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Parada cardiorrespiratória - PCR

Prof.ª Enf ª Cintia Santiago


Conceito de parada cardiorrespiratória - PCR
 É a cessação súbita e inesperada da atividade mecânica cardíaca e da respiração,
com consequente perda da consciência
Identificação da PCR
É confirmada por:
 Ausência de pulso
 Ausência de responsividade
 Apneia ou respiração agônica

 Avaliar respiração e pulso por no


máximo 10 segundos
Classificação de risco - Emergência
 EMERGÊNCIA : Situação que apresenta
ameaça grave para a vida do paciente e
exige intervenção imediata e inadiável

 Os tecidos e órgãos deixam de receber


oxigênio e nutrientes e os danos podem
ser irreversíveis
Ritmos de parada cardiorrespiratória
 Ritmos chocáveis – aplica desfibrilação, após o 2º choque administra epinefrina
 Ex: taquicardia ventricular sem pulso e fibrilação ventricular

 Ritmos não chocáveis – não aplica desfibrilação (mantém reanimação cardiopulmonar


por 2 minutos e administra epinefrina a cada 3 a 5 minutos
 Ex: atividade elétrica sem pulso e assistolia
Causas reversíveis da PCR e tratamento
Atualizações no guideline da American Heart Association 2020
 Início precoce de RCP por socorristas leigos:
Recomendação que leigos iniciem a RCP para uma suposta PCR, o risco de dano ao paciente é
baixo se o paciente não estiver em PCR

 Administração precoce de epinefrina:


Com um ritmo não chocável, é aceitável administrar a epinefrina assim que for possível

 O acesso IV é preferível em relação ao acesso IO:


É aconselhável para os profissionais tentarem, primeiro, estabelecer o acesso IV para
administração de medicamento, o acesso IO pode ser considerado se as tentativas para acesso
IV não forem bem-sucedidas ou não forem viáveis
Divisão da equipe durante RCP
 Líder - 1
 Ventilação - 1
 Reanimadores/massagem cardíaca - 2
 Acesso venoso/fármacos - 1
 Desfibrilação - 1
Reanimação cardiopulmonar de alta qualidade – RCP
 Posicionar paciente em decúbito
(deitado)dorsal horizontal em uma
superfície plana e rígida
 2 cm acima do processo xifoide esternal
 Região hipotenar das mãos entrelaçadas
 Braços 90 graus – estendidos
 Permitir o retorno torácico
 Frequência 100 a 120 / minuto
 Profundidade 5 – 6 cm
 30 compressões / 2 ventilações
Intervenção medicamentosa
Protocolo da American Heart Association – AHA 2020
 A adrenalina/epinefrina é administrada após o 2º choque, caso não haja retorno
circulatório, realizar o 3º choque e administrar 1ª dose de amiodarona (300mg – 2
ampolas) ou lidocaína (1,5mg/kg)

 Aplicar o 4º choque e administrar a 2ª dose de adrenalina

 Após o 5º choque, amiodarona deverá ser repetida na dose de 150mg – 1 ampola, ou


lidocaína na dose de 0,75mg/kg

 Caso o paciente não evolua com circulação expontânea, será efetuada o 6º choque e a
administração da 3ª dose de adrenalina. E continuará a ser realizada a cada 3 – 5
minutos
Cuidados pós PCR - RCP
 Garantir boa perfusão sistêmica
 Garantir boa perfusão cerebral
 Abordar as possíveis causas de PCR para prevenir recorrência
 Monitorizar a pressão arterial (PAS > 90 E PAD > 65 mmHg) e (PAM ≥65 mmHg)
 Saturação de O2 (92% a 98%)
 Manejo da temperatura – evitar febre (32º e 36ºC por pelo menos 24 horas)
 Manejo neurológico – eletroencefalograma; avaliação pupilar
 Controle glicêmico – evitar hipo/hiperglicemia (140 – 180 mg/dL)
 Realizar exames: Tomografia computadorizada; laboratório; Eletrocardiograma
 Controle hemodinâmico – drogas vasoativas
Referências
 Lavonas E, Magid D et al. Destaque das diretrizes de RCP e ACE de 2020 da
American Heart Association. American Heart Association, 2020.
 MARTINS, Herlon Saraiva et al. Medicina de emergência: abordagem prática
(USP). 12ª edição. São Paulo: editora Manole, 2017.
 MOREIRA, Maria da Consolidação Vieira et al. LIVRO-TEXTO da sociedade
brasileira de cardiologia. 2° edição. Barueri – SP: editora Manole, 2015.
 Bernoche C, Timerman S, Polastri TF, Giannetti NS, Siqueira AWS, Piscopo A et al.
Atualização da Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados de
Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia – 2019. Arq Bras Cardiol.
2019; 113(3):449-663
Fim.
Obrigada!
Dinâmica de aula prática
Objetivo: Materiais necessários:
Aprender, de forma organizada, a dinâmica Bolsa válvula máscara – AMBU
durante a reanimação cardiopulmonar, Desfibrilador
entender o papel de cada membro da equipe, Material de acesso venoso
pôr em prática o conhecimento adquirido. Material para Intubação Orotraqueal
Epinefrina
Grupo: Amiodarona
6 alunos Lidocaína

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