física que se encontram no topo da trajetória de
perseguição à mulher que culminam com a sua morte.
A lei 12.104/2015 que acrescenta ao delito de homicídio (CP art. 121) uma qualificadora e
uma majorante.
É qualificado quando o homicídio ocorre em razão da mulher ser de gênero feminino. É
reconhecido quando o crime envolve violência doméstica e familiar, menosprezo ou
discriminação à condição de mulher (CP art. 121, par. 2°-A).
Trata-se de qualificadora objetiva porque a violência doméstica prescinde de qualquer
valoração específica.
Prisão Preventiva

A LMP prevê duas possibilidades distintas de prisão preventiva do agressor:


I) Para assegurar a tramitação do processo (LMP art. 20);
II) Para garantir a eficácia das medidas protetivas de urgência (LMP, art. 42).
Na grande maioria das vezes a prisão é decretada quando há descumprimento das medidas
protetivas de urgência, não se exigindo dolo.
Prescinde-se da presença de qualquer outro requisito, mesmo aqueles previstos no art. 312
do CPP.
Pode ser decretada, inclusive, em casos de contravenção penal e crimes punidos com pena
de detenção.
Comparecimento a Programa de Recuperação e Reeducação

Em sede de violência doméstica e familiar contra a mulher o juiz está autorizado a determinar
a apresentação compulsória do agressor a programa de recuperação e reeducação.
A LMP veio explicitamente abrir uma exceção à regra que impede sua aplicação, quando
existe violência ou grave ameaça. Assim, em sede de violência doméstica
independentemente da pena aplicada e da forma da violência perpetrada contra a vítima,
deve o juiz determinar que o agressor, obrigatoriamente compareça a programa de
recuperação e reeducação.
Retratação, Desistência ou Renúncia

Divergiam doutrina e jurisprudência até que decisão do STF reconheceu que a lesão corporal
leve é passível de ação pública incondicionada não havendo possibilidade de renúncia ou
retratação à representação.
Renúncia à representação (LMP art. 16).
O legislador deveria ter usado o instituto da retratação da representação com base na lógica
do art. 102 do CP.
Enquanto o CP e o CPP admitem a retratação até o oferecimento da denúncia , a LMP
permite a retratação até o recebimento da denúncia pelo juiz (LMP art. 16).
Definição da Competência

A LMP afastou a competência dos JECrims lei 9099/95. A competência agora é do


JVDFM´s e onde não houver o juízo é o da vara criminal.
Em sede de violência doméstica o critério definidor é:
(I) Que a violência seja contra a mulher;
(II) Que ocorra no âmbito doméstico, familiar ou decorra de relacionamento íntimo do
agente do fato pouco importando o local da agressão.

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