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Codificação

Em processamento digital de sinais, Codificação significa a modificação de


características de um sinal para torná-lo mais apropriado para uma aplicação específica,
como por exemplo transmissão ou armazenamento de dados.
Neste contexto, existem três tipos de codificação:
• Codificação de Canal: Códigos detectores ou corretores de erros.
• Codificação de fonte: Criptografia e compressão de dados.
• Códigos de linha: Especificam a forma do sinal elétrico que será
usado para representar os símbolos de informação. No caso binário,
especifica o sinal elétrico dos bits 1 e 0.
Técnicas de Codificação
No que diz respeito às principais técnicas de codificação, podemos dividí-las em 3:
• Non Return Zero (NRZ) ou Non Return to Zero: Existem dois níveis de
tensão ou corrente, para representar os dois símbolos digitais (0 e 1). É a forma
mais simples de codificação e consiste em associar um nível de tensão a cada
bit: um bit 1 será codificado sob a forma de uma tensão elevada e um bit 0 sob a
forma de uma tensão baixa ou nula.

• Return Zero (RZ) ou Return to Zero: Na codificação RZ o nível de tensão ou


corrente retorna sempre ao nível zero após uma transição provocada pelos dados
a transmitir (a meio da transmissão do bit). Geralmente um bit 1 é representado
por um nível elevado, mas a meio da transmissão do bit o nível retorna a zero.

• Diferenciais: Neste tipo de codificação, os 0 e 1 são representados através de


uma alteração do estado da tensão ou corrente. Assim, o valor 1 é representado
pela passagem de uma tensão ou corrente baixa/nula para uma tensão ou
corrente elevada. O valor 0 é o contrário, ou seja, passa-se de uma tensão ou
corrente elevada para outra baixa/nula.
Modulação

Modulação é o processo de variação de altura (amplitude), de intensidade, frequência,


do comprimento e/ou da fase de onda numa onda de transporte, que deforma uma das
características de um sinal portador (amplitude, fase ou frequência) que varia
proporcionalmente ao sinal modulador.
Telecomunicações
Em telecomunicações, a modulação é a modificação de um sinal eletromagnético
inicialmente gerado, antes de ser irradiado, de forma que este transporte informação
sobre uma onda portadora.
Modulação é o processo no qual a informação a transmitir numa comunicação é
adicionada a ondas eletromagnéticas. O transmissor adiciona a informação numa onda
básica de tal forma que poderá ser recuperada na outra parte através de um processo
reverso chamado demodulação.
A maioria dos sinais, da forma como são fornecidos pelo transmissor, não podem ser
enviados diretamente através dos canais de transmissão. Conseqüentemente, é
necessário modificar esse sinal através de uma onda eletromagnética portadora, cujas
propriedades são mais convenientes aos meios de transmissão. A modulação é a
alteração sistemática de uma onda portadora de acordo com a mensagem (sinal
modulante), e pode incluir também uma codificação.
É interessante notar que muitas formas de comunicação envolvem um processo de
modulação, como a fala por exemplo. Quando uma pessoa fala, os movimentos da boca
são realizados a taxas de freqüência baixas, na ordem dos 10 Hertz, não podendo a esta
freqüência produzir ondas acústicas propagáveis. A transmissão da voz através do ar é
conseguida pela geração de tons (ondas) portadores de alta frequência nas cordas
vocais, modulando estes tons com as ações musculares da cavidade bucal. O que o
ouvido interpreta como fala é, portanto, uma onda acústica modulada, similar, em
muitos aspectos, a uma onda elétrica modulada.
O dispositivo que realiza a modulação é chamado modulador. Basicamente, a
modulação consiste em fazer com que um parâmetro da onda portadora mude de valor
de acordo com a variação do sinal modulante, que é a informação que se deseja
transmitir.
Dependendo do parâmetro sobre o qual se atue, temos as seguintes tipos de modulação:
• Modulação em amplitude (AM)
• Modulação em fase (PM)
• Modulação em freqüência (FM)
• Modulação em banda lateral dupla (DSB)
• Modulação em banda lateral única (SSB)
• Modulação de banda lateral vestigial (VSB, ou VSB-AM)
• Modulação de amplitude em quadratura (QAM)
• Modulação por divisão ortogonal de freqüência (OFDM)
Quando a OFDM é utilizada em conjunção com técnicas de codificação de canal, se
denomina Modulação por divisão ortogonal de freqüência codificada (COFDM).
Também se empregam técnicas de modulação por pulsos, entre elas:
• Modulação por pulso codificado (PCM)
• Modulação por largura de pulso (PWM)
• Modulação por amplitude de pulso (PAM)
• Modulação por posição de pulso (PPM)
Quando o sinal modulador é um sinal digital, com um conjunto de símbolos digitais
(p.ex, 0 ou 1), transmitidos (chaveados) em determinada velocidade de codificação
(bauds), designa-se essas mudulações, com uma tranção abrupta de símbolos, por:
• Modulação por chaveamento de amplitude (ASK)
• Modulação por chaveamento de freqüência (FSK)
• Modulação por chaveamento de fase (PSK)
• Modulação por chaveamento de fase e amplitude (APSK ou APK)
Curiosidades
• Uma das técnicas pioneiras de modulação, onde o sinal da portadora
é uma simples indicação de ligado-desligado, fundamentou a
transmissão de mensagens através do código Morse por fios elétricos.
• Os sinais de televisão tem modulação em freqüência e amplitude
simultâneas.
• Algumas radioestrelas emitem modulações em freqüência e
amplitude simultaneamente.

Modelo OSI
ISO foi uma das primeiras organizações para defirir formalmente uma forma comum de
conectar computadores. Sua arquitetura é chamada OSI (Open Systems
Interconnection), Camadas OSI ou Interconexão de Sistemas Abertos.
Esta arquitetura é um modelo que divide as redes de computadores em sete camadas, de
forma a se obter camadas de abstração. Cada protocolo implementa uma funcionalidade
assinalada a uma determinada camada.
A ISO costuma trabalhar em conjunto com outra organização, a ITU (International
Telecommunications Union), publicando uma série de especificações de protocolos
baseados na arquitetura OSI. Estas séries são conhecidas como 'X ponto', por causa do
nome dos protocolos - X.25, X.500, etc.

Descrição das camadas


Protocolos Internet (TCP/IP)
Camada Protocolo
5.Aplicaçã HTTP, SMTP, FTP, SSH, RTP,
o Telnet, SIP, RDP, IRC, SNMP,
NNTP, POP3, IMAP, BitTorrent,
DNS, Ping ...
4.Transpor
TCP, UDP, SCTP, DCCP ...
te
3.Rede IP (IPv4, IPv6) , ARP, RARP,
ICMP, IPSec ...
2.Enlace Ethernet, 802.11 WiFi, IEEE
802.1Q, 802.11g, HDLC, Token
ring, FDDI, PPP, Frame Relay,
1.Física Modem, RDIS, RS-232, EIA-422,
RS-449, Bluetooth, USB, ...
Este modelo é dividido em camadas hierárquicas, ou seja, cada camada usa as funções
da própria camada ou da camada anterior, para esconder a complexidade e transparecer
as operações para o usuário, seja ele um programa ou uma outra camada.
1 - Camada Física
A camada física define as características técnicas dos dispositivos elétricos (físicos) do
sistema. Ela contém os equipamentos de cabeamento ou outros canais de comunicação
(ver modulação) que se comunicam diretamente com o controlador da interface de rede.
Preocupa-se, portanto, em permitir uma comunicação bastante simples e confiável, na
maioria dos casos com controle de erros básico:
• Move bits (ou bytes, conforme a unidade de transmissão) através de
um meio de transmissão.
• Define as características elétricas e mecânicas do meio, taxa de
transferência dos bits, tensões etc.
• Controle de acesso ao meio.
• Confirmação e retransmissão de quadros.
• Controle da quantidade e velocidade de transmissão de informações
na rede.

2 - Camada de Enlace ou Ligação de Dados


A camada de ligação de dados também é conhecida como camada de enlace ou link de
dados. Esta camada detecta e, opcionalmente, corrige erros que possam acontecer no
nível físico. É responsável pela transmissão e recepção (delimitação) de quadros e pelo
controle de fluxo. Ela também estabelece um protocolo de comunicação entre sistemas
diretamente conectados.
Exemplo de protocolos nesta camada: PPP, LAPB (do X.25),NetBios. Também está
inserida no modelo TCP/IP (apesar do TCP/IP não ser baseado nas especificações do
modelo OSI)
Na Rede Ethernet cada placa de rede possui um endereço físico, que deve ser único na
rede.
Em redes do padrão IEEE 802, e outras não IEEE 802 como a FDDI, esta camada é
dividida em outras duas camadas: Controle de ligação lógica (LLC), que fornece uma
interface para camada superior (rede), e controle de acesso ao meio físico (MAC), que
acessa diretamente o meio físico e controla a transmissão de dados.
Topologia de Redes
• Ponto-a-ponto
• Anel - Token Ring
• Estrela
• Barramento
• Árvore

Controle de acesso
• Centralizado: Uma máquina é responsável por controlar o acesso ao
meio. Ex: estrela, antena de celular.
• Distribuído: Todas as máquinas fazem o controle de acesso. Ex: Anel,
ethernet.

3 - Camada de Rede
A camada de Rede é responsável pelo endereçamento dos pacotes, convertendo
endereços lógicos (ou IP) em endereços físicos , de forma que os pacotes consigam
chegar corretamente ao destino. Essa camada também determina a rota que os pacotes
irão seguir para atingir o destino, baseada em factores como condições de tráfego da
rede e prioridades.
Essa camada é usada quando a rede possui mais de um segmento e, com isso, há mais
de um caminho para um pacote de dados percorrer da origem ao destino.
Funções da Camada:
Encaminhamento, endereçamento, interconexão de redes, tratamento de erros,
fragmentação de pacotes, controle de congestionamento e sequenciamento de pacotes.
• Movimenta pacotes a partir de sua fonte original até seu destino
através de um ou mais enlaces.
• Define como dispositivos de rede descobrem uns aos outros e como
os pacotes são roteados até seu destino final.

4 - Camada de Transporte
A camada de transporte é responsável por usar os dados enviados pela camada de
Sessão e dividi-los em pacotes que serão transmitidos para a camada de Rede. No
receptor, a camada de Transporte é responsável por pegar os pacotes recebidos da
camada de Rede, remontar o dado original e assim enviá-lo à camada de Sessão.
Isso inclui controle de fluxo, ordenação dos pacotes e a correção de erros, tipicamente
enviando para o transmissor uma informação de recebimento, informando que o pacote
foi recebido com sucesso.
A camada de Transporte separa as camadas de nível de aplicação (camadas 5 a 7) das
camadas de nível físico (camadas de 1 a 3). A camada 4, Transporte, faz a ligação entre
esses dois grupos e determina a classe de serviço necessária como orientada a conexão e
com controle de erro e serviço de confirmação, sem conexões e nem confiabilidade.
O objetivo final da camada de transporte é proporcionar serviço eficiente, confiável e de
baixo custo. O hardware e/ou software dentro da camada de transporte e que faz o
serviço é denominado entidade de transporte.
A entidade de transporte comunica-se com seus usuários através de primitivas de
serviço trocadas em um ou mais TSAP, que são definidas de acordo com o tipo de
serviço prestado: orientado ou não à conexão. Estas primitivas são transportadas pelas
TPDU.
Na realidade, uma entidade de transporte poderia estar simultaneamente associada a
vários TSA e NSAP. No caso de multiplexação, associada a vários TSAP e a um NSAP
e no caso de splitting, associada a um TSAP e a vários NSAP.
A ISO define o protocolo de transporte para operar em dois modos:
• Orientado a conexão.
• Não-Orientado a conexão.
Como exemplo de protocolo orientado à conexão, temos o TCP, e de protocolo não
orientado à conexão, temos o UDP. É obvio que o protocolo de transporte não orientado
à conexão é menos confiável. Ele não garante - entre outras coisas mais -, a entrega das
TPDU, nem tão pouco a ordenação das mesmas. Entretanto, onde o serviço da camada
de rede e das outras camadas inferiores é bastante confiável - como em redes locais -, o
protocolo de transporte não orientado à conexão pode ser utilizado, sem o overhead
inerente a uma operação orientada à conexão.
O serviço de transporte baseado em conexões é semelhante ao serviço de rede baseado
em conexões. O endereçamento e controle de fluxo também são semelhantes em ambas
as camadas. Para completar, o serviço de transporte sem conexões também é muito
semelhante ao serviço de rede sem conexões. Constatado os fatos acima, surge a
seguinte questão: "Por que termos duas camadas e não uma apenas?". A resposta é sutil,
mas procede: A camada de rede é parte da sub-rede de comunicaçoes e é executada pela
concessionária que fornece o serviço (pelo menos para as WAN). Quando a camada de
rede não fornece um serviço confiável, a camada de transporte assume as
responsabilidades; melhorando a qualidade do serviço.

5 - Camada de Sessão
A camada de Sessão permite que duas aplicações em computadores diferentes
estabeleçam uma sessão de comunicação. Nesta sessão, essas aplicações definem como
será feita a transmissão de dados e coloca marcações nos dados que estão sendo
transmitidos. Se porventura a rede falhar, os computadores reiniciam a transmissão dos
dados a partir da última marcação recebida pelo computador receptor.
• Disponibiliza serviços como pontos de controle periódicos a partir dos
quais a comunicação pode ser restabelecida em caso de pane na
rede.

6 - Camada de Apresentação
A camada de Apresentação, também chamada camada de Tradução, converte o formato
do dado recebido pela camada de Aplicação em um formato comum a ser usado na
transmissão desse dado, ou seja, um formato entendido pelo protocolo usado. Um
exemplo comum é a conversão do padrão de caracteres (código de página) quando, por
exemplo, o dispositivo transmissor usa um padrão diferente do ASCII, por exemplo.
Pode ter outros usos, como compressão de dados e criptografia.
A compressão de dados pega os dados recebidos da camada sete e os comprime (como
se fosse um compactador comumente encontrado em PCs, como o Zip ou o Arj) e a
camada 6 do dispositivo receptor fica responsável por descompactar esses dados. A
transmissão dos dados torna-se mais rápida, já que haverá menos dados a serem
transmitidos: os dados recebidos da camada 7 foram "encolhidos" e enviados à camada
5.
Para aumentar a segurança, pode-se usar algum esquema de criptografia neste nível,
sendo que os dados só serão decodificados na camada 6 do dispositivo receptor.
Ela trabalha transformando os dados em um formato no qual a camada de aplicação
possa aceitar.

7 - Camada de Aplicação
A camada de aplicação faz a interface entre o protocolo de comunicação e o aplicativo
que pediu ou receberá a informação através da rede. Por exemplo, ao solicitar a
recepção de e-mails através do aplicativo de e-mail, este entrará em contato com a
camada de Aplicação do protocolo de rede efetuando tal solicitação. Tudo nesta camada
é direcionado aos aplicativos. Telnet e FTP são exemplos de aplicativos de rede que
existem inteiramente na camada de aplicação.
Como podemos observar, o modelo de protocolo trabalha com 7 camadas para
padronizar a transmissão de dados em uma rede.Essas camadas nem sempre são as
mesmas que iremos encontrar nos outros protocolos, mas o processo de troca de
informações é o mesmo.
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CRC, do inglês Cyclic redundancy check, ou verificação de redundância cíclica é um
código detector de erros, um tipo de função hash que gera um valor expresso em poucos
bits em função de um bloco maior de dados, como um pacote de dados, ou um ficheiro,
por forma a detectar erros de transmissão ou armazenamento.
O CRC é calculado e anexado à informação a transmitir (ou armazenar) e verificada
após a recepção ou acesso, para confirmar se não ocorreram alterações. O CRC é
popular por ser simples de implementar em hardware binário, simples de ser analisado
matematicamente, e pela eficiência em detectar erros típicos causados por ruído em
canais de transmissão.

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