PERGUNTE
E
RESPONDEREMOS
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-> O Sacramento da Reconciliacao
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Q.
"Oiretor- Resporttavsl:
Estévao Bettencourt OSB SUMARIO
Autor e Redator de toda a materia
publicada neste periódico
Sancóes dentro da Igreja 289
Diretor-Administrador:
Um brado candente:
O. HMdebrando P. Martins OSB
"A Missao do Redentor"
Admintstracao e distribuicáo:
de Joao Paulo II 290
Edicóes Lumen Christi
Histórico e significado de
Dom Gerardo. 40 - 5? andar. S/501
Tel.: (021) 291 7122
O Sacramento da Reconciliacáo 304
Caixa Postal 2666
Queéa
20001 - Rio de Janeiro - RJ
Síndrome pós-aborto? 322
ImprsssSo c Encade-nacáo
Informativo útil:
"Ética Biomódica"
por Sandro Spinsanti 329
' MARQUES-SARAI\ A m
GRÁFICOS E EDITORES S A
Tels (02W73-9498 -i'} í>«7
NO PRÓXIMO NÚMERO
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coes "Lumen Christi" Caixa Postal 2666 - 20001 - Rio de Janeiro - RJ.
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ácima).
289
"PEROUNTE E RESPONDEREMOS"
ANO XXXII - N? 350 - Julho de 1991
Um brado candente:
* * *
290
"A MISSÁO DO REDENTOR'
1. Motivacao
1 Eis dados numéricos recentes forneados pela ONU com referencia ás eren-
fas religiosas do mundo:
291
'PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 350/1991
2. Fundamentacfo teológica
292
"A MISSÁO DO REDENTOR'
."A fé exige a livre adesao do homem, mas tem de ser proposta, já que
. as multidoes tém o direito de conhacer as riquezas do misterio de Cristo, ñas
quais toda a humanjdade — assim acreditamos — pode encontrar, numa pie-
nitude inimaginável, tudo aquilo que procura ás apalpadelas a respeito de
Deus, do homem, do seu destino, da vida, da morte, da verdade... É por isto
que a Igreja conserva bem vivo seu espirito missionário, desojando até que
ele se intensifique, neste momento histórico que nos foidado viver" (n? 8).
293
"PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 350/1991
2) Existem também concepcoes que se dizem "re i noce ntr ¡cas". Pre-
tendem pdr de lado Cristo e a Igreja para formular um anuncio que seja acei
tave I por todos os homens que simplesmente creiam em Deus. Assim cristaos
e nao cristaos se encontrariam num plano religioso um tanto vago, genérica
mente teocéntrico, mas unánimemente voltado para a cultura e os valores
humanos.
"É verdade que o Reino de Deus exige a promocao dos bens humanos
e dos valores que podem mesmo ser chamados 'evangélicos', porque intima
mente ligados á Boa-Nova. Mas essa promocao, que a Igreja também toma a
294
"A MISSÁO DO REDENTOR"
peito realizar, nao deve ser separada nem contraposta ¿s outras suas tarafas
fundamentáis, como sao o anuncio de Cristo e seu Evangelho. a fundacio e
o desenvolvimento de comunidades que atuem entre os homens a imagem
viva do Reino. Isto nao nos deve fazer recear que se possa cair numa forma
de eclesiocentrismo" (n? 19).
295
8 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 350/1991
3. O momento oportuno
296
"A MISSAO DO REDENTOR" 9
297
10 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 350/1991
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"A MISSÁO DO REDENTOR"
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12 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 350/1991
deve ho/e enfrentar outros desafios, lanzándose para novas fronte ¡ras. quer
na prímeira missao ad gentes, quer na nova evangelizado dos povos que já
receberam o anuncio de Cristo:a todos os cristios, ás Igrejasparticulares e é
Igre/'a universal, pede-se a mesma coragem que moveu os missionirios do
passado, a mesma disponibilidade para escutar a voz do Espirito" (n? 30).
8. Palanco geral
300
"A MISSÁO DO REDENTOR" 13
3) Nos nos 33s, Joáo Paulo II distingue tres modalidades da única mis-
sao da Igreja:
— a missio dirigida aos povos que até hoje nao receberam o Evangelho.
"Sem a missao a tais povos, a própria dimensáo missionária da Igreja ficaria
privada de seu significado fundamental e de seu exemplo de atuacao"
(n? 34). O Papa refere-se insistentemente ao crescente número de pessoas
que ignoram o Cristo de modo a despertar pungentemente o sen so misio
nario de toda a Igreja.
"A vocacSo especial dos missionários ad vitam, isto é. por toda a vida,
mantém toda a sua validado: representa o paradigma do compromisso mis-
sionário da Igreja, que sempre tem necessidade de entregas radicáis e totais,
de impulsos novos e corajosos. Os missionários e as missionárias. que consa-
graram a vida toda ao testemunho de Cristo ressustítado entre os nSo-crfa
tSos, nio se deixem, pois, atemorizar por dúvidas, incompreensSes, recusas,
perseguicóes. Rejuvenescam a grapa de seu carísma especifico, e retomem,
corajosamente, seu caminho. preferindo — em espirito de fé, obediencia e
comunhao com os Pastores - os lugares mais humildes e dificéis" (n? 66).
301
14 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 350/1991
***
(contínuafSo da p. 321)
A propósito ver:
303
Histórico e significado de
O Sacramento da
Reconciliado
* * *
304
O SACRAMENTO OA RECONCILIAQÁO 17
1. Fundamentado bíblica
2) Mt 16, 18s: Diz Jesús: "Eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pe-
pedra edificare/ a minha Igraja, o as portas do inferno nunca prevalecerio
contra ala. Eu te dargi as chaves do Reino dos céus, e o que ligares na térra
será ligado no céu, e o que desligares na térra será desligado no céu".
Mt 18, 18: Diz Jesús aos doze: "Em verdade vos digo: tudo quanto //-
gardos na térra, será ligado no céu, e tudo quanto desligardes na térra será
desligado no céu".
305
18 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 350/1991
"Para a perda da sua carne e a salvacao do seu espirito. . .". Isto quer
dizer: o excomungado experimentará a perda de Deus que toca a Satanás;
tomará consciéncia da sua condipao de pecador para que morra o seu "ho
mem carnal" (desregrado) e se fortalega o homem espiritual (movido pelo
Espirito Santo), que se salvará no dia do juízo.
Vé-se, em ambos os casos, que o Apostólo, juiz dos delitos e das respec
tivas sancoes, tem em vista penas estritamente medicináis, que ajudem o pe
cador a tomar consciéncia da hediondez do pecado e a voltar á vida reta.
306
O SACRAMENTO DA RECONClUAQAO
5) 1Tm 1,20: Sao Paulo diz "ter entregue a Satanás Hitieneu e Alexan
dre, a fim de que aprendam a nao blasfemar". Tem-se aquí urna alusao á
excomunhao dos que pecam gravemente, com finalidade medicinal ou sal-
vífica.
307
20 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 350/1991
2. Um pouco de historia
308
O SACRAMENTO DA RECONCILIACÁO
309
22 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 350/1991
ObrigacSes gerais: jejum até o p&r do sol e abstinencia de carne, por ve-
zes pousada noturna sobre grosseiro leito de palha salpicado de cinzas; por
vezes também abstinencia de banho e prática de esmolas.
310
O SACRAMENTO DA RECONCILIACÁO 23
piacao, mas por todo o resto da vida, exercer cargos públicos e atividades
comerciáis, apresentar-se ao tribunal civil, prestar servico militar, receberas
Orderts sacras. Quem fosse casado(a), nao poderia viver maritalmente com
o(a) consorte, mesmo depois da reconciliacao sacramental obtida; o peni
tente que se tornase viúvo, nao podia contrair novo matrimonio nem após
a reconciliacao...
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24 "PERPUNTE E RESPONDEREMOS" 350/1991
3) A reconcilia;»» ou absolvicao
312
O SACRAMENTO DA RECONCILIACÁO 25
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26 "PERPUNTE E RESPONDEREMOS" 350/1991
"S. Leao Magno: "É contrario aos costumes da Igreja que os clérigos
ordinarios, sacerdotes ou diáconos, possam receber o remedio da peniten
cia por seus pecados com a imposicao das mios/esta regra tem origem, sem
alguma dúvida, na tradicao apostólica, pois está escrito: 'Se o sacerdote pe-
cou, quem intercederá por ole? (Lv 5).
"Dé-se a penitencia aos seculares, que estao ainda sob o jugo do mun
do; meca-se o tempo da penitencia segundo a gravidade do delito cometido
por aquele que vive ainda no séeulol Mas, quando se trata do monge, que re-
nunciou ao mundo e ao seu servico, e prometeu servir sempre a Deus, por
que se Ihe deveria impar a Penitencia?. . . Portento, para o monge, a peni-
314
O SACRAMENTO DA RECONCILIAgÁO 27
téncia pública ó inútil, porque emendado de seus pecados, ele chora e con
cluí um pacto eterno com Deus. As culpas que cometeu no mundo, foram
canceladas no dia em que ele prometeu a Deus viver doravante segundo a
justica. Depois do pacto escrito por sua mió, com o qual promete cumprir
seus deveres com toda a sua fé - mesmo que depois do batismo tenha peca
do no mundo — o monge, depois da sua segunda renuncia (sua profissio
religiosa) nao hesitaré em recebar o Corpo do Senhor. por medo de que. por
causa de excessiva humildade, nao permaneca muito distante do Corpo e do
Sangue daquele ao qual se uniu para nao formar senao um só Corpo. Nao
deixe, pois, a Comunhao aquele que deixou de pecar, mas nao peque mais
para o futuro" (Migne Latino 58j875s).
2.2.1. A transipao
315
28 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 350/1991
Por estas razoes a nova forma penitencial estava aberta também aos
clérigos e aos monges. Comecaram a ser parte da acusacáo também os pe
cados menos graves e mais numerosos. Visto que o sacramento se tornou
mais usual, o ministro ficou sendo o presbítero quase exclusivamente, en-
quanto o bispo reservava a si a reconciliacáo solene de varios penitentes ñas
316
O SACRAMENTO DA RECONCILIAQÁO
Pergunta-se agora:
27. O homicida ¡ajuara por tres anos a pao a agua, sem levar armas, e
vivera no exilio. Depois destes tres anos, retornará para a sua patria e se po
ra a servico dos parantes da vftima, substituindo aquele Que ele matou.' As-
sim poderá ser readmitido na Comunhio, segundo o jufzo do seu confessor.
28. Se um leigo tiver filho com a mulher de outro, isto é, tt'ver come
tido adulterio, fará penitencia por tres anos, abstendo-se de alimentos gor-
durosos e do uso do matrimonio, retribuindo, além disso.oprecodadeson-
ra ao marido da mulher violada.1
317
30 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 350/1991
2.2.3. As comutacSes
"2. Comutacao por jej'um de tris días: fícar em pé um día e urna noi-
te sem dormir (ou muito pouco) ou a recitacao de 50 salmos com os cánti
cos correspondentes, ou a recitacao do Oficio de 12 Horas, com doze indi-
nafdes profundas cada Hora com as míos levantadas.
4. Outra comutacao por jejum de ano: passar trSs dias numa igreja,
sem beber nem comer nem dormir, sem se sentar; durante este tempo o
pecador cantará salmos com os cánticos e recitará o Oficio coral. Durante
esta oracSo, fará doze genufíexoes - tudo isso depois de ter confessado seus
pecados diante do sacerdote e diante do povo".
318
O SACRAMENTO DA RECONCILIAQÁO 31
guisse cumprir a penitencia devida, outra pessoa, solicitada por ele, o pode-
ría fazer em seu lugar; o pecador daría, em troca, urna esmola aos pobres. Eis
o que se lé no Paenitentiale Cummoani:
"O penitente que nao sabe recitar os salmos e nSo pode ¡ejuar, escolha
um mongo que faca penitencia em seu lugar; quanto ao penitente, por cada
día de fefum, di um dinheiro justo aos pobres".
319
32 "PERPUNTE E RESPONDEREMOS" 350/1991
Foí o franciscano Joao Duns Scotus que comecou a impugnar essa prá-
tica, por nao ter valor de sacramento e, por conseguinte, nao poder ser im
posta como obrigatória.
3. ConclusSo
320
O SACRAMENTO DA RECONCILIACÁO 33
(continua na p. 303)
321
Que ó a
Síndrome Pós-Aborto ?
* * *
322
SI'NDROME POSABORTO 35
1.0 problema
2. Questao básica
A terapeuta Terry Selby, de outro lado, acredita que cada aborto pro-
duz um trauma na mulher. O aborto é, antes de tudo, um procedimento
323
36 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 350/1991
3. Premissas psicológicas
Para entender esta conclusao e ter atguma base para raciocinio e pes
quisa da SPA, é necessário que entendamos a orientacao teórica dos terapeu
tas e seus "pressupostos".
Urna segunda premissa postula que, mesmo sendo possível reprimir fa-
tores reais, eles, apesar disso, continuam a afetar nossos estados emocionáis
e nosso comportamento. Quando existe excesso de rejeicao, a dor reprimida
nos traumatiza de alguma outra forma. De acordó com os clínicos, quando
as mulheres que abortaram, rejeitam ou reprimem sua experiencia, os desa-
justamentos podem incluir grande descontrole emocional quando próximas
a enancas, um medo irrealista de médicos, urna incapacidade de tolerar um
exame ginecológico rotineiro, ouvir o som de um aspirador de pó ou ser
sexualmente estimuladas, etc.
324
Sl'NDROME PÓSABORTO 37
4. A profundando...
Quais sao os problemas que urna mulher que provocou aborto, deve
encarar? Antes de tudo, e principalmente, a necessidade de enfrentar o ato
de provocar um aborto. A verdade é que, quando urna mulher aceita subme-
ter-se a um aborto, ela concorda em assistir á execucao de seu pr6prio filho.
Esta amarga realidade que ela tem de encarar, se opóe vivamente áquilo que
a sociedade espera que as mulheres sejam: pacientes, amorosas e maternais.
O aborto é tao contrario á ordem natural das coisas que ele automáti
camente índuz & sensacao de culpa. A mulher, entretanto, deve admitir su a
culpa para poder conviver com ela.
325
38 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 350/1991
abortiva; foi parte da reacao própria ao aborto e nao ¡nfundida nelas por ou-
tras pessoas.
Entristecer-se significa que ela tem nocao de seu filho e que está cho
rando por urna determinada pessoa que morreu. Obviamente isto é mais di
fícil quando se trata de urna enanca que nunca foi vista. Era menino ou me
nina? Qual a cor dos cábelos e dos olhos que ele ou ela teria?
5. Como remediar?
326
SÍNDROME POS-ABORTO 39
O bebé abortado é urna pessoa humana real, cuja ausencia será sentida
pela mae e por aqueles ao redor déla enquanto eles viverem. Os novos rela-
cionamentos que a mae vier a desenvolver, serao afetados pela presenca da
enanca morta. Criancas nascidas subseqüentemente ao aborto terao um ir-
mao mono, cuja realidade terá sempre um impacto em suas vidas.
Por exemplo, como alguém diz a seus próprios pais que um seu neto
foi morto e nunca participará de um Natal ou de urna excursáo ao Zoológi
co? Como se diz a um filho que nasceu depois, por que um irmao ou urna ir-
ma foram mortos e, mais importante, por que ele em particular nao o foi?
327
40 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 350/1991
ta. Felizmente, a mulher que se curou, estará apta a lutar para superar esses
problemas, mas ¡sto nunca será fácil.
***
(contínuacao da p. 336)
5. Conclusao
328
Informativo útil:
"Etica Biomédica"
por Sandro Spinsanti
* * *
329
42 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 350/1991
330
'ÉTICA BIOMÉDICA" 43
"Desde que o gesto médico possa ser mortal, " 'justificado' por bons
sentimentos, a confianca ficará atingida. 0 doente entáo perguntará a si
mesmo 9e a injecáo que vai tomar, é para curá-lo ou para matá-lo" (citado
por Spinsanti, p. 196).
331
44 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 350/1991
332
'ÉTICA BIOMÉDICA' 45
direta ou positiva
Eutanasia ordina
rios
extra
indireta ou negativa: suspensSo dos
ordina
meios de subsistencia
rios,
ou
despro
porcio
náis
2. Regulacao da natalidade
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46 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 350/1991
3. Psicoterapia e Religiao
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'ÉTICA BIOMÉDICA" 47
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48 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 350/1991
336
LIVROS DA EDITORA QUADRANTE