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1. INTRODUÇÃO
Ao ler desta forma, inicialmente pode não se ver como uma Justiça Digital pode
ajudar a população mais carente ou mais “esquecida” pelos poderes de modo geral.
É que uma Justiça digital pode ser intinerante, logo pode atingir comunidades
mais distantes, e todos nós sabemos que quanto mais distantes dos grandes centros,
infelizmente e lamentavelmente maiores são as injustiças. Também, a Justiça Digital
faz valer ou deveria fazer valer os princípios do Art. 2º da Lei 9.099/95, é que o
legislador quis deixar bem claro que as garantias dadas por este artigo, são as garantias
necessárias para o bom funcionamento de um Juizado Especial, quais sejam:
3. AS AÇÕES PREVIDENCIÁRIAS
A importância portanto de uma triagem bem feita, e não somente, mas feita por
uma contadoria ou por Técnicos judiciários em Cálculo é condição sem a qual não há
como proceder com a demanda, posto que uma vez não observados os períodos de
Concessão da Aposentadoria, os períodos de Revisão já conhecidos e as NOVAS teses
que estejam por surgir naquele momento,ou melhor dizendo a admissão de novas teses,
que ressalte-se só seriam admitidas com a análise dos cálculos, não portanto que dar
continuidade ao processo, o fim será naturalmente trágico e prejudicial ao direito da
parte Autora.
4. ESTUDOS DE CASOS:
Caso Prático II. – M.P.S, viúva, pensionista por morte, esposo era aposentado
por tempo de contribuição, Funcionário Público Federal, ocorre que o Período Básico
de Cálculo da Pensão por morte é o mesmo da aposentadoria, já que o Benefício
‘transfere’ para a viúva na forma de Pensão por morte, entretanto ressalte-se que a
Aposentadoria do Segurado foi concedida em 1987, cabível então se considerarmos o
PBC desta aposentadoria as revisões pelos indexadores OTN/ORTN.
O maior problema do Direito previdenciário hoje são os curiosos quanto aos
Cáculos e períodos. A confusão é tanta que quando se levanta uma questão acerca de
‘buraco negro’ ou ‘buraco verde’, logo se levanta uma interpretação contrária sobre
aquele não ser o ‘buraco correto’.
No caso em tela, teriam sido usados os últimos 36 Salários de Contribuição, ou
seja 36 divido por 12 meses, que resulta em 3 anos, parte de 1987, depois 1986 e 1985 a
depender do mês inicial, neste caso como a Lei que institui o indexador ORTN e OTN é
de 1977, criou-se um consenso sem motivo de ser, de que as revisão pelo indice ORTN
e OTN seriam para DIB de tal período.
O efeito desta compreensão vulgar devassou muitos processos, na verdade se o
Período Básico de cálculo estivesse nos meses a ser atingidos pela ORTN e OTN estes
deveriam ser usados como indexadores para se atualizar os salários de contribuição,
como foi o caso da Aposentadoria do Esposo da Autora.
Então agora observa-se o motivo pelo qual é mais do que necessário haver
Varas especializadas nisto e juízes atualizados com os assuntos e termos, o caso em tela
por exemplo, foi analisado improcedente inicialmente, o juiz de primeira instância
considerou ORTN(Obrigação reajustável do tesouro nacional) e OTN(Obrigação do
Tesouro Nacional) como sendo a mesma coisa, aparentemente, já que desconsiderou os
períodos. São indexadores diferentes, períodos diferentes, e ao segurado caberia
perfeitamente no período de 1986, após exame por mentes mais iluminadas no contexto
detalhes, Cálculos, Períodos e ainda Jurisprudência dominante, notou-se de imediato a
Procedência da Revisão pretendida.
5. O CÁLCULO E A RAZÃO
Reiterando mais uma vez a necessidade dos cálculos preliminares nas Ações
Previdenciárias, é que eu devo fazer uso de uma Sentença que constantemente repetia o
Des. Geraldo Neves:
Pronuncio a mesma frase com o mesmo vigor ou ainda maior que o do Des.
Neves.
Para muito além disto, temos as milhares de Garantias e Direitos que a
Constituição Federal nos oferece como instrumento de trabalho principalmente. Em
tese, porém, vemos o perecimento de todos os Direitos e Garantias fundamentais ali
dispostos, bem como a desconsideração da importância que há por trás de uma
Sentença de um Juiz de Direito.
Nem sempre alguém sai vencido, é verdade. Mas no caso das Ações
previdenciárias, a realidade é exatamente esta, alguém sai vencido, e no caso do INSS
ser vencido há um crédito para a outra parte e um débito para os cofres do INSS, é
exatamente se baseando neste argumento ou pensando nele, que muitas decisões
Políticas como aquela que não concedeu a Revisão pelos 100% da Renda Mensal
Inicial são notoriamente agressivas à Constituição Federal.
A Certeza que muitos têm atualmente é do enorme prejuízo que todos estes
Segurados tiveram, em pagar um seguro que não usufruem 100%, talvez pelo fato de
terem esquecido de fazer o Balanço dos Cofres do INSS e a apuração de que além de
devida, esta Revisão era também possível financeiramente analisando.
É então que o termo especializada, que tem sido usado até o presente, não
significa apenas uma classificação nominal, deve ser ainda no modo operacional, ora,
não há que se falar em Vara especializada por exemplo, quando se age utilizando os
mesmos Sistemas de Benefícios (INFBEN/SISBEN), que utiliza-se o INSS, como
elemento para a distorção ou não aplicação da Lei.
Não foi compreendido ainda pelos operadores do Direito que este é um ramo
onde se pode não somente utilizar das Leis para a busca de um Direito ou cumprimento
de Dever, devendo-se também utilizar da Contabilidade que é meio preciso para nos
garantir a Justiça e a noção racional que tanto buscamos na Prática Forense.