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MORTE SOMÁTICA –

ALTERAÇÕES POST
MORTEM

Profª Lu Popp
Alterações Post Mortem
• Convenção: A MORTE DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL DEFINE A
MORTE DO INDIVÍDUO.
• Quando a circulação cessa  o fornecimento de O2 cessa  morte
celular
• Os tecidos tem diferentes tempos de sobrevivência a Hipóxia
• Taxa metabólica

• Tecidos corporais

• Temperatura corporal
Autólise post mortem
• É a mais importante das alterações post mortem.
• Autodigestão celular por conta das organelas, principalmente os lisossomos

Desequilíbrio da bomba de Na/K  depleção


de ATP;
Mitocôndrias entram em processo de
respiração anaeróbica  geram ácido lático
no metabolismo
A célula sofre tumefação
Ocorre a lise celular
Autólise post mortem
• Fatores que alteram a intensidade e a velocidade da autólise
• Taxa metabólica  quanto mais a célula necessita de O2  mais
rápido é a autólise
• Temperatura corporal quanto maior a Tº corporal, mais rápido é a
autólise
• Temperatura ambiente  calor : aumenta a velocidade da autólise
• Frio retarda a autólise
Autólise post mortem
• Tamanho corporal  quanto maior o animal  maior a velocidade
da autólise ( superfície relativa / perda do calor)
• Isolamento térmico quantidade de gordura, penas, lã: deixam o
cadáver com maior quantidade de energia: acelera a autólise. Ex
ovinos c/ velo de lã sofrem autólise muito rápido.

• Cadáveres de ovinos : a lã funciona como isolante térmico

• Cadáveres de suínos: a camada de banha funciona como isolante térmico


Autólise Post Mortem
• Estado nutricional: animal mal nutrido  suas células não produzem
energia suficiente para suportar a anóxia : autólise rápida. Animal
caquético sofre autólise mais intensa.
• Espécie animal: fatores como porte, isolamento térmico, taxa
metabólica + flora intestinal  afetam a intensidade das alterações
post mortem . Ex: suíno Large White tem uma autólise mais
acelerada que um felino comum.
Conservação do cadáver
• Congelamento: esta técnica permite que se mantenha o cadáver por
muito tempo, não há condição de enviar material p/ histopatologia,
mas material para PCR e Toxicologia, são viáveis.
• Para a necropsia, o fato do animal estar congelado não afeta o valor
necroscópico.
• Câmara fria não tem o mesmo poder de manter as células livres da autólise,
portanto não devem ficar muito tempo - porque sofrem autólise
Conservação
• Fixação: é o uso de substâncias químicas que preserva o tecido 
evita a autólise
• Endurecimento do tecido ???? – não é verdade
• Mais utilizados: formol  solução de formalina: 35 a 40 % de princípio ativo
(formol a 10%).
Parte 2
Rigor mortis
• É a rigidez cadavérica;
• Há uma contração total das musculaturas, inclusa a cardíaca, que
quando o ventrículo esquerdo estiver com presença de coágulo,
pressupõe que o animal tinha uma cardiopatia
• Acidificação do meio.
Algor mortis
• É o resfriamento cadavérico.
• Em medicina forense humana a velocidade de esfriamento do cadáver é
usada para estimar o tempo decorrido desde a morte utilizando-se de
tabelas e cálculos nos quais são consideradas variáveis como temperatura e
umidades ambientes, tipos de roupas, peso , índice corporal, idade, etc
• Para animais, não existem parâmetros estabelecidos.
Livor mortis
• É a alteração de cor resultante do deslocamento, pela gravidade, do
sangue às regiões inferiores do corpo, muito evidente em cadáveres
de pessoas.
• Livor  lividez ou lívido significa” cor de chumbo”
• Evidente apenas em animais com a pele clara (ex: suíno)
• Algumas manchas reproduzem a superfície em que o animal morto estava
apoiado.
Hipostase ou hipóstase
• É a concentração do sangue nas partes inferiores do cadáver
• A hipostase depende da coagulação do sangue no cadáver – se for rápido o
processo da coagulação, haverão poucas áreas hipostáticas.
• Congestão hipostática  nome que se pode designar a hipostase.
• Órgão congesto ex fígado -a congestão do órgão é semelhante a inflamação
– pode acontecer de órgão pode ter impressões em sua superfície – como
das costelas p. ex.
Coagulação sanguínea
• Coagulação do sangue
• Coágulos post mortem formam-se após a morte, dentro dos vasos
sanguíneos, cavidades cardíacas e outras cavidades que por ventura
possa ter havido um derrame sanguíneo.
• Se houver coagulação ante mortem , diferenciar de trombos  estes são fixos
nas paredes dos vasos.
Tipos de coágulos
• Coágulo cruórico  é o mais comum , tem cor e aspecto de geleia de
amora . Firme , elástico superfície lisa e brilhante, molda-se
exatamente à cavidade ou vaso onde se formou;
• Coágulo lardáceo é o coágulo só de plasma. Por não conter os
elementos figurados do sangue , tem cor clara, mais ou menos
amarelada . Alguns animais apresentam coagulo levemente
translúcido ( semelhante à gordura ).
• Coágulo misto  tem as duas partes : claro e escuro pode ser um
sinal de infecção: velocidade de sedimentação das hemácias +
quantidades de anticorpos.
• CAVALOS : PODE SER FISIOLÓGICO.
Alterações na cor dos órgãos
• Embebição por hemoglobina: difusão de hemoglobina.

• Embebição por bile: difusão de bilirrubina.

• Pseudomelanose: combinação de sulfeto de hidrogênio liberado por


bactérias putrefativas com o ferro da hemoglobina das hemácias
rompidas  SULFETO FÉRRICO
• Ocorrem colorações esverdeada, cinza, púrpura ou negra
Alterações
• Distensão , deslocamentos e Ruptura de vísceras: acúmulo de gás
• Ante mortem: sinais circulatórios, aderências, presença de fibrina
• Post mortem:
• Espuma nas vias aéreas :
• Alteração post mortem
• TIMPANISMO:
• Ruminal,
• Abdominal
• intestinal
Alterações
• Destacamento da mucosa ruminal : queda do pH + efeito da autólise

• Autólise post mortem: a camada cortical aparece como uma massa


sem consistência = autólise acelerada/
• Doença: Clostridiose.

• Putrefação

• Enfisema Post Mortem

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