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Prof.

ª Especialista Edlaine
Ronconi de Abreu Dias

Novo Ensino Médio 1° ao


3° ano – Turmas 2021
INTITULAMENTOS de AMARTYA SEN (1976)

MEIOS: são os condicionantes ou ativos que caracterizam recursos que


os indivíduos possuem.
Liberdades políticas: direitos civis, liberdade de expressão, de voto,
direito de escolha informativa, etc.
Facilidades econômicas: consumo, condições de troca, renda, riqueza.
Oportunidades sociais: educação, saúde, emprego (com foco na vida pri-
vada.
Garantias de transparência: relações de confiança (institucional ou indi-
vidual)
Segurança protetora: rede de segurança social, habitação,
saneamento,aposentadoria, transporte, etc.
• A difusão do progresso técnico na periferia também esbarra em
problemas relacionados à tendência ao desequilíbrio externo
dessas economias.
• Dessa tendência ao desequilíbrio externo, estruturalistas derivavam
um elemento que ajudou a compor o diagnóstico que faziam a respeito
das causas da inflação em países periféricos:
 ritmos diferentes de evolução dos preços dos artigos exportados
e importados provocavam crises cambiais e surtos de
elevação dos preços internos.
 a estrutura agrária e o baixo nível técnico da agricultura
de alimentos determinavam um baixo nível de oferta e preços
elevados para esses artigos.
 a baixa capacidade de investimento do Estado era
responsável pela oferta insuficiente de serviços de utilidade
pública e recursos de infra estrutura.
O PAPEL DO ESTADO E A INDUSTRIALIZAÇÃO COM O
DESENVOLVIMENTO

Como alude Bielschowsky (2000, p. 35), “a ação estatal em


apoio ao processo de desenvolvimento aparece no pensamento
cepalino como corolário natural do diagnóstico de problemas
estruturais de produção, emprego e distribuição de renda nas
condições específicas da periferia subdesenvolvida”. Esta
centralidade do Estado funda-se em razões sociais e históricas
estreitamente vinculadas à própria ascensão da teoria do
desenvolvimento.
crise de 1929 e o estrangulamento externo, responsáveis por
reduzir drasticamente as possibilidades de importação,
serviram como propulsores do desenvolvimento da indústria
interna1. Por outro lado, tanto a intervenção
desenvolvimentista para a reconstrução europeia no pós-guerra
através do Plano Marshall quanto a proeminência do regime
planificado soviético constituíram um terreno ideológico que
legitimava a intervenção estatal, ainda que com diferenças
essenciais quanto ao seu formato.
A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe ou Comissão
Econôica para a América Latina e Caraíbas foi criada em 1948 pelo
Conselho Econômico e Social das Nações Unidas com o objetivo de
incentivar a cooperação econômica entre os seus membros
• A análise da Cepal considerava o desequilíbrio um atributo
intrínseco à natureza do desenvolvimento dos países periféricos.
• O planejamento era a única forma de assegurar apoio aos setores
propulsores do crescimento econômico, mobilizar a integração e a
complementaridade entre os segmentos da economia e compatibilizar
o ritmo projetado de desenvolvimento com possibilidades de
crescimento de cada setor.
Raúl Prebisch (sociólogo, enomista, 1980)

•A difusão do progresso técnico, que é o aspecto essencial do


desenvolvimento, ocorreu de forma distinta nos dois pólis:
 No centro, o processo propagou-se pelo conjunto da economia,
produzindo o efeito de elevar a produtividade geral do sistema.
 Na periferia, as tecnologias modernas foram incorporadas nos
setores exportadores, voltados ao abastecimento de alimentos e
matérias-primas das economias centrais.
• Da assimetria de efeitos decorrentes da difusão do progresso técnico no
centro e na periferia, Prebisch deduziu a deterioração dos termos de
troca no comércio internacional em prejuízo da periferia.
• Como os preços dos produtos manufaturados tendem a aumentar e os
preços dos produtos primários tendem a declinar, os benefícios
decorrentes da introdução das novas tecnologias nas duas áreas parece
concentrar-se cada vez mais no centro (áreas difusoras das inovações
técnicas).
A década de 1980 marca o declínio da economia política do
desenvolvimento latino-americano, acompanhando o próprio
arrefecimento da discussão sobre desenvolvimento. Um período
de instabilidade mundial e de perda de força do Estado
desenvolvimentista pôs em xeque o paradigma keynesiano e abriu
caminho para a expansão da ortodoxia neoliberal. A palavra de
ordem passou a ser desenvolvimento via “ajuste com
crescimento”, mediante o qual se visava a enfrentar basicamente
os problemas do endividamento externo e da crise inflacionária,
heranças do modelo de substituição de importações.
Pelo mesmo caminho vão os anos 90, quando cabe ao
“neoestruturalismo cepalino” a defesa de temas como equidade
social e democracia pluralista como condições básicas e
necessárias do desenvolvimento (BIELSCHOWSKY, 2006),
demonstrando a importância do pensamento de Celso Furtado e
de seu legado para interpretações contemporâneas acerca dos
processos de desenvolvimento (vide infra, cap. 8).
Estruturalismo

• Para o estruturalismo, os sistemas constituem fenômenos que não


podem ser analisados segundo leis universais aplicadas indistintamente
a cada caso e também não podem ser observadas numa perspectiva
linear e evolutiva ou baseada em critério de valores.
• Para os primeiros formuladores do estruturalismo econômico, o
subdesenvolvimento e a pobreza não se resumiam a um estágio de
uma sequência evolutiva, não eram, simplesmente, um ponto numa
trajetória.
• Essas economias representavam um ponto de chegada, o
resultado de um itinerário, uma forma de existência da sociedade
industrial, que tendia a se reproduzir indefinidamente se nada fosse
feito para alterar a maneira como os componentes da estrutura
estavam relacionados e se reiteravam.
• Albert Hirschmann (Economista, 1981) propôs uma nova
abordagem baseada em duas referências:
 A primeira reconhecia que o desenvolvimento, ao ser
desencadeado, cria um círculo virtuoso, isto é, uma série de
condições novas e necessárias para a sua continuidade,
reprodução e expansão.
 O outro aspecto é que tratava-se de criar uma nova abordagem,
cujo foco fosse dirigido para a identificação das
potencialidades da realidade local, por meio de pesquisas
extensas e profundas, e, baseado nessas informações, criar
condições para que elas se materializassem de forma a contribuir
para o desenvolvimento.
As mudanças globais do pós-guerra mostraram faces do
desenvolvimento que extrapolavam as medidas convencionais
relacionadas ao crescimento econômico, tais como os
indicadores de renda e o Produto Interno Bruto (PIB). Neste
contexto, emergem diversas abordagens que buscam
compreender de modo mais amplo e integrado as
transformações sociais e econômicas, sem cair nas armadilhas
do economicismo, que geralmentere corre a uma ideia de etapas
de desenvolvimento, com os países ditos “subdesenvolvi-dos”
tendo que se adequar aos modelos das economias “avançadas”
A Superação do subdesenvolvimento é tarefa complexa, pois não se
trata de explicá-lo pela ausência escassez, mas pela necessidade de
evidenciar suas potencialidades, o que implica na necessidade de
um “agente coordenador” para mobilizar a sociedade em nome de
um projeto de nação.
•“agente coordenador” (Estado) deve definir metas e caminhos,
sobretudo apto a enfrentar conflitos e obstáculos – intervencionismo
eficaz se houver planejamento
•Capital estrangeiro pode ter papel positivo para o plano, pois não
tem compromissos políticos e é o principal agente da inovação; porém
demanda um cuidado com a balança de pagamentos
•Processo de desenvolvimento é eivado de desequilíbrios e
tensões,
tensões que podem se transformar em fator de impulso e desafio;
•Imposição institucional saída inadequada
Quem são os pobres? Qual das famílias é a mais pobre? Como
avaliar tal heterogeneidade? Estas são perguntas com as quais
estudiosos dedicados à temática da pobreza, desigualdade social,
qualidade de vida e bem-estar vêm se defrontando a partir
da“Abordagem das Capacitações” proposta por Amartya Sen.

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