Você está na página 1de 2

Viagem - Miguel Torga

o vento que me leva. O vento lusitano. este sopro humano Universal Que enfuna* a inquietao de Portugal. esta fria de loucura mansa Que tudo alcana Sem alcanar. Que vai de cu em cu, De mar em mar, At nunca chegar. E esta tentao de me encontrar Mais rico de amargura Nas pausas da ventura De me procurar...

Divisao em 3 partes logicas. Embora seja tudo uma so estrofe, partimos o poema em 3 momentos lgicos distintos. Na 1 parte, h a referencia ao vento. O Vento que levou as caravelas lusitanas durante os descobrimentos. Esse vento que enfuneceu (envaideceu) a enquietacao de Portugal perante a vontade de ver mais alem. O vento que levou Portugal conquista de novas terras: glria Na 2 parte, h referencia fria de loucura. Esta fria que por muito que seja e por muito que percorra, nunca acaba. A cada horizonte segue se um novo, o que torna esta fria de loucura praticamente infinita, pois nem o ceu o limite

Na 3 e ultima parte, o sujeito potico menciona a tentao de se encontrar. Nas pausas das aventuras, tirar um momento para pensar e se autodefinir de perceber quem . Ou seja tenta afastar se do intelectualismo e concentra-se mais nele prprio, no conhecimento do seu ser

Você também pode gostar