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Luiz Bertini
Rubens Tadeu Muniz
Este simples livro visa ajudar pessoas que trabalham com instalações
elétricas ou de alarmes a terem um
maior conhecimento na área de circuito fechado de TV (CFTV). Também é
indicado para quem desejar obter um pouco mais de conhecimento nesta
área ou mesmo que deseja instalar o seu próprio sistema de CFTV.
Ressaltamos que um circuito fechado de TV
é diferente de uma TV a cabo.
Seria interessante que o leitor pudesse ter em mãos uma câmara
com fonte e um monitor (além de cabos, conectores, etc),
no mínimo, de forma a fazer algumas experiências antes de se aventurar na
instalação em residências. Cabe aqui lembrar que existem muitos tipos de
sistemas e aplicações de CFTV, podemos apenas usar uma câmara para
monitorar um portão ou termos sistemas com diversas câmaras que
monitoram diversos pontos e que tem os sinais gravados em vídeos cassetes
com grande capacidade de tempo (até 40 dias de gravação continua) ou
mesmo sistemas que juntam os sinais de diversas câmaras e gravam em
computadores. Esperamos que este trabalho possa ajudar na compreensão e
montagem destes sistemas.
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APOSTILA BÁSICA SOBRE CIRCUITO FECHADO DE TV
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Os autores:
Luiz Bertini é técnico em eletrônica, formado em 1985 na ETESG Guaracy Silveira. Atuou
como professor de Televisão e Telecomunicações durante muitos anos. Atualmente
trabalha na área técnica da TV Cultura.
Índice
Introdução...........................................................................................pág.03
O Sinal de Vídeo ........................................................................pág.03
Pulsos de Sincronismo.......................................................................pág.04
Pulsos de Apagamento ..............................................................pág.04
Pulso de Burst.............................................................................pág.04
Câmaras ..............................................................................................pág.04
Acessórios ...................................................................................pág.05
Monitores ............................................................................................pág.07
Seqüencial...................................................................................pág.07
Quad............................................................................................pág.08
Distribuidores/Equalizadores ...................................................pág.10
Multiplex.....................................................................................pág.10
Matriz de Vídeo .........................................................................pág.11
Conectores...........................................................................................pág.11
Ferramentas ...............................................................................pág.12
Cabos ...................................................................................................pág.12
Outros Exemplos de Ligações...................................................pág.13
(arrumar o índice)
Introdução
(colocar foto 1)
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Estes sinais elétricos recebem o nome de Sinais de Vídeo Composto (VBS) e tem
características específicas. Um sinal deste pode passar através de cabos coaxiais (por
padronização cabos com impedância de 75 ohms – RG59, RGC59, RGC11, RF75, etc).
Este sinal se ligado na entrada de um monitor de vídeo composto (não servem
monitores tipos VGA, SVGA, enfim, monitores de computadores atuais) ou mesmo na
entrada de vídeo de uma TV, reproduzirão em sua tela a imagem que estão captando.
O sinal de vídeo
Se formos ver a forma de onda de um sinal de vídeo veremos algo semelhante a figura
abaixo:
A imagem na tela de uma TV ou monitor é formada por 525 linhas (padrão adotado
no Brasil). Estas linhas são “escritas” intercaladas, primeiro as ímpares, depois as
linhas pares. Como se ao escrevermos em um caderno escrevêssemos uma linha,
pulássemos a outra, escrevêssemos outra linha e pulássemos a outra, assim
sucessivamente até chegar no final da página. Quando chegarmos no final da página
voltaríamos e escreveríamos nas linhas vazias. Supondo que nossa falha tivesse 525
linhas, escreveríamos, primeiro em 262,5 linhas e depois outras 262,5 linhas.
O conjunto de 525 linhas recebe o nome de quadro, o conjunto de 262,5 linhas
recebem o nome de campo. Portanto dois campos são iguais a um quadro. Na prática
temos uma resolução de, aproximadamente, 483 linhas pois perdemos muitas linhas
durante o apagamento vertical. Vamos estudar agora um pouco o sinal de vídeo:
Pulsos de Sincronismo
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pulso de sincronismo vertical que nos indica que já escrevemos 262,5 linhas
(um campo) e devemos voltar para escrever as linhas que faltam. Na prática estes
pulsos impedem que a imagem no monitor ou TV fique rolando de baixo para cima ou
vice-versa.
Pulsos de Apagamento
Pulso de Burst
Este pulso é o responsável pela correta colocação das cores na imagem. Este pulso só
existe quando utilizamos câmaras coloridas.
Junto com todos estes pulsos vem a informação que está sendo registrada pela
câmara.
• sinal de vídeo é chamado de “Sinal de Vídeo Composto” (VBS) devido ao fato de ser
composto por todas estas partes.
Câmaras
Existem diversos tipos e/ou modelos de câmaras para circuito fechado: câmaras
P&B, câmaras coloridas, câmaras que também captam o áudio, etc. Veja abaixo exemplos
de alguns tipos de câmaras.
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proteção) que impedem que se saiba para qual lado a câmara esta apontando.
As câmaras podem ter na saída de vídeo composto um conector BNC ou mesmo só
os fios para a ligação.
Acessórios
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Diversos acessórios podem ser adaptados nas câmaras CCD. Estes acessórios
incluem desde caixa para a proteção contra sol e chuva, até lentes que permitem que a
câmara capte uma imagem mais aproximada (lente zoom).
Estas lentes, em alguns casos, podem ser controladas através de motores ou via
cabo diretamente da central de controle. Isto permite que a pessoa que vê a imagem no
monitor (operador) aproxime ou afaste a imagem de acordo com o necessidade.
Também existem motores ou servo-motores que fazem a câmara girar de um lado
para outro, aumentando o ângulo de visão. Estes servo-motores podem funcionar
automaticamente ou serem controlados por um operador.
Exemplos de servo-motores:
Os fios que ligarão as câmaras com os monitores ou com a central são especiais.
Estes fios são chamados de cabos coaxiais. Estes cabos devem ser ligados ao monitor
através de conectores especiais. Os conectores mais comuns são os conectores RCA, os
conectores BNC e os conectores F (equipamentos nacionais geralmente usam conectores F
para vídeo e conectores RCA para áudio). Conectores F são aqueles utilizados em
entradas de antena de TVs e vídeos.
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Estas câmaras devem ser alimentadas com uma tensão DC. Esta tensão pode vir da
central através de cabos ou vir de uma fonte de alimentação ligada próxima a câmara.
Normalmente, se usa uma fonte para cada câmara.
Monitores
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Seqüencial
Este seqüencial também pode ser comprado separado do monitor e usado com um
monitor comum. Veja o exemplo de uma ligação:
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Podemos perceber que o seqüenciador tem 4 entradas e 2 saídas e por isso recebe o
nome de Seqüenciador 4x2 (quatro por dois). Se ele tivesse 8 entradas e 2 saídas receberia
o nome de Seqüenciador 8x2 (oito por dois).
Mas para que duas saídas de vídeo?
Uma vai para o monitor e a outra, se necessário, vai para a entrada de um
videocassete que estará gravando as imagens. Em vídeo casssetes comuns o tempo
máximo de gravação será de seis horas, mas existem vídeos especiais que permitem a
gravação de até 960 horas contínuas. Estes vídeos , usualmente, recebem o nome de time
lapse (video de lapso de tempo) e são muito caros. São utilizados em sistemas de
monitoração em bancos, etc e permitem que as imagens gravadas possam ser usadas para
identificar alguma pessoa. Também existem sistemas que usam microcomputadores e são
capazes de gravar as imagens captadas durante um ano inteiro. Estas imagens, depois,
podem ser localizadas facilmente através da data e horário do evento que se deseje rever.
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Quad
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Distribuidores/Equalizadores
São circuitos eletrônicos que permitem distribuir um mesmo sinal de vídeo para
vários monitores ou VCRs (videocassetes), além de “equalizarem” o sinal. Quando falamos
que um circuito equaliza um sinal, queremos dizer que ele está mudando as características
do mesmo de forma a torná-lo o mais próximo do sinal original. Veja a figura:
Multiplex
Exemplo de um multiplex
Matriz de Vídeo
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Com uma matriz 8x8 (oito por oito), por exemplo, podemos conectar qualquer
entrada com qualquer saída.
Se queremos por, exemplo:
• o sinal da entrada 1 nas saídas 4 e 5 → é possível fazer.
• o sinal da entrada 7 na saída 2 → é possível fazer.
• o sinal de uma entrada qualquer saída → também é possível fazer.
Normalmente, matrizes são muito caras e, além de comutarem o VBS, também
comutam os sinais de áudio.
Lembramos que as câmaras de vídeo de CFTV também podem captar áudio e em
todos os nossos exemplos precisaríamos também dividir, escolher e escutar o áudio da
câmara correspondente. “Porém, é raro o uso de áudio em circuitos domésticos de
CFTV.”
Um técnico de eletrônica, normalmente, é capacitado para montar um distribuidor
ou seqüenciador/seqüencial de vídeo, porém um “quad” e uma matriz são circuitos bem
mais complicados e difíceis de serem montados.
Conectores
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Desmonte o conector:
(colocar foto 9)
Corte o cabo coaxial, descasque a capa e dobre a malha sobre o próprio cabo:
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Agora aperte o anel metálico que acompanha o conector e já deve estar inserido no
cabo (este anel pode ser apertado com um alicate universal, mas cuidado para não quebrá-
lo):
Ferramentas
• Alicate de corte
• Alicate universal
• Alicate de bico
• Chaves Philips e de fenda
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• Um canivete
• Ferro de solda de 30 ou 50W (se possível, um de cada)
• Um multímetro (digital, de preferência)
• Solda para uso em eletrônica
• Uma trena ou metro.
. Um alicate de crimpar (Existem diversos tipos de alicates de crimpar, é
importante que você especifique qual o conector e qual o cabo que deseja
crimpar ao vendedor antes de comprar um alicate deste). Se possível.
Cabos
Diversos são os tipos de cabos que podemos usar, mas o importante é que tenham
sempre a impedância de 75 ohms e que usemos o mais apropriado para as conexões. A
diferença na escolha do cabo está relacionada com o custo, com o comprimento utilizado e
a qualidade da imagem, porém os mais utilizados são os cabos RG59 e RGC59, devido a
facilidade para encontrá-lo no mercado e a grande quantidade de conectores que servem
neles, por exemplo o conector F macho de rosca.
O sinal de vídeo composto perde qualidade ao passar pelo cabo. Quanto mais fino
for o cabo e maior o seu comprimento, maiores serão estas perdas. Na prática, a perda se
apresenta como uma imagem sem detalhes e meio opaca , na tela do monitor.
Já montamos sistemas de CFTV que tem entre a câmara e o monitor mais de 70
metros de cabos RGC59 e o vídeo apresentou uma boa qualidade.
Para corrigir imperfeições no vídeo, devido ao comprimento do cabo, podemos
utilizar equalizadores/distribuidores de vídeo.
Normalmente, as ligações são feitas com cabos RG 59, RGC59 ou RF 75. Estes
cabos não podem ser emendados como um fio elétrico, pois tem dois condutores internos.
Um central, por onde passa o sinal e uma malha que é o terra e vai conectado ao negativo.
No caso de precisarmos de emenda, será necessário o uso de dois conectores, mais uma
emenda conhecida como ”I”. Existem estes adaptadores, chamados de I, para todos os
tipos de conectores utilizados em CFTV.
MODELO 1
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MODELO 2
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FIM
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