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A BAGACEIRA

• Obra de José Américo de


Almeida.
• Publicada em 1928, é
considerado um marco
inicial do regionalismo e
da segunda fase do
modernismo Brasileiro.
• A história se passa na
Paraíba entre 1898 e 1915
– período de seca.
A BAGACEIRA – O autor
• José Américo de Almeida (1887
– 1980)
• Paraibano da cidade de Areias -
dono de um estilo e linguagem
tradicional, dominada por um
tom sentencioso
• Apresenta em sua obra um
gosto modernista por elipses e
imagens soltas, e ainda pelo
uso de algumas expressões
coloquiais ou regionais.
PERSONAGENS CENTRAIS
Dagoberto Marçau – Proprietário do engenho Marzagão,
simboliza a prepotência, contrapondo-se à fraqueza dos
trabalhadores da bagaceira. Considera-se “dono ” da
justiça e seu código é simples: “O que está na terra é da
terra”.
Lúcio – Humano, idealista, sonhador, apaixona-se por
Soledade, com quem mantém um romance puro. Não
compartilha as ideias de seu pai, Dagoberto Marçau,
para quem “hoje em dia não se guarda mais na cabeça:
só se deve guardar nas algibeiras.
Soledade – Filha de Valentim Pereira, representa a beleza
agreste do sertão. Aos olhos de Lúcio, a sertaneja. “não
correspondia pela harmonia dos caracteres às exigências
do seu sentimento do tipo humano. Mas, não sabia por
que, achava-lhe um sainete novo na feminilidade
indefinível.
Valentim Pereira – Representa o sertão: destemido,
arrojado e altivo. Como bom sertanejo pune pela honra
de uma mulher, mata o feitor Manuel Broca, apontado
como sedutor de sua filha.
ENREDO – Tópicos
• O titulo da obra faz referência ao bagaço da cana moída no
engenho – palco de toda a trama da obra. Além da situação
problemática do envolvimento afetivo por parte do pai e do filho
pela mesma mulher.
• Na narrativa há um choque de três visões que correspondem a
três processos sócio-culturais distintos:
• 1) Visão rústica dos sertanejos, com seu sentido ético arcaico.
• 2) Visão brutal e autoritária do senhor de engenho, representando
a velha oligarquia.
• 3) Visão civilizada (moderna, urbana) de Lúcio, traduzindo um
novo comportamento de fundo burguês e que logo seria
autorizado pela Revolução de 30.

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