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Dom Quixote na favela

Esse um poema que eu quero escrever com meu sangue e o daquele favelado que eu vi morrer quando eu tinha sete anos, trespassado em seu peito por uma bala que no podia chupar... "Ser ou no ser?", desde cedo esse gatilho eu sempre tive apontado para mim, mas crescer na favela em So Mateus j era lucro. E deu nas asas do meu corao pueril se atrever a sonhar em ser mdico para reescrever uma histria cujas estatsticas subverteu... Esse tambm um poema que exala um aroma, no de uma rosa (elas no florescem em esgoto a cu aberto), mas das frutas podres (saudade) que no fim da feira eu me alegrava em colher. Toma moinho o golpe fatal! Sobre tuas ps, ignoto, deixo esse poema... Assinado: Liberdade. Diego Vieira da Silva 21/11/12 (Dia da Apresentao de Nossa Senhora)

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