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DIREITO SOCIETÁRIO E

FALIMENTAR
 SOCIEDADE

 ECONOMIA

 DIREITO

 DIREITO EMPRESARIAL

 EMPRESA
OBJETO DE ESTUDO DO DIREITO: relações sociais.

⮚ Relação jurídica: toda situação ou relação da vida real


(social) juridicamente relevante.

DIREITO EMPRESARIAL: ramo do direito


privado que trata do exercício da atividade econômica
organizada de fornecimento de bens ou serviços, a chamada
empresa.
RELAÇÕES SOCIAIS

RELAÇÕES JURÍDICAS

RELAÇÕES PRIVADAS
SISTEMA ECONÔMICO: Forma pela qual o Estado organiza suas relações sociais de produção,
estruturando sua política.

CAPITALISMO: Sistema econômico fundado na propriedade privada dos fatores de


produção, na ampla liberdade de iniciativa e de concorrência, bem como na livre contratação de mão-de-
obra.

- Tem no capital um dos seus principais fatores de produção.

- Fatores de produção (?)


Os bens e serviços que precisamos para atender
nossas necessidades de alimentação, saúde, vestuário,
educação, lazer, tecnologia, entre outros, são produzidos
em organizações econômicas especializadas e negociadas
no mercado. A atividade do empresário pode ser
vista como a de articular os fatores
de produção.

Estruturar a produção ou circulação


Quem estrutura essas organizações são as pessoas de bens ou serviços significa reunir
vocacionadas à tarefa de combinar determinados os recursos financeiros (capital),
componentes (fatores de produção). Essas pessoas são os humano (mão-de-obra), materiais
empresários. (insumos) e tecnologia, que
viabilizem oferece-los ao mercado
consumidor de forma competitiva.
EMPRESÁRIO: é o profissional que exerce atividade econômica organizada para a
produção ou circulação de bens e serviços. (art. 966, C.C).

NOÇÕES DE:

Profissionalismo;

Atividade econômica organizada;

Produção de bens ou serviços;

Circulação de bens ou serviços;

Lucro.
Atividades econômicas civis (não empresariais):

⮚ Prestação de serviço (sem articular os fatores de produção);


⮚ Profissional intelectual: de natureza científica, literária ou artística,
mesmo que contrate empregados para auxiliá-lo. Ex: médicos,
advogados, arquitetos, escritores, artistas;
⮚ Empresário rural sem inscrição na Junta Comercial;
⮚ Cooperativas;

Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica


organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.

Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de


natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou
colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.
EMPRESA: atividade econômica exercida de forma
organizada em relação a bens e pessoas para
circulação de bens e serviços e que não seja
atividade intelectual.

TEORIA DA EMPRESA (2002): atividade econômica exercida


empresarialmente.
O empresário é quem exerce a atividade
empresa.

de forma individual – empresário


individual (pessoa física).

de forma coletiva – sociedade empresária


ou EIRELLI (pessoa jurídica).
> Pessoa física: pessoa natural.

> Pessoa jurídica: ente jurídico criado para fins de


realizar atividade econômica ou não, com ou sem
fins lucrativos.

Associação Desenvolvimento de ativi. Econômica sem fins


Fundação lucrativos
PJ

Sociedade: possui escopo negocial.

> Sociedade simples: sem empresarialidade, sem


profissionalmente organizar os fatores de produção
(art. 982).

> Sociedade empresária: exploração empresarial do


objeto social.
Portanto, o empresário pode ser um
empresário individual (PF que exerce
profissionalmente atividade econômica
de forma organizada, ou uma
sociedade empresária (PJ constituída
sob a forma de sociedade cujo objeto
social é a exploração de atividade
econômica organizada. Quem exerce a
atividade econômica neste caso,
portanto, é a sociedade, dessa forma é
ela a empresária.
CONCEITO DE SOCIEDADE

 
Art. 981, C.C: “Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a
contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si,
dos resultados.”
 

SOCIEDADES DESPERSONIFICADAS

As sociedades despersonificadas não possuem personalidade jurídica: sociedade em comum e a


sociedade em conta de participação. As sociedades em comum estão disciplinadas a partir do
art. 986 do Código Civil.
>> A sociedade em comum é aquela que não foi levada a registro. CC, art. 990: “Todos os sócios respondem
solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais, excluído do benefício de ordem, previsto no art. 1.024,
aquele que contratou pela sociedade.”
* Se for levada a registro: ela irá adquirir personalidade jurídica (sociedade personificada).
 

>> A sociedade em conta de participação

Art. 991, C.C: “Na sociedade em conta de participação, a atividade constitutiva do objeto social é exercida
unicamente pelo sócio ostensivo, em seu nome individual e sob sua própria e exclusiva responsabilidade,
participando os demais dos resultados correspondentes.

Parágrafo único. Obriga-se perante terceiro tão-somente o sócio ostensivo; e, exclusivamente perante este, o
sócio participante, nos termos do contrato social.”
Na sociedade em conta de participação, a responsabilidade é apenas do sócio ostensivo, que responderá de
forma ilimitada.
 
Se a sociedade em conta de participação for levada a registro, tal ato não irá conferir personalidade jurídica à
sociedade.
 
CC, art. 993: “O contrato social produz efeito somente entre os sócios, e a eventual inscrição de seu
instrumento em qualquer registro não confere personalidade jurídica à sociedade.”
 
SOCIEDADES PERSONIFICADAS
 

Quanto à natureza, a sociedade personificada pode ser:

>> SOCIEDADE EMPRESÁRIA – é aquela que tem por objeto uma atividade considerada empresária (ver o art. 982, CC – a
seguir).
 
Trata-se de sociedade que possui finalidade lucrativa, que exerce suas atividades com habitualidade e organização
empresarial, produzindo/circulando bens ou serviços.
 
Art. 982, C.C: “Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem por objeto o exercício de atividade
própria de empresário sujeito a registro (art. 967); e, simples, as demais.
Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a sociedade por ações; e, simples, a
cooperativa.”
 

>> SOCIEDADE SIMPLES – é aquela que não explora uma atividade empresária, mas que tem por objeto atividade intelectual
de natureza científica, literária ou artística (Exemplo: art. 966, § único2).
Exemplos: atividade do médico, do advogado, do contador etc.
 
1. CONCEITO DE SOCIEDADE EMPRESÁRIA

 Pessoa jurídica: ente jurídico criado para fins de realizar atividade econômica ou
não, com ou sem fins lucrativos.

 Pessoas Jurídicas de direito privado:

FUNDAÇÃO

Sociedades simples.

PESSOA
JURÍDICA
Sociedades empresárias.
ASSOCIAÇÃO SOCIEDADES
Sociedades Sociedades
simples empresárias

*O que distingui uma da outra é o modo de Sociedade Limitada


explorar o objeto.
Sociedade Anônima
Sociedade simples: sem empresarialidade,
sem profissionalmente organizar os fatores Sociedade em comandita simples
de produção (art. 982).
Sociedade em comandita por ações
Dedica-se a atividade econômica civil
(sociedade de profissionais intelectuais ou Sociedade em nome coletivo
dedicada à atividade rural sem registro na
Junta Comercial).
EMPRESA INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE LIMITADA – EIRELI 

> Tipo societário com apenas um sócio. Sem limite de faturamento anual e podendo optar pelo Simples
Nacional.

> O nome empresarial da EIRELI pode ser de dois tipos: DENOMINAÇÃO ou FIRMA.

> O nome empresarial deverá conter a expressão "EIRELI" após a firma ou a denominação da empresa
individual de responsabilidade limitada.

> DENOMINAÇÃO - A denominação social DEVERÁ conter palavras ou expressões que denotem
atividade prevista no objeto social da empresa, e caso haja mais de uma atividade, poderão ser escolhidas
uma ou mais dentre elas.

> A adição ao nome empresarial da expressão ME ou MICROEMPRESA e EPP ou EMPRESA DE


PEQUENO PORTE, se aplicável, não pode ser efetuada no ato constitutivo.
> RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS

> PERSONIFICAÇÃO E DESCONSIDERAÇÃO


DA PERSONALIDADE JURÍDICA
RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS

Princípio da autonomia patrimonial.

Princípio da personalização da sociedade empresária.

RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA
PERSONIFICAÇÃO E DESCONSIDERAÇÃO
DA PERSONALIDADE JURÍDICA

 Instrumento criado para otimização das relações.

C.C - Art. 49-A. A pessoa jurídica não se confunde com os seus


sócios, associados, instituidores ou administradores. (Incluído pela Lei nº
13.874, de 2019)

Parágrafo único. A autonomia patrimonial das pessoas jurídicas é


um instrumento lícito de alocação e segregação de riscos, estabelecido
pela lei com a finalidade de estimular empreendimentos, para a geração
de empregos, tributo, renda e inovação em benefício de todos.
DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE
JURÍDICA: “mau uso”

C.C - Art. 50.  Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de
finalidade ou pela confusão patrimonial, pode o juiz, a requerimento da parte, ou do Ministério
Público quando lhe couber intervir no processo, desconsiderá-la para que os efeitos de certas
e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares de
administradores ou de sócios da pessoa jurídica beneficiados direta ou indiretamente pelo
abuso. 

Desvio de finalidade é a utilização da pessoa jurídica com o propósito de lesar credores e


para a prática de atos ilícitos de qualquer natureza. 

Confusão patrimonial: a ausência de separação de fato entre os patrimônios.

Exemplo: transferência de ativos ou de passivos sem efetivas


contraprestações, exceto os de valor proporcionalmente insignificante.
Constituição: contrato social

Art. 997. A sociedade constitui-se mediante contrato escrito, particular ou público.

Constituição: contrato social


Art. 998. Nos trinta dias subsequentes à sua constituição, a sociedade deverá requerer a inscrição do
contrato social no Registro Civil das Pessoas Jurídicas do local de sua sede.

Obrigações dos sócios:

- As obrigações dos sócios começam imediatamente com o contrato, se este não fixar
outra data.
- Responsabilidade ilimitada dos sócios.
- Podem integralizar o capital com serviço.

- * art. 1.008. É nula a estipulação contratual que exclua qualquer sócio de


participar dos lucros e das perdas.

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