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AZEVEDO, Ricardo. Contos de enganar a morte. Ilus. Do autor. So Paulo: tica, 2003. 64 p. il.

(Folclore) A morte inevitvel, mas ningum parece estar preparado para ela. a partir desta premissa que o prolfico escritor Ricardo Azevedo, que tambm ilustrador e pesquisador de cultura popular, reconta sua maneira quatro histrias do folclore brasileiro. Na primeira delas, O homem que enxergava a morte, um homem simples vira compadre da Morte e recebe dela o poder de prenunci-la, tornandose um mdico infalvel. Na segunda, O ltimo dia na vida do ferreiro, um homem acobertado pela mulher toda vez que recebe a visita da Ceifadora. Em O moo que no queria morrer, so contadas as andanas de um rapaz que quer viver o mximo possvel at encontrar um lugar onde ningum morre. E em A quase morte de Z Malandro, so narradas as artimanhas de um artes o para escapar do destino final, em que a Morte pede ajuda do prprio Diabo. Ao final do livro, alm de uma pequena biografia do autor, h um interessante texto em que ele justifica a abordagem da morte s crianas: Trata-se de um grave erro considerar a morte um assunto proibido ou inadequado para crianas. (...) A morte indisfarvel, implacvel e faz parte da vida. Ricardo defende com propriedade que esse assunto esteja presente simbolicamente na vida da criana para que ela esteja preparada quando se defrontar com a morte de algum parente, de uma figura pblica ou at mesmo de um animal de estimao. As ilustraes remetem s xilogravuras de cordel e do leveza a um ttulo que poderia ser carregado em decorrncia do assunto abordado. Alm disso, trata-se de um livro interessante para ser trabalhado em sala no Dia de Finados. por Leonardo J. Porto Passos

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