PerCeBer Informes da Revolução

Partido Comunista Brasileiro www.pcb.org.br O PCB vai renovar neste mês

. 10.05.2011

seu Comitê Municipal, espe-

rando corrigir os erros co-
PCB: novo Comitê Municipal metidos, cumprir as tarefas
Organizar a Revolução Brasileira em andamento e aumentar a
no plano local, divulgar a Frente participação feminina e da
juventude na direção e nas
Anticapitalista, avaliar eleições, atividades.
revisar as Ações Revolucionárias, O PCB é um partido diferen-
te dos demais, porque não
cumprir as tarefas em andamento procura o poder para si, mas
e apoiar a educação e a cultura para a comunidade organi-
zada. Sendo um partido in-
ternacionalista e revolucio-
nário, o propósito do Comitê
Municipal é organizar lo-
calmente as ações para a Re-
volução Brasileira, que inte-
gra a luta pela Revolução
Socialista mundial.
Outra diferença igualmente
fundamental do PCB em re-
lação aos partidos burgueses
é que não temos um presi-
dente “mandão” nem filia-
dos passivos e inativos, mas
militantes que cumprem ta-
PCB: 90 anos de luta pela unidade das forças revolucionárias
e progressistas rumo à Revolução Brasileira e ao Socialismo refas comunitárias.

Além de contribuir para organizar no 3) Revisar e atualizar as 21 Ações Re-

plano local a Revolução Brasileira, as volucionárias, que são as propostas do
tarefas principais do novo Comitê Mu- PCB no plano local;
nicipal do PCB serão: 4) Apoiar as ações de entidades e ou-
tros partidos que visem à educação re-
1) Divulgar amplamente na sociedade volucionária (Marxismo) e ao desen-
a proposta central do PCB para a reso- volvimento cultural da comunidade;
lução dos problemas políticos e sociais 5) Cumprir as tarefas em andamento.
do Brasil, que é a formação da Frente
Anticapitalista e Anti-imperialista; Se quiser participar das atividades do PCB na con-
dição de militante ou de simpatizante, basta entrar
2) Avaliar as condições de participação em contato com a direção municipal.
nas eleições municipais de 2012;
Cidade, emprego, ambiente, juventude:
por um programa revolucionário
Nenhum direito a menos,
só direitos a mais
Ajude um desempregado: reduza a
jornada de trabalho para 40 horas

O que é a Revolução
Brasileira:
Revolução não é sair dan-
do tiros por aí, como um
serial killer dentro de esco-
las. Isso é loucura fascista.
Revolução é educar o povo
para assumir o governo
em suas próprias mãos,
tirando-o dos atuais domi-
nadores: banqueiros,
transnacionais, máfias, ru-
ralistas e empresas pres-
tadoras de serviços aos
governos burgueses.
A Revolução Brasileira é
todo um processo de lutas
nas quais o povo brasileiro
se tornará senhor de seu
destino e encaminhará o
País à superação do regi-
me capitalista, causa dos
atuais problemas nacio-
nais, para assim poder
construir o Socialismo.
Erros a corrigir:
O principal erro de um
partido político é o man-
donismo das direções. O
PCB evita isso com o mé-
todo leninista, em que a
decisão coletiva da maio-
ria é acatada pela minoria.
Mas o trabalho coletivo
apresenta dificuldades,
como alguns membros
conseguirem dispor de
mais tempo ou se dedica-
rem com mais afinco às
suas tarefas que outros.
Neste caso, vale a lição de
Prestes na Coluna: cabe a
quem tem mais condições
tomar a iniciativa de aju-
dar os camaradas em difi-
culdades para o cumpri-
mento das tarefas do cole-
tivo, sem exigências nem
recriminações. Mas, no afã
de superar as limitações
de outros camaradas em
mais dificuldades, por ve-
zes ocorrem excessos indi-
viduais, que sobrecarre-
gam alguns camaradas e
os levam à exaustão. Esses
excessos são tão prejudi-
ciais quanto o mandonis-
mo. É preciso haver não só
esse auxílio mútuo mas
também a procura de ta-
refas mais cabíveis àqueles
que não conseguem cum-
prir as que assumiram. As
reuniões mensais, de cará-
ter administrativo, desti-
nam-se a corrigir esses er-
ros, avaliar o cumprimento
das tarefas e seu redire-
cionamento, quando ne-
cessário.
Tarefas principais a
cumprir:
Secretaria Política – rela-
ções com o Comitê Regio-
nal e as lideranças da co-
munidade local.
Secretaria de Organização
– acompanhamento jurídi-
co e apoio à formação teó-
rica dos militantes.
Secretaria de Finanças –
Coleta das contribuições
dos militantes e simpati-
zantes para reforço à es-
trutura do Comitê Central.
Juventude – Ações especí-
ficas de interesse dos jo-
vens, especialmente estu-
dantes, e interação com as
demais instâncias do Par-
tido. Estudo, trabalho e
cultura são prioridades.
Sindical – Acompanha-
mento das atividades sin-
dicais, recrutamento de
militantes e simpatizantes
nos meios laborais, pro-
moção da Unidade Classis-
ta e da Intersindical.
Meio-Ambiente – Ações
conjuntas e parcerias com
entidades ambientais da
comunidade, interagindo
com as demais instâncias
do Partido.
Feminino – Constituição
de um coletivo próprio do
PCB para participação em
movimentos e ações da
comunidade.
Minorias – Apoio às rei-
vindicações justas dos se-
tores da comunidade que
precisam vencer o precon-
ceito e a violência promo-
vida pelos fascistas e de-
mais setores intolerantes.
Terra – Apoio permanente
à bandeira da Reforma A-
grária, contra o latifúndio
e o controle imperialista
do agronegócio.
Educação revolucionária –
Palestras, cursos, impres-
são e distribuição da carti-
lha de Marxismo e outros
materiais para contribuir
na formação teórica dos
militantes e esclarecimen-
to da população.
 especiais do PerCeBer im- 3) Cumprir uma tarefa de
presso. Aproveitamento acordo com suas qualifi-
dos recursos na Internet cações e disponibilidades.
(blogs, Twitter, Facebook,
Orkut etc). Quando é necessária a
Todos – Toda instância es- filiação cartorial?
pecífica deve interagir e Não aceitamos a inscrição
de pessoas que ignoram
Cultura – Estruturação da apoiar-se mutuamente
nosso programa e princí-
Cinemateca Durval Hoff, com as demais.
pios. Embora nossa orga-
laboração do DVD temáti-
nização interna permita a
co do PCB de Cascavel, Os três compromissos
ação de simpatizantes e
apoio às iniciativas cultu- do militante:
militantes segundo uma
rais revolucionárias.
coordenação própria e
Comunicação – Manuten- 1) Divulgar em seu círculo
particular, para exercer
ção dos boletins PerCeBer de trabalho, estudo e mo-
cargos de direção munici-
(edição semanal), PerCe- radia as propostas comu-
pal estadual e federal e
Ber Extra (para imprensa nistas.
concorrer às eleições é
ou para comunicados aos
preciso fazer o registro
filiados e simpatizantes), 2) Contribuir mensalmen-
dos militantes no Cartório
PerCeBer História (distri- te para a manutenção do
Eleitoral da Comarca, para
buído à imprensa para re- Partido.
fins jurídicos.
forço de pauta), e edições
Em debate, as 21 Ações Revolucionárias e análise conjuntural:
documento recompilado em 2010 requer atualização. Participe!
e/ou autônoma e os estratos mais fragiliza-
dos, empurrados para as periferias.
Uma classe média asfixiada pelos altíssimos
custos dos produtos e serviços, pela insuficiên-
cia da prestação de serviços públicos pelas três
esferas do governo e por uma situação de cres-
cente temor e insegurança.
E uma vasta esfera periférica mergulhando
no risco social, com a ampliação da miséria e da
violência, à medida em que escasseia amplitude
e o alcance, assim como a efetividade e a capa-
cidade de resolução das políticas públicas.
Cascavel: Do município a Brasília, passando pelo Esta-
Riqueza ostensiva do, o País está mergulhado em uma crise que
vai além da economia.
e miséria crescente Os países mais afetados no setor econômico,
já se comprovou, não sofrem nas instituições os
1. Cascavel como parte do mundo, do Bra- abalos que ocorrem no Brasil, onde a principal
sil e do Paraná ameaça é à própria democracia.
O comportamento desastroso de Lula ao li-
Há uma crise mundial que afeta principal- quidar o processo de reforma agrária, privilegi-
mente os pobres. Os pobres dos países pobres e ar o latifúndio na Amazônia e aderir sem mais
também os pobres das cidades ricas. reservas ao neoliberalismo contribui para rece-
Cascavel é uma cidade rica, mas seus ricos, ber puxões de orelha até de neoliberais como
que ostentam fortunas, grandes mansões, arra- ele, caso do ex-presidente Itamar Franco, que
nha-céus e fazendas enormes no Centro-Oeste, comparou o atual presidente a um “general da
Norte e Nordeste, são uma pequeníssima mino- ditadura”.
ria em confronto com a classe média assalariada

Requião e Richa: dois lados da mesma moeda
O governo do Estado, depois de sete anos de
discurso progressista e prática administrativa
direitista, inaugura a “Operação Bondade”, que
se dá através da planejada distribuição de am-
bulâncias, verbas e outros materiais aos muni-
cípios, com fins claramente eleitorais, uma vez
que o governador Requião será candidato ou ao
Senado ou à Presidência, pois o Ibope aconse-
lhou o PMDB a abandonar Lula e lançar candi-
dato próprio.
Cascavel, por suas elites dirigentes políticas e
empresariais, mantém-se à margem desses a-
contecimentos, sofrendo seus reflexos mas não
construindo mecanismos de defesa e proteção,
especialmente aos setores mais frágeis da soci-
edade.
A essas elites dirigentes e empresariais, ge-
ralmente egoístas e interesseiras, soma-se a pas-
sividade de um movimento popular fragmenta-
do, embora promissor, um estudantado entre a
alienação, a domesticação e a conivência, e uma
estrutura universitária ainda em processo de
construção e afirmação.
2. Município enfrenta desafios
acima de sua capacidade
De Norte a Sul do País, a redução brusca dos
recursos advindos do Fundo de Participação dos
Municípios, que sustentam a imensa maioria
das prefeituras, ocasionou um princípio de
desmonte da estrutura administrativa municipal.
A principal tarefa desse desmonte é cortar
gastos e adequar o orçamento à “Prefeitura mí-
nima”, uma espécie de “Estado zero” no plano
municipal, em que tudo é cobrado, até mais de
uma vez. IPTU mais taxa de lixo e iluminação,
por exemplo, quando historicamente o IPTU já
é destinado a todos os serviços municipais.
As prefeituras, ao mesmo tempo em que têm
suas receitas bruscamente reduzidas, estão a-
baixo de dívidas antigas e acumuladas, com os
recursos próprios insuficientes ou drasticamente
comprometidos com as folhas do funcionalis-
mo.
Mal gerenciadas, com uma administração po-
lítica não raro resultante da disputa interna entre
quadrilhas e oligarquias locais, as prefeituras
são o prêmio sorteado no voto entre esses gru-
pos, que travam as eleições entre si e se alter-
nam no “rapa-caixa” durante seus períodos de
“governo”.
A grande massa ignora e apenas alguns pou-
cos eleitores mais conscientes sabem que o jogo
eleitoral burguês não visa à resolução dos pro-
blemas da população.
Assim, os setores dominantes fingem que
disputam uma eleição que na verdade já está
com todas as cartas marcadas para vencer sem-
pre uma das facções da burguesia dominante.
A única atuação real e a finalidade dos parti-
dos e dos líderes políticos burgueses é captar
dinheiro dos financiadores de campanha para
disputar eleições.
Nelas, vençam ou não esse jogo de cartas
marcadas, estarão sempre mantendo o mesmo
quadro de manipulação ideológica da popula-
ção, a alternância do “rapa-tacho” e recorrendo
à tergiversação em caso de cobranças popula-
res, jogando a responsabilidade de tudo nos an-
tecessores e preparando a transferência dos pro-
blemas mais graves aos sucessores.
3. O projeto buenista
O atual prefeito de Cascavel, Edgar Bueno
(PDT, ex-PSDB), acossado por problemas es-
truturais gravíssimos, uma confusa estrutura
administrativa, um secretariado desconexo e
desarticulado, usa toda sua esperteza de político
experiente para mascarar as graves dificuldades
pelas quais passa o Município.
De um lado, controla com mão de ferro as
decisões da Câmara Municipal, através de seu
sobrinho, Marcos Damasceno, que preside a
Casa.
Teme evidentemente que se a situação sair de
seu controle, as graves deficiências administra-
tivas já verificadas em oito meses de gestão
possam complicar a eleição de seu filho André
à Assembleia e de seu candidato, Osmar Dias,
ao governo do Estado.
Bueno transparece a intenção de pretender
ser vice-governador, com o projeto de entregar
a Prefeitura ao médico Jadir de Mattos (PTB),
que se sabe estar às voltas com problemas de
saúde, e abrir caminho, caso André se eleja para
a AL, para que o herdeiro venha a reivindicar a
candidatura em 2012.
Ter o filho André na Assembleia seria como
continuar seus mandatos anteriores de deputado
estadual interrompidos para assumir a Prefeitu-
ra de Cascavel e se consolidar como o grande
cacique político do Oeste paranaense.
 Provavelmente por um arranjo entre caci-
ques, a tese da auditoria para as graves denún-
cias acumuladas na gestão Tomé foi engaveta-
Bueno também
da.
tem boa parte
São escândalos que deveriam gerar inquéritos
da imprensa
e processos judiciais, mas sequer estão no nível
enquadrada em
de apuração conclusiva.
seu projeto de
São mantidos em banho-maria à espera do
poder e para
esquecimento ou, no interesse político-eleitoral,
alcançar os se-
do momento em que os acusados pretendam
tores indecisos
concorrer à Câmara Federal ou Assembleia Le-
e inconsequen-
gislativa, o que configura chantagem com um
tes lança mão
acúmulo de prejuízos à população, desrespeita-
de pequenos
da por uma prática inescrupulosa.
truques
midiáticos – tais como se derreter em bajula- Quando nada é apurado, isso representa um
ções a Barack Obama, justamente quando os atestado de boa conduta aos governantes anteri-
EUA afiam as garras para estabelecer bases na ores, desmentindo todas as acusações, suspeitas
América do Sul, visando ao controle das rique- e denúncias formuladas no curso da campanha
zas brasileiras e continentais. eleitoral. Mas não parece que se trata disso, e
4. Incongruências e inconsistências sim de uma deliberada ocultação de atos delitu-
A extinção da Secretaria Municipal da Segu- osos para utilização posterior, na mídia e na
rança Pública foi positiva, mas há outras secre- campanha eleitoral.
tarias igualmente inúteis. Extinguir apenas esta É evidentemente falsa a alegação de que a
não melhora a gestão. proposta de extinção de autarquias como a Cet-
Não extinguir a Cettrans e a Cohavel nem trans e a Cohavel se deu para evitar queixas dos
encaminhar a prometida reforma administrativa sindicalistas.
a partir de mudanças sérias de estrutura e visan- A administração Bueno não teve receio de
do ao aprimoramento da estrutura pública, é um truculentamente, logo na primeira semana, de
aval ou adesão às práticas retrógradas e sem “trombar” arrogante e autoritariamente com to-
funcionalidade resolutiva. do o movimento popular – do qual os sindicatos
A Codevel, enfim extinta, era mais funcional são uma parte importante – ao liquidar a justa
e promissora que a Cettrans e a Cohavel. pretensão habitacional dos cidadãos sem-tetos
O Município não demonstra nenhum interes- do distrito de São João.
se pela resolução do problema da mobilidade, Enquanto a atual administração passa a se
da política industrial, da reforma urbana extre- acomodar nos mesmos erros e organogramas do
mamente necessária, da preparação profissional passado, há uma questão gravíssima que asfixia
da juventude e da participação das comunidades a administração: uma dívida impossível de ser
organizadas na gestão municipal. paga.
O Parque de Máquinas sucatado é apenas a Impossível, de um lado, pois se trata de ar-
manutenção de uma situação que perdura por ranjos imorais para beneficiar os amigos do rei
décadas: com exceção da gestão Formighieri, lá de trás. De outro, porque as diferentes ges-
em que as máquinas eram adquiridas – e o pre- tões empurram para a próxima os custos do que
feito “roubou” tratores do governo do Estado já veio de trás e do que fazem.
que viu abandonados em Munhoz da Rocha –, Esse comportamento é extremamente desres-
as seguintes jamais conseguiram apresentar um peitoso à população, é gerencialmente incapaz e
Parque de Máquinas à altura das necessidades, os prejuízos advindos dessa incompetência re-
com estradas sempre em precário estado e obras caem sempre sobre a população mais carente,
públicas negligenciadas. pois todos os recursos queimados em ações ine-
Inexiste uma política de aproveitamento do ficazes e no pagamento de dívidas antigas – e
potencial dos bairros e distritos. A Prefeitura seus imensos juros e correções – fará falta a o-
não tem a menor ideia, menos ainda um projeto, bras e serviços à comunidade mais necessitada.
do que é possível fazer para o desenvolvimento 5. Impasses e conjuntura
econômico das regiões urbanas e das localida- Nunca houve em Cascavel uma administra-
des do interior. ção que procurasse organizar a estrutura admi-
Deficiências nas escolas municipais do inte- nistrativa de modo a focalizar centralmente os
rior são denúncias continuadas e persistentes. problemas mais sérios da população, que têm
Aliás, toda a infraestrutura municipal apresenta origem sobretudo na enorme distorção da dis-
carências cruciais. tribuição de renda.

Contra
todas as
expectati-
vas, com
população
similar,
Cascavel já
supera Foz
do Iguaçu
em crimes
violentos
Há cidadãos abastados e uma classe média
exuberante, mas bolsões de miséria, favelas e
excluídos num anel que já foi diminuto, na dé-
cada de 50, mas hoje cresce e se desmembra
para uma variedade imensa de anéis “saturnia-
nos”, pressionando fortemente a estrutura de
atendimento público, gerando situações de risco
social e explosões de criminalidade e violência.
Inexiste, ainda, uma política de treinamento
para o trabalho. Os empregos que surgem não
podem ser ocupados por falta de qualificação.
Os jovens em situação de risco são vítimas dos
traficantes, das quadrilhas organizadas, das
guerras de gangues, do consumo de drogas, ál-
cool e maus hábitos alimentares e sociais.
A família se desestrutura, há uma crescente
carga de sofrimento psíquico, poluição urbana,
caos no trânsito e desestruturação dos movi-
mentos comunitários, cada vez mais atrelados
ao assistencialismo dos vereadores e submeti-
dos ao controle dos grandes esquemas partidá-
rios.
Tais esquemas mantêm a população pobre
vegetando para nos períodos eleitorais “gerar”
milhares de empregos para uma explícita com-
pra de votos a pretexto de “trabalhar” na cam-
panha.
Acumulam-se, por toda a cidade, as queixas
sobre debilidades em postos de saúde, deficiên-
cias na educação, má qualidade da pavimenta-
ção, ausência de pavimentação em bairros cres-
centemente populosos e estradas e serviços pú-
blicos rurais precarizados.
Os conselhos municipais, essenciais para a
abordagem, a análise e a proposta de soluções,
limitam-se a considerar seu tema como um blo-
co estanque, isolado dos demais, quando, na
verdade, trata-se de compreender que todos os
elementos administrativos estão imbricados,
comunicam-se, relacionam-se e se pressionam
mutuamente.
6. Conclusão: tarefas a cumprir
Tendo plena clareza de que só a construção
do Socialismo irá resolver os problemas do Pa-
ís, do Estado do Paraná e de seus municípios, os
comunistas não podem, entretanto, omitir-se
enquanto as condições objetivas não nos leva-
rem a um novo salto no desenvolvimento da
civilização.
Assim, para contribuir imediatamente com
um encaminhamento mais favorável à resolução
dos problemas municipais, o PCB atualiza sua
lista de 21 Ações Revolucionárias e as apre-
senta ao debate da sociedade, a avaliação dos
vereadores progressistas da Câmara Municipal
e dos setores mais responsáveis da população,
da sociedade organizada e da administração lo-
cal:
21 Ações Revolucionárias
Rumo ao Socialismo
e por uma Cascavel melhor!
1) Determinar a extinção de todas as secreta-
rias, que servem de cabide de emprego para os
parentes e os amigos dos eleitos, assegurando
que somente funcionários públicos devidamente
concursados assumam as tarefas de chefia.
2) Câmara Municipal − No lugar das secre-
tarias, que são mecanismos de decisão, devem
ser aproveitados o empenho e a boa vontade dos
vereadores, que são os legítimos representantes
do povo e podem contribuir mais com a gestão
pública do que apenas fiscalizar e propor. Com
mais poder de decisão ao Legislativo, acabará a
farra dos mensalinhos, ou seja, troca de favores
para alguns vereadores aprovarem medidas du-
vidosas que apenas interessam ao prefeito e seu
grupo. Os setores organizados com interação e
interesse nos mais diferentes temas (saúde, edu-
cação, segurança, geração de emprego e renda,
agroecologia) definirão políticas específicas
através de conferências municipais temáticas
em parceria com as comissões da Câmara Mu-
nicipal, produzindo propostas ao Congresso da
Cidade. Em lugar de sessões itinerantes da Câ-
mara Municipal, perfeitamente dispensáveis, os
conselhos de moradores dos bairros e do interi-
or devem preparar propostas para encaminhar
ao Poder Legislativo, que, por sua vez, tomará a
decisão final.
3) Para as diretorias, serão chamados os ser-
vidores concursados mais capazes, com prefe-
rência para os mais antigos, melhor titulados e
especialistas. O profissionalismo do servidor
será meta, nos termos de um plano de carreira
que favoreça e privilegie o aperfeiçoamento.
4) Nepotismo − Parentes de eleitos só pode-
rão ser controladores ou ter cargo de chefia se
forem devidamente concursados e atenderem
aos critérios de antiguidade, melhor titulação e
especialização em cada respectiva área.

5) Não permitir que dinheiro público seja
desperdiçado com inaugurações festivas, fogos
de artifício e placas com louvação aos gover-
nantes. Proibir cartões de “felicitações” pagos
pelo Município em datas comemorativas, com a
assinatura do prefeito e secretários, folders pu-
blicitários custosos e outros materiais, mesmo
que supostamente doados por terceiros.
6) O Município não deve terceirizar o que
os servidores podem realizar. Evitar “revitaliza-
ções” milionárias de logradouros públicos e in-
vestir na melhoria das escolas e ampliação do
número de postos de saúde. Com economia de
recursos em gastos dispensáveis evita-se ampli-
ar a carga tributária.
7) Só autorizar publicidade de programas e
orientações (campanhas de saúde, educação,
trânsito, meio ambiente) e proibir auto-elogios
ao prefeito, sua equipe e círculo de relações.
8) Como já existem diretrizes gerais – Plano
Diretor, Estatuto da Educação, Orçamento Par-
ticipativo, deliberações dos conselhos munici-
pais etc – a eficiência da administração deverá
ser monitorada, além da Câmara Municipal, por
quatro controladorias: Controladoria Adminis-
trativa (tendo sob sua subordinação as diretorias
de Finanças, Gestão, Planejamento, Indústria,
Comércio e Agricultura); Controladoria Social
(tendo sob sua subordinação Saúde, Educação,
Cultura, Ação Social, Assuntos Comunitários,
Comunicação, Esporte, Lazer, Turismo e Meio
Ambiente); Controladoria Institucional (tendo
sob sua responsabilidade Gabinete, Procurado-
ria Jurídica, Codevel, Fundetec, Cettrans, Co-
havel, Acesc e Procon), e Ouvidoria e Auditoria
(tendo sob sua responsabilidade prestar atendi-
mento permanente aos vereadores, aos conse-
lhos populares e examinar denúncias públicas,
inclusive junto a instâncias do Ministério Públi-
co, Segurança Pública e do Poder Judiciário). A
coordenação de programas e projetos terá a par-
ticipação do vice-prefeito, na condição de con-
trolador adicional e com direito a voz e voto nas
decisões. Manter as estruturas de subprefeitu-
ras, sob a condição de autonomia plena da co-
munidade para a indicação dos subprefeitos.
Criar administrações regionais para grupos de
bairros. Bairros e distritos podem participar da
gestão pública através dosa conselhos setoriais.
População deve apoiar todas as ações efetivas e
pacíficas de reforma agrária. Assentamentos e
organismos ligados à terra devem ter voz em
um Conselho Municipal Rural. Reforçar a con-
vivência e o espírito unitário em torno das lutas
sociais.
9) As deliberações devem passar inicialmente
pelos conselhos municipais e imediatamente
pela Câmara Municipal. Ao Executivo caberá
aplicar as decisões, uma vez que passando pela
comissão de avaliação constitucional da Câma-
ra, com apoio da Procuradoria Jurídica, a servi-
ço do interesse do Município e prioritariamente
em defesa dos cidadãos e dos excluídos, sem
questioná-las. A ação caberá às diretorias, sob o
crivo das controladorias e do Poder Legislativo.
Os contratos celebrados pelo Poder Público
Municipal devem ver ser monitorados, para a-
poiar as controladorias, pela Procuradoria Jurí-
dica, a Câmara Municipal e o Conselho Muni-
cipal da área referente ao contrato. Cumprimen-
to pleno do Plano Diretor. Acompanhamento
sistemático das ações. As normas existentes de-
vem ser constantemente questionadas e reexa-
minadas para avaliar seu cumprimento.
10) O prefeito delegará poderes às controla-
dorias e às diretorias compostas pelos servido-
res melhor preparados, cabendo-lhe principal-
mente o concentrar no prefeito o papel de chefe
“de Estado”, para desenvolver papéis de alta
relevância para o Município, junto aos governos
estadual e federal, Judiciário, Ministério Públi-
co, Congresso Nacional, Assembléia Legislati-
va, Câmara Municipal e entidades organizadas.
11) Políticas de educação a partir do estatuto
já existente e com aplicação monitorada pelo
Sindicato dos Professores. Educação de tempo
integral de acordo com a realidade de cada bair-
ro e conforme a decisão de sua comunidade.
Aprimoramento da estrutura bibliotecária, re-
forçada pela inclusão digital, na periferia e no
interior. Como educação, saúde e o conjunto
das políticas sociais se confundem, as mães e as
meninas devem ter políticas específicas e tam-
bém ser chamadas à participação e à formula-
ção das políticas para as famílias. Apoio psico-
lógico e jurídico às famílias dos prisioneiros e
das vítimas dos criminosos. Apoio à ressociali-
zação dos apenados. Pesquisas sistemáticas so-
bre fatores de pressão social: sofrimento psíqui-
co, abandono infantil, afirmação juvenil etc.
Como também educação é comunicante com a
cultura, entendemos que ela não é espetáculo,
mas desenvolvimento espiritual. Os espetáculos
cabem à iniciativa privada. Toda política de cul-
tura deve ser direcionada principalmente aos
jovens. As políticas específicas para os jovens,
portanto, terão que ultrapassar o plano educa-
cional e esportivo.
 posto Predial e Territorial Urbano) progressivo
para fins de reforma urbana.
14) Segurança − Recusar suprir as tarefas do
Estado sem contrapartida em recursos. Guarda
Patrimonial exclusivamente para cuidar das
propriedades do povo de Cascavel. Nenhuma
repressão ao povo e às suas organizações.
Combater as tentativas criminalizar as ações do
povo e os movimentos sociais organizados. Pri-
vilegiar os Direitos Humanos: contra a impuni-
dade dos assassinatos que atingem os movimen-
tos populares no campo e na cidade, bem como
as populações pobres. Adequação do Conselho
Criar uma rádio comunitária municipal para a Municipal de Segurança incorporando a repre-
veiculação, nos ônibus do transporte coletivo, sentação dos coletivos de todos os bairros e dis-
de notícias dos movimentos populares, sindi- tritos.
cais, igrejas, clubes e poder público, executando 15) Juventude − Políticas específicas para a
somente música popular brasileira, paranaense e juventude a partir de consultas aos jovens das
cascavelense. comunidades e diretorias das escolas de cada
12) Meio-Ambiente − Abordagem multidis- região. Devem ser criadas Associações de Ca-
ciplinar nas escolas e espaços de convivência. pacitação de Jovens com participação das con-
Exigir o cumprimento das cláusulas do contrato fissões religiosas, escolas, clubes e associações
com a Sanepar, via acordo ou na Justiça. Um de bairro. Fim do esporte marrom (semiprofis-
abraço ao Lago: criar condições para cortar e sional) e estímulo a escolinhas comunitárias
punir despejos poluentes. Ar, outras águas, terra para privilegiar o esporte legitimamente ama-
e destino do lixo: ligar saúde, educação e ambi- dor.
ente. Monitoramento de todas as nascentes e 16) Transporte coletivo – Reforço à educa-
rios, envolvendo a comunidade. Estabelecimen- ção dos motoristas para a urbanidade e a cida-
to de uma rede de unidades de conservação in- dania. Prioridade ao uso maciço do ao transpor-
tegradas à política urbana, que contemple a pre- te coletivo. Melhoria dos serviços nas linhas
servação e a regeneração dos ecossistemas ori- mais movimentadas. Atenção às comunidades
ginários. Maior rigor na fiscalização e licenci- mais isoladas. Aprimorar a limpeza dos ônibus.
amento de atividades poluidoras, de modo a Organizar o acesso dos usuários aos ônibus nos
desestimulá-las e a cobrar um maior nível de terminais. Ampliar, estruturar e prestar maior
responsabilidade sócio-ambiental das empresas. conforto aos usuários nos terminais. Passe-livre
Regulamentação do relatório de impacto de vi- para todos os estudantes. Estudar a gratuidade
zinhança para controle de grandes empreendi- de todo o transporte coletivo urbano.
mentos imobiliários e pólos geradores de tráfe- 17) Saúde – Participação da comunidade do
go. Municipalização da coleta do lixo. Cance- setor de saúde, desde a Associação Médica até
lamento do contrato e formação de uma estrutu- os educadores e acadêmicos dos cursos de saú-
ra municipal de coleta e aproveitamento. De- de, passando pelos sindicatos de servidores e
senvolvimento de uma política municipal de das categorias e do Conselho Municipal de Sa-
resíduos sólidos (lixo doméstico, hospitalar, úde. Ação municipal prioritariamente preventi-
industrial etc) que privilegie a reciclagem. Mai- va. Ações comunitárias de prevenção. Ajuda
or integração da coleta de lixo com as coopera- aos familiares para que não sofram toda a carga
tivas de catadores e uma rede de pequenas e do atendimento aos doentes. Auditar, com re-
médias usinas de tratamento de lixo orgânico. curso ao Ministério Público e ao Conselho Re-
13) Habitação − Direcionar os invasores de gional de Medicina, os casos de “farra” de ates-
fundos de vale para programas de apoio, cida- tados médicos.
dania e inclusão social, inclusive para participar 18) Reorientar os PACs e estudar a criação
dos programas habitacionais, eliminando a atual de um hospital municipal de pronto atendi-
lei restritiva. Combater com energia o déficit mento. Concentrar o atendimento nas UBS (U-
habitacional acumulado nos últimos oito anos. nidades Básicas de Saúde), articulando-o com o
Instituir no grupo de conselhos municipais o Programa Saúde da Família (PSF).
Conselho Municipal de Reforma Urbana, com 19) Emprego – A Codevel deve instituir um
competência para deliberar, integrado por re- Empregômetro, painel para acompanhar e anali-
presentações regionais e setoriais. IPTU (Im- sar a geração de empregos.
 rais. Apoiar ações que resultem concretamente
em empregos formais. Criar uma estrutura mul-
tissetorial de reciclagem, aprimoramento e atua-
Centrar a lização profissional. Toda ação ligada aos seto-
ação da Co- res produtivos deve ter como foco a empregabi-
devel na gera- lidade.
ção de empre- 20) Aproveitar as vocações econômicas lo-
gos. Estimu- cais, espaços e horários ociosos em escolas para
lar a forma- cursos. Prestar treinamento gratuitamente a pe-
ção de fábri- quenos empreendedores, com apoio administra-
cas-escola tivo, financeiro e tributário.
profissionali- 21) Dívidas − A Procuradoria Jurídica deve de-
zantes. terminar o pagamento das dívidas de acordo
Estímulo aos cursos técnicos profissionali- com um cronograma jurídica e legalmente razo-
zantes por empresas e instituições. Monitora- ável, pois o Município não é caloteiro. Tem que
mento da empregabilidade pelos sindicatos e pagar o que deve, mas questionar o que não de-
movimentos sociais. Participação das entidades ve, como no caso da Praça Wilson Joffre, uma
empresariais, sindicatos, conselhos e melhor fraude monumental.
articulação com organismos estaduais e fede-

Lembre-se: em Cascavel,
nós somos a Revolução!

Na Internet, acompanhe o blog

do PCB de Cascavel:
http://pcbcascavel.wordpress.com

Veja também o blog da Juventude Comunista de Cascavel:

http://ujccascavel.blogspot.com
Vídeos revolucionários:
Veja a emocionante homenagem a Che Guevara, pela cantora
Nathalie Cardone:
http://www.youtube.com/watch?v=NdRip7nmTTo
Os Eremitas e a origem do trabalho:
http://www.youtube.com/watch?v=QEfQhhHNEOE
ORKUT:
PCB de Cascavel
http://www.orkut.com.br/Profile.aspx?uid=15747947519423185415
Comunidade:
http://www.orkut.com.br/Community.aspx?cmm=54058996
Twitter:
PCB do Paraná: http://twitter.com/pcbparana
Juventude Comunista de Cascavel: http://twitter.com/#!/j_comunista