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Anatomia Corporal para

procedimentos estéticos e
invasivos
Prof. Samanta Rosada
Quem Sou?
Prof. Samanta Rosada
Fisioterapeuta
Docente de anatomia e fisiologia humana há mais de 16 anos
Atuação em cursos técnicos, graduação e pós graduação em estética
Mestranda na Unifesp
Especialista em Anatomia e Fisiologia humana
Licenciada em Ciências Biológicas
Licenciada em Docência para cursos técnicos e superior
Especialista em Biomecânica do Aparelho Locomotor
Especialista em Fisiologia do Exercício
Fisioterapeuta em Ortopedia
Fisioterapeuta em Reeducação Postural
Expert na Técnica de Body Paint

@anatomiaalemdasaladea
ula
Sistema Muscular
SistemaMuscular
 O sistema muscular é formado pelo conjunto de músculos do nosso corpo.
 Existem cerca de 600 músculos no corpo humano.
 Eles representam de 40 a 50% do peso total de uma pessoa.
 São estruturas elásticas;
 A nossa capacidade de locomoção depende da ação conjunta de ossos, articulações e músculo, sob a regulação do
sistema nervoso
 Os músculos são capazes de se contrair e de se relaxar, gerando movimentos.
 Movimentos do corpo, movimentos da face, movimentos dos órgãos.
Funções

• Produção de movimentos
corporais ( locomoção)
• Produção de calor
• Movimento de substancias dentro do
corpo
• Estabilização postural (sustentação)
• Regulação do volume dos órgãos
• Comunicação
TiposdeMúsculos

1. Estriados esqueléticos: Células cilíndricas longas,


multinucleadas e com estriações, ação voluntaria, ossos.
2. Estriado cardíaco: Células alongadas e ramificadas, com
apenas um ou dois núcleos e estriações, involuntária,
coração.
3. Lisos: Células fusiformes, com um único núcleo e sem
estriações, involuntária, órgãos.
Fibras Musculares
• Células alongadas, multinucleadas, formadas por
proteínas que tem a capacidade de contração:
actina( filamentos finos) e miosina ( filamentos
espessos).
Tipos de Fibras
Musculares
Características Fibras vermelhas ( tipo I) Fibras brancas (Topo II)
Vascularização Rico Pobre
Inervação Fibras nervosas menores Fibras nervosas maiores
Diâmetro das fibras Menor Maior
Contração Lenta, repetição, contração Rápida, fadiga mais rápido,
mais fraca, fadiga devagar contração forte
AERÓBIA
ANAEROBIA

Reticulo sarcoplasmático Não é extenso extenso


Mitocôndrias Ricas Pobres
Mioglobinas Rica em enzimas oxidativas Pobres em enzimas
(resistência) oxidativas(fadiga)
Classificação dos músculos quanto a disposição das fibras
Contração Muscular
A(definição)
contração muscular: deslizamento da actina sobre a miosina nas células musculares.
1. Liberação de impulsos nervosos
2. Ions de cálcio + moléculas de ATP = movimentos dos filamentos de miofibrilas
Fisiologia da Contração Muscular
• Sarcômero: Actina e Miosina
• Estimulo nervoso
• Acetilcolina
• Despolarização da membrana
• Abertura de canais de Cálcio
• Cálcio no reticulo sarcoplasmático
• Aproximação da Linha Z
Contração Isotônica e Isométrica
1.Músculos agonistas,
antagonistas e
sinergistas.
2.Componentes
anatômicos dos
músculos estriados
esqueléticos.
Músculos Agonistas

Agonista é a classificação de um ou mais músculos


responsáveis pela realização de um movimento.
Músculos Antagonistas

Antagonista é classificação de um
músculo cuja contração é contrária a
provocada por um músculo agonista,
ou seja, o primeiro relaxa enquanto
o segundo flexiona.

Um exemplo de um músculo
antagonista é o tríceps braquial
localizado na parte posterior do
braço e que realiza a extensão do
braço: antagonista do bíceps
Músculos Sinergistas

São aqueles que participam


auxiliando a movimentação
principal ou estabilizando as
articulações para que não
ocorram movimentos
indesejáveis durante a ação
principal.

Estabilizador de movimentos
Nomenclaturas anatômicas
a) Ação: extensor dos dedos.
b)Ação Associada à Forma: pronador
redondo e pronador quadrado.
c)Ação Associada à Localização: flexor
superficial dos dedos.
d)Forma: músculo deltoide (letra grega
delta).
e) Localização: tibial anterior.
f)Número de Origem: bíceps femoral e
tríceps braquial.
PrincipaisCompone
ntes anatômicos
dosmúsculos
esqueléticos
Ventre Muscular

• Ventre Muscular é a porção contrátil do


músculo, constituída por fibras musculares
que se contraem.
• Porção carnosa, corpo do músculo.
TendãoMuscular

É um elemento de tecido conjuntivo, ricos em fibras


colágenas e que serve para fixação do ventre, em ossos, no
tecido subcutâneo e em cápsulas articulares. Possuem
aspecto morfológico de fitas ou de cilindros.
Aponeurose ou Fáscia
Muscular
• É uma estrutura formada por tecido conjuntivo.

•Membrana delgada, lustrosa,


fibrosa, resistente e de coloração
esbranquiçada que envolve os
músculos, prendendo-os aos ossos
Estudo
alguns dos
principais
músculos
Reto
• abdominal
Origem: no púbis entre o tubérculo púbico e a sínfise.
• Inserção: na quinta a sétima cartilagem costal e no
processo xifoide do esterno.
• Ação muscular: flexão do tronco, expiração forçada.
Transverso Abdominal
• Origem: nas 6 últimas costelas (internamente),
aponeurose tóracolombar e crista ilíaca.
• Inserção: bainha do reto do abdome.
• Ação muscular: pressionar a parede
abdominal.
Oblíquo Abdominal
Interno
• Origem: 3 últimas cartilagens costais, crista do púbis e
linha alba.
• Inserção: Crista ilíaca, EIAS e ligamento inguinal.
• Ação muscular: rotação do tórax, flexão do tronco.
Oblíquo Abdominal
Externo
• Origem: Face externa das 7 últimas costelas.
• Inserção: Crista ilíaca, EIAS e ligamento
inguinal.
• Ação muscular: rotação do tórax, flexão do
tronco.
Trapézio
• Origem: processos espinhosos das
primeiras
quatro vértebras torácicas
• Inserção: acrômio
• Ação muscular: flexão da cervical,
estabilizador escapular, elevação, depressa e
move medialmente a escapula.
Rombóide
• Maior
Origem: Processo espinhoso de T2 a
T5
• Inserção: Bordo medial da escápula
• Ação muscular: Adução, elevação e
rotação da escápula. Estabilização da
escápula.
Rombóide Menor
• Origem: Processo (apófise) espinhoso de C7 e T1
• Inserção: Bordo medial da escápula
• Ação muscular: Adução, elevação e rotação da
escápula. Estabilização da escápula.
Grande
• Dorsal
Origem: Processo espinhoso das vértebras T6 à T12 e
das vertebras lombares , crista ilíaca, fáscia
tóracolombar e 4 ultimas costelas
• Inserção: crista do tubérculo menor
• Ação muscular: Rotação interna, adução e retroversão
do úmero, elevação e anteriorização do tronco, e
auxilia a respiração.
Quadrado
•Lombar
Origem: crista ilíaca do ílio.
• Inserção: processos transversos de L1 a L4
até a 12ª costela.
• Ação muscular: estabilização e
movimentação da coluna e da pele.
Peitoral maior
• Origem:
• Parte clavicular: metade medial da
clavícula
• Parte esternocostal: esterno, 2ª a

cartilagens costais
• Parte abdominal: camada anterior
da
bainha do reto
• Inserção: crista do tubérculo maior
• Ação muscular: Adução e anteverão do
ombro,
rotação medial do braço, retroversão do
braço.
Peitoral
Menor
• Origem: Superfície anterior das 3ª, 4ª e 5ª
costelas e fáscia sobrejacente aos espaços
intercostais
• Inserção: processo coracóide3
• Ação muscular: Protração da escápula
(puxa o
processo coracóide anterior e
inferiormente)
Músculo acessório na respiração
Deltoide
• Origem: Três porções com origens próprias:
terço lateral da clavícula, acrômio e espinha
da escápula
• Inserção: Tuberosidade deltoidea (úmero)
• Ação muscular: abdução do ombro.
Bíceps braquial
• Origem:
• Cabeça
curta: processo coracóide
• Cabeça longa: tubérculo
supraglenoide
• Inserção: tuberosidade do rádio
• Ação muscular:
Braço: abdução, rotação interna (cabeça
longa), adução (cabeça curta) e flexão
Segurar a cabeça umeral na articulação
do ombro
• Flexão do cotovelo e
supinação.
Tríceps Braquial
• Origem:
• Cabeça longa: tubérculo
infra glenoidal da escápula
• Cabeça media: úmero
dorsal distalmente ao
sulco radial
• Cabeça lateral: úmero
dorsal proximalmente ao
sulco radia
• Inserção: olecrano.
• Ação muscular: extensor do
cotovelo, o tríceps
braquial auxilia na extensão,
adução e, principalmente, na
estabilização do OMBRO.
Glúteo Máximo
• Origem: sacro, ílio, fáscia tóracolombar e ligamento sacrotuberal.
• Inserção: tuberosidade glútea do fêmur.
• Ação muscular: extensão e rotação externa do fémur, estabilização da
articulação do quadril, abdução e adução.
Glúteo
• Médio
Origem: superfície glútea do íleo (sob o músculo glúteo máximo)
• Inserção: trocânter maior do fémur.
• Ação muscular: Estabilização da pelve; abdução e adução da
articulação do quadril; flexão e rotação interna (fibras ventrais);
extensão e rotação externa (fibras dorsais)
Glúteo
Mínimo
• Origem: superfície glútea do íleo (sob o músculo
glúteo médio).
• Inserção: trocânter maior do fêmur.
• Ação muscular: Estabilização da pelve; abdução e
adução da articulação do quadril; flexão e rotação
interna (fibras ventrais); extensão e rotação externa
(fibras dorsais)
Glúteos: máximo, médio e
mínimo
Quadríceps ( Reto
• Femural)
Origem: espinha ilíaca anterior inferior da pelve e na margem superior do
acetábulo.
• Inserção: tendão do quadríceps.
• Ação muscular: principal adução do quadril, além de ser acessório na
flexão do quadril, ao mesmo tempo que é também extensor do joelho.
Isquiostibiais
• Origem: tuberosidade isquiática
• Inserção: porção proximal da tíbia e fíbula
• Ação muscular: flexão do joelho, e extensão BÍCEPS FEMORAL
do quadril.
SEMITENDINOSO
SEMIMEMBRANOSO
Tibial Anterior
• Origem: parte superficial lateral da tíbia.
• Inserção: cuneiforme medial e na superfície
plantar da base do primeiro metatarso.
• Ação muscular: dorsiflexão e inversão do pé.
Sistema
Cardiovascular
Prof. Samanta Rosada
Tipos de vasos sanguíneos
Sistema Arterial
Primeiras ramificações

1.Tronco braquiocefálico –formam ramos


que vão para os membros superiores e
encéfalo
2. Artéria carótida esquerda – sobe pelo
pescoço em direção á cabeça
3. Artéria subclávia esquerda –
passa inferiormente a clavícula e vai
para o MSE.
4. Artéria carótida direita- sobe pelo
pescoço em direção á cabeça
5.Artéria subclávia direita - passa
inferiormente a clavícula e vai para os
MSD.
Artérias dos MMSS
Artérias do Tronco
Artéria Carótida direita Artéria Carótida esquerda

Artéria Subclávia Arco aórtico


direita

Tronco Artéria Aorta


braquiocefálico

Aorta torácica Aorta descendente ou


Aorta Abdominal

Artéria Ilíaca direita


Artéria Ilíaca
esquerda
Artérias dos MMII
Sistema venoso
Sistema Linfático
Objetivos
• Fazer uma revisão do sistema linfático
• Revisar de forma objetiva a localização
anatômica das estruturas linfáticas
Funções do Sistema Linfático

• O principal papel do sistema linfático é redirecionar


excesso de liquido extracelular, e de proteínas
plasmáticas para a corrente circulatória
• É o nosso sistema de defesa
• Responsável pela imunidade
• Eliminação de líquidos e toxinas que congestionam
os
tecidos e provocam edemas.
• É ainda uma via de absorção de nutrientes.
Plasma x
Linfa
Linf
a•
Líquido que circula nos vasos linfáticos;
• É composta por água, sais e proteínas,
células de defesa (linfócitos);normalmente
chamado de fluido intersticial.
• Recebe o nome de linfa após sua entrada
nos capilares linfáticos.
• A linfa é a parte do plasma que circula
fora
dos vasos sanguineos.
• Linfa intersticial e linfa circulante.
Vasos
•Linfáticos
Dividem-se em: capilares, pré-coletores e coletores linfáticos.
• São responsáveis pela drenagem do liquido tecidual e transporte de substancias;
• Transporte da linfa da periferia para a circulação venosa;
• Ausência de circulação fechada, começam na periferia e desembocam em
grandes vasos venosos;
• Ausência de bomba central
• Presença dos linfangions (coraçõezinhos linfáticos)
• Não existe trajeto vascular contínuo: durante o trajeto dos vasos linfáticos existe
a presença dos linfonodos.
• O sistema linfático coleta a linfa, por difusão, através dos capilares linfáticos, e
a conduz para dentro do sistema venoso.
Tipos de Vasos Linfáticos
Capilares Linfáticos
• Nascem no tecido conjuntivo e tem fundo cego;
• Estão espalhados na superfície entre as células do
corpo;
• Servem para a drenagem do líquido intersticial;
• Finos e delicados;
• Sua parede com escamas;
• Não possuem válvulas

Suas paredes finas


colabam uma na outra
se receberem uma
pressão muito forte,
motivo este da
drenagem linfática usar ATENÇÃO
movimentos de leve
pressão.
Pré - Coletores

• Podem captar a linfa através


de aberturas nas paredes;
• Faz a conexão dos capilares
com os vasos coletores;
• Apresentam válvulas
rudimentares, que
direcionam a linfa para os
coletores;
• Começam a dar um sentido
para a linfa.

Conectam os capilares aos coletores


Coletores
• Apresentam válvulas.
• São vasos de maior calibre semelhantes a veias;
• Apresentam válvulas que impedem o refluxo da linfa;
• Na camada intermediaria destes, tem tecido muscular;
• O intervalo de espaço entre as válvulas tem linfangions;
• Cada linfangions pulsa de 6 a 9 vezes por minuto – outro motivo
da drenagem linfática ter que ser lenta.
• Diâmetro de 0,1 a 2 mm;
• Apresentam válvulas a cada 0,6 a 2 cm.
Troncos Encontro dos Coletores
Linfático
s
• São vasos de maiores
calibres;
• Recebem linfa que vem de
vasos menores;
• Direcionam a linfa no sentido
do coração;
• Unem-se até chegarem no
ducto torácico.
Ductos Linfáticos
Os troncos linfáticos terminam
em dois ductos conhecidos
como ducto torácico e ducto
linfático direito, que constituem
o trajeto final da linfa de volta
aos vasos sanguíneos.
• Esses dois ductos
desembocam nos ângulos
venosos.
Ducto torácico

Ducto linfático
direito
Ducto Torácico
• Localização: linha mediana do tórax
• Tamanho: 38 a 45 cm x 2 a 5 mm, com 5 a 10 pares de válvulas;
• Função: drenar para o ângulo venoso esquerda.
Regiões drenadas pelo Ducto Torácico

• Membros inferiores
• Abdome
• Hemitórax esquerdo
• Membro superior esquerdo
• Metade esquerda da cabeça e pescoço
Ducto Linfático Direito
• Ducto pequeno de, em torno, 2 cm.
• É a junção dos troncos subclávio, jugular e
broncomediastinal direito.
• Desemboca no ângulo venoso direito.
• Recebe linfa que vem das metades direita da
cabeça, tórax e braço (MSD).
Cisterna do Quilo

• Localizada na região umbigo (L1);


• Reservatório de captação;
• De 3 a 8 cm x 0,5 a 1,5 cm, altura da L1
• Recebe linfa com gordura do intestino, (linfa leitosa),
e linfa que vem dos MMII.
• A junção dos troncos intestinal, lombares e
intercostais inferiores.
Circulação
Linfática
1. A linfa é drenada dos tecidos através dos capilares
linfáticos.
2. Segue por outros vasos linfáticos passando por
linfonodos (filtros).
3. Nos linfonodos a linfa é filtrada até chegar
no coração
4. Quando chega no coração se mistura ao
sangue.
5. Esse sangue sai do coração com a linfa e segue
em direção aos rins
6. Nos rins a linfa é separada do sangue, e
transformada em urina; e sai do corpo.
Linfonodo
•s Especializados em filtrar a linfa.
• São nódulos ou gânglios linfáticos.

• Produzem linfócitos e macrófagos.


• Participam da defesa.
• Nomenclaturas anatômicas.
• Em torno de 400 a 900, pesam 200g.
• Em geral, não são palpados.
• Estão situados profundamente no tecido adiposo.
LinfonodosdaCabeçaePescoço
Alguns dos Principais Linfonodos do
Corpo
ReferênciasBibliog
ráficDANGELO
as J.G. FATTINI,C.A. Anatomia humana básica.2ªed. São Paulo: Atheneu,2001.
FOLDI,M.;STRONBENREUTHER,R. Princípios de Drenagem Linfática. 4ªed.São Paulo: Manole,2012
GRAY.D.J. Gray Anatomy. 37ªed.Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,v.1 e 2,1995
GUYTON,A.C.;HALL.,J.E.Fisiologia humana e Mecanismos das Doenças.6ªed.Riode janeiro:Guanabara
Koogan,1998.
MOORE.K.L;DALLEY.A.F;AGUR.A.M.R. Moore Anatomia Orientada para a Clínica.7ªed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2014
NETTER.F.H. Atlas de Anatomia Humana.5ªed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2011
SOBOTTA, Johannes. Atlas de Anatomia Humana. 24ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018.
VASCONCELOS.M.G. Princípios de Drenagem Linfática.1ªed.São Paulo:Érica,2015

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