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NR -10

S.E.P. - SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA

SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE


OBJETIV
O
Permitir ao trabalhador o conhecimento básico dos riscos a
que se expõe uma pessoa que trabalha com instalações ou
equipamentos elétricos na baixa, média e alta tensão,
independente se ele esteja na geração, transmissão,
distribuição ou consumo de energia.

O treinamento é dirigido à prevenção de acidentes sendo que:

“…em nenhuma hipótese via substituir treinamentos voltados


à execução de tarefas específicas, permitindo ao trabalhador
ampliar sua visão, garantindo sua segurança e saúde…”
NÍVEIS DE TENSÃO

Definição da ABNT através das NBR:

Baixa Tensão

A tensão superior a 50 volts em corrente alternada ou 120


volts em corrente contínua e igual ou inferior a 1000 volts em
corrente alternada ou 1500 volts em corrente contínua, entre
fases ou entre fase e terra. (NBR 5410 – BT)

Alta Tensão

A tensão superior a 1000 volts em corrente alternada ou 1500


volts em corrente contínua, entre fases ou entre fase e terra.
(NBR 14039 – MT)
Níveis de tensão elétrica referente a segurança

Alta Tensão Baixa Tensão


(C.A.) 1500 (C.C.)

1000

Baixa Tensão Baixa Tensão

120
50
Extra Extra
Baixa Tensão 0 0 BaixaTensão
ACIDENTES
Causa de acidentes

É a qualificação da ação, frente a um perigo, que contribuiu


para um dano seja pessoal ou impessoal.

EXEMPLO
A avenida com grande movimento não constitui uma
causa de acidente, porém o ato de atravessá-la
com pressa e sem atenção, pode ser
considerado como uma das causas.

Estudos realizados por cientistas comprovaram que a


principal causa dos acidentes se deve ao ser humano, que
por negligência, imperícia ou descaso acaba colocando a si
próprio ou outros numa condição de risco.
ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA

ELÉTRICO DE POTÊNCIA

(S.E.P.)
10.6 – GERAÇÃO, TRANSMISSÃO, DISTRIBUIÇÃO
E CONSUMO

Quando falamos em setor elétrico, referimo-nos normalmente


ao Sistema Elétrico de Potência (SEP), definido como:

“O conjunto de todas as instalações e equipamentos


destinados à geração, transmissão, distribuição e
consumo de energia elétrica até a medição”
GERAÇÃO
TRANSMISSÃO
A Transmissão basicamente está constituída por linhas de
condutores destinados a transportar a energia elétrica desde
a fase de geração até a fase de distribuição, abrangendo
processos de elevação e rebaixamento de tensão elétrica,
realizados em subestações próximas aos centros de
consumo. Essa energia é transmitida em corrente alternada
(60 Hz).
TRANSMISSÃO

Substituição e Substituição e
manutenção manutenção
dos elementos das dos isoladores.
torres.
Manutenção dos Desenvolvimento em
elementos sinalizadores campo de estudos de
dos cabos. viabilidade.

Desmatamento e Construção de linhas de


limpeza da faixa de transmissão.
servidão.

Testes e ensaios. Substituição dos pára-


raios.
TRANSMISSÃO
Inspeção de Linhas de Transmissão

São verificados:

• O estado da estrutura e seus elementos;


• A altura dos cabos elétricos e;
• A área ao longo da extensão da linha de domínio.
As inspeções são realizadas por terra ou por helicóptero.
DISTRIBUIÇÃO E CONSUMO

É o segmento do setor elétrico


que compreende os potenciais
após a transmissão, indo das
 
  subestações de distribuição
 
entregando energia elétrica aos
clientes.

A distribuição de energia elétrica


aos clientes é realizada nos
potenciais de 110, 127, 220 e 380
Volts até 88 kV.
DISTRIBUIÇÃO
Atividades na Distribuição

• Montagens de transformadores e acessórios em estruturas nas


redes de distribuição;
 
 
 
• Montagens de subestações de distribuição;

• Manutenção das redes de distribuição aérea e subterrânea;

• Limpeza e desmatamento das faixas de servidão;

• Medição do consumo de energia elétrica;

• Operação dos centros de controle e supervisão da distribuição;

• Poda de árvores.
DISTRIBUIÇÃO

As atividades de transmissão e distribuição de energia elétrica


podem ser realizadas em sistemas desenergizados “linha
morta” ou energizados “linha viva”, conforme as fotos a seguir.

Método à distância Método ao contato Método ao potencial


CONSUMO

As atividades no setor de consumo de energia elétrica


também podem ser realizadas em sistemas desenergizados
“linha morta” ou energizados “linha viva”.
CONSUMO

Atividades no Consumo

• Montagens de transformadores e acessórios em estruturas


nas redes internas das empresas consumidoras;

• Construção de estruturas e obras civis;

• Montagens de subestações;

• Manutenção das redes de distribuição aérea e subterrânea;

• Montagem e manutenção de cabinas primárias de


transformação;

• Operação dos centros de controle e supervisão.


ARCO ELÉTRICO
Arco Elétrico ou Voltáico

Definição
É a descarga elétrica através do ar, ou seja, a passagem de
corrente elétrica através do ar ionizado.

Características

• Grande dissipação de energia, com explosão e fogo;


• Dura menos de 1 segundo (PODE LEVAR A MORTE);
• As temperaturas geradas vão de 6.000oC até 30.000oC.
Conseqüências

• Queimaduras de 2° e 3° graus, potencialmente fatais;


• Ferimentos por quedas de postes;
• Problemas na retina, devido à emissão de radiação
ultravioleta;
• Danos físicos devido à onda de pressão originada pela
explosão;
• Ferimentos e queimaduras devido à ação de partículas
derretidas de metal.
Conseqüências
A sua proteção depende...

• da distância ao ponto de falha;


• da energia liberada;
• da vestimenta de proteção.
Arco Elétrico ou Voltáico.

Nós podemos controlar o arco elétrico?


Arco elétrico ou voltáico
CAMPO
ELETROMAGNÉTICO
Campo eletromagnético

Criado a partir de uma corrente elétrica.

Não confundir com campo magnético, que é geralmente


natural.

O campo eletromagnético é geralmente artificial.

Regra da mão direita:

corrente cria campo em função


do seu sentido de fluxo.
(Lei de Ampère)
Campo Eletromagnético
Exposição ao Campo eletromagnético pode causar:

• DISFUNÇÃO EM GLÂNDULAS;
• TUMORES (ainda em estudo comprobatório);
• DISFUNÇÃO EM APARELHOS (marcapasso,
amplificadores auditivos, dosadores de insulina, etc);
• QUEIMADURAS (aos indivíduos que usam pinos, próteses
metálicas).

É de fundamental importância que se tenha atenção também


nos circuitos desenergizados, mas que estejam próximos de
circuitos energizados.
HABILITAÇÃO,
QUALIFICAÇÃO,
CAPACITAÇÃO E
AUTORIZAÇÃO
10.8 HABILITAÇÃO, QUALIFICAÇÃO, CAPACITAÇÃO E AUTORIZAÇÃO

HABILITAÇÃO, QUALIFICAÇÃO,
CAPACITAÇÃO TRABALHADORES
AUTORIZAÇÃO DOS
F O R M A Ç Ã O
SISTEMA OFICIAL DE NA
ENSINO EMPRESA
QUALIFICA
CAPACITAÇÃO DIRIGIDA ESPECÍFICA
DO
PROFISSÃO OCUPAÇÃO E SOB RESPONSABILIDADE DE UM
PROFISSIONAL
HABILITADO
REGIS
NOTRO
CONSELHO
HABILITADO CAPACITAD
O

TREINAMENTO EM SEGURANÇA NR1


0

RECEBE A AUTORIZAÇÃO E
TRABALHA SOB A
RESPONSABILIDADE
DE UM
“AUTORIZADO”
10.8 HABILITAÇÃO, QUALIFICAÇÃO, CAPACITAÇÃO E AUTORIZAÇÃO

10.8.4 - São considerados autorizados os trabalhadores


qualificados ou capacitados e os profissionais habilitados, com
anuência (aprovação) formal da empresa.

10.8.5 - A empresa deve estabelecer sistema de identificação que


permita a qualquer tempo conhecer a abrangência da autorização
de cada trabalhador, conforme o item 10.8.4.

10.8.6 - Os trabalhadores autorizados a trabalhar em instalações


elétricas devem ter essa condição consignada no sistema de
registro de empregado da empresa.

10.8.7 - Os trabalhadores autorizados a intervir em instalações


elétricas devem ser submetidos à exame de saúde compatível com
as atividades a serem desenvolvidas, realizado em conformidade
com a NR 7 (Programa de controle médico de saúde ocupacional) e
registrado em seu prontuário médico.
MEDIDAS
DE
CONTROLE
10.2 - MEDIDAS DE CONTROLE

10.2.1 e 10.2.2 Em todas as intervenções em


instalações elétricas adotar medidas preventivas de
controle do risco elétrico e de outros riscos
adicionais, com técnicas de análise de risco
integrado às iniciativas da empresa.
10.2 - MEDIDAS DE CONTROLE

AGENTES Exemplos

Físicos ruídos, vibrações, radiações,


frio, calor, etc.

Químicos poeiras, gases, líquidos, etc.

Biológicos vírus, bactérias, fungos e outros


parasitas.
Ergonômicos esforço físico intenso, postura
inadequada, movimentos
repetitivos.
10.2 - MEDIDAS DE CONTROLE

10.2.7 Os documentos técnicos previstos no


Prontuário de Instalações Elétricas devem ser
elaborados por profissional legalmente habilitado.

Exemplo:
POP (Procedimento Operacional Padrão)
10.2 - MEDIDAS DE CONTROLE

Definição de APR – Análise Preliminar de Risco

Consiste no planejamento prévio de tarefas


(operações, serviços e atividades), cuja finalidade é
identificar, antes da execução da tarefa, os riscos
existentes em cada etapa, definindo e orientando
as medidas para eliminar ou controlar estes riscos,
tornando a tarefa mais segura para todos os
envolvidos em sua execução.

Visa também aprimorar atitudes e posturas que


levem a reduzir acidentes do trabalho e suas
consequências.
“Medidas de Controle:
Proteção Coletiva”
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA E.P.C.

“É todo dispositivo de uso coletivo cuja finalidade é


neutralizar, atenuar ou sinalizar determinados
riscos de acidentes do trabalho.”
Exemplos:

• Desenergização. E
• Fitas refletivas. P
C
• Bandeirolas.
• Aterramento.
10.2 - MEDIDAS DE CONTROLE

Proteção coletiva

Desenergização
10.2 - MEDIDAS DE CONTROLE

Proteção coletiva

Impedimento de energização
10.2 - MEDIDAS DE CONTROLE

Proteção coletiva

Verificar ausência de tensão


10.2 - MEDIDAS DE CONTROLE

Proteção coletiva

Aterramento temporário
10.2 - MEDIDAS DE CONTROLE

Proteção coletiva

10.2.8.2.1 na impossibilidade da desenergização


deve-se adotar a isolação das partes vivas,
obstáculos, barreiras, sinalização, sistema de
seccionamento automático de alimentação e
bloqueio do religamento automático.
10.2 - MEDIDAS DE CONTROLE

Proteção coletiva

Sinalização de segurança NR - 26
“Medidas de Controle:
Proteção Individual”
10.2 - MEDIDAS DE CONTROLE

“É todo dispositivo de uso individual destinado a


proteger a integridade física do empregado.”
Exemplos:

• Capacete.
• Óculos.
• Botas de segurança.
• Luvas isolantes de
borracha.
• Luvas de cobertura.
• Outros.
10.2 - MEDIDAS DE CONTROLE

Proteção individual
10.2.9.1 quando as medidas de proteção coletiva forem
insuficientes devem ser adotados equipamentos de proteção
individual específicos e adequados às atividades
desenvolvidas, em atendimento ao disposto na NR 6.
10.2 - MEDIDAS DE CONTROLE

CLASSE TENSÃO DE
Luva Isolante:
USO
• Devem ser Inspecionadas
00 500 V antes de sua utilização.
0 1.000 V • Seleção Dependente do
Nível de Tensão.
1 7.500 V • Deve ser efetuado teste de
2 17.000 V isolação periodicamente.
3 26.500 V • Devem ser utilizadas com
as luvas de cobertura.
4 36.000 V
10.2 - MEDIDAS DE CONTROLE

Proteção individual
10.2.9.2 As vestimentas de trabalho devem ser adequadas às
atividades, devendo contemplar a condutibilidade,
inflamabilidade e influências eletromagnéticas.
10.2.9.3 É vedado o uso de adornos pessoais.
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL E.P.I.

Proteção
individual
“Distância
de
Segurança”
ANEXO ZONA CONTROLADA

Distâncias no ar que delimitam radialmente as zonas de


risco, controlada e livre e também com interposição de
superfície de separação física adequada.

ZL ZR

PE

ZC
ANEXO ZONA CONTROLADA
SEGURANÇA
EM
PROJETOS
10.3 - SEGURANÇA EM PROJETOS

10.3.1 É obrigatório que os projetos de instalações elétricas


especifiquem dispositivos de desligamento de circuitos que
possuam recursos para impedimento de reenergização, para
sinalização de advertência com indicação da condição
operativa.
10.3.2 O projeto elétrico, na medida do possível, deve prever
a instalação de dispositivo de seccionamento de ação
simultânea, que permita a aplicação de impedimento de
reenergização do circuito.
10.3.3 O projeto de instalações elétricas deve considerar o
espaço seguro, quanto ao dimensionamento e a localização
de seus componentes e as influências externas, quando da
operação e da realização de serviços de construção e
manutenção.
10.3 - SEGURANÇA EM PROJETOS

10.3.3.1 Os circuitos elétricos com finalidades diferentes,


devem ser instalados separadamente.

10.3.4 O projeto deve definir a configuração do esquema de


aterramento, a obrigatoriedade ou não da interligação entre o
condutor neutro e o de proteção e a conexão à terra das
partes condutoras não destinadas à condução da eletricidade.

10.3.5 Sempre que for tecnicamente viável e necessário,


devem ser projetados dispositivos de seccionamento que
incorporem recursos fixos de equipotencialização e
aterramento do circuito seccionado.

10.3.6 O projeto deve prever as condições para a adoção de


aterramento temporário.
SEGURANÇA NA
CONSTRUÇÃO, MONTAGEM,
OPERAÇÃO E
MANUTENÇÃO
10.4 - SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO,
MONTAGEM, OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO

10.4.1 As instalações elétricas devem ser construídas,


montadas, operadas, reformadas, ampliadas, reparadas e
inspecionadas de forma a garantir a segurança e a saúde
dos trabalhadores e dos usuários, e serem
supervisionadas por um profissional autorizado.
10.4.2 Nos trabalhos e nas atividades referidas devem ser
adotadas medidas preventivas e controle dos riscos
adicionais, especialmente quanto a altura, confinamento,
campos elétricos e magnéticos, explosividade, umidade,
poeira, fauna e flora e outros agravantes, adotando-se a
sinalização de segurança.
10.4 - SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO,
MONTAGEM, OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO

10.4.3 Nos locais de trabalho só podem ser


utilizados equipamentos, dispositivos e ferramentas
elétricas compatíveis com a instalação elétrica
existente, preservando-se as características de
proteção, respeitadas as recomendações do
fabricante e as influências externas.
10.4.3.1 Os equipamentos, dispositivos e
ferramentas que possuam isolamento elétrico
devem estar adequados às tensões envolvidas, e
serem inspecionados e testados de acordo com as
regulamentações existentes ou recomendações
dos fabricantes.
10.4 - SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO,
MONTAGEM, OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO

O multímetro é muito utilizado por técnicos eletrônicos para


efetuar a medição de circuitos elétricos em extra baixa tensão
e também para testar componentes eletrônicos como diodo,
transistor, resistor e capacitor. Nunca deve ser usado para
medir correntes altas.
10.4 - SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO,
MONTAGEM, OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO
O equipamento mais utilizado pelos eletricistas residenciais e
industriais é o alicate amperímetro.
Este alicate por meio da leitura do campo magnético, pode
efetuar a medição de correntes altas sem ter contato direto com o
circuito.Ele não possui as mesmas escalas de leitura do
multímetro pois sua utilização é diferenciada.
10.4 - SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO,
MONTAGEM, OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO
10.4 - SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO,
MONTAGEM, OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO

Existem 4 tipos de classificação de


segurança para os multímetros e alicate
amperímetros. Vamos analisar cada uma
delas e entender como aplicá-las.
10.4 - SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO,
MONTAGEM, OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO

Nas instalações elétricas podem ocorrer transientes, ou seja,


surtos ou picos de tensão em relação à alimentação da rede.
Isso pode ocorrer devido a descargas atmosféricas ou
problemas no sistema de abastecimento da concessionária.
10.4 - SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO,
MONTAGEM, OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO
Categoria 1
Categoria 2
Categoria 3
Categoria 4
10.4 - SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO,
MONTAGEM, OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO

O que pode acontecer caso você coloque o multímetro numa


escala errada ou que não é compatível com o que está
medindo?
Desenergização
10.5 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES
ELÉTRICAS DESENERGIZADAS
DESENERGIZAÇÃO
10.5.1 Somente serão consideradas desenergizadas e liberadas
para o trabalho mediante os procedimentos apropriados,
obedecida a seqüência abaixo:
a) seccionamento;
b) impedimento de reenergização;
c) constatação da ausência de tensão;
d) instalação de aterramento temporário com
equipotencialização dos condutores dos circuitos;
e) proteção dos elementos energizados existentes na zona
controlada (Anexo I);
f) instalação da sinalização de impedimento de reenergização.
10.5 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES
ELÉTRICAS DESENERGIZADAS
REENERGIZAÇÃO
10.5.2 O estado de instalação desenergizada deve ser mantido até
a autorização para reenergização, devendo ser reenergizado
respeitando a sequência de procedimentos abaixo:
a) retirada das ferramentas, utensílios e equipamentos;
b) retirada da zona controlada de todos os trabalhadores não
envolvidos no processo de reenergização;
c) remoção do aterramento temporário, da equipotencialização e
das proteções adicionais;
d) remoção da sinalização de impedimento de reenergização; e
e) destravamento, se houver, e religação dos dispositivos de
seccionamento.
10.5 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES
ELÉTRICAS DESENERGIZADAS

10.5.3 As medidas constantes das alíneas apresentadas nos


itens 10.5.1 e 10.5.2 podem ser alteradas, substituídas,
ampliadas ou eliminadas, em função das peculiaridades de
cada situação, por profissional legalmente habilitado,
autorizado e mediante justificativa técnica previamente
formalizada, desde que seja mantido o mesmo nível de
segurança originalmente preconizado.
SEGURANÇA EM
INSTALAÇÕES
ELÉTRICAS
ENERGIZADAS
10.6 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES
ELÉTRICAS ENERGIZADAS

10.6.1 As intervenções em instalações elétricas com tensão igual


ou superior a 50 Volts em CA ou superior a 120 Volts em CC
somente podem ser realizadas por trabalhadores que atendam ao
que estabelece o item 10.8 desta Norma.
10.6.1.1 Os trabalhadores de que trata o item anterior devem
receber treinamento de segurança para trabalhos com instalações
elétricas energizadas, com currículo mínimo, carga horária e
demais determinações estabelecidas no Anexo II desta NR.
10.6.1.2 As operações elementares como ligar e desligar circuitos
elétricos, realizadas em baixa tensão, com materiais e
equipamentos elétricos em perfeito estado de conservação,
adequados para operação, podem ser realizadas “por qualquer
pessoa não advertida”.
TRABALHOS
ENVOLVENDO
ALTA TENSÃO
10.7 - TRABALHOS ENVOLVENDO ALTA TENSÃO

 10.7.1 Os trabalhadores em AT devem atender ao


disposto no item 10.8 desta NR.
10.7.2 Receber treinamento específico e demais
determinações conforme estabelece o Anexo II
desta NR.
10.7.3 Os serviços em AT ou no SEP não podem
ser realizados individualmente.
10.7.4 Ordem de serviço específica para data e
local, assinada por superior responsável pela área.
10.7 - TRABALHOS ENVOLVENDO ALTA TENSÃO

10.7.5 Avaliação prévia, estudar e planejar as


atividades e ações a serem desenvolvidas de
forma a atender os princípios técnicos e de
segurança.
10.7.6 Os serviços em instalações elétricas
energizadas em AT somente podem ser
realizados quando houver procedimentos
específicos, detalhados e assinados por
profissional autorizado.
10.7.7 A desativação, ou bloqueio, dos conjuntos
e dispositivos de religamento automático do
circuito, sistema ou equipamento.
10.7 - TRABALHOS ENVOLVENDO ALTA TENSÃO

10.7.7.1 Os equipamentos e dispositivos


desativados devem ser sinalizados com
identificação da condição de desativação, conforme
procedimento de trabalho específico padronizado.
10.7.8 Os equipamentos e ferramentas devem ser
submetidos a teste e ensaios anuais periódicos de
isolação.
10.7.9 Equipamento de comunicação permanente
com os demais membros da equipe ou com o
centro de operação durante a realização do
serviço.
SINALIZAÇÃO
10.10 SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA

10.10.1 Nas instalações e serviços em eletricidade


deve ser adotada sinalização adequada de segurança,
destinada à advertência e à identificação, obedecendo
ao disposto na NR-26 - Sinalização de Segurança, de
forma a atender, dentre outras, as situações a seguir:
a) identificação de circuitos elétricos;
b) travamentos e bloqueios de
dispositivos e sistemas de
manobra e comandos;
c) restrições e impedimentos
de acesso;
10.10 SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA

d) delimitações de áreas;
e) sinalização de áreas de circulação, de vias
públicas, de veículos e de movimentação de
cargas.
MEDIDAS DE
CONTROLE.
PROCEDIMENTO DE
TRABALHO
10.11 PROCEDIMENTOS DE TRABALHO

10.11.1 O serviços em instalações elétricas devem ser


planejados, programados e realizados por pessoas
autorizadas (item 10.8) em conformidade com
procedimentos de trabalho específicos, padronizados
com detalhe de cada tarefa, passo a passo.
10.11.2 Ordens de serviço especificas, aprovadas por
trabalhador autorizado, contendo, no mínimo, o tipo, a
data, o local e as referências aos procedimentos de
trabalho a serem adotados.
10.11.3 Objetivo, campo de aplicação, base técnica,
competências e responsabilidades, disposições gerais,
medidas de controle e orientações finais.
10.11 PROCEDIMENTOS DE TRABALHO

10.11.4 Treinamento de segurança e saúde e a autorização


de que trata o item 10.8 devem ter a participação em todo
processo de desenvolvimento do Serviço Especializado de
Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho - SESMT,
quando houver.
10.11.6 Toda equipe deverá ter um de seus trabalhadores
indicado e em condições de exercer a supervisão e condução
dos trabalhos.
10.11.7 Antes de iniciar trabalhos em equipe os seus
membros, em conjunto com o responsável pela execução do
serviço, devem realizar uma avaliação prévia, estudar e
planejar as atividades e ações a serem desenvolvidas no
local, de forma a atender os princípios técnicos básicos e as
melhores técnicas de segurança aplicáveis ao serviço.
RESPONSABILIDADES
10.13 RESPONSABILIDADES

As responsabilidades quanto ao cumprimento das


normas de segurança são solidárias aos
contratantes e contratados envolvidos.
É de responsabilidade dos contratantes (empresa)
manter os trabalhadores informados sobre os
riscos a que estão expostos, instruindo-os quanto
aos procedimentos e medidas de controle adotados
pela empresa.
Cabe à empresa, na ocorrência de acidentes de
trabalho, propor e adotar medidas preventivas e
corretivas para evitar que novos acidentes ocorram.
10.13 RESPONSABILIDADES

Cabe aos trabalhadores:


a) zelar pela sua segurança e saúde e a de outras
pessoas que possam ser afetadas por suas ações
ou omissões no trabalho;
b) responsabilizar-se junto com a empresa pelo
cumprimento das disposições legais e
regulamentares, inclusive quanto aos
procedimentos internos de segurança e saúde; e
c) comunicar, de imediato, ao responsável pela
execução do serviço as situações que considerar
de risco para sua segurança e saúde e a de
outras pessoas.
CONDIÇÕES
IMPEDITIVAS
PARA SERVIÇOS
CONDIÇÕES IMPEDITIVAS PARA SERVIÇOS

Os trabalhadores devem interromper suas tarefas


exercendo o direito de recusa, sempre que
constatarem evidências de riscos graves e
iminentes para sua segurança e saúde ou a de
outras pessoas, comunicando imediatamente o fato
a seu superior hierárquico, que diligenciará as
medidas cabíveis.
CONDIÇÕES IMPEDITIVAS PARA SERVIÇOS

Ambiente externo:
- Presença de ventos – Ventos fortes provocam um grande
aumento nos esforços mecânicos envolvidos, podendo até
fazer com que sejam ultrapassadas as capacidades de
trabalho para as quais os equipamentos e as ferramentas
foram projetados. Além disso, ocorre a dificuldade de
mobilidade do trabalhador durante os serviços.
- Chuva – Dificulta a utilização de todos os ferramentais e
equipamentos e aumenta o risco de descargas atmosféricas.
- Poluição / sujeira – O acumulo de poluentes nos
ferramentais e equipamentos pode impossibilitar a sua
utilização e aumentar o risco de acidentes.
CONDIÇÕES IMPEDITIVAS PARA SERVIÇOS

Condições da instalação:
- Espaçamento seguro – Quando há o espaçamento, ele
deve ser suficiente para garantir a segurança do
profissional no desenvolvimento de sua atividade.
- Iluminação insuficiente – A falta de iluminação de um
local pode torna-lo inseguro e gerar acidentes.
- Posição de trabalho – Diretamente relacionado com o
risco ergonômico, pressupõe-se que a instalação deve
ser concebida para que o trabalhador tenha totais
condições de prestar a devida manutenção de maneira a
não comprometer sua saúde e segurança ocupacional.
CONDIÇÕES IMPEDITIVAS PARA SERVIÇOS

Condições do ferramental, acessórios, EPCs e EPIs:


Independente da situação, o profissional não deve dar
continuidade ou mesmo iniciar um trabalho se as ferramentas,
acessórios, EPIs e EPCs possuírem danos ou estiverem fora
dos padrões definidos pelo fabricante.
Os EPIs e EPCs danificados devem ser descartados ou
devolvidos ao departamento de segurança.
Adaptar ferramentas em atividades para as quais não foram
projetadas pode gerar situações de risco ao trabalhador e ao
equipamento.
BARREIRAS,
INVÓLUCROS E
OBSTÁCULOS
Barreiras, invólucros e obstáculos

São dispositivos que impedem


qualquer contato com partes
energizadas das instalações
elétricas. São componentes que
possam impedir que pessoas ou
animais toquem acidentalmente as
partes energizadas, garantindo
assim que as pessoas sejam
advertidas de que as partes
acessíveis através das aberturas
estão energizadas e não devem
ser tocadas.
Barreiras, invólucros e obstáculos
Barreiras, invólucros e obstáculos
ISOLAÇÃO DUPLA OU
REFORÇADA
Isolação dupla ou reforçada

Formada pela isolação básica


(aplicada às partes vivas)

E pela isolação suplementar (adicional à básica,


que se destina a assegurar proteção
no caso de falha na básica)

Usada em eletrodomésticos e
ferramentas elétricas manuais
(portáteis).
Ao lado o símbolo usado
mundialmente para indicar esse
tipo de isolação.
Isolação dupla ou reforçada

Impede o contato com as partes vivas da instalação


e só pode ser removida por destruição.
Isolação dupla ou reforçada
Este tipo de proteção é normalmente aplicado a
equipamentos portáteis, tais como furadeiras elétricas
manuais, os quais por serem empregados nos mais
variados locais e condições de trabalho, e mesmo por
suas próprias características, requerem outro sistema
de proteção, que permita uma confiabilidade maior do
que aquela oferecida exclusivamente pelo aterramento
elétrico.
EQUIPOTENCIALIZAÇÃO
EQUIPOTENCIALIZAÇÃO
EQUIPOTENCIALIZAÇÃO
EQUIPOTENCIALIZAÇÃO
Esquemas de
Aterramento
Esquemas de aterramento - TT

Esquema TT (Possui um ponto de alimentação


diretamente aterrado, estando as massas da
instalação ligadas a eletrodutos de aterramento
eletricamente distintos do eletroduto de aterramento
da alimentação).
Esquemas de aterramento - IT

Esquema IT (Não possui qualquer ponto da


alimentação diretamente aterrado, estando
aterradas as massas da instalação).
Esquemas de aterramento –TN-C

Esquema TN-C (As funções de neutro e de


condutor de proteção são combinadas em um único
condutor ao longo de toda a instalação).
Esquemas de aterramento – TN-S

Esquema TN-S (O condutor neutro e o condutor de


proteção são separados ao longo de toda a
instalação).
Esquemas de aterramento – TN-C-S

Esquema TN-C-S ( As funções de neutro e de


condutor de proteção são combinadas em um único
condutor em uma parte da instalação )
DPS e DDR
Dispositivo de Proteção Contra Surto

O DPS (dispositivo de proteção contra surto) é o componente


utilizado para proteger o circuito elétrico contra elevações
momentâneas de tensão.
Dispositivo de Proteção Contra Surto

O DPS é utilizado na entrada de energia em paralelo com os


disjuntores de alimentação. Sua função é muito semelhante
ao do ladrão da caixa de água. Caso ocorra um aumento da
tensão ele descarrega esse montante para a terra.
Dispositivo Diferencial Residual

Proteções

Contato Indireto:
No caso de uma falta interna de algum equipamento, peças
de metal podem tornar-se "Vivas" ( energizadas ).
Contato Direto:
Contato direto com partes "vivas" pode ocasionar fuga de
corrente elétrica, através do corpo humano, para a terra.
Contra incêndio:
Correntes para terra de 500mA podem gerar arcos/faíscas e
provocar incêndios.

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