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Anestesia

AVALIAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA
História e exame físico

O anestesiologista deve questionar especificamente o paciente


sobre cirurgias anteriores, tipo de anestesia e quaisquer
complicações, por exemplo:
● reações alérgicas,
● sangramento anormal,
● demora no despertar,
● paralisia prolongada,
● dificuldade de acesso de via aérea,
● consciência instraoperatória
● icterícia
História e exame físico

Deve-se esclarecer as condições clínicas detectadas, como:


● diminuição de tolerância ao exercício,
● dispneia,
● ortopneia,
● doença hepática ou renal
● anormalidades metabólicas, como diabetes ou doença
tireoideana
História e exame físico

Deve-se documentar uma ampla revisão dos medicamentos


atualmente em uso
anti-hipertensivos,
insulina,
broncodilatadores ou qualquer outro medicamento que possa
interagir com os agentes anestésicos
História e exame físico
Exame e classificação da via aéreas

● Amplitude de movimento da coluna cervical – Deve-se solicitar que o paciente faça o


movimento de extensão e flexão completa do pescoço para que o anestesiologista possa
investigar quaisquer limitações;
● Distância entre a cartilagem tireóidea e o mento – Ideal > 6 cm;
● Abertura da boca – Ideal > 3 cm;
● Dentição: dentaduras, perda de dentes, má conservação;
● Protrusão da mandíbula – Capacidade de projetar os incisivos inferiores sobre os incisivos
superiores;
● Presença de barba;
Exame e classificação da via aéreas

Exame e classificação da via aérea superior com base no tamanho da língua do paciente e das
estruturas faríngeas visíveis com a boca aberta, com o paciente sentado e olhando para frente.
Essa descrição visual da estrutura da via aérea é conhecida como escore de Mallampati.

● Grau I – O palato mole, os pilares tonsilares anterior e posterior e a úvula são visíveis, o que
sugere intubação fácil da via aérea.

● Grau II – Os pilares tonsilares e parte da úvula estão ocultos pela língua


.
● Grau III – Apenas o palato mole e o palato duro são visíveis.

● Grau IV – Apenas o palato duro é visível, o que sugere dificuldade com a via aérea.
Exame e classificação da via aéreas
Pré operatório – Avaliação e redução de riscos
Pré operatório – Avaliação e redução de riscos
Pré operatório – Avaliação e redução de riscos
Pré operatório – Avaliação e redução de riscos
Medicamentos mantidos no pré-operatório

As diretrizes atuais para o jejum pré-operatório são as que seguem.

1- Não ingerir alimentos sólidos após o jantar; no mínimo, a maioria dos anestesiologistas
retarda a indução anestésica se qualquer alimento sólido tiver sido ingerido 6 a 8 horas antes
de uma cirurgia eletiva ou de um procedimento com anestesia.

2- Não ingerir nada por via oral após a meia-noite, exceto para goles de água para ingerir
medicamentos. A água pode ser ingerida até 2 horas antes da cirurgia.
Medicamentos mantidos no pré-operatório

No período pré-operatório, os pacientes devem continuar a ingerir:


● β-bloqueadores,
● estatinas
● anti-hipertensivos, exceto os bloqueadores do receptor da angiotensina II (BRAs) e inibidores
da enzima conversora da angiotensina (IECAs). Os pacientes que fazem uso de BRAs e
IECAs podem apresentar hipotensão acentuada com a indução da anestesia geral e
responder mal aos vasopressores comuns.
Devem suspender:
● Anticoagulantes: Varfarina - 3-5 dias antes. RNI ≽1,4. Dabigatrana, Rivaroxabana, Apixabana,
Edoxabana - 1 ou 2 dia antes
● Antihiperglicemiante oral não deve ser ingerido no dia da cirurgia
● Antiagregantes plaquetários - 1 semana antes, exceto em stent’s
Medicamentos mantidos no per-operatório
FÁRMACOS ENDOVENOSOS UTILIZADOS PARA INDUÇÃO ANESTÉSICA
FÁRMACOS ENDOVENOSOS UTILIZADOS PARA INDUÇÃO ANESTÉSICA
FÁRMACOS ENDOVENOSOS UTILIZADOS PARA INDUÇÃO ANESTÉSICA
Agentes inalatórios
Bloqueadores Neuromusculares
Bloqueadores Neuromusculares

As principais aplicações clínicas de BNM são produzir relaxamento do músculo esquelético para
facilitar a intubação traqueal e fornecer condições ideais de trabalho cirúrgico. Os BNM também
podem ser administrados durante a ressuscitação cardiopulmonar e a pacientes em departamentos
de emergência, além de unidades de cuidados intensivos para facilitar a ventilação mecânica dos
pulmões desses pacientes
Anestesia Geral
Anestesia Regional
Anestesia Regional
Anestesia Regional
Anestésicos locais

Lidocaína - 5mg/Kg
Mepivacaína - 5mg/Kg
Bupivacaína - 3mg/Kg
Ropivacaína - 3mg/Kg
COMPLICAÇÕES DO BLOQUEIO DE NEUROEIXO

● Cefaléia pós punção Aracnóide


● Injeção Intravascular Inadvertida de Anestésico
Local no espaço subaracnóide
● Lesão neurológica direta por agulha ou cateter
● Síndrome da artéria espinhal anterior da medula
● Sintomas neurológicos transitórios
● Hematoma espinhal
● Hipotensão
● Retenção urinária
● Dispersão cefálica com comprometimento
cardiorrespiratório
CONTRAIDICAÇÕES DO BLOQUEIO DE NEUROEIXO

● Sepse
● Bacteremia
● Infecção no local da punção
● Hipovolemia grave
● Coagulopatia
● Anticoagulação terapêutica
● Aumento da pressão intracraniana
● Recusa do paciente
CUIDADOS PÓS-ANESTÉSICOS

● Todos os pacientes submetidos à anestesia geral,


regional ou assistência monitorada receberão
orientações do anestesista e/ou rotinas do serviço
de anestesia.
● Um anestesista irá acompanhá-lo à URPA
● Após a chegada à URPA as condições do paciente
deverão ser reavaliadas e passadas ao
profissional responsável por admiti-lo na unidade
● As condições do paciente deverão ser avaliadas
continuamente na URPA
● Um médico é responsável pela liberação do
paciente da URPA
COMPLICAÇÕES PÓS-ANESTÉSICAS

Agitação pós-operatória e delírio

● Hipoxemia,
● hipercapnia,
● acidose,
● hipotensão,
● hipoglicemia,
● complicações cirúrgicas,
● reação adversas às drogas
COMPLICAÇÕES PÓS-ANESTÉSICAS

Complicações respiratórias

● Obstrução da via aérea - Obstrução da orofaringe


pela língua ou partes moles, obstrução por
laringoespasmo, sangue, vômitos ou debris,
edema de glote, paralisia de prega vocal,
compressão extrínseca por hematoma ou colar
cervical
● Hipoxemia - Hipoventilação, distúrbios de
ventilação/perfusão ou shunt intrapulmonar direito-
esquerdo, atelectasia
COMPLICAÇÕES PÓS-ANESTÉSICAS

Complicações circulatórias

Hipotensão
● Hipovolemia,
● anafilaxia,
● reações transfusionais,
● disfunção ventricular ou arritmias,
● tamponamento cardíaco,
● embolia pulmonar,
● reações adversas a drogas,
● insuficiência renal
● hipoxemia
Hipertensão
● Dor
● Ansiedade
● HAS
COMPLICAÇÕES PÓS-ANESTÉSICAS

Náuseas e Vômitos

Hipotermia

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