O suicdio anmico

A sociedade no apenas um objeto que atrai para si, com intensidade desigual, os sentimentos e a atividade dos indivduos. Tambm um poder que os regula. H uma relao entre a maneira pela qual se exerce essa ao reguladora e a taxa social dos suicdios. (pag. 303) As crises econmicas tm uma influncia agravante sobre a propenso ao suicdio.

O nmero de falncias um barmetro que reflete com sensibilidade suficiente as variaes por que passa a vida econmica. Mas a que essas crises devem sua influncia? Se as mortes voluntrias aumentassem porque a vida se torna mais dura , eles deveriam diminuir sensivelmente quando o bem-estar se torna maior. (pag. 305) Tanto no o crescimento da misria que provoca o crescimento dos suicdios que tambm crises favorveis, cujo efeito aumentar bruscamentea prosperidade de um pas, agem sobre o suicdio do mesmo modo que desastres econmicos. (pag 306) Logo depois da guerra de 1870, produziu-se mais uma transformao favorvel. A Alemanha se unifica e se coloca inteiramente sob hegemonia da Prssia. Uma enorme indenizao de guerra vem engrossar a fortuna pblica; o comrcio e a indstria florescem. Nunca o desenvolvimento do suicdio foi to rpido. De 1875 a 1886 ele aumenta em 90%, passando de 3.278 casos para 6.212. (pag. 308)

O que demonstra melhor ainda que a depresso econmica no tem influncia agravante que muitas vezes lhe foi atribuda o fato de que ela produz antes o efeito contrrio