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Uma Ferramenta de Modelagem de

Árvore de Falhas, Redes Bayesianas


e Cadeias Markovianas para
Análise da Confiabilidade e
Disponibilidade de Sistemas
Adriano Gomes – ajog@cin.ufpe.br
Guilherme Barros de Souza – gbs2@cin.ufpe.br
Saulo Lopes – slso@cin.ufpe.br

Enrique Andrés López Droguett - ealopez@ufpe.br

Universidade Federal de Pernambuco - UFPE


Centro de Informática - CIn
Roteiro
 Introdução
 Contexto
 Motivações
 Árvore de Falhas
 Redes Bayesianas
 Cadeias de Markov
 Proposta
 Tecnologias e Ferramentas
 Resultados
 Conclusão e Trabalhos Futuros
 Referências
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Introdução
 Análise de confiabilidade
 Reduzir a probabilidade de acidente
 Evitar perdas humanas, econômicas e
ambientais
 Aumentar o tempo de disponibilidade de um
sistema
 Um acidente ocorre quando um evento
inicial ocorre, seguido pela falha dos
sistemas

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Introdução
 Os três tipos de falhas dos eventos básicos são
propostos por Kumamoto [Kumamoto96]:
 Eventos relacionados ao homem
 Eventos relacionados a equipamentos
 Eventos relacionados ao ambiente

 Algumas políticas para reduzir os riscos são:


 Redundância de equipamentos
 Inspeção e manutenção
 Sistema com segurança

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Contexto
 A análise de falhas através modelos e diagramas
é bastante utilizada pelos especialistas em análise
de riscos
 Necessidade de uma ferramenta de análise de
riscos utilizando os melhores modelos de análise.
 Desenvolveu-se um software um software E&P
Office II com módulos que utilizam o método
árvore de falhas (FTA), redes bayesianas (BBN) e
cadeias de markov.

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Motivações
 Fornece uma série de informações para o
tomador de decisão.
 Entender a condução lógica dos eventos,
priorizar eventos que conduzem ao evento
topo
 Usado para avaliação das melhorias e
desempenho dos sistemas
 fornece uma perspectiva global, ferramenta
pró-ativa
 Usado para minimizar e otimizar recursos
 Capaz de definir o que é importante e o que
não é (re-alocação).
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Análise Probabilística do Risco
 Identificar o relacionamento causal entre os
eventos relacionados ao homem, ao
equipamento, e ao ambiente
 Conduz a um evento indesejado
 Medidas de reengenharia contribuem para a
melhoria da operacionalidade segura e confiável
do sistema

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Análise de árvore de falhas -
FTA
 Técnica dedutiva
 Abordagem baseada na falha
 Inicia-se a análise supondo a ocorrência de um evento
indesejado
 Determina (deduz) as causas do evento indesejado,
utilizando um processo de análise para traz

Causas Eventos indesejados

Deduz para Traz

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Análise de árvore de falhas
 Modelo qualitativo
 Fornece informações importantes das causas
do evento topo (indesejado)
 Exemplo: Qual causa é mais relevante? Ou
listar em nível de relevância de todas as
causas
 Modelo quantitativo
 Fornece informação sobre a probabilidade de
ocorrência do evento topo
 Identifica a importância de todas as
causas e eventos intermediários
modelados na árvore de falhas
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Metodologia da FTA
 Modelo Gráfico
 É uma descrição da combinação das falhas
 Cobre somente as falhas consideradas
realísticas pelo analista.
 Caracterização dos resultados como
evento binário (sucesso ou falha)
 Utiliza o modelo das entidades de portas
lógicas (“OR”, “AND”, etc.)
 As portas lógicas mostram a relação entre os
eventos necessários para a ocorrência do
evento “mais alto”
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Estrutura de árvore de falhas
Evento
Indesejado

Porta AND

Evento
Intermediário

Porta OR

Evento
Básico
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Etapas da análise da árvore de
falhas

Definir o
Escopo da
FTA

Identificação Definir o Definir a Interpretar o


Construir a
do Objetivo da Evento Topo Resolução da Avaliar a FTA Resultado
FTA
FTA da FTA FTA Apresentado

Definir as
Regras Básica
da FTA

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Estudo de Caso - FTA
 Problema (evento indesejado)
 Falha no sistema de drenagem do petróleo
 Causas do problema
 EV1 - falha no sistema de drenagem 1
 EV2 – falha no sistema de drenagem 2
 EV3 – Falha no sub-sistema drenagem 1
 EV4 – Falha no sub-sistema drenagem 2
 EV5 – Falha no funcionamento da Bomba 1
 EV6 – Válvula 1 falha fechada
 EV7 – Falha no funcionamento da Bomba 2
 EV8 – Válvula 2 falha fechada
 EV9 – Falha no funcionamento da Bomba 3
 EV10 -Válvula 3 falha fechada

 Determinar a probabilidade de falha do evento indesejado


(vazamento de óleo)

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Estudo de Caso - FTA

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Estudo de Caso -FTA

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Estudo de Caso - FTA

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Redes Bayesianas - BBN
 Definição
 Uma Rede Bayesiana é um gráfico acíclico
dirigido por nós que representam variáveis e
arcos representam relações probabilísticas da
dependência entre as variáveis.
 Metodologia
 No caso mais simples, uma rede Bayesiana é
especificada por um perito e usada para
executar inferências sobre alguns dos nós e
então depois são reparados os valores
observados.

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Noções de Probabilidade - BBN
 Evento
 Estado de Algo
 Algum Intervalo de Tempo
 Ex: Lançamento de uma Moeda
 Probabilidade
 Frequência
 Grau de Crença

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Nocões de Probabilidade - BBN
 Interpretação Objetiva
 Interpretação Subjetiva ou Bayesiana
 Depende do Conhecimento
 p(e|ξ)
 Probabilidade Condicional
 p(e2|e1, ξ)

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Teorema de Bayes

p ( X | Y ,  )  p (Y | X ,  ) p( X |  )
p (Y ,  )

 Priori – Posteriori
 Redes Bayesianas

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Redes Bayesianas

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Aplicações - BBN
 Medicina
 Engenharia
 Análise de Texto
 Processamento de Imagem
 Sistemas de Suporte a Decisão

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Aplicações - BBN
 Pathfinder
 Diagnóstico médico, nodos linfáticos
 Probabilidades condicionais das doenças
 Mais de 60 doenças
 130 observções
 Teoria da Decisão
 Nós de Decisão

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E&P Office II - BBN
 Fase Inicial
 Estudo Teórico
 Análise de outras ferramentas
 Algoritimo Exato
 PPTC (Probability Propagation in Trees of
Clusters)

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E&P BBN

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E&P BBN

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E&P BBN

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Modelagem Markoviana
 Modelam sistemas mais complexo
 Consideram reparos
 Cobertura imperfeita de falhas
 Incorporam a cobertura imperfeita de falhas

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Análise da Modelagem Markoviana

 Transições
 probabilidade de ocorrência de uma falha
 probabilidade de cobrir uma falha
 probabilidade de reparo
 probabilidade de uma transição de si a sj é
independente do método de chegada em si

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Estrutura do Diagrama Markoviano
siç ão
Tran
Estado
Operacional

Transição

Estado
Degradado Estado
Falho

Tr
a ns
içã
o

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Etapas da análise do Modelo
Markoviano
Gerente

Definição dos Objetivos

Engenheiro Pesquisador
Familiarização com o
Coleta de Informações
Sistema

Engenheiro
Identificação dos
Estados do Sistema e
Desenvolvimento do
Diagrama de Markov
Engenheiro

Análise dos Dados


Engenheiro

Construção da Matriz
de Transição

Engenheiro

Solução do Modelo
Markoviano

Engenheiro Engenheiro Engenheiro

Estimativas de Atributos Análise de Interpretação dos


de Confiabilidade Sensibilidade Resultados Obtidos

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Estudo de Caso - Markov
 Problema
 Explosão de um reator nuclear
 Causas do problema
 G1 - falha do sistema de refrigeração do reator
 Falha mecânica
 G2 – falha ao observar o alerta do sistema de
superaquecido
 Falha do operador
 Determinar a probabilidade de falha do evento
indesejado (explosão de um reator nuclear)

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Estudo de Caso - Markov

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Estudo de Caso - Markov

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Estudo de Caso - Markov

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Proposta
 Desenvolver uma ferramenta que auxilie
os especialistas na análise da
confiabilidade de sistemas utilizando os
modelos de análise de falhas.
 E&P Office II
 Módulo FTA
 Módulo Markov
 Módulo BBN

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Tecnologias e Ferramentas
 Linguagem
 C++
 Ambiente de programação
 Microsoft Visual Studio .NET 2003
 Controle de versões
 Subversion
 Instalador
 Inno Setup e Nant
 Gerenciamento do projeto
 JIRA
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Resultados
 Software E&P Office II
 Ferramenta para análise de confiabilidade de
sistemas
 Auxilia o usuário na construção de diagramas
através de uma interface simples e amigável
 Realiza a simulação dos dados fornecidos
 Possibilidade de hibridismo entre alguns
modelos.

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Conclusão e Trabalhos Futuros
 Ferramenta (E&P Office II) desenvolvida corretamente e no
prazo estabelecido
 Objetivo - auxiliar as atividades dos engenheiros de
confiabilidade
 Poderosa técnica para simulação de confiabilidade e
disponibilidade

 Em uso pela Petrobrás

 Trabalho futuro
 Adicionar novos modelos de análise de confiabilidade

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Referências - FTA
 IEC 50 (191), international electrotechnical vocabulary (1990) -
Dependability and quality of service. International Electrotechnical
Commission. Chapter 191.
 OSIF, B. A. & CONKLING, T. W. (1995)- The three mile island unit 2
decontamination and recovery collection. Journal of Government
Information. Vol. 22, P. 413-420.
 RAUSAND, M. & OIEN, K. (1996)- The basic concepts of failure
analysis Reliability. Engineering and System Safety. Vol. 53, p.
73-83.
 SILVA, A. H. de C. & DUARTE, D. Aplicação dos conceitos básicos de
análise de falha para mitigação de falhas em um sistema de
distribuição de gás natural,
 STAMATELATOS, M. et al. (2002)- Fault Tree Handbook with
Aerospace Applications. Versão 1.1. Washington, DC: Office of Safety
Mission Assurance NASA Headquarters.
 US Nuclear Regulatory Commission (NRC) (Comissão Reguladora
Nuclear do Estados Unidos) Fault Tree Handbook, NUREG-0492.

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Referências - BBN
 HUANG, C. & DARWICHE, A. (1994) “Inference in Belief
Network: A Procedural Guide”, International Journal of
Approximate Reasoning, vol. 11, p. 1-158.
 PEARL, J. (1988) - Probabilistic Reasoning in Intelligent
Systems: Networks of Plausible Inference. Morgan
Kaufmann. 2ª Edição. California.
 CHARNIAK, E. - “Bayesian Networks Without Tears”.

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Referências - Markov
 [1] DROGUETT, E. L.; MOSLEH, A.; SMEDTS, C. “Identification and
Quantification of Software Dependencies in Reliability Models”,
Probabilistic Safety Analysis and Management – PSAM 4, New York, September,
1998.
 [2] DROGUETT, E. L. “Estimando a Confiabilidade em Produtos em
Desenvolvimento”, 3º Congresso Brasileiro de Desenvolvimento de Produto,
Florianópolis – SC, Setembro, 2001.
 [3] GROEN, F. J.; DROGUETT, E. L. Bayesian Estimation of the Variability of
Reliability Measures, Annual Reliability and Maintainability Symposium, Florida,
January, 2003;
 [4] MOSLEH, A.; RASMUSON, D. M.; MARSHALL, F. M. Guidelines on Modeling
Common-Cause Failures in Probabilistic Risk Assessment, U. S. Nuclear
Regulatory Commission, NUREG/CR-5485, November, 1998;
 [5] ROSS, S. M. Introduction to Probability Models. Seventh Edition,
Academic Press, 2000;
 [6] SINTEF, ORENDA – Offshore Reliability Data Handbook. Third Edition,
1997.
 [7] SHOOMAN, M. L. Reliability of computer systems and networks. John
Wiley & Sons, NY, 2002.

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E&P Office II

Adriano Gomes -ajog@cin.ufpe.br


Guilherme Souza – gbs2@cin.ufpe.br
Saulo Lopes – slso@cin.ufpe.br

Enrique Droguett - ealopez@ufpe.br

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