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Contabilidade Aplicada ao Setor Público

Demonstrações Contábeis Aplicadas ao


Setor Público-DCASP

Profª Marclane Bezerra


Retomando..

A Contabilidade Aplicada ao Setor Público (CASP) tem como objetivo


fornecer aos seus usuários informações sobre os resultados
alcançados e outros dados de natureza orçamentária, econômica,
patrimonial e financeira das entidades do setor público, em apoio ao
processo de tomada de decisão, à adequada prestação de contas, à
transparência da gestão fiscal e à instrumentalização do controle
social.
1-Introdução
As Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público (DCASP)
são compostas pelas demonstrações enumeradas pela Lei nº
4.320/61, pelas demonstrações exigidas pela NBC T 16. 6 –
Demonstrações Contábeis e pelas demonstrações exigidas pela Lei
Complementar nº 101/00, quais sejam:

 Balanço Orçamentário;
 Balanço Financeiro;
 Balanço Patrimonial;
 Demonstração das Variações Patrimoniais;
 Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC); e
 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL).
As estruturas das demonstrações contábeis contidas nos anexos da
Lei nº 4.320/1964 foram atualizadas pela Portaria STN nº 438/2012,
em consonância com os novos padrões da Contabilidade Aplicada ao
Setor Público (CASP).

A Parte V – Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público


(DCASP) do Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público
(MCASP) tem como objetivo padronizar a estrutura e as definições
dos elementos que compõem as DCASP. Tais padrões devem ser
observados pela União, estados, Distrito Federal e municípios,
permitindo a evidenciação, a análise e a consolidação das contas
públicas em âmbito nacional, em consonância com o Plano de Contas
Aplicado ao Setor Público (PCASP).
As demonstrações contábeis podem fornecer informação que auxilia os
usuários na avaliação da extensão e quanto aos aspectos financeiros do
desempenho dos serviços:
a)A entidade satisfez os seus objetivos financeiros;
b)As receitas, as despesas, os fluxos de caixa e o desempenho da entidade
estão em conformidade com os orçamentos aprovados; e c. A entidade
observou a legislação vigente e outros regulamentos que regem a captação e a
utilização de recursos públicos;
c)Receita, despesa e fluxos de caixa relativos aos serviços; e
d)Os ativos e os passivos que orientam as avaliações dos usuários em relação à
capacidade operacional da entidade ou aos riscos financeiros que podem
impactar no fornecimento do serviço.
2-Balanço Orçamentário

Demonstrará as receitas (detalhadas por categoria econômica e


origem, especificando a previsão inicial, a previsão atualizada para o
exercício, a receita realizada e o saldo, que corresponde ao excesso ou
insuficiência de arrecadação) e despesas (por categoria econômica e
grupo de natureza da despesa, discriminando a dotação inicial, a
dotação atualizada para o exercício, as despesas empenhadas, as
despesas liquidadas, as despesas pagas e o saldo da dotação) previstas
em confronto com as realizadas.
Estrutura válida a partir do exercício de 2015:

Receitas Orçamentárias Previsão Previsão Despesas Receitas realizadas Saldo


Inicial atualizada empenhadas
RECEITAS CORRENTES
Receita Tributária
Receita de Contribuições
Receita Patrimonial
Receita Agropecuária
Receita Industrial
Receita de Serviços
Transferências Correntes
Outras receitas correntes
RECEITAS DE CAPITAL
Operações de Crédito
Alienação de bens
Amortizações de
empréstimos
Transferências de capital
Outras receitas de capital
SUBTOTAL DAS RECEITAS

REFINANCIAMENTO

SUBTOTAL COM
REFINANCIAMENTO
DÉFICIT

TOTAL

SALDOS DE EXERCÍCIOS
ANTERIORES(CRÉDITOS
Despesas Dotação Dotação Despesas Despesas Despesas Saldo de
Orçamentárias Inicial atualizada empenhadas liquidadas pagas dotação

DESPESAS CORRENTES
Pessoal e Encargos
Sociais
Juros e Encargos da
dívida
Outras Despesas
Correntes
DESPESAS DE CAPITAL
Investimentos
Amortizações da dívida
RESERVA DE
CONTIGÊNCIA
RESERVA DO RPPS

SUBTOTAL DA DESPESA

AMORTIZAÇÂO DA
DÍVIDA/REFINANCIAME
NTO

SUBTOTAL COM
REFINANCIAMENTO

SUPERÁVIT

TOTAL
NOTAS EXPLICATIVAS

Exemplos de notas explicativas relevantes para o Balanço


Orçamentário:
-Excesso ou insuficiência de arrecadação;
-Economia de despesas oriundas de contingenciamento;
-Operações de crédito;
-Valores significativos na execução dos restos a pagar.
3-Balanço Financeiro

Evidencia as receitas e despesas orçamentárias, bem como os ingressos


e dispêndios extraorçamentários, conjugados com os saldos de caixa do
exercício anterior e os que se transferem para o início do exercício
seguinte.
Modelo válido a partir de 2015:

Ingressos Dispêndios
Receita Orçamentária Despesa Orçamentária
Ordinária Ordinária
Vinculada Vinculada
Previdência Social Previdência Social
Transferências obrigatórias Transferências obrigatórias
Convênios Convênios
(..) (..)
(-) Deduções da Receita Orçamentária (-) Deduções da Receita
Transferências Financeiras recebidas Orçamentária
Recebimentos Extraorçamentários Transferências Financeiras
Saldo em espécie do exercício anterior concedidas
Pagamentos Extraorçamentários
Saldo em espécie para o exercício
anterior

Total Total
4-Balanço Patrimonial

É a demonstração contábil que evidencia, qualitativa e


quantitativamente, a situação patrimonial da entidade pública por
meio de contas representativas do patrimônio público, bem como
os atos potenciais, que são registrados em contas de compensação
(natureza de informação de controle).
5-Demonstração das Variações Patrimoniais (DVP)

Evidenciará as alterações verificadas no patrimônio, resultantes ou


independentes da execução orçamentária, e indicará o resultado
patrimonial do exercício.
O resultado patrimonial do período é apurado pelo confronto entre as
variações patrimoniais quantitativas aumentativas e diminutivas.
6- Demonstração do Fluxo de Caixa
7-Demonstração da Mutações do PL
Referências

CARVALHO, Deusvaldo. Orçamento e Contabilidade Pública.


Editora Campus, 6ͣ Edição, 2014.
Manual de Contabilidade Aplicado ao Setor Público, 2017.
Tesouro Nacional.

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