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Símbolos em

Mensagem
Temas a abordar:

-Apresentação da Mensagem

-Deus/homem

-Intertextualidade com Os Lusíadas

-Mulher

-Intertextualidade com Os Maias

-Conclusão

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1.Introdução
Vamos contextualizar o nosso trabalho
Fernando Pessoa
(1888-1935)

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Mensagem
Mensagem é um livro épico-lírico dividido em 3
partes (Brasão, Mar Português e O Encoberto)
sendo constituído por 44 poemas

Fernando Pessoa iniciou a escrita a 1913, durante


um período marcado por uma crise económica e
política

Esta foi concluída a 1934 e publicada no mesmo


ano

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Deus/Homem
O Infante

Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.


Deus quis que a terra fosse toda uma,
Que o mar unisse, já não separasse.
Sagrou-te, e foste desvendando a espuma.

E a orla branca foi de ilha em continente,


Clareou, correndo, até ao fim do mundo,
E viu-se a terra inteira, de repente,
Surgir, redonda, do azul profundo.

Quem te sagrou criou-te português.


Do mar e nós em ti nos deu sinal.
Cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez.
Senhor, falta cumprir-se Portugal!

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Deus/Homem
O Infante

Deus quer, o homem sonha, a Referência ao herói mítico:


obra nasce.
Deus quis que a terra fosse toda O Infante é um agente responsável por
uma, cumprir a vontade de Deus
Que o mar unisse, já não
separasse. Deus manipula o homem dando origem
Sagrou-te, e foste desvendando à obra
a espuma.

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Deus/Homem
SEPTIMO (I) D. João o Primeiro

O homem e a hora são um só


Quando Deus faz e a história é feita.
O mais é carne, cujo pó
A terra espreita.

Mestre, sem o saber, do Templo


Que Portugal foi feito ser,
Que houveste a glória e deste o exemplo
De o defender,

Teu nome, eleito em sua fama,


É, na ara da nossa alma interna,
A que repele, eterna chama,
A sombra eterna

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Deus/Homem

SEPTIMO (I) D. João o Primeiro Atuação do Homem(herói) decorre do


desejo divino
O homem e a hora são um só
Quando Deus faz e a história é feita.
O mais é carne, cujo pó A conjugação do espírito celeste com
A terra espreita. o anseio dos
predestinados que leva aos grandes
feitos e garante a imortalidade (o mito)

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Intertextualidade com “Os Lusíadas”

Vós, Portugueses, poucos quanto fortes,


Que o fraco poder vosso não pesais; O Homem é visto também como um
Vós, que à custa de vossas várias mortes meio para realizar a vontade de Deus,
A lei da vida eterna dilatais:
Assim do céu deitadas são as sortes, neste caso expandir a fé cristã pelas
Que vós, por muito poucos que sejais, novas terras descobertas
Muito façais na santa Cristandade:
Que tanto, ó Cristo, exaltas a humildade!

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Mulher

D. TAREJA

As nações todas são mistérios. Dê tua prece outro destino


Cada uma é todo o mundo a sós. A quem fadou o instinto teu!
Ó mãe de reis e avó de impérios, O homem que foi o teu menino
Vela por nós! Envelheceu.

Teu seio augusto amamentou Mas todo vivo é eterno infante


Com bruta e natural certeza Onde estás e não há o dia.
O que, imprevisto, Deus fadou. No antigo seio, vigilante,
Por ele reza! De novo o cria!

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Mulher

-Dona Teresa é vista como uma figura materna e protetora

-Ela é vista como o início da revelação do mistério da nação


Portuguesa, desse Destino ainda por ser, porque é ela quem
gera D. Afonso Henriques

-Pessoa pede a sua proteção (“vela por nós!”), e talvez


neste momento tenha-se lembrado da sua mãe que teve uma
atitude antagónica à de D. Teresa

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Mulher

D. FILIPA DE LENCASTRE

Que enigma havia em teu seio


Que só génios concebia?
Que arcanjo teus sonhos veio
Velar, maternos, um dia?

Volve a nós teu rosto sério,


Princesa do Santo Gral,
Humano ventre do Império,
Madrinha de Portugal!

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Mulher

- Fernando Pessoa mostra a sua admiração perante a Ínclita geração e questiona “que
enigma”, havia em D. Filipa para ser ela a mãe de tais filhos

- Ela é descrita como uma mãe atenta e preocupada com os seus filhos

- A referência a D. Filipa como “princesa do Santo Graal” aponta para a sua origem de uma
linhagem com o sangue nobre, o sangue de Cristo, origem divina e providencial do Império
ainda por nascer

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Intertextualidade com “Os Maias”

“A mulher só devia ter duas prendas: cozinhar


bem e amar bem.”

“O dever de uma era primeiro ser bela, e


depois ser estúpida.”

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Número 3

-União entre Deus, o Universo e o Homem

-A mensagem liga-se ao ciclo da vida:

Brasão sugere o nascimento da Nação

Mar Português evidencia o seu crescimento e o seu


momento áureo histórico

O Encoberto simboliza a morte, à qual se seguiria o


Renascimento.

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Outros números importantes

1 2 5 12
17
Conclusão

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Bibliografia

https://www.studocu.com/en-us/document/ensino-secundario-portugal/portugues/fernando-pessoa-mensagem-analise-comple
ta/8939239

http://storamjoao.blogspot.com/2009/05/os-simbolos-em-mensagem.html

https://www.infopedia.pt/$mensagem,1

https://www.infopedia.pt/$fernando-pessoa

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